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Tabela periódica Apresentação A tabela periódica é uma forma encontrada pelos cientistas ao longo da história para organizar as espécies atômicas. Os átomos são distribuídos conforme suas similaridades e na ordem crescente de números atômicos, ao mesmo tempo, existe uma crescente de raio atômico que é inversamente proporcional a eletronegatividade, por exemplo. Ou seja, a constituição da tabela periódica permite realizar relações a cerca das propriedades periódicas dos elementos. Nesta Unidade de Aprendizagem, conheceremos a tabela periódica, suas características e organização. Bons estudos. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a lei periódica atual.• Identificar as classificações da tabela periódica.• Identificar as propriedades periódicas dos elementos.• Desafio Para trabalharmos com a tabela periódica, precisamos saber identificar algumas informações muito importantes, como o nome do elemento químico, seu número atômico, em qual grupo e período se encontra e a classificação em metais alcalinos, alcalinoterrosos, metais de transição, metaloides, não metais e gases nobres. Então, com o auxílio da tabela periódica, preencha a tabela anexa indicando, para cada elemento (representado por seu símbolo), seu nome, grupo periódico, classificação, número de elétrons na camada de valência e caráter eletropositivo ou eletronegativo. Observação: nos metais de transição, não é preciso informar a quantidade de elétrons na camada de valência nem o caráter eletronegativo ou eletropositivo. Infográfico A figura representa a tabela periódica, uma ferramenta muito importante para o entendimento da química. Conteúdo do livro A tabela periódica organiza os elementos químicos de acordo com as suas propriedades. Acompanhe a partir do tópico 8.2 Classificação Periódica dos Elementos, um trecho da seguinte obra: CHANG, R. Química geral: conceitos essenciais. 4.ed. Porto Alegre: AMGH, 2010. O livro servirá de base teórica para esta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura. C O N C E I T O S E S S E N C I A I S Raymond CHANG Quarta Edição C456q Chang, Raymond. Química geral [recurso eletrônico] : conceitos essenciais / Raymond Chang ; tradução: Maria José Ferreira Rebelo. – 4. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2010. Editado também como livro impresso em 2010. ISBN 978-85-63308-17-7 1. Química. I. Título. CDU 54 Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922 Imagem da Capa A reação entre nitrato de potássio e sacarose, um processo altamente exotérmico.Quimica Geral C O N C E I T O S E S S E N C I A I S Capítulo 8 Tabela Periódica 241 9 8B 1 1A 2 2A 3 3B 4 4B 5 5B 8 106 6B 7 7B 11 1B 12 2B 13 3A 14 4A 15 5A 16 6A 17 7A 18 8A 3 Li 2s1 11 Na 3s1 19 K 4s1 37 Rb 5s1 55 Cs 6s1 87 Fr 7s1 4 Be 2s2 12 Mg 3s2 20 Ca 4s2 38 Sr 5s2 56 Ba 6s2 88 Ra 7s2 21 Sc 4s23d1 39 Y 5s24d1 57 La 6s25d1 89 Ac 7s26d1 22 Ti 4s23d2 40 Zr 5s24d2 72 Hf 6s25d2 23 V 4s23d3 41 Nb 5s14d4 73 Ta 6s25d3 24 Cr 4s13d5 42 Mo 5s14d5 74 W 6s25d4 25 Mn 4s23d5 43 Tc 5s24d5 75 Re 6s25d5 26 Fe 4s23d6 44 Ru 5s14d7 76 Os 6s25d6 27 Co 4s23d7 45 Rh 5s14d8 77 Ir 6s25d7 104 Rf 7s26d2 105 Db 7s26d3 106 Sg 7s26d4 107 Bh 7s26d5 108 Hs 7s26d6 109 Mt 7s26d7 110 Ds 7s26d8 111 7s26d9 112 7s26d10 113 7s27p1 114 7s27p2 115 7s27p3 (116) (117) (118) 28 Ni 4s23d8 46 Pd 4d10 78 Pt 6s15d9 29 Cu 4s13d10 47 Ag 5s14d10 79 Au 6s15d10 30 Zn 4s23d10 48 Cd 5s24d10 80 Hg 6s25d10 31 Ga 4s24p1 49 In 5s25p1 81 Tl 6s26p1 32 Ge 4s24p2 50 Sn 5s25p2 82 Pb 6s26p2 33 As 4s24p3 51 Sb 5s25p3 83 Bi 6s26p3 34 Se 4s24p4 