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Plantas medicinais: histórico e conceitos APRESENTAÇÃO São consideradas plantas medicinais aquelas que têm, em um ou mais órgãos, substâncias utilizadas com finalidades preventivas ou curativas de diversas doenças. Os compostos quimicamente ativos responsáveis pela ação terapêutica são denominados princípios ativos. Historicamente, populações se utilizaram desse recurso terapêutico com o propósito de curar doenças e melhorar a condição de vida da população. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre plantas medicinais, que são utilizadas desde os primórdios da civilização por vários povos e de diversas maneiras. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os principais conceitos relacionados às plantas medicinais.• Especificar a aplicação terapêutica de algumas espécies vegetais.• Definir os principais critérios para a obtenção de drogas vegetais de qualidade.• DESAFIO É comum que pessoas se utilizem de plantas medicinais com os mais diversos objetivos terapêuticos. Recentemente, muitas reportagens têm exibido situações em que indivíduos chegam a óbito por uso inadequado de produtos naturais, principalmente com o objetivo de perda de peso. Veja, a seguir, alguns exemplos de situações como essas. Partindo dessas reportagens, faça uma breve relação entre os textos e o dizer popular de que "o que é natural não faz mal". Aproveite para citar alguns cuidados necessários para o uso consciente e correto de plantas medicinais. INFOGRÁFICO O uso de plantas medicinais tem apresentado grande crescimento e aceitação por parte da população em geral. No entanto, grande parte dos usuários de plantas medicinais, desconhecem informações importantes como as formas que se pode encontrar no comercio, as formas de uso e principalmente os fatores que podem comprometer a qualidade desse material. O uso de forma inadequada, as formas de preparo inadequadas e sem um bom controle de qualidade pode oferecer grande risco ao paciente. Nesse infográfico vamos conhecer essas características para que de forma segura a orientação ao paciente seja efetiva de fato. CONTEÚDO DO LIVRO As plantas medicinais são utilizadas pela população desde os tempos mais remotos, havendo registros em antigas civilizações como Índia, China e Egito. No entanto, frequentemente a população desconhece a forma correta de preparo e as indicações e contraindicações de cada espécie vegetal. Antes de serem disponibilizadas para comercialização e consumo, as drogas vegetais devem ser submetidas a análises de controle de qualidade, a fim de garantir a eficácia, segurança e qualidade das mesmas. No capítulo Plantas Medicinais: histórico e conceitos, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, veja o histórico e os principais conceitos relacionados ao uso de plantas medicinais, conheça a aplicação terapêutica de algumas espécies vegetais com informações de posologia e modo de usar, e veja algus critérios relacionados ao cultivo, colheita, secagem e controle de qualidade de drogas vegetais. Boa leitura. FARMACOBOTANICA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Identificar os principais conceitos relacionados às plantas medicinais. > Especificar a aplicação terapêutica de algumas espécies vegetais. > Definir os principais critérios para a obtenção de drogas vegetais de qua- lidade. Introdução As plantas são utilizadas pela população com propósitos terapêuticos desde milhares de anos antes da civilização cristã. No entanto, grande parte da popu- lação que faz uso de plantas medicinais desconhece os possíveis efeitos tóxicos decorrentes de seu uso, assim como a forma correta de preparo e as indicações e contraindicações de cada planta. As plantas medicinais podem ser disponibilizadas à população de diferentes formas, como in natura (planta fresca) e seca (passa pelas etapas de coleta, estabilização e secagem), e podem ser comercializadas nas formas íntegra, ra- surada, triturada ou pulverizada, desde que tenham sido submetidas a análises de controle de qualidade que comprovem que as drogas vegetais estão dentro das especificações desejadas. Neste capítulo, você vai conhecer os aspectos históricos e conceituais do uso de plantas medicinais, exemplos de aplicações terapêuticas de plantas medicinais com sua posologia, modo de usar, contraindicações e efeitos adversos, bem como os critérios relacionados à obtenção de drogas vegetais de qualidade. Plantas medicinais: histórico e conceitos Marcella Gabrielle Mendes Machado Aspectos históricos e conceituais Antes de adentrar o histórico do uso de plantas medicinais, é importante destacar alguns conceitos preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação