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CRIOTERAPIA

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11
A CRIOTERAPIA COMO RECUSRO ELETROFISIOTERÁPICO
 Cleusa Rabelo Bernardes¹ 
 Francine Stulp²
RESUMO 
A crioterapia consiste na utilização do frio para fins terapêuticos. É conhecida também como terapia por frio, sendo um tratamento em que o corpo é submetido a temperaturas muito baixas, com a finalidade de ocasionar diminuição da inflamação dos tecidos musculares e articulações do corpo. Essa terapia possui variadas formas de ser aplicada, entre elas: imersão em água gelada, bolsas contendo gelo e os sprays utilizados em grande parte pelos esportistas.
O paciente é submetido à uma dessas formas de aplicação, permanecendo por alguns minutos em contato com o gelo, o que ocasiona um processo de redução de edema e analgesia. Em adição a estes benefícios para a saúde, a crioterapia também pode oferecer melhora nos quadros de espasticidade causado por acidente vascular cerebral, lesões ortopédicas, osteoartrites, lombalgia, lesões musculares, dentre outras.
O presente estudo, sendo qualitativo e exploratório, buscou reunir um aglomerado de informações sobre os benefícios da crioterapia, comprovando que trata-se de um recurso com excelentes resultados em tratamentos fisioterapêuticos, especificando a atuação da terapia dentro de cada particularidade. 
1. INTRODUÇÃO
A crioterapia é um método utilizado há mais de 100 anos em protocolos de tratamentos das mais diversas patologias. Atualmente é usado pela maioria dos profissionais da fisioterapia em clínicas de reabilitação, principalmente no tratamento de disfunções neurológicas e traumáticas. Atuando de forma direta na redução de edema e analgesia, proporciona uma reabilitação mais rápida dos pacientes. (GUIRRO; ABIB; MÁXIMO, 1999, p. 164).
Sendo uma terapia que se utiliza do frio, apresenta uma aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo, que resulte em remoção do calor corporal, diminuindo as temperaturas dos tecidos, o que ocasiona uma série de respostas dependendo do objetivo proposto para o tratamento de cada caso específico, atuando tanto em reabilitação de várias patologias, como também na prevenção antes que estas se manifestem. (KNIGHT apud SANDOVAL; MAZZARI; OLIVEIRA, 2005, p. 01).
__________________________________________
Este trabalho tem por objetivo realizar um levantamento bibliográfico em revistas e periódicos fidedignos, bem como plataformas como SCIELO, objetivando definir os benefícios da crioterapia em diversas enfermidades, buscando respaldo científico para a construção do estudo.
Os efeitos terapêuticos da técnica nos sistemas foram ressaltados, com a finalidade de contribuir para o avanço das pesquisas, demonstrando ser um recurso altamente eficaz, tendo sua ação apoiada nas respostas fisiológicas e sendo utilizadas no tratamento de um grande número de patologias. (GUIRRO; ABIB; MÁXIMO, 1999, p.164).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A terapia pelo frio é a forma mais antiga de aplicação terapêutica entre os agentes físicos existentes. É uma técnica valiosa para ser usada em reabilitações terapêuticas, sendo definida como a utilização do frio para fins terapêuticos. (DANTAS; JUNIOR apud LIMA; MARSAL, 2016, p. 03).
A crioterapia é derivada do grego krios significando frio, e therapeia – terapia, sendo definida como terapia por intermédio do frio. Ela envolve diversas técnicas especializadas que utilizam o frio tanto em forma líquida; sólida e gasosa, sendo sempre utilizada para reduzir o calor no corpo, levando a um estado de hipotermia. (DANTAS; JUNIOR et al., LIMA; MARSAL, 2016, p. 03).
Na Fisioterapia existem muitos recursos destinados ao combate dos processos dolorosos, sendo a crioterapia uma técnica que produz diversos efeitos, como por exemplo, a analgesia induzida pelo frio, ao desencadear um retardo na frequência de transmissão do impulso e uma diminuição da sensibilidade dolorosa para o sistema nervoso central. (PINHEIRO, 2000; BLEAKEY; MCDONOUGHT, 2004; LIANZA, 2007 apud FARIAS et al., 2010, p. 28).
O centro responsável pelo controle da temperatura corpórea se localiza na região pré-óptica do hipotálamo anterior. A diminuição da temperatura é a primeira resposta fisiológica do organismo ao resfriamento, ocorrendo de forma localizada e imediatamente após a aplicação do gelo. (GUIRRO; ABIB; MÁXIMO, 1999, p. 165).
