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E-book-Embalagem-de-Alimentos

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As embalagens alimentícias têm como funções clássicas de proteger, conter, informar, con-
servar e vender o produto nele condicionado para o consumidor final. Outras funções rele-
vantes são as conveniências que a embalagem pode proporcionar através do fracionamento 
de porções maiores para porções únicas/individuais, facilidade de abertura, refechamento, 
facilidade de descarte e simplicidade de uso. 
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a embalagem alimen-
tícia é “o invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, 
destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não, maté-
rias-primas, produtos semielaborados ou produtos acabados. Incluído dentro do conceito 
de embalagem se encontram as embalagens primárias, secundárias e terciárias”.
AS FUNÇÕES DE EMBALAGENS DE ALIMENTOS
Entenda como cada função é executada.
1 PROTEÇÃO
A função de proteger envolve preservar ao máximo a qualidade do alimento desde a fabri-
cação do produto até as mãos do consumidor, criando condições que minimizem alterações 
químicas, físicas e microbiológicas que causem sua degradação. 
2 CONSERVAÇÃO
A embalagem deve garantir a segurança do produto, através de barreiras para controlar 
fatores externos a ela como oxigênio, luz e microrganismos, impedindo a deterioração do 
alimento.
Com uma tecnologia denominada asséptica, é possível garantir a estabilidade da cor, sabor, 
teor nutritivo de um produto, além de ser seguro por pelo menos seis meses sem conser-
vantes e refrigeração.
3 INFORMAÇÃO
Para os distribuidores, a embalagem deve transmitir informações para a gestão de estoque, 
instruções de armazenamento e de manuseamento, preço, além de permitir a identificação 
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e rastreabilidade do produto. Já para os consumidores finais, os alimentos embalados de-
vem seguir os regulamentos técnicos da ANVISA de rotulagem que exigem que os rótulos 
contenham, por exemplo, lista de ingredientes, conteúdo líquido, identificação de origem, 
prazo de validade e instruções de preparo. 
4 CONVENIÊNCIA 
A embalagem pode contribuir na facilidade de manuseio, transporte e estocagem, como as 
embalagens de abertura e fechamento fácil, além de fracionar porções únicas de consumo.
Segundo a ANVISA “nesta função podem ser incluídos aspectos menos técnicos e mais rela-
cionados a marketing e a comunicação, já que a embalagem deve reter a atenção e seduzir 
o comprador no ponto de venda”.
TIPOS DE EMBALAGENS
Conheça os principais materiais que podem compor uma embalagem para alimentos:
1 VIDRO
O vidro possui alta durabilidade, resistência e impermeabilidade. Quando vedadas adequa-
damente, as embalagens com esse tipo de material podem apresentar uma grande capa-
cidade de conservação, evitando que odores ou a própria umidade do ambiente afete na 
conservação do alimento. Outra vantagem do vidro é ser 100% reciclável.
2 ALUMÍNIO
Embalagens á base de alumínio são leves, resistentes e maleáveis, permitindo fabricação de 
diversos tipos e formatos de produtos. São condutores de calor e resistem a variações de 
temperatura, assim nesse tipo de embalagem os alimentos podem ser cozidos, congelados 
e aquecidos no forno. Além do mais, a sua ampla utilização vai desde as latinhas de refrige-
rante, sucos industrializados e outras bebidas. 
3 ISOPOR
O isopor (poliestireno expandido) é composto por 5% de plástico e 95% de ar, esse tipo de 
embalagem é leve e mantém o alimento com a sua temperatura inicial, podendo ser utili-
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zado para transportar os alimentos da indústria até os pontos de venda. Contudo, ele não 
pode ser utilizado em micro-ondas, não é biodegradável e sua reciclagem não compensa 
financeiramente, por isso o encontramos em grande quantidade em aterros sanitários.
4 PLÁSTICO
Embalagens plásticas são extremamente flexíveis, resistentes e versáteis, podendo ter a sua 
densidade alterada na fabricação para atender as exigências da empresa fabricante. Os prin-
cipais tipo de plásticos utilizados para embalagens de alimentos são:
• PVC - Policloreto de Vinila: é um plástico rígido, transparente, resistente e mais versáteis, é 
muito utilizado em embalagens de maionese e sucos.
• PS – Poliestireno: é um plástico mais leve, brilhante e com capacidade de isolamento tér-
mico, é muito utilizado em potes de sorvetes e doces.
