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Hidrografia-do-Brasil-Principais-Rios-e-Bacias-Hidrográficas

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1 
 
SUMÁRIO 
1 HIDROGRAFIA DO BRASIL: PRINCIPAIS RIOS E BACIAS 
HIDROGRÁFICAS ............................................................................................. 3 
2 ARACTERÍSTICAS DA HIDROGRAFIA BRASILEIRA ................... 3 
3 MAIORES RIOS DO BRASIL ......................................................... 5 
4 PRINCIPAIS RIOS BRASILEIROS ................................................. 7 
4.1 Condições dos Rios Brasileiros ............................................................ 9 
4.2 A Escassez de Água .......................................................................... 10 
4.3 A Poluição dos Rios Brasileiros .......................................................... 10 
4.4 Como Prevenir a Poluição dos Rios ................................................... 12 
5 BACIAS HIDROGRÁFICAS: TIPOS E CLASSIFICAÇÕES .......... 13 
5.1 O que é uma Bacia Hidrográfica ........................................................ 14 
5.2 Região Hidrográfica Amazônica ......................................................... 16 
5.3 Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia ....................................... 16 
5.4 Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental ............................. 17 
5.5 Região Hidrográfica do Parnaíba ....................................................... 17 
5.6 Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental ................................ 17 
5.7 Região Hidrográfica do São Francisco ............................................... 18 
5.8 Região Hidrográfica Atlântico Leste ................................................... 18 
5.9 Região Hidrográfica do Paraguai ....................................................... 19 
5.10 Região Hidrográfica do Paraná ....................................................... 19 
5.11 Região Hidrográfica do Sudeste ..................................................... 20 
5.12 Região Hidrográfica do Uruguai ...................................................... 20 
5.13 Região Hidrográfica Atlântico Sul .................................................... 20 
6 HIDROGRAFIA DO BRASIL - HIDROGRAFIA BRASILEIRA ....... 21 
7 BACIA PLATINA ........................................................................... 22 
8 A BACIA AMAZÔNICA ................................................................. 24 
8.1 A Bacia Amazônica no Brasil ............................................................. 25 
 
2 
 
8.2 O Rio Amazonas ................................................................................ 26 
9 POTENCIALIDADES HIDROGRÁFICAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL
 27 
10 CARACTERÍSTICAS HIDROGRÁFICAS GERAIS DA REGIÃO .. 28 
11 BACIAS SECUNDÁRIAS .............................................................. 29 
12 BACIA HIDROGRÁFICA E A IMPORTÂNCIA DE SUA CONSERVAÇÃO
 30 
12.1 Delimitação, Tipos e Caracterização de Bacia Hidrográfica............ 31 
13 AS BACIAS URBANAS E RURAIS ............................................... 32 
14 A IMPORTÂNCIA DAS FLORESTAS NO CICLO DA ÁGUA........ 36 
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 41 
 
 
 
3 
 
1 HIDROGRAFIA DO BRASIL: PRINCIPAIS RIOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS 
Hidrografia do Brasil 
A presença abundante de rios é uma característica da hidrografia do Brasil: o 
país apresenta algumas das maiores bacias hidrográficas do mundo. 
 
Características Gerais 
O Brasil é banhado por rios extensos e caudalosos, por causa do clima quente 
e úmido. Já o relevo interfere na presença de inúmeras cachoeiras e, principalmente, 
na direção para qual os rios correm. As vertentes direcionam a maioria das bacias 
para o oceano Atlântico. 
Os recursos hídricos estão mal distribuídos pelo território, as áreas de escassez 
limitam-se a região nordeste. No entanto, o país apresenta cerca de 15% de toda a 
água doce superficial do mundo. 
No território brasileiro encontram-se rios de planalto (maioria), que atravessam 
áreas de relevo acidentado e, portanto, apresentam cachoeiras. Estes favorecem a 
geração de energia hidrelétrica. Há também rios de planície, que atravessam áreas 
de relevo com desníveis suaves. São rios que favorecem a navegação. 
Há o predomínio do regime pluvial tropical (as chuvas que determinam a 
variação do volume de água dos rios), no qual as cheias coincidem com a estação 
mais chuvosa do ano, o verão, que se estende de dezembro a março. 
Há também o predomínio de rios exorreicos, aqueles que desaguam no 
oceano, e perenes, os rios que nunca secam. Muitas desembocaduras (foz) dos 
nossos rios apresentam forma de estuário. 
2 ARACTERÍSTICAS DA HIDROGRAFIA BRASILEIRA 
A Hidrografia brasileira está marcada por rios caudalosos e de grande 
extensão.O Brasil possui um território privilegiado em potencial hídrico, que detém 
uma das maiores reservas de água doce do mundo. Essas reservas estão distribuídas 
em rios caudalosos que compõem bacias hidrográficas de longas extensões, 
favorecem a produção de energia elétrica e também a navegação. 
 
4 
 
Principais aspectos da hidrografia brasileira: 
 Grande incidência de rios torrenciais, com uma grande abundância de água, e 
perenes, isso em decorrência do clima predominantemente úmido que 
prevalece no país, salvo os rios do sertão nordestino que possuem rios 
sazonais (temporários); 
 Preponderância de foz (onde termina o curso de um rio) dos rios do tipo estuário 
(a foz abre-se largamente sem acumulação de sedimentos) e restrita 
ocorrência de foz tipo delta (quando há um grande acúmulo de sedimentos na 
foz do rio); 
 
Fonte: 
www.mapas-brasil.net 
 As variações fluviais das bacias hidrográficas são de domínio principal do tipo 
pluvial, no entanto, ocorre o desenvolvimento de regimes nivais (rios formados 
ou influenciados por águas derivadas de geleiras), no caso da bacia Amazônica 
e do Paraguai; 
 Reduzido número de lagos; 
 Predominância de rios com tipo de drenagem exorreica (rios que deságuam no 
mar); 
 Os rios escoam suas águas sobre planaltos e depressões, o que resulta em um 
grande potencial hidráulico. 
 
5 
 
Diante da imensa abundância hídrica que o Brasil possui, salvo o sertão 
nordestino, o país está praticamente imune à falta de água ou pelo menos não possui 
grandes preocupações nesse sentido, o que é um grande privilégio, uma vez que a 
escassez desse importante recurso já se tornou realidade em muitos países e as 
previsões são pessimistas em relação ao assunto, até porque sabem que a água não 
é infinita como se acreditava anteriormente. 
Os brasileiros são dissipadores quando o assunto é o nível de consumo de 
água e o devido tratamento que destinamos aos rios, especialmente aqueles que 
cruzam diversos centros urbanos, independente do tamanho. Em sua maioria, trata-
se de rios totalmente poluídos e sem vida, pelo menos no perímetro urbano.1 
3 MAIORES RIOS DO BRASIL 
Com enorme extensão territorial, o Brasil é famoso por sua riqueza natural – e 
esta é uma característica que gera diversas questões de geografia. Em especial, os 
maiores rios do Brasil são extremamente relevantes. 
Estima-se que o país conte com 13% de todas as reservas de água doce do 
planeta – a maior em um país. Isso ocorre em função da intensidade de chuva e do 
clima tropical. Adicionalmente, com colonização razoavelmente recente, pode-se dizer 
que os rios são os centros de ocupações e estabelecimento de cidades, no país. 
No país, os rios possuem grande influência geográfica e histórica. Muitos 
marcam as divisões entre estados ou, até mesmo, outros países. Saiba quais são os 
dez maiores rios do Brasil, e suas principais características: 
 
Rio Juruá: 2.410 km 
Com quase 2,5 mil quilômetros de extensão, o Rio Juruá não é uma 
exclusividade brasileira. Ele nasce no Peru, passa pelo Acre e pelo Amazonas e tem 
seu desague no Rio Solimões. Nas regiões onde ocupa, a escassa existência de 
rodovias o torna uma hidrovia importante, transportandopessoas e bens. 
 
 
1Extraído do link: brasilescola.uol.com.br 
 
6 
 
Rio Paraguai: 2.549 km 
Com sua nascente na Chapada dos Parecis, no estado do Mato Grosso, este 
enorme rio passa pela Bolívia, Argentina e Paraguai. Além de sua importância 
geográfica enquanto Bacia, é definidor da fronteira entre Brasil e Paraguai, assim 
como do país vizinho e a Argentina. 
 
Rio Japurá: 2.615 km 
Nascido na Colômbia, o Rio Japurá é mais um rio internacional que cruza o 
Amazonas para desaguar no rio Solimões. Está entre os maiores rios do Brasil, e um 
dos maiores afluentes do Solimões. 
 
