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Principais Regiões Hidrográficas do Brasil

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Principais Regiões Hidrográficas do Brasil
Amazônica: a Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo com 7,05 milhões km², sendo que apenas o Brasil abrange em torno de 3,8 km², envolvendo sete estados brasileiros. Contudo, ela também se localiza em outros territórios, como no da Bolívia, do Peru, da Venezuela, da Colômbia, do Suriname, da Guiana e do Equador. É a bacia que comporta o maior volume de água doce disponível do planeta, esta nasce na cordilheira dos Andes (Peru) e quando entra no Brasil é intitulado de Rio Solimões; a confluência deste com o Rio Negro constitui o Amazonas, Além disso, os rios dessa bacia também são aproveitados economicamente para pesca, pincipalmente para o sustento de muitas famílias ribeirinhas, para geração de energia elétrica e possui grande potencia de navegação. 
Tocantins-Araguaia: a Bacia Tocantins-Araguaia abrange cerca de 967.059 km² do território brasileiro e tem esse nome visto que, os principais rios que à formam são o Rio Tocantins (com 2.416 km) e o Rio Araguaia (com 2.115 km). Essa bacia compreende um total de seis unidades da federação, sendo elas o Tocantins, o Pará, o Maranhão, o Goiás e o Mato Grosso. É considerada a maior bacia hidrográfica totalmente brasileira e a segunda maior em produção de energia do país, logo as usinas mais importantes situadas na região são a Usina Hidroelétrica de Tucuruí e a Usina Hidroelétrica Luiz Eduardo Magalhães. A maioria de seus rios são navegáveis, possuindo grande importância econômica para a região, sobretudo para o transporte de produtos agrícolas. Contudo, essa região vem sofrendo com problemas ambientais gerados pela exploração mineral responsável pelo aumento da poluição de rios, e o aumento das atividades agrícolas que tem ocasionado aumento no desflorestamento para a ampliação de áreas agricultáveis.
Paraná: a Bacia do Paraná possui uma área total de 1,5 milhões Km2, onde 800.000 Km2 estão localizadas no território brasileiro, o qual que abrange seis estados, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Santa Catarina. Ela também está situada na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. É a bacia hidrográfica com maior capacidade instalada de geração de energia elétrica, destacando-se a Usina Binacional de Itaipu. Além disso, apresenta um solo muito rico, logo, possui elevada atividade agropecuária; o turismo, a pesca e a irrigação também são outras atividades desempenhadas na bacia. No entanto, a região vem sofrendo com a exploração desenfreada dos recursos naturais, a urbanização e industrialização acelerada, a poluição, o desmatamento, o assoreamento dos rios, o uso de agrotóxicos e fertilizantes nas atividades agrícolas o que acaba contaminando o rio.
São Francisco: a Bacia do Rio São Francisco é totalmente brasileira e ocupa uma área de 640 mil km² aproximadamente. Ele abrange diversos estados do País, como Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Distrito Federal. Essa bacia é dividida em quatro regiões fisiográficas (Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco), que foram realizadas de acordo com as características físicas e específicas de cada área. É a terceira maior bacia hidrográfica do Brasil e a segunda maior localizada totalmente em território brasileiro. O Rio São Francisco, também chamado popularmente de "Velho Chico" ou "Nilo brasileiro" é um rio perene, ou seja, mesmo nas épocas com poucas chuvas, ele não seca. Considerado um rio de integração nacional por conectar as regiões Nordeste e Sudeste; pode ser usado para geração de energia, irrigação, pesca e navegação. Contudo, a mineração e o garimpo provocam o desmatamento e a deposição de sedimentos comprometem a qualidade do rio, o desmatamento e o uso do solo para práticas agrícolas têm aumentado casos de erosão o que ocasiona inundações.
Paraguai: a Bacia do Paraguai tem aproximadamente 1.100.000 km², sendo que cerca de 363.446 km² estão presentes no Brasil abrangendo os Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, bem como três países vizinhos, a Argentina, o Paraguai e a Bolívia. Possui elevada importância econômica uma vez que muitos dos rios que a compõem são de planície é, portanto, navegáveis, logo, por esse motivo, é muito utilizada para o comércio bem como para o transporte de carga, donde se destaca a hidrovia do Paraguai-Paraná. Essa bacia é dividida em duas partes, Planalto (áreas acima de 200 metros de altitude) e Pantanal (terrenos abaixo de 200 metros de altitude, sendo inundados durante os períodos em que o nível dos rios aumenta). Considerado um rio fronteiriço, o Paraguai nasce no Brasil, mais precisamente na Serra do Araporé, em Mato Grosso. Contudo, essa região em especial tem sofrido pela expansão das atividades agrícolas e pela mineração atividade que geram danos ambientais
Parnaíba: a Bacia do Parnaíba ocupa uma área de 344.112 km², e envolve os estados do Piauí, Maranhão e Ceará, é um dos maiores da região nordeste e nasce na Chapada das Mangabeiras, no extremo sul piauiense. Está dividido em três trechos, os quais são considerados sub-bacias (Alto Parnaíba, Médio Parnaíba e Baixo Parnaíba). A bacia do Parnaíba tem cerca de três mil quilômetros de rios perenes, centenas de lagoas e possui também, a metade da água subterrânea da região Nordeste. Além disso, antes que o rio Parnaíba chegue a desaguar no Oceano Atlântico, ele cria um Delta espaçoso e recortado, trata-se do único Delta em mar aberto dentre as Américas, ficando também entre os três maiores do mundo, tanto em extensão quanto em encanto natural. A exploração desenfreada, o desmatamento, a poluição das águas, a expansão agropecuária e da indústria tem gerado o assoreamento dos rios, resultando em diversos problemas ambientais na região, sobretudo, da escassez de água, contudo ainda é considerada uma das três maiores bacias sedimentares do nosso país. 
Uruguai: a Bacia do Uruguai possui uma área de aproximadamente 174.000 km² e está presente no norte do Uruguai e no leste da Argentina, e, no Brasil, essa região hidrográfica está localizada nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina abrangendo aproximadamente 180 mil km². Ele é dividido em superior, médio e inferior; donde a navegação é viável somente no trecho inferior, à medida que se sobe o rio torna-se gradualmente inviável. Formado então pelos rios Pelotas e Canoas, o rio Uruguai serve como divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; esta é ainda responsável por delimitar a fronteira entre Brasil, Argentina e Uruguai. Possui grande importância para a região, pois fornece, através de sistemas de irrigação, água para a agroindústria, fazendo com que este rio seja talvez o mais importante da hidrografia do sul do Brasil. Dispõe de uma grande potencial hidrelétrico, dentre as usinas da região estão as mais importantes a Usina Hidrelétrica Binacional de Salto Grande, a Usina Hidrelétrica de Itá, a Usina Hidrelétrica de Machadinho e a Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó. Entretanto, os dejetos resultantes das atividades de suinocultura e avicultura e os agentes agrotóxicos utilizados nas áreas de prática da rizicultura contaminam o lençol aquífero da bacia.

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