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HAS EPIDEMIOLOGIA · HAS está relacionada às seguintes comorbidades: · AVE –Acidente Vascular Encefálico – prevalência HAS em pacientes com AVE 30-40% · ICO –Insuficiência Coronariana – prevalência HAS em pacientes com ICO 35-40% · IC –Insuficiência Cardíaca relacionada com afastamento e invalidez · IRC –Insuficiência Renal Crônica relacionada com afastamento e invalidez · IAC –Insuficiência Arterial Crônica retinopatia FATORES DE RISCO Etnia: HAS 2x mais frequente em indivíduos cor não branca Excesso de peso está relacionado a maior prevalência de HAS Excesso de sal está relacionado a maior prevalência de HAS e existe demonstração do efeito hipotensor da restrição de sódio Atividade física diminui a incidência de HAS INDEPENDENTES PREDISPONENTES CONDICIONAIS Dislipidemias Historia familiar precoce de DCV Triglicérides Hipertensão Obesidade Lipoproteína Tabagismo Sedentarismo Homocisteína Idade Etnia LDL pequena e densa DM Fatores psicossociais Fibrinogênio Marcadores inflamatórios Fatores hemostáticos DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO Pressão arterial deve ser aferida em TODA consulta médica 3x (média de 2 últimas medidas com intervalo de 1 a 2 minutos) Certificar-se de que o paciente NÃO · está com a bexiga cheia · praticou atividade física há menos de 60 minutos · ingeriu bebidas alcoólicas, cafeína ou grande refeição · fumou há menos de 30 minutos Pressão arterial deve ser aferida em AMBOS os braços Diferenças entre os braços devem ser consideradas se: · diferença entre as PAS >20mmHg · diferença entre as PAD >10mmHg AMPA –automedidada pressão arterial Medida da PA fora do ambiente de saúde e feito por indivíduos não profissionais de saúde Se medidas da PA forem diferentes do consultório, MRPA ou MAPA. AMPA alterada se >135x85mmHg (NÃO CONTEMPLADA NA VII DIRETRIZ 2016) MRPA –Monitorização Residencial da Pressão Arterial Medida da PA 3x pela manhã (antes do desjejum e da tomada do medicamento) Medida da PA 3x à noite (antes do jantar) … por 5 dias … ou 2x cada medida por 7 dias MRPA alterada se ≥135x85mmHg INDICAÇÕES Confirmação diagnóstica da hipertensão arterial Identificação e seguimento da hipertensão do avental branco Identificação e quantificação do efeito do avental branco Identificação da hipertensão mascarada Verificação da eficácia do tratamento anti-hipertensivo Confirmação diagnóstica da hipertensão arterial resistente MAPA –Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial Medida por 24 horas da PA –avalia o ciclo circadiano MAPA alterada se · média 24 horas ≥130x80mmHg · vigília ≥135x85mmHg · sono ≥120x70mmHg INDICAÇÕES Descenso noturno: queda 10-20% da PA Suspeita HAS do avental branco Suspeita HAS mascarada Grande variação da PA no consultório na mesma consulta ou em consultas diferentes Hipotensão postural, pós-prandial ou induzida por fármacos Avaliação de HAS resistente ao tratamento Disfunção autonômica INDICAÇÕES PARA MAPA OU MRPA NÃO é indicação de MAPA -> investigação de HAS secundária NOVA DIRETRIZ 2017 HAS com níveis PAS >130mmHg PAD > 80mmHg CLASSIFICAÇÃO DA HAS ESSENCIAL ou PRIMÁRIA Maioria dos casos –90-95% Sem causa estabelecida Doença complexa, multifatorial e poligênica Surge entre 30 e 50 anos de idade SECUNDÁRIA Minoria dos casos 3 a 5% Passível de tratamento com a abordagem da doença de base Antes da investigação, excluir · medida inadequada da PA · tratamento inadequado da PA (não adesão) · interação com medicamentos Medicamentos que elevam a PA · imunossupressores · glicocorticoides · AINH · anorexígenos (sibutramina) · ACO · antidepressivos · anfetamina/cocaína/álcool INDÍCIOS início de HAS antes dos 30 ou depois dos 50 anos de idade HAS estágio 3 ou resistente ao tratamento tríade do