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Curso Técnico em 
Secretaria Escolar 
 
Relações Interpessoais 
Micheline Xavier de Moura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Técnico em 
Secretaria Escolar 
 
Relações Interpessoais 
Micheline Xavier de Moura 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
2.ed. | Setembro 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Kátia Karina Paulo dos Santos 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
 
Professor Autor 
Micheline Xavier de Moura 
 
Revisão 
Micheline Xavier de Moura 
 
Coordenação de Curso 
Iracema Cristina Batista da Silva 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .................................................................................................................................... 5 
1.Competência 01 | Aprender a lidar com os diversos tipos de personalidades ............................. 6 
1.1 Conceito de personalidade ........................................................................................................................ 6 
1.2 Teorias da personalidade .......................................................................................................................... 8 
1.3 Personalidade no ambiente de trabalho ................................................................................................. 10 
1.4 Inteligência emocional ............................................................................................................................ 14 
2.Competência 02 | Saber resolver os conflitos no ambiente de trabalho .................................... 19 
2.1 Conflito .................................................................................................................................................... 19 
2.2 Tipos de conflito ...................................................................................................................................... 23 
2.3 Conflito na escola .................................................................................................................................... 25 
2.4 A comunicação no ambiente de trabalho ............................................................................................... 28 
2.5 Mediação de conflitos no ambiente escolar ........................................................................................... 29 
2.6 Mediador ................................................................................................................................................. 32 
2.7 Perfil do mediador ................................................................................................................................... 33 
3.Competência 03 | Desenvolver a capacidade de compreender e incentivar pessoas, para o 
trabalho individual e em grupo .................................................................................................... 35 
3.1 Capacidade de compreender .................................................................................................................. 35 
3.2 Empatia ................................................................................................................................................... 38 
3.3 Motivação ................................................................................................................................................ 41 
3.4 Trabalho individual e em grupo .............................................................................................................. 46 
4.Competência 04 | Compreender a importância da boa relação interpessoal para construção de 
uma gestão escolar democrática ................................................................................................. 50 
4.1 Relação interpessoal ............................................................................................................................... 50 
4.2 Gestão democrática na escola ................................................................................................................ 55 
4.3 O papel do gestor escolar ........................................................................................................................ 59 
5. Competência 05 | Entender a importância de cada segmento da comunidade escolar para o bom 
convívio com a diversidade ......................................................................................................... 64 
5.1 O papel da escola .................................................................................................................................... 65 
5.2 Preconceito, racismo e discriminação ..................................................................................................... 67 
5.3 A importância de cada segmento ............................................................................................................ 70 
5.4 Diversidade na escola .............................................................................................................................. 74 
Conclusão .................................................................................................................................... 78 
Referências ................................................................................................................................. 81 
Minicurrículo do Professor .......................................................................................................... 86 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Introdução 
Caro(a) estudante, 
Com alegria que lhes são dadas as boas vindas à disciplina de Relações Interpessoais, a 
qual consiste em um estudo do âmbito da Sociologia e da Psicologia, que implica nas relações sociais 
estabelecidas entre duas ou mais pessoas no contexto em que estão inseridas, seja na família, na 
escola, no trabalho ou na comunidade. 
Com esta disciplina você terá a oportunidade de desenvolver habilidades que te ajudarão 
a lidar com diferentes tipos de personalidades, sendo essa a temática abordada na Competência 1, 
que dará início ao seu estudo e na qual você aprenderá o conceito de personalidade e as teorias da 
personalidade; assim como a diferenciar os diferentes tipos de personalidade que podem ser 
encontrados no ambiente de trabalho, além de lhes serem trazidos esclarecimentos pertinentes 
acerca da inteligência emocional. 
Já na Competência 2 é feita uma abordagem sobre a resolução de conflitos no ambiente 
de trabalho, diante da qual você aprenderá acerca dos conflitos e dos diferentes tipos de conflitos 
que podem surgir no ambiente de trabalho, tendo-se de modo mais específico aquele que ocorre no 
ambiente escolar. Você também estudará acerca da importância da comunicação no ambiente de 
trabalho e da mediação dos conflitos no ambiente escolar, tendo como foco a figura do mediador e 
o seu perfil. 
Com a Competência 3 lhes serão passados subsídios para o desenvolvimento da 
capacidade de compreender e incentivar as pessoas para o trabalho individual e coletivo, diante da 
qual você estudará não só a acerca da importância de se compreender o outro, mas também do 
autoconhecimento dentro das relações interpessoaisno ambiente de trabalho, bem como do uso da 
empatia e da motivação. 
Já na Competência 4 será mostrada a importância de um bom relacionamento 
interpessoal para a construção de uma gestão escolar democrática. 
Por fim, espera-se que com a Competência 5 você passe a entender sobre a importância 
de cada segmento da comunidade escolar para o estabelecimento de um bom convívio com a 
diversidade. 
E aí, está preparado(a) para dar início a essa jornada de conhecimentos? 
Então, vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
6 
1.Competência 01 | Aprender a lidar com os diversos tipos de 
personalidades 
Olá! Agora você dará início a mais uma jornada de conhecimentos. Preparado(a)? 
Nesta competência você vai estudar acerca dos diferentes tipos de personalidades. Mas 
antes de você iniciar o processo de aprendizagem veja o seguinte questionamento: 
 
A fim de te ajudar a responder a essa pergunta, dar-se início a este estudo apresentando 
algumas considerações acerca do conceito de personalidade. Vamos lá?! 
 
1.1 Conceito de personalidade 
Quanto à sua origem, a palavra “personalidade” vem do latim “persona” e refere-se às 
máscaras utilizadas pelos atores, na Antiguidade, com a finalidade de dar voz e representar um 
determinado personagem. 
Logo, ao se reportar para a Grécia Antiga você verificará que na encenação de seus papeis 
o uso de máscaras pelos atores dava-se com o objetivo de tornar claro que as características do 
personagem por eles encenadas não eram suas, mas sim do personagem. 
 
Figura 1 – Máscaras teatrais da Grécia Antiga 
Fonte: https://culturalizando.blog/2019/10/09/teatro-na-grecia-antiga-o-inicio-de-tudo/ 
O que é personalidade para você? 
 
 
 
 
 
 
7 
Descrição: Nesta figura é visto, ao fundo e com destaque, uma parede onde se encontram expostas diversas máscaras 
denotando diferentes emoções (medo, alegria, raiva, angustia, desdém, entre outros), assim como alguns quadros 
talhados em pedra, e, na frente desta parede visualizam-se diversos tipos de estatuas, todas elas retratando a parcela 
da história do teatro na Grécia antiga. 
 
Assim, ao se pensar em um conceito de personalidade pode-se colocar: 
 
Com isso você poderá compreender que a personalidade envolve um conjunto de 
características particulares de cada ser humano, as quais influenciam não só o seu comportamento, 
mas também que o torna um ser único. 
Você também poderá verificar que a personalidade é formada pelas características 
inerentes de cada pessoa, envolvendo sua forma de agir, de pensar e de sentir, bem como seus 
valores morais e seus traços emocionais, entre outros aspectos. Sendo este conjunto de elementos o 
que o diferencia das demais pessoas e torna cada indivíduo um ser único e complexo diante do 
contexto em que vive. 
Também é importante saber que a formação da personalidade ocorre gradualmente 
durante toda a vida do indivíduo, indo desde a sua infância – quando a criança passa a ter seus 
primeiros contados com o mundo (família, escola, comunidade) – e segue por toda a sua existência, 
de forma que o processo de formação da personalidade recebe influência da genética, do meio em 
que o indivíduo encontra-se inserido e das experiências que ele tem ao longo da vida. 
 
