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1/32 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPERIOR - DESU DEPARTAMENTO DE MECÂNICA E MATERIAIS – DMM ENGENHARIA MECÂNICA INDUSTRIAL DISCIPLINA: MÁQUINAS HIDRÁULICAS CARGA HORÁRIA: 75 Horas PROFESSOR: LUÍS DO ROSÁRIO COSTA AULA: 08 CONTEÚDO: AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS 08 - AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS 8.1 - Projeção meridiana O estudo do funcionamento dos órgãos de constituição simétrica das máquinas rotativas é feito mediante a consideração de duas projeções: uma, segundo um plano normal ao eixo de simetria, que é um corte que o plano faz na peça. PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Engenharia Mecânica Industrial - IFMA Máquinas Hidráulicas AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS 2/32 outra, num plano passando pelo eixo, denominado plano meridiano, onde cada ponto da peça é representado no plano pelo traço da circunferência que ele descreveria se dotado de rotação em torno do eixo de simetria. 3/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Fig. 8.1 – Projeções meridiana e normal de uma linha. 4/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Todas as curvas desenhadas ou contidas em uma superfície de revolução, cujo o eixo coincide com o de simetria da peça, terão a mesma projeção sobre o plano meridiano, e que se chama a linha meridiana da superfície considerada. 5/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas A projeção da curva no plano normal ao eixo é a projeção normal. Fig.8.2. 6/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas 8.2 - Diagrama de velocidades A Fig.8.2, representa o rotor de uma bomba centrífuga com pás de dupla curvatura, em projeção meridiana. Sejam a’b’ a projeção meridiana da trajetória de uma partícula líquida, e M’ de uma partícula dessa trajetória, contida na interseção dos dois planos ortogonais de projeção. 7/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas A pá, desloca-se com velocidade angular constante e arrasta a partícula, obrigando-a a descrever uma certa trajetória sobre sua superfície. Essa trajetória é a trajetória relativa e é um perfil da pá acompanhado pela partícula. 8/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Enquanto a partícula acompanha a superfície da pá, descrevendo a trajetória relativa, a pá gira e comunica um movimento de “arrastamento” à partícula. O resultado da composição desses dois movimentos, e que a partícula descreve em relação ao sistema fixo (base da bomba), é uma trajetória denominada trajetória absoluta. 9/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Fig. 8.3 – Representação de um rotor em projeção meridiana – Diagrama das velocidades. 10/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas O diagrama com os vetores representados em verdadeira grandeza é chamado de diagrama das velocidades, e está representado também na Fig. 8.4. No projeto, seja de bombas, seja de turbina, apresenta interesse o conhecimento das seguintes grandezas: - ângulo formado pelo vetor velocidade absoluta V, com a do vetor velocidade circunferencial U; 11/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas - ângulo formado pela direção do vetor velocidade relativa W, com o prolongamento em sentido oposto do vetor U. É chamado de ângulo de inclinação da pá. Wm e Vm – componentes meridianas ou radiais de W e V, isto é, projeções sobre o plano meridiano (sem rebatimento). 12/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Wu e Vu – Componentes periféricas ou de arrastamento de W e V, isto é, projeções sobre a direção de U. Com isso podemos escrever: e 13/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas 8.5 - Pás inativas e pás ativas Imaginemos inicialmente um rotor formado por um disco e uma coroa, concêntricos e paralelos, não dotados de pás. Estando o rotor em movimento, imaginemos que o líquido se escoe livremente, entrando pelo centro do rotor e saindo pela periferia, com direção radial e sem sofrer influências de resistências passivas. 14/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Sua trajetória absoluta (que, no caso, se chama também natural ou espontânea) será uma linha radial A1A2, como indica a Fig. 8.4, descrita com a velocidade V de módulo v, que decresce uniformemente de A1 para A2, porque a descarga sendo constante e b, a distância entre o disco e a coroa, devemos ter: 15/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Sendo r a distância da partícula ao eixo de rotação, no instante em que possui a velocidade v. O denominador é a área da superfície cilíndrica de raio r e altura b. 16/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Fig. 8.4 – Trajetória absoluta do líquido. 17/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas 8.6 - Equação das velocidades A energia representada pela altura total de elevação He não é integralmente utilizada na elevação do líquido (Hu); uma parte é perdida para vencer as resistências de natureza hidráulica, J, que ocorre no interior da bomba. Assim: 18/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Considerando o que se passa apenas no rotor, podemos escrever, desprezando as variações de h por se compensarem devido à simetria do rotor. Isto significa que a energia cedida pelo rotor é feita sob forma de energia de pressão. 19/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Outra sob forma de energia cinética e outra perdida no interior do próprio rotor. Onde J’ é parte da perda J da bomba completa (rotor e difusor). 20/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Este acréscimo resulta: Da ação da força centrífuga devida ao movimento do rotor. Da variação da velocidade relativa do líquido ao atravessar os canais formados pelas pás do rotor, e onde ocorre a perda de energia J’. 21/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas No volume de revolução formado pelo movimento do rotor, considerando cheio de líquido de peso específico , imaginemos um anel de raio médio r, espessura dr e altura Z. Ver Figura abaixo. 22/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Figura – Detalhe de um anel de líquido 23/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Exercício 1 Uma bomba gira com n = 1.750 rpm, e possui um rotor cuja suas grandezas são: D1 = 120 mm D2 = 240 mm b1 = 30 mm b2 = 16 mm 1 = 12° 2= 25° 24/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Os diâmetros de aspiração e recalque da bomba são iguais e seu valor é de 150 mm. Qual será a altura manométrica que se poderá obter, qual a potência absorvida pelo motor e o momento de elevação da bomba? Desprezar a espessura das pás. 25/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas SOLUÇÃO: a) Cálculo da descarga ( Q ) 26/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas b) Cálculo da altura total de elevação (He) – energia cedida pelo rotor. Temos que: 27/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Pelo gráfico temos: Pela equação da continuidade temos: 28/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas 29/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas c) Cálculo da altura útil (Hu) e da altura manométrica (H) Adotando o rendimento hidráulico = 0,88, teremos: Como os diâmetros de entrada d0 e de saída d3 da bomba são iguais, a altura manométrica é igual à altura útil. 30/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas As perdas hidráulicas na bomba são: d) Potência do motor Adotando para rendimento total = . , o valor 0,70, teremos: 31/32 Engenharia Mecânica Industrial - IFMA AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Potência: Usando o fator de segurança, temos: Valor comercial: 20cv 32/32 AÇÃO DO ROTOR NAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Engenharia Mecânica Industrial - IFMA PROF. LUÍS DO ROSÁRIO COSTA Máquinas Hidráulicas Vm tg Vu a = WmVmVm tg WuWuUVu b === - 2... QQ v rb p == W HeHuJ e =+
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