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1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA BÁRBARA ABREU, CAMILLA SCHAUSSE, EDUARDO HADDAD, GABRIEL MARINHO, JUAN CARLOS, MARIANA VOLPINI E PAOLA ACHTSCHIN TRABALHO DE MÁQUINAS HIDRÁULICAS NITERÓI, RJ 2020 13 Sumário 1. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................................................ 14 2. PARTE 1, LETRA A) .......................................................................................................................................... 15 3. PARTE 1, LETRA B) .......................................................................................................................................... 19 4. PARTE 1, LETRA C) .......................................................................................................................................... 22 5. PARTE 1, LETRA D) .......................................................................................................................................... 13 6. PARTE 1, LETRA E) .......................................................................................................................................... 18 14 1. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA Água é bombeada do Reservatório 1 ao Reservatório 2 e para o Reservatório 3, como mostrado na Figura 1-1. Figura 1-1: Escoamento através de tubos conectados múltiplos. As elevações dos reservatórios 1, 2 e 3 são, respectivamente, 300, 500 e 600 ft. Os comprimentos dos tubos 1, 2 e 3 valem, respectivamente, 100, 500 e 1500 ft. Todos os tubos são feitos de aço galvanizado e têm diâmetro 2 e ¼ ft. A temperatura da água é 80oF. Existe uma bomba no tubo 1 e na sua descarga uma válvula globo cujo coeficiente de perda de carga vale 5. Os tubos são retos e não existe nenhuma outra forma de perda de carga localizada no sistema. A altura manométrica útil da bomba, Hu (ft), é uma função da descarga através da bomba Q1 (gpm), dada pela seguinte curva da Figura 1-2: Figura 1-2: gráfico relacionando a altura manométrica útil com a vazão 15 2. PARTE 1, LETRA A) Determinar o ponto de operação quando a válvula para o reservatório 3 está fechada. Dessa forma, a água é toda bombeada do reservatório 1 até o reservatório 2. O ponto de operação se dá por meio da interseção da curva característica do sistema com a curva característica da bomba. Formando os pares ordenados mostrados na Tabela 1 com base no gráfico dado, foi possível traçar a curva característica da bomba. Nesse caso, foram feitas três curvas pois o gráfico dado fornece três curvas, uma para cada valor de diâmetro de rotor, como pode-se analisar na Figura 2-1. Tabela 1: Pares ordenados obtidos do gráfico dado. Curva Característica da Bomba Q (gpm) Q (cfs) Hm1 (ft) Hm2 (ft) Hm3 (ft) 0 0 325 275 237 4000 10,7 322 272 232 8000 21,41 319 269 226 12000 32,11 313 263 224 16000 42,81 300 250 206 20000 53,51 288 225 187 24000 64,22 250 188 150 Figura 2-1: curvas características da bomba. Em seguida, para montar a curva característica do sistema foi necessário encontrar o valor da altura manométrica total do sistema para a configuração em que o reservatório 3 está fechado o reservatório 2 está aberto. 