Respondendo a esta questão pode-se afirmar que o conjunto de características da 
personalidade de cada pessoa, isto é, de sentimentos, expectativas, medos, projetos, decisões e 
Personalidade: Conjunto de características marcantes de um indivíduo, força 
ativa que ajuda a determinar o relacionamento das pessoas tendo-se por 
base seu padrão de individualidade pessoal e social, referente à sua forma de 
pensar, sentir e agir (SIGNIFICADOS, 2021). 
 
Com estas explicações, pode surgir a seguinte dúvida: 
Personalidade é o mesmo que comportamento? 
 
 
 
 
 
 
8 
anseios é capaz de criar determinadas respostas que se refletem em seu comportamento, isto é, o 
comportamento de uma pessoa, nada mais é do que a exteriorização de sua personalidade. 
Assim, você poderá verificar que quando se trata da personalidade, se está tratando da 
individualidade de cada pessoa e de características que lhes são próprias, ou seja, é aquilo que você 
é, que é formado por seus valores e visão de mundo. Já o comportamento relaciona-se com aquilo 
que você faz, de como a sua essência impacta naquilo que você faz. Logo, “não se pode mudar quem 
se é, mas é possível alterar a forma com a qual se comporta” (MARQUES, 2018). 
 
O que você está achando deste estudo sobre o que é personalidade? Você já é capaz de 
traçar o seu próprio conceito de personalidade? 
Agora, aprofundando um pouco mais os seus conhecimentos faz-se importante esclarecer 
que existem diferentes definições de personalidades, que, por sua vez, refletem as diferentes teorias 
que envolvem essa questão. Assim, para melhor entender essa questão, lhes serão apresentadas as 
diferentes teorias da personalidade. 
Preparado(a)? Então, vamos lá! 
 
1.2 Teorias da personalidade 
Existem diferentes teorias abordando a questão da personalidade e, diante deste fato, 
pode-se afirmar que não se pode falar na existência de uma teoria completamente certa ou errada, 
uma vez que as mesmas tratam de abordagens distintas, de exploração de diferentes pontos da 
personalidade humana. 
Deste modo, no quadro 1 são mostradas as principais teorias da personalidade e seus 
defensores. 
 
Com estes esclarecimentos, convidamos você para assistir ao vídeo abaixo, 
para aprender e fixar um pouco mais os seus conhecimentos sobre o 
conceito de personalidade: 
https://www.youtube.com/watch?v=QmnQ-p7JHa4 
 
 
 
 
 
 
9 
 
TEORIA PSICANALÍTICA 
De autoria de Freud, defende que todo o comportamento humano pode ser explicado e suas causas 
podem ser identificadas. Segundo essa teoria a conduta humana é motivada por impulsos e desejos 
reprimidos e a personalidade é formada por três elementos: a) O Id (ligado aos desejos básicos, 
que nascem com o indivíduo, como a busca pelo prazer e outros instintos); b) O Superego (oposto 
do Id, refere-se à moral e aos valores do indivíduo); e c) O Ego (elemento de equilíbrio entre o Id e 
o Superego, onde os elementos primitivos e os valores morais equilibram a mente). 
Para Freud a sexualidade possuía papel de grande importância e a personalidade correspondia a 
um conjunto dinâmico, constituído por elementos em conflito e dominado por forças 
inconscientes. 
TEORIA DOS TRAÇOS DA PERSONALIDADE 
Teve a contribuição dos autores Jung, Eysenck e Cattell, cujas pesquisas tiveram como foco a 
mensuração de traços, que foram descritos como padrões habituais de comportamento, de 
atitudes e de emoções, considerados como responsáveis por influenciar a personalidade e o 
comportamento humano. Vejamos o que cada um destes teóricos defendia: 
ü Teoria de Dois Tipos, de Jung: Jung defendia a existência de dois tipos distintos de atitudes cujos 
impactos influenciam diretamente na maneira que cada indivíduo reage às circunstâncias da 
vida, a extroversão e a introversão. O extrovertido corresponde ao indivíduo que age com maior 
ousadia, sem medo de se mostrar; já o introvertido age de forma mais comedida e prefere se 
concentrar em seu mundo interior. Jung também defendia que em paralelo a extroversão e a 
introversão, a personalidade podia ser dividida em quatro fases (a infância, a juventude, a middle 
age e a old age); e que o inconsciente se dividia em duas entidades diferentes (o inconsciente 
pessoal e o inconsciente coletivo). 
ü Teoria das Três Dimensões, de Eysenck: a personalidade não pode ser determinada apenas pela 
extroversão ou introversão; mas também pela estabilidade emocional (neuroticismo) e pelo 
controle dos impulsos (psicoticismo). Este autor também defendia que os fatores biológicos, 
assim como os ambientais eram capazes de influenciar a personalidade das pessoas. 
ü Modelo dos Cinco Grandes Fatores, de Cattell: Define a personalidade a partir da pontuação de 
cinco elementos: (1) a abertura(considera a intensidade da vontade de aprender, de ter novas 
ideias e uma mente aberta); (2) a conscienciosidade (refere-se ao grau de responsabilidade, 
organização, persistência e motivação para o alcance de metas e objetivos); (3) a extroversão 
(mede o quanto se é sociável e assertivo ao agir); (4) a simpatia (liga-se à forma que cada 
indivíduo age em relação aos demais); e (5) o neuroticismo (leva em consideração a instabilidade 
emocional do indivíduo). 
TEORIAS SOCIAIS COGNITIVAS 
De acordo com estas teorias o desenvolvimento da personalidade encontra-se sujeito ao 
conhecimento adquirido pelo indivíduo por meio de suas interações sociais, de suas experiências 
e dos estímulos externos. Seus estudos enfatizam as influências ambientais e sociais, as diferenças 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Quadro 1 – Teorias da personalidade 
Fontes: Marques (2018) e Baptista (2010) 
 
Com o passar dos tempos a personalidade passou a ganhar importância em outros 
domínios da psicologia, como é o caso da inteligência e da emoção, e neste enfoque tem-se a 
abordagem de Daniel Coleman acerca da Teoria de Inteligência Emocional, sobre a qual você estudará 
ao final desta competência. 
Agora, após essas explanações acerca das teorias da personalidade, você passará a ver de 
que maneira poderá lidar com os diferentes tipos de personalidade dentro do ambiente de trabalho. 
 