Nas palavras dos autores, a técnica é conhecida pelo termo “guarda-chuva”, pois visa cobrir um número de técnicas específicas. Significa de modo literal “terapia pelo frio”, portanto qualquer tipo de uso do gelo ou de aplicações do frio com objetivos terapêuticos, reúne-se nesta técnica. Possui diversas formas de aplicação, tais como: bolsas de gelo, massagem com gelo, aplicação de “crymatic”, criocinética, que significa aplicação intermitentes de frio e exercícios ativos, crioestiramento, que são aplicações intermitentes de frio e estiramento de tecidos moles, banhos em água fria em temperatura próxima de zero, dentre outras. (LOPES et al., 2013 apud LIMA; MARSAL, 2016, p. 03).
Pinheiro (2006) especifica cada forma de aplicar a técnica:
• Bolsas frias: sendo de vários tamanhos e formatos; são reservadas em um ambiente refrigerado e pelo menos 2 horas antes de serem utilizadas, para que fique com a temperatura por volta dos -5ºC. Na utilização deve-se colocar uma toalha entre a bolsa e a superfície da pele; a toalha pode ser molhada para facilitar a transferência de energia (PINHEIRO, 2006 apud LIMA; MARSAL, 2016, p. 05).
• Panqueca Fria: Comumente utilizada nas residências, sendo preparada com uma toalha molhada em água fria, e dentro da toalha gelo moído dobrando assim a toalha em forma de panqueca; e Compressa fria feita a partir de uma toalha molhada em água fria e disposta em forma de compressa no local da lesão. Ambas são indicadas para resfriamento superficial (PINHEIRO, 2006 apud LIMA; MARSAL, 2016, p. 05).).
• Banho por Imersão: possui finalidade de cobrir partes específicas do corpo, tais como, braços; mãos; cotovelos; tornozelos e pés, podendo ser usados na região lombar ou membros inferiores. Utilizando água misturada com gelo em um recipiente com o tamanho para cobrir a área desejada, a quantidade de gelo é dosada em relação a água para obter a temperatura desejada para realização terapia (PINHEIRO, 2006 apud LIMA; MARSAL, 2016, p. 05).
• Gelo, Compressão e Elevação: usada mundialmente nos cuidados imediatos das lesões agudas do esporte. Sendo que além da crioterapia ela ainda atua nos efeitos da compressão e elevação. A compressão é realizada por uma faixa elástica, ou por aparelhos como o Polar Care que utiliza um recipiente de espuma com elástico e uma faixa com velcro; onde está atua aumentando a pressão externa da circulação; ajudando na formação de edema; reduzindo o inchaço. O Polar Care e o Cryo Cuff são aparelhos que fazem essas ações de crioterapia, elevação e compressão (PINHEIRO, 2006 apud LIMA; MARSAL, 2016, p. 06).
• Massagem com gelo: uma técnica simples e realizada geralmente em áreas pequenas sobre músculos, tendões ou pontos gatilhos. O modo de preparar é com água a ser congelada em um copo, podendo colocar um palito ficando no formato de um pirulito para facilitar o manuseio para técnica. O gelo é aplicado sobre a pele em sentido circulatório; realizabdi vai-e-vem ou como a técnica de Rood, que realiza movimentos rápidos de varredura sobre os músculos lesionados
(PINHEIRO, 2006 apud LIMA; MARSAL, 2016, p. 06).
 Durante a aplicação da crioterapia, observa-se uma primeira fase de sensação
inicial de frio. A segunda fase é de dor ou desconforto, e a terceira de
analgesia ou anestesia. A quarta fase produz vasodilatação reflexa ou
paralítica profunda. Essas fases duram aproximadamente três minutos cada,
dependendo da modalidade utilizada. A diminuição do fluxo sanguíneo local
ocorrequando a temperatura do tecido chega a 13,8°C. Já a analgesia
acontece a 14,4°C. Se o resfriamento atingir temperatura abaixo de 10ºC há
um bloqueio total das transmissões dos impulsos nervosos (CARVALHO
et al., 2012 apud LIMA; MARSAL, 2016, p. 04).
Tratando-se de edemas, o resfriamento local ocasiona resposta de uma diminuição no metabolismo celular, o que acaba proporcionando à célula um consumo menor de oxigênio, e ela sobrevive por maior período de isquemia ou de diminuição parcial da circulação, o que evita a hipóxia secundária e consequentemente a morte celular. Desta forma, se torna menor a extensão do tecido que sofreu a lesão, diminuindo as proteínas livres e a pressão oncótica do tecido, o que resulta em redução do edema. (GUIRRO; ABIB; MÁXIMO, 1999, p. 165).