16 Sabe-se que: 𝐻! = ℎ" + ℎ# Onde: Hm é a altura manométrica. hg é o desnível geométrico entre os reservatórios. hf é a perda de carga total do sistema, resultado da soma entre a perda de carga localizada total e a perda de carga contínua total. O problema esclarece que o valor da perda de carga localizada total é igual a 5 ft (válvula globo). Desse modo, resta calcular o desnível geométrico e o valor da perda de carga contínua total. Entre os reservatórios 1 e 2, o desnível geométrico se dá por meio de: ℎ" = ℎ$ − ℎ% = 500 − 300 = 200 ft Já a perda de carga total se dá por: ℎ# = ℎ&'(,*'*+& + ℎ(',*,*'*+& = 5 + ℎ(',*,*'*+& Em que a perda de carga contínua localizada pode ser calculada por meio da fórmula de Darcy- Weisbach: ℎ(',*,*'*+& = 𝑓 . 𝐿 𝐷 . 𝑈$ 2𝑔 Onde, pela fórmula de Churchill, o fator de atrito é: 𝑓 = 8 . 45 8 𝑅𝑒8 %$ + 1 (𝐴 + 𝐵) ! " > # #" 𝐴 = ?2,457 . ln 1 E - ./ F 0,1 + 0,27 / 2 G %3 𝐵 = 5 37530 𝑅𝑒 8 %3 Finalmente, a velocidade e o número de Reynalds são determinados através das seguintes equações: 𝑈 = 𝑄 . 𝐴 = 𝑄 . 𝜋 . 𝐷$ 4 𝑅𝑒 = 𝑈 . 𝐷 𝜈 17 Os dados de entrada para a solução das equações acima foram: Tabela 2: Dados de entrada para solução da perda de carga contínua total. Dados de Entrada Diâmetro do tubo, D (ft) 2,25 Área do tubo, A (ftˆ2) 3,98 Rugosidade do tubo, e (ft) 0,00049 Viscosidade cinemática da água a 80℉, 𝜈 (ft/sˆ2) 0,0000961 Comprimento do tubo 1, L1 (ft) 1000 Comprimento do tubo 2, L2 (ft) 500 Comprimento do tubo 3, L3 (ft) 1500 hf localizado (ft) 5 Aceleração da gravidade, g (ft/sˆ2) 32,15 Elevação do tubo 1 (ft) 300 Elevação do tubo 2 (ft) 500 Elevação do tubo 3 (ft) 600 hg (ft) 200 Como solução, chega-se a: Tabela 3: Resultados para a construção da curva característica do sistema. Curva Característica do Sistema Q (cfs) U (ft/s) Re (ft/s) f L (ft) hf total (ft) Hm (ft) 10,7 2,69 62944,80 0,02 1500,00 6,55 206,55 21,41 5,38 125948,42 0,02 1500,00 10,52 210,52 32,11 8,07 188893,22 0,02 1500,00 16,73 216,73 42,81 10,76 251838,01 0,02 1500,00 25,13 225,13 53,51 13,44 314782,81 0,02 1500,00 35,68 235,68 64,22 16,14 377786,43 0,02 1500,00 48,39 248,39 Portanto, para construir a curva característica do sistema, basta traçar uma curva entre os pares ordenados formados pela coluna de vazão (Q) e pela coluna de altura manométrica (Hm). 