1.3 Personalidade no ambiente de trabalho 
Ampliando um pouco mais seus estudos acerca das relações interpessoais no ambiente 
de trabalho e tendo-se por foco os diferentes tipos de personalidades que se pode encontrar neste 
ambiente, lembre-se: 
 
 
de personalidade inatas, a genética e as qualidades humanas internas. São duas as principais 
teorias sociais cognitivas: 
ü A Teoria Cognitiva Social, de Bandura, defende que cada indivíduo possui um conjunto de 
processos cognitivos que lhes permite observar, analisar e regular seu comportamento. E 
sugere que as pessoas são capazes de julgar a eficácia de seu comportamento através daquilo 
que eles provocam, assim atitudes que são vistas como positivas são reforçadas e mantidas. 
ü O Lócus de Controle, de Rotter, afirma que o comportamento e a personalidade das pessoas 
são influenciados pelo grau de controle que elas possuem em relação aos acontecimentos de 
suas vidas. Assim, aquele indivíduo que se sente capaz de controlar seu destino, possui o 
chamado lócus de controle interno; já o possuidor do lócus de controle externo é aquele que 
acredita que os acontecimentos são fatores alheios a sua vontade ou pessoa. 
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES 
De autoria de Maslow, defende que a personalidade é moldada pela tentativa do indivíduo de 
alcançar um conjunto hierarquizado de necessidades humanas. Segundo essa teoria, o indivíduo 
só atingirá plenamente a autorrealização em sua forma mais elevada através da satisfação de suas 
necessidades de ordem inferior. Segundo Maslow, essa hierarquia é composta por: a) Necessidades 
fisiológicas (como oxigênio, água e alimentos); b) Segurança e proteção (seja por estar em um 
ambiente seguro, ou por ter uma vida estável); c) Amar e pertencer (incluindo, sobretudo, família 
e relacionamentos); d) Autoestima (através do reconhecimento e valorização das suas qualidades); 
e e) Autorrealização (considerada a forma mais elevada, onde o indivíduo passa a reconhecer todo 
o seu potencial). 
O homem é um ser social por natureza, e em seu convívio com o outro ele 
precisa aprender a lidar com diferentes tipos de personalidade. Todavia, a 
condução das relações interpessoais nem sempre é fácil, sobretudo, diante 
das diferenças existentes no modo de ser, que distinguem uma pessoa de 
outra. 
 
 
 
 
 
 
 
11 
É no ambiente de trabalho, onde geralmente as pessoas passam a maior parte de seu 
tempo, que as diferenças de personalidade precisam ser respeitadas. Pois, neste ambiente, a 
manutenção de boas relações se faz fundamental, uma vez que a convivência diária com pessoas de 
diferentes personalidades, tanto pode proporcionar experiências agradáveis e construtivas, quanto 
pode provocar sentimentos desgastantes, estresse ou frustações, e, assim, podem afetar a motivação 
das pessoas para a realização de suas tarefas. 
Também não se pode ignorar que relações, atitudes e comportamentos humanos 
influenciam e são influenciados pelas atitudes e comportamento dos indivíduos com quem se 
convive. E saber lidar com pessoas de diferentes personalidades e comportamentos é fundamental 
para a construção de um ambiente de trabalho tranquilo e harmonioso. 
 
Figura 2 – Diferentes tipos de personalidades 
Fonte: https://pt.depositphotos.com/vector-images/personalidades.html 
Descrição: A figura é formada por nove personagens, cada um deles expressa na face expressões de: tranquilidade, 
pressa, amor, cansaço, indecisão, malícia, de quem acabou de ter uma ideia, de raiva e de desconfiança. 
 
Assim, em um ambiente de trabalho é preciso que haja um relacionamento amigável 
entre todos que trabalham nele, sobretudo, quando se trata de um ambiente escolar, onde todos 
precisam trabalhar em harmonia a fim de se atender aos objetivos institucionais de ensino. Pois, 
quando se está inserido para trabalhar na área educacional é preciso saber lidar com as diferenças 
entre todos os que compõem a escola (funcionários, educadores, gestores, estudantes e seus 
responsáveis e comunidade) para se evitar conflitos e desentendimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Ressalta Santos (2017) que, no convívio com pessoas de personalidades diferentes é 
preciso aprender a entender o lado do outro, não se deve julgar e deve-se procurar ajudar sempre 
que possível. Para isso, faz-se necessário o desenvolvimento de três importantes qualidades, quais 
sejam: 
 
 
 
 
Exemplo: 
Ao se deparar com um colega cujas atitudes e ações tornam o ambiente de trabalho ruim, 
devido às suas atitudes grosserias e às péssimas maneiras de relacionamento, busque entender o que 
está acontecendo. Chame-o para conversar, demonstre que se preocupa com ele e que o seu 
comportamento não está de acordo com o que você pensa para o estabelecimento de um bom 
ambiente de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
Todavia, você pode perguntar: 
O que fazer para saber lidar com diferentes tipos de personalidade? 
A empatia é considerada a arte de se colocar no lugar do outro, de 
procurar enxergar as coisas pelo ponto de vista do outro. 
 
Ter empatia 
 
Não se deve julgar ninguém, pois cada pessoa tem sua forma de ver 
e de se comportar no mundo. Assim, o não julgamento e a empatia 
farão com que você fortaleça seu relacionamento com as pessoas 
que o cercam. 
 
Evitar julgamentos 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
Figura 3 – Frase motivacional chamando a atenção para o não julgamento do outro 
Fonte: https://aminoapps.com/c/verbalizando/page/blog/nao-julgue/r0a0_o0DseudGjjZn5dKbo4ean42a8gLWW 
Descrição: Na figura acima ler-se a frase “Há uma história detrás de cada pessoa, há uma razão pela qual cada um é 
como é. Pense nisso antes de julgar alguém...”. E logo abaixo a essa frase existe o desenho de oito pessoas, todas elas 
cabisbaixas e com expressões tristonhas no rosto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem ainda outras atitudes que podem ser adotadas e assim ajudar a enfrentar os 
pontos negativos surgidos nas relações interpessoais no trabalho e a manter um clima de harmonia 
dentro do ambiente laboral. São elas: 
• Respeite a história do outro, pois todos trazem sua própria história, e o caminho 
para que se tenha a sua história respeitada começa com o respeito à história do 
outro; 
• Seja prestativo e educado com todos, inclusive com aquelas pessoas que 
despertam em você qualquer tipo de antipatia. E isto deve acontecer 
principalmente no ambiente escolar, onde todos que trabalham devem estar 
imbuídos por objetivos semelhantes e/ou complementares e cujo contexto requer 
um clima de cordialidade; 
• Invista no autoconhecimento, pois este é um poderoso instrumento de melhoriasocial. Além disso, ao desenvolver a si mesmo, você passará a enxergar as coisas e 
Não deixe que a parte ruim do outro contamine você, ou seja, não 
deixe que o mau humor ou a tristeza do outro, atrapalhe a sua 
alegria. Não se deixe contaminar pelas coisas ruins trazidas pelo 
outro. Seja confiante o bastante para seguir suas próprias crenças 
e valores. 
 