52 Te 5s25p4 84 Po 6s26p4 35 Br 4s24p5 53 I 5s25p5 85 At 6s26p5 13 Al 3s23p1 14 Si 3s23p2 15 P 3s23p3 16 S 3s23p4 17 Cl 3s23p5 5 B 2s22p1 6 C 2s22p2 7 N 2s22p3 8 O 2s22p4 9 F 2s22p5 10 Ne 2s22p6 2 He 1s2 18 Ar 3s23p6 36 Kr 4s24p6 54 Xe 5s25p6 86 Rn 6s26p6 1 2 3 4 5 6 7 1 H 1s1 58 Ce 6s24f15d1 90 Th 7s26d2 59 Pr 6s24f3 91 Pa 7s25f26d1 60 Nd 6s24f4 92 U 7s25f36d1 61 Pm 6s24f5 93 Np 7s25f46d1 62 Sm 6s24f6 94 Pu 7s25f6 63 Eu 6s24f7 95 Am 7s25f7 64 Gd 6s24f75d1 96 Cm 7s25f76d1 65 Tb 6s24f9 97 Bk 7s25f9 66 Dy 6s24f10 98 Cf 7s25f10 67 Ho 6s24f11 99 Es 7s25f11 68 Er 6s24f12 100 Fm 7s25f12 69 Tm 6s24f13 101 Md 7s25f13 70 Yb 6s24f14 102 No 7s25f14 71 Lu 6s24f145d1 103 Lr 7s25f146d1 Figura 8.1 Configurações eletrônicas do estado fundamental dos elementos. Para simplificar, apenas são indicadas as configurações dos elétrons das camadas mais externas. 8.2 Classificação Periódica dos Elementos A Figura 8.1 mostra a tabela periódica juntamente com as configurações eletrônicas das camadas mais externas dos elementos no estado fundamental. (As configurações eletrôni- cas dos elementos são também mostradas na Tabela 7.3.) Começando com o hidrogênio, vemos que as subcamadas são preenchidas na ordem indicada na Figura 7.21. Conforme o tipo de subcamada que está sendo preenchida, os elementos podem ser divididos em ca- tegorias — os elementos representativos, os gases nobres, os elementos de transição (ou metais de transição), os lantanídeos e os actinídeos. De acordo com a Figura 8.1, os ele- mentos representativos (também chamados de elementos do grupo principal) são os elementos dos Grupos 1A a 7A, em que todos têm subcamadas s ou p, do número quânti- co principal mais alto, parcialmente preenchidas. Com exceção do hélio, os gases nobres (os elementos do Grupo 8A) têm todos a subcamada p totalmente preenchida. (As confi- gurações eletrônicas são 1s2 para o hélio e ns2np6 para os outros gases nobres, em que n é o número quântico principal da camada mais externa.) Os metais de transição são os ele- mentos dos Grupos 1B e 3B a 8B (ou 3 a 11), que têm subcamadas d parcialmente preenchidas ou facilmente produzem cátions com subcamadas d parcialmente preenchi- das. (Esses metais são, às vezes, chamados de elementos de transição do bloco d.) Os 242 Química Geral elementos do Grupo 2B ou 12 (Zn, Cd e Hg) não são nem elementos representativos nem metais de transição. Não há nenhum nome especial para esse grupo de metais. Os lan- tanídeos e os actinídeos são, muitas vezes, chamados de elementos de transição do bloco f, pois têm subcamadas f parcialmente preenchidas. Quando examinamos as configurações eletrônicas de dado grupo, observa-se um padrão de distribuição. As configurações eletrônicas dos elementos dos Grupos 1 e 2 es- tão apresentadas na Tabela 8.1. Todos os metais alcalinos do Grupo 1A têm configu- rações eletrônicas da camada mais externa semelhantes: cada um tem um cerne de gás nobre e uma configuração ns1 para o elétron mais externo. Do mesmo modo, os metais alcalino-terrosos do Grupo 2 têm um cerne de gás nobre e uma configuração ns2 para os elétrons da última camada. Os elétrons das camadas mais externas de um átomo, os que estão envolvidos nas ligações químicas, são freqüentemente denominados elétrons de valência. A semelhança na configuração eletrônica da camada mais externa (isto é, na configuração dos elétrons de valência) é responsável pelo fato de os elementos de um mesmo grupo apresentarem comportamento químico similar. Essa observação é válida também para os halogênios (os elementos do Grupo 17), que possuem configuração