• PET – Polietileno tereftalato: é um plástico transparente e resistente ao desgaste, é bastan-
te utilizado em embalagens de garrafas de refrigerantes.
• PEAD – Polietileno de alta densidade: é um plástico flexível, resistente e com boa estabili-
dade térmica e química, é comumente utilizado em tampas de garrafas e potes.
Apesar disso, alguns plásticos não são reciclados devido ao elevado custo do processo de 
reciclagem, assim muitos são descartados na natureza e levando milhares de anos para se 
decompor.
5 PAPEL
Embalagens de papel possui como vantagens ser forneável, resistente ao micro-ondas, ató-
xica, desmontável e pode ser reciclada se não tiver misturado com outros materiais. Sua 
desvantagem é sua baixa resistência à umidade. São utilizadas como embalagens secundá-
rias, como em aveia, amido de milho, ou ainda em restaurantes e redes de fast foods.
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Legislações relativas à embalagem de alimentos
Antes de embalar algum alimento, é importante se atentar às legislações vigentes reguladas 
pela ANVISA. Conheça as principais normas que regulamentam os materiais em contato 
com os alimentos:
Lei n. 9.832, de 14 de setembro de 1999
Proíbe o uso industrial de embalagens metálicas soldadas com liga de chumbo e estanho 
para acondicionamento de gêneros alimentícios, exceto para produtos secos ou desidrata-
dos.
Resolução RDC n. 88, de 29 de junho de 2016
Aprova o regulamento técnico sobre “materiais, embalagens e equipamentos celulósicos 
destinados a entrar em contato com alimentos e dá outras providências.”.
Portaria SVS/MS n. 987, de 8 de dezembro de 1998
Aprova o regulamento técnico para embalagens descartáveis de polietileno tereftalato – 
PET – multicamada destinadas ao acondicionamento de bebidas não alcoólicas carbonata-
das.
Resolução RDC n. 20, de 22 de março de 2007
Aprova o regulamento técnico sobre “Disposições para Embalagens, Revestimentos, Utensí-
lios, Tampas e Equipamentos Metálicos em Contato com Alimentos”
Resolução RDC n. 17, de 17 de março de 2008
Trata do regulamento técnico sobre “lista positiva de aditivos para materiais plásticos desti-
nados à elaboração de embalagens e equipamentos em contato com alimentos”. 
Resolução RDC n. 51, de 26 de novembro de 2010
Aprova o regulamento técnico sobre “migração em materiais, embalagens e equipamentos 
plásticos destinados a entrar em contato com alimentos, disposições para embalagens, re-
vestimentos, utensílios, tampas e equipamentos metálicos em contato com alimentos”.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9832.htm
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/23163458/do1-2016-06-30-resolucao-a-rdc-n-88-de-29-de-junho-de-2016-23163247
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/390501/ALIMENTOS%2BPORTARIA%2BN%25C2%25BA%2B987%252C%2BDE%2B08%2BDE%2BDEZEMBRO%2B1998.pdf/89be7b21-e8a5-4de9-af9e-3f26c6a1cef4
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/390501/ALIMENTOS%2BRESOLU%25C3%2587%25C3%2583O%2B-%2BRDC%2BN%25C2%25BA.%2B20%252C%2BDE%2B22%2BDE%2BMAR%25C3%2587O%2BDE%2B2007..pdf/d04ac5a7-f1c9-4eb5-98c1-989cede53650
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/390501/ALIMENTOS%2BRESOLU%25C3%2587%25C3%2583O%2B-%2BRDC%2BN%25C2%25BA.%2B20%252C%2BDE%2B22%2BDE%2BMAR%25C3%2587O%2BDE%2B2007..pdf/d04ac5a7-f1c9-4eb5-98c1-989cede53650
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_51_2010_COMP.pdf/1e3cd7f0-d50c-4693-9db4-0082132dfb6e�����
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Resolução RDC n. 52, de 26 de novembro de 2010
Aprova o regulamento técnico sobre “corantes em embalagens e equipamentos plásticos 
destinados a estar em contato com alimentos.”.
Resolução RDC n. 124, de 19 de junho de 2001
Aprova o regulamento técnico sobre “preparados formadores de películas a base de políme-
ros e/ou resinas destinados ao revestimento de alimentos”.
Resolução RDC n. 91, de 11 de maio de 2001
Aprova o regulamento técnico sobre “critérios gerais e classificação de materiais para emba-
lagens e equipamentos em contato com alimentos”.