Rio Araguaia: 2.627 km 
O Araguaia é um dos maiores rios do Brasil, e passa por cinco estados: nasce 
em Goiás, passa pelo Mato Grosso do Sul, Tocantins, Mato Grosso e vai até o Pará. 
 
Rio Tocantins: 2.699 km 
O Rio Tocantins recebe este nome a partir do local em que os rios Maranhão e 
Paranã unem-se, dando início a um rio com quase 2,7 quilômetros de extensão. Ele 
passa por Goiás, Maranhão, Pará e Tocantins, gerando – em época de cheia – mais 
de dois mil quilômetros de trecho navegável. 
Rio São Francisco: 3.180 km 
Com mais de 3,1 mil quilômetros de comprimento, o rio São Francisco tem 
importância muito superior à sua mera extensão. É um dos mais importantes rios do 
país, que torna diversas áreas territoriais habitáveis. 
Sua nascente geográfica inicia-se em Minas Gerais, e segue pela Bahia, 
Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Seu curso termina no desague com o Oceano 
Atlântico. O “Velho Chico” é um dos principais responsáveis pela irrigação e do 
semiárido brasileiro. 
 
Rio Purus: 3.218 km 
O Rio Purus é mais um entre aqueles que passam por Peru e Acre, desaguando 
diretamente na margem direita do Solimões. Sua enorme extensão soma-se à grande 
 
7 
 
variedade de vida que o habita. É, atualmente, um dos principais esforços de 
conservação na Amazônia, considerando a grande exploração sobre seus recursos. 
 
Rio Madeira-Mamoré: 3.315 km 
O rio Madeira-Mamoré é o terceiro colocado no pódio de maiores rios do Brasil, 
e é nascido ainda na Cordilheira dos Andes, atravessando a Bolívia. Além de sua 
extensão, tem grande importância geográfica, ao demarcar a fronteira entre Brasil e 
Bolívia. 
 
Rio Paraná: 3.942 km 
A medalha de prata entre os maiores rios do Brasil vai para o internacional rio 
Paraná. Além do Brasil, este rio passa por Paraguai, Uruguai e Argentina, e nasce a 
partir da união dos rios Paranaíba e Rio Grande, gerando quase quatro mil quilômetros 
de extensão. 
 
Rio Amazonas – 6.937 km 
O rio Amazonas, com quase 7 mil quilômetros de extensão é o maior do Brasil 
e o mais extenso do mundo. Compartilhado, também, com Colômbia e Peru, são mais 
de mil afluentes que o garantem o ouro entre os maiores rios do Brasil.2 
4 PRINCIPAIS RIOS BRASILEIROS 
A hidrografia do brasil é muito ampla e apresenta uma serie de Bacias 
Hidrográficas diversificadas, nas quais possuem destaque a Bacia Amazônica, a do 
Paraná, a do Tocantins-Araguaia, a do Uruguai e a do São Francisco. Nelas estão 
inseridos rios de grande importância, como o Amazonas, o Paraná, o Tocantins e o 
São Francisco. 
A maior parte desses rios são alimentados pelas águas da chuva, 
caracterizando-os como rios de regime pluvial. Nas regiões de altitude, esses rios 
agem como transformadores do relevo, pois carregam sedimentos das áreas de 
 
2 Extraído do link: voupassar.club 
 
8 
 
planalto e depositam os elementos nas áreas de planície. Veja, a seguir, maiores 
informações sobre os principais rios do Brasil. 
Amazonas: O Norte por país apresenta a rede hidrográfica mais rica de todas, 
lá que se encontra o rio Amazonas. Sendo o segundo rio mais extenso do mundo, ele 
percorre 3.165 km pelo território brasileiro. É um rio de planície, apresentando um 
desnível suave e progressivo de apenas 82 metros, isso proporciona excelentes 
condições de navegação. 
Tocantins: O rio Tocantins é outro entre os mais importantes rios brasileiros. 
Nascendo no estrado de Goiás, eles passam pelo Tocantins, Maranhão e Pará, até 
chegar na foz do Amazonas, onde desagua. Ele é o segundo maior rio totalmente 
brasileiro, ficando apenas atrás do São Francisco. O rio Tocantins é também 
conhecido como Tocantins-Araguaia, após juntar-se ao Araguaia na região do “Bico 
do Papagaio”. É no vale do médio e baixo rio que há a maior concentração de 
castanhas do país. No transporte anual, cerca de 15 mil toneladas de castanha 
escoam da região do Pará até a cidade de Belém. 
São Francisco: Na região Nordeste predominam os rios temporários ou 
intermitentes, esses rios ficam secos no período de estiagem. Apesar disso, o rio de 
maior importância na região, o São Francisco, é perene. Esses rios permanecem com 
um fluxo de água regular o ano todo, mesmo nos períodos de estiagem eles 
apresentam uma vazão mínima. Com sua nascente no estado de Minas Gerais, na 
serra da Canastra, o rio São Francisco é o principal do Nordeste. Além de essencial 
meio de sobrevivência para a população ribeirinha, esse rio, por ser de planalto, 
naturalmente proporciona a produção de energia hidrelétrica. 
Paraná: Na região sul, destaca-se a Bacia do Paraná, através do rio Paraná. 
Ele é fundamental para a biodiversidade da região e também de grande importância 
para o setor de energia. Muitas usinas hidrelétricas foram construídas no rio Paraná, 
entre elas a famosa Itaipu, a de Porto Primavera e Jupiá, no Mato Grosso do Sul, e 
Ilha Solteira, em São Paulo. Além disso, apesar de serem um rio tipicamente de 
planalto, o Paraná, juntamente com alguns de seus afluentes, é utilizado como via de 
transporte. O Paraná e o Tietê formam a hidrovia Tietê-Paraná, uma importante via 
de circulação de produtos e pessoas entre as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. 
 
9 
 
4.1 Condições dos Rios Brasileiros 
O Brasil é um país repleto de rios e bacias hidrográficas, se destacando em 
todo o mundo por esse fator. O maior rio do mundo fica localizado em nosso território 
– Rio Amazonas. 
A grande quantidade de rios existentes no Brasil traz inúmeros benefícios e 
vantagens para as populações, no entanto os recursos hidrográficos precisam ser 
usados de forma sustentável e inteligente, de maneira que consigamos conservar os 
rios saudáveis. 
Contudo, apesar da riqueza hidrográfica existente em nosso país, vemos que 
existe uma série de problemas tanto no aspecto da distribuição dos recursos hídricos 
(existem locais em nosso país que sofre com a seca) quanto no aspecto da qualidade 
da água, que sofre de problemas atrelados as questões da poluição. 
As águas dos rios brasileiros sofrem com a baixa qualidade, sendo um dos 
principais pontos a serem resolvidos, pois na maioria das vezes, os rios estão poluídos 
devido ao crescimento das cidades, que atreladas ao desenvolvimento industrial e a 
falta de uma política de beneficiamento de resíduos e dejetos, que acabam sendo 
jogados diretamente nos rios, causando danos incalculáveis para o meio ambiente. 
Além dos danos ao meio ambiente, a poluição nos rios pode gerar riscos de 
transmissão de doenças para as pessoas que mantém contato com as águas dos rios 
poluídos. 
Portanto, a qualidade da água dos rios que se encontram poluídos e a falta de 
saneamento básico, compromete a qualidade do meio ambiente e da natureza. 
 
 
10 
 
Fonte: 
www.recicloteca.org.br 
4.2 A Escassez de Água 
O Brasil, devido a quantidade de recursos hídricos existentes, não deveria 
passar por problemas de escassez de água, pois em nosso país há uma grande 
quantidade de rios que poderiam ser aproveitados para satisfazer as necessidades de 
água de toda a população. 
Contudo, devido ao fator poluição das águas, muitos dos rios estão poluídos e 
a água não possui a menor condição de ser consumida nem por animais e muito 
menos por seres humanos.Por isso, se torna cada vez mais necessário um trabalho de recuperação das 
águas para que a população seja atendida em suas necessidades básicas. 
 
4.3 A Poluição dos Rios Brasileiros 
O grande problema dos rios brasileiros é a questão da poluição que tornam a 
qualidade da água ser baixa. Essa questão é um dos principais problemas ambientais 
que é vivido na atualidade. 
 