eletrônica da camada mais externa ns2 np5 e exibem propriedades muito semelhantes. Temos de ter cuidado, contudo, ao prever propriedades dos elementos dos Grupos 13 a 16. Por exemplo, os elementos do Grupo 14 possuem a mesma configuração eletrônica da camada mais externa, (ns2np2), mas há uma variação nas propriedades químicas desses elementos: o carbono é um não-metal, o silício e o germânio são semimetais, e o estanho e o chumbo são metais. Como um grupo, os gases nobres comportam-se de forma muito semelhante. Com exceção do criptônio e do xenônio,os demais elementos são totalmente inertes quimica- mente. A razão é que esses elementos possuem as subcamadas ns2np6 mais externas to- talmente preenchidas, uma condição que representa grande estabilidade. Embora a con- figuração eletrônica das camadas mais externas dos elementos de transição não seja sempre a mesma dentro do grupo e não haja um padrão regular na variação da configu- ração eletrônica de um metal para o seguinte no mesmo período, todos os metais de tran- sição partilham muitas características que os distinguem dos outros elementos. A razão é que esses metais têm uma subcamada d parcialmente preenchida. Do mesmo modo, os lantanídeos (e os actinídeos) assemelham-se uns aos outros porque possuem subcamadas f parcialmente preenchidas. A Figura 8.2 mostra os grupos de elementos discutidos aqui. TABELA 8.1 Configurações Eletrônicas dos Elementos do Grupo 1 e do Grupo 2 Grupo 1 Grupo 2 Li [He]2s1 Be [He]2s2 Na [Ne]3s1 Mg [Ne]3s2 K [Ar]4s1 Ca [Ar]4s2 Rb [Kr]5s1 Sr [Kr]5s2 Cs [Xe]6s1 Ba [Xe]6s2 Fr [Rn]7s1 Ra [Rn]7s2 Para os elementos representativos, os elétrons de valência são simplesmente os elétrons no nível principal de energia mais alta. EXEMPLO 8.1 Um átomo de certo elemento tem 15 elétrons. Sem consultar a tabela periódica, responda às questões seguintes: (a) Qual é a configuração eletrônica do estado fundamental desse elemento? (b) Como deve ser classificado esse elemento? (c) O elemento é diamagnético ou paramagnético? Estratégia (a) Vamos retomar ao princípio de preenchimento discutido na Seção 7.9. Devemos começar escrevendo a configuração eletrônica com o número quântico principal n � 1 e continuar o preenchimento até que todos os elétrons estejam distribuídos. (b) Qual é a configuração eletrônica característica dos elementos representativos? E dos elementos de transição? E dos gases nobres? (c) Examine o esquema de emparelhamento dos elétrons da camada mais externa. O que determina se um elemento é diamagnético ou paramagnético? Solução (a) Sabemos que para n � 1, temos um orbital 1s (2 elétrons); para n � 2, temos um orbital 2s (2 elétrons) e três orbitais 2p (6 elétrons); para n � 3, temos um orbital 3s (2 elétrons). O número de elétrons que falta é 15 � 12 � 3 e esses três elétrons devem ser colocados nos orbitais 3p. A configuração eletrônica é 1s22s22p63s23p3. (Continua) Capítulo 8 Tabela Periódica 243 Configurações Eletrônicas dos Cátions e dos Ânions Como muitos compostos iônicos são constituídos por ânions e cátions monoatômicos, é útil saber como escrever as configurações eletrônicas dessas espécies iônicas. O pro- cedimento para escrever as configurações eletrônicas dos íons requer apenas uma pe- quena extensão do método usado para os átomos neutros. Para a discussão, agruparemos os íons em duas categorias. Elementos representativos Gases nobres Metais de transição 1 H 3 Li 11 Na 19 K 37 Rb 55 Cs 87 Fr 20 Ca 38 Sr 56 Ba 88 Ra 21 Sc 39 Y 57 La 89 Ac 22 Ti 40 Zr 72 Hf 104 Rf 23 V 41 Nb 73 Ta 105 Db 24 Cr 42 Mo 74 W 106 Sg 25 Mn 43 Tc 75 Re 