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APS 10o semestre 2021.1

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 2021/1 
ATIVIDADE DO 10º SEMESTRE 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Seja bem-vindo à ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA de 2021/1. Nosso objetivo é 
fomentar estratégias que permitam ao aluno construir conhecimento com autonomia e atuação 
em equipe (de 03 a 06 alunos), para desenvolver habilidades de pesquisa, seleção e 
consolidação de informações, comunicação de ideias, debate em grupo e apreensão de saberes 
específicos de sua área de formação profissional. 
 
As atividades de pesquisa, debate e redação do relatório final deverão ser realizadas com 
respeito aos mais rigorosos princípios éticos, o que significa que não serão aceitos textos que 
sejam fruto de plágio. 
 
Aproveite a oportunidade para aprender e avançar em seu conhecimento sobre Direito. Sua 
atuação profissional poderá ser bastante diferenciada de forma positiva se você aproveitar as 
oportunidades didáticas que as ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS da UNIP 
oferecem. 
 
Em caso de dúvida, converse com seu Coordenador. 
 
2. PROBLEMA APRESENTADO 
 
Leia atentamente o artigo do Prof.Dr. Luciano Benetti Timm, na Coluna da Associação 
Brasileira de Direito e Economia, publicada pelo portal jurídico Jota 
 
Direito e Economia desmistificado 
Resistência absoluta de alguns juristas à estatística parece novamente um agir 
estratégico ou ideológico 
 
