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1Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 Tumores do Fígado • O carcinoma hepatocelular é um tumor primário de fígado, e tem a cirrose hepática como uma causa mais importante. • Dentre os tumores de fígado podemos classificar em tumores benignos e tumores malignos. Dentre os tumores benignos temos os mais comuns o Hemangioma, sendo ele o mais comum, a Hiperplasia Nodular focal e o Adenoma Hepático. • Hoje falaremos em especial sobre o Carcinoma Hepatocelular, que é um tumor frequente, especialmente na população de pacientes cirróticos. • O Carcinoma hepatocelular (CHC), até a década de 70 era considerado um tumor raro, exceto na África e no Sudeste Asiático, onde ele sempre teve um número expressivo, pois nessas regiões temos a endemicidade do vírus da hepatite B, que é um fator de risco, independentemente da presença de cirrose, para o surgimento do CHC. O vírus B é um vírus carcinogênico. • Geralmente, até a década de 70, o CHC era diagnosticado em fases mais avançadas, e nenhum tratamento mudava a evolução desse tumor. O objetivo maior com os estudos, com o avanço da medicina, foi dar diagnóstico precoce do CHC, e poder oferecer para o paciente uma forma de tratamento curativo, que mude a evolução e a história desse tumor. 2Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • Dentre os fatores e causas relacionadas ao surgimento do CHC a cirrose hepática é o principal fator de risco. Temos agentes etiológicos que estão relacionados, ou não, à presença de cirrose, no surgimento do CHC. Temos o vírus da hepatite B, que independente da presença de cirrose, é um vírus carcinogênico, e que está relacionado com o surgimento do CHC, mas especialmente na presença da cirrose. O vírus da hepatite C, o uso abusivo de etanol e aflatoxinas. • O CHC é o quinto tumor em incidência e o terceiro em mortalidade. Avanços nos métodos de imagem possibilitaram o diagnóstico precoce, e com isso podemos oferecer ao paciente uma forma de tratamento curativa. Mas o maior objetivo quando se fala em tumor é a prevenção, para isso podemos vacinar contra a hepatite B, a vacina é disponível na rede pública e é obrigatória desde o nascimento, faz parte do calendário vacinal. Controlar a infecção pelo vírus C, controle dos bancos de sangue, na esterilização dos hospitais, conscientizar os usuários de droga com relação ao compartilhamento de seringa e canudo, redução do consumo abusivo de etano e a contaminação alimentar por aflatoxinas. • Em relação à epidemiologia do CHC, é um tumor que tem distribuição mundial, mas ao olhar a imagem podemos perceber que nas áreas pintadas de rosa escuro, que é no Sudeste Asiático e na 3Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 África subsariana, temos uma expressão maior desse tumor, e isso coincide com onde tenho uma maior população de pacientes acometidos pelo vírus B, onde tenho o vírus B de forma endêmica. É lá onde surgem os números mais expressivos de casos de CHC. • Estima-se que ocorram no mundo cerca de 750 mil novos casos, e cerca de 700 mil mortes por ano relacionadas ao Carcinoma Hepatocelular. • É mais comum no sexo masculino, uma vez que o homem está mais exposto aos fatores de risco relacionados ao surgimento do CHC. Em relação à idade de surgimento, ela é mais baixa nas regiões de alta incidência, pois tenho alta chance de transmissão vertical. Então pacientes jovens, pela transmissão vertical, que tem maior risco de cronificação do vírus B. E nas áreas de média e baixa incidência do tumor a idade é maior. No nosso meio, por exemplo, fazemos diagnóstico do CHC na quinta ou sexta década de vida. • A associação com cirrose 70 a 90% dos casos dos pacientes. Mas nem todo mundo que tem cirrose vai evoluir para CHC, temos 20 a 40% de pacientes cirróticos que evoluem para o carcinoma hepatocelular 4Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • Quando olhamos separadamente o carcinoma hepatocelular, concluímos que aproximadamente 90% dos casos surgem em fígado cirrótico. Mas é importante