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Estudo dirigido DHEG - MULHER

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ENFERMAGE EM SAÚDE DA MULHER II – ESTUDO DIRIGIDO
1- Descreva a técnica correta de aferição da Pressão Arterial.
R: 
Paciente sentada, manguito de 13cm, MSD elevado na altura do coração. Deve ser verificada em mais de uma medida com intervalo de pelo menos 4 a 6 horas.
Definição de hipertensão arterial na gravidez:
 PA sistólica maior ou igual a 140mmHg e/ou PA diastólica maior ou igual a 90mmHg.
 Nas pacientes obesas, com circunferência do braço superior a 30cm, sem disponibilidade de manguito adequado, deve-se usar tabelas de correção.
Obs: PA mais alta quando sentada quando comparada com DL.
2- Conceitue hipertensão arterial crônica, hipertensão arterial crônica com Pré Eclâmpsia (PE) sobreposta, hipertensão gestacional (transitória), pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade, pré-eclâmpsia com sinais de gravidade, eclâmpsia e síndrome HELLP.
R: 
Hipertensão arterial crônica: hipertensão arterial que está presente antes da ocorrência da gestação OU diagnosticada antes da 20ª semana da mesma OU aquela diagnosticada pela primeira vez durante a gestação e que se mantém além da 12ª semana após o parto.
Hipertensão arterial crônica com pré-eclâmpsia ajuntada: quando, a partir da 20ª semana de gestação, ocorre o aparecimento ou piora da proteinúria já detectada na primeira metade da gestação quando gestantes portadoras de hipertensão arterial crônica necessitam de associação de anti-hipertensivos ou aumento das doses terapêuticas iniciais na ocorrência de disfunção de órgãos-alvo.
Hipertensão gestacional: hipertensão arterial presente após a 20ª semana de gestação, SEM proteinúria ou manifestação de outros sinais/sintomas relacionados à PE associados, em gestante previamente não hipertensa, com retorno aos níveis normais após a 12ª semana de puerpério.
Obs: pode evoluir para PE em 10 a 50% dos casos.
Eclâmpsia: é a presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou como em paciente com pré-eclâmpsia incide em 2% e 3% de pacientes com pré-eclâmpsia grave quando não se administra sulfato de magnésio como uma profilaxia anti-convulsivante.
Síndrome HELLP: acrônimo HELLP significa hemólise, aumento de enzimas hepáticas e plaquetopenia: Hemolysis / Elevated / Liver enzimes / Low / Platelets.
Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade: hipertensão arterial presente após a 20ª semana de gestação COM proteinúria associada ou manifestações clínicas e/ou laboratoriais em gestantes sem história de hipertensão prévia.
Obs: edema.
Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade: PA sistólica ≥160mmHg e/ou PA diastólica ≥110mmHg, confirmada por intervalo de 15 minutos síndrome HELLP sinais de iminência de eclampsia: cefaleia, distúrbios visuais ou hepáticos (náuseas, vômitos e dor no epigástrio ou no hipocôndrio direito) eclampsia edema ajudo de pulmão; dor torácica, acompanhada ou não por alterações respiratórias insuficiência renal, elevação progressiva dos níveis de creatina (≥1,2mg/dl) e ureia, além da progressão para oligúria (diurese inferior a 500ml/24h).
3- Caracterize a proteinúria.
R: 
Presença de pelo menos 300mg em urina de 24h a relação proteinúria / creatinúria (mg/dl) em amostra isolada de urina é método adotado com frequência, pela facilidade do exame, sendo considerada alterada quando o valor for de pelo menos 0,3 na impossibilidade desses métodos, usa-se a avaliação qualitativa em fita, em amostra de urina (presença de pelo menos uma cruz indica 30mg/dl).
4- Liste os principais fatores de risco para PE
R: 
Histórico de pré-eclâmpsia; doença trofoblástica gestacional; gemelaridade; idade (<17 e >35/40 anos); primiparidade; hereditariedade (mãe ou irmã); raça (negra); tabagismo; DM, HA, doença renal; baixo nível sócio-econômico; obesidade.
