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AULA 8 2AF SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE I @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES IRRUPÇÃO DENTÁRIA É a perfuração do tecido gengival e o “aparecimento” do dente na cavidade bucal. ERUPÇÃO DENTÁRIA Processo de migração intraóssea para uma posição funcional na cavidade bucal, até o momento de sua perda. → Movimento dentário pré-eruptivo ou fase préérupitiva. → Movimento dentário eruptivo ou fase eruptiva (fase de erupção intraóssea, penetração na mucosa e erupção oclusal) → Movimento dentário pós-erupitivo ou fase pós- eruptiva (fase de erupção pós-oclusal) Concomitantemente existe a transição da dentição decídua para a permanente com a queda ou esfoliação dos dentes decíduos. FASE PRÉ-ERUPTIVA → Esta fase estende-se desde o início da diferenciação do germe dentário até a formação completa da coroa (fase intra-óssea). → Movimentos são essenciais para que os germes possam alcançar uma posição favorável nos maxilares em fase de crescimento. → Quando os germes dos outros dentes decíduos se diferenciam há amplo espaço entre eles. → Devido ao rápido desenvolvimento, este espaço disponível é utilizado, provocando um apinhamento, particularmente na região dos incisivos e caninos. MOVIMENTO DE CORPO (germe dentário se move por completo) → Apinhamento é gradativamente aliviado pelo crescimento dos maxilares, permitindo ao germe dos 2° molar decíduo movimentar-se para posterior e os germes dos dentes decíduos anteriores para anterior. → Ao mesmo tempo os germes movimentam-se também conjuntamente, para oclusal (para compensar o aumento em altura) e vestibular ( para compensar o aumento em largura). → No início do período os dentes permanentes começam a se formar por lingual dos dentes decíduos, ao nível incisal. → Enquanto os antecessores decíduos erupcionam, os permanentes movem-se para uma posição mais apical e acabam ocupando suas próprias criptas ósseas. FASE ERUPTIVA → Nessa fase, o germe dentário se desloca para a cavidade oral. → A fase de erupção intra-óssea corresponde ao deslocamento do germe dentário a partir da sua posição inicial na cripta óssea até sua penetração na mucosa oral. → Como o deslocamento se realiza dentro dos ossos da maxila e mandíbula, a formação e a reabsorção seletivas das paredes da cripta óssea constituem os principais eventos desta fase. → Durante essa fase, ocorrem alterações significantes de desenvolvimento que incluem: • Formação das raízes; • Formação do ligamento periodontal; • Formação da junção dentogengival; FORMAÇÃO DA RAIZ: → Inicia-se com a proliferação da bainha epitelial radicular de Hertwig. → A raiz em formação inicialmente desenvolve-se em direção ao assoalho da cripta óssea. → Entretanto, como o início do movimento eruptivo cria-se um espaço para a raiz em desenvolvimento, e AULA 8 2AF SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE I @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES não mais ocorre reabsorção no assoalho da cripta. → Há perda e tecido conjuntivo interposto entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e o epitélio bucal. → Os dois epitélios proliferam e formam um cordão sólido de células antes da erupção. → As células centrais dessa massa epitelial degeneram formando-se um canal forrado por epitélio, através do qual o dente irrompe, sem qualquer hemorragia. FASE ERUPTIVA→ PENETRAÇÃO NA MUCOSA → Dente irrompe e continua com a mesma velocidade até atingir o plano oclusal. → A formação da raiz não está completa e, devido a restrição de movimento adicional é acomodado pela remoção de osso no assoalho do alvéolo. → Uma vez na cavidade bucal o dente passa a sofrer influências dos fatores ambientais que auxiliam o seu posicionamento final no arco dentário. Esses fatores são: língua, lábios, bochechas, forças de contato. FASE PÓS-ERUPTIVA → Inicia-se quando o dente entra em oclusão com seus oponentes e termina com a esfoliação do dente decíduo ou de sua remoção quando este permanece retido por um longo período na cavidade bucal. → Os movimentos dentários pós-eruptivo visam manter