Ser imune 
 
 
 
 
 
 
 
14 
situações com mais objetividade e será capaz de fazer as mudanças necessárias 
para a melhoria de suas relações interpessoais; 
• Demonstre que se importa com as pessoas, uma vez que esse tipo de atitude faz 
com que você (e suas ideias) seja acolhido(a) de forma mais receptiva; 
• Saiba fazer e receber feedback positivo, pois isso possibilita a construção de uma 
ambiente de confiança e de parceria. Todavia, lembra-se que: feedback não é crítica 
e não deve ser colocado como punição ou constrangimento para quem o está 
recebendo, mas sim uma contribuição para o desenvolvimento do outro. Assim, 
quando for falar de algo que precisa ser melhorado, não o faça em público; 
• Desenvolva sua inteligência emocional, que é uma habilidade relacionada à 
compreensão de suas próprias emoções (ASPECTUM, 2019), sendo este um tema 
que você passará se aprofundar de modo mais específico a seguir. 
1.4 Inteligência emocional 
Em nosso dia a dia e, sobretudo, no ambiente de trabalho nossos relacionamentos 
interpessoais podem afetar diretamente nossas emoções. Então, questiona-se: 
 
 Pois é, a capacidade de conseguir administrar as emoções e usá-las em seu benefício com 
o fim de superar adversidade, de transpor barreiras e de amadurecer é fundamental para que se 
possa prosperar seja no campo profissional ou pessoal. 
Lembre-se: 
 
Você sabe lidar com as emoções que são despertadas pelo convívio com o 
outro de forma positiva e altruísta? 
As emoções são a base das nossas experiências interpessoais, pois elas se 
desenvolvem e nos preparam para lidar rapidamente com os eventos 
essenciais de nossa vida. 
 
 
 
 
 
 
15 
Veja na tabela abaixo os temas universais/gatilhos que podem ser desencadeados pelas 
emoções. 
 
Emoção Tema universal/gatilho 
Raiva Reação a ataque, defesa dos próprios interesses 
Medo Sensação de ameaça iminente 
Tristeza Perda de algo de valor 
Nojo Violação aos gostos ou preferenciais pessoais 
Surpresa Alguma novidade que se apresenta 
Alegria Presença ou percepção de algo de valor 
 
Tabela 1 – Temas universais/gatilhos desencadeados pelas emoções 
Fonte: Gonzaga e Rodrigues (2018) 
 
De acordo com Gonzaga e Rodrigues (2018) estes temas/gatilhos disparadores de 
emoções foram adquiridos pelo homem durante seu processo evolutivo e são ativados por 
mecanismos automáticos de avaliação de mundo, os quais têm como resultado emoções básicas, 
como: raiva, medo, tristeza..., conforme mostrado na tabela acima. 
Todavia, essas emoções podem variar de diferentes formas ou intensidade de uma pessoa 
para outra, conforme suas experiências pessoais e as influências trazidas por fatores externos, como 
a cultura, o ambiente, a sociedade em que se está inserido. E, para que se possa aprender a lidar com 
as emoções, é preciso, conforme esclarecido por Goleman1 (2012), aprender a gerenciá-las e para 
isso se contam com duas mentes: a mente racional (mente consciente, capaz de gerir, ponderar e 
refletir) e a mente emocional (é impulsiva e possui grande poder sobre o ser). 
E, no campo profissional, é fundamental saber gerir as emoções e identificar aquilo que 
se está sentindo, uma vez que, só quem é capaz de entender o significado de cada emoção será capaz 
de entender de que forma estas podem afetar tanto o seu desempenho, quanto o desempenho de 
seus colegas de trabalho. 
Para a psicologia a INTELIGÊNCIA EMOCIONAL consiste na capacidade que o indivíduo 
tem de compreender e gerenciar suas emoções, e de aprender a lidar com as emoções e sentimentos 
 
1 Idealizador da Teoria da Inteligência Emocional 
 
 
 
 
 
 
16 
das pessoas que o cerca, com o objetivo de alcançar resultados positivos, seja em seu campo de vida 
pessoal ou profissional. 
 
Figura 4 – Saber equilibrar emoção e razão = Inteligência emocional 
Fonte: https://aminoapps.com/c/verbalizando/page/blog/nao-julgue/r0a0_o0DseudGjjZn5dKbo4ean42a8gLWW 
Descrição: Nas tirinhas acima você verifica que, nas duas primeiras tirinhas, à esquerda encontra-se o desenho de um 
coração irritado, sentado de um lado de uma gangorra, apontando o dedo e gritando em defesa da emoção, e, à direita, 
está o desenho de um cérebro também demonstrando irritação e apontando o dedo defendendo a razão (e nas duas 
figuras os dois personagens encontram-se no alto da gangorra). Já na terceira tirinha verifica-se um lápis marcando o 
ponto de equilíbrio da gangorra, e em posições iguais estão o coração e cérebro com caras de surpresa, e do alto vem 
uma voz que grita: – Mais equilíbrio pessoal... Mais equilíbrio... 
 
O modelo de Inteligência Emocional de Goleman (2012) considera duas dimensões de 
ação da inteligência emocional: 
• A dimensão intrapessoal, que engloba as competências emocionais e é composto 
pela: 
• Autoconsciência: capacidade de perceber a influência das diferentes emoções em 
seu rendimento cognitivo e em seu desempenho profissional; e de reconhecer os 
sinais dos próprios sentimentos, quando esses ocorrem. 
• Autogerenciamento: capacidade de ser flexível para lidar com diferentes pessoas e 
situações, de se desconectar das emoções negativas e perceber o lado positivo de 
tudo, e assim atingir melhores resultados. 
• A dimensão interpessoal, que engloba as competências sociais e é composto pela: 
 
 
 
 
 
 
17 
• Consciência social: capacidade de ter empatia pelos sentimentos das outras 
pessoas e de entender o que pode estar por trás de seus comportamentos e 
atitudes. 
• Gestão dos relacionamentos: capacidade de resolver conflitos e de influenciar 
positivamente as pessoas, de se interessar pelo seu desenvolvimento e de 
compartilhar tarefas e atividades em grupo. 
E estas habilidades vêm sendo bastante requeridas dentro das organizações, o que não é 
diferente dentro das escolas, uma vez que o atributo da inteligência emocional denota um 
profissional que sabe: expressar-se de forma clara; ouvir seus colegas de trabalho; trabalhar em 
equipe; inspirar a confiança de todos; contribuir para um ambiente saudável; e contornar situações 
desagradáveis. 
 
Para te ajudar a responder essa pergunta e ao mesmo tempo auxiliá-lo no 
desenvolvimento de sua inteligência emocional, sugere-se que você: 
• Conheça suas emoções. Este é o primeiro passo para o desenvolvimento do 
autocontrole emocional, sobretudo no que se refere ao ambiente de trabalho, onde 
é preciso lidar com pessoas de diferentes personalidades e comportamentos; 
• Aprenda a lidar com suas emoções. Pois não basta saber identificar as emoções e 
as situações em que determinadas emoções podem ser desencadeadas, é preciso 
aprender e saber lidar com as emoções e sentimentos que são gerados pelas 
relações interpessoais. E isto não significa dizer suprir esses sentimentos e 
emoções, mas sim aprender a equilibrá-los, a dosá-los corretamente; 
• Desenvolva a empatia. Já se falou sobre a importância dessa qualidade nas 
relações interpessoais de trabalho. O individuo que é capaz de entender as 
emoções e de se colocar no lugar do outro é possuidor de alto nível de inteligência 
emocional; 
Então, pergunta-se: 
Você acredita ser possível desenvolver sua inteligência emocional? 
 
