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FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO

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FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
 Concluído o desenvolvimento gestacional do 
 feto, a glândula mamária irá substituir, com o 
 colostro, a função de nutrição imediata e 
 transferência de imunidade passiva da placenta 
 durante a gestação; 
 Glândula mamária: desenvolvem-se como 
 estruturas pares (número varia dependendo da 
 espécie) e complexos mamários; a produção de 
 leite depende da irrigação sanguínea intensa, de 
 modo que é produzido mais nutrientes, e está 
 relacionado a 10% do débito cardíaco; 
 ESPÉCIE 
 POSIÇÃO 
 CPX UNID. 
 Torácica Abdominal Inguinal 
 Cadela 2 6 2 8-12 5-20 
 Gata 2 6 8 3-7 
 Porca 4 6 2 12-14 2-3 
 Égua 2 2 2 
 Cabra/Ovelha 2 2 1 
 Vaca 4 4 1 
 Glândula tubuloalveolar composta: possui alvéolo, 
 células mioepiteliais, capilares, ductos 
 secretórios, ductos lactíferos, lóbulos, lobos, 
 cisterna glandular, cisterna do teto e canal do 
 teto; 
 Complexos mamários: são designados dessa forma por 
 conter unidades mamárias em cada teto; por exemplo, a 
 vaca contém uma unidade, que variam em número 
 conforme a espécie; quanto menor o número de 
 unidades, maior é a capacidade da cisterna em 
 armazenar leite; o benefício em ter mais unidades é que 
 o comprometimento de um teto não afeta a produção; 
 FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO E DA LACTAÇÃO: a 
 fêmea precisa dos mecanismos hormonais para a 
 lactação, o que justifica a interdependência com 
 a fisiologia da reprodução; possui três etapas 
 que consistem na proliferação pré-parto das 
 células alveolares, diferenciação bioquímica e 
 celular das células epiteliais e síntese e secreção 
 dos componentes; 
 FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO (4 fases): 
 MAMOGÊNESE: caracterizado pelo desenvolvimento e 
 crescimento da glândula mamária; 40% antes da 1ª 
 gestação, 50% durante a 1ª gestação e 10% na 1ª lactação 
 (desenvolvimento máximo da glândula mamária); 
 Tem início no período fetal, com origem ectodérmica 
 (parênquima) e mesodérmica (estroma); inicialmente 
 tem a formação da linha mamária, regredindo para as cristas 
 mamárias, formando os brotos mamários que começam a 
 invaginar formando as glândulas mamárias; 
 Após o nascimento/antes da puberdade a fêmea terá tetos 
 desenvolvidos, estroma desenvolvido e parênquima 
 semi-desenvolvido, baixo desenvolvimento (estroma 
 composto de tecido conjuntivo e gordura); 
 • Puberdade: tem os primeiros ciclos estrais com a 
 liberação de estrógeno, tem o desenvolvimento 
 exponencial do parênquima com alongamento e 
 ramificação do sistema ductal e tem a proliferação do 
 estroma pelos vasos sanguíneos; 
 • Concepção/parto : tem crescimento exponencial com a 
 proliferação lobuloalveolar, com 45-95% do crescimento 
 total, no último terço da gestação; tem relação com 
 vários hormônios, como P4, E2, GH e principalmente 
 prolactina e lactogênio placentário; 
 LACTOGÊNESE: o início da lactação é composto por 2 
 etapas, sendo a diferenciação enzimática e citológica das 
 células alveolares; secreção dos componentes do leite; 
 O aumento da concentração P4 impede a lactogênese, pois 
 inibe os receptores de PRL na mama, o estrógeno estimula a 
 secreção de PRL; a diminuição da concentração de P4 pouco 
 antes do parto por conta do complexo lactogênico inicia a 
 diferenciação celular e lactação; 
 Na lactogênese ocorre diferenciação das células epiteliais 
 dos alvéolos que adquirem a capacidade de secretar leite; no 
 complexo lactogênico o estrógeno estimula a secreção de 
 PRL, os glicocorticóides juntamente com PRL fazem a 
 diferenciação e atividades enzimáticas iniciais necessárias à 
 síntese e secreção do leite, tendo a maturação do REL, RER e 
 complexo de Golgi tendo a síntese e secreção de proteína, 
 gordura e lactose; 
 Outros hormônios: ACTH, TSH, T3, T4, GH, IGF, insulina; 
 GALACTOPOESE: manutenção da lactação, tem a 
 preservação das contagens de células alveolares, mantém 
 a capacidade atividade sintética por célula e eficácia do 
 reflexo de ejeção do leite (todo leite produzido precisa 