Já em relação à analgesia, a aplicação do gelo promove a estimulação dos receptores térmicos, que utilizam a via espino-talâmico lateral, uma das quais transmite os estímulos dolorosos. O resfriamento ocasiona um aumento na duração do potencial de ação dos nervos sensoriais, e, consequentemente, um aumento do período refratário, diminuindo a quantidade de fibras que irão despolizar no mesmo período, que ocasionará diminuição na frequência de transmissão do impulso e sensibilidade dolorosa. (GUIRRO; ABIB; MÁXIMO, 1999, p. 165).
A espasticidade é um dos distúrbios motores mais frequentes e incapacitantes observados nos indivíduos com lesões severas no sistema nervoso central, sendo definida como um aumento com velocidade dependente, do tônus muscular associada à exacerbação dos reflexos profundos causados por uma hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento, sendo enquadrada na síndrome do motoneurônio superior. (FELICE; SANTANA, 2008, p. 58). Ainda conforme as autoras, o frio exerce efeitos fisiológicos para tratamento do espasmo muscular e tônus anormal. A velocidade de condução do nervo periférico, tanto para fibras mielinizadas grandes, quanto em fibras desmielinizadas pequenas, diminui 2,4 m por oC de resfriamento, apresentando como resultado a diminuição da contratilidade dos músculos. Os receptores periféricos tornam-se menos excitáveis, diminuindo a resposta do fuso muscular ao alongamento, e consequentemente atenuando o espasmo muscular. (FELICE; SANTANA, 2008, p. 59).
Em um estudo de caso, Correia et al. (2010) cita o uso da crioterapia nos músculos espásticos após acidente vascular cerebral, e ressalta que a técnica reduz a hipertonicidade e facilita o manuseio do paciente, possibilitando o treino funcional e a prevenção do desenvolvimento de deformidades articulares. (SOARES apud CORREIA et al., 2010, p. 560-561).
Adentrando no campo das lesões ortopédicas, em um estudo observacional realizado por Lucena et al., foram apresentado os benefícios da crioterapia na fratura distal de rádio. (LUCENA et al. 2013).
Uma fratura, geralmente, tem toda a sintomatologia iniciada com a aplicação do trauma. A exceção consiste na fratura por fadiga que não tem um trauma precipitante e se desenvolve lentamente, ocasionando dor crônica As principais manifestações clínicas da fratura são de dor, repouso ou imobilizado, aumento de volume, crepitação, deformidade e mobilidade anormal. (LUCENA et al. 2013).
Conforme o entendimento de Lucena et al., o uso da crioterapia produz anestesia, analgesia, diminui o espasmo muscular, atua promovendo relaxamento, permite mobilização precoce, quebra o ciclo dor-espasmo-dor, diminui o metabolismo, e tudo isso ocorre devido o metabolismo fisiológico da circulação e do sistema nervoso, pois é por intermédio dessas respostas que se obtêm os resultados terapêuticos em fraturas ortopédicas. (LUCENA et al. 2013).
Os autores finalizam enfatizando que a técnica descrita é um método muito eficiente e de baixo custo. Sendo usada na redução de edemas, diminuição de processos inflamatórios oriundos de traumas e consequente analgesia local. (LUCENA et al. 2013).
A osteoartrite é outra enfermidade de sintomas tratáveis pela crioterapia. Sendo classificada como uma das doenças mais comuns do sistema esquelético, pode ser definida como condição degenerativa que afeta diretamente as articulações sinoviais, que ao inflamar e degenerar, provoca destruição da cartilagem articular, ocasionando deformidade das articulações. (SILVA; IMOTO; CROCI, 2005, p. 204).
Após realização de pesquisa, os autores concluem que a utilização da crioterapia para gerar aumento da amplitude de movimento articular ainda é incerta, mas que o aumento do limiar da dor e a diminuição da velocidade de condução nervosa beneficiam o alongamento muscular, permitindo maior mobilidade do membro afetado pela patologia. (SILVA; IMOTO; CROCI, 2005, p. 208).
Em um estudo realizado por Ribeiro et al., (2006) que objetivou apontar os benefícios da crioterapia no tratamento da lombalgia, pode ser avaliado os resultados após observação de sua aplicabilidade. Sendo a lombalgia uma enfermidade que apresenta dor intensa na região lombar, podendo estar associada ao movimento ou repouso dependendo da causa, percebeu-se que a atuação da crioterapia aliada ao TENS resultou em uma melhora considerável do quadro álgico. (RIBEIRO; MONTEIRO; ABDON, 2006, p. 86).