às plantas e seus derivados. A Anvisa (2021, p. 10), define planta medicinal como “[...] a espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos e/ou profiláticos”, enquanto a fitoterapia consiste na terapia que utiliza plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, excetuando-se a utilização de substâncias ativas isoladas. Já as drogas vegetais são definidas pela Anvisa (2021, p. 7), como: “[...] plantas inteiras ou suas partes, geralmente secas, não processadas, podendo estar íntegras ou fragmentadas. Também se incluem exsudatos, tais como gomas, resinas, mucilagens, látex e ceras, que não foram submetidos a tratamento específico”. Ainda, há os conceitos de fitocomplexo e de fitoterápico. De acordo com a Anvisa (2021, p. 9), fitocomplexo é o “[...] conjunto de todas as substâncias, originadas do metabolismo primário e/ou secundário, responsáveis, em conjunto, pelos efeitos biológicos de uma planta medicinal ou de suas pre- parações”; enquanto o fitoterápico é definido como: [...] o produto obtido exclusivamente de matéria prima ativa vegetal (compreende a planta medicinal, ou a droga vegetal ou o derivado vegetal), exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa. Podendo ser simples, quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou com- posto, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal medicinal (ANVISA, 2021, p. 11). Tendo em vista esses conceitos, podemos partir para o histórico do uso das plantas medicinais, as quais são utilizadas pelos seres humanos para fins terapêuticos desde a Era Paleolítica. Existem registros sistematizados do uso de plantas medicinais que datam de milhares de anos antes da civilização cristã, em regiões como Índia, China e Egito. Ainda, há registros de canções de louvor às plantas em cerca de 3000 a.C. na Índia (SAAD et al., 2018). Na Índia, também surgiu o ayurveda durante o período de 2000–1000 a.C. Essa filosofia médica oriental utiliza as plantas medicinais como ferramentas terapêuticas e propõe que, para alcançar a felicidade, a vida humana deve estar em harmonia com as leis da natureza, sendo a saúde um estado de completude (ABRA, [2020]). Na China, por volta de 2500 a.C., o imperador Shen Nong compilou as bases da medicina chinesa em um livro denominado Pen Tsao, no qual foram registradas 365 drogas, incluindo plantas medicinais como o chá-da-índia Plantas medicinais: histórico e conceitos2 (Thea sinensi; atualmente catalogada como Camellia sinensis) e a efedra (Ephedra sinica). A medicina chinesa utiliza a fitoterapia no tratamento e na prevenção de doenças (SAAD et al., 2018). O Papiro de Ebers, descoberto no Egito pelo alemão Yorg Ebers no fim do século XIX, data de cerca de 1550 a.C. e constitui um tratado médico do antigo Egito que contém a descrição do uso de plantas medicinais e de procedimen- tos médicos. Nesse documento, foram registradas cerca de 700 substâncias medicamentosas, muitas das quais ainda são utilizadas e descritas em farma- copeias ocidentais, como o rícino (Ricinus communis), a hortelã (Mentha sp.), a papoula (Papaver somniferum), a mirra (Commiphora molmol) e oalecrim (Rosmarinus officinalis). Muitas das plantas medicinais descritas no Papiro de Ebers vinham de outras regiões (p. ex., Síria e Arábia) em decorrência do forte comércio entre regiões naquele momento histórico (SAAD et al., 2018). Nos povos antigos era muito comum a associação da terapêutica com práticas espirituais, sendo que muitos sacerdotes atuavam como médicos. Na Grécia Antiga, as práticas curativas utilizavam métodos mágico-terapêu- ticos acompanhados do uso de plantas medicinais, como os descritos nas poesias de Homero. A medicina grega antiga sofreu grande influência da medicina egípcia, que incluía a utilização de plantas medicinais provenientes do Egito e da Índia (SAAD et al., 2018). Pitágoras, por volta de 500 a.C., estudou como as drogas vegetais atuavam no organismo, o que levou à formulação das bases da medicina humoral e da dietética, as quais influenciaram Hipócrates, pai da medicina, alguns anos mais tarde. Hipócrates desmistificou a associação de cura pelo uso das plantas medicinais com forças sobrenaturais e deu início à medicina racional- -naturalista, descrevendo sinais, sintomas e a sazonalidade de doenças, bem como as influências do emocional e de condições de moradia na saúde dos pacientes (SAAD et al., 2018). Em 340 d.C., Teofrasto foi o primeiro a sistematizar e descrever os usos medicinais das plantas em seus tratados, o que influenciou fortemente a botânica antiga. Com a descoberta de novas regiões pelas grandes navegações no período da Renascença, novas drogas vegetais, assim como especiarias, foram adquiridas pela