11 
 
A grande maioria dos rios brasileiros que se encontram poluídos, estão nesse 
estágio pelo fato dos rios serem tratados como depósitos de lixo tanto pela população 
em geral (colocam lixo espalhados pelo rio), pelos governantes (permitem que esgotos 
sejam lançados diretamente sobre os rios) e pelas empresas – principalmente 
indústrias (que lançam os seus resíduos diretamente sobre os rios). 
O grande problema da poluição que vem sendo lançada diretamente sobre os 
rios é que o meio ambiente como um todo sofre com essas péssimas ações, que não 
buscam conservar a natureza e nem preservar os recursos naturais disponíveis para 
as gerações futuras. 
Por isso é necessário trabalhar junto aos principais fatores que estão levando 
os rios a ficarem poluídos, de forma que sejam encontradas ações preventivas e 
corretivas, enquanto ainda é tempo de salvar os nossos rios. Seguem abaixo as 
principais ações a serem tomadas para impedir que se alastre a poluição dos rios: 
a) Política de limpeza dos rios; 
b) Construção e manutenção de um sistema de saneamento básico de forma 
que os esgotos não sejam mais lançados diretamente nos rios; 
c) Educar e conscientizar a população da importância de não jogar lixos e 
outros materiais nos rios; 
Em muitos locais, os rios são tratados como verdadeiros depósitos de lixo, e 
neles você encontra: moveis, garrafas pet, pedaços de madeira, restos de comida, 
fezes humanas e de outros animais, produtos de limpeza (que não se degradam 
facilmente na natureza) e outros tipos de resíduos. 
A medida que essa grande quantidade de dejetos é lançada nos rios, a água 
vai perdendo a qualidade, e devido à grande poluição existente, fica difícil de 
conseguir recuperar as águas que se encontram poluídas. 
Entre os rios mais poluídos do Brasil estão: o rio Tietê (São Paulo), Rio Iguaçu 
(Paraná), Rio Ipojuca (Pernambuco), Rio dos Sinos (Rio Grande do Sul), Rio das 
Velhas (Minas Gerais), Rio Gravataí (Rio Grande do Sul), Rio Capibaribe 
(Pernambuco), Rio Pinheiros (São Paulo), Rio Doce (Minas Gerais), Rio Paraíba do 
Sul (Rio de Janeiro) e outros rios. 
 
12 
 
4.4 Como Prevenir a Poluição dos Rios 
Se conseguíssemos manter os rios sem nenhum tipo de poluição seria a 
condição ideal para o meio ambiente e para as espécies animais e vegetais que 
dependem dos rios para sobreviverem. E para nós também seria bom, pois rios 
despoluídos tornam o lugar mais bonito e ainda se tornam opção de lazer e 
entretenimento. 
No entanto, essa situação de rios despoluídos em nosso país, seria um grande 
sonho para ser alcançado. Esse sonho não é impossível, pois existem vários rios 
espalhados pelo mundo que foram despoluídos, através do controle das indústrias e 
administração dos esgotos da cidade, aliados ao trabalho de recuperação dos rios, 
como por exemplo: o rio Sena em Paris e o rio Tâmisa em Londres. 
Como estamos vivendo com esse problema da poluição das águas dos rios, é 
necessário que sejam tomadas medidas que evitem que a poluição aconteça. 
Para isso, é necessário que algumas medidas sejam tomadas e regras sejam 
obedecidas para que consigamos melhorar as condições dos rios e não provocar a 
poluição: 
a) Tanto as pessoas quanto as empresas não podem jogar lixo, resíduos e 
dejetos nos rios; 
b) O governo deve investir na área de saneamento básico e tratamento do 
esgoto para evitar que ocorra o lançamento de resíduos sobre os rios; 
c) O governo deve criar leis rigorosas com relação as pessoas e empresas 
que causem poluição aos rios; 
d) O governo deve impedir que exista ocupações irregulares em áreas 
próximas as margens dos rios; 
Para melhorar as condições dos rios existentes em nosso país, é necessário 
que a poluição seja prevenida, e para isso é necessário que as pessoas se 
conscientizem da importância de manter os rios sempre limpos e em condições 
agradáveis. 
A conscientização da população é a maior aliada na despoluição dos rios, que 
seriam mais bem utilizados, trazendo grandes benefícios econômicos e sociais para 
 
13 
 
as pessoas. Não adianta criar leis se o povo não for educado e consciente da 
importância de preservar o meio ambiente.3 
5 BACIAS HIDROGRÁFICAS: TIPOS E CLASSIFICAÇÕES 
Define-se Bacia Hidrográfica como sendo uma área drenada por cursos de 
águas, onde encontram-se um rio principal, seus afluentes e suas cabeceiras. 
Portanto, uma bacia não é apenas o caminho realizado por um rio, mas sim toda a 
extensão geográfica ou espacial por onde esse rio está fazendo o seu percurso. 
Com esta definição, é possível classificar as diversas bacias hidrográficas 
espalhadas pelo mundo através do seu tamanho. Que em geral, são identificadas por 
meio de cartas topográficas oriundas de fotos áreas, muito usadas pelos 
geocientistas. 
Assim, numa bacia hidrográfica, encontram-se: 
– O rio principal, que é o maior curso de água e que também possuí maior valor 
se comparados a todas as outras ramificações. 
– Os afluentes, sendo os tributários que desaguam no rio principal e possuem 
menores extensões se comparados a outras ramificações da bacia como um todo. 
– E as nascentes, também chamadas de cabeceiras de drenagem, definidas 
como fontes de água, ou seja, o local onde a bacia nasce. Sendo responsáveis por 
alimentar toda a bacia. 
Devido a força de gravidade, ás águas presentes na bacia correm das áreas 
mais elevadas para as áreas mais rebaixadas, que os geógrafos e outros 
geocientistas chamam de montante para jusante. Essas bacias são separadas por 
divisores de água ou interflúvios, que podem ser definidos como relevos que separam 
uma bacia da área. 
Em geral, podemos identificar três tipos de grandezas ou ordens em uma bacia, 
que por sua vez, serão responsáveis por formar toda a rede hidrográfica: Os rios de 
primeira ordem, de segunda ordem e de terceira ordem. Mas ainda existem rios de 
quinta e sexta ordem, embora poucos comuns ou classificados. 
 
3 Extraído do link: meioambiente.culturamix.com 
 
14 
 
Além disso, são definidos dois tipos principais de bacias hidrográficas, as 
endorréicas que apresenta a drenagem para o interior do continente e desemboca 
num lago ou rio maior. E asexorréicas, cuja drenagem fluí diretamente para o mar, 
portanto, para fora do continente. 
Assim sendo, observa-se, portanto, a extrema necessidade de preservação 
desses corpos hídricos e de tudo que está ao seu redor, pois eles são importantes 
para a manutenção de toda vida presente no planeta. Infelizmente, os são rios cada 
vez mais poluídos, sejam os principais ou não, nas grandes cidades ou nas áreas 
rurais pelas diversas ações do ser humano na modificação desses espaços. O 
clássico exemplo é o curso do Rio Tietê que percorre a cidade de São Paulo e outros 
municípios do estado.4 
5.1 O que é uma Bacia Hidrográfica 
A bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso d'água é a área onde, 
devido ao relevo e geografia, a água da chuva escorre para um rio principal e seus 
afluentes. As formas das terras na região da bacia fazem com que a água corra por 
riachos e rios menores para um mesmo rio principal, localizado num ponto mais baixo 
da paisagem. 
 
 
4 Extraído do link: www.portalsaofrancisco.com.br 
 
15 
 
Fonte: 
www.iguiecologia.com 
Desníveis dos terrenos orientam os cursos d'água e determinam a bacia 
hidrográfica, que se forma das áreas mais altas para as mais baixas. Ao longo do 
tempo, a passagem água da chuvavinda das áreas altas desgasta e esculpe o relevo 
no seu caminho, formando vales e planícies. 
A área de uma bacia é separada das demais por um divisor de águas, uma 
formação do relevo - em geral a crista das elevações do terreno - que separa a rede 
de drenagem (captação da água da chuva) de uma e outra bacia. Pense na crista de 
um morro que divide a água da chuva para um lado e para o outro. 
As quatro principais bacias hidrográficas do Brasil são as bacias Amazônica, 
do Tocantins, a Platina (Paraná, Paraguai e Uruguai) e a do rio São Francisco que, 
juntas, cobrem cerca de 80% do território brasileiro. 
Em Geografia, existe uma classificação para a forma como as águas fluem 
dentro de uma bacia. As águas exorreicas correm para o mar; endorreicas, quando as 
águas caem em um lago ou mar fechado; criptorreicas, quando as águas desaguam 
no interior de rochas calcárias (porosas) e geram lagos subterrâneos (grutas), além 
de formar lençóis freáticos; arreicas, quando o curso d'água seca ao longo do seu 
percurso. 
 