107 Bh 26 Fe 44 Ru 76 Os 108 Hs 27 Co 45 Rh 77 Ir 109 Mt 28 Ni 46 Pd 78 Pt 29 Cu 47 Ag 79 Au 30 Zn 48 Cd 80 Hg 31 Ga 49 In 81 Tl 32 Ge 50 Sn 82 Pb 33 As 51 Sb 83 Bi 34 Se 52 Te 84 Po 35 Br 53 I 85 At 36 Kr 54 Xe 86 Rn 13 Al 14 Si 15 P 16 S 17 Cl 18 Ar 5 B 6 C 7 N 8 O 9 F 10 Ne 2 He 4 Be 12 Mg 58 Ce 90 Th 59 Pr 91 Pa 60 Nd 92 U 61 Pm 93 Np 62 Sm 94 Pu 63 Eu 95 Am 64 Gd 96 Cm 65 Tb 97 Bk 66 Dy 98 Cf 67 Ho 99 Es 68 Er 100 Fm 69 Tm 101 Md 70 Yb 102 No 71 Lu 103 Lr 1 1A 2 2A 3 3B 4 4B 5 5B 86 6B 7 7B 109 8B 11 1B 12 2B 13 3A 14 4A 15 5A 16 6A 17 7A 18 8A 110 Ds 111 112 113 114 115 (116) (117) (118) Zinco Cádmio Mercúrio Lantanídeos Actinídeos Figura 8.2 A classificação dos elementos. Note que os elementos do Grupo 12 são muitas vezes classificados como metais de transição mesmo que não apresentem as características dos metais de transição. (b) Como a subcamada 3p não está completamente preenchida, esse é um elemento representativo. Com base na informação dada, não é possível dizer se é um metal, um não-metal ou um semimetal. (c) De acordo com a regra de Hund, os três elétrons nos orbitais 3p têm spins paralelos (três elétrons desemparelhados). Portanto, o elemento é paramagnético. Verificação Para a parte (b), observe que um metal de transição tem uma subcamada d parcialmente preenchida e um gás nobre tem a camada externa completamente preenchida. Já para a parte (c), lembre-se de que se o átomo contém um número ímpar de elétrons, então o elemento tem de ser paramagnético. Exercício Um átomo de certo elemento tem 20 elétrons. (a) Escreva a configuração eletrônica do estado fundamental do elemento, (b) classifique o elemento, (c) determine se o elemento é diamagnético ou paramagnético. Problema semelhante: 8.16. 244 Química Geral O aumento da carga nuclear efetiva da esquerda para a direita ao longo de um período e de baixo para cima em um grupo para os elementos representativos. Íons Derivados dos Elementos Representativos Na formação de um cátion a partir do átomo neutro de um elemento representativo, um ou mais elétrons são removidos da camada n mais alta ocupada. A seguir estão as con- figurações eletrônicas de alguns átomos e dos seus cátions correspondentes: Na: [Ne]3s1 Na�: [Ne] Ca: [Ar]4s2 Ca2�: [Ar] Al: [Ne]3s23p1 Al3�: [Ne] Observe que cada íon tem uma configuração estável de gás nobre. Na formação de um ânion, são acrescentados um ou mais elétrons à camada n mais alta parcialmente preenchida. Considere os exemplos seguintes: H: 1s1 H�: 1s2 ou [He] F: 1s22s22p5 F�: 1s22s22p6 ou [Ne] O: 1s22s22p4 O2�: 1s22s22p6 ou [Ne] N: 1s22s22p3 N3�: 1s22s22p6 ou [Ne] Novamente, todos esses ânions têm também a configuração estável de gás nobre. Por- tanto, uma característica da maioria dos elementos representativos é que os íons deriva- dos de seus átomos neutros possuem a configuração eletrônica da camada mais externa de gás nobre ns2np6. Os átomos ou íons que possuem o mesmo número de elétrons e, por isso, a mesma configuração eletrônica no estado fundamental são isoeletrônicos. Assim, o H� e o He são isoeletrônicos; F�, Na� e Ne também são isoeletrônicos. Cátions Derivados de Metais de Transição Na Seção 7.9, vimos que, nos metais de transição da primeira fila (Sc a Cu), o orbital 4s é sempre preenchido antes dos orbitais 3d. Considere o manganês cuja configuração eletrônica é [Ar]4s23d5. Quando se forma o íon Mn2+, podemos esperar a remoção de dois elétrons do orbital 3d para gerar a configuração [Ar]4s23d3. Na realidade, a con- figuração eletrônica do Mn2+ é [Ar]3d5! A razão para isso acontecer é que as interações