Europa, aumentando o seu potencial terapêutico (SAAD et al., 2018). Os estudos desenvolvidos pelo médico conhecido como Paracelso (1493- 1541), levaram a um novo entendimento a respeito das plantas medicinais, pelo qual, de acordo com Saad et al. (2018, p. 3), “[...] anunciou a noção de que a planta medicinal encerra um componente terapeuticamente ativo, suscetível de ser extraído por processo químico, e que o processo utilizado Plantas medicinais: histórico e conceitos 3 para isso era a destilação”. Naquela época, utilizava-se a planta medicinal inteira ou suas partes (p. ex., folhas e raízes). Ainda segundo Saad et al. (2018, p. 4): “[...] as práticas curativas da América pré-colombiana eram em grande parte de característica xamânica, em que o curador fazia uso de plantas psicoativas visando ao contato com o mundo espiritual, de onde viriam as indicações de cura”. No México, o manuscrito Libellus de Medicinalibus Indorum Herbis, que data de 1552, é o principal registro da medicina tradicional asteca pré-hispânica, onde estão descritos elementos da medicina indígena e das drogas utilizadas, que incluem plantas nativas, com influências da medicina galênica-hipocrática. Na África, as práticas curativas são interligadas com grande frequência às tradições religiosas e cósmicas, e o uso de plantas medicinais está sem- pre presente de forma relevante tanto em tratamentos quanto em rituais, cerimônias e processos de iniciação. Dentre as plantas de origem africana que são amplamente utilizadas, tem-se a garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens DC.), a cola (Cola acuminata Schott e Endl.) e o pigeum (Pygeum africanum Hook. f.) (SAAD et al., 2018). A partir do desenvolvimento da química medicinal e da síntese do ácido acetilsalicílico (Aspirina®), princípio ativo que foi obtido a partir da modifi- cação estrutural do ácido salicílico isolado da casca do salgueiro (Salix alba), as plantas medicinais passaram a ser utilizadas como matéria-prima para a obtenção de fármacos semissintéticos e como protótipos para a síntese de novas moléculas (SAAD et al., 2018). Atualmente, além de matéria-prima para fármacos semissintéticos, as plantas medicinais são utilizadas in natura (p. ex., chás de plantas medicinais) em preparações galênicas simples (p. ex., extratos fluidos e tinturas) e em formulações farmacêuticas com maior valor agregado, como os fitoterápicos (SIMÕES et al., 2017). Aplicação terapêutica de plantas medicinais Embora o uso de plantas medicinais tenha diminuído frente aos processos de industrialização e desenvolvimento de fármacos sintéticos, o seu uso pela população voltou a ganhar força nas últimas décadas. No entanto, grande parte da população que faz uso de plantas medicinais desconhece os pos- síveis efeitos tóxicos decorrentes de seu uso, assim como a forma correta de preparo e as indicações e contraindicações de cada planta. Por serem produtos de origem natural, há uma crença de que as plantas medicinais e os fitoterápicos não podem causar nenhum prejuízo à saúde do usuário, o Plantas medicinais: histórico e conceitos4 que, no entanto, não tem embasamento científico (BRASIL, 2019; BRUNING; MOSEGUI; VIANNA, 2012). O interesse crescente da população pela fitoterapia também tem levado os profissionais de saúde a buscar capacitação e conhecimento a fim de realizar prescrição e uso adequados de plantas medicinais e de fitoterápicos em seus atendimentos. Em resposta às demandas de prescrição e dispensação de plantas me- dicinais, drogas vegetais e fitoterápicos, foi publicado, em 2011, pela Anvisa, a 1ª edição do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. As formulações relacionadas nesse material podem ser manipuladas pelos esta- belecimentos autorizados para essa atividade seguindo a legislação vigente e servem de referência para o sistema de notificação da Anvisa. Em 2021, foi publicada a 2ª edição do formulário, na qual foram revisadas as monografias da 1ª edição e incluídas novas. Nessa mais recente edição, são apresentadas 85 monografias, com um total de 236 formulações (ANVISA, 2021). As formulações, indicações e demais informações relatadas pela Anvisa, são de extrema importância já que a literatura é muito rica em informações de resultados biológicos e experimentos in vitro e in vivo pré-clínicos de plantas medicinais, mas informações a respeito de resultados clínicos estão disponíveis em menor número, e, assim, plantas medicinais usadas a partir do conhecimento popular podem não apresentar resultados científicos que sugiram a sua indicação (CECHINEL FILHO; ZANCHETT, 2020). No Quadro 1, estão descritos alguns exemplos de plantas medicinais com sua posologia, modo de usar, indicações, contraindicações