a posição do dente, enquanto os ossos basais continuam a crescer ao mesmo tempo que compensam os desgastes oclusal e proximal. TEORIAS DA ERUPÇÃO DENTÁRIA → Há muitas dúvidas sobre o mecanismo de erupção; → Diversas teorias são sugeridas; → Movimento dentária deve-se á combinação de vários fatores; → O dente se desloca em várias direções, não somente no seu longo eixo. → Predominância do deslocamento axial em sentido oclusal. → Remodelação óssea; → Crescimento radicular; → Pressão vascular; → Tração do ligamento periodontal; → Folículo e Retículo Estrelado; REMODELAÇÃO ÓSSEA → Consequência das pressões geradas pelo movimento eruptivo do dente. → Tecido ósseo sofre constante remodelação – aposição e reabsorção → No caso do osso alveolar, segue o padrão do movimento eruptivo dentária → A remodelação óssea da cripta é importante para a erupção Consequência da pressão gerada pelo movimento do dente FORMAÇÃO RADICULAR → Sabe-se que o dente percorre uma distância maior do que o comprimento de suas raízes totalmente formadas. → Até mesmo erupcionam após a formação da raiz → Por isso não é possível considerar o crescimento radicular como único responsável pela erupção dentária. → Entretanto, é provável que a formação da raiz tenha efeito no aumento da velocidade de erupção. PRESSÃO VASCULAR → Dentes movimentam-se em sincronia com o pulso arterial. → Modificações volumétricas locais podem provocar uma movimentação dentária limitada. → A substância intercelular pode intumescer (50%) e a pressão diferencial pode ser suficiente paraprovocar Os dentes permanentes, entretanto, possuem uma característica anatômica adicional, o canal gubernacular, e o seu conteúdo, o cordão gubernacular, que tem como função guiar o dente permanente durante a sua erupção. AULA 8 2AF SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE I @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES movimentação dentária. → É discutível se tais pressões dão início á movimentação dentária, pois a extração da raiz não inibiu a erupção dentária. TRAÇÃO DO LIGAMENTO PERIODONTAL → Fibroblastos do ligamento são capazes de contrair e transmitir a força contrátil ao meio extracelular e aos feixes de fibras colágenas; → Essas células possuem filamentos contráteis que em contato uns com os outros, permitem somatória das forças de contração e alinhados em inclinação apropriadas, levam ao movimento eruptivo. CRESCIMENTO DO TECIDO PULPAR → Pressões hidrostástias e apical da polpa ancorada na base alveolar seriam responsáveis pela movimentação e erupção. → O tecido entre a câmara pulpar e a base são forçados, expulsando o fluido de circulação para permitir o aumento do volume dos espaços tissulares. → É um processo que dependeria da erupção e não seria seu causador. → Além disso, experiências demostram o prosseguimento da erupção após a necrose pulpar. PAPEL FOLÍCULO DENTÁRIO E DO ESTRELADO → Acelera o processo de erupção TEORIAS MAIS ACEITAS DA ERUPÇÃO DENTÁRIA → Crescimento radicular; → Formação do ligamento periodontal; → Remodelagem da cripta óssea; → Ação conjunta do folículo dentário com o retículo estrelado; ESTÁGIO DE NOLLA FATORES QUE INFLUENCIAM A ERUPÇÃO → Relativos ao indivíduo e ao ambiente; → Sistêmicos; → Locais; RELATIVOS AO INDIVÍDUO E AO AMBIENTE → Quando a variação da erupção relativa ao sexo, na dentição decídua, a maioria dos autores concorda que não há diferença entre ambos. → Na dentição permanente sabemos, que a erupção AULA 8 2AF SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE I @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES nas meninas é mais precoce que nos meninos, havendo em alguns casos diferenças acentuadas. → O ambiente pode provocar mudanças na cronologia. Por exemplo: crianças que moram em grandes centros tem erupção mais precoce que as da zona rural. → Outro fator que influenciam na erupção é a desnutrição. Quando isso ocorre, geralmente na dentição decídua, estão relacionados a carência de vitaminas A, C e D. (redução da erupção) → O fator de maior variação é relativo a raça e ao país, bem como a posição geográfica. → Crianças que nascem e vivem