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ACESSE AQUI O SEU 
LIVRO NA VERSÃO 
DIGITAL!
PROFESSOR
Dr. Jean Carlos Fernando Besson
Patologia 
Geral
FICHA CATALOGRÁFICA
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. BESSON, JEAN CARLOS 
FERNANDO.
Patologia Geral. Jean Carlos Fernando Besson. Maringá - PR: 
Unicesumar, 2022. 
248 P.
ISBN: 978-65-5615-909-6
“Graduação - EaD”. 
1. Patologia 2. Geral. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 616.07
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar
Diretoria de Design Educacional
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
 
 
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
DIREÇÃO UNICESUMAR
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho Diretoria 
de Cursos Híbridos Fabricio Ricardo Lazilha Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Diretoria de Design Educacional Paula 
Renata dos Santos Ferreira Head de Graduação Marcia de Souza Head de Metodologias Ativas Thuinie Medeiros Vilela Daros Head 
de Recursos Digitais e Multimídia Fernanda Sutkus de Oliveira Mello Gerência de Planejamento Jislaine Cristina da Silva Gerência 
de Design Educacional Guilherme Gomes Leal Clauman Gerência de Tecnologia Educacional Marcio Alexandre Wecker Gerência 
de Produção Digital e Recursos Educacionais Digitais Diogo Ribeiro Garcia Supervisora de Produção Digital Daniele Correia 
Supervisora de Design Educacional e Curadoria Indiara Beltrame
Coordenador de Conteúdo Sidney Edson Mella Junior Designer Educacional Vanessa Graciele Tiburcio Curadoria Katia 
Salvato Revisão Textual Sarah Mariana L. Cocato, Cintia Prezoto Ferreira, Érica Fernanda Ortega Editoração Lavígnia da 
Silva Santos Ilustração Welington Oliveira Realidade Aumentada Maicon Douglas Curriel Fotos Shutterstock. 
Tudo isso para honrarmos a 
nossa missão, que é promover 
a educação de qualidade nas 
diferentes áreas do conhecimento, 
formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o 
desenvolvimento de uma sociedade 
justa e solidária.
Reitor 
Wilson de Matos Silva
A UniCesumar celebra mais de 30 anos de história 
avançando a cada dia. Agora, enquanto Universidade, 
ampliamos a nossa autonomia e trabalhamos 
diariamente para que nossa educação à distância 
continue como uma das melhores do Brasil. Atuamos 
sobre quatro pilares que consolidam a visão 
abrangente do que é o conhecimento para nós: o 
intelectual, o profissional, o emocional e o espiritual.
A nossa missão é a de “Promover a educação de 
qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, 
formando profissionais cidadãos que contribuam 
para o desenvolvimento de uma sociedade justa 
e solidária”. Neste sentido, a UniCesumar tem um 
gênio importante para o cumprimento integral desta 
missão: o coletivo. São os nossos professores e 
equipe que produzem a cada dia uma inovação, uma 
transformação na forma de pensar e de aprender. 
É assim que fazemos juntos um novo conhecimento 
diariamente.
São mais de 800 títulos de livros didáticos como este 
produzidos anualmente, com a distribuição de mais de 
2 milhões de exemplares gratuitamente para nossos 
acadêmicos. Estamos presentes em mais de 700 polos 
EAD e cinco campi: Maringá, Curitiba, Londrina, Ponta 
Grossa e Corumbá, o que nos posiciona entre os 10 
maiores grupos educacionais do país.
Aprendemos e escrevemos juntos esta belíssima 
história da jornada do conhecimento. Mário Quintana 
diz que “Livros não mudam o mundo, quem muda 
o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as 
pessoas”. Seja bem-vindo à oportunidade de fazer a 
sua mudança! 
Aqui você pode 
conhecer um 
pouco mais sobre 
mim, além das 
informações do 
meu currículo.
Dr. Jean Carlos Fernando Besson
Olá, pessoal! Sou o professor Jean Besson, moro em Maringá-PR. Sou 
biólogo, com doutorado na área de doenças autoimunes. Gosto muito de 
viajar com amigos e vivenciar bons momentos na companhia de pessoas 
especiais, conhecer novas culturas e curtir a natureza. 
Gosto muito de fazer trilhas e conhecer novos lugares. Eu tive a opor-
tunidade de realizar um intercâmbio durante o meu doutorado e morei 
um ano e meio nos EUA, onde conheci várias pessoas e fiz muitos ami-
gos de diversas nacionalidades, foi uma experiência incrível. Entre as 
várias experiências, acabei descobrindo um novo hobby: as escaladas 
em parques e reservas biológicas preservadas. A primeira experiência 
nesse contexto foi a escalada no Parque Nacional de Zion, em Utah. Além 
disso, durante a minha estadia nos EUA, também visitei várias cavernas 
e reservas biológicas nos estados de Nevada, Minnesota, Colorado e 
Flórida. Desde então, sempre me programo para conhecer novos locais. 
O próximo passo é visitar, com os meus amigos, a Serra do Corvo Branco, 
em Santa Catarina, e a mística Chapada dos Veadeiros, em Goiás
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8205173604289849
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos on-line. 
O download do aplicativo está disponível nas plataformas:
Google Play App Store
Ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar e transformar. Aproveite 
este momento.
PENSANDO JUNTOS
EU INDICO
Enquanto estuda, você pode acessar conteúdos online que ampliaram a discussão sobre 
os assuntos de maneira interativa usando a tecnologia a seu favor.
Sempre que encontrar esse ícone, esteja conectado à internet e inicie o aplicativo 
Unicesumar Experience. Aproxime seu dispositivo móvel da página indicada e veja os 
recursos em Realidade Aumentada. Explore as ferramentas do App para saber das 
possibilidades de interação de cada objeto.
REALIDADE AUMENTADA
Uma dose extra de conhecimento é sempre bem-vinda. Posicionando seu leitor de QRCode 
sobre o código, você terá acesso aos vídeos que complementam o assunto discutido
PÍLULA DE APRENDIZAGEM
Professores especialistas e convidados, ampliando as discussões sobre os temas.
RODA DE CONVERSA
EXPLORANDO IDEIAS
Com este elemento, você terá a oportunidade de explorar termos e palavras-chave do 
assunto discutido, de forma mais objetiva.
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3881
PATOLOGIA GERAL
Caro(a) aluno(a), você já deve ter ouvido falar sobre a disciplina de Patologia, a qual é destinada ao estudo das 
doenças. O nosso corpo desenvolve diversos tipos de mecanismos que estabelecem a homeostasia após o 
estabelecimento de algum tipo de inflamação ou doença causada por diferentes tipos de agentes agressores, 
restabelecendo o equilíbrio homeostático. 
Imagine um contexto atual, em que o indivíduo seja infectado pelo novo SARS-CoV-2, agente etiológico da 
COVID-19. Você sabe como o nosso organismo desenvolve estratégias para o controle da doença? Quais são os 
principais mecanismos relacionados ao retorno da homeostasia após a infecção? Quais os mecanismos relacio-
nados à adaptação celular frente à infecção viral? 