 sair); 
 De forma geral, a síntese de leite depende de mecanismos 
 sistêmicos e locais que são desencadeados pela estimulação e 
 esvaziamento da glândula mamária; 
 A produção de leite depende: 15% do meio, 25% da 
 genética, 25% da sanidade, e 35% da alimentação e 
 manejo; 
 Aumento da produção pós-parto tem pico, e queda gradativa 
 da produção com perda das células secretórias (apoptose), 
 além de variações de amplitude do pico e persistência e 
 duração da lactação; tem produção do complexo lactogênio; 
 ocitocina atua ejetando o leite; 
 INVOLUÇÃO: alterações estruturais e fisiológicas da 
 glândula mamária, tem a redução dos níveis de PRL; 
 hormônio inibidor da lactação; tem apoptose das células 
 alveolares e mioepiteliais; 
 PRODUÇÃO DO LEITE: tem grande desgaste 
 nutricional; vacas tem 80% da energia 
 nutricional e 85% glicose circulante; o aumento 
 de consumo de água e nutrientes tem relação 
 com a produção de leite; 
 ESPÉCIE PRODUÇÃO DIARIA 
 VACA 11-45 kg 
 ÉGUA 9 - 23 kg 
 CABRA 1,3 - 7 kg 
 OVELHA 1 - 4,5 kg 
 PORCA 2 - 9 kg 
 Componentes do leite: 
 • Carboidrato: a lactose é o principal carboidrato, 
 tem a síntese dependente de glicose, em não 
 ruminantes (açúcares e amido); ruminantes 
 (propionato e aminoácidos gliconeogênicos); 
 A glicose se transforma em galactose, no aparelho de 
 Golgi a glicose juntamente com galactose forma a 
 lactase-sintase (galactosyltransferase + α-lactoalbumina), 
 é responsável pela osmolaridade do leite; 
 • Proteínas: caseína; proteínas do soro 
 (B-lactoglobulina, α-lactalbumina, proteínas 
 imunes e hormônios proteicos; as proporções de 
 proteína variam entre as espécies, a partir dos 
 aminoácidos do sangue o RER e aparelho de 
 Golgi formam vesículas secretórias que se 
 movem para o alvéolo mamário; 
 • Lipídeos: triglicerídeos: 25% de origem da dieta, 
 50% do plasma sanguíneo, 25% de síntese no 
 citoplasma mamário, REL produz 
 Acetil-CoA-carboxilase; 
 • Outros componentes do leite: cálcio, fósforo, 
 magnésio, potássio, cloreto, sódio, origem 
 sanguínea; 
 SECREÇÃO DOS COMPONENTES: acontece por 5 vias 
 (membrana, aparelho de Golgi, gordura do leite, 
 transcitose, paracelular); 
 Via da membrana: substâncias do líquido intersticial, 
 membrana celular apical no lúmen alveolar; 
 Via de Golgi: lactose, caseína, ptns, soro, citrato, cálcio; 
 tem a síntese no complexo de Golgi/RER, formando 
 vesículas e enviando para a membrana apical; 
 Via da gordura do leite: formação das vesículas; 
 Via paracelular: transporte entre as células adjacentes; 
 Via da transcitose: imunoglobulinas, albumina; 
 endocitose/pinocitose de células adjacentes; exocitose 
 pro lúmen; 
 COLOSTRO: primeira secreção antes do parto, com 
 teores maiores de sólidos, proteínas e cinzas, 
 tem o transporte de imunoglobulina pela 
 placenta e colostro; 
 Hemocorial -> transferência transplacentária; 
 Endoteliocorial -> transferência moderada; 
 Epiteliocorial/sinepteliocorial -> sem transferência; 
 SECREÇÃO DO LEITE: secreção pelo epitélio é 
 contínuo; manutenção da secreção com remoção 
 periódica; 
 Controle físico: taxa de secreção com capacidade 
 de armazenamento na glândula;relação inversa 
 da pressão intramamária com a taxa de secreção; 
 Controle químico: relação inversa com inibidor de 
 feedback da lactação com taxa de secreção; IFL é 
 secretado pelas células do epitélio mamário; 
 O leite disponível precisa sair por sucção ou 
 ordenha, através das cisternas da glândula e do 
 teto; 
 Secreção de ocitocina: a hipófise libera ocitocina 
 estimulando as células mioepiteliais, o leite do 
 lúmen vai para os ductos/cisternas; a secreção 
 acontece através de estímulo tátil (receptores 
 sensoriais do teto); meia-vida curta (necessita de 
 estimulação contínua); 
 O estresse causa bloqueio dos receptores de OT e 
 redução da liberação de OT, fazendo com que o animal 
 não libere leite; 
 A alta frequência de ordenha não altera a 
 secreção de ocitocina; o limitante da produção é 
 a capacidade da cisterna/taxa de síntese do leite; 
 Remoção do leite: diferença de pressão, pela boca 
 do filhote ou vácuo;

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