Legislação 
 
16 
 
 
No Brasil, a bacia hidrográfica é considerada como uma Unidade de Gestão 
dos Recursos Hídricos, o espaço geográfico de atuação onde os comitês de bacias 
hidrográficas (CBHs) buscam promover o planejamento regional, controlar os usos da 
água na região, proteger e conservar as fontes de captação da bacia. Cada comitê 
deve evitar conflitos envolvendo nos debates sobre a gestão da bacia os diferentes 
grupos de pessoas que estão nela. 
A região hidrográfica, por sua vez, é composta por uma ou mais bacias 
hidrográficas contíguas e pelas águas subterrâneas e costeiras a elas associadas. 
Cada região hidrográfica constitui uma divisão administrativa e constitui a unidade 
principal de planejamento e gestão das águas, que são responsabilidade do Conselho 
Nacional de Recursos Hídricos. De acordo com a Resolução CNRH n.º32 de 15/10/03, 
o Brasil está dividido em 12 regiões hidrográficas: 
5.2 Região Hidrográfica Amazônica 
A maior do mundo em disponibilidade de água, a Região Hidrográfica 
Amazônica é constituída pela bacia hidrográfica do rio Amazonas situada no território 
nacional, pelas bacias hidrográficas dos rios existentes na Ilha de Marajó, além das 
bacias hidrográficas dos rios situados no Estado do Amapá que deságuam no 
Atlântico Norte. No total esta região hidrográfica soma uma área de cerca de 3,9 
milhões de km² (quilômetros quadrados). 
A bacia hidrográfica do rio Amazonas, por sua vez, é constituída pela mais 
extensa rede hidrográfica do globo terrestre. Ocupa uma área total da ordem de 6,1 
milhões de km², desde suas nascentes nos Andes Peruanos até sua foz no oceano 
Atlântico, na região norte do Brasil. Esta bacia continental se estende sobre vários 
países da América do Sul: Brasil (com 63% de sua extensão), Peru (17%), Bolívia 
(11%), Colômbia (5,8%), Equador (2,2%), Venezuela (0,7%) e Guiana (0,2%). 
5.3 Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia 
A Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia possui uma área de 918,8 mil km² 
(11% do território nacional) e abrange os estados de Goiás (21%), Tocantins (30%), 
 
17 
 
Pará (30%), Maranhão (4%), Mato Grosso (15%) e o Distrito Federal (0,1%). Nela 
estão presentes os biomas Amazônico, ao norte e noroeste, e Cerrado nas demais 
áreas. 
5.4 Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental 
A Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental está situada na maior parte 
no Maranhão (91% de sua área) e numa pequena porção oriental do estado do Pará 
(os 9% restantes). Sua área total é de 274.3 mil km², aproximadamente 3,2% da área 
do Brasil. Os mais importantes ecossistemas da região são a floresta equatorial, 
restingas, mata de transição, floresta estacional decidual (mata caducifólia). 
5.5 Região Hidrográfica do Parnaíba 
A região ocupa uma área de 333.056 km², o equivalente a 3,9% do território 
nacional, e drena a quase totalidade do estado do Piauí (99%) e parte do Maranhão 
(19%) e Ceará (10%). O rio Parnaíba possui 1.400 quilômetros de extensão e a 
maioria dos afluentes localizados à jusante de Teresina são perenes e supridos por 
águas pluviais e subterrâneas. Sua extensão cruza os biomas o Cerrado e a Caatinga, 
e a região apresenta grandes diferenças inter-regionais tanto em termos de 
desenvolvimento econômico e social quanto em relação à disponibilidade hídrica 
superficial. No entanto, os aquíferos da região apresentam o maior potencial hídrico 
da Região Nordeste e se explorados de maneira sustentável podem resolver os 
problemas locais de escassez de água. 
5.6 Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental 
A Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental tem uma área de 286.802 
km², o equivalente a 3,3% do território brasileiro. A distribuição da área nas unidades 
da federação é: Piauí (1,0%), Ceará (46%), Rio Grande do Norte (19%), Paraíba 
(20%), Pernambuco (10%), Alagoas (5%). A região contém fragmentos dos biomas 
Mata Atlântica, Caatinga, pequena área de Cerrado, e Biomas Costeiros e Insulares. 
É nesta bacia hidrográfica que se observa os maiores impactos da ação humana sobre 
 
18 
 
a vegetação nativa: a Caatinga foi devastada pela pecuária e a Mata Atlântica foi 
desmatada para a implantação da cultura canavieira. 
5.7 Região Hidrográfica do São Francisco 
Fundamental pelo volume de água transportada para o Semiárido, a Região 
Hidrográfica do São Francisco abrange 521 municípios em seis estados: Bahia, Minas 
Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Goiás, além do Distrito Federal. Com 2.700 
km de extensão, o rio São Francisco nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, 
e chega ao Oceano Atlântico na divisa entre Alagoas e Sergipe. Devido à sua 
extensão e aos diferentes ambientes que percorre, a região está dividida em Alto, 
Médio, Sub-Médio e Baixo São Francisco. 
A área de drenagem (638.6 mil km²) ocupa 8% do território nacional e sua 
cobertura vegetal contempla fragmentos de Cerrado no Alto e Médio São Francisco, 
Caatinga no Médio e Sub-Médio e de Mata Atlântica no Alto São Francisco. 
5.8 Região Hidrográfica Atlântico Leste 
A Região Hidrográfica Atlântico Leste engloba Aracaju e Salvador, as capitais 
dos estados de Sergipe e da Bahia, alguns grandes núcleos urbanos e um parque 
industrial significativo, estando nela inseridos parcial ou integralmente 526 municípios. 
Ela tem uma área de 388.2 mil km², equivalente a 4,5% do território brasileiro. A bacia 
se distribui nos estados de Sergipe (3,8%), Bahia (66,8%), Minas Gerais (26,2%), e 
Espírito Santo (3,2%). 
A Região Hidrográfica Atlântico Leste tem fragmentos dos Biomas Mata 
Atlântica, Caatinga e uma pequena área de Cerrado. Também nesta região são 
observados os efeitos negativos da ação humana sobre os biomas. 
 
 
19 
 
Fonte:seliga-
geografia.blogspot.com 
5.9 Região Hidrográfica do Paraguai 
A Região Hidrográfica do Paraguai inclui o Pantanal, uma das maiores 
extensões úmidas contínuas do planeta. O rio Paraguai nasce em território brasileiro 
e sua região hidrográfica abrange cerca de 1,1 milhão de km², sendo 33% no Brasil 
(363.446 km²) e o restante na Argentina, Bolívia e Paraguai. 
Na Região Hidrográfica do Paraguai, existem os biomas Cerrado e Pantanal, 
além de zonas de transição entre esses dois biomas. A vegetação predominante é a 
Savana Arborizada (Cerrado) e a Savana Florestada (Cerradão). 
 
5.10 Região Hidrográfica do Paraná 
A Região Hidrográfica do Paraná, com 32,1% da população nacional, apresenta 
o maior desenvolvimento econômico e, consequentemente, uma das maiores 
demandas por recursos hídricos do país. Com uma área de 879.9 mil km², a região 
abrange os estados de São Paulo (25% da região), Paraná (21%), Mato Grosso do 
Sul (20%), Minas Gerais (18%), Goiás (14%), Santa Catarina (1,5%) e o Distrito 
Federal (0,5%). 
 
20 
 
A região costumava conter os biomas Mata Atlântica e Cerrado, com cinco tipos 
de cobertura vegetal: Cerrado,Mata Atlântica, Mata de Araucária, Floresta Estacional 
Decidual e Floresta Estacional Semidecidual. O uso do solo na região passou por 
grandes transformações ao longo da história do país e sofreu com um grave 
desmatamento. 
5.11 Região Hidrográfica do Sudeste 
A Região Hidrográfica Atlântico Sudeste é conhecida nacionalmente pelo 
elevado contingente populacional e pela importância econômica de sua indústria. Ao 
mesmo tempo em que apresenta uma das maiores demandas hídricas, também 
possui uma das menores disponibilidades de água em relação à demanda. 
Em uma área de 214.6 mil km², o equivalente a 2,5% do País, ela é formada 
por diversos rios de pequena extensão que formam as seguintes bacias: São Mateus, 
Santa Maria, Reis Magos, Benevente, Itabapoana, Itapemirim, Jacu, Ribeira e litorais 
do Rio de Janeiro e São Paulo. Os principais rios são o Paraíba do Sul e o Doce, com 
respectivamente 1.150 e 853 quilômetros de extensão. 
5.12 Região Hidrográfica do Uruguai 
A Região Hidrográfica do Uruguai é composta pela bacia do rio Uruguai, que 
possui 2.200 quilômetros de extensão e se origina da confluência dos rios Pelotas e 
Canoas. A bacia hidrográfica possui, em território brasileiro, 174.5 mil km² de área, o 
equivalente a 2% do território nacional. 
A bacia apresentava nas nascentes do rio Uruguai, os biomas Pampa e a Mata 
com Araucária e, na direção sudoeste, a Mata do Alto Uruguai e a Mata Atlântica. 
Atualmente, a região encontra-se intensamente desmatada e apenas regiões restritas 
conservam a vegetação original. 
5.13 Região Hidrográfica Atlântico Sul 
A Região Hidrográfica Atlântico Sul começa ao norte, próximo à divisa dos 
estados de São Paulo e Paraná, e se estende até o arroio Chuí, ao sul. Possui uma 
 