Para isso, pensaremos em um caso fictício: uma mulher de 40 anos procurou a unidade de atendimento bá-
sica, realizou exame laboratorial para detecção do vírus, e o teste rápido revelou que ela estava contaminada. Ela 
apresentava sinais e sintomas moderados da COVID-19, como febre, dor de garganta, artralgia e mialgia. Cinco dias 
depois, ela começou a melhorar, e os sinais e sintomas começaram a desaparecer. Após 14 dias de isolamento, 
ela voltou a ter contato com familiares e colegas de trabalho. Nesse cenário, você sabe como o organismo dela 
restabeleceu o equilíbrio homeostático? Como você justificaria os sinais e sintomasdela?
O nosso organismo apresenta diferentes estratégias para garantir o restabelecimento do equilíbrio homeos-
tático. No caso da infecção viral da COVID-19, diferentes tipos de células estabelecem diferentes mecanismos de 
adaptação celular com o intuito de restabelecer novamente a função normal dos órgãos e tecidos afetados pela 
contaminação mediada pelo SARS-CoV-2. Ocorrem mecanismos mediados por hiperplasia e hipertrofia, garan-
tindo que novas células sejam produzidas e passem a se multiplicar e que as células mortas ou atrofiadas sejam 
geradas novamente. 
Posteriormente, os sinais e sintomas começam a desaparecer, a febre e a dor cessam. As dores musculares 
e articulares são reduzidas com a redução da carga viral, contudo o olfato e o paladar se estabelecem à medida 
que novas sinapses são reconfiguradas com o advento da produção de novas células diferenciadas. 
Pense: em que outros momentos o nosso organismo é capaz de restabelecer o equilíbrio homeostático? 
Que tal você pesquisar como o nosso organismo é capaz de restabelecer o equilíbrio após o desenvolvimento e 
tratamento de um tumor? Durante sua busca, analise os principais pontos de adaptação celular e eliminação de 
células metastáticas e anote as informações a respeito, pois esse será um dos temas abordados neste material.
O nosso organismo desenvolve uma série de mecanismos que bloqueiam e eliminam as células metastáticas 
liberadas pelos tumores. As células metastáticas são destruídas pelas células do sistema imunológico e, após a 
eliminação e destruição delas, o tecido inicia o restabelecimento do equilíbrio homeostático. Surgem novas célu-
las-tronco indiferenciadas que iniciam o processo de proliferação celular a partir de várias mitoses que, através 
dos mecanismos de hiperplasia e hipertrofia, reparam o tecido após a remoção do tumor. 
Os sinais da inflamação também desaparecem à medida que os mediadores inflamatórios deixam de ser libe-
rados na corrente sanguínea. Dessa forma, a pressão de líquidos em todo o organismo se normaliza, evitando o 
estabelecimento de um choque circulatório.
Neste livro, você terá a oportunidade de conhecer os seguintes assuntos da patologia: história; conceitos e 
terminologia; lesões reversíveis e irreversíveis; doenças iatrogênicas, idiopáticas e psicogênicas; estresse oxidativo 
e sistema antioxidantes; adaptações; acúmulos e degenerações celulares; apoptose; autólise e necrose; envelheci-
mento; sarcopenia; inflamação; reparo e regeneração; distúrbios hemodinâmicos; equilíbrio ácido-base; doenças 
metabólicas; síndrome metabólica; dislipidemias; câncer e distúrbios endócrinos; patologias de base — sistemas 
gastrointestinal, respiratório, nervoso e locomotor.
Acredito que você não ouviu falar de alguns desses temas, mas pode ter certeza de que são relacionados ao 
restabelecimento do equilíbrio homeostático e importantes para a sua atuação profissional, especialmente, no 
entendimento do desenvolvimento das doenças metabólicas, dislipidemias, câncer e envelhecimento. 
Dessa forma, você precisa prestar atenção nos conteúdos abordados neste material, fazer anotações e apro-
fundar seu conhecimento com pesquisas, além de ser um(a) estudante sempre ativo(a).
Eu acredito que, agora, você está um pouco preocupado(a) por conta dos assuntos novos, mas tenho certeza 
de que, ao final da disciplina, você estará mais tranquilo(a) e os entenderá com muita profundidade e de forma 
integradora e clara. Então, respire fundo, pegue o seu caderno, coloque uma música agradável e vamos aos estudos!
1 2
43
5 6
91
11
63
37
INTRODUÇÃO A 
PATOLOGIA
133
INFLAMAÇÃO, 
REPARO E 
REMODELAGEM 
TECIDUAL
ACÚMULOS, 
DEGENERAÇÕES E 
PIGMENTOS 
INTRACELULARES
LESÃO CELULAR 
REVERSÍVEL
MECANISMOS DE 
MORTE CELULAR E 
CALCIFICAÇÕES
ADAPTAÇÕES 
CELULARES E 
ENVELHECIMENTO
111
7 8
9
161
217
193
DISTÚRBIOS 
HEMODINÂMICOS
CARACTERIZAÇÃO 
DAS NEOPLASIAS E 
PATOLOGIAS 
ASSOCIADAS AO 
SISTEMA ENDÓCRINO
PATOLOGIAS 
ASSOCIADAS ÀS 
DEFICIÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
1
Seja bem-vindo(a) à disciplina de patologia. Você será apresentado a 
um interessante e novo universo relacionado ao estudo das doenças, 
possibilitando o entendimento de alterações celulares e mecanismos 
de compensação. Inicialmente, iremos discutir eventos históricos 
que possibilitaram o desenvolvimento da patologia como ciência, 
relacionando com os principais fenômenos relatados por cientistas 
e que trouxeram grandes inovações para o diagnóstico, manejo 
clínico e tratamento até os dias atuais. Além disso, vamos iniciar os 
estudos aprendendo a terminologia técnica utilizada na descrição 
das doenças e entender as subdivisões de estudos em patologia.
Introdução a 
Patologia
Dr. Jean Carlos Fernando Besson
UNICESUMAR
12
Eloá e Pedro são dois estudantes da área da saú-
de e estão empolgados com os novos conteúdos 
que estão sendo ministrados. Após estudar ana-
tomia, biologia celular, bioquímica, histologia e 
fisiologia, sentem-se seguros e estão animados 
para estudar patologia. Excelentes alunos, eles 
estão curiosos para entender os mecanismos de 
desenvolvimento de várias doenças. No primeiro 
dia de aula, ambos começam a dialogar sobre a 
disciplina e vários questionamentos tomam conta 
dessa conversa. Inicialmente, eles se questionam: 
qual é a origem da palavra patologia? Como esta 
ciência se classifica? Será que existem subdivi-
sões? E se existem, como se classificam? Pedro 
pergunta para Eloá se ela acredita que a patologia 
estuda células, tecidos e órgãos separados ou de 
forma integrada. Eloá questiona Pedro sobre as 
relações entre patologia e as outras disciplinas 
que eles estudaram nos últimos semestres, por 
exemplo anatomia, histologia e fisiologia. Ela 
também pergunta sobre o provável impacto das 
observações e possíveis experimentos realizados 
séculos atrás, e os efeitos nos estudos das doenças 
na atualidade. Será que existe essa relação? Eloá 
fica intrigada. Aproveitando essa indagação, Pe-
dro também questiona Eloá sobre a terminologia 
no estudo das doenças. Será que ela existe? Ele se 
lembrou das aulas de anatomia e sobre os termos 
empregados e fez uma analogia. Será que assim 
como vimos na disciplina de anatomia, em pa-
tologia, existem termos técnicos, Eloá? Será que 
existem achados arqueológicos que auxiliaram 
na evolução desses estudos? Ela prontamente 
responde que provavelmente sim e isso desper-
ta muita curiosidade entre os companheiros de 
classe. Ambos ficam intrigados e decidem estudar 
um pouco mais a respeito antes da aula.