e efeitos adver- sos, que estão de acordo com a 2ª edição do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira elaborado pela Anvisa. Plantas medicinais: histórico e conceitos 5 Q ua dr o 1. T ab el a de p la nt as m ed ic in ai s No m en cl at ur a Pa rt e( s) ut ili za da (s )/ fo rm a de u ti liz aç ão Po so lo gi a e m od o de u sa r In di ca çõ es Co nt ra in di ca çõ es Ef ei to s ad ve rs os Ar ni ca (A rn ic a m on ta na ) Ca pí tu lo s In fu sã o: 3 g e m 1 50 m L (x íc . d e ch á) . Ap lic ar c om pr es sa na á re a a se r tr at ad a de 2 a 3 x ao d ia . Co m o an ti- -i nf la m at ór io e m tr au m as , c on tu sõ es , to rç õe s e ed em as po r f ra tu ra s e to rç õe s; h em at om as e eq ui m os e. N ão u til iz ar p or v ia or al , p oi s po de c au sa r ga st ro en te ri te s e di st úr bi os ca rd io va sc ul ar es , fa lt a de a r e m or te ; nã o ap lic ar e m fe ri da s ab er ta s; n ão us ar e m g es ta nt es e la ct an te s; e vi ta r o us o em p es so as al ér gi ca s ou c om hi pe rs en si bi lid ad e a pl an ta s da fa m íli a As te ra ce ae . Po de , e m c as os is ol ad os , p ro vo ca r re aç õe s al ér gi ca s na p el e, c om o ve si cu la çã o e ne cr os e; n ão ut ili za r p or p er ío do su pe ri or a 7 d ia s. Ba rb at im ão (S tr yp hn od en d ro m ad st ri ge ns )Ca sc a De co cç ão : 3 g e m 1 L de á gu a. Ap lic ar c om pr es sa s no lo ca l a fe ta do , 2 a 3x a o di a. Ci ca tr iz an te e an tis sé pt ic o tó pi co em le sõ es d e pe le e m uc os as b uc al e ge ni ta l. N ão d ev e se r ut ili za do e m le sõ es co m p ro ce ss o in fl am at ór io in te ns o. Plantas medicinais: histórico e conceitos6 No m en cl at ur a Pa rt e( s) ut ili za da (s )/ fo rm a de u ti liz aç ão Po so lo gi a e m od o de u sa r In di ca çõ es Co nt ra in di ca çõ es Ef ei to s ad ve rs os Ca rq ue ja (B ac ch ar is tr im er a) Pa rt es a ér ea s In fu sã o: 2 ,5 g e m 15 0 m L (x íc . d e ch á) . Ut ili za r 1 x íc . d e ch á, 2 a 3 x a o di a. Di sp ep si a N ão u til iz ar e m gr áv id as , p oi s po de pr om ov er c on tr aç õe s ut er in as ; e vi ta r o us o co nc om it an te co m m ed ic am en to s pa ra h ip er te ns ão e di ab et es ; e vi ta r o us o em p es so as al ér gi ca s ou c om hi pe rs en si bi lid ad e a pl an ta s da fa m íli a As te ra ce ae . O u so p od e ca us ar hi po te ns ão . Ca st an ha -d a- -í nd ia (A es cu lu s hi pp oc as ta nu m ) Se m en te s co m ca sc a De co cç ão : 1 ,5 g em 1 50 m L (x íc . d e ch á) . Ut ili za r 1 x íc . d e ch á, 2 x di a, lo go ap ós a s re fe iç õe s. Fr ag ili da de c ap ila r, in su fi ci ên ci a ve no sa (h em or ro id as e va ri ze s) . N ão u til iz ar d ur an te a gr av id ez e a la ct aç ão ; nã o us ar e m c as os de in su fi ci ên ci as he pá tic a e re na l, co m o ta m bé m e m ca so s de le sõ es d a m uc os a di ge st iv a em at iv id ad e. Al ta s do se s po de m ca us ar ir ri ta çã o do tr at o di ge st iv o, ná us ea e v ôm ito . (C on tin ua ) Plantas medicinais: histórico e conceitos 7 No m en cl at ur a Pa rt e( s) ut ili za da (s )/ fo rm a de u ti liz aç ão Po so lo gi a e m od o de u sa r In di ca çõ es Co nt ra in di ca çõ es Ef ei to s ad ve rs os Ca va lin ha (E qu is et um a rv en se e ou tr as e sp éc ie s) Pa rt es a ér ea s In fu sã o: 3 g e m 1 50 m L (x íc . d e ch á) . Ut ili za r 1 x íc . d e ch á, 2 a 4 x ao d ia . Ed em as (i nc ha ço s) po r r et en çã o de lí qu id os ; co ad ju va nt e no tr at am en to d a hi pe rt en sã o le ve . N ão d ev e se r ut ili za do p or p es so as co m in su fi ci ên ci a re na l e c ar dí ac a. O u so p or p er ío do su pe ri or a o re co m en da nd o po de p ro vo ca r do r d e ca be ça e an or ex ia ; a lt as do se s po de m pr ov oc ar ir ri ta çã o gá st ri ca , r ed uz ir os ní ve is d e vi ta m in a B1 e p ro vo ca r ir ri ta çã o no s is te m a ur in ár io . Ch ap éu -d e- co ur o (E ch in od or us m ac ro ph yl lu s) Fo lh as In fu sã o: 1 e m 1 50 m L (x íc . d e ch á) . Ut ili za r 1 x íc . d e ch á, 3 x ao d ia . Ed em as (i nc ha ço ) po r r et en çã o de líq ui do s e pr oc es so s in fl am at ór io s. N ão d ev e se r ut ili za do p or p es so as po rt ad or as d e in su fi ci ên ci a re na l e ca rd ía ca . N ão u til iz ar do se s ac im a da re co m en da da , po is p od e ca us ar di ar re ia . (C on tin ua çã o) Plantas medicinais: histórico e conceitos8 No m en cl at ur a Pa rt e( s) ut ili za da (s )/ fo rm a de u ti liz aç ão Po so lo gi a e m od o de u sa r In di ca çõ es Co nt ra in di ca çõ es Ef ei to s ad ve rs os Co lô ni a (A lp in ia ze ru m be t) Fo lh as s ec as Ti nt ur a 20 % To m ar 1 0 m L da tin tu ra d ilu íd os