21 
 
área total de 187.5 mil km², o equivalente a 2,2% do país. Abrange porções dos 
estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e é coberta pelo bioma Mata 
Atlântica, embora degradado e desmatado pela ação humana. Aqui a Mata Atlântica 
se estende desde São Paulo até o norte do Rio Grande do Sul.5 
6 HIDROGRAFIA DO BRASIL - HIDROGRAFIA BRASILEIRA 
Divide-se em quatro regiões: Alto São Francisco, das nascentes até Pirapora-
MG; Médio São Francisco, entre Pirapora e Remanso – BA; Submédio São Francisco, 
de Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso, e, Baixo São Francisco, de Paulo 
Afonso até a foz no oceano Atlântico. 
Possui área de aproximadamente 645.000 km2 e é responsável pela drenagem 
de 7,5% do território nacional. É a terceira bacia hidrográfica do Brasil, ocupando 8% 
do território nacional. É a segunda maior bacia localizada inteiramente em território 
nacional. 
 A bacia encontra-se nos estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, 
Sergipe, Alagoas, Goiás e no Distrito Federal. Situa-se quase inteiramente em áreas 
de planalto. 
O rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra e atravessa 
o sertão semiárido mineiro e baiano, o que possibilita a sobrevivência da população 
ribeirinha de baixa renda, a irrigação de pequenas propriedades e a criação de gado. 
Possui grande aproveitamento hidrelétrico, abastecendo não só a região Nordeste, 
como também parte da região Sudeste. 
 
 
5 Extraído do link: www.oeco.org.br 
 
22 
 
Fonte:biologia1001ttarde.blogspot.com 
Até a sua foz, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe, o São Francisco 
percorre 3.160 km. Seus principais afluentes são os rios Paracatu, Carinhanha e 
Grande na margem esquerda e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande na margem 
direita. 
Embora atravesse um longo trecho em clima semiárido, é um rio perene e 
navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora (MG) até a cachoeira de Paulo 
Afonso. 
Apresenta fortes quedas em alguns trechos, e tem seu potencial hidrelétrico 
aproveitado através das Usinas de Paulo Afonso, Sobradinho, Três Marias e Moxotó, 
entre outras. O rio São Francisco liga as duas regiões mais populosas e de mais antigo 
povoamento: Sudeste e Nordeste. 
7 BACIA PLATINA 
É constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. 
Seus principais rios são: 
 
1. Rio Uruguai 
2. Rio Paraguai 
 
23 
 
3. Rio Iguaçu 
4. Rio Paraná 
5. Rio Tietê 
6. Rio Paranapanema 
7. Rio Grande 
8. Rio Parnaíba 
9. Rio Taquari 
10. Rio Sepotuba 
 
É a segunda maior bacia hidrográfica do planeta, com 1.397.905 km2. Se 
estende por Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. Possui cerca de 60,9% das 
hidrelétricas em operação ou construção do Brasil. 
O rio da Prata se origina do encontro dos três principais rios desta bacia: 
Paraná, Paraguai e Uruguai. Eles se encontram na fronteira entre a Argentina e o 
Uruguai. 
A bacia do Paraná possui localização geográfica privilegiada, situada na parte 
central do Planalto Meridional brasileiro. 
O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão e é o segundo em extensão 
na América. É formado pela junção dos rios Grande e Parnaíba. Apresenta o maior 
aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando a Usina de Itaipu, entre outras. Os 
afluentes do Paraná, como o Tietê e o Paranapanema, também apresentam grande 
potencial hidrelétrico. Sua navegabilidade e a de seus afluentes vem sendo 
aumentada pela construção da hidrovia Tietê-Paraná. 
A hidrovia serve para o transporte de cargas, pessoas e veículos, tornando-se 
uma importante ligação com os países do Mercosul. São 2.400 km de percurso 
navegável ligando as localidades de Anhembi e Foz do Iguaçu. Em função de suas 
diversas quedas, o rio Paraná possui navegação de porte até a cidade argentina de 
Rosário. O rio Paraná é o quarto do mundo em drenagem, drenando todo o centro-sul 
da América do Sul, desde as encostas dos Andes até a Serra do Mar. 
A bacia do Paraguai é típica de planície e sua área é de 345.000 km2. 
Atravessa a Planície do Pantanal e é muito utilizada na navegação. 
O rio Paraguai possui cerca de 2.550 km de extensão ao longo dos territórios 
brasileiro e paraguaio. Tem sua origem na serra de Araporé, a 100 km de Cuiabá 
 
24 
 
(MT). Seus principais afluentes são os rios Miranda, Taquari, Apa e São Lourenço. 
Antes de se juntar ao rio Paraná para formarem o rio da Prata, o rio Paraguai banha 
o Paraguai e a Argentina. O rio Paraguai drena áreas de importância, como o Pantanal 
mato-grossense. 
A bacia do Uruguai tem um trecho planáltico, com potencial hidrelétrico, e outro 
de planície, entre São Borja e Uruguaiana (RS). 
O rio Uruguai nasce pela fusão dos rios Canoas (SC) e Pelotas (RS), servindo 
de divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil e Argentina, e mais ao sul, 
entre Uruguai e Argentina. Possui uma extensão de aproximadamente 1.500 km e 
deságua no Estuário do Prata. 
Seu curso superior é planáltico e possui expressivo potencial hidrelétrico. Os 
cursos médio e inferior são de planície e oferecem condições favoráveis para a 
navegação. É navegável desde sua foz até a cidade de Salto. Fazem parte de sua 
bacia os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini. 
O aproveitamento econômico da bacia do Uruguai é pouco expressivo quer seja 
em termos de navegação, quer seja em termos de produção hidrelétrica.6 
8 A BACIA AMAZÔNICA 
A bacia amazônica é a maior do mundo, possuindo 7 milhões de quilômetros 
quadrados! Sua extensão abrange vários países. A maior parte da bacia amazônica 
está localizada no Brasil, e outras partes menores ficam no Peru, Columbia, Bolívia, 
Venezuela, Equador e Guiana. 
 
 
6 Extraído do link: www.mundovestibular.com.br 
 
25 
 
Fonte: 
sarandrada2015.wordpress.com 
 O nome bacia hidrográfica é dado a um conjunto de rios que estão interligados 
de alguma forma. No caso da bacia amazônica, são vários rios, chamados afluentes, 
que despejam suas águas em um rio maior, que é o Rio Amazonas. Este rio vai correr 
por todo o norte do país, até encontraro litoral e despejar suas águas no oceano 
atlântico. 
8.1 A Bacia Amazônica no Brasil 
Dos 7 milhões de km², 3,8 milhões estão no Brasil, isso equivale a 73% da 
extensão da bacia. Esta parte brasileira da bacia é dívida entre vários estados. Claro 
que o estado do Amazonas é o que possui a maior extensão da bacia, pois daí que 
veio o nome dela, mas também em outros estados podemos encontrar alguns de seus 
rios, como o Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Amapá. 
O rio amazonas, que é o principal rio da bacia, possui um relevo bem plano, e 
por isso é ótimo para navegações, gerando quase 20 mil quilômetros de vias fluviais 
navegáveis. Entretanto, alguns de seus afluentes possuem um desnível maior, 
localizando-se em planaltos, e por isso acabam criando muitas quedas d’água. Esses 
rios, então, podem ser aproveitados pelas hidrelétricas, para gerar energia para todo 
 
26 
 
o país – já que o Brasil é o país que mais utiliza as hidrelétricas como forma de obter 
energia. 
8.2 O Rio Amazonas 
O Rio Amazonas nasce no Peru, na cordilheira dos Andes – onde recebe o 
nome de Vilcanota –, e percorre 7 mil quilômetros até chegar à sua foz, no Pará, onde 
ele despeja suas águas no oceano atlântico. Quando entra no território brasileiro ele 
recebe o nome de rio Solimões, e só depois de juntar-se com o rio negro é que ele 
recebe o nome de rio amazonas. 
Principais rios afluentes da Bacia amazônica 
 Rio Javari 
 Rio Juruá 
 Rio Tapajós 
 Rio Purus 
 Rio Madeira 
 Rio Içá 
 Rio Negro 
 Rio Solimões 
 Rio Paru 
 Rio Trombetas 
 Rio Iriri 
 Rio Jari 
 Rio Xingu 
Esses são apenas alguns dos principais rios da bacia, mas existem muitos 
outros rios menores. Juntos, todos esses rios fornecem água para mais de 7,6 milhões 
de pessoas.7 
 