A patologia é considerada uma ciência des-
tinada aos estudos sobre o desenvolvimento de 
uma determinada doença. Usualmente, elas são 
provocadas por um agente agressor ou estressor, 
chamado, tecnicamente, de “agente patogênico”. 
Neste cenário, as bactérias, fungos, protozoários, 
vírus ou até mesmo os alimentos ou íons podem 
causar uma quebra da homeostasia do organis-
mo, causando uma doença ou enfermidade. Esse 
processo resultará de uma série de reações orgâ-
nicas no corpo do doente e, dessa forma, poderá 
ser observado sinais e sintomas. Estes últimos 
podem variar entre indivíduos de uma mesma 
espécie e de acordo com o tipo de doença em 
curso, resultando no desenvolvimento de lesões 
que promovem a quebra da homeostasia. Des-
sa forma, ocasiona um mal funcionamento das 
células e tecidos resultando em alterações bio-
químicas, estruturais e morfológicas. Existem 
vários fatores que desencadeiam este processo 
patogênico. Alguns deles causam doenças mais 
simples e fáceis de serem tratadas, enquanto ou-
tros, desencadeiam infecções mais severas que, 
mesmo tratadas, podem ser fatais. A significância 
clínica que cada patologia apresenta pode auxi-
liar no diagnóstico, prognóstico, prevenção e no 
tratamento destas perturbações e anormalidades 
teciduais. Assim, o estudo das particularidades 
de cada doença aprimora o campo da patologia 
e contribui demasiadamente para melhorias na 
qualidade de vida ecura de cada paciente.
Quando você imagina a patologia como ciên-
cia, quais são as principais características no de-
senvolvimento de uma doença? Será que todas 
as doenças apresentam um mesmo padrão de 
desenvolvimento? Apresentam o mesmo tempo 
em seu curso? Será que existem estudos realizados 
utilizando patologia comparativa empregando os 
estudos experimentais com animais comparan-
do as doenças dos animais e dos seres humanos? 
Será que existem grandes diferenças? Será que 
é possível estudar a patologia entre diferentes 
continentes? E a patologia forense? O estudo de 
UNIDADE 1
13
cadáveres fornece grandes informações? Existe patologia geral e sistêmica? Quais são as contribuições 
das técnicas micro e macroscópicas neste cenário de estudo? Sugiro a você que pesquise os tipos de 
estudos realizados em patologia. Durante essa pesquisa, analise os principais pontos desta especialidade 
e anote as informações a respeito, pois vamos falar disso no decorrer da nossa unidade.
Você já deve ter percebido, em sua pesquisa, inúmeros novos termos e inúmeros contextos no qual 
a patologia como uma ciência está inserida. Existe uma íntima relação entre a patologia e anatomia, 
fisiologia, bioquímica, histologia e biologia celular. Vários autores contribuíram para o desenvolvimento 
e evolução da patologia como área e possibilitaram a classificação dessa ciência como patologia geral 
e especial ou sistêmica. A primeira se refere às alterações celulares que acometem todas as células e 
tecidos. Já a segunda possibilita estudar as alterações de órgãos específicos e afetados por um agente 
patogênico. Existem, ainda, subáreas dentro da patologia que possibilitam estudos mais direciona-
dos, por exemplo a citopatologia, a patologia em medicina forense e a paleopatologia. Muito embora 
sejam técnicas que diferem quanto aos seus aspectos celulares, estruturais e moleculares, estão todas 
relacionadas e, em algum momento, complementam-se. Considerando a sua pesquisa, anote os prin-
cipais termos técnicos referentes aos estudos da patologia geral e liste todas as palavras ou termos que 
possivelmente não fique totalmente claro para o seu entendimento. Para isso, utilize o Diário de Bordo 
disponível para você. No entanto, não se preocupe caso você não encontrar algum dos elementos des-
critos e apresentados anteriormente, nós iremos trabalhar com este conteúdo ao longo desta unidade. 
Dessa forma, preste bastante atenção quando estiver estudando e você conseguirá imaginar todas as 
relações entre a patologia geral e sistêmica, relacioná-las com os fenômenos de desenvolvimento e 
com os termos técnicos descritos.
UNICESUMAR
14
A palavra “patologia” é de origem grega e significa “pathos” (sofrimento) e “logos” (estudo), sendo consi-
derada uma área relacionada a evolução de uma doença, ou seja, é uma ciência que determina as bases 
estruturais e a funcionais de uma doença que acomete o corpo humano. Usualmente, estas alterações 
apresentam anormalidades que promovem alterações anatômicas, histológicas e fisiológicas no corpo hu-
mano e os “patologistas” são os profissionais que realizam o diagnóstico das doenças em curso.
Existem vários termos relacionados ao estudo das diferentes patologias, e para estudá-las precisamos 
também das principais bases da história da patologia. Inicialmente, começaremos nossos estudos 
definindo termos desconhecidos sobre a doença como o oposto da saúde, logo a saúde pode ser 
definida como uma condição de normalidade e equilíbrio do nosso organismo. Por outro lado, a 
doença se refere à perda do equilíbrio (normalidade) no organismo. 
Vale a pena ressaltar que mesmo um indivíduo saudável apresenta variações quanto a sua “nor-
malidade” quando comparado com outro indivíduo. Isso ocorre por conta das nossas características 
intrínsecas, nossa individualidade, por exemplo, altura, peso, composição química do nosso sangue, 
tecidos e das células. Assim, saúde e doença não são considerados estados absolutos, mas sim relativos.
Um termo comumente confundido com doença é “enfermidade”. De forma geral, a doença resulta de um 
agente causador, por outro lado, a enfermidade representa a reação do indivíduo com a doença em curso, 
especificamente representando os sintomas, pautada em sinais físicos ou clínicos e baseado nas queixas 
do paciente. Neste cenário, você deve se lembrar que doença e enfermidade não estão separadas. Além disso, 
existem as síndromes que resultam da combinação de sintomas causados por alterações fisiológicas.
Nas próximas unidades, utilizaremos várias definições e termos técnicos para entender o 
curso das doenças. Dessa forma, iremos, neste momento, conhecer a linguagem adotada 
nos estudos em patologia:
• Paciente é o indivíduo afetado pela doença (patologia).
• Lesões correspondem às mudanças ocasionadas nas células e tecidos como resul-
tantes do curso de uma doença em um indivíduo.
• Alterações patológicas ou morfológicas compreendem alterações estruturais em tecidos 
ou células característicos da doença que podem ser identificados por exames laboratoriais.
• Mudanças patológicas podem ser observadas a olho nu (ou seja, tais alterações teci-
duais podem ser macroscópicas ou microscópicas).
• Fatores causais são aqueles responsáveis pelo desenvolvimento das lesões e incluem 
a etiologia da doença (“porque” do surgimento da doença).