sempre lembrar que o CHC pode surgir, e surge em cerca de 10% dos casos em fígados não cirróticos, por exemplo pacientes com hepatite B, na ausência de cirrose, pacientes com diagnóstico de esteato hepatite não alcoólica, mesmo na ausência da cirrose, é descrito pacientes que desenvolveram CHC. Uso de esteróide anabolizante em altas doses. Existem 10% de pacientes que mesmo na ausência de cirrose podem evoluir, mas não é o cenário mais comum. • Em relação à etiologia, ela é multifatorial, existe uma variação geográfica importante e em relação aos principais fatores etiológicos: vírus B, vírus C, alcoolismo, a contaminação alimentar por aflatoxinas, a esteato hepatite, hemocromatose, anabolizante e as outras possíveis causas de cirrose hepática também são fatores de risco. • Em relação à etiologia do CHC, relacionada ao vírus B. Evidências da relação causal entre o vírus B e o CHC, isso é claro. A distribuição geográfica é comum, uma prevalência maior de pacientes de sorologia positiva para o vírus da hepatite em pacientes que foram diagnosticados com CHC, uma maior prevalência de HBsAg em mães de pacientes com CHC, e foi evidenciado que houve uma redução da incidência do CHC em crianças em Formosa com programa de vacinação para hepatite B. Com isso pode-se concluir que vacinar contra hepatite B previne a hepatite B, e é uma forma indireta de prevenir o surgimento do Carcinoma Hepatocelular. 5Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • O vírus da hepatite B continua sendo no mundo o principal fator etiológico relacionado ao CHC • estima-se que exista no mundo 300 a 400 milhões de portadores do vírus da hepatite B • o VHB aumenta a chance de desenvolver CHC na população portadora de vírus B de 5 a 15 vezes mais, mesmo na ausência de cirrose • e o risco de desenvolvimento do tumor é maior nas zonas de alta incidência do vírus, onde é frequente a transmissão vertical, e na transmissão vertical tenho chance de 98% de evoluir para cronicidade e para doença hepática mais avançada • Fatores que vão influenciar o desenvolvimento do tumor em pacientes portadores do vírus B: sexo masculino, idade mais avançada (maior contato com o vírus B), a transmissão vertical pelo risco de cronicidade da doença, história familiar de CHC, a presença de cirrose (fator de risco), contaminação dos alimentos por aflatoxinas e abuso de etanol (agem de forma concomitante, facilitando o surgimento do CHC, aumentando a agressão hepática, e propiciando um ambiente para o desenvolvimento do CHC) • Em relação ao vírus: replicação ativa do vírus é fator de risco, co-infecção por VHC ou vírus delta, e infecção oculta por vírus B. São 3 fatores relacionados ao tumor que podem favorecer o desenvolvimento. 6Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • Em relação à hepatite C, que também é fator de risco, especialmente quando tenho evolução para cirrose hepática. Pode acontecer do paciente ter graus de fibrose mais avançada e mesmo na ausência de cirrose, ter o surgimento de CHC nos pacientes com vírus C, mas nãoé o cenário mais habitual • O CHC surge em pacientes portadores de vírus C, especialmente quando já tenho o desenvolvimento de cirrose hepática • a prevalência do vírus C em caso de CHC é muito variável no mundo, estima-se que 25 a 30% nos EUA, 28 a 76% na Europa, e um grande percentual no Japão, mais de 75% • O intervalo entre a infecção pelo vírus C e o desenvolvimento do CHC é maior do que 30 anos, pois geralmente o desenvolvimento de CHC em pacientes portadores do VHC ocorre em fase cirrótica, o paciente já teve muito contato com o vírus, de agressão hepática. Acredita-se que o vírus C se desenvolva em décadas, então se o paciente contrai o VHC hoje, para ele ter uma evolução para cirrose isso passa 30/40 anos, pois o paciente vai evoluindo em graus de fibrose, até chegar no grau de cirrose, que é fibrose IV • fatores de risco relacionados ao CHC em pacientes com vírus C, relacionados ao hospedeiro e ao ambiente: sexo masculino, idade mais avançada, superinfecção pelo vírus B e HIV, uso