elétron-elétron e elétron-núcleo em um átomo neutro podem ser bastante diferentes das do seu íon. Assim, enquanto o orbital 4s é sempre preenchido antes do orbital 3d no Mn, os elétrons são removidos do orbital 4s para formar o íon Mn2+ porque os orbitais 3d são mais estáveis que o orbital 4s nos íons dos metais de transição. Por isso, quando se forma um cátion a partir de um átomo de um metal de transição, os elétrons são sem- pre removidos primeiro do orbital ns e depois dos orbitais (n � 1)d. Lembre-se de que a maior parte dos metais de transição pode formar mais de um cátion e que freqüentemente esses cátions não são isoeletrônicos com o gás nobre precedente. 8.3 Variação Periódica das Propriedades Físicas Como vimos, as configurações eletrônicas dos elementos apresentam uma variação periódica à medida que aumenta o número atômico. Conseqüentemente, há também variações periódicas no comportamento físico e químico. Nessa seção e nas duas seguintes, examinaremos algumas propriedades físicas dos elementos que estão no mesmo grupo ou período e outras propriedades que influenciam o comportamento químico dos elementos. Primeiro, olhemos para o conceito de carga nuclear efetiva, que tem um efeito direto nas dimensões atômicas e na tendênciapara a ionização. Carga Nuclear Efetiva No Capítulo 7, discutimos o efeito de blindagem que os elétrons próximos do núcleo exercem sobre os elétrons das camadas exteriores em átomos com muitos elétrons. A Note que a ordem de preenchimento de elétrons não determina ou prevê a ordem de remoção de elétrons nos metais de transição. 1 2 13 14 15 16 17 18 (a) (b) Figura 8.3 (a) Em metais como o berílio, o raio atômico é definido como metade da distância entre os núcleos de dois átomos adjacentes. (b) Para os elementos que existem como moléculas diatômicas, como o iodo, o raio do átomo é definido como metade da distância entre os núcleos. Capítulo 8 Tabela Periódica 245 presença de elétrons que promovem a blindagem reduz a atração eletrostática entre os prótons com carga positiva do núcleo e os elétrons exteriores. Além disso, as forças re- pulsivas entre os elétrons em um átomo com muitos elétrons reduzem ainda mais a força atrativa exercida pelo núcleo. O conceito de carga nuclear efetiva permite-nos ter em conta esses efeitos de blindagem nas propriedades periódicas. Considere, por exemplo, o átomo de hélio, que tem a configuração 1s2 no estado fundamental. Os dois prótons do hélio conferem ao núcleo a carga �2, mas a força atrativa total dessa carga sobre os dois elétrons 1s é parcialmente compensada pela re- pulsão elétron-elétron. Conseqüentemente, dizemos que os elétrons 1s blindam um ao outro do núcleo. A carga nuclear efetiva (Zef), que é a carga sentida por um elétron, é dada por Zef � Z � � em que Z é a carga nuclear real (isto é, o número atômico do elemento) e s (sigma) é chamada a constante de blindagem. A constante de blindagem é maior que zero, porém menor que Z. Uma maneira de ilustrar a blindagem dos elétrons é considerar a quantidade de energia necessária para remover os dois elétrons do átomo de hélio. As medidas mostram que são necessários 2373 kJ de energia para remover o primeiro elétron de 1 mol de átomos de hélio e 5251 kJ de energia para remover o elétron remanescente de 1 mol de íons He�. A razão pela qual é necessária tanta energia a mais para remover o segundo elétron é que com apenas um elétron presente não há blindagem e o elétron sente todo o efeito da carga nuclear �2. Para átomos com três ou mais elétrons, os elétrons em dada camada estão pro- tegidos por elétrons