 
 
 
 
 
 
18 
• Mantenha-se motivado. Pois existe uma relação bem próxima entre a 
automotivação e a inteligência emocional, isto porque a automotivação impulsiona 
os indivíduos a darem sempre o seu melhor, a fazer o seu melhor dentro do 
ambiente de trabalho (INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING, 2018). 
 
Assim, chega-se ao fim desta competência, não se esqueça de assistir sua vídeo aula, e napróxima semana você dará início ao estudo da resolução dos conflitos no ambiente de trabalho. 
Até mais! 
 
Por fim, sugere-se que você assista ao filme disponibilizado no link abaixo, e 
assim complemente seus estudos acerca da inteligência emocional: 
https://www.youtube.com/watch?v=QmnQ-p7JHa4 
 
 
 
 
 
 
19 
2.Competência 02 | Saber resolver os conflitos no ambiente de trabalho 
Olá, caro estudante! 
E ai, preparado para dar continuidade a sua jornada de conhecimentos desta semana? 
Nesta competência você aprenderá acerca dos conflitos que podem surgir no ambiente de trabalho 
e o que é possível fazer para a resolução dos mesmos. 
Lembrando um pouco sobre o que você estudou na competência passada, foi visto que, 
no dia a dia de trabalho, o convívio com pessoas de diferentes personalidades e temperamentos é 
comum, de forma que para construção de um ambiente saudável de trabalho é preciso aprender a 
respeitar as diferenças e a desenvolver determinadas habilidades/qualidades, como: ter empatia; 
evitar julgar o outro; e não se deixar contaminar pelo que o outro diz ou faz. 
Todavia, o convívio com o outro nem sempre se dá de forma saudável, principalmente 
devido à existência de diferentes fatores, como: choque de opiniões; falta de escuta; falta de empatia; 
disputa por posições de destaque; diferenças de interesses; e tantas outras situações o que torna 
comum nestes tipos situações a geração de conflitos. 
Diante disso, para dar continuidade ao seu processo formativo, a partir de agora você 
passará a aprender um pouco mais sobre a resolução dos conflitos no ambiente de trabalho, e, para 
isso, inicia-se esta competência trazendo para você algumas considerações acerca do que vem a ser 
o conflito propriamente dito. 
Vamos lá! 
 
2.1 Conflito 
 
 
A palavra conflito é originária do latim conflictus, que remete os seguintes 
significados: choque entre duas coisas, embate de pessoas ou grupos opostos 
que lutam entre si ou embate entre duas forças contrárias (CARVALHO, 2019). 
 
 
 
 
 
 
20 
 
E, quando você procura o significado desta palavra em um dicionário, poderá verificar que 
o vocábulo Conflito é um substantivo masculino, que denota significados diversos, dos quais se têm: 
Significado de Conflito 
Substantivo masculino 
Luta armada entre países conflitantes; guerra: o conflito entre Palestina e Israel. 
Ausência de concordância, de entendimento; oposição de interesses, de opiniões; 
divergência: conflito entre capitalistas e socialistas. 
[Por Extensão] Choque violento: conflito entre policiais e traficantes. 
Discussão intensa; altercação: vivia criando conflitos com os alunos. 
Oposição mútua entre as partes que disputam o mesmo direito, competência ou atribuição. 
[Psicologia] Condição mental de quem apresenta hesitação ou insegurança entre opções 
excludentes; estado de quem expressa sentimentos de essência oposta. 
[Teatro] Elemento a partir do qual a progressão narrativa tem seu início. 
[Literatura] Oposição, choque de interesses, entre personagens, normalmente entre o 
protagonista e forças externas ou até consigo mesmo. (DICIONÁRIO ONLINE DE 
PORTUGUÊS, 2021). 
Se você observar os significados acima poderá perceber que para que um conflito 
aconteça é preciso que as partes envolvidas interpretem uma determinada situação de formas 
opostas ou diferentes, ou ainda que haja incompatibilidade de pensamentos. 
Para Amado e Freire (2002) o conflito envolve uma situação entre duas ou mais pessoas 
em que ocorre uma diferença/divergência, seja de critério, de interesses ou de oposição pessoal. 
Veja o exemplo da figura abaixo: 
 
A palavra conflito é originária do latim conflictus, que remete os seguintes 
significados: choque entre duas coisas, embate de pessoas ou grupos 
opostos que lutam entre si ou embate entre duas forças contrárias 
(CARVALHO, 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Figura 5 – Tirinhas de Mafalda sobre geração de conflito por causa de pontos de vista diferentes 
Fonte: https://www.vestibulandoweb.com.br/educacao/enem/simulado-enem-tirinhas-charges/ 
Descrição: Na figura acima se visualizam quatro tirinhas. Na primeira, Mafalda, encontra-se sentada no meio de dois 
amigos, os quais estão sentados um a frente do outro. E ela pergunta: “ – Para onde acham que a humanidade está 
indo”. Na segunda tirinha, os dois amigos apontam cada um para sua frente e respondem ao mesmo tempo e sem 
finalizar a frase: “– Para a frente é cla...”, e a cabeça de Mafalda é duplicada, dando a entender que ela está olhando 
para um amigo e para o outro rapidamente. Na terceira tirinha, os dois amigos alterados, em pé, gritam apontando 
cada um para sua frente: “– a frente é pra lá!. E Mafalda ainda sentado no meio dos dois faz uma cara de exclamação. E 
na quarta tirinha é mostrado Mafalda indo embora e exclamando “– Estou começando entender por que é tão difícil a 
humanidade ir para frente”, ao mesmo tempo em que os dois amigo, que agora já não aparecem na tirinha, continuam 
sua discussão: “– Lá não é frente!” “– A tua frente não é a minha frente!” “– Mas é a minha frente!” “– Não!”. 
 
Na figura você pode perceber que muitas vezes os conflitos interpessoais ocorrem pelo 
simples fato de que as partes não conseguem abrir mão de suas opiniões e acreditam que apenas o 
seu ponto de vista está certo. 
Refletindo sobre este fato é importante ter em mente que todos os ambientes são 
passíveis de acontecer algum tipo de conflito, de divergência, uma vez que, as pessoas são diferentes 
umas das outras, e assim podem possuir pontos de vista diferentes sobre determinadas questões e 
que nem sempre a troca de opiniões entre elas acontece de forma amigável. 
Todavia, apesar do fato de muitos conflitos gerarem situações ruins e/ou sentimentos 
negativos, a sua ocorrência em um ambiente onde existem mais de uma pessoa, seja na família, no 
trabalho, na comunidade, na escola, entre outros locais, é inevitável. O importante é como se reage 
diante desses acontecimentos. Assim, a existência de um conflito pode até ser útil na medida em que 
as divergências surgidas consigam promover alterações positivas nas atitudes das pessoas. Logo, 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Portanto, com as explanações realizadas sobre o que vem a ser um conflito você poderá 
perceber que, nem sempre a existência do mesmo é algo necessariamente negativo, ele faz parte das 
relações interpessoais, e que o importante é a forma como os mesmos são enfrentados. O conflito 
faz parte das relações interpessoais, o enfrentamento do mesmo é que irá direcionar se o mesmo 
trará resultados positivos ou negativos. 
 