18 Por fim, tem-se as seguintes curvas: Figura 2-2: curvas características da bomba e do sistema. Nota-se que, neste caso, a curva característica do sistema intercepta todas as curvas características da bomba. Dessa forma, temos um ponto de operação para cada diâmetro de rotor da bomba: Tabela 4: Pontos de operação encontrados para cada curva característica da boma. Ponto de Operação Rotor 1 Rotor 2 Rotor 3 Q H Q H Q H 66,9064 245,8777 49,0253 232,8826 32,8200 220,2051 19 3. PARTE 1, LETRA B) Desta vez, a válvula para o reservatório 2 se encontra fechada e a do reservatório 3 está aberta. Sendo assim, a água entre os reservatórios 1 e 3. As curvas características da bomba são mantidas as mesmas. Já a curva característica do sistema sofrerá alteração. Sendo assim, será traçada uma nova curva característica do sistema seguindo os mesmos passos da questão acima: Entre os reservatórios 1 e 2, o desnível geométrico se dá por meio de: ℎ" = ℎ$ − ℎ% = 500 − 300 = 200 ft Já a perda de carga total se dá por: ℎ# = ℎ&'(,*'*+& + ℎ(',*,*'*+& = 5 + ℎ(',*,*'*+& Em que a perda de carga contínua localizada pode ser calculada por meio da fórmula de Darcy- Weisbach: ℎ(',*,*'*+& = 𝑓 . 𝐿 𝐷 . 𝑈$ 2𝑔 Onde, pela fórmula de Churchill, o fator de atrito é: 𝑓 = 8 . 45 8 𝑅𝑒8 %$ + 1 (𝐴 + 𝐵) ! " > # #" 𝐴 = ?2,457 . ln 1 E - ./ F 0,1 + 0,27 / 2 G %3 𝐵 = 5 37530 𝑅𝑒 8 %3 Finalmente, a velocidade e o número de Reynalds são determinados através das seguintes equações: 𝑈 = 𝑄 . 𝐴 = 𝑄 . 𝜋 . 𝐷$ 4 𝑅𝑒 = 𝑈 . 𝐷 𝜈 20 Os dados de entrada para a solução das equações acima foram: Tabela 5: Dados de entrada para solução da perda de carga contínua total. Dados de Entrada Diâmetro do tubo, D (ft) 2,25 Área do tubo, A (ftˆ2) 3,98 Rugosidade do tubo, e (ft) 0,00049 Viscosidade cinemática da água a 80℉, 𝜈 (ft/sˆ2) 0,0000961 Comprimento do tubo 1, L1 (ft) 1000 Comprimento do tubo 2, L2 (ft) 500 Comprimento do tubo 3, L3 (ft) 1500 hf localizado (ft) 5 Aceleração da gravidade, g (ft/sˆ2) 32,15 Elevação do tubo 1 (ft) 300 Elevação do tubo 2 (ft) 500Elevação do tubo 3 (ft) 600 hg (ft) 200 Como solução, chega-se a: Tabela 6: Resultados para a construção da curva característica do sistema. Curva Característica do Sistema Q (cfs) U (ft/s) Re (ft/s) f L (ft) hf total (ft) Hm (ft) 10,7 2,69 62944,80 0,02 2500,00 7,59 307,59 21,41 5,38 125948,42 0,02 2500,00 14,21 314,21 32,11 8,07 188893,22 0,02 2500,00 24,56 324,56 42,81 10,76 251838,01 0,02 2500,00 38,54 338,54 53,51 13,44 314782,81 0,02 2500,00 56,13 356,13 64,22 16,14 377786,43 0,02 2500,00 77,31 377,31 Portanto, para construir a curva característica do sistema, basta traçar uma curva entre os pares ordenados formados pela coluna de vazão (Q) e pela coluna de altura manométrica (Hm). 