Aula - formação do Brasil - parte 4

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GEOGRAFIA
Formação do território brasileiro
Profª. Drª. Barbara Jordão
Colonização e escravidão /escravização
Decadência da cana
PARTE 4
 
O CICLO DO OURO
BANDEIRANTISMO
 O ouro foi descoberto pelos bandeirantes paulistas que viajavam por Minas Gerais em 1695. (Séc XVII)
Gurupá
Belém
Olinda
Recife
Goiás
Cuiabá
Itatim
Tape
Palmares
Caça ao Índio
Mineração
Sertanismo de Contrato
Linha do 
Tratado de Tordesilhas
Salvador
Rio de Janeiro
São Paulo
Vila Rica
Bandeiras dos séculos XVII e XVIII
Imagem: Shereth / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic, 2.0 Generic and 1.0 Generic
A exploração de ouro e pedras preciosas em terras que hoje correspondem a Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso favoreceu a ocupação do território brasileiro nos séculos XVIII (1700) e XIX (1800).
Favoreceu ocupação do interior do Brasil, com o surgimento de varias cidades como Ouro Preto (MG), Cuiabá (MT), Poconé (GO) além de outras.
 Toneladas de ouro foram levadas para Portugal e este pagou sua dívida externa com a Inglaterra, utilizando o ouro do Brasil.
Mineração
Imagem: Diamond Mining, Brazil, ca. 1770 / Carlos Julião / The Atlantic Slave Trade and Slave Life in the Americas: A Visual Record / public domain.
Esse esquema é como o da página anterior, muda-se os nomes, mas a ideia é você saber que por ser um relevo antigo e com rochas magmáticas intrusivas(plutônicas) foi possível existir pedras preciosas e minérios de alto valor na região de Minas Gerais
A descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira “corrida do ouro”, durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros de todas as partes, e até mesmo portugueses, passaram a migrar para as regiões auríferas, buscando o enriquecimento rápido. Doce ilusão, pois a exploração de minas de ouro dependia de altos investimentos em mão de obra (escravos africanos), equipamentos e compra de terrenos. Somente os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes conseguiram investir neste lucrativo mercado.
	
	Barra de ouro quintado: 20% para os cofres da coroa portuguesa.
Cobrança de impostos
 
A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por exemplo, o degredo.
Revoltas sociais
 Mudança da capital para o Rio de Janeiro
Com a exploração do ouro, a região Sudeste desenvolveu-se muito, enquanto o Nordeste começou a entrar em crise. Neste contexto, a coroa portuguesa resolveu mudar a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. Desta forma, pretendia deixar a capital próxima ao novo polo de desenvolvimento econômico.
Principais consequências da exploração do ouro no Brasil Colonial:
Durante o Ciclo do Ouro, ocorreram o surgimento e crescimento de cidades nas regiões mineradoras. Essas cidades possuíam um elevado grau de urbanização com uma sociedade dinâmica e complexa.
Deslocamento do eixo econômico do Brasil da região Nordeste para a região Sudeste. 
Criação de impostos e sistemas de fiscalização sobre o ouro extraído do Brasil. 
Com o aumento dos impostos e sistemas de fiscalização, ocorreu também o aumento da insatisfação daqueles que atuavam nessa atividade. Esse fato, motivou a ocorrência de várias revoltas nativistas e até movimentos emancipacionistas. Entre eles, podemos citar a Revolta de Filipe dos Santos (1720) e a Inconfidência Mineira (1789).
Em 1762, o Brasil foi elevado à categoria de vice-reino. Essa mudança ocorreu em função, principalmente, do aumento da importância do Brasil para Portugal.
Foram criadas novas capitanias no Brasil: São Paulo em 1709, Minas Gerais em 1720, Goiás  em 1744 e Mato Grosso em 1748. Todas elas possuidoras de áreas de exploração de ouro.
 
Tratado de Madri, de 1750
"Visto como um dos mais importantes acordos diplomáticos do século XVIII, o Tratado de Madri, de 1750, reivindicava a adoção do princípio de “uti possidetis” (ou seja, posse útil da terra) para que as fronteiras portuguesas e espanholas fossem finalmente definidas. 
Por meio dessa nova medida, os limites de fronteira nas regiões do Mato Grosso e Amazônia foram garantidos. Além disso, esse mesmo acordo propôs a entrega da colônia de Sacramento aos espanhóis em troca da região dos Sete Povos das Missões
O Tratado de Madri, assinado em 1750, praticamente garantiu a atual extensão territorial do Brasil. O novo acordo anulou o Tratado de Tordesilhas e determinou que as terras pertenceriam a quem de fato as ocupasse, seguindo o princípio de uti possidetis.
Dessa forma, a Espanha reconheceu os direitos dos portugueses sobre as áreas correspondentes aos atuais estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Rondônia, Pará, Amapá, entre outros.
ATIVIDADE
PARTE 5 – O CICLO DO CAFÉ
Raízes do café no Brasil
A chegada do café ao Brasil é atribuída ao sargento-mor, Franciso de Mello Palheta. Em 1727, ele teria recebido a incumbência do governador do Maranhão e Grão Pará de visitar a Guiana Francesa e conseguir uma muda do fruto, que se tornara um produto de alto valor comercial na época
A partir de segunda metade do século XVIII e XIX (Brasil já estava em processo de emancipação de Portugal – Período imperial) nas Regiões Sudeste e Sul do Brasil, o café encontrou o solo favorável, a terra roxa, e tornou-se o principal produto de exportação nacional.
	