Neste sentido, veja o que Crispiano (2007) tem a ensinar acerca dos conflitos: 
 
Com isso, você, então, pode questionar: 
 
E Crispiano (2007) traz resposta a este questionamento ao apontar as seguintes 
vantagens que os conflitos podem trazer: 
• Ajuda a regular as relações sociais; 
• Ensina a ver o mundo pela perspectiva do outro; 
A existência dos conflitos pode trazer benefícios na medida em que estimule 
a inovação e a criatividade dos comportamentos, das atitudes e das 
aprendizagens (JESUS, 2012). 
 
O conflito também pode ser visto como uma manifestação natural e, desta 
forma, necessária às relações entre pessoas, grupos sociais, organismos 
políticos e Estados. E, por ser algo inevitável nas relações interpessoais, não 
deve haver motivos para evitá-los, pois, a sua existência pode trazer 
inúmeras vantagens que, muitas vezes, não são percebidas por aqueles que 
veem no conflito algo para ser combatido. 
 
Mas que tipo de vantagem pode resultar dos conflitos? 
 
 
 
 
 
 
23 
• Permite o reconhecimento das diferenças, que não são ameaça, mas resultado 
natural de uma situação em que há recursos escassos; 
• Ajuda a definir as identidades das partes que defendem suas posições; 
• Permite perceber que o outro possui uma percepção diferente; 
• Racionaliza as estratégias de competência e de cooperação; 
• Ensinaque a controvérsia é uma oportunidade de crescimento e de 
amadurecimento social (CHRISPINO, 2007, p. 17). 
Diante de todas estas explanações verifica-se a existência de diferentes tipos de conflitos, 
e é exatamente sobre essa questão que você passará a estudar a partir de agora. 
Pronto(a) para aprender um pouco mais sobre essa temática? 
 
2.2 Tipos de conflito 
Nesta etapa de seu estudo você passará a ter uma visão mais clara sobre os diferentes 
tipos de conflitos, e, assim, perceberá que, o conflito pode ser classificado de diferentes formas. 
No quadro 2, você vai encontrar os principais tipos de conflito. 
 
TIPO DE CONFLITO CARACTERÍSTICAS 
Conflito Social 
Surge como consequência do grau de complexidade e implicação social. Vive-
se em uma sociedade muito evoluída do ponto de vista social e tecnológico, 
todavia, ao mesmo tempo esta se encontra muito precária quando se trata 
de habilidades de negociações. E, neste contexto, historicamente, a violência 
aparece como um instrumento/resultado dos conflitos sociais, conforme se 
observa nos casos das guerras entre nações, grupos sociais, facções, etc. 
Conflito Tradicional 
Reúne indivíduos ao redor dos mesmos interesses, fortalecendo a 
solidariedade. Estes aparecem por três razões distintas: a competição entre 
as pessoas, por recursos disponíveis, mas escassos; a divergência de alvos 
entre as partes; pela busca de autonomia ou libertação de uma pessoa em 
relação à outra. 
E podem ser desencadeados por fatores, como: a) direitos não atendidos ou 
não conquistados; b) mudanças externas acompanhadas por tensões, 
ansiedades e medo; c) lutas por poder; d) necessidade de adquirir status; e) 
exploração de terceiro (manipulação); f) desejo de êxito econômico; g) 
necessidades individuais não atendidas; h) carências de informação, tempo 
ou tecnologia; i) escassez de recursos; j) diferenças culturais e individuais; k) 
divergências de metas; l) tentativa de autonomia; m) emoções não expressas 
 
 
 
 
 
 
24 
e/ou inadequadas; n) obrigatoriedade de consenso; e o) meio ambiente 
adverso e preconceitos. 
 
Quadro 2 – Tipos de conflitos 
Fonte: Portal da Educação (2021) 
 
Você também encontrará a divisão dos tipos de conflitos por categorias, dentre os quais 
se tem: 
• Conflito intrapessoal: ocorre no interior do indivíduo, pelas lutas que ele trava 
dentro de si mesmo (tem um teor mais psicológico e individual), como acontece 
quando se tem dúvidas como: ir/não ir, fazer/não fazer, falar/não falar, 
comprar/não comprar, vender/não vender, etc. 
• Conflito interpessoal: ocorre entre duas ou mais pessoas em decorrência de 
choque de personalidades, de hostilidades, da não cooperação ou da conspiração; 
• Conflito intragrupal: ocorre entre membros de um mesmo grupo; 
• Conflito intergrupal: ocorre entre dois ou mais grupos distintos; 
• Conflitos interorganizacionais: ocorre entre organizações. 
 
Outros tipos de classificação de conflitos que você poderá encontrar dentro das 
organizações e que podem interferir nas relações interpessoais, são: 
• Conflitos latentes: aqueles não declarados, em que não existe por parte dos 
indivíduos envolvidos uma consciência clara de sua existência; 
• Conflitos percebidos: aqueles percebidos racionalmente pelos indivíduos 
envolvidos, apesar de não haver uma manifestação aberta de sua existência; 
• Conflito sentido: aquele que atinge os envolvidos ao nível da emoção e de forma 
consciente; 
• Conflito manifesto: aquele que já atingiu ambas as partes e já é percebido por 
terceiros, podendo interferir na dinâmica da organização (SEBRAE, 2017). 
Agora que você já conhece os diferentes tipos de conflitos, passará a estudar de modo 
mais específico sobre os conflitos que ocorrem dentro do ambiente escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
2.3 Conflito na escola 
Passando a tratar acerca dos conflitos que ocorrem no ambiente escolar, lembre-se que, 
neste ambiente, assim como qualquer outro em que existem pessoas de diferentes personalidades e 
comportamento, a sua ocorrência é algo que pode surgir naturalmente, como consequência das 
próprias relações ali surgidas. 
O importante é não esquecer que, você, quando estiver na posição de funcionário de uma 
escola, não importa em que função for, você também é um educador, e como tal, precisa estar 
preparado para lidar e buscar soluções para as situações de conflitos que possam surgir. 
 
O conflito escolar surge como resultado da diferença de opinião ou de interesses de pelo 
menos duas pessoas ou dois conjuntos de pessoas dentro do universo escolar, e, geralmente ocorre 
devido à dificuldade de comunicação, de assertividade entre as pessoas e/ou de condições para o 
estabelecimento do diálogo (CHRISPINO, 2007). 
 
Vejamos a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E, neste contexto, é importante que você consiga identificar os seguintes 
pontos: 
Como se dá o conflito nas escolas? E quem são os seus atores? 
 