7 Extraído do link: www.estudokids.com.br 
 
27 
 
9 POTENCIALIDADES HIDROGRÁFICAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL 
A região sul do Brasil é a menor das regiões do país, possuindo uma área de 
576 409,6 km² e dividida em três estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do 
Sul. 
O estado do Paraná abriga o que restou da mata de araucárias, uma das mais 
importantes florestas subtropicais do mundo. Na fronteira com a Argentina fica o 
Parque Nacional do Iguaçu, declarado Patrimônio da Humanidade. A 40 quilômetros 
dali, na fronteira com o Paraguai, está a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior 
do planeta, atrás apenas da hidrelétrica chinesa de Três Gargantas. 
Santa Catarina é o menor e menos populoso estado da região, aprecia 
enseadas e muitas ilhas no litoral e planaltos a leste e a oeste, com mata de araucárias 
e campos. De clima subtropical, o estado tem as quatro estações bem marcadas ao 
longo do ano, com verões quentes e invernos rigorosos no planalto. Santa Catarina 
tem ainda uma grande influência de imigrantes portugueses, alemães e italianos. 
Florianópolis e a faixa litorânea do estado foram colonizados por açorianos. 
No maior e mais populoso estado da região, o Rio Grande do Sul, fica um dos 
pontos extremos do país, o Arroio Chuí. O clima do Rio Grande do Sul é temperado, 
e o relevo apresenta planícies litorâneas, planaltos a oeste e nordeste e depressões 
no centro. A vegetação é variada: campos (chamados pampas gaúchos), mata de 
araucárias e restingas. 
Os principais colonizadores foram os italianos, que se fixaram principalmente 
na região serrana, no nordeste do estado, e os alemães, que ocuparam a região do 
vale do rio dos Sinos, ao norte de Porto Alegre. 
Tanto a serra do Mar como a Serra Geral estão localizadas próximas do litoral. 
Dessa forma, o relevo da região Sul inclina-se para o interior e a maior parte dos rios 
segue de leste para oeste. Concentram-se em duas grandes bacias hidrográficas: a 
bacia do rio Paraná e a bacia do rio Uruguai, ambas subdivisões da Bacia Platina. Os 
rios mais importantes da região são volumosos e possuem grande potencial 
hidrelétrico, o que já está sendo explorado no rio Paraná, com a construção da Usina 
Hidrelétrica de Itaipu. 
 Essa exploração permite ao Sul – e também ao Sudeste brasileiro – uma 
crescente utilização de energia elétrica, tanto para consumo doméstico quanto para 
 
28 
 
uso industrial, fazendo-se necessária a continuidade dos investimentos nesta área do 
país. 
A região limita-se ao sul com o Uruguai; a oeste com a Argentina e o Paraguai; 
a noroeste e ao norte com os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo; a leste 
com o oceano Atlântico. É a única região do Brasil localizada fora da zona tropical, 
com variações nítidas quanto às estações, porém a parte norte situa-se acima do 
Trópico de Capricórnio. 
Os rios sulistas que percorrem em direção ao mar fazem parte de um conjunto 
de bacias secundárias, conhecido como Bacias do Sudeste-Sul. Entre essas, a de 
maior aproveitamento para hidroeletricidade é a do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul. 
Outra, muito conhecida pelas suas imprevisíveis cheias, é a do rio Itajaí, em Santa 
Catarina, que atinge uma região bastante desenvolvida do país. 
10 CARACTERÍSTICAS HIDROGRÁFICAS GERAIS DA REGIÃO 
A hidrografia da Região Sul do Brasil pode ser classificada em três grandes 
regiões: Bacias Hidrográficas do Paraná, a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai e as 
Bacias Hidrográficas do Sul-Sudeste (Atlântico Sul). 
A Região Hidrográfica do Paraná, a maior delas, ocupa uma área de 879.860 
km² e é representada por um pequeno segmento do volumoso rio Paraná, que se 
estende da foz do rio Paranapanema até a foz do rio Iguaçu. Mesmo com sua pouca 
extensão na região, o Rio Paraná apresenta uma importante rede de afluentes, tanto 
sob o ponto de vista dos aspectos hídricos, como energéticos e de aproveitamento 
turístico. O rio Paraná é importante na região Sul, sendo aproveitado como via de 
transporte e para a produção de energia elétrica. Nele foi construída a usina 
hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo. 
A Região Hidrográfica do Rio Uruguai ocupa uma área de 178.235 km2. O Rio 
Uruguai, localizado no Rio Grande do Sul, é o principal representante dessa bacia. 
Destacam-se também nessa bacia os rios do Peixe, Chapecó, Pelotas, Canoas e Ijuí. 
A Região Hidrográfica Sul-Sudeste, também conhecida como Atlântico Sul, 
destaca-se por abrigar um expressivo contingente populacional, pelo desenvolvimento 
econômico e por sua importância para o turismo. Inicia ao norte, próximo à divisa entre 
 
29 
 
São Paulo e Paraná, e se estende até o arroio Chuí, ao sul. Possui uma área total de 
185.856 Km², o equivalente a 2% do País.8 
11 BACIAS SECUNDÁRIAS 
As bacias secundárias é um conjunto de bacias localizadas nas proximidades 
do litoral; apresentam rios de pequena extensão, geralmente com poucos afluentes. 
São consideradas bacias secundárias: 
Bacias do Nordeste: É constituída por rios do sertão nordestino, na sua grande 
maioria temporários, pois secam em determinadas épocas do ano. Os rios dessa 
bacia são o Acaraú e o Jaguaribe, no Ceará; o Piranhas e o Potenji, no Rio Grande 
do Norte; o Paraíba, na Paraíba; o Capibaribe, o Una e o Pajeú, em Pernambuco. 
Bacias do Leste: Constituída por rios que descem do Planalto Atlântico em 
direção ao oceano. Destacam-se os rios Jequitinhonha, que corta uma região 
extremamente pobre do nordeste de Minas Gerais; Doce, que abrange tradicional área 
de mineração neste estado; e Paraíba do Sul, que atravessa importante região 
industrial do Brasil e de grande concentração urbana (São Paulo e Rio de Janeiro). 
 
 
8 Extraído do link: www.ebah.com.br 
 
30 
 
Fonte: 
www.culturamix.com 
Bacias do Sudeste-Sul: É constituída também por rios que correm na direção 
oeste-leste, ou seja, que vão das serras e planaltos em direção ao oceano. São 
importantes rios dessa bacia o Ribeira do Iguape (São Paulo, próximo à fronteira do 
Paraná), região mais empobrecidaeconômica e socialmente do estado; o Itajaí 
(principal região industrial de Santa Catarina) e o Tubarão (região carbonífera e 
industrial, também situada em Santa Catarina). No Rio Grande do Sul, destacam-se 
os rios Guaíba (Porto Alegre) e Jacuí, além das lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira. 
Com exceção dos rios temporários do sertão nordestino, os demais rios das 
bacias secundárias apresentam regime tropical austral, com cheias no verão. São rios 
de planalto, pouco aproveitáveis para a navegação fluvial.9 
12 BACIA HIDROGRÁFICA E A IMPORTÂNCIA DE SUA CONSERVAÇÃO 
Uma bacia hidrográfica é formada por um conjunto de aclives constituídos pela 
superfície do solo e de um emaranhado de drenagem constituída de cursos d’água 
que confluem até chegar ao exutório (ponto de menor cota topográfica onde é 
 
9 Extraído do link: hidrobacias.blogspot.com 
 
31 
 
direcionado o escoamento). Sendo uma região natural de captação de água 
precipitada, que a direciona até um ponto comum. 
12.1 Delimitação, Tipos e Caracterização de Bacia Hidrográfica 
A forma mais comum de delimitação de uma bacia hidrográfica é utilizar de uma 
carta topográfica e a partir dela determinar o exutório da bacia. A partir do exutório, 
levando em consideração as cotas da área, é possível realizar a marcação do curso 
d´água principal e seus tributários e a partir das curvas de nível conectar os pontos 
mais elevados dando contorno e limites à bacia. 
As bacias hidrográficas podem ser diferenciadas a partir das suas dimensões 
e/ou das suas características geomorfológicas, as bacias podem ser: 
 
 Bacia elementar: Tem área relativamente pequena, até 5Km², e formam a 
menor região onde possam ocorrer todos os fenômenos hidrológicos. 
 Bacia representativa: São bacias caraterizadas a partir de aparelhos de registro 
e observação de fenômenos hidrológicos, situadas em uma região homogênea. 
Sua área pode variar de 1 à 250Km². 
 Bacia experimental: São bacias onde ocorre estudos detalhados sobre os 
fenômenos hidrológicos, situadas em região de cobertura do solo e 
características físicas relativamente homogêneas. Apresentam área menor que 
4Km². 
Para caracterizar uma bacia são necessárias espécies diferentes de dados que 
juntos expressão a forma, contorno e características gerais da bacia, esses dados 
servem tanto para sua delimitação quanto para enquadrar a bacia em alguma das 
categorias vistas anteriormente. 
As informações utilizadas para promover a caracterização de uma bacia são 
denominados dados fluviomorfológicos, que podem ser adquiridos a partir de 
sensoriamento remoto, imagens de satélites, mapas topográficos e outras fontes de 
dados geomorfológicos. 
As informações mais comuns para se caracterizar uma bacia são: área da 
bacia, comprimento do rio principal, perfil longitudinal, declividades, índices de forma, 
densidades, tempo de concentração e hierarquização fluvial. 
 