21 Por fim, tem-se as seguintes curvas: Figura 3-1: curvas características da bomba e do sistema. Desta vez, a curva característica do sistema intercepta apenas a curva característica da bomba com maior diâmetro de rotor. Dessa forma, temos o seguinte ponto de operação: Tabela 7: Ponto de operação encontrados para cada curva característica da bomba. Ponto de Operação Rotor 1 Q H 30,06 319,5563 22 4. PARTE 1, LETRA C) É possível afirmar que o arranjo de bombas pode permanecer o mesmo, porque o valor encontrado para a vazão máxima da bomba atende a este valor. Caso não atendesse teríamos a possibilidade de adicionar bombas em série que somando ao valor máximo da vazão delas teríamos a vazão resultante. 13 5. PARTE 1, LETRA D) A válvula para o reservatório 2 permanece fechada, de modo que o fluido fluirá do reservatório 1 para o reservatório 3. Este fluido possui viscosidade igual a 20 cSt, portanto as mesmas contas realizadas na Pare 1, letra b) serão repetidas, com a diferença no valor de viscosidade. Como o fluido não se trata mais de água, e o gráfico dado dá os valores referentes à água e sua respectiva viscosidade, é necessário adaptar a curva da bomba para o fluido de 20 cSt. Assim, é feita uma correção da curva da bomba, que é realizada no ponto de maior eficiência da bomba. Considerando todas as três curvas da bomba para água, o ponto de maior eficiência é aproximadamente 24000 gpm, sendo este o valor utilizado para a correção. Os fatores de correção a serem determinados serão FQ (para a vazão) e FH (para a altura manométrica) e são encontrados por meio da leitura da carta de conversão de curva da bomba para cada valor de Q e seu respectivo Hm. Com esses valores, são encontrados os valores de vazão e altura manométrica do fluido de viscosidade 20 cSt, sendo possível traçar a curva característica do sistema para, assim, encontrar o ponto de operação. 𝑄4 = 𝐹5 . 𝑄6 𝐻74 = 𝐹8 . 𝐻76 Onde: QF é a vazão para a bomba operando com o fluido viscoso. QA é a vazão para a bomba operando com água. HMF é a altura manométrica para a bomba operando com o fluido viscoso HMA é a altura manométrica para a bomba operando com água Como a carta de correção fornece os valores em m3/h, é necessário mudar as unidades usadas até então. Os valores de correção A vazão máxima para a bomba operando com água será multiplicada por 0.6, 0.8, 1.0 e 1.2 e, para cada um destes valores será lida a altura manométrica correspondente no gráfico da bomba operando com água. Em seguida, os valores de Q e Hm encontrados serão utilizados no gráfico para que sejam determinados os fatores de correção FQ e FH de cada par ordenado: Tabela 8: Determinação de parâmetros para encontrar os fatores de correção. Q (gpm) Q (m3/h) Hm (ft) Hm (m) 0,6 x Qmáx 14400,00 3270,59 306,25 93,35 0,8 x Qmáx 19200,00 4360,79 287,5 87,63 1,0 x Qmáx 24000,00 5450,99 250 76.2 1,2 x Qmáx 28800,00 6541,19 - - 14 Portanto, foram encontrados os seguintes pares: Tabela 9: Valores de Q e Hm a serem usados na leitura da carta de conversão da curva