abusivo do etanol, diabetes e obesidade, lembrar que a síndrome metabólica age em sinergismo com o vírus C, favorecendo o surgimento do CHC e avançando a doença hepática. E a gravidade da doença 7Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • Fatores relacionados ao vírus C: genótipo 3, é o que aumenta esse risco, e quando o paciente tem carga viral mais alta • lembrar que VHC e cirrose é fator de risco para CHC • Em relação às aflatoxinas, a aflatoxina é uma toxina produzida pelo fungo Aspergillus flavus. Ela é frequente e causa contaminação alimentar em amendoim, milho, soja e arroz, ou seja, em grãos, em regiões quentes e úmidas • Essa aflatoxina tem potencial carcinogênico, pois promove uma mutação no gene P53 • evidências epidemiológicas e moleculares ligando a contaminação da aflatoxina ao tumor faz com que exista essa relação • e é importante essa contaminação especialmente na África e Sudeste Asiático, que são regiões quentes e úmidas, onde tem o maior números de pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. Então acredita-se que a aflatoxina, apesar de ser isoladamente um potente carcinogênico, quando age em sinergismo com o vírus B esse potencial de risco para o surgimento do tumor aumenta de forma importante • Em relação ao uso abusivo do etanol, o álcool não tem ação carcinogênica direta, quando faz ingestão de forma social, mas quando tenho uma ingestão abusiva do uso de álcool, e prolongada, isso 8Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 aumenta o risco de CHC, pois aumento o risco de surgimento de doença hepática crônica relacionada ao uso do álcool • a quantidade em gramas que são necessárias para o paciente evoluir para uma doença hepática crônica: 60 gramas para homem e 30 gramas para mulheres por dia, por um período de no mínimo 10 anos. É fator de risco para o surgimento de cirrose hepática. Então na presença de cirrose isso é fator risco para o CHC • O etanol aumenta a produção, absorção e ativação de substâncias cancerígenas e facilita mutação • diminui a resposta imunológica e induz a deficiências nutricionais • O álcool interage em sinergismo com o vírus B e o vírus C, e isso aumenta o potencial carcinogênico desses vírus • Lembrar que o uso abusivo é uma causa frequente de cirrose, e a cirrose é uma condição pré- neoplásica para o surgimento do CHC • Outros fatores etiológicos relacionados ao CHC: podemos citar a esteato hepatite, que independente de sua evolução para cirrose, é fator de risco. Mas, quando tenho evolução para cirrose, com todas suas complicações, esse risco aumenta. Pacientes com hemocromatose também têm alto risco de desenvolver CHC.O risco é menor, mesmo na presença de cirrose, mesmo em pacientes com doença de Wilson , colangite biliar primária e hepatite autoimune, é um cenário menos comum, mas só de ter cirrose já é um fator de risco, mas nessas doenças, nesses fatores etiológicos para cirrose esse risco é menor. E o uso prolongado em altas doses de esteroides anabolizantes, podem induzir o surgimento do CHC. 9Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • Dois inquéritos nacionais sobre etiologia, um em 1997, que mostrou que o vírus B naquela época era uma etiologia mais expressiva para o surgimento do CHC, seguido do vírus C e álcool. Em um novo inquérito, feito em 2010, houve uma inversão nesse percentual de casos de vírus relacionados ao CHC, mostrando que em 2010 o vírus C tinha um percentual maior de relação com o CHC, do que o vírus B e o álcool. • O carcinoma hepatocelular em fases iniciais pode não manifestar sintomas clínicos. Pode acontecer de um paciente cirrotico, com tumor pequeno, vir evoluindo bem com o seu acompanhamento, e de uma hora para outra descompensar, evoluir para uma ascite, hemorragia digestiva alta, e na investigação desse quadro de descompensação faz-se o diagnóstico de um tumor. Às vezes o tumor é pequeno, mas já faz compensação. • Os tumores maiores são capazes de causar sintomas mais importantes, mas independente do tumor eu tenho manifestações clínicas que chamam atenção. 10Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • A febre baixa, intermitente, ocorre principalmente nos tumores grandes. A presença da necrose tumoral favorece o aparecimento da febre. • Hepatomegalia em tumores grandes. Lembrar que o fígado de pacientes cirróticos tende a reduzir pela fibrose. Mas, quando tenho um fígado cirrótico que aumenta de tamanho, temos sempre que pensar na possibilidade de um CHC, que pode estar ali infiltrando o parênquima hepático. • Ascite. Às vezes tenho um paciente cirrótico que evolui bem no seu acompanhamento ambulatorial, um child A, acompanhando a cada 6 meses, e de uma hora para outra, esse paciente que nunca tinha descompensado, descompensa. Aparece com ascite, faz encefalopatia. É preciso pensar se essa descompensação é uma evolução da própria doença, ou tem um fator precipitador para essa descompensação. Geralmente nessa investigação faz-se o diagnóstico de CHC. • Hemoperitônio nos tumores periféricos, principalmente nos tumores maiores, temos chance de ruptura do tumor para cavidade peritoneal. E quando faço paracentese desse paciente vem com líquido ascítico hemorrágico. Pode ser acidente de punção, mas não posso esquecer do CHC. • Trombose de veia porta. Trombose é um dado indireto • Icterícia por invasão de ducto biliar, ou pela descompensação da própria doença hepática • Existem manifestações sistêmicas que simulam manifestações paraneoplásicas do tumor, as mais comuns são: 11Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 o hipoglicemia: o tumor consome glicose, o paciente começa a ter episódios seguidos de hipoglicemia. Cirrótico com hipoglicemia tenho que lembrar o eritrocitose: o tumor produz uma substância parecida com a eritropoetina. Paciente cirrotico geralmente tem hemoglobina mais baixa, pela hipertensão portal e hiperesplenismo, mas se tenho um cirrótico que aparece com hemoglobina ótima preciso ligar um sinal de alerta o hipercalcemia o hipertensão arterial sistêmica: cirrotico tende a ser vasodilatado na periferia, tende a ser hipotenso. Então se o paciente começa a ficar hipertenso pode ser que ele esteja produzindosubstâncias que promovam essa hipertensão o diarreia aquosa: paciente cirrótico que vem com quadro de diarreia você trata pensando que é uma infecção bacteriana, mas na verdade é o CHC que está produzindo peptídeo intestinal vasoativo e está fazendo quadros de diarreia aquosa volumosa o hipercolesterolemia: o tumor produz substância parecida com colesterol o e às vezes puberdade precoce • Manifestações atípicas: o metástases, não são tão atípicas assim. Todo paciente diagnosticado com CHC precisa ser triados o icterícia obstrutiva por invasão tumoral o febre, pela necrose tumoral 12Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • Com relação ao diagnóstico, a alfa fetoproteína é um marcador sérico que auxilia no diagnóstico do CHC • nem sempre vai estar elevada, não sela o diagnóstico, apenas auxilia • pode estar aumentada em tumores embrionários • paciente com hepatite B e hepatite C podem ter aumento • outro marcador, não utilizado na prática, é o DCP • ultrassonografia é o primeiro exame utilizado • rastreia na população de risco: indivíduos com cirrose; portadores do vírus B e C (independente de ter cirrose ou não) • é feito a cada 6 meses, associado ou não a alfafetoproteína • doppler ajuda a avaliar a hipervascularização arterial do tumor 13Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • a tomografia é utilizada quando no ultrassom identificar um nódulo em fígado cirrotico, independente da dosagem de alfafetoproteína • prossigo com exame contrastado, seja tomografia, ou ressonância, utilizados para selar o diagnóstico • CHC é um nódulo hipervascular, por isso uso contraste • Lado esquerdo mostra quando tenho captação do contraste, e lado direito a fase de equilíbrio, quando tenho a lavagem do contraste • isso sela diagnóstico de CHC em fígado cirrotico 14Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • na ressonância a característica é a mesma • um dado a mais que pode se