32 
 
13 AS BACIAS URBANAS E RURAIS 
Antes de mostrar as características das bacias urbanas e rurais, sendo que elas 
apresentam alguma espécie de influência antrópica, é importante entender como seria 
o comportamento de uma bacia natural (sem influência antrópica). 
Na bacia natural, grande parte da precipitação pluviométrica é retida em 
algumas das fases do ciclo hidrológico, sendo que dependendo do bioma onde a bacia 
está sendo caracterizada os fatores como infiltração, intercepção e evaporação 
podem assumir papeis fundamentais para que todo o processo hidrológico ocorra com 
equidade. 
Nas florestas tropicais ocorre uma grande ocorrência de interceptação devido 
à densidade da mesma ser alta e também o escoamento da água que chega ao solo 
ocorre em quantidades e velocidades baixas devido à presença de serapilheira e do 
contraste entre a quantidade de água retida para interceptação e da água que chega 
ao solo, sendo inversamente proporcional essa relação (quanto maior a cobertura 
vegetal menor é o escoamento superficial). 
 
Conheça as Diversas Regiões Hidrográficas 
 
A taxa de compactação do solo das florestas é baixa, pois não há atividades 
que propiciem sua densificação, logo a taxa infiltração ocorre em larga escala. Devido 
à baixa velocidade no escoamento a água que chega aos canais naturais, rios, lagoas 
apresentam baixo teor de sólidos, que poderiam contaminar e/ou poluir essas águas. 
Devido a essas características, as bacias naturais apresentam grande 
capacidade de acúmulo de água, o que impede a ocorrência de enchentes com 
potencial destruidor. 
 
 
33 
 
Fonte: 
ohpalimpsesto.wordpress.com 
Bacia rural: As bacias localizadas em áreas rurais estão em um ambiente bem 
diferente do natural, sendo que no ambiente rural existe grande área sem cobertura 
vegetal e compactação do solo (devido a atividades agropecuárias e incidência direta, 
sem amortecimento, da precipitação pluviométrica). 
Devido a essas características ocorre o aumento na velocidade do escoamento 
superficial e com isso o arraste de sólidos para os cursos d’água, podendo 
comprometer a qualidade das águas, além do que, o solo compactado tem menor 
capacidade de infiltração sendo maior a água direcionada para os canais. Não 
ocorrendo essa distribuição de água entre as fases do ciclo da água os cursos d’água 
podem exceder sua capacidade e assim provocar alagamentos e enchentes. 
Nas bacias rurais pode ocorrer diversos fenômenos de poluição/contaminação 
dos rios, como por exemplo: o escoamento de substancias tóxicas (agrotóxicos) 
utilizadas nas lavouras para os cursos d’água; aumento da presença de nutrientes nos 
corpos d’água, devido ao escoamento acelerado; eutrofização provocado pelo 
acumulo de nutrientes; erosão das encostas devido a remoção da mata ciliar; 
assoreamento dos cursos d’água, devido a erosão; além das poluições difusas e 
pontuais decorrentes das atividades agrícolas. 
Bacia urbana: No meio urbano, devido à grande descaracterização ambiental 
(impermeabilidade do solo, pouca cobertura vegetal, maiores taxas de poluição dos 
 
34 
 
corpos d’água, aterramento de canais naturais, desvio de rios, construção de 
barragens e outros) ocorre que é baixo o equilíbrio e distribuição da água dentro do 
ciclo hidrológico, provocando grandes alteração na qualidade das águas e também na 
sua distribuição, taxas e quantidade. 
Nas cidades ocorre grande demanda por esgotamento sanitário (quando há), 
coleta de resíduos sólidos (que nem sempre dispõem de um aterro sanitário, podendo 
provocar percolação de chorume e contaminar o lençol freático), disposição de 
efluentes (com potencial poluidor nos cursos d’água) e redes de drenagem artificiais. 
Essas características corroboram para que seja grande o acumulo de água nos 
cursos d’água e também que aumente a poluição/contaminação dos mesmos, pois os 
efluentes gerados pelas industriais, pelas casas (sumidouro ou rede de coleta de 
esgoto) e pelas atividades urbanas são dispensados nos cursos d’água e no solo. Se 
o tratamento desses efluentes não for satisfatório, podem ocorrer poluição do solo, 
lençol freático e cursos d’água, além de provocar as enchentes e causar sérios 
problemas na saúde da população. 
Devido a uma maior demanda por acumulo de água, principalmente em épocas 
de grandes chuvas, e o aumento na vazão de escoamento, ocorre a saturação dos 
corpos d’água, ocorrendo as enchentes nos centros urbanos. 
Além das consequências no meio rural e urbano, como a perda de qualidade 
das águas e as enchentes, que estão diretamente relacionadas as atividades 
humanas, temos as consequências para o meio ambiente e para as outras espécies 
que vivem na região de uma bacia. 
A perda de qualidade da água pode provocar a descaracterização de um curso 
d’água e/ou lençol freático, morte de vida aquática, impossibilidade de uso da água 
para finalidades nobres, industriais e turísticas, desequilíbrio entre espéciesanimais 
podendo ocorrer extinção das espécies endêmicas e alta proliferação de outros e 
doenças. 
Mas esse cenário não significa que as atividades humanas devam cessar, pelo 
contrário, devemos continuar a utilizar esses recursos, porém de forma responsável e 
com planejamento, já existem tecnologias e aparatos legais que podem promover uma 
estabilização entre o uso desses recursos e o desenvolvimento humano, garantindo a 
preservação dessas regiões de grande importância para a manutenção da vida. 
 
35 
 
A lei Federal nº 9.433/1997, conhecida como a Lei das Águas, instituiu a Política 
Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento 
de Recursos Hídricos (Singreh). Os planos de bacias hidrográficas previstos nesta lei, 
são planos diretores, de natureza estratégica e operacional, que têm por finalidade 
fundamentar e orientar a implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos, 
compatibilizando os aspectos quantitativos e qualitativos do uso das águas, de modo 
a assegurar as metas e os usos neles previstos, na área da bacia ou região 
hidrográfica considerada. 
Pode-se citar a Lei Federal nº 12.305/2010, que dispõe sobre o Politica 
Nacional de Resíduos Sólidos, que dita como se deve lidar com a disposição final dos 
resíduos gerados nas cidades, afim de garantir o mínimo de impacto ambiental. 
A Lei Federal nº 10.257/2001, que é o Estatuto da Cidade, nele se encontram 
diversos estímulos a sustentabilidade urbana e diretrizes para o planejamento urbano 
que prevê estudo de impacto urbanístico para grandes obras, retirada de pessoas que 
moram em regiões alagadas e o plano diretor, que tem como objetivo ser o 
instrumento básico para o planejamento municipal, podendo ser realizadas melhorias 
nas redes de drenagem, uso e ocupação do solo, entre outros. 
As Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 
357/2005 e 430/2011 que dispõem sobre as condições e padrões de lançamentos de 
efluentes, sendo essas resoluções que dão as diretrizes para que os efluentes 
advindos de tratamento de esgoto, industriais e outros sejam dispensados em corpos 
d’água e/ou solo sem comprometer seu uso e qualidade. 
 
