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Sujeito oculto x Sujeito indeterminado
Esses dois tipos de sujeito podem confundir o estudante, pois em alguns casos são bastante parecidos. Antes de analisarmos o que causa a confusão e como esses sujeitos se comportam em uma oração, o estudante tem de saber como encontrar o sujeito de uma oração. Faz-se o seguinte:
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1- Encontra-se o verbo – ou a locução verbal – da oração;
2- Pergunta-se ao verbo – ou à locução verbal – quem é o sujeito por meio da seguinte frase:
Que(m) é que …………? Nos pontilhados, coloca-se o verbo – ou a locução verbal – da oração. Por exemplo:
– A ganância predomina nas relações interpessoais.
Para se encontrar o sujeito, pergunta-se ao verbo Que é que predomina?
Resposta: A ganância.
O sujeito é classificado como simples, pois aparece escrito na oração.
Vejamos, agora, como os sujeitos oculto e indeterminado se comportam em uma oração:
Sujeito oculto
O sujeito se classificará como oculto em três ocasiões:
1- Quando o sujeito for um destes pronomes: eu, tu, ele, ela, você, nós ou vós, não surgindo na oração. Por exemplo:
Gosto de estudar. (Sujeito oculto: eu)
Aplicaremos os exames excepcionalmente em outubro. (Sujeito oculto: nós)
2- Quando o sujeito não aparecer escrito na oração do verbo em questão, mas surgir claramente em oração anterior. Por exemplo:
Você sempre diz que é sincero. Parece-me, no entanto, que mentiu para todos nós.
Nessa última frase, há quatro verbos: dizer, ser, parecer e mentir. Dois deles têm sujeito oculto: ser e mentir. Vejamos:
O sujeito do verbo dizer é simples, pois aparece escrito na oração em que o verbo dizer está: você.
O sujeito do verbo ser é oculto, pois não aparece escrito na oração em que o verbo ser está (que é sincero), mas surge claramente na oração anterior: Você sempre diz que você é sincero.
O sujeito de parecer é a oração que mentiu para todos nós: O que é que parece? Resposta: que mentiu para todos nós.
O sujeito de mentir é novamente oculto, pois não aparece escrito na oração em que o verbo mentir está (que mentiu para todos nós), mas surge claramente em oração anterior: Parece-me que você mentiu para todos nós.
3- Quando o verbo estiver no modo imperativo, que é o modo que indica ordem, pedido, conselho, apelo.
Há duas exceções: os verbos bastar e chegar, acompanhados da preposição de, são impessoais, ou seja, não têm sujeito; por isso devem ser conjugados na terceira pessoa do singular.
– Rapazes, chega de conversa. (Verbo impessoal; oração sem sujeito)
– Meninas, basta de fofocas. (Verbo impessoal; oração sem sujeito)
Todos os outros verbos no imperativo têm sujeito oculto: tu, você, nós, vós e vocês.
– Rapaz, estuda! (Sujeito oculto: tu)
– Rapaz, estude! (Sujeito oculto: você)
– Rapazes, estudemos! (Sujeito oculto: nós)
– Rapazes, estudai! (Sujeito oculto: vós)
– Rapazes, estudem! (Sujeito oculto: vocês)
Sujeito indeterminado
O sujeito se classificará como indeterminado em duas ocasiões:
1- Quando o verbo estiver na terceira pessoa do plural, nos modos indicativo ou subjuntivo (se estiver no imperativo, o sujeito será oculto, vocês), sem aparecer o sujeito escrito na oração nem em orações anteriores. Por exemplo:
– Instalaram vários sinaleiros em Londrina, nas últimas semanas. (Sujeito indeterminado, pois não está claro quem instalou os sinaleiros)
– Deixaram um pacote para você na recepção. (Sujeito indeterminado, pois não está claro quem deixou o pacote)
2- Quando o verbo for acompanhado do pronome se, que será denominado de índice de indeterminação do sujeito, nas seguintes ocasiões:
a) Pronome se acompanhando verbo sem complemento algum (o verbo será denominado de verbo intransitivo):
– Morre-se de Tuberculose!
O pronome se é índice de indeterminação do sujeito, pois o verbo morrer não tem complemento: Quem morre, morre. O verbo morrer é, portanto, intransitivo. O sujeito é, então, indeterminado.
b) Pronome se acompanhando verbo com preposição.
– Precisa-se de coragem para enfrentar o mercado de trabalho hoje em dia!
O pronome se é índice de indeterminação do sujeito, pois o verbo precisar exige a preposição de: Quem precisa, precisa de algo. O verbo que exige preposição é denominado de verbo transitivo indireto. O sujeito é, então, indeterminado.
c) Pronome se acompanhando verbo que indica qualidade do sujeito (o verbo será denominado de verbo de ligação, e a qualidade, de predicativo do sujeito):
– Aqui se é feliz!
O pronome se é índice de indeterminação do sujeito, pois o verbo ser indica qualidade do sujeito: Alguém é feliz. O verbo ser é, portanto, verbo de ligação, e feliz, predicativo do sujeito. O sujeito é, então, indeterminado.
Obs.: Cuidado com o pronome se, pois há uma ocasião especialíssima em que ele será denominado de partícula apassivadora: quando ele acompanhar verbo com termo paciente, sem preposição, que será o sujeito da oração. Como o termo paciente é o sujeito do verbo, este deverá concordar com aquele. O verbo será denominado de transitivo direto. Veja um exemplo:
– No mundo contemporâneo, busca-se a riqueza, enquanto se deveriam buscar os valores.
O pronome se, em ambas as orações, é partícula apassivadora, pois acompanha verbo com termo paciente, sem preposição alguma – Quem busca, busca algo (verbo transitivo direto). O termo paciente da primeira oração é a riqueza (a riqueza é buscada); o da segunda oração é os valores (os valores deveriam ser buscados). Como, na segunda oração, o sujeito está no plural, a locução verbal deveriam buscar também fica no plural.
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