da bomba. Q (m3/h) Hm (m) 3270,59 93,35 4360,79 87,63 5450,99 76.2 Uma vez que o valor de vazão máximo presente na carta de correção é 2000 m3/h - e os valores de vazão encontrados acima ultrapassam este valor - será usado este valor para as três alturas encontradas (ao invés de utilizar os valore de vazão calculados). Realizando a seguinte leitura da carta de correção: 15 16 Chega-se a aproximadamente: Q (m3/h) Hm (m) FQ FH 2000 93,35 1 1 2000 87,63 1 1 2000 76.2 1 1 Como os fatores que correção em todos os casos chegaram muito próximo de 1, conclui-se que a curva da bomba operando com o fluido de viscosidade 20 cSt pode ser aproximada da curva da bomba operando com água. Sendo assim, será utilizada a mesma curva. Além disso, avaliando as outras duas curvas da bomba operando com água com valores menores de diâmetro de rotor, também se conclui que os fatores de correção são muito próximos de 1. Mesmo para uma altura manométrica de 150 ft = 45,72 m (menor altura atingida no gráfico), o fator de correção permanece próximo de 1 para o mesmo valor de viscosidade (20 cSt). Agora, os dados de entrada serão: Tabela 10: Dados de entrada para solução da perda de carga contínua total. DADOS DO PROBLEMA Diâmetro do tubo (ft) 2,25 Área do tubo (ftˆ2) 3,98 Rugosidade do tubo, e (ft) 0,00049 Viscosidade do fluido, 𝜈 (ft/sˆ2) 0,0002153 Comprimento do tubo 1 (ft) 1000 Comprimento do tubo 2 (ft) 500 Comprimento do tubo 3 (ft) 1500 hf localizado (ft) 5 Aceleração da gravidade (ft/sˆ2) 32,15 Elevação do tubo 1 (ft) 300 Elevação do tubo 2 (ft) 500 Elevação do tubo 3 (ft) 600 hg (ft) 300 De modo que os seguintes resultados são encontrados aplicando todas as equações necessárias para encontrar a curva característica do sistema: Tabela 11: Resultados para a construção da curva característica do sistema. Curva Característica do Sistema Q (cfs) U (ft/s) Re f L (ft) hf total Hm (ft) 10,7 2,69 28095,66 0,02 2500,00 8,05 308,05 21,41 5,38 56217,57 0,02 2500,00 15,57 315,57 32,11 8,07 84313,23 0,02 2500,00 27,10 327,10 17 42,81 10,76 112408,89 0,02 2500,00 42,47 342,47 53,51 13,44 140504,54 0,02 2500,00 61,58 361,58 64,22 16,14 168626,46 0,02 2500,00 84,42 384,42 Traçando a curva característica do sistema para fluido de viscosidade igual a 20 cSt, tem-se: Figura 5-1: Curvas características da bomba e do sistema. Novamente, a curva característica do sistema intercepta apenas a curva característica da bomba com maior diâmetro de rotor (sendo esta a única curva avaliada no início desta solução). Dessa forma, temos o seguinte ponto de operação: Tabela 12: Ponto de operação encontrados para cada curva característica da bomba. Ponto de Operação Rotor 1 Q H 28,7354 320,7121 18 6. PARTE 1, LETRA E) Para determinar as direções e magnitudes das descargas Q1, Q2 e Q3 é necessário, primeiramente, definir uma