Já em outro estudo de Matheus et al., foi possível analisar a biomecânica dos efeitos da crioterapia no tratamento da lesão muscular aguda. Os autores descrevem que a crioterapia é uma modalidade terapêutica frequentemente utilizada no tratamento de lesões musculoesqueléticas agudas. Em esportes recreacionais ou competitivos, o tecido muscular esquelético é sempre o mais afetado na ocorrência de traumas, ocasionando contusões por mecanismo de impacto. (MATHEUS et al., 2008, p. 372). Dessa forma, foi possível concluir durante protocolo experimental realizado em 24 ratas fêmeas, Rattus norvegicus albinus, variedade Wistar, provenientes do Biotério Central da Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), que a sessão de crioterapia por imersão, imediatamente após a lesão, promoveu melhoras das propriedades mecânicas analisadas, sendo benéfica na fase de atendimento inicial em trauma agudo. . (MATHEUS et al., 2008, p. 375).
Portanto, a partir do presente estudo, que buscou reunir um arcabouço sobre os resultados da utilização da crioterapia em diversas patologias, pode-se concluir que a técnica oferece inúmeros benefícios, ficando evidente que sua utilização nos protocolos de tratamentos é de suma importância. Especificamente a melhora do quadro álgico tem sido frequentemente mencionada, já que a dor na maioria dos casos está sempre inerente às enfermidades, então a crioterapia se apresenta como uma solução viável e sempre almejada para a grande maioria dos pacientes e profissionais da fisioterapia.
Para maior compreensão, seguem as imagens 1, 2, 3 e 4 demonstrando algumas formas de aplicação da crioterapia:
 IMAGEM 01 – CRIOTERAPIA APLICADA AO PUNHO
 Fonte: https://www.fisioterapiavidaesaude.com.br/fisioterapia-em-piracicaba/crioterapia-em-piracicaba/
IMAGEM 02 - CRIOTERAPIA APLICADA AO JOELHO
 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=NGORnmn8dw0 
IMAGEM 03 – CRIOTERAPIA APLICADA À LOMBAR
 Fonte: https://fitnessfactory.pt/blog/saude-e-bem-estar/dor-lombar
IMAGEM 04 – CRIOTERAPIA: PISCINA DE GELO
 Fonte: https://energylab.com.br/criterapia-ou-piscina-de-gelo-para-recovery-de-atletas/
3. METODOLOGIA
Visando resumir os estudos encontrados sobre a crioterapia, foi realizado um levantamento nos bancos de dados MEDLINE e LILACS, no site da internet, bem como no sistema COMUT. Foram analisadas informações relevantes contidas em alguns periódicos que se mostraram importantes para elaboração do estudo. (GUIRRO; ABIB; MÁXIMO, 1999, p. 164).
Outro trabalho consultado para elaboração deste estudo, que trata da crioterapia nas espasticidade, teve como base uma revisão bibliográfica utilizando como fonte de pesquisa as bases de dados Medline e Lilacs, livros e periódicos científicos nacionais e internacionais.(FELICE; SANTANA, 2008, p. 59).
Ainda em outro artigo consultado referente ao uso da crioterapia para resolução da dor, partiu de um estudo observacional, descritivo do tipo série de casos, tendo como critério de inclusão voluntárias do sexo feminino assintomáticas para dor no local a ser testado. A pesquisa foi realizada no laboratório de eletroterapia, no departamento de fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPE, no período de setembro a outubro de 2007. (FARIAS et al., 2010, p. 28).
Com objetivo de incrementar ainda mais sobre o tema, foi consultado outro artigo que desenvolve sobre o efeito da crioterapia em pacientes acometidos por dor lombar, sendo realizado no mesmo um estudo experimental-prospectivo, com a finalidade de observar os efeitos da crioterapia associada ao TENS de forma simultânea no tratamento de lombalgia. (RIBEIRO; MONTEIRO; ABDON, 2006, p. 83).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Conforme o presente estudo, foi possível realizar uma análise sobre os efeitos da crioterapia nas mais diversas patologias. Os resultados foram satisfatórios, já que a atuação da técnica se demonstra promissora nos quadros espasticidade, reduzindo os espasmos musculares; nas lesões ortopédicas, amenizando o quadro de dor; nas osteoartrites, possibilitando maior mobilidade muscular; nas lombalgias atuando de forma direta na dor intensa do paciente; e em lesões musculares, oferecendo alívio imediato para atendimento de trauma agudo.
Vale ressaltar que especificamente para o caso específico de lombalgia, os resultados positivos de modulação da dor surgiram após o uso da crioterapia aliada ao TENS ( modalidade de eletroterapia por estimulação elétrica nervosa transcutânea).