Resolução RDC n. 105, de 19 de maio de 1999
Aprova os regulamentos técnicos sobre “disposições gerais para embalagens e equipamen-
tos plásticos em contato com alimentos”.
Resolução RDC n. 56, de 16 de novembro de 2012
Aprova os regulamentos técnicos sobre “a lista positiva de monômeros, outras substâncias 
iniciadoras e polímeros autorizados para a elaboração de embalagens e equipamentos plás-
ticos em contato com alimentos.”.
Resolução RDC n. 326, de 3 de dezembro de 2019
Estabelece a lista positiva de aditivos destinados à elaboração de materiais plásticos e reves-
timentos poliméricos em contato com alimentos e dá outras providências.
1 EMBALAGENS COM OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO
Além das resoluções citadas, há uma categoria de embalagem que possui a obrigatorieda-
de de registro sanitário, de acordo com a Resolução RDC nº 27, de 6 de agosto de 2010 e a 
Resolução RDC nº 240, de 26 de julho de 2018, as embalagens com novas tecnologias (reci-
cladas) devem ser registradas perante à Anvisa.
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_52_2010_COMP.pdf/b87d12d1-0f0b-4247-af54-2426cb060d86
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/390501/ALIMENTOS%2BRESOLU%25C3%2587%25C3%2583O%2BN%25C2%25BA%2B124%252C%2BDE%2B19%2BDE%2BJUNHO%2BDE%2B2001.pdf/e7f03323-9cd3-4003-aca8-8d5c936b7fef
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/(1)RDC_91_2001_COMP.pdf/fb132262-e0a1-4a05-8ff7-bc9334c18ad3
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RES_105_1999_COMP.pdf/35bc8b0b-8efb-4a66-b852-0e2d60ccc455
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0056_16_11_2012.html
http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-da-diretoria-colegiada-rdc-n-326-de-3-de-dezembro-de-2019-231272617
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/396299/DIRETORIA_COLEGIADA_27_2010.pdf/3d2ea4a0-6962-452a-b57d-11d09e8d0c6e
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2 BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF) EM EMBALAGENS
As embalagens dos alimentos e os utensílios que entram em contato com os mesmos, também 
devem seguir as Boas Práticas que, segundo a Portaria MS nº 1.428/1993, são normas de proce-
dimentos para alcançar um determinado padrão de identidade e qualidade de um produto na 
área de alimentos. Assim, os fabricantes de embalagens também devem seguir essa norma.
TENDÊNCIAS E PESQUISAS SOBRE 
EMBALAGENS DE ALIMENTOS
Com o avanço da tecnologia, há diversos estudos sobre novos tipos de embalagens que 
objetivam contribuir com a diminuição de perdas, maior sustentabilidade, qualidade e aces-
sibilidade. Conheça alguma dessas tendências. 
1 Pequenas embalagens
Cada vez é mais comum encontrar embalagens com seu tamanho reduzido para porções de 
consumo único, devido ao número de pessoas solteiras ou que moram sozinhas e querem 
evitar o desperdício, além de serem práticas. 
Essas embalagens substituem sachês, tubos e garrafas, por exemplo, latas de refrigerantes, 
bolachas e iogurtes. 
2 Embalagem global
Esse novo tipo de embalagem é produzido para facilitar a identificação por diferentes países 
e culturas, pelo seu pouco volume de palavras e utilização de símbolos e figuras universais 
para fixar a imagem do produto em qualquer parte do mundo. 
Alguns países estão adotando as embalagens globais para a linha de produtos cuja marca já 
é consagrada em vários continentes.
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388704/Portaria_MS_n_1428_de_26_de_novembro_de_1993.pdf/6ae6ce0f-82fe-4e28-b0e1-bf32c9a239e0
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Por exemplo: as embalagens de refrigerantes como a Coca-Cola, que apresenta design glo-
bal e unifica suas embalagens.
3 Embalagem ecológica
Com o crescimento da consciência ecológica mundialmente, tem sido estimulado a produ-
ção de embalagens recicláveis, refis e de embalagens que, ao serem descartadas, podem ser 
amassadas, reduzindo assim o espaço ocupado nos aterros sanitários.
Exemplo: Embalagens produzidas com papel reciclado ou que possa ser reutilizadas como 
ecobags de algodão.