obter é a pseudo-cápsula fibrosa, em tumores grandes, maiores que 3 cm • na fase arterial, ao lado esquerdo, tenho a captação de contraste, e na direita a fase portal de equilíbrio, quando lavo esse contraste, e o nódulo fica hipotenuante, em relação ao parênquima • a biópsia hepática, a histologia, é o padrão ouro • Mas, não precisa usar esse exame invasivo em todo nódulo em fígado cirrotico • usa quando os exames contrastados não selam diagnóstico 15Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • o rastreamento é feito para diagnóstico precoce e redução da mortalidade • utiliza ultrassom, associado ou não a alfafetoproteína • em pacientes com esteatohepatite não existe um consenso de tempo de rastreamento, então é feito pelo menos uma vez por ano • existem vários sistemas para estadiar • o mais utilizado é o BCLC 16Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • os critérios dele são: o tamanho do tumor o performance status, que é a qualidade de vida, se é lúcido, orientado, se anda, é independente, ou se é dependente, acamado. É a avaliação do estado geral do paciente o função hepática • tratamento cirúrgico, não cirúrgico e sistêmico • é limitada, pois geralmente o CHC surge em fígado cirrótico, que já é um fígado doente • para fazer a ressecção preciso de um fígado que funcione • geralmente o paciente indicado é aquele que tem tumor pequeno e não tem hipertensão portal • muito utilizados em pacientes com Vírus B, não cirróticos, que evoluem para o CHC, mesmo que o tumor seja maior que 2 c 17Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • melhor tratamento para o CHC • critérios de Milão: o 1 tumor de até 5 cm o ou até 3 tumores menores que 3 cm, cada um • A média de espera na fila é de 6 meses, com MELD de 29 18Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • Child A é o mais indicado • fazer com que o paciente que não está incluído no critério de Milão, se torne incluído • Posso reduzir um tumor maior de 5 cm com a quimioembolização • ou aquele que está incluído, mas se não for transplantado em 6 meses o nódulo vai aumentar, então faz para manter ele na lista de transplante 19Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • terapia sistêmica • paciente descompensado não tolera os efeitos da medicação • se não tiver efeito colateral o indivíduo pode não estar respondendo • alto custo, poucos locais da rede pública disponibilizam • estágio 0: estágio inicial, tumor pequeno, sem hipertensão portal, candidato a ressecção • estágio A: tumor precoce, mas já tem alguma hipertensão portal, é candidato ao transplante, ou até ablação, se ele for contra indicado o transplante, por exemplo, caso tenha alguma comorbidade grave • estágio intermediário B: tumor multinodular, mas o performance status dele é bom, é o child A, posso submeter a quimioembolização, tem uma boa resposta • estágio avançado: não posso transplantar, nem quimioembolizar, tem invasão portal, tem metástase a distância, performance status é um borderline 1, tem indicação de usar o sorafenibe • estágio D: estágio final, terminal, performance status 2, contraindicação para o transplante, sem tratamento específico ANOTAÇÕES DA AULA • Maior que 5 cm não é indicado transplante, pois a chance de recidiva é muito grande 20Gastroenterologia Amanda Barreiros - Medicina Ufes 107 • Quimioembolização seria uma forma de evitar a progressão da doença • Alcoolizacao "queima" o tumor, é localizada • Ferritina é uma proteína de fase aguda, aumenta com processos inflamatórios • Se a alfafetoproteína aumenta, nossa principal hipótese diagnóstica é CHC, mas se ela estiver normal não exclui o diagnóstico. O próximo passo, se ela estiver aumentada, é a tomografia. Na cirrose ela aumenta muito pouco, também pode aumentar em hepatites virais. Pode aumentar em tumor germinativo, de ovário e testículo • Trombose tumoral é contra indicação para transplante, pois significa que o tumor já progrediu • Doentes com doença mais avançada é contraindicado quimioembolização
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