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Profº: Pedro Moura pedro.hm.moura@kroton.com.br Um passo após o outro e, finalizada a seção anterior, você já sabe calcular e detalhar as seções transversais das vigas de seção retangular com armadura simples. Lembrando que viga com armadura simples é o nome que se dá para as vigas nas quais a armadura longitudinal principal está apenas na face tracionada! Chamamos de viga com armadura dupla quando a armadura longitudinal calculada está presente tanto na região tracionada, quanto na região comprimida da viga. A armadura dupla é normalmente utilizada quando no dimensionamento de uma viga a posição da linha neutra não satisfaz os domínios 2 ou 3, havendo a necessidade do aumento da seção transversal da viga ou da resistência à compressão do concreto. Uma outra situação, bastante comum, para o uso de armadura dupla seria por imposição da arquitetura. Muitas vezes, o arquiteto idealiza um conjunto de vigas, todas com as mesmas dimensões, mas algumas vezes, para que isso seja possível, nós temos que recorrer ao uso da armadura dupla e verificar a possibilidade demanter a seção com as dimensões solicitadas. Nesse caso, para que não seja necessário o aumento de seção da viga ou o aumento da resistência do concreto, forçamos o cálculo para que a viga se mantenha no domínio 3. Para isso, utilizamos o valor limite da posição da LN de X≤0,45×d para Fck ≤ 50 MPa ,conforme item 14.6.4.3 da NBR-6118 (ABNT, 2014). Além de mantermos a viga no domínio 3, no limite estabelecido pela norma, temos que compensar a falta de seção transversal ou a necessidade de uma resistência à compressão maior, colocando armadura longitudinal na região comprimida da viga. Essa armadura é que caracteriza a seção com armadura dupla e a chamaremos de A’s (área de armadura na zona comprimida). As hipóteses básicas que definem os critérios para determinar os esforços resistentes de uma viga com armadura dupla, são as mesmas das vigas com armadura simples, visto na Seção 2, ou ainda no item 17.2 da NBR-6118 (ABNT, 2014). Da mesma forma que nas vigas de seção retangular com armaduras simples, os esforços internos resistentes são formulados através das equações de equilíbrio das forças normais, em que ΣN = 0, e dos momentos fletores ΣM = 0. A diferença com relação a armadura simples é o acréscimo da resultante (R’sd) da armadura comprimida, que gerará uma parcela adicional de momento fletor a ser somado com a parcela de momento resultante do concreto comprimido, conforme a Figura 2.19:
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