4 Embalagem auto destrutível
É só uma questão de tempo para que a primeira embalagem auto destrutível seja produzida 
e desapareça como resultado de seus polímeros de programação temporária. Os avanços 
que estão ocorrendo na engenharia de materiais terão um papel fundamental na consoli-
dação desta tendência. Ainda não encontramos esse tipo de embalagem no mercado, esse 
tipo de embalagem está em fase de estudos para o seu desenvolvimento.
5 Embalagens Ativas
Embalagens ativas são definidas como aquelas que através da adição de agentes aditivos 
no material ou no espaço-livre entre a embalagem e o alimento, podem melhorar seu de-
sempenho como o aumento da vida de prateleira do produto através, por exemplo, de con-
dições que minimizem as alterações bioquímicas do alimento.
5.1 Sistema de embalagens ativas
O sistema de embalagens ativas pode se dar através da:
• adição de absorvedor de gases como oxigênio, etileno e dióxido de carbono;
• adição de absorvedor de umidade;
• adição de absorvedor de odores/aromas;
• adição de emissores de agentes conservantes;
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• embalagens que controlam a temperatura.
5.2 Exemplos e aplicações de embalagens ativas.
A seguir listamos alguns exemplos e suas aplicações de embalagens ativas que podem con-
tribuir para uma maior vida de prateleira dos alimentos.
5.2.1 Absorvedor de Etileno
Para as frutas e hortaliças in natura, a principal função deste tipo de embalagem ativa é a re-
moção ou supressão do gás etileno, o qual pode promover a degradação do tecido vegetal, 
adicionando sachês, ou pads/blankets, introduzidos nas linhas de acondicionamento, ou da 
adição dos ativos incorporados em polímeros termoplásticos ou materiais celulósicos.
Exemplo de composto ativo adsorvedor é um sachê de permanganato de potássio, que 
através dos controles das taxas de respiração e do etileno presente no espaço livre da emba-
lagem ao redor do produto, contribui tanto para a redução da atividade fisiológica como no 
desenvolvimento microbiológico, fazendo com que haja um aumento na vida de prateleira 
do produto.
5.2.2 Absorvedor de Oxigênio
A presença de altas concentrações de oxigênio em contato com os alimentos podem con-
tribuir para que ocorram reações indesejadas como a perda de nutriente, alteração de cor e 
oxidação de gorduras.
Comercialmente disponível em sachês, adesivos, rótulos, misturas de embalagens mono-
camadas, dentre outros, os absorvedores de oxigênio são normalmente de base metálica e 
de natureza antioxidante, cujo mecanismo pode manter os níveis de oxigênio no interior da 
embalagem inferiores a 0,01% durante toda a estocagem, prolongando a vida de prateleira 
do produto.
Um exemplo de aplicação dessa tecnologia é para o acondicionamento de café torrado que 
possui perda de qualidade 5 a 10 vezes mais rápida em comparação ao café em grão devido 
à retenção de gás carbônico no processo de torrefação. Embalagens ativas com absorve-
dores de oxigênio associadas ou não à tecnologia de atmosfera inerte, permitem ao café 
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torrado maior vida de prateleira e minimizam o estufamento da embalagem.
5.2.3 Absorvedorese controladores de umidade
Para controlar a umidade há duas linhas distintas de embalagens ativas:
• redução da umidade relativa entre embalagem e produto através do uso de absorvedores 
de umidade;
• controle do nível de umidade relativa através de reguladores de umidade ou absorvedores 
líquidos da exsudação dos produtos.
Um exemplo de utilização para controle de umidade relativa são os absorvedores líquidos 
(pads) em carnes refrigeradas, os quais são constituídos por fibras de celulose ou grânulos 
de polímero superadsorventes, capazes de absorver 100 a 500 vezes seu próprio peso de 
água, aumentando a vida útil do produto e melhorando sua apresentação no ponto de ven-
da.
5.2.4 Embalagens antimicrobianas
As embalagens antimicrobianas que possuem como objetivo potencializar a função das 
embalagens tradicionais, podem ser classificadas em dois tipos, aquela em que o agente 
ativo migra para a superfície do alimento ou a que é efetiva, mas sem a necessidade de mi-
gração de componentes ativos.