equação para a curva da bomba. Tendo em vista que a curva característica da bomba para o rotor de maior diâmetro sempre foi interceptada pela curva característica do sistema nas soluções anteriores, ela será escolhida para a análise. Como foi possível reproduzir aproximadamente a curva característica da bomba no Excel por meio da combinação dos pares ordenados tirados do gráfico dado, traçando-se uma linha de tendência é possível encontrar uma equação que se aproxime da realidade desta curva. Essa equação é importante uma vez que é necessária para resolver o sistema de equações não lineares: Figura 6-1: Curva característica da bomba considerando o rotor de maior diâmetro e sua respectiva equação 𝐻! = −0,0243𝑄%$ + 0,5205𝑄% + 321,93 Agora, é importante avaliar o sentido do escoamento no sistema e existem algumas possibilidades: Possibilidade 01: o fluido escoa do reservatório 1 até a junta e da junta ele escoa para o reservatório 2 e para o reservatório 3. Possibilidade 02: o fluido escoa do reservatório 1 para a junta, do reservatório 3 para a junta e, finalmente, da junta para o reservatório 2. Portanto, ossentidos de Q1, Q2 e Q3 serão escolhidos, inicialmente, arbitrariamente para que seus valores sejam calculados. Caso seja necessário, o sentido será alterado para que atenda ao problema. 19 Sabe-se que: 𝑄% = 𝑄$ + 𝑄9 0 = −𝑄% + 𝑄$ + 𝑄9 Além disso, a equação da bomba encontrada foi: 𝐻! = −0,0243𝑄%$ + 0,5205𝑄% + 321,93 Enquanto, por definição, tem-se que a altura manométrica da bomba, em relação à linha de centro da mesma, se dá por: 𝐻! = 𝐻. − 𝐻: Onde: HR se refere ao bocal de recalque (saída da bomba) HS se refere ao bocal de sucção (entrada da bomba) Sendo assim, aplicando a equação de energia na bomba, tem-se que: 𝐻. = 𝑝. 𝛾 + 𝑉.$ 2𝑔 + ℎ. 𝐻: = 𝑝: 𝛾 + 𝑉:$ 2𝑔 + ℎ: Portanto: 𝐻! = Q 𝑝. 𝛾 + 𝑉.$ 2𝑔 + ℎ.R − Q 𝑝: 𝛾 + 𝑉:$ 2𝑔 + ℎ:R Agora, a equação de energia será aplicada ao longo de todo o trecho do sistema para reescrever a equação de Hm acima com termos conhecidos. Do reservatório 1 (1) até a entrada da bomba (S) (tubulação 1) 𝑝% 𝛾 + 𝑉%$ 2𝑔 + ℎ% = 𝑝: 𝛾 + 𝑉:$ 2𝑔 + ℎ: + 𝐽%→: Sabendo que V1 é igual a zero e que 𝐻% = <# = + ℎ% (altura piezométrica), tem-se que: 𝑝: 𝛾 + 𝑉:$ 2𝑔 + ℎ: = 𝐻% − 𝐽%→: 20 Onde a perda de carga 𝐽%→: é igual a zero uma vez que não há perda de carga localizada entre o reservatório 1 e a entrada da bomba (conforme o enunciado, a única perda de carga localizada no sistema é a da válvula globo), bem como perda contínua. Sendo assim: 𝑝: 𝛾 + 𝑉:$ 2𝑔 + ℎ: = 𝐻% Da saída da bomba (R) até a junção dos tubos (j) (tubulação 1) 𝑝. 𝛾 + 𝑉.$ 2𝑔 + ℎ. = 𝑝> 𝛾 + 𝑉>$ 2𝑔 + ℎ> + ℎ#.?> Onde: 𝑉> = 𝑉% = 𝑄% 𝐴% 𝐻> = 𝑝> 𝛾 + ℎ> ℎ#.?> = 5 + 𝑓% . 𝐿% 𝐷% . 𝑄%$ 2𝑔 . 𝐴%$ Logo: 𝑝. 𝛾 + 𝑉.$ 2𝑔 + ℎ. = 𝐻> + 𝑄%$ 2𝑔 . 𝐴%$ + 5 + 𝑓% . 𝐿% 𝐷% . 𝑄%$ 2𝑔 . 