e m 75 m L de á gu a, 3 x ao d ia . Di ur ét ic o e an ti- -h ip er te ns iv o no s ca so s de hi pe rt en sã o ar te ri al le ve ; a ns io lít ic o le ve . N ão u sa r e m ge st an te s, la ct an te s, la ct en te s, c ri an ça s m en or es d e 2 an os , a lc oo lis ta s e di ab ét ic os . N o tr at am en to co m o e xt ra to hi dr oa lc oó lic o, fo i o bs er va do o au m en to d e tr an sa m in as es e HD L. Cú rc um a (C ur cu m a lo ng a) Ri zo m as Ti nt ur a 10 % 0, 5– 3 m L da tin tu ra , d ilu íd os em 5 0 m L de á gu a, 3x a o di a. Di sp ep si a e co m o an ti- in fl am at ór io . N ão d ev e se r u til iz ad o po r g es ta nt es , la ct an te s, p or pe ss oa s po rt ad or as de o bs tr uç ão d os du ct os b ili ar es e em c as o de ú lc er a ga st ro du od en al . (C on tin ua ) Plantas medicinais: histórico e conceitos 9 No m en cl at ur a Pa rt e( s) ut ili za da (s )/ fo rm a de u ti liz aç ão Po so lo gi a e m od o de u sa r In di ca çõ es Co nt ra in di ca çõ es Ef ei to s ad ve rs os Ge ng ib re (Z in gi be r of fic in al e) Ri zo m a In fu sã o/ d ec oc çã o: 0, 5– 1 g em 1 50 m L (x íc . d e ch á) . Ut ili za r 1 x íc . d e ch á, 2 a 4 x ao d ia . En jo o, n áu se a e vô m ito d a gr av id ez , de m ov im en to e pó s- op er at ór io ; di sp ep si as e m g er al . É co nt ra in di ca do pa ra p es so as c om cá lc ul os b ili ar es , ir ri ta çã o gá st ri ca e hi pe rt en sã o ar te ri al ; e vi ta r o us o em p ac ie nt es qu e es te ja m c om de so rd en s de co ag ul aç ão ; e vi ta r o us o em m en or es d e 6 an os . Gi ns en g (P an ax gi ns en g) Ra iz Ut ili za r 1 x íc . d e 1 a 3x a o di a. De co cç ão : 0 ,5 g e m 20 0 m L de á gu a. Es ta do d e fa di ga fí si ca e m en ta l, ad ap tó ge no . Ca ut el a ao u sa r e m ge st an te s e la ct an te s. Po de c au sa r ce fa le ia , d ia rr ei a e al er gi as . M ac el a (A ch yr oc lin e sa tu re io id es ) Ca pí tu lo s In fu sã o: 1 ,5 g e m 15 0 m L (x íc . d e ch á) . Ut ili za r 1 x íc . d e ch á, 2 a 4 x ao d ia . M á di ge st ão e có lic as in te st in ai s; co m o se da ti vo le ve e c om o an ti- in fl am at ór io . Ev it ar o u so em p es so as al ér gi ca s ou c om hi pe rs en si bi lid ad e a pl an ta s da fa m íli a As te ra ce ae . (C on tin ua çã o) Plantas medicinais: histórico e conceitos10 No m en cl at ur a Pa rt e( s) ut ili za da (s )/ fo rm a de u ti liz aç ão Po so lo gi a e m od o de u sa r In di ca çõ es Co nt ra in di ca çõ es Ef ei to s ad ve rs os Pl an ta go (P la nt ag o ov at a) Ca sc a da s em en te De co cç ão : 4 a 2 0 g di vi di da s em 2 a 3 do se s em a du lto s; em c ri an ça s, ut ili za r m et ad e da do se . M is tu ra r ra pi da m en te e m , pe lo m en os , 1 50 m L de á gu a fr ia p ar a ca da 5 g e e ng ol ir o m ai s rá pi do po ss ív el , n a ho ra da s re fe iç õe s. Tr at am en to de o bstip aç ão oc as io na l e c om o ad ju va nt e de di et a de b ai xa go rd ur a pa ra hi pe rc ol es te ro le m ia le ve e m od er ad a. Cr ia nç as m en or es de 6 a no s; n ão u sa r em p ac ie nt es c om hi pe rs en si bi lid ad e ao in gr ed ie nt e; n ão ad m in is tr ar a nt es de d ei ta r; nã o us ar em in dí ci os d e ob st ru çã o in te st in al ; di st an ci ar d e ou tr os m ed ic am en to s pa ra nã o at ra pa lh ar ab so rç ão . Po de o co rr er fl at ul ên ci a, di st en sã o ab do m in al e ri sc o de o bs tr uç ão es of ag ia na o u in te st in al ; h á ri sc os de re aç õe s al ér gi ca s se o p ro du to fo r in al ad o, in cl us iv e an af ila xi a. Q ue br a- pe dr a ( P hy lla nt hu s ni ru ri ) Pa rt es a ér ea s In fu sã o: 3 g e m 1 50 m L (x íc . d e ch á) . Ut ili za r 1 x íc . d e ch á, 2 a 3 x ao d ia Li tía se re na l, pa ra a ux ili ar n a el im in aç ão d e cá lc ul os re na is pe qu en os . Co nt ra in di ca do na e lim in aç ão d e cá lc ul os g ra nd es ; n ão ut ili za r n a gr av id ez . Em c on ce nt ra çõ es ac im a da re co m en da da , p od e oc as io na r d ia rr ei a e hi po te ns ão (p re ss ão ba ix a) . Fo nt e: A da pt ad o de B ra si l ( 20 19 ). Plantas medicinais: histórico e conceitos 11 Obtenção de drogas vegetais As plantas medicinais podem ser disponibilizadas à população nas formas in natura, seca e como fitoterápico manipulado ou industrializado. A planta medicinal in natura, como já vimos, consiste na planta fresca, coletada no momento do uso, enquanto a planta medicinal seca (ou suas partes) passa pelos processos de coleta, estabilização (quando aplicável) e secagem, po- dendo ser disponibilizada na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. A planta medicinal in natura pode ser obtida de hortos medicinais ou de produtores com alvará de órgãos