• LUCIANO BENETTI TIMM 
11/09/2018 
 
Publicarei aqui na Coluna da ABDE uma série de artigos com 
finalidade de desmistificar o que seja o Direito e Economia, 
suas possíveis aplicações e limites. O primeiro deles, bastante 
introdutório, compila alguns pontos sobre os quais já escrevi 
(com alguns acréscimos e exemplos) e faz uma 
recomendação. Como mencionei recentemente em artigo mais 
curto – mas repito aqui pela importância da ressalva –, a 
primeira coisa de quem busca entender de um tema (como a 
AED) é lê-lo a partir de suas próprias lentes e de autores 
especializados. Comece com textos introdutórios de 
especialistas e depois passe aos originais (nada substitui um 
clássico como Richard Posner!). Depois de bem compreendida 
a matéria, é que faria sentido estudar seus “críticos” – já que 
todo conhecimento científico é um recorte metodológico e tem 
limitações. Portanto, o maior equívoco de quem começa a 
estudar AED, ainda mais no Brasil, é justamente começar seu 
estudo a partir da crítica (no mais das vezes maniqueísta ou 
estratégica, como mencionei recentemente). 
Primeiro ponto, então, é o de esclarecer o que não é a Análise 
Econômica do Direito (AED). Ela não significa Direito 
Econômico, sendo esse último um ramo do Direito que 
disciplina o funcionamento dos mercados (com maior ou 
menor eficiência e eficácia) e aquela um método de estudo. 
Segundo esclarecimento, a AED é transdisciplinar e envolve 
conhecimentos de Direito e de Economia, não apenas de 
Economia. O pressuposto é o de que se Direito é tão humano 
e tão antigo quanto a Economia, é porque faz sentido social a 
sua existência e deve ser levado a sério. Ele não é a lei como 
querem alguns economistas, ele é uma experiência social, 
antropológica que engloba regulamentos, atos normativos, 
práticas sociais repetitivas, princípios, teoria e decisões 
judiciais (ou arbitrais). 
Nesse sentido, pode-se então afirmar que o Direito e 
Economia ou (a AED) é um método de análise do Direito. Ela 
se vale de ferramentas da Ciência Econômica – 
fundamentalmente, mas não apenas, da Microeconomia – 
para explicar o Direito e resolver problemas jurídicos. Ou mais 
especificamente, para descrever o comportamento dos 
tomadores de decisão frente a dilemas jurídicos, bem como 
para proposição de uma regulação ou mesmo de interpretação 
de um princípio em um determinado caso. 
Como em qualquer paradigma científico – como a Sociologia 
do Direito –, existem várias escolas, várias vertentes. Não há 
um único método, nem a forma correta de se trabalhar com as 
lentes analíticas da Economia aplicada ao Direito. Dentre as 
escolas, ou vertentes, pode-se listar a Escola de Chicago, a 
Escola de Yale, a Escola Neo-institucional, a Escola 
comportamental e até mesmo, quem sabe, a Escola de escolha 
pública (“public choice”) e mesmo a austríaca. 
Nesse sentido, em comum, os pesquisadores que trabalham 
com a AED aceitarão o individualismo metodológico e aceitam 
– como regra, pelo menos – o agente (limitadamente) racional 
que faz escolhas e que percebe as normas jurídicas como 
grandes mecanismos de “preço” para suas condutas. Essa 
racionalidade o fará escalonar preferências, evitando as 
condutas de maior “custo”, dentro de um cálculo pragmático 
de trade offs. Mas, naturalmente, não necessariamente a 
eficiência – entendida como alocação “ótima” dos recursos – 
será o único valor do Direito (nenhuma das Escolas 
mencionadas defende isso hoje em dia). Embora o maior 
problema do Brasil seja talvez o desperdício (ineficiência)! 
A presunção de racionalidade trabalhada pela AED não é 
estranha ao sistema jurídico. Ao contrário, é o que está por 
trás da personalidade e da responsabilidade civil, assim como 
na culpabilidade penal. Vale dizer, celebrar atos e negócios 
civis e responder por suas escolhas, presume uma escolha 
racional ou pelo menos supõe a racionalidade humana como 
capaz de tomar decisões. E justamente a ausência disso 
implicará incapacidade. 
A AED, em grosseira síntese, tem fundamentalmente dois 
diferentes métodos. O positivo – que trabalha com a realidade 
comportamental e a sua descrição conforme algum método 
científico – e o normativo – que vai além das descrições 
empíricas comportamentais e passa a fazer julgamentos 
propositivos/interpretativos. A AED positiva, então, esforça-
se em mostrar como as normas jurídicas evoluíram de modo a 
agregar eficiência à sociedade, diminuindo custo das 
transações e estimulando as relações econômicas, assim 
como para predizer o comportamento de partes, juízes, 
advogados, promotores. Nesse sentido, tratar-se-ia de 
estudar os mecanismos de interação social (como o mercado) 
a fim de, compreendendo seu funcionamento, descrevê-los 
corretamente (a partir das instituições vigentes). Não há 
como negar a utilidade dessa ferramenta teórica ao jurista. 
Já a AED normativa emitirá opiniões sobre a adequação ou não 
de determinadas regras jurídicas, tangenciando a prescrição 
(política normativa). Aqui também nos parece útil uma 
ferramenta de mensuração de consequências a partir de 
pesquisas empíricas, em que a realidade e os dados sejam 
levados a sério. 
No campo da AED positiva, por exemplo, serão pesquisados os 
comportamentos estratégicos das partes, seus advogados e 
juízes. Por exemplo, qual o possível impacto de uma reforma 