𝐴%$ Com as duas equações encontradas acima, pode-se substituir <$ = + @$ " $" + 𝑖 e <% = + @% " $" na equação de Hm: 𝐻! = Q 𝑝. 𝛾 + 𝑉.$ 2𝑔 + ℎ.R − Q 𝑝: 𝛾 + 𝑉:$ 2𝑔R 𝐻! = Q𝐻> + 𝑄%$ 2𝑔 . 𝐴%$ + 5 + 𝑓% . 𝐿% 𝐷% . 𝑄%$ 2𝑔 . 𝐴%$ R − (𝐻%) Nesses casos acima, como era conhecido o sentido da vazão desde o reservatório 1 até a junção, foi possível definir o sinal das perdas de carga. 21 Da junção (j) até o reservatório 3 (3) (tubulação 3): 𝑝> 𝛾 + 𝑉>$ 2𝑔 + ℎ> = 𝑝9 𝛾 + 𝑉9$ 2𝑔 + ℎ9 ± ℎ#&→! Onde: ℎ#>→9 = 𝑓9 . 𝐿9 𝐷9 . 𝑄9$ 2𝑔 . 𝐴9$ 𝑉> = 𝑉9 𝐻A = 𝑝> 𝛾 + ℎ> 𝐻9 = 𝑝9 𝛾 + ℎ9 O uso de ± para a perda de carga se dá pelo fato de não ser conhecido o sentido da vazão entre o reservatório 3 e a junção, de modo que não se sabe ainda qual sinal determinar para a perda de carga. Logo: 𝐻> = 𝐻9 − 𝑄9$ 2𝑔 . 𝐴9$ + 𝐻9 ± 𝑓9 . 𝐿9 𝐷9 . 𝑄9$ 2𝑔 . 𝐴$$ Da junção (j) até o reservatório 2 (2) (tubulação 2): 𝑝> 𝛾 + 𝑉>$ 2𝑔 + ℎ> = 𝑝$ 𝛾 + 𝑉$$ 2𝑔 + ℎ$ ± ℎ#&→" Onde: ℎ#>→$ = 𝑓$ . 𝐿$ 𝐷$ . 𝑄$$ 2𝑔 . 𝐴$$ 𝑉> = 𝑉$ 𝐻A = 𝑝> 𝛾 + ℎ> 𝐻$ = 𝑝$ 𝛾 + ℎ$ 22 Logo: 𝐻> = 𝐻$ − 𝑄$$ 2𝑔 . 𝐴$$ ± 𝑓$ . 𝐿$ 𝐷$ . 𝑄$$ 2𝑔 . 𝐴$$ Finalmente, é possível montar um sistema de equações não linear em que há 5 equações e 5 incógnitas: 𝑄% = 𝑄$ + 𝑄9 𝐻! = −0,0243𝑄%$ + 0,5205𝑄% + 321,93 𝐻! = Q𝐻> + 𝑄%$ 2𝑔 . 𝐴%$ + 5 + 𝑓% . 𝐿% 𝐷% . 𝑄%$ 2𝑔 . 𝐴%$ R − (𝐻%) 𝐻> = 𝐻9 − 𝑄9$ 2𝑔 . 𝐴9$ + 𝐻9 ± 𝑓9 . 𝐿9 𝐷9 . 𝑄9$ 2𝑔 . 𝐴9$ 𝐻> = 𝐻$ − 𝑄$$ 2𝑔 . 𝐴$$ ± 𝑓$ . 𝐿$ 𝐷$ . 𝑄$$ 2𝑔 . 𝐴$$ Onde as incógnitas são: Q1, Q2, Q3, Hm e Hj. Este sistema pode ser resolvido utilizando o Wolfram Mathematica, como mostrado abaixo: Figura 6-2: Código de solução do sistema pelo Mathematica. 23 Portanto, chega-se a: Q1 257,823 ft3/s Q2 719,701 ft3/s Q3 - 461,888 ft3/s Hj 1624,15 ft3/s Hm 1427,42 ft3/s 13 7. PARTE 2, LETRA B) A bomba cavitará caso o NPSH disponível seja menor que o NPSH requerido. Para isso, é necessário calcular o valor do NPSH disponível, que é definido como: 𝑁𝑃𝑆𝐻BCD<',íF/& = 𝑃: γ + 𝑉:$ 2𝑔 − ℎF Onde: ℎF = 𝑃F 𝜌𝑔 = 0,507 × 9$,$% %$G 62,1 × 32,2 ℎF = 1,176 𝑓𝑡 Aplicando a equação de energia entre o reservatório 1 (1) e entrada da bomba (S) tem-se que: 𝑝% 𝛾 + 𝑉%$ 2𝑔 + ℎ% = 𝑝: 𝛾 + 𝑉:$ 2𝑔 + ℎ: + ℎ#%→: Onde: 𝑉% = 0 𝑝% 𝛾 + ℎ% = 𝐻% Então: 𝑝: γ + 𝑉:$ 2𝑔 = 𝐻% − ℎ: − ℎ#%→: Substituindo <% γ + @% " $" por 𝐻% − ℎ: − ℎ#%→: na equação de NPSH disponível, chega-se a: 𝑁𝑃𝑆𝐻BCD<',íF/& = 𝑃: γ + 𝑉:$ 2𝑔 − ℎF 𝑁𝑃𝑆𝐻BCD<',íF/& = 𝐻% − ℎ: − ℎ#%→: − ℎF 14 Onde: ℎ#%→: = 𝑓%𝐿𝑄%$ 2𝐷%𝑔𝐴%$ 𝑄% = 257,823 𝑓𝑡9/𝑠 ℎD = 10𝑓𝑡 𝐿 = 100𝑓𝑡 𝐻% ≅ 300𝑓𝑡 Portanto: 𝑁𝑃𝑆𝐻BCD<',íF/& = 300 − 10 − 𝑓%𝐿𝑄%$ 2𝐷%𝑔𝐴%$ − 1,176 = 284,22 𝑓𝑡 O NPSH requerido é aquele onde a vazão Q1 corta a curva de NPSH do gráfico dado no problema. Como o valor de Q1 é muito alto, será considerado o maior valor encontrado na curva de NPSH no gráfico: 𝑁𝑃𝑆𝐻H/IJ/HCB' = 27,5 𝑓𝑡 Portanto, realizando a comparação: 𝑁𝑃𝑆𝐻BCD<',íF/& > 𝑁𝑃𝑆𝐻H/IJ/HCB' Assim, conclui-se que a bomba não cavitará.
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