UNIDADE 1
15
Os estudos referentes à compreensão das bases 
de diversas patologias datam desde o início da 
humanidade. Eles são fundamentais para a evolu-
ção desta ciência extremamente importante para 
fornecer bases sólidas acerca das causas, origens 
e mecanismos das doenças. Todos estes estudos 
desenvolvidos ao longo dos séculos puderam 
elucidar várias perguntas e nortear inúmeras 
discussões sobre o conhecimento da patologia 
moderna. Nós iremos estudar estes eventos nesta 
unidade considerando que a patologia evoluiu 
ao longo dos anos, baseada em vários achados 
clínicos, observações comportamentais e uma 
fascinante história construída por vários cientis-
tas (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
A patologia é tradicionalmente apresen-
tada como a ciência resultante de inúmeras 
especulações acerca da natureza das doenças 
• Patogênese compreende o mecanismo pelo qual as lesões se desenvolvem (“como 
elas surgiram”).
• Sintomas se referem às alterações funcionais causadas por uma lesão que são sentidas 
e relatadas pelos pacientes doentes.
• Sinais físicos (ou clínicos) são observados após a realização de exame clínico.
• Significância clínica referentes às alterações morfológicas e funcionais somadas a 
outros resultados auxiliam no:
a. Diagnóstico: apresentar uma resposta para o que está errado.
b. Prognóstico: designar o que irá acontecer.
c. Tratamento: apresentar o que pode ser feito a respeito.
d. Prevenção: alternativas para evitar possível propagação e complicações das doenças 
(MOHAN, 2010).
físicas que acometiam as populações. Todas 
estas observações consideravam características 
grosseiras das doenças, ou seja, baseadas nas 
alterações visíveis nos indivíduos vivos ou 
mortos, especificamente durante o preparo 
para o funeral (KUMAR, 2016).
A medicina egípcia foi pioneira nos estudos 
em patologia, especialmente ao documentar in-
formações acerca de tipos de lesões ósseas, tumo-
res (câncer) e infecções causadas por parasitas. 
Tais informações podem ser contempladas como 
resultado de várias investigações em múmias 
(Figura 1). Ao serem examinadas após muitos sé-
culos, foi possível identificar tumores ósseos pre-
servados na coluna vertebral, além de aterosclero-
se (deposição de placas de gordura no interior de 
vasos sanguíneos) e devido a presença de cálculos 
biliares (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
UNICESUMAR
16
Nos últimos três séculos antes de Cristo, os gregos alexandrinos influenciados por Hipócrates 
(Figura 2) impactaram positivamente a medicina grega e romana. O cientista postulou a “teoria 
humoral da natureza das doenças’’, baseada nas muitas característicaspatológicas acerca de pro-
cessos patológicos que incluem a inflamação de feridas, desenvolvimento de hemorroidas, tumores e 
tuberculose. A principal contribuição dessa teoria foi a apropriação de “quatro sinais da inflamação: 
calor, dor, edema e rubor” (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Descrição da Imagem: Na ilustração, é possível identificar o processo de mumificação. Especificamente na região central da imagem, 
observa-se um sacerdote de Anúbis (usando máscara de chacal) fazendo o preparo do sárcofago. Na lateral direita da imagem, pos-
sivelmente três escravos “mumificando” um cadáver, e ao lado esquerdo da imagem quatro homens em pé aos pés do sarcófago. Ao 
fundo, a parede possui vários desenhos e símbolos, como a cruz de Ansata, o olho de Hórus, uma balança da justiça, entre outros.
Figura 1 - Processo de mumificação realizado no antigo Egito
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma ilustração 
do cientista Hipócrates. Há o desenho em preto e branco do 
busto de um homem com barba cheia, testa franzida entre os 
olhos, cabelo comprido até a nuca, barba e bigode também 
compridos.
Figura 2 - Hipócrates
UNIDADE 1
17
Ao trabalhar na dissecção de animais, o zoólogo 
Aristóteles (Figura 3) auxiliou na caracterização 
de várias das doenças características de animais. 
Com base nestes estudos, os cientistas alexan-
drinos Herophilos e Erasistratos realizaram 
as primeiras dissecações em humanos e pra-
ticavam também a vivissecção em criminosos 
vivos como forma de puni-los.
Os primeiros estudos relacionando anatomia 
a patologia foram realizados por Herófilos, ao 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma ilustração do zoólogo Aristóteles. Há o desenho em preto e branco do busto de um 
homem com barba cheia, testa enrugada, calvície na parte superior da cabeça.
Figura 3 - Aristóteles
Os primeiros praticantes de medicina eram estritamente gregos ou treinados por método grego, e uma 
importante figura para a história da patologia foi Cornelius Celsus. Ele não era um médico, contudo era 
considerado por muitos como um homem culto e com vasto conhecimento de literatura. Ele escreveu 
livros descrevendo conceitos clássicos do processo inflamatório (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
passo que Erasistratos relacionou fisiologia às 
doenças. Os dois cientistas buscavam evidências 
palpáveis para elucidar as frequentes queixas e 
sintomas intimamente relacionados às mudan-
ças morfológicas características dos doentes. 
Esses dois cientistas também refutaram a hipótese 
anteriormente proposta por Hipócrates, contudo, 
não introduziram nenhum mecanismo novo ex-
plicando o real motivo da não validação dos es-
tudos dele (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
UNICESUMAR
18
No primeiro século depois de Cristo houve pouco desenvolvimento nos estudos relacionados à pa-
tologia; as dissecações humanas deixaram de ser realizadas e foram descritas como atividades ilegais 
em Roma, e a prática médica declinou por cerca de cem anos. No entanto, o segundo século depois 
de Cristo evidenciou muitas novidades nos estudos em patologia, especialmente apresentadas por 
Galeno (Figura 5) (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Descrição da Imagem: na imagem é possível visualizar alguns papéis antigos com escrituras e desenhos, dispostos um sobre o outro. 
No centro da imagem há um papel em destaque com dois desenhos de crânios e um parágrafo escrito.
Figura 4 - Esboços de estudos sobre anatomia por Leonardo da Vinci
UNIDADE 1
19
Baseado em conceitos gregos, como a teoria humoral de Hipócrates, ele utilizou macacos e porcos 
para realizar dissecação e vivissecção. Com estes estudos, ele entendeu a importância de estruturas 
como o nervo recorrente e do sistema urinário, além de introduzir a técnica de sangria (Figura 6). 
Com estes achados, ele adicionou um quinto sinal de inflamação, chamado “perda de função” 
ou latejamento / pulsação (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma ilustração 
do cientista Galeno. Há o desenho do busto de um homem 
com barba e bigode longos, testa enrugada, uma espécie de 
touca na cabeça e com uma túnica. O fundo da imagem é 
de cor preta.
Figura 5 - Galeno
Descrição da Imagem: a imagem mostra a técnica de sangria. É possível visualizar a pele e os pelos de uma pessoa e sobre ela uma 
sanguessuga com sua ventosa acoplada na pele, também é possível visualizar sangue.
Figura 6 - Técnica de sangria utilizando anelídeos do tipo sanguessuga
UNICESUMAR
20
A patologia entre o período de Galeno e a idade 
média foi caracterizada por estudos realizados 
por médicos árabes e bizantinos, os quais não 
revelaram grandes avanços em suas observações. 