 
36 
 
Fonte:stickel.com.br 
Por fim, é possível garantir a qualidade ambiental desde que sejam colocados 
em prática os deveres exigidos e também agir com responsabilidade, que vai desde 
as empresas e órgãos públicos até o cidadão individual.10 
14 A IMPORTÂNCIA DAS FLORESTAS NO CICLO DA ÁGUA 
Formação das reservas de água no subsolo 
 
No caso de uma cobertura florestal que se manteve intacta, a taxa de infiltração 
de água da chuva no solo é máxima. No interior de uma floresta qualquer, a copa das 
árvores e a camada de matéria orgânica que se encontra depositada sobre o solo, 
desempenha papel fundamental na manutenção das condições ideais para que ocorra 
o processo de infiltração da água. Em áreas compactadas, quer seja pelo preparo 
excessivo do solo, uso de máquinas pesadas, pé de arado ou micro pulverização das 
partículas do solo e mesmo pelo pisoteio de animais, a infiltração é bem menor que 
em áreas florestadas. É por essa razão que a Amazônia é a maior reserva de água 
do Planeta. 
 
10 Extraído do link: www.logicambiental.com.br 
 
37 
 
 
Erosão e escoamento superficial 
 
A presença de uma boa cobertura florestal é de grande importância para o 
controle do processo de erosão, que pode resultar em grandes acúmulos de 
sedimentos nos cursos d'água, assoreando os mesmos. No Brasil, a erosão carrega 
anualmente 500 milhões de toneladas de solo. Esse material arrastado pela erosão 
irá se depositar nas baixadas e nos rios, riachos e lagoas, causando uma elevação de 
seus leitos e possibilitando grandes enchentes. 
 
 A floresta e a água subterrânea 
 
Os solos sob florestas possuem as melhores condições de infiltração de água. 
Logo, as florestas são consideradas como fontes primordiais para o suprimento de 
água para os aquíferos. A presença da cobertura florestal irá proporcionar uma maior 
infiltração de água no solo, o que por sua vez irá resultar num maior abastecimento 
do lençol freático. 
 
 As matas ciliares 
 
Essas matas desempenham o papel de filtro, o qual se situa entre as partes 
mais altas da bacia hidrográfica, desenvolvida para o homem para a agricultura e 
urbanização e a rede de drenagem desta, onde se encontra o recurso mais importante 
para o suporte da vida que é a água. 
As florestas à beira dos rios e nascentes, são chamadas de matas ciliares. 
Assim como nossos cílios, as matas ciliares atuam como barreiras protegendo os rios, 
córregos e nascentes, impedindo que a terra desbarranque ao proteger de terra e lixo, 
evitando-se o chamado “assoreamento” que é a elevação da superfície. Se não 
houver essa proteção, fatalmente ocorrera o fim da água, pois haverá o aterramento 
dos rios. 
 
 
38 
 
Fonte: 
www.arvoresbrasil.com.br 
As matas ciliares constituem um conjunto de vegetação que se desenvolvem 
ao longo das margens dos rios, riachos e córregos e são responsáveis pela proteção 
da qualidade da água, pois remove material em suspensão, poluentes e substâncias 
tóxicas como pesticidas e herbicidas que são usados na agricultura para matar 
pragas. 
As nascentes abastecem os riachos, córregos e cursos d’água que por sua vez 
abastecem os rios. Se não houver a proteção das matas ciliares, não haverá água 
para os rios, que irão secar. 
Fica bem demonstrado e é incontestável que sem as florestas a manutenção 
dos recursos hídricos para abastecimento das cidades, onde vive a maioria da 
população, é impossível. O desmatamento incontrolado e insano está causando a 
desertificação e levará fatalmente ao desabastecimento de água e à formação de solo 
improdutivo para a produção de alimentos. 
A natureza trabalha e produz na forma cíclica, mostrando o caminho para a 
atuação do homem. 
Está bem clara a forma como a natureza trabalha, quando se observa, por 
exemplo, o modelo como ocorre a ciclagem dos nutrientes que são a fonte básica de 
produção dos ecossistemas. 
 
39 
 
Através desse processo, as cadeias alimentares vão sendo abastecidas em 
todos os níveis, garantindo a vida dos seres vivos em todos os ecossistemas. 
Para essa produção contínua e permanente que a natureza realiza, a água 
exerce função importantíssima uma vez que se transforma no meio de transporte 
único dos nutrientes dentro dos seres vivos em qualquer tipo de ecossistema. 
É através das águas que as plantas absorvem os nutrientes da solução do solo 
e conduzem os mesmos até o alto das copas onde ocorre a transformação pela 
fotossíntese, sendo novamente distribuídos pela água os elementos, agora 
elaborados, por todas as partes das plantas. Esta mesma água potável é que garante 
a vida dos animais e, inclusive, do homem na Terra, pois com sua ausência jamais 
existiriam condições de sobrevivência de qualquer ser vivo. 
Dessa maneira, pode-se considerar o planeta Terra como um gigantesco 
organismo vivo que se auto mantém pela sua capacidade de produzir, elaborar e 
distribuir esse produto para suprir todas suas necessidades. 
Considerando que o homem é parte integrante e principal elemento atuante 
desse organismo, pela sua ação se transforma no ser vivo mais perigoso para a 
manutenção da vida na Terra. Por isso, é importante que se conscientize da 
necessidade de mudar seu comportamento sob pena de decretar seu 
desaparecimento que pode não estar num futuro muito distante. 
Dentro da grande amplitude dos fatores que interagem para manter o equilíbrio 
ecológico da natureza, a água é um dos elementos vitais para que este processo 
ocorra, pois impulsiona os ciclos da produção de alimentos, sem os quais não existiria 
a vida. 
Daí a necessidade da séria consciência de preservação e manutenção de sua 
potabilidade. 
Na atualidade, é maisevidente o mau uso dos recursos naturais, daí as 
necessidades básicas continuarem não sendo satisfeitas. 
Toda essa realidade deve ser meditada e conduzida para decisões importantes 
no sentido de defender a manutenção da água, das nascentes e dos mananciais. 
As propriedades rurais têm papel importante no que diz respeito à água, pois é 
nelas que ainda estão preservadas as nascentes, riachos, rios e outros reservatórios 
deste líquido vital. 
 
40 
 
Ao proprietário rural cabe o direito de defender seu potencial hídrico e o dever 
de preservar suas nascentes e as vegetações que as protegem. No aspecto da 
produção de água potável, a floresta e a vegetação ribeirinha exercem papéis 
fundamentais na filtragem dos poluentes que se dirigem para os leitos dos rios e 
mesmo na retenção do excesso de água que irá resultar em grandes enchentes, caso 
não exista barreira para conter sua velocidade antes de atingir os mananciais. 
Diante disso, o plantio de florestas e a preservação e correta administração das 
áreas florestadas nas propriedades passam a ser o elemento vital da manutenção das 
águas.11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Extraído do link: www.ecolnews.com.br 
 
41 
 
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Superintendência de Planejamento de 
Recursos Hídricos. Disponibilidade de recursos hídricos por regiões hidrográficas. 
Baseado nos dados do Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos. 
Brasília, 2002c. (Não publicado) 
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sobre o estado e perspectivas do meio ambiente no Brasil. 264 p., Ministério do 
Meio Ambiente / Agência Nacional de Águas /Programa das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente, Brasília, Brasil. 
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Engecorps/Cobrape, 2010. 
CNRH. Resolução n. 32, de 15 de outubro de 2003. Anexo I. Conselho Nacional de 
Recursos Hídricos. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2013. 
Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: 2013. Brasília: ANA, 2013. Site da 
Agência Nacional de Águas sobre as divisões hidrográficas do Brasil: 
http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/panorama-das-aguas/divisoes-hidrograficas 
FILIZOLA, N. O fluxo de sedimentos em suspensão nos rios da Bacia Amazônica 
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GOMES, Alisson Leite. Aprendendo o que é uma bacia hidrográfica no Museu 
Estação Ciência. Disponível em: 
<http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/exibir.php?midia=lcn&cod=_aprendendooquee
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KOBIYAMA, M.; MOTA, A. A.; CORSEUIL, C. W. Recursos hídricos e saneamento. 
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LEAL, M. S. Gestão ambiental de recursos hídricos: princípios e aplicações. Rio 
de Janeiro: CPRM. 
LEMOS, Maria Carmem et al. Informação técnica e gestão participativa de bacias 
hidrográficas no Brasil. In: ABERS, Rebecca (org). Água e política: atores, 
 
42 
 
instituições e poder nos Organismos Colegiados de Bacia Hidrográfica no Brasil. São 
Paulo: Annablume, 2010. 
LIMA, W.P. Princípios de manejo de bacias hidrográficas. Piracicaba: ESALQ. 
USP. 
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2017. 
SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS. Ministério do Meio Ambiente. 
Recursos hídricos no Brasil. Brasília, 1998. 
SECTMA - Plano Estadual de Recursos Hídricos. 
SIOLI, H.; KLINGE, H. Sobre águas e solo da Amazônia brasileira. Boletim 
Geográfico. 1965:185. p.195-205.

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