competentes para essa atividade, se- guindo as normas de boas práticas de cultivo, que incluem uma adequada qualidade do ar, do solo e da água. O uso de adubos químicos e agrotóxicos no cultivo de plantas medicinais deve ser evitado, uma vez que eles podem alterar a composição da planta e levar à perda de seu valor medicinal, ou até mesmo provocar efeitos colaterais ou tóxicos. Além disso, o cultivo da planta medicinal deve ser feito a partir de sementes e mudas certificadas, apresentando a devida identificação botânica realizada por um especialista (BRASIL, 2012; SAAD et al., 2018). As espécies cultivadas podem ser nativas ou exóticas, e geralmente estão relacionadas pelos órgãos de saúde nacional, estadual ou municipal. Plantas medicinais que são amplamente utilizadas pela população local também podem ser fornecidas pelos hortos, desde que seus usos terapêuticos sejam validados (BRASIL, 2012). Quanto à colheita, Saad et al. (2018) afirmam que, ao interromper os processos naturais de autoconservação da planta, deve-se iniciar a sua estabilização o mais rápido possível se a planta medicinal não for utilizada imediatamente, a fim de evitar a deterioração das substâncias com atividade terapêutica. Além disso, a planta deve ser colhida nas estações do ano indica- das, em dias com ausência de chuva, podendo ter horários pré-estabelecidos de acordo com a espécie. O processo de secagem pode ser realizado sob o sol da manhã ou do fim da tarde, à sombra ou em estufa de corrente de ar seco, com temperatura controlada (método mais recomendado). A planta seca deve ser processada atendendo às exigências sanitárias, em estabelecimentos com infraestrutura adequada (SAAD et al., 2018; BRASIL, 2012). A planta in natura é normalmente utilizada na forma de chás e obtidas pela extração por meio de água quente, preparadas para uso imediato a partir de plantas frescas ou secas. Dependendo da parte da planta utilizada e dos seus constituintes ativos, são preparados por infusão ou por decocção. Plantas medicinais: histórico e conceitos12 A planta seca é dispensada com prescrição ao usuário, que pode, de maneira semelhante à planta in natura, prepará-la por meio de infusão ou decocção. A infusão é indicada para as drogas vegetais de consistência mais flexível, como folhas, flores e frutos, e, nesse método de preparação, a água morna ou fervente é vertida sobre a droga vegetal sólida, com abafamento do recipiente por um determinado tempo. Já a decocção é indicada para drogas vegetais de consistência mais rígida, como caule, raízes e rizomas, e, nesse processo, a planta é deixada em contato com a água potável em ebulição por um determinado tempo (ANVISA, 2021). Controle de qualidade As empresas que comercializam plantas medicinais devem atender à RDC nº 26/2014, que dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. De acordo com essa resolução, as plantas medicinais sob a forma de droga vegetal são dispensadas de registro, porém são passíveis de notificação, devendo atender aos requisitos da categoria de produto tradicional fitoterápico. A fim de garantir que a droga vegetal apresente eficácia, segurança e qualidade para sua devida comercialização e consumo, análises de controle de qualidade que comprovem que a droga vegetal está dentro das especificações desejadas devem ser realizadas. De a cordo com a RDC nº 26 (BRASIL, 2014), o laudo de análise da droga vegetal deve conter as seguintes informações: � caracterização (cor); � identificação macroscópica e microscópica; � descrição da droga vegetal em farmacopeias ou em outra documen- tação técnico-científica reconhecidas pela Anvisa; � grau de cominuição (para drogas vegetais disponibilizadas como pro- duto final ao consumidor); � testes de pureza e integridade que incluem: ■ determinação de matérias estranhas; ■ determinação de água; ■ determinação de cinzas totais; ■ determinação de cinzas insolúveis em ácido clorídrico (se aplicável); ■ determinação de metais pesados; ■ determinação de resíduos de agrotóxicos e afins; ■ determinação de radioatividade (se aplicável); ■ determinação de contaminantes microbiológicos; Plantas medicinais: histórico e conceitos 13 ■ determinação de micotoxinas (se aplicável); � detalhes da coleta/colheita e das condições de cultivo; � métodos de estabilização, secagem e conservação utilizados (se aplicável); � método para eliminação de contaminantes (se aplicável); � perfil cromatográfico, contendo a imagem reconhecida pela Anvisa, com comparação que possa garantir a identificação da droga vegetal. A droga vegetal dessecada pode ser utilizada como fitoterápico nas formas de pó dividido para a preparação de chás e/ou adição a alimentos, ou, ainda, como pó para