Nesta época, Aécio de Amida descreveu o car-
cinoma de útero, hemorroidas e úlceras retais. 
Nesta mesma época, Avenzoar descreveu dois 
tipos de câncer: esôfago e estômago. A medicina 
árabe declinou após as cruzadas e os mosteiros 
em toda Europa mantiveram viva a medicina gre-
ga (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Os monges se tornaram médicos ou utiliza-
vam antigos manuscritos para colocar em prática 
a medicina. O renascimento dos estudos em me-
dicina, inicialmente, coincidiu com a fundação 
das universidades de medicina na Itália, com 
ênfase, em especial, na anatomia patológica. Ao 
longo dos séculos XIV e XV, as dissecações se 
tornaram práticas muito comuns, trazendo 
de volta e validando as teorias de Galeno (VAN 
DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
No século XV, a patologia teve ampla expan-
são após o médico Antonio Benivieni realizar 
autópsias em alguns de seus pacientes. Após a 
sua morte, foram publicados 111 casos, dentre 
os quais 20 autópsias estavam inclusas, detalhan-
do as causas ocultas das doenças. O astrólogo e 
matemático Jean Fernel classificou as doenças 
em gerais e especiais, e ainda fez as primeiras 
distinções entre os termos “sintomas e sinais”, 
tal qual como fazemos hoje. Inicialmente, ele 
diagnosticou em autópsia um caso de apendicite 
aguda e foi um dos primeiros a sugerir a origem 
sifilítica de alguns tipos de aneurismas (VAN 
DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
UNIDADE 1
21
William Harvey fez importantes observações acerca do coração em estado patológico, caracte-
rizando a ruptura ventricular e hipertrofia do lado esquerdo em um paciente que apresentava insufi-
ciência da válvula aórtica. A medicina do século XVIII é descrita como “sofisticada” e, por conta disso, 
os estudos em patologia com base em inúmeras autópsias trouxeram muitas inovações relacionadas 
com este desenvolvimento. Herman Boerhaave fez uma importante contribuição ao publicar casos de 
autópsia (Figura 7) que explicam didaticamente a história médica recente e evolução de seus pacientes. 
Descrição da Imagem: é possível identificar dois profissionais realizando autópsia em uma mulher jovem. Ao centro da imagem está a 
mulher deitada em uma maca, totalmente coberta com um tecido branco, apenas sua cabeça e sua mão direita não se encontram envol-
vidas pelo tecido. Ao lado direito estão dois profissionais, ambos de jaleco branco, luva, calça jeans, porém não é possível ver seus rostos. 
Um dos profissionais está segurando a mão direita do cadáver, enquanto o outro está segurando uma lupa analisando dedos/unhas.
Figura 7 - Realização de autópsia em cadáver
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O estudante da faculdade de medicina de Bolonha Giovanni Battista Morgagni (Figura 8), foi aluno do 
grande anatomista Antonio Valsalva. Este jovem foi capaz de romper os 1.500 anos de influência dos estu-
dos de Galeno. Em 1706, com apenas 24 anos, ele descreveu 640 autópsias publicadas no livro “De Sedibus 
et Causis Morborum”. Dentre seus principais achados clínicos, ele correlacionou estruturalmente os 
sintomas dos seus pacientes com os achados patológicos descritos na autópsia. Dessa forma, indicou 
que as doenças apresentavam correlação anatômica (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010)
Descrição da Imagem: na imagem, é possível visualizar, em primeiro plano, uma estátua de um homem de cabelos longos e cacheados, 
vestindo uma capa, na mão esquerda,que está estendida, ele segura uma caneta, e na mão direita, que está próxima ao corpo, segura 
um crânio. Do lado esquerdo da imagem, próximo da estátua, há árvores, ao fundo há parte de um prédio de cor bege clara e janelas 
vermelhas. Também é possível visualizar uma parte do céu com algumas nuvens, do lado esquerdo na parte superior da imagem.
Figura 8 - Morgagni
Os estudos de Morgagni marcaram uma nova era para a medicina e patologia moderna. Com base em 
seus estudos, foi aceito que doenças eram baseadas em órgãos. Este processo ocorreu, aproximada-
mente, em 1750. Nesta mesma época, os irmãos John e William Hunter publicaram inúmeros artigos 
sobre tópicos especiais relacionados à patologia experimental, incluindo o uso de microscópios 
primitivos (Figura 9) (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
UNIDADE 1
23
Com o advento dos microscópios nesta época, Galeno estudou e publicou um livro sobre as 
doenças venéreas (sexualmente transmissíveis) em 1786. Além disso, em 1794, ele publicou um 
tratado contendo informações sobre o sangue, inflamação e feridas causadas por bala. Os irmãos 
Hunter descreveram detalhadamente a inflamação e relataram tal processo como sendo parte 
de um mecanismo de defesa e, posteriormente, resultando em um processo de reparo (VAN 
DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
O pesquisador francês Marie François Xavier Bichat era médico do exército francês e, du-
rante a Revolução Francesa, ele teve anuência para estudar os cadáveres recém guilhotinados. 
Utilizando metodologia simples, ele “cozinhou” partes dos corpos e, sem o uso do microscó-
pio, identificou vinte e um tipos de tecidos. Como resultado das autópsias, ele correlacionou 
os achados clínicos com a “histologia”, termo que ganhou destaque somente cinquenta anos 
depois. Após a sua morte, em 1802, o francês, Gabriel Andral deu continuidade aos seus estudos 
e, posteriormente, publicou dois livros: o primeiro sobre patologia geral e o segundo sobre 
patologia especial (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Descrição da Imagem: na imagem, é possível visualizar, no 
centro, um instrumento em madeira e metal. Esse instru-
mento possui uma base de madeira onde está acoplada uma 
estrutura de metal e sobre essa estrutura há uma estrutura de 
madeira em forma de cilindro. O fundo da imagem é branco.
Figura 9 - Microscópio primitivo
UNICESUMAR
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Neste mesmo período, o médico clínico geral Thomas Hodgkin realizou diversas autópsias na Grã-Bre-
tanha e revelou importantes características histológicas a respeito da tuberculose. A patologia britânica 
trouxe muitas informações importantes a partir das observações de Richard Bright e Thomas Addison. 
Bright caracterizou a doença renal e o edema, enquanto Addison, descobriu e caracterizou a anemia 
perniciosa. Já no século XIX, o advento de novas tecnologias aprimorou o uso do microscópio.
Como a patologia é classificada? Existem duas: a “patologia geral” refere-se às reações ocorridas 
em células e tecido decorrentes de uma doença, são “alterações não específicas”; e a “patologia es-
pecial” resulta em respostas que acometem os sistemas biológicos frente a uma doença específica.
Fonte: Mohan (2010).