5- Explique a fisiologiapatologia da (PE). 
R: 
Radicais livres – vasoespasmos – lesão endotelial, hipertensão e hipoperfusão – agregação plaquetária, passagem de proteínas e líquidos para o espaço extravascular – edema e hemorragia.
6- Explique as alterações causadas pela PE no sistema vascular, na placenta, no fígado, no cérebro, nos rins e no pulmão.
R: 
Fígado: dor hipocôndrio D, aumento de enzimas hepáticas (TGO).
Cérebro: cefaleias, distúrbios visuais, convulsão.
Rins: diminuição TFG = oligúria, proteinúria, creatininúria.
Pulmão: aumenta permeabilidade capilar = edema de pulmão.
Placenta: CIUR, sofrimento fetal crônico, DPP e óbito.
Alterações vasculares e sanguíneas: 
vasoespasmo lesão da parede vascular: necrose hemorrágica deposição de plaquetas nos vasos plaquetopenia por consumo.
Vasoespasmo: hemólise anemia e bilirrubinemia.
Aumento da permeabilidade capilar: diminuição massa circulante, hipovolemia e hemoconcentração aumento do hematócrito.
7- Liste os principais cuidados de enfermagem para a gestante com PE sem sinais de gravidade, com sinais de gravidade e para a mulher com eclâmpsia.
R:
Gestantes com Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade: a gestante precisa ser bem informada e ter condições de compreender a importância de procurar o serviço de saúde caso surjam sintomas/sinais de agravamento da doença; Orientar a ter alguém em casa ou em local próximo o tempo todo para dar suporte em caso de um evento adverso inesperado; Estar atenta aos movimentos fetais; Ter condições de aferir a pressão arterial diariamente; Manter os valores da pressão arterial entre 110 a 140 x 85 mmHg; Reduzir a atividade física ou estressante e manter consulta semanal para monitoramento.
Gestantes com Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade: avaliação da vitalidade fetal; corticoterapia (betametazona 12mg a cada 24h – 2 aplicações IM); Anti-hipertensivo de ação rápida (hidralazina); uso do sulfato de magnésio.
Eclâmpsia: manter o ambiente tranquilo, o mais silencioso possível; punção de veia central ou periférica calibrosa; aspirar as secreções e inserir um protetor bucal; medir a saturação de O2 e administrar de 8 a 10 L/min; instalar solução de glicose a 5% em veia periférica; recolher amostra de sangue e urina para a avaliação laboratorial; manter a paciente em decúbito lateral; administrar sulfato de magnésio; administrar nifedipina (VO) ou hidralazina (IV) se PA ≥160/110 mmHg; inserir um cateter vesical de demora; programar a interrupção da gestação.
8- Descreva como deve ser feito o monitoramento dos Movimentos Fetais.
R: 
Não existe padronização quanto aos métodos de registro dos movimentos fetais.
Método do mobilograma: período de tempo, em minutos, necessário para a gestante perceber dez movimentos fetais. Esse é o chamado método da “contagem até 10” o tempo total decorrido para atingir a contagem de dez movimentos, deve ser inferior a 1h. Caso a gestante não detecte dez movimentos em período de uma hora, pode ser repetida a contagem por mais uma hora, e se persistir a anormalidade, é desejável que a gestante procure um serviço de saúde.
9- Explique o mecanismo de ação do sulfato de magnésio.
R:
O sulfato de magnésio age relaxando a musculatura lisa e provocando vasodilatação. Esses eventos levam a queda de resistência vascular periférica impedindo a entrada de cálcio na célula e consequentemente diminuindo a contratilidade muscular, prevenindo então a convulsão.
10- Cite as principais morbidades que acometem as mulheres após a PE ou eclâmpsia. 
R:
Síndrome HELLP; eclampsia; edema pulmonar/descompensação cardíaca; alterações laboratoriais progressivas (trombocitopenia, elevação de enzimas hepáticas); insuficiência renal; descolamento prematuro de placenta; hipertensão refratária ao tratamento com três drogas anti-hipertensivas; alterações na vitalidade fetal.

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