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QUESTÕES SOBRE TESTAMENTO – OUTUBRO DE 2022 - CONCEITO 1) Jonas, solteiro, faleceu “ab intestato” em 10/01/2020, em consequência de complicações da COVID 19, deixando um patrimônio líquido avaliado em R$ 800.000,00 e os seguintes parentes vivos: o sobrinho Glauco, os sobrinhos netos Lívia e Lucas filhos de outro sobrinho pré-morto e o tio Alcides. Diante dos fatos, é correto dizer: a) Somente o sobrinho Glauco e o tio Alcides vão herdar. b) Somente Glauco receberá a herança. c) A herança será repartida igualmente entre Glauco, Lívia e Lucas. d) Os sobrinhos netos sucedem por estirpe. e) Apenas o tio Alcides tem direito a herança. 2) João e Maria, casados sob regime de comunhão universal de bens, sem ascendentes nem descendentes, faleceram num acidente de avião em agosto desse ano, sendo declarada a comoriência. O patrimônio do casal, no valor total de R$ 120.000,00, será assim distribuído: a) Ao único irmão de João, no valor de R$ 120.000,00. b) Às duas irmãs de Maria, no valor de R$ 60.000,00 para cada uma. c) Às duas irmãs de Maria e ao único irmão de João, no valor de R$ 40.000,00 para cada um. d) Às duas irmãs de Maria, no valor de R$ 30.000,00 para cada uma e ao único irmão de João, no valor de R$ 60.000,00. 3) Tobias, próspero empresário com atividades no Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá, falece sem deixar testamento, possuindo três filhos do seu casamento com Vera, com quem fora casado por 50 anos, pelo regime de comunhão universal de bens, sem nunca ter dela se separado. Você, como advogado (a), consultado sobre o inventário e partilha dos bens, responda fundamentando. Neste caso, o cônjuge será meeiro de toda a herança, ou seja, inclusive do bem individual. Em caso de falecimento de pessoa casada sob regime da comunhão universal de bens, lembre-se que o cônjuge sobrevivente não é herdeiro, mas terá direito à metade dos bens do casal (a denominada 'meação', que é a divisão do património em razão da extinção do casamento, por divórcio ou morte). 4) Bernardo, em 12 de maio de 2021, mediante testamento particular, reconheceu a paternidade de Cecília e ainda assim, dispôs da metade de seu patrimônio para seu melhor amigo, André. O testamento foi registrado e após 2 meses da lavratura do mesmo, Bernardo veio a óbito em um acidente de carro. Tal testamento é válido? Comente citando a lei civil. De um modo geral, todos os testamentos devem ter testemunhas, ser lido para elas e assinado em seguida. Ocorre que, em circunstâncias excepcionais, como, em caso de sequestro, naufrágio, isolado no meio de uma estrada deserta, sem tráfego e ferido no acidente do seu veículo, refém em mãos de criminosos, isto é, sempre em circunstâncias excepcionais, a pessoa pode redigir seu testamento, de próprio punho, declarando o momento difícil que atravessa de excepcionalidade, e redige seu testamento.Com sua morte, encontrado o corpo e o testamento, alguém deve apresentá-lo para o juiz, que analisará os fatos, a comprovação do isolamento e exceção. Considerando correto o procedimento do testador, o magistrado poderá aprovar o testamento, mandando registrá-lo. Artigo 1.879.
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