Na primeira metade do século XIX, ocorreu ampla expansão e interesse em ciências básicas, especifi-
camente fisiologia e química, promovendo uma abordagem mais científica e técnica nos estudos em 
patologia. Neste cenário, a utilização da microscopia evidenciou uma espécie de “competição” entre 
Carl von Rokitansky e seu ex-aluno Rudolf Virchow. Após suas observações, Rokitansky descreveu 
estados de doença como prováveis resultados de certas anomalias no sangue. Por outro lado, Virchow, 
considerado até hoje por muitos patologistas o pai da patologia moderna, estudou a continuidade 
da vida celular (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Descrição da Imagem: na imagem, é possível visualizar, do 
lado esquerdo, um homem, branco, de pé, usando óculos 
de grau, barba e bigode compridos, ele está vestindo um 
terno preto, na mão direita segura um objeto pontiagudo e 
sua mão esquerda está sobre um crânio humano, que está 
sobre uma mesa do lado direito da imagem. A imagem é em 
preto e branco.
Figura 10 - O “Pai da patologia moderna” - Virchow
UNIDADE 1
25
Ele se destacou muito como estudante de medicina e tinha como objetivo principal o entendimento 
sobre padrões e conceitos básicos. Já atuando como médico, realizou inúmeros trabalhos como pa-
tologista experimental. Todos os seus estudos foram publicados no livro “Die Cellularpathologie”, 
publicado em Berlim, no ano de 1858. Em seus achados experimentais, ele trouxe importantes infor-
mações que auxiliaram no entendimento e diferenciação entre doenças baseadas em órgãos e das 
doenças baseadas em células, evidenciando um novo ciclo na era de uma “nova patologia” (VAN 
DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Com o advento da microscopia somada aos estudos clássicos de Morgagni, Bichat e Virchow, a 
patologia é configurada como uma nova especialidade médica na segunda metade do século XIX. Neste 
momento, surgem novos professores de patologia. A partir de 1850, a histopatologia diagnóstica se 
tornou um fenômeno no diagnóstico de doenças, em especial, na área de neoplasias e consagrando a 
patologia como uma “especialidade” separada (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010)
O microscópio também foi modificado nesta época e auxiliou na compreensão de conceitos e 
mecanismos de doenças que afetavam órgãos inteiros. Ele possibilitou a realização de estudos concen-
trados nas alterações celulares, permitindo as práticas histopatológicas (Figura 11) e possibilitando 
numerosos avanços técnicos necessários para a prática da medicina moderna utilizadas até hoje (VAN 
DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Descrição da Imagem: é possível identificar, na imagem, importantes elementos utilizados para a realização de técnicas histológicas. 
Em primeiro plano, é apresentado uma pinça, ao fundo temos quatro lâminas de vidro contendo cortes histológicos de biópsias celu-
lares corados com os corantes hematoxilina e eosina (técnica HE). Todas as lâminas apresentam identificação com números marcados 
e caneta de cor preta.
Figura 11 - Componentes necessários para realização de técnicas histopatológicas
UNICESUMAR
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Friedrich von Recklinghausen foi um patologista discípulo de Virchow que realizou estudos especial-
mente nas últimas décadas do século XIX. Ele descreveu a “neurofibromatose múltipla” e também 
outras patologias ósseas. Além disso, ele também publicou artigos com importantes informações 
acerca de adenomioma de útero, trombose, embolia, infarto, degenerações e outras condições 
patológicas. Já o pesquisador Julius Cohnheim apresentou o tipo de célula responsável pela formação 
do “pus” (Figura 12) (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
Descrição da Imagem: é possível identificar a formação de 
um abscesso na pele com pus. A pele está com zoom, sendo 
possível identificar poros e pelos. O abscesso tem colora-
ção amarelada, ao redor dele nota-se uma coloração mais 
avermelhada.
Figura 12 - Formação de abscesso com pus
Posteriormente, outro aluno de Cohnheim, chamado Carl Weigert, realizou estudos que possibilitaram 
a compreensão dos mecanismos de degeneração e necrose (Figura 13).
Descrição da Imagem: na imagem é possível visualizar uma parte do membro inferior humano, o pé e o tornozelo apresentam uma 
coloração preta evidenciando uma necrose, a parte dorsal do pé, tornozelo e uma parte da canela encontram-se sem a pele evidenciando 
os músculos. A perna está sobre uma grade, ao lado dela há uma tesoura.
Figura 13 - Pé e tornozelo esquerdo necrosados.
UNIDADE 1
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Durante o século XX, novas pesquisas em patologia foram realizadas e, consequentemente, novas 
descobertas surgiram. O pesquisador Ludwig Aschoff estabeleceu o conceito de sistema retículo-
-endotelial, enquanto Nikolai Anitschkov caracterizou a histopatologia do coração resultante da 
febre reumática. Os cientistas Franz Volkard e Theodor Fahr caracterizaram as doenças renais e Paul 
Klemperer apresentou àcomunidade científica a “doença do colágeno”.
Durante o século XX, também foram apresentadas as pesquisas paleopatológicas, as quais possibi-
litaram várias descobertas arqueológicas que possibilitaram a descoberta de inúmeras características 
dos povos pré-históricos. Por todo o mundo, estas observações podem ser visualizadas em museus 
contendo esculturas de mármore evidenciando tipos de hérnias, tumores de mama, veias varicosas, 
úlceras e vários outros exemplos morfológicos de doenças (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
A paleopatologia é capaz de fornecer uma visão integradora acerca do desenvolvimento de doen-
ças que acometiam populações antigas. É baseada na análise e interpretação de remanescentes 
esqueléticos, e com base neles, os arqueólogos classificam o processo em três fases.
Na primeira fase, os ossos encontrados são limpos e classificados com base em suas características. 
Na segunda fase, a idade e o sexo são determinados especialmente a partir das observações ba-
seadas no crânio e na pelve. No terceiro estágio de análise, a idade de morte poderá ser estimada 
a partir de observações baseadas nos estados dos ossos, bem como pautadas nos tipos das lesões 
que foram encontradas nas análises morfológicas.
Os estudos em paleopatologia possibilitam a categorização de doenças em três classes: as doenças 
infecciosas, incluindo tuberculose e sífilis; os distúrbios metabólicos que inclui anemia e as doenças 
musculoesqueléticas, correspondente a artropatias, osteoartrite, osteoporose e lesões traumáticas. 
Fonte: adaptado de Theodorakopoulo e Karamanou (2020).
Nesta mesma época, o patologista Karl Landsteiner desenvolveu o protocolo para tipagem sanguínea 
revolucionando o cenário dos procedimentos envolvendo transfusão de sangue e transplante de 
enxertos (consequentemente, de diversos tecidos). Os anticorpos foram descobertos por Albert Coons, 
e especificamente, os anticorpos monoclonais apresentados por Georges e César Milstein. A técnica da 
reação da polimerase em cadeia desenvolvida por Kary Mullis revolucionou a ciência e possibilitou a 
classificação das doenças baseadas em sua morfologia. Estes achados moldaram positivamente as 
práticas patológicas e são utilizadas até os dias atuais (Figura 14) (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
UNICESUMAR
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Após descrever os principais eventos históricos que contribuíram diretamente para o desenvolvimento 
da patologia como uma importante área de estudo e pesquisas, vamos nos atentar nas subáreas exis-
tentes nesta ciência. Inicialmente, vamos conhecer a patologia comparativa que possibilita o estudo 
de doenças em modelos animais, comparando com as doenças observadas em humanos.  Essa subárea 
ainda pode ser dividida nas seguintes especialidades:
• Histopatologia ou patologia anatômica ou anatomia patológica: estuda as mudanças es-
truturais vistas a olho nu ou utilizando exames que possibilitam a identificação de alterações 
macroscópicas ou microscópicas. Tais mudanças podem ser detectadas utilizando microscopia 
óptica ou eletrônica. Estes estudos em histopatologia permitem estudar os sistemas de maneira 
isolada, por exemplo a patologia dos sistemas cardiovasculares, respiratórios ou gastrointestinal, 
e ainda dar ênfase em exames de ordem ginecológica ou estudos em dermatologia, neuropato-
Descrição da Imagem: na imagem é possível visualizar uma ilustração representando o procedimento para coleta e análise genética 
da covid-19. Do lado esquerdo da imagem, tem uma enfermeira de perfil com touca branca, cabelo ruivo, máscara e roupa verde, na 
mão direita ela segura um tubo e na mão esquerda ela segura um cotonete que está inserido no nariz do paciente que está na sua 
frente. O paciente também está de perfil, com a cabeça levemente levantada, tem cabelos pretos, pele branca e veste camisa azul. Do 
lado direito da imagem há três eppendorf (microtubos descartáveis) com líquido azul dentro e uma mão com uma pipeta inserindo a 
amostra coletada anteriormente do paciente.