em países cuja temperatura média anual é baixa parece haver um discreto retardo quando comparadas com aqueles nascidos em países tropicais. SISTÊMICAS → Disfunções endócrinas (hipopituitarismo, hipotireoidismo, gigantismo, cretinismo, acondroplasia, mixedemia juvenil, hipogonadismo, entre outras): atrasam a erupção da dentição permanente. → Excesso de funcionamento das glândulas tireóide e pituitária geralmente provoca erupção precoce dos dentes. → Síndrome de Down: Alterações na sequência de erupção, bem como atraso de erupção dos dentes decíduos e permanentes. → Disostose cleido-craniana: dentes decíduos erupcionam normalmente, entretanto, sua esfoliação é excessivamente retardada, atrapalhando a erupção dos dentes permanentes. LOCAIS → Hematoma de erupção (ou cisto de erupção): • discreto retardo da erupção; • na maioria dos casos a solução é natural; → Anquilose: • Dente em infra-oclusão • É observada com maior frequência nos molares decíduos inferiores; • Etiologia da anquilose na dentição decídua é desconhecida (padrão hereditário?) → Dentes inclusos que não irrompem por perda da força eruptiva; → Dentes impactados não irrompem devido á presença de uma barreira mecânica no seu caminho eruptivo; → Os mais comuns são os terceiros molares da maxila e mandíbula, seguidos por caninos superiores e pré-molares supranumerários. → Dependendo da época na qual se remove o dente decíduo, a erupção do permanente é alterada. → Se o dente decíduo for removido quando ainda houver grande quantidade de osso sobre o dente permanente, este sofrerá retardo na sua erupção. → Se o dente decíduo for removido no período da dentição mista e com extensa perda óssea, o dente permanente acelera a erupção; RIZÓLISE → Processo normal de reabsorção radicular → Tempo mais ou menos prolongado → Início entre 3 a 4 anos antes do dente sofrer a esfoliação → Grupo dos dentes observados • O processo fisiológico → resulta → eliminação → decíduos → esfoliação ou substituição de dentições MECANISMO DA ESFOLIAÇÃO → Atividade osteoclástica → coroa do dente permanente → raiz do decíduo → tecido mole intermediário → produzindo odontoclasia-erosão dos tecidos duros AULA 8 2AF SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE I @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES dos dentes muito similar a osteoclasia que ocorre nos ossos. → cemento trocas tissulares → dentina → osso → tecido periodontal desorganiza-se feixes fibrosos principais apical óbliquo horizontal → soltam-se do osso alveolar e o cemento é reabsorvido• vasos sanguíneos → comprimidos → aceleração a reabsorção → polpa dentária → última parte atingida → pressão do dente sucessor → preponderante • os odontoclastos se diferenciam em locais de pressão predizíveis • decíduos mineralizados • matriz orgânica → Sucessor ausente – esfoliação atrasada mastigação • exerce forças em maior magnitude sobre o dente decíduo • ligamento periodontal não suporta • levando a um trauma do ligamento e ao ínicio da reabsorção → 2 fatores • combinação – determina o padrão e a velocidade de reabsorção • reabsorção provocada pela pressão do dente sucessor progressiva perda da área de inserção dos feixes de fibras do ligamento periodontico • aumento das forças oclusais → crescimento da musculatura da mastigação CLINICAMENTE: → reabsorção • precoce → perda prematura dos decíduos • reabsorção retardada → uniforme e simétrica → Ectópicas LOCAIS → retardo • resto de raizes • agenosia do permanente • permanente impactado • permanente anquilosado • supranumerário • tumor odontogênico → aceleração: • restaurações em excesso • tratamentos endodônticos • cáries profundas • necrose pulpar • abscessos SISTÊMICOS → retardo: • hipotireoidismo • hipopituitarismo • disostose cleido-craniana • flúor → aceleração: • querubismo • síndrome de Down • hipofostasia • pseudo-hipofosfatasia • tumores benignos • malignos dos ossos maxilares REABSORÇÕES PATOLÓGICAS → reabsorção interna: • trauma • perfuração da coroa • procedimentos endodônticos → reabsorção externa: • traumatismo • deslocamento do dente
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