O vermelho-escuro característico desse tipo de latossolo vem da sua grande quantidade de magnetita, um mineral formado por óxidos de ferro – mesmas substâncias que dão a cor avermelhada a Marte.
A italianada se referia ao solo rubro como ‘la terra rossa’, que é ‘terra vermelha’ em italiano. Por um erro de tradução, enganados pela semelhança da pronúncia, os lavradores brasileiros e até os descendentes dos italianos passaram a chamá-la de ‘terra roxa’, hoje também nomes de um município paranaense e um paulista.
"Em 1836 e 1837, a produção cafeeira superou a produção açucareira, tornando o café o principal produto de exportação do Império. Os grandes latifundiários produtores de café, os chamados “Barões do café”, enriqueceram-se e garantiram o aumento da arrecadação por parte do Estado imperial
O café favoreceu a vinda de imigrantes europeus para o Brasil. 
Criou condições econômicas para a industrialização de São Paulo, expansão da malha ferroviária, desenvolvimento de portos e a expansão do povoamento para o interior do Sudeste, norte do Paraná, de Mato Grosso e Rondônia.
"Embarque do café no Porto de Santos, em fotografia de 1880 feita por Marc Ferrez (1843-1923)
Por quê migrantes europeus vinham para o Brasil?
Crise na Europa, principalmente na Itália.
A Lei Eusébio de Queirós foi aprovada em setembro de 1850, decretando a abolição do tráfico negreiro no Brasil. A lei foi acompanhada de medidas de repressão a essa atividade, fazendo com que o tráfico negreiro tenha deixado de existir efetivamente a partir de 1856.
Imigrantes europeus recém-chegados no Brasil
Vinham espanhóis, portugueses, alemães e italianos. Os últimos se destacam pelo elevado número de famílias vindas para cá e por terem ocupado, principalmente, o estado de São Paulo.
“O lavrador de café”, de Candido Portinari
Personagem importante
Irineu Evangelista de Souza foi um empresário que contribuiu diretamente para o desenvolvimento econômico brasileiro durante o século XIX. 
Sua atuação no campo das indústrias influenciou o desenvolvimento de uma infraestrutura jamais vista no Brasil. 
A Companhia deGás no Rio de Janeiro, a Estrada de ferro Mauá e a fundição e estaleiro da Ponta de Areia em Niterói foram os exemplos de investimentos de base realizados por ele que contribuíram para o desenvolvimento da economia cafeeira que passou a ter, por exemplo, a estrada de ferro para escoar sua produção. 
Além disso, ele ajudou na construção de rodovias para melhorar ainda mais a circulação de produtos agrícolas no Brasil.
Conclusões
A expansão territorial brasileira teve uma relação indissociável das atividades econômicas.
Os ciclos econômicos foram o motor propulsor da expansão territorial e da dinâmica de ocupação.
A população quase sempre se deslocavam para os polos de maior desenvolvimento econômico em cada época.
	
Os modelos agrícolas e extrativistas deixaram marcas na produção atual
ATIVIDADE
Escolha uma das propostas a seguir e monte uma página de jornal sobre o assunto.
1 – Migração europeia para o Brasil
2 – Fim da escravidão no Brasil
https://jamboard.google.com/d/1fqKkLsnruBcNkbSZ7FCpzpB9khNKioeKDHY6r-wHXCE/edit?usp=sharing
ATIVIDADES
Quais foram as principais áreas do território brasileiro ocupadas pela mineração?
Cite dois impactos do ciclo do ouro para o desenvolvimento do Brasil.
Quais foram as principais áreas do território brasileiro ocupadas pela cafeeicultura?
Cite dois impactos do ciclo do café para o desenvolvimento do Brasil.
Cite e explique dois fatores que contribuíram para a expansão da economia cafeeira no Brasil.
Para casa
Responda as questões presentes nos próximos slides em seu caderno
(Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:
a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.
b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.
d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o sudeste e centro do Brasil.
(UNESP) A expansão da economia do café para o Oeste Paulista, na segunda metade do século XIX, e a grande imigração para a lavoura de café trouxeram modificações na história do Brasil, como:
o fortalecimento da economia de subsistência e a manutenção da escravidão.
a diversificação econômica e o avanço do processo de urbanização no sudeste.
a divisão dos latifúndios no Vale do Paraíba e a crise da economia paulista.
o fim da república oligárquica e o crescimento do movimento camponês.
a adoção do sufrágio universal nas eleições federais e a centralização do poder.
É HORA DO MAPA
ARQUIPÉLAGO ECONÔMICO
EXTREMOS DO BRASIL
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