nas camadas interiores (isto é, camadas mais próximas do nú- cleo), mas não por elétrons de camadas exteriores. Assim, em um átomo de lítio, cuja configuração eletrônica é 1s22s1, o elétron 2s é protegido pelos dois elétrons 1s, con- tudo, o elétron 2s não tem qualquer efeito de blindagem sobre os elétrons 1s. Além disso, as camadas internas completas exercem efeito de blindagem sobre os elétrons exteriores de modo mais efetivo que os elétrons da mesma subcamada exercem uns sobre os outros. Raio Atômico Algumas propriedades físicas, incluindo densidade, ponto de fusão e ponto de ebulição, estão relacionadas com o tamanho dos átomos; no entanto, é difícil definir o tamanho do átomo. Como vimos no Capítulo 7, a densidade eletrônica estende-se além do núcleo, mas normalmente consideramos como tamanho do átomo o volume que contém cerca de 90% do total de densidade eletrônica em torno do núcleo. Quando temos de ser mais específicos, definimos o tamanho do átomo em termos do raio atômico, que é metade da distância entre dois núcleos em dois átomos de metal adjacentes. Para átomos ligados de modo que formem uma rede tridimensional estendida, o raio atômico é simplesmente metade da distância entre os núcleos de dois átomos vizi- nhos [Figura 8.3(a)]. Em metais como o berílio, o raio atômico é definido como a metade da distância entre os núcleos de dois átomos adjacentes. Para os elementos que existem como moléculas diatômicas simples, como o iodo, o raio atômico é metade da distância entre os núcleos dos átomos na molécula [Figura 8.3(b)]. A Figura 8.4 mostra os raios atômicos de vários elementos de acordo com as suas posições na tabela periódica e a Figura 8.5 apresenta a variação dos raios atômicos desses elementos em função dos seus números atômicos. As tendências periódicas são claramente evidentes. Ao estudar as tendências, lembre-se de que o raio atômico é de- terminado em larga extensão pela força de atração entre o núcleo e os elétrons da ca- mada mais externa. Quanto maior for a carga nuclear efetiva, maior é a força de atração do núcleo sobre esses elétrons e menor o raio atômico. Considere os elementos Interatividade: Atração do Núcleo Centro de Aprendizagem Online, Interativo Veja a Figura 7.23 para os gráficos da probabilidade radial das orbitais 1s e 2s. 246 Química Geral do segundo período desde o Li ao F, por exemplo. Deslocando da esquerda para a di- reita, vemos que o número de elétrons na camada mais interna (1s2) se mantém cons- tante enquanto a carga nuclear aumenta. Os elétrons adicionados para contrabalançar o aumento da carga nuclear não exercem qualquer blindagem uns sobre os outros. Em conseqüência, a carga nuclear efetiva aumenta gradualmente enquanto o número quântico principal se mantém constante (n � 2). Por exemplo, o elétron mais externo 2s do lítio é protegido do núcleo (que tem três prótons) pelos dois elétrons 1s. Como aproximação, assumimos que o efeito de blindagem dos dois elétrons 1s é cancelar duas cargas positivas no núcleo. Assim, o elétron 2s apenas sente a atração de um pró- ton no núcleo; a carga nuclear efetiva é �1. No berílio (1s22s2), cada um dos dois elétrons 2s está blindado pelos dois elétrons mais internos 1s, que cancelam duas das quatro cargas positivas no núcleo. Como os elétrons 2s não se protegem entre si de forma efetiva, o resultado é que a carga nuclear efetiva de cada elétron 2s é maior que �1. Assim, como a carga nuclear efetiva aumenta, o raio atômico diminui gradual- mente desde o lítio até ao flúor. Dentro de um grupo de elementos, vemos que o raio atômico