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SUPREMATISMO E ARTE OP TEORIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA II VITOR ARRUDA LEONARDO OLIVEIRA ADELANIO DE CARVALHO RAFAEL VIEIRA CEARÁ SETEMBRO - 2014 INTRODUÇÃO Neste trabalho iremos definir os pontos principais dos dois temas “Suprematismo e Arte Op” contidos no livro Conceitos da Arte Moderna de Nikos Stangos bem como outras fontes acessórias. O suprematismo foi um movimento derivado do cubismo, surgido por volta de 1913 na Rússia e teve como seu maior expoente Malevich. Ele defende uma arte livre, comprometidas com a pura visualidade plástica tentando romper com a ideia de imitação da natureza, com as formas ilusionistas, com a luz e cor naturalistas, utilizadas pelo impressionismo, e com qualquer referência ao mundo objetivo que o cubismo alimenta. Assim, o suprematismo representaria a realidade do "mundo não objetivo", referido a uma ordem superior de relação entre os fenômenos, uma espécie de energia espiritual abstrata, que é invisível, porém real. No que diz respeito a Art Op foi o movimento artístico no qual Victor Vasarely foi destaque aprimorando essa arte que é produzida através da combinação de figuras geométricas idênticas e diferentes níveis de iluminação dando ao espectador a impressão de que a imagem na tela está em movimento simbolizando um mundo mutável e instável. SUPREMATISMO O cubismo que nasce concomitantemente à Física moderna, que divisa as artes e o conceito específico de forma. Embora, em última instância, objetos, pessoas e coisas participem da pintura cubista, ela é adversária da cópia. Nela, o mundo externo não é motivo prioritário da representação, mas elemento inicial para a busca das estruturas internas. Esta independência só é alcançada, na Rússia, com o Suprematismo, quando os últimos resíduos de realismo cedem terreno à forma geométrica pura, em consonância com a disposição de cores. O movimento suprematista surgiu na Rússia por volta de 1913, mas sua sistematização teórica data de 1925, do manifesto do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o Novo Realismo na Pintura escrito por Malevich em colaboração com o poeta Vladimir Maiakóvski. A intenção do manifesto era expressar a “cultura metálica do nosso tempo”, não por imitação, mas por criação. O suprematismo defende uma arte livre de finalidades práticas e comprometidas com a pura visualidade plástica. Ele tenta romper com a ideia de imitação da natureza, com as formas ilusionistas, com a luz e cor naturalistas, utilizadas pelo impressionismo, e com qualquer referência ao mundo objetivo que o cubismo de certa forma ainda alimenta. Malevich ainda fala em "realismo", e o faz com base nas sugestões do místico e matemático russo P.D. Ouspensky, que defende haver por trás do mundo visível outro mundo, espécie de quarta dimensão, além das três a que os sentidos humanos têm acesso. O suprematismo representaria essa realidade, esse "mundo não objetivo", referido a uma ordem superior de relação entre os fenômenos, uma espécie de energia espiritual abstrata, que é invisível, mas nem por isso menos real (SCHARF, 1988, p.121). Bolognes (1999,p.92) ressalta que ao rejeitar a representatividade, Malévitch pensa atingir o estágio supremo de desenvolvimento artístico, livre das amarras do real, mas que, ao mesmo tempo, nele se insere e dele participa. Nesse sentido, Malevich desdenhava a iconografia tradicional da arte representacional. Suas formas elementares pretendiam anular as respostas condicionadas do artista ao seu meio ambiente e criar novas realidades “não menos significativas do que as realidades da própria natureza”. Ele se detinha na pesquisa metódica da estrutura da imagem, que coincide com a busca da "forma absoluta", da molécula pictórica. Como ele mesmo afirma no manifesto de 1915: "Eu me transformei no zero da forma e me puxei para fora do lodaçal sem valor da arte acadêmica. Eu destruí o círculo do horizonte e fugi do círculo dos objetos, do anel do horizonte que aprisionou o artista e as formas da natureza. O quadrado não é uma forma subconsciente. É a criação da razão intuitiva. O rosto da nova arte. O quadrado é o infante real, vivo. É o primeiro passo da criação pura em arte". Além disso, não era nas pinturas, mas nos pequenos desenhos de elementos suprematistas, feitos por Malevich entre 1913 e 1917, que residiam as mais sutis implicações do suprematismo (SCHARF, 1988, p.121). A arte, acreditava Malevich, destina-se a ser inútil. Jamais deverá satisfazer necessidades materiais. O artista deve manter sua independência espiritual para poder criar. E embora, como tantos dos artistas seus colegas na Rússia , Malevich tinha escolhido com satisfação a Revolução de 1917, ele nunca subscreveu a doutrina de que a arte devia servir a um propósito utilitário, orientada para máquina, para as ideologias sociais e políticas. Se o Simbolismo rejeitou a imitação do natural, o Suprematismo rejeita qualquer representação de objetos e situações exteriores: ele volta-se exclusivamente à pintura, à forma, à abstração e à sensibilidade. O Simbolismo caminhou para o idealismo do símbolo; o Suprematismo, para a metafísica da forma. No Simbolismo, a catástrofe social se anuncia; no Suprematismo a vida nova deve trazer a maioridade à obra de arte. Se o Simbolismo terminou em uma revolução messiânica, o Suprematismo se transforma em revolução utópica. Isto, por certo, não desqualifica a importância dos dois movimentos. Ambos, a seu modo, apontam destinos peculiares ao relacionamento da arte com a vida, com a política e com a história (BOLOGNES, 1999, p.92). A comparação com o Suprematismo pretende uma relativização dos recursos com os quais trabalharam Malévitch e Maiakóvski. Percebe-se que há abstracionismo