Figura 14 - Representação de coleta e análise genética no diagnóstico da covid-19
Você conhece as principais características sobre o novo coronavírus? 
Vamos conversar um pouco sobre sua origem, características, histórico 
e mecanismos patogênicos e peculiaridades relacionadas à virulência 
e quebra de homeostasia no curso da doença. Dessa forma, você irá 
entender melhor a gravidade de alguns casos clínicos e, também, a razão 
de algumas pessoas apresentarem casos assintomáticos frente essa 
doença que modificou nossas vidas drasticamente.
UNIDADE 1
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logia e patologia oral. Para melhor compreensão dos estudos em histopatologia, é necessário se 
basear no detalhamento da patologia anatômica que inclui três principais subdivisões:
a) Patologia cirúrgica: referente ao estudo de tecidos removidos do corpo humano vivo. Tais 
técnicas possibilitam que o diagnóstico seja baseado na inclusão do tecido em parafina (Figura 
15) ou congelamento (VAN DEN TWEEL; TAYLOR, 2010).
b) Patologia forense: são estudos baseados na autópsia de cadáver com objetivos de estudar os órgãos 
e tecidos após a morte e, dessa forma, identificar a causa da morte. Neste cenário, o patologista que 
atua na área médico-legal reconstrói e apresenta a sequência de eventos que antecederam a morte 
do paciente enquanto estava vivo e os eventos relacionados a sua morte (KUMAR, 2016).
A presença de insetos nos cadáveres é importante porque auxilia os estudos forenses, especificamente na 
entomologia forense (Figura 16). A análise dos tipos de insetos no corpo ou da cena do crime também 
fornece informações relacionadas à transferência do corpo ou ocultação do cadáver (KLOTZBACH, 2004). 
Os insetos coletados na cena do crime também podem comprovar a “presença de cadáver” nos casos nos 
quais o cadáver é removido antes da chegada de investigadores ou utilizados também para detecção de 
drogas, toxinas ou venenos, esta ciência é chamada de entomotoxicologia (VANIM; HUCHET, 2017).
Descrição da Imagem: na imagem, é possível identificar um micrótomo. Ao lado direito temos a mão de um profissional da área de 
patologia, ele segura um pincel apoiando o corte do material biológico incluído na parafina que sai do micrótomo. O tecido a ser estu-
dado é obtido a partir cortes ultrafinos que pode ser visualizado na ponta do pincel que o profissional manuseia.
Figura 15 - Obtenção de cortes histológicos
UNICESUMAR
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c) Citopatologia: estudos de células “perdidas” (Figura 17) ou seja, fora das lesões. É também 
conhecida como citologia esfoliativa, e para realização desta técnica, são utilizadas finas 
agulhas para aspiração do material biológico (citologia de aspiração) (MOHAN, 2010).
Descrição da Imagem: na imagem é possível visualizar um chão, parte de uma parede e de uma porta. Sobre o chão há várias larvas 
brancas, um risco de giz também na cor branca, uma placa amarela com número 5 em preto e uma mancha vermelha do lado direito. 
Do lado esquerdo tem as mãos de um profissional que está coletando as larvas, na mão esquerda segura um recipiente de vidro já 
com algumas larvas dentro e na mão direita segura uma pinça de metal.
Figura 16 - Entomologia forense
Descrição da Imagem: na imagem é possível observar, ao lado esquerdo, as mãos e um pedaço do corpo de um profissional, ele está 
manipulando uma máquina de coloração automática de lâminas que contêm remanescentes das células removidas em tecido lesado.
Figura 17 - Identificação de células coletadas
UNIDADE 1
31
• Hematologia: possibilita o estudo das doenças do sangue (KUMAR, 2016).
• Imunologia: refere-se aos estudos das anormalidades que ocorrem no sistema imunológico, 
denominadas imunopatologias.
• Patologia experimental: compreende a indução de uma doença em um animal, ou seja, estudos 
de experimentação (Figura 18) que se restringem apenas ao animal, e não podem ser aplicadas 
nos seres humanos devido a diferença entre as espécies (MOHAN, 2010).
Descrição da Imagem: na imagem temos coelhos (cobaias) separados em gaiolas pararealização de experimentos. As gaiolas são 
equipadas com comedouros individuais, estão dispostas em uma rack onde quatro estão na parte inferior e cinco sobre essas. 
Figura 18 - Estudos in vivo utilizando cobaias mantidas em condições adequadas em biotério
• Patologia geográfica: refere-se aos estudos que possibilitam a diferenciação de frequência 
e o tipo de doenças comuns em populações da mesma espécie em diferentes regiões do 
mundo (MOHAN, 2010).
• Patologia molecular: refere-se ao diagnóstico das anormalidades celulares ao nível de 
DNA (KUMAR, 2016).
• Patologia química: compreende os estudos bioquímicos realizados a partir de consti-
tuintes encontrados no sangue, sêmen e urina (Figura 19), ou de outros fluidos do corpo 
humano (MOHAN, 2010).
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Você deve ter observado que a evolução da patologia como ciência ocorreu paulatinamente ao longo 
de vários séculos. Este processo só foi possível graças a cientistas, médicos e observadores que tra-
balharam incansavelmente em autópsias, experimentos e relatos a partir de observações utilizando 
animais e humanos. Todos estes eventos contribuíram para a consolidação da patologia como ciência 
e possibilitaram a descrição de mecanismos e terminologia correta para compreender o curso de uma 
doença. Ao longo dos séculos e pautadas nestas observações, os pesquisadores conseguiram estudar 
generalidades e especificidades de cada doença. Dessa forma, a patologia passou a ser classificada em 
“geral”, abordando os eventos celulares e teciduais referentes às doenças, ou ainda, classificada como 
“patologia especial”, estudando fenômenos a nível de órgão específico. 
Em ambas as classificações designadas, observa-se elementos em comum pautados nas alterações 
bioquímicas, estruturais e morfológicas, variáveis entre indivíduos da mesma espécie ou entre dife-
rentes espécies. A significância clínica de cada patologia é pautada nas principais alterações clínicas 
observadas no doente e auxiliam diretamente no diagnóstico, prognóstico, prevenção e tratamento 
das enfermidades. Dessa forma, a transposição destes elementos contribui significativamente para 
melhoria na qualidade de vida e cura de cada determinada doença, considerando um período de tempo.