Um exemplo é a embalagem com o emissor de dióxido de cloro, o qual controla o cresci-
mento de fungos e bactérias, além de contribuir para a eliminação de odores indesejáveis 
e aumentar a vida de prateleira. Outro ativo é o dióxido de enxofre que inibe reações en-
zimáticas e não enzimáticas, controla o desenvolvimento de microrganismos e age como 
antioxidante. 
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®FRAUDE DE EMBALAGENS 
DE ALIMENTOS
Na definição de Food Fraud da FSSC 22000 (Food Safety Sistem Certification), inclui adulte-
rações envolvendo embalagens alimentícias: “Food Fraud é o termo coletivo que abrange 
a substituição intencional, adição, adulteração ou falsificação de alimentos, ingredientes 
alimentícios, embalagens alimentícias, rotulagem, informações sobre produtos ou declara-
ções falsas/ enganosas feitas sobre um produto, visando ganho econômico e que podem 
causar impacto à saúde do consumidor” (GFSIBR v7:2017).
De acordo com a mesma norma, os riscos relacionados com as fraudes que envolvem emba-
lagens de alimentos, para o consumidor, podem se apresentar de três maneiras: 
• risco direto à segurança dos alimentos: o consumidor é colocado em risco imediato. 
Ex: Ocultação de substâncias alergênicas nas embalagens.
• riscos indiretos da segurança de alimentos: o consumidor é colocado em risco por exposi-
ção a longo prazo de informação que não é declarada em rótulo.
• risco técnico de fraude em alimentos: a rastreabilidade do produto é comprometida, 
impedindo a empresa de garantir a segurança dos seus produtos em todo o processo. 
Ex: adulteração de informações da empresa impressa em rótulo.
Quando ocorre uma fraude de embalagem, a empresa responsável pelo produto deve to-
mar algumas providências assim que possível para que não tenha problemas com seus con-
sumidores e com a vigilância local ou com a Anvisa, como, por exemplo: 
• recall eficiente – a retirada de produtos do comércio deve ser realizada rapidamente para 
evitar que o produto chegue ao consumidor com informações incorretas;
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• reconstrução da reputação – uma vez afetada, a empresa deverá revisar o processo de pro-
dução, funcionários, propagandas e divulgações, possivelmente criando uma nova marca 
além de fazer novas impressões de embalagens;
• redução de vendas – a empresa ainda terá que se reinventar, uma vez que os produtos não 
serão vendidos como antes e o consumidor ainda estará desconfiado sobre a integridade 
da marca. 
TIPOS DE FRAUDES 
As fraudes em embalagens de alimentos podem ocorrer por diversas formas, como falsifica-
ção, ocultação e rotulagem incorreta. As principais fraudes e seus exemplos são: 
1 Fraudes por Ocultação
É quando se esconde ou oculta a baixa qualidade de um ingrediente ou produto alimentício.
Ex: Ausência proposital da declaração de ingrediente na lista de ingredientes por ser de 
baixa qualidade.
2 Fraudes por Rotulagem incorreta
Refere-se quando existe inclusão de falsas informações nas embalagens de produtos, com 
fins de ganho econômico.
Ex: validade incorreta, valor nutricional incorreto.
3 Fraudes por Falsificação
É quando é copiado alguma informação de embalagem de produtos alimentícios.
Ex: barras de chocolate falsificadas (cópia de outro rótulo existente).
PUNIÇÕES
As embalagens de alimentos são regularizadas, controladas e fiscalizadas principalmente 
pelos dois órgãos públicos, a Anvisa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to – MAPA, os quais são responsáveis pelas devidas tratativas de punições aos profissionais 
que adulteram a autenticidade de embalagens de produtos, indo desde prisões à suspen-
são do direito de atuar em sua área de formação. 
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®CONCLUSÃO
Com as mudanças nos hábitos dos consumidores, como a exigência por embalagens funcio-
nais, informações claras e objetivas, o mercado de embalagem vem se transformando através da 
abertura de novas empresas e melhoria dos processos de produção. 
As embalagens e os rótulos ajudam os fabricantes a se comunicarem com os consumidores. 
Além disso, fornecem proteção, armazenagem e conveniência e podem ainda agregar valor ao 
produto final, o que aumenta ainda mais o interesse das empresas pelo assunto.
Assim, é de extrema importância o conhecimento da área de embalagens para os profissionais 
da área de alimentos para atender as novas tendências de mercado, como, por exemplo, a pre-
ocupação com a conservação dos recursos naturais, além de atender as legislações vigentes e o 
aumento da segurança alimentar. 
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