Estudantes Professores 
Ges
tore
s Pais/responsáveis 
Com
uni
dad
e Funcionários 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Figura 6 – Os atores do conflito escolar 
Fonte: Figura montada a partir de imagem retirada do site https://br.pinterest.com/pin/753508581385060693/ 
Descrição: Nesta figura visualiza-se ao centro uma escolar, e a sua frente, do seu lado esquerdo, ver-se uma mulher 
levando uma menina para escola e do outro lado um homem fazendo o mesmo com um menino. Acima ler-se: Conflitos 
na Escola. E ao seu redor têm-se 6 (seis) setas azuis claro, onde, em cada tem escrito em seu interior o nome de um ator 
da escola, sendo eles: pais/responsáveis, alunos e comunidade (ao seu ado esquerdo) e gestores, professores e 
comunidade (ao seu lado direito). 
Então, veja, no quadro 3, quais são os conflitos que ocorrem com mais frequência dentro 
do ambiente escolar e suas principais causas. 
 
 
PERSONAGENS 
DO CONFLITO PRINCIPAIS CAUSAS 
Entre docentes 
• Falta de comunicação; 
• Interesses pessoais; 
• Questões de poder; 
• Conflitos anteriores; 
• Valores diferentes; 
• Busca de “pontuação” (posição de destaque); 
• Conceito anual entre docentes; 
• Não-indicação para cargos de ascensão hierárquica; 
• Divergência em posições políticas ou ideológicas. 
Entre estudantes e docentes 
• Não entender o que explicam; 
• Notas arbitrárias; 
• Divergência sobre critério de avaliação; 
• Avaliação inadequada (na visão do estudante); 
• Descriminação; 
• Falta de material didático; 
• Não serem ouvidos (tanto estudante quanto docentes); 
• Desinteresse pela matéria de estudo. 
Entre estudantes 
• Mal entendidos; 
• Brigas; 
• Rivalidade entre grupos; 
• Descriminação; 
• Bullying; 
• Uso de espaços e bens; 
• Namoro; 
• Assédio sexual; 
• Perda ou dano de bens escolares; 
 
 
 
 
 
 
27 
• Eleições (de variadas espécies); 
• Viagens e festas. 
Entre pais, docentes e gestores 
• Agressões ocorridas entre estudantes e entre os professores; 
• Perda de material de trabalho; 
• Associação de pais e amigos; 
• Cantina escolar ou similar; 
• Falta ao serviço pelos professores; 
• Falta de assistência pedagógica pelos professores; 
• Critérios de avaliação, aprovação e reprovação; 
• Uso de uniforme escolar; 
• Não-atendimento aos requisitos “burocráticos” e 
administrativos da gestão. 
 
Quadro 3 – Conflitos mais frequentes no ambiente escolar e suas principais causas 
Fonte: Chrispino (2007, p. 21). 
 
Neste momento não se pode deixar de chamar sua atenção para alguns conflitos 
considerados inadmissíveis em uma escola e que infelizmente fazem parte do cotidiano de algumas 
instituições de ensino, que são as ameaças, a falta de respeito e as agressões entre estudantes, entre 
estudantes e professores e vice-versa, as quais geram um clima de violência que precisa ser 
combatido a todo custo para que a escola não perca a suas características e as funções essenciais de 
educação, de socialização e de promoção à cidadania e ao desenvolvimento pessoal. E todos os que 
fazem parteda escola possuem a responsabilidade de construir e manter um ambiente de paz e 
respeito. 
É certo que os conflitos sempre existirão, todavia, quando são trabalhados da maneira 
correta eles podem ser transformados em instrumentos promotores de cidadania na construção de 
uma escola democrática. Assim, diante de situações de conflitos que podem ser geradoras de 
violência a busca de estratégias pacificadoras se faz imprescindível. 
Para isso, é preciso saber como e porque elas ocorrem, e desta maneira lidar com elas da 
melhor forma; e, neste processo ter uma boa comunicação é fundamental, conforme você poderá 
ver no tópico a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
2.4 A comunicação no ambiente de trabalho 
Frente ao que você viu no decorrer deste estudo pode-se dizer que a ocorrência de 
conflitos no ambiente de trabalho não significa que algo ruim está de fato acontecendo. 
Os conflitos fazem parte das relações interpessoais, ninguém é obrigado a pensar igual ao 
outro e os diferentes pontos de vista e de opiniões podem ser muito engrandecedores para as 
relações. 
O problema não consiste nos conflitos em si, mas sim na forma como estes são 
enfrentados, isto é, na forma como são geridos no ambiente de trabalho. Deste modo, você poderá 
perceber que um dos fatores fundamentais para a gestão dos conflitos no trabalho, sobretudo, 
quando se trata do ambiente educacional é a utilização do diálogo, ou seja, a utilização da 
comunicação como instrumento útil para pedir opiniões, dar e receber informações, partilhar 
sentimentos, reunir esforços, encontrar alternativas para os problemas que surgem, entre outros 
(JESUS, 2012). 
 
Além disso, a forma como a comunicação acontece entre as pessoas é um importante 
caminho para que os conflitos não se transformem em desavenças, discórdias ou até mesmo em 
algum tipo de violência (seja física, verbal ou psicológica), o que faz da empatia e do respeito ao outro 
fundamental. 
Logo, o processo de comunicação precisa ser transformador, e o respeito às emoções e 
aos sentimentos devem ser a base do diálogo, pois este último é o melhor modo na busca de soluções 
geradoras de vínculos favorecedores às relações entre as pessoas (DIOGO; RIBEIRO, 2016). 
Neste ponto também é preciso levar em consideração que, nos tempos atuais, quando se 
trata de comunicação não se pode deixar de lado os aplicativos de celular cujo uso tem sido cada vez 
mais comum a todos e vem transformando a maneira como as pessoas se comunicam e interagem 
com o mundo, como é o caso do WhatsApp. Pois, diante dos avanços tecnológicos, não se pode 
LEMBRE-SE: 
Um processo de comunicação eficaz estimula as pessoas a agirem, a 
interagirem e a se organizarem no ambiente de trabalho, e, desta forma, 
atuar positivamente no combate a situações de conflitos. 
 
 
 
 
 
 
 
29 
ignorar que a formação de grupos de conversas por este aplicativo, tem se tornado uma prática cada 
vez mais comum. 
Todavia, este instrumento deve ser utilizado com cautela, uma vez que, apesar de tornar 
a comunicação mais rápida e eficaz, sua utilização também pode deflagrar conflitos devido à forma 
como a comunicação acontece, sobretudo, quando nos referimos aos grupos são formados por 
diferentes pessoas (pais, gestores, professores e alunos), cada uma delas trazendo suas 
personalidades, valores, desejos, opiniões, objetivos, entre outros. 
 
Com estes esclarecimentos, no tópico que segue você aprofundará um pouco mais seus 
conhecimentos acerca da resolução de conflitos na escola e aprenderá acerca de sua mediação. 
Pronto(a) para dar seguimento a sua jornada de estudo? 
Então, siga em frente nesta sua jornada! 
 
2.5 Mediação de conflitos no ambiente escolar 
Pois bem, você aprendeu que a ocorrência de conflitos, seja no ambiente escolar ou em 
qualquer outro local, faz parte das relações entre as pessoas, o importante é, quando eles acontecem, 
sobretudo quanto tratamos do ambiente educacional, a forma como lidamos com eles. 
Neste contexto, a mediação de conflitos aparece como importante ferramenta para se 
trabalhar os conflitos que surgem na escola. 
 