Espero ter auxiliado você nesta etapa inicial referente à caracterização na apresentação de novos con-
ceitos e definições, e evolução histórica da patologia baseadas em antigas civilizações. Além disso, todas 
as informações adquiridas nesta unidade irão auxiliar você na compreensão de técnicas e procedimentos 
referentes aos estudos anatômicos, bioquímicos, funcionais e histológicos das doenças. Na próxima unidade, 
trabalharemos com os conceitos de homeostasia e introdução aos mecanismos de lesão celular.
Descrição da Imagem: na imagem é possível observar duas mãos de um profissional com luvas realizando testes laboratoriais a partir 
da coleta de amostras de urina. Em sua mão esquerda tem um frasco com urina e na mão direita ele segura uma tira de análise de urina 
com várias cores sobre o frasco. Ao fundo, nota-se outros frascos com urina e também várias tiras de análise de urina.
Figura 19 - Análise bioquímica de urina.
33
Vamos fechar esta unidade desenvolvendo um mapa mental caracterizando os principais eventos 
históricos que marcaram toda a história de desenvolvimento e evolução da patologia como ciên-
cia. Além destes elementos, abordaremos os principais conceitos e definições relacionados ao 
desenvolvimento de uma doença que afeta células, órgãos e tecidos. Para te dar uma mãozinha na 
revisão, convido você a produzir o seu próprio mapa mental e, assim, você poderá esquematizá-lo 
da forma que julgar mais adequado para seus estudos, possibilitando uma visão integradora do 
conteúdo, auxiliando no desenvolvimento de sua análise crítica, com clareza e objetividade. Dessa 
forma, você poderá visualizar, revisar e memorizar todo conteúdo estudado nesta primeira uni-
dade, de uma maneira diferente, colorida e ilustrativa, então, mãos à obra?
PATOLOGIA
Relacionadas a outras ciências
Anatomia
Aprimorada ao longo dos séculos
Estudo das doenças
Egito
Análises
Autópsia
Dissecção
VivissecçãoEspecial ou Sistêmica Geral
Macroscópicas
Microscópicas
Biologia Celular
Bioquímica
Fisiologia
Histologia
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1. Atualmente, várias denominações definem o termo ‘’doença’’ sob o ponto de vista de vários 
especialistas da área de patologia. Eles descrevem as doenças como manifestações patoló-
gicas que se apresentam no organismo animal ou humano e usualmente associadas a sinais 
e sintomas específicos, podendo limitar a vida do indivíduo acometido por elas. Com relação 
às características relacionadas ao termo “doença”, faça a análise das sentenças a seguir e 
assinale a alternativa correta:
I) A saúde é definida como uma condição de normalidade, ou seja, a pessoa está em equilíbrio 
com o seu organismo. 
II) Os estados de saúde e de doença não são relativos, mas são considerados como estados 
absolutos do indivíduo.
III) Uma enfermidade é desencadeada a partir da reação do indivíduo à doença na forma de 
sintomas e sinais físicos.
IV) As síndromes normalmente resultam de combinações de sintomas desencadeados por al-
terações fisiológicas.
Estão corretas:
a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) Apenas I, III e IV.
2. A palavra “patologia” significa o “estudo das doenças”, porém, o conceito de patologia não 
contempla aspectos detalhados acerca das doenças, pois eles são numerosos e podem con-
fundir a patologia humana com a medicina, neste contexto, para facilitar os estudos em pa-
tologia, com bases em estudos foram desenvolvidas diferentes terminologias. Com relação à 
terminologia empregadas em patologia, faça uma análise das sentenças a seguir e assinale a 
alternativa correta.
I) As lesões são descritas como as mudanças em determinadas células e tecidos resultantes de 
uma doença em uma pessoa.
II) As mudanças patológicas são observadas a olho nu, considerando especialmente os aspectos 
macro ou microscópicos teciduais.
III) A significância clínica evidencia o mecanismo de origem das lesões relacionadas no desen-
volvimento de uma doença.
IV) As mudanças patológicas são baseadas em alterações morfológicas e funcionais que auxiliam 
no diagnóstico e prevenção de doenças.
Estão corretas:
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a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) Apenas I, III e IV.
3. Hipócrates contribuiu significativamente para o desenvolvimento da teoria humoral a partir de 
experimentos de dissecção e vivissecção utilizando animais. Em seus achados, ele observou 
a importância de estruturas como o nervo recorrente e do sistema urinário. Com relação à 
teoria humoral, indique qual foi a principal contribuição do cientista:
a) Apresentou um quinto sinal de inflamação descrito como “perda de função”.
b) Apresentou os estados de doença como resultado de anomalias no sangue.
c) Caracterizou o desenvolvimento de doenças baseadas em órgãos e células. 
d) Identificou diferentes tecidos facilitando o estudo das diferentes doenças. 
e) Nenhuma das alternativas apresentadas anteriormente está correta.
4. A histopatologia é subespecialização da patologia anatômica ou anatomia patológica, possi-
bilitando a realização de estudos baseados em alterações macroscópicas ou microscópicas 
observadas utilizando microscopia óptica e eletrônica. Os estudos histopatológicos podem 
ser classificados em subdivisões. Com relação a estas subdivisões, faça análise das sentenças 
a seguir e assinale a alternativa correta:
I) A patologia cirúrgica compreende os estudos de tecidos coletados em humanos vivos.
II) A patologia forense compreende estudos de tecidos coletados em humanos após a morte.
III) A patologia molecular compreende os estudos das anormalidades celulares e teciduais.
IV) A citopatologia compreende uma subespecialidade que estuda as células perdidas.
Estão corretas:
a)Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) Apenas I, III e IV.
36
5. Os estudos em patologia auxiliaram significativamente na elucidação de causas, mecanismos e 
origens das doenças. Estes estudos, ao longo dos séculos, possibilitaram várias discussões sobre 
crenças sobrenaturais a respeito do conhecimento acerca da patologia moderna e evidenciou 
subespecialidades que são utilizadas até a atualidade. Com base nestas subespecialidades, 
analise as sentenças e assinale a alternativa correta.
I) A patologia geográfica estuda eventos patológicos acerca da fauna e flora global.
II) A Patologia experimental evidencia os estudos experimentais sobre doenças em bactérias e 
humanos.
III) A imunologia compreende os estudos acerca das anormalidades no sistema imunológico.
IV) A hematologia compreende os estudos intimamente relacionados às doenças que acometem 
o sangue.
Estão corretas:
a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III. 
c) Apenas III e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) Apenas I, III e IV.
	Introdução a Patologia
	Lesão Celular Reversível
	Acúmulos, Degenerações e Pigmentos Intracelulares
	Mecanismos de Morte Celular e Calcificações
	Adaptações Celulares e Envelhecimento
	Inflamação, Reparo e Remodelagem Tecidual
	Distúrbios Hemodinâmicos
	Patologias Associadas às Deficiências Nutricionais
	Caracterização das Neoplasias e Patologias Associadas ao Sistema Endócrino
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