em ambos, mantidas as respectivas peculiaridades e distinções, porém Maiakóvski não quer expressar a sensibilidade pura procura tornar concreta a ideia da coisificação dos homens, através de cenas essencialmente pictóricas, fruto de uma abstração, a partir de circunstâncias sociais específicas. E sob esse aspecto que se define o seu teatro de ideias. Vladimir Maiakóvski: uma tragédia é uma composição cênica pictórica, que se refere a uma situação histórica precisa, gerando imagens poéticas que evidenciam, no palco, a alienação do trabalho (BOLOGNES, 1999, p.93). À luz das declarações de Malevich, é evidente que não só o Suprematismo refletiu a essência material do mundo feito pelo homem, como também comunicou um anseio pelo inexplicável mistério do universo. Embora reduzidas a simples forma geométricas, as composições de Malevich parecem ser, por vezes, referencias quase literais a objetos reais: aeroplanos em voo, conjuntos arquitetônicos como se fosse vistos do alto. Em obras como composição suprematista expressando o sentimento da telegrafia sem fios (1915), os pontos e traços do código internacional são diretamente empregados. Sua tela mais conhecida, Composição suprematista: Branco sobre branco (c. 1918), um quadrado branco inclinado sobre um fundo branco, tem sido interpretada de muitas maneiras (SHARF, 1988, p.123) ARTE OP Op-art é um movimento artístico que tem por objetivo dar movimento às pinturas, Victor Vasarely foi o pioneiro entre os artistas no aprimoramento dessa arte. Ela é produzida através da combinação de figuras geométricas especialmente em preto e branco, essas combinações dão ao espectador a impressão de que a imagem na tela está em movimento. Apesar do rigor de sua construção esse tipo de arte tenta utilizar “menos expressão e mais visualização" simbolizando um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo. A arte óptica é abstrata, essencialmente formal e exata, e que pode ser vista como um desenvolvimento do construtivismo e da essência do objetivo de Malevich, que era "assegurara supremacia da sensibilidade pura em arte". Além disso, podia ser também vista como uma tendências influenciadas por ideias desenvolvidas na Bauhaus e pelas de Moholy-Nagy e Josef Albers. O termo surgiu pela primeira vez na Time Magazine em Outubro de 1964, embora já se produzissem há alguns anos trabalhos que hoje podem ser descritos como "op art". Sugeriu-se que trabalhos de Victor Vasarely, dos anos 1930, tais como Zebra (1938), que é inteiramente composto por listas diagonais a preto e branco, curvadas de tal modo que dão a impressão tridimensional de uma zebra sentada, devem ser consideradas as primeiras obras de op art. Como denominação, Arte Op vem sendo geralmente usada desde o outono de 1964. Surgiu durante um período especialmente prolífico para movimentos recém-criados e foi aplicada, de um modo mais ou menos vago, àquelas obras que exploravam relações cromáticas ou ambíguas, ou, em verdade, a quaisquer pinturas que lidassem com o que Albers descreveu como "a discrepância entre o fato físico e o efeito psíquico" (REICHARDT, 1988, p. 208). Esse tipo de arte utiliza-se da oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as outras, produzindo o efeito óptico. Diferentes níveis de iluminação também são utilizados constantemente, criando a ilusão de perspectiva explorando as possibilidades do fenômeno óptico na criação de volumes e formas virtuais. Não é uma forma de arte programática na medida em que seu aspecto crucial envolve mais uma técnica do que uma ideologia. Poucas teorias subjacentes são fornecidas pelos próprios artistas e, além disso, é impossível fazer qualquer delimitação exata quanto ao inicio e fim precisos do movimento. Algumas obras cinéticas, por exemplo, em que se faz uso de efeitos de luz e de uma certa ambiguidade espacial, tocam frequentemente os limites da Art Op (REICHARDT, DATA, p. 210). Em 1965, uma exposição chamada The Responsive Eye (O Olho que Responde), composta inteiramente por trabalhos de Op Art, abriu em Nova Iorque. Esta exposição fez muito para trazer a op art à ribalta, e muitos dos artistas hoje considerados importantes no estilo exibiram lá trabalhos seus. Em seguida, a op art tornou-se tremendamente popular, e foram usadas imagens de op art em vários contextos comerciais. As pinturas Op não tem cunho intelectual, o impacto delas é um intenso impacto sensual, considerado como uma experiência impar se considerado a especificidade de cada obra e as diferentes sensações que causam no expectador. Elas dão a impressão de movimento, clarões ou vibração que, por sua vez, são derivados de enganos do sistema visual humano, que vê algo de modo errôneo ou que realmente não existe são apenas ilusão de óptica, que tanto pode surgir naturalmente, caso em que é chamada de fisiológica, ou ser criada por astúcias visuais específicas denominada cognitiva. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BOLOGNESI, M.F. Suprematismo, cubo-futurismo e a tragédia, de Maiakóvski. Disponível em: http://seer.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/3386 Acesso em 01 de setembro 2014 ás 14:24. Enciclopédia Itaú Cultural. Suprematismo. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_t exto&cd_verbete=3842> Acesso em 01 de setembro de 2014 ás 13:00 Strangos, N. Conceitos da Arte Moderna. 2 ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1991. http://seer.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/3386/0 http://seer.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/3386 http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3842 http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3842 SUPREMATISMO E ARTE OP CEARÁ SETEMBRO - 2014
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