Sugere-se que mais estudos sejam realizados, tendo como base campo científico, experimentação, estudo de caso, buscando contribuir ainda mais para aprimorar o conhecimento sobre os benefícios terapêuticos da crioterapia.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se, que o uso da crioterapia é de suma importância nos protocolos de tratamentos fisioterapêuticos, especialmente no que concerne aos quadros de edemas e algias. Os resultados apresentados com o uso da técnica pôde contribuir para um maior conhecimento acerca de seus benefícios.
A dor é um desconforto que sempre acompanha as mais diversas patologias, neste cenário as terapias que oferecem alívio será sempre prioridade nos tratamentos, objetivando alcance da saúde e melhor qualidade de vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Clínica vida e saúde. Disponível em: < https://www.fisioterapiavidaesaude.com.br/fisioterapia-em-piracicaba/crioterapia-em-piracicaba/>. Acesso em: 14 maio. 2022.
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Crioterapia (ou piscina de gelo) para recovery de atletas. Disponível em: < https://energylab.com.br/criterapia-ou-piscina-de-gelo-para-recovery-de-atletas/>. Acesso em: 14 maio. 2022.
FARIAS, Rafaela Soares et al. O Uso da Tens, Crioterapia e Criotens na Resolução da Dor. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. Vol.14, n.01, p.27-36. 2010. Disponível em: < https://web.archive.org/web/20170602014635id_/http://periodicos.ufpb.br:80/index.php/rbcs/article/viewFile/3745/4731>. Acesso em: 14 maio. 2022.
FELICE, Thais Duarte; SANTANA, Lidianni Rosany. Recursos Fisioterapêuticos (Crioterapia e Termoterapia) na espasticidade: revisão de literatura. 2008. Disponível em: < https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8605/6139>. Acesso em: 14 maio. 2022.
Fitness Factory. Dor lombar. Disponível em: < https://fitnessfactory.pt/blog/saude-e-bem-estar/dor-lombar>. Acesso em: 14 maio. 2022.
Gelo no Joelho: Crioterapia. Youtube. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=NGORnmn8dw0>. Acesso em: 14 maio. 2022.
GUIRRO, Rinaldo; ABIB, Carla; MÁXIMO, Carla. Os efeitos fisiológicos da crioterapia: uma revisão. Revista Fisioterapia, São Paulo, v.6, n.2, p.164-170, jul./dez. 1999.
LIMA, Ericsson Paulo Alves; MARSAL, Aline Sâmera. CRIOTERAPIA: UMA TÉCNICA SIMPLES E EFICAZ NA DESPORTIVA. Revista Visão Universitária, v.01, n.01, p.1-14. 2016. Disponível em: < file:///C:/Users/infor%20isa/Downloads/60-365-1-PB.pdf>. Acesso em: 14 maio. 2022.
LUCENA Alcione P. et al. A INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA NA FRATURA DISTAL DE
RADIO. Revista Universo. 2013 Disponível em: < http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1reta2&page=article&op=view&path%5B%5D=1031&path%5B%5D=757>. Acesso em: 12 maio. 2022.
MATHEUS, João Paulo Chieregato et al. Análise biomecânica dos efeitos da crioterapia no tratamento da lesão muscular aguda. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, vol.14, n.04, jul./ago. 2008. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbme/a/rfqHNkX8QxGc4dwFxnF4qxf/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 09 maio. 2022.
RIBEIRO, Rosangela da S. MONTEIRO, Terezinha V. ABDON, Ana Paula de V. Estudo do Efeito da Utilização Simultânea da Crioterapia e do Tens nos Pacientes Portadores de Lombalgia. Terapia Manual, vol.04, p.82-87. 2006. Disponível em: < https://fisioterapeutadaniel.webnode.com.br/_files/200000021-8c5b18d240/2006_Analise%20Volume%20Corrente%20em%20pacientes%20...%20Re_equilibrio%20toracico.pdf#page=20>. Acesso em: 10 maio. 2022.
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SILVA, Adriana Lucia Pastore; IMOTO, Daniela Mayumi; CROCI, Alberto Tesconi. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A APLICAÇÃO DE CRIOTERAPIA, CINESIOTERAPIA E ONDAS CURTAS NO TRATAMENTO DA OSTEOARTRITE DE JOELHO. p.204-209. 2005. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/aob/a/zmdMRXcpXXDV4RGxg9Z7KLc/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 12 maio. 2022.
1Acadêmica
2 Tutora
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI - Fisioterapia BFI 1031 - Prática do Módulo – 14/05/2022

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