trabalhista que limita (para não dizer moraliza) a concessão 
do benefício da gratuidade da justiça aos litigantes e 
estabelece algumas regras para sucumbência. Ou, qual o 
efeito esperado do cumprimento da pena após segundo grau 
de jurisdição? Ou então, qual o possível efeito da utilização de 
mecanismos de objetivação da responsabilidade civil? 
No campo normativo, como deveriam ser aplicadas as normas 
processuais com vistas à geração de maior cooperação no jogo 
processual (por exemplo, meios de constrição de bens do 
devedor, aplicação de sanção por litigância de má-fé, 
concessão de AJG, entre outros). Aqui podemos discutir se 
outros meios de constranger o devedor a cumprir sua 
obrigação devem ser empregados pelo juiz durante o processo 
de execução, por exemplo. 
A AED via de regra trabalhará com trade offs, de modo que 
escolhas implicam renúncias. Assim, se pode ser positivo a 
facilitação de todos ao sistema judiciário (mesmo a quem 
possa pagar e não seja economicamente pobre), a 
consequência pode ser de congestionamento do sistema pelo 
aumento das demandas frívolas (uso predatório), causando 
de fato uma precarização do acessoreal à justiça de quem 
realmente precisa e tem razão – que se chama em AED de 
“tragédia dos comuns” ou “tragédia dos baldios”. 
Outro ponto em comum do método da AED – talvez com a 
exceção dos austríacos – é o consequencialismo, que significa 
a necessidade de levar conta as possíveis consequências dos 
atos decisórios ao se ponderar atos com relevância jurídica 
(como a elaboração de contratos ou uma decisão judicial). 
Muitos críticos, normalmente adeptos de uma filosofia moral 
kantiana, costumam condenar esse raciocínio denominado de 
“utilitarista”. Entretanto, como demonstraremos em outra 
coluna, pesquisas de neurociência tem demonstrado que o 
cérebro humano é sim capaz de tomar decisões 
consequenciais e, mais do que isso, muitas vezes elas são 
desejáveis em casos difíceis, assim como aprovada em alguns 
casos pela maioria das pessoas pesquisadas. Pena que o Poder 
Judiciário brasileiro tenha sido tão carente nesse método ao 
julgar temas difíceis como planos de saúde, acesso a 
medicamentos, previdência, entre outros. 
O consequencialismo não é estranho ao sistema jurídico. 
Nesse sentido, parece evidentemente pressupor um raciocínio 
consequencialista a aplicação dos artigos 20 e 21 da LINDB – 
que exigem a ponderação das consequências pelos órgãos 
judiciais que anulam determinado ato administrativa -, assim 
como consequencialista são os famosos princípios da 
economia processual e também de que não existe decretação 
de nulidade sem prejuízo. Ou mesmo pense-se na concessão 
de uma medida cautelar, em que se ponderam os danos da 
concessão ou não de uma decisão liminar para cada uma das 
partes envolvidas (autor e réu). 
Finalmente, há que se enfrentar o problema da matemática e 
da estatística. De fato, a Economia se desenvolveu como 
ciência mediante o uso de ferramentas das ciências naturais, 
particularmente da Física. Contudo, o uso da matemática 
(mais especificamente da econometria) não transmuda o 
objeto da Economia, que permanece sendo o comportamento 
humano. Mas não é só a Economia que vem utilizando esse 
ferramental analítico. Outros ramos das ciências humanas e 
biológicas utilizam (como não poderia deixar de ser) da 
matemática e sobretudo da estatística. Pense-se na Psicologia 
e na Psiquiatria, que são fundamentais ao Direito. 
É verdade que economistas vêm exagerando na matemática, 
tornando sua ciência quase exoterismo. Por outro lado, a 
resistência absoluta de alguns juristas à estatística parece 
novamente um agir estratégico ou ideológico. É mais fácil se 
esconder no terreno fértil da retórica, da penumbra, do “caso 
difícil” do que na “dureza” dos dados. 
A invasão do Direito pela tecnologia tornará a discussão sobre 
uso da matemática no Direito uma discussão do passado. Há 
notícias de que o mecanismo on line de solução de disputas da 
plataforma E-Bay (entre outras como Mercado Livre) é capaz 
de resolver o problema das partes com o mínimo de 
intervenção humana. E o diabo é que isso é eficiente! 
 
LUCIANO BENETTI TIMM – Doutor em Direito, professor da FGVSP, ex-presidente da 
Associação Brasileira de Direito e Economia 
 
 
 
Com base no texto, as atividades que o grupo deverá realizar são: 
 
2.1. Redigir um texto em que destaque os principais aspectos tratados no artigo e, quais os 
pontos de concordância e discordância que os membros do grupo apresentaram em relação às 
ideias do texto. 
2.2. O texto deverá mencionar eventuais livros e portais de internet consultados. 
 
3. PRAZO DE ENTREGA E POSTAGEM DA APS 
 
Os trabalhos da Atividade Prática Supervisionada deverão ser postados em plataforma própria 
com acesso pela área do aluno em Trabalhos Acadêmicos pelos líderes dos Grupos que 
deverão cadastrar anteriormente os RA’s dos demais componentes, em data a ser estabelecida 
e divulgada no próprio site. As APS serão validadas e registradas individualmente em ficha 
própria (Ficha de Acompanhamento da APS - anexa), e que deverão ser postadas (de todos 
os integrantes do Grupo) pelo Líder juntamente com o Trabalho no ícone Trabalhos 
Acadêmicos. 
 
Bom trabalho!

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