Assim, antes de finalizar este tópico é sugerida como complemento de seus 
estudos a leitura da matéria sobre o uso do aplicativo WhatApp na 
comunicação escolar disponibilizada no site: 
https://www.classapp.com.br/artigos/whatsapp-escola 
E você já ouviu falar da mediação de conflitos? Sabe do que se trata? 
 
 
 
 
 
 
 
30 
Em muitos casos, em situações de conflitos, as pessoas envolvidas não se mostram 
dispostas a abrir mão de seu ponto de vista e a entrar em um acordo, tornando preciso a intervenção 
de uma terceira pessoa, um intermediador, que, de forma neutra, seja capaz de conduzir os 
envolvidos no conflito à sua solução. Logo, você poderá perceber que: 
 
Veja, na figura abaixo, situações que podem ser beneficiadas pela mediação: 
 
 
 
Figura 7 – Situações beneficiadas pela mediação de conflitos 
Fonte: https://www.sinpeem.com.br/sites/arquivos/downloads/05-12e19052018-cursopresencial-
mediacaodeconflitos-patricia.pdf 
Descrição: O fluxograma tem escrito em um retângulo verde centro: “Situações beneficiadas pela mediação de 
conflito”. Ligados a este retângulo encontram-se outros 13 retângulos, onde estão escritas as seguintes situações: 
agressão física, rixa, discriminação, danos patrimoniais, perturbação do sossego, constrangimento, roubos e furtos, 
desentendimentos, preconceitos, ofensa, ameaça, outros. 
 
E no universo escolar a mediação pode ser utilizada em diferentes situações, como nos 
conflitos que ocorrem entre seus diversos atores (estudantes, professores, família, gestão, 
funcionários, ou quaisquer outros membros que compõem a comunidade escolar); bem como em 
A MEDIAÇÃO corresponde a um método de resolução de conflitos onde um 
mediador imparcial e neutro atua como facilitador da comunicação entre as 
pessoas envolvidas no conflito, com o objetivo de buscar uma solução para o 
problema (GOUVEIA NETO, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
31 
casos de indisciplina e bullying, de atos infracionais de menor gravidade e de violência (GOUVEIA 
NETO, 2017). 
De acordo com Jares (2002) para que o processo de mediação aconteça de modo eficaz é 
preciso: 
• Favorecer e estimular a comunicação entre as partes em conflito, com o fim de 
controlar as interações destrutivas; 
• Levar os envolvidos a compreenderem o conflito de maneira global e não apenas 
através de seu ponto de vista; 
• Ajudar os envolvidos a realizarem uma análise das causas do conflito, separando os 
interesses dos sentimentos; 
• Buscar forma de converter as diferenças em formas criativas de resolução do 
conflito; 
• Observar, sempre que viável, as feridas emocionais existentes entre os envolvidos 
no conflito. 
• 
• Como forma de propor ações novas e eficazes, pois as ações punitivas não têm se 
mostrado muito efetivas na solução ou redução dos conflitos e da violência nas 
escolas; 
• Com o fim de construir relações interpessoais cuja convivência seja pautada pelo 
diálogo, pelo respeito e pela cooperação. 
Com estas explicações você poderá perceber que diante das situações de conflitos que 
podem ocorrer dentro do ambiente escolar, a mediação aparece como uma ferramenta importante 
de pacificação e democratização; além de ser uma excelente oportunidade de aprendizagem para o 
desenvolvimento da cidadania. E você, na posição de funcionário ou de futuro funcionário de uma 
instituição de ensino, deve estar preparado não só para lidar com situações de conflito, como também 
para intervir de forma positiva diante delas. 
E porque é importante fazer uso da mediação escolar? 
 
 
 
 
 
 
 
32 
• 
Dentre os objetivos da mediação escolar, tem-se: 
1. Construir um sentido mais forte de cooperação e comunidade com a escola; 
2. Melhorar o ambiente na aula por meio da diminuição da tensão e da hostilidade. 
3. Desenvolver o pensamento crítico e habilidades para asolução de problemas; 
4. Melhorar as relações entre os estudantes e os professores; 
5. Aumentar a participação dos estudantes e desenvolver habilidades de liderança; 
6. Resolver as disputas menores entre as pessoas que interferem no processo de 
educação; 
7. Favorecer o aumento da autoestima dos membros da comunidade escolar; 
8. Facilitar a comunicação e as habilidades para a vida cotidiana (GOUVEIA NETO, 
2017). 
Então, você poderá questionar quem seria esse personagem que se coloca como 
pacificador de conflitos, ou seja, o mediador. Assim, para dar continuidade aos seus estudos, o 
próximo tópico discorre um pouco mais sobre esse personagem. Vamos lá! 
 
2.6 Mediador 
O mediador é um profissional imparcial, que tem a função de facilitar a comunicação 
entre as partes envolvidas no conflito, com o objetivo de ampliar as alternativas para a resolução dos 
impasses existentes, diminuindo o conflito a níveis administráveis e construindo acordos 
mutuamente aceitáveis. 
Então, quais seriam os objetivos da mediação escolar? 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Figura 8 – Mediação de conflitos 
Fonte: Escola de Mediadores (2002, p. 09) 
Descrição: A figura ilustra o processo de mediação. Ao lado esquerdo, ver-se uma menina cuja fala é representada por 
estrelas; e do lado direito outra que tem a sua fala representada por luas. É visto que o conflito foi gerado pela 
diferença de opiniões relaci onadas a uma boneca que se encontra no chão entre as duas. Ao centro tem-se a 
mediadora, uma terceira menina, que aponta para as duas em conflito e cuja fala engloba a lua e as estrelas, na busca 
de solução para o empasse que se estabelece naquele momento. 
O mediador é um facilitador e, como tal, não deve interferir na tomada de decisão das 
partes envolvidas. Ele facilita o diálogo, levando os envolvidos no conflito a resolverem junto suas 
desavenças, e as partes envolvidas tornam-se autoras da solução do conflito. E quando isso 
acontece às relações são transformadas em vínculo de solidariedade (ESCOLA DE MEDIADORES, 
2002). 
Na escola o mediador pode ser um estudante, um professor, um pai ou responsável, o 
gestor ou qualquer outro funcionário da escola que esteja disposto a assumir esse papel e disponha 
das qualidades necessárias para fazê-lo. Deste modo, a seguir você passa a aprender sobre como 
dever ser o perfil do mediador. 
 
2.7 Perfil do mediador 
Para ser considerado um bom mediador escolar é preciso: 
• Ser um bom ouvinte, saber escutar e entender o que o outro diz, sem fazer 
nenhum tipo de julgamento ou análise de valor; 
• Saber estabelecer o diálogo, deixando as pessoas confortáveis para falar, sem que 
se sintam julgadas ou que estão sendo apontadas como culpadas; 
 
 
 
 
 
 
34 
• Ser sociável, saber se aproximar dos membros da comunidade escolar e conquistar 
a sua confiança; 
• Agir com imparcialidade, não tomar partido, ser neutro diante da situação; 
• Ter competência e capacidade de comandar o processo de mediação, sendo 
preciso ter passado por algum tipo de capacitação para o exercício deste papel, e 
estar preparado tanto psicologicamente, quanto metodologicamente para assumi-
lo. 
 
Além disso, um bom mediador deve ter uma