encapsulação. Ela também pode passar pelo processo de extração, em que ocorre a dissolução parcial da droga em um determinado solvente, sendo que esse é capaz de dissolver apenas alguns constituintes da droga, restando uma grande parte sem dissolver (resíduo). A extração de plantas medicinais é frequentemente utilizada na indústria farma- cêutica, na produção de perfumes e na área alimentícia. É a partir do processo de extração que são obtidos determinados óleos industriais e comestíveis, assim como pigmentos (VEGGI, 2009). A partir do conteúdo deste capítulo, foi possível conhecer o histórico do uso de plantas medicinais, passando pelas antigas civilizações como Índia, China e Egito, até os dias atuais, bem como alguns conceitos que devem ser distinguidos, como planta medicinal, droga vegetal, fitoterápico e fitocom- plexo. Para nortear o profissional ao propor terapias com plantas medicinais, alguns exemplos de plantas medicinaiscom sua posologia, modo de usar, indicações, contraindicações e efeitos adversos foram apresentados. Por fim, a obtenção de drogas vegetais, abordando aspectos de cultivo, colheita, secagem, assim como o seu controle de qualidade foram também discutidos. Referências ABRA. Ayurveda ou medicina ayurvedica. Rio de Janeiro: ABRA, [2020]. Disponível em: https://ayurveda.org.br/a-abra/o-que-e-ayurveda/. Acesso em: 10 abr. 2021. ANVISA. Formulário de fitoterápicos da farmacopeia brasileira. 2. ed. Brasília: Anvisa, 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/praticas_integrativas_complementa- res_plantas_medicinais_cab31.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. Plantas medicinais: histórico e conceitos14 BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 26, de 13 de maio de 2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. Brasília: MS, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov. br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. BRASIL. Plantas medicinais e fitoterápicos. 4. ed. São Paulo: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2019. Disponível em: http://crfsp.org.br/images/ cartilhas/PlantasMedicinais.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. BRUNING, M. C. R.; MOSEGUI, G. B. G.; VIANNA, C. M. M. A utilização da fitoterapia e de plantas medicinais em unidades básicas de saúde nos municípios de Casca- vel e Foz do Iguaçu-Paraná: a visão dos profissionais de saúde. Ciência & saúde coletiva, v. 17, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- -81232012001000017&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 10 abr. 2021. CECHINEL FILHO, V.; ZANCHETT, C. C. C. Fitoterapia avançada: uma abordagem química, biológica e nutricional. Porto Alegre: Artmed, 2020. SAAD, G. A. et al. Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. SIMÕES, C. M. O. et al. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. Porto Alegre: Artmed, 2017. VEGGI, P. C. Obtenção de extratos vegetais por diferentes métodos de extração: estudo experimental e simulação dos processos. 2009. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Plantas medicinais: histórico e conceitos 15 DICA DO PROFESSOR Historicamente o uso de plantas medicinais desperta o interesse de muitas pessoas. Conhecer aspectos relacionados ao histórico e uso de plantas medicinais permite ao profissional uma orientação mais segura quanto ao seu uso e suas características. Nessa dica do professor vamos falar um pouco sobre o histórico e as principais características envolvendo os cuidados necessáriosno cultivo, manejo e preparo de plantas medicinais com o intuito terapêutico. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) É bastante comum que ao se falar de plantas medicinais, alguns conceitos sejam de fato confundidos e, na maioria das vezes, aplicados de forma errônea. Quando falamos em um produto obtido exclusivamente de matéria prima ativa vegetal ompreende a planta medicinal, ou a droga vegetal ou o derivado vegetal), exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa. Podendo ser simples, quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal medicinal estamos aplicando o conceito de: A) Farmacógeno B) Fitocomplexo C) Droga vegetal D) Fitoterápico E) Planta medicinal 2) O uso de plantas medicinais sempre foi marcado pelo sobrenatural e espiritual. Muitas culturas associavam a cura promovida pelo uso de ervas a divindades e/ou entidades que operavam por meio das plantas. As bases científicas foram definidas por meio de utilização racional e com descrição mais precisa de condições patológicas por meio da racionalidade. Assinale o responsável pela utilização racional e pela criação da medicina racional- naturalista. A) Hipócrates B) Shen-Nung