aumenta com o au- mento do número atômico. Para os metais alcalinos no Grupo 1, o elétron mais externo está em um orbital ns. Como o tamanho do orbital aumenta com o aumento do número quântico principal n, o tamanho do átomo do metal aumenta do Li para o Cs. Podemos aplicar o mesmo raciocínio para os elementos de outros grupos. R ai o at ôm ic o cr es ce nt e Raio atômico crescente 265 248 227 186 152 37 31 H He 18171615141321 222 215 197 160 112 171 166 135 143 85 175 140 123 118 77 155 141 120 110 70 164 143 117 103 73 142 133 114 99 72 140 131 112 98 70 Li Be Cs Rb K Ba Sr Ca Tl In Ga Pb Sn Ge Bi Sb As Po Te Se At I Br Rn Xe Kr Na Mg Al Si P S Cl Ar B C N O F Ne Figura 8.4 Os raios atômicos (em picômetros) dos elementos representativos de acordo com a sua posição na tabela periódica. Observe que não há qualquer concordância geral sobre o tamanho dos raios atômicos. Interessam-nos apenas as tendências dos raios atômicos, não os seus valores precisos. Interatividade: Raios Atômicos Centro de Aprendizagem Online, Interativos Animação: Raios Atômico e Iônico Centro de Aprendizagem Online, Animações Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do professor O vídeo apresenta a variação das propriedades em função da sua posição na tabela periódica. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/e87551d0cd3f5a93732d761713476acf Exercícios 1) Quantos períodos e quantos grupos ou famílias existem na tabela periódica dos elementos? A) 18 e 7. B) 7 e 18. C) 8 e 10. D) 6 e 8. E) 9 e 8. 2) Comparando-se as propriedades periódicas dos elementos que compõem o KCl, assinale a alternativa correta. Dados: K (Z=19) e (Z=17). A) O potássio possui maior caráter metálico. B) O cloro possui menos eletronegatividade. C) O cloro tem maior raioatômico. D) O potássio tem maior eletroafinidade. E) O potássio tem maior potencial de ionização. 3) Os símbolos que representam os elementos químicos cobalto, cobre, potássio, prata e sódio são, respectivamente: A) Co, Cu, K, Ag, Na. B) C, Cu, Po, P, S. C) Co, Ce, Pt, Pr, Na. D) Ce, Cr, K, Ag, Si. E) C, Cr, Po, Ag, S. 4) Que nome recebem as famílias 13, 14, 15, 16, 17 e 18? A) Família do boro, do carbono, do nitrogênio, do oxigênio, do flúor e do hélio. B) Família do boro, do carbono, do nitrogênio, dos calcogênios, dos halogênios e dos gases nobres. C) Família do boro, do carbono, do nitrogênio, do oxigênio, do flúor e dos gases nobres. D) Família do boro, do carbono, do nitrogênio, do oxigênio, dos halogênios e dos gases nobres. E) Família do boro, do carbono, do nitrogênio, do calcogênio, do halogênio e do neônio. 5) Assinale a alternativa correta. Qual das alternativas abaixo apresenta um metal, um metaloide e um gás nobre, respectivamente? A) Na – Ge – He. B) K – Co – O. C) Ca – Sn – Xe. D) Cs – Fe – Kr. E) Al – Cu – N. Na prática A tabela periódica dos elementos químicos é a disposição sistemática dos elementos, na forma de uma tabela, em função de suas propriedades. É muito útil para que sejam previstas as características e tendências dos átomos. Permite, por exemplo, prever o comportamento de átomos e de suas moléculas formadas, ou entender por que certos átomos são extremamente reativos enquanto outros são praticamente inertes. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Tabela Periódica Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. Química Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Química geral Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! https://www.youtube.com/embed/qS1yXfh_6is?rel=0
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