feocromocitoma: palpitação, sudorese e cefaleia em crises fácies ou biótipos de doenças como acromegalia, síndrome de Cushing, hipertireodismoe IRC presença de massas ou sopros abdominais assimetria de pulsos femorais alteração creatinina ou taxa filtração glomerular hipopotassemia espontânea urina I alterada com hematúria e/ou proteinúria ACHADOS QUE SUGEREM HAS SECUNDÁRIA HAS SECUNDÁRIA DOENÇA RENAL - Insuficiência renal crônica · Causa + frequente de HAS secundária · Pacientes com IRC, cerca de 60 a 100% possuem HAS · Mecanismos HAS · sobrecarga hídrica · ativação do SRAA DOENÇAS ENDOCRINOLÓGICAS Hiperaldosteronismo primário - Síndrome de Conn · Aumento aldosterona · Hiperplasia adrenal bilateral · Tumores · extra adrenais produtores de aldosterona · Hipopotassemia espontânea (10 a 35% casos) ou provocada por diuréticos Hiperaldosteronismo primário Aldosterona sérica/atividade renina plasmática. (A/R) > dL com aldosterona sérica >15ng/ dL Feocromocitoma · Tumores de células · argentafins localizadas na · medula da adrenal · Produtores de catecolaminas · 30% casos HAS paroxísticas · 70% casos HAS sustentada · Diagnóstico por imagem localiza o TU: TC, RNM, · cintilografia com metaiodobenzilguanidina Hipotireoidismo · A HAS principalmente PAD ocorre em até 40% dos pacientes Hipertireoidismo · Além do tratamento do hipertireoidismo, pode ser usado betabloqueador para os sintomas adrenérgicos e HAS Hiperparatireoidismo primário · Adenoma glândula paratireoide, o tratamento normaliza a PA em hipertensos e não altera a PA em normotensos Síndrome de cushing · Excesso de cortisol, retenção de Na e H₂O Acromegalia · Excesso produção hormônio do crescimento GH · Adenoma glândula pituitária · COARCTAÇÃO DA AORTA · Causa de HAS em crianças e adultos jovens · 4ª cardiopatia congênita mais frequente · Níveis de PA mais elevados nos MMSS · DOENÇAS VASCULARES DOENÇA RENOVASCULAR · Leva a isquemia renal · Causada por aterosclerose (90% casos) ou displasia fibromuscular (10% dos casos) SÍNDROME DA APNEIA DO SONO · Causada pela obstrução completa ou parcial recorrente das vias aéreas durante o sono · Leva a períodos de apneia, hipopneia, dessaturaçãoe despertares frequentes · Relacionada com HAS independentemente da obesidade · Ativação simpática e humoral · SÍNDROME DA APNEIA DO SONO · Sintomas: ronco alto, cansaço diurno, sonolência diurna excessiva, alterações da memória e diminuição da concentração · Sinais: sobrepeso/obesidade, obstrução nasal, palpitações noturnas, cefaleia matutina e noctúria · Polissonografia: índice apneia hipopneia ≥5 por hora INVESTIGAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL Confirmar o diagnóstico de HAS por medida da PA Identificar fatores de risco para doenças cardiovasculares Pesquisar lesões em órgãos alvo, clínicas ou subclínicas Pesquisar presença de outras doenças associadas Estratificar o risco cardiovascular global Avaliar indícios do diagnóstico de hipertensão arterial secundária ÍNDICE TORNOZELO- RAQUIAL Exame que demonstra a presença de aterosclerose, usa valores de PAS do tornozelo/braço D e E · Valores normais >0,90 · Obstrução leve 0,71 0,90 · Obstrução moderada 0,41 0,70 · Obstrução grave <0,40 Representa uma LOA INDICAÇÕES · Idade 50 · 69 e tabagismo ou diabetes · Idade ≥70 anos · Dor na perna com exercício · Alteração de pulsos em membros inferiores · Doença arterial coronária, · carotídea ou renal · Risco cardiovascular intermediário PARA CÁLCULO DO ÍNDICE TORNOZELO BRAQUIAL Utilizar os valores de pressão arterial sistólica do braço e tornozelo, sendo considerado o maior valor braquial para cálculo. ITB direito = pressão tornozelo direito/pressão braço direito. ITB esquerdo = pressão tornozelo esquerdo/pressão braço esquerdo INTERPRETAÇÃO Normal = acima de 0,90 Obstrução leve = 0,71- 0,90 Obstrução moderada = 0,41 - 0,70 Obstrução grave = 0,00- 0,408,9 AVALIAÇÃO INICIAL DE ROTINA PARA O PACIENTE HIPERTENSO Análise de urina Potássio plasmático Creatinina plasmática e estimativa do ritmo de filtração glomerular Glicemia de jejum Colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos Ácido úrico plasmático Eletrocardiograma convencional * O LDL C é calculado pela fórmula: LDL C = colesterol total ––(HDL C+triglicérides/5) (quando a dosagem de triglicérides for abaixo de 400mg/ dL AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR PARA O PACIENTEHIPERTENSO: EXAMES RECOMENDADOS E POPULAÇÃO INDICADA · Radiografia de tórax: recomendada para pacientes com suspeita clínica de insuficiência cardíaca (Classe IIa , Nível C), quando demais exames não estão disponíveis; e para a avaliação de acometimento pulmonar e de aorta · Ecocardiograma: hipertensos estágios 1 e 2 sem hipertrofia ventricular esquerda ao ECG, mas com dois ou mais fatores de risco (Classe IIa , Nível C); hipertensos com suspeita clínica de insuficiência cardíaca (Classe I, Nível C) · Microalbuminúria: pacientes hipertensos diabéticos (Classe I, Nível A), hipertensos com síndrome metabólica e hipertensos com dois ou mais fatores de risco (Classe I, Nível C) · Ultrassom de carótida: pacientes com sopro carotídeo, com sinais de doença cerebrovascular, ou com doença aterosclerótica em outros territórios (Classe IIa , Nível B · Teste ergométrico: suspeita de doença coronariana estável, diabetes ou antecedente familiar para doença coronariana em paciente com pressão arterial controlada (Classe IIa , Nível · Hemoglobina glicada (Classe IIA, Nível B): na impossibilidade de realizar hemoglobina glicada sugere se a realização do teste oral de tolerância à glicose em pacientes com glicemia de jejum entre 100 e 125mg/ dL (Classe IIa , Nível · MAPA, MRPA e medida domiciliar segundo as indicações convencionais para os métodos · Outros exames: velocidade de onda de pulso (se disponível) (Classe IIb , Nível FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ADICIONAIS NOS PACIENTES COM HAS · Idade (homem >55 e mulheres >65 anos) · Tabagismo · Dislipidemias: triglicérides ≥150mg/ dL · LDL colesterol >100mg/ dL ; HDL < dL · Diabetes melito · História familiar prematura de doença cardiovascular · Homens <55 anos e mulheres <65 anos LESÃO DE ÓRGÃO ALVO NA AVALIAÇÃO DO RISCO ADICIONAL NO HIPERTENSO Hipertrofia ventricular esquerda · IECG: índice Sokolow Lyon (SV 1 + RV 5 OU RV 6 ) ≥35mm · IECG: RaVL >11mm · IECG: Cornell voltagem >2.440mm* ms · IECO: IMVE >115g/m 2 nos homens ou >95g/m 2 nas mulheres EMI da carótida >0,9mm ou placa carotídea VOP carótido femoral >10m/s ITB <0,9 Doença renal crônica estágio 3 (RFG e 30 60mL/min/1,73m 2 Albuminúria entre 30 e 300mg/24h ou relação albumina creatinina urinária 30 a 300mg/g *ECG: eletrocardiograma; ECO: ecocardiograma; EMI: Espessura Médio Intimal ; IMVE: Índice de Massa Ventricular Esquerda; VOP: Velocidade da Onda de Pulso; ITB: Índice Tornozelo Braquial; RFG e: Ritmo de Filtração Glomerular estimado CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS A HIPERTENSÃO · Doença cerebrovascular (AVE, AVEI, AVEH, alteração da função cognitiva) · Doença cardíaca (infarto, angina, revascularização coronária, insuficiência cardíaca) · Doença renal: nefropatia diabética, déficit importante de função ( clearance <60mL/min) · Retinopatia avançada: hemorragias ou exsudatos, papiledema · Doença arterial periférica · AVE- Acidente Vascular Encefálico; AVEI AVE Isquêmico; AVEH AVE Hemorrágico Estratificação de risco no paciente hipertenso de acordo com fatores de risco adicionais, presença de lesão em órgão alvo e de doença cardiovascular ou renal
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