C) Teofrasto D) Yorg Ebers E) Pitágoras 3) Mesmo com o forte avanço nas pesquisas envolvendo o desenvolvimento de drogas sintéticas, a utilização de plantas medicinais ainda é bastante comum. Sobre a utilização de plantas medicinais, avalie as assertivas abaixo e assinale a alternativa que atenda às assertivas: I – O uso de plantas medicinais teve um aumento nas ultimas décadas POIS II – por se tratar de um produto natural, não apresenta efeitos colaterais. A) As assertivas I e II estão corretas, e a II justifica a primeira. B) A assertiva I está correta, e a II incorreta. C) As assertivas I e II estão corretas, no entanto a II não justifica a I. D) As assertivas I e II estão incorretas. E) Assertiva I está incorreta, e a II está correta. 4) 4 - O uso de plantas medicinais deveser cientificamente embasado pois somente assim, é possível fornecer informações seguras quanto a posologia, forma de utilização e reais atividades terapêuticas. Partindo dos conhecimentos apresentados pelo Formulário nacional de plantas medicinais, associe as colunas de acordo com a indicação farmacológica das plantas medicinais: Coluna I I- stryphnodendrom adstrigens II- aesculu hippocastanun III- echinodorus macrophyllus IV- curcuma longa Coluna II a - Fragilidade capilar, insuficiência venosa (hemorroidas, varizes.) b- Cicatrizante e antisséptico tópico em lesões de pele e mucosas bucal e genital. c- Edemas (Inchaço) por retenção de líquidos e processos inflamatórios. d- Dispepsia e como anti-inflamatório. A) I A – II B – III C – IV D. B) I B – II A – III C – IV D. C) I D – II C – III A – IV B. D) I D – II A – III B – IV C. E) I C – II D – III A – IV B. 5) Um dos fatores que asseguram a comercialização ideal de plantas medicinais, é o laudo de análise de controlede qualidade de drogas vegetais. Assinale abaixo os itens que constem testes de controlede qualidade obrigatorios a uma planta hipotética: A) Peso médio, determinação de cinza totais e determinação de metais totais. B) Densidade, determinação de cinzas totais e determinação de metais pesados. C) Determinação de agrotóxicos e afins, peso médio e determinação de metais pesados. D) Determinação de cinzas totais, solubilidade e determinação de metais pesados. E) Determinação de cinzas totais, determinação de metais pesados e identificação microscópica e macroscópica. NA PRÁTICA Em 2009, foi publicada pelo Ministério da Saúde a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), evidenciando a importância do uso de plantas medicinais para a população. A seguir, veja como a etnobotânica pode ser utilizada no SUS. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Utilização popular de plantas medicinais para tratamento e controle da hipertensão arterial: uma revisão integrativa As plantas medicinais são utilizadas por diversas populações com o objetivo de tratar as mais diferentes patologias. Neste artigo de revisão, conheça algumas plantas medicinais com propriedades terapêuticas no tratamento da hipertensão. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Plantas medicinais – Globo Repórter O conhecimento popular tem a capacidadede fornecer conhecimento para que plantas sejam utilizadas pela ciência para o desenvolvimento de medicamentos seguros e eficazes. Neste vídeo, veja um pouco mais sobre essa potente farmácia natural como recurso terapêutico. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Interação pessoas x plantas na Amazônia: etnobotânica histórica e arqueobotânica Etnobotânica é uma ciência de grande importância, pois relaciona o ser humano ao uso de plantas nas mais diversas áreas de atuação. Neste vídeo, veja a rica discussão sobre a interação entre o ser humano e as plantas medicinais da Amazônia. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Revisão integrativa aplicada a levantamentos etnobotânicos de plantas medicinais no Brasil Compreender o uso de plantas medicinais diz muito a respeito de compreender o biossistema em que essa planta cresce. Leia este artigo e conheça um pouco mais sobre a complexidade de biomas brasileiros e a relação com os estudos envolvendo plantas medicinais. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! A valorização das plantas medicinais como alternativa à saúde: um estudo etnobotânico Apesar de o conhecimento popular ser uma fonte rica de informações quanto ao uso de plantas medicinais, muitas pessoas ainda não conhecem a grande riqueza de conhecimentos que essa sabedoria oferece à saúde de toda a comunidade. Leia este artigo e conheça um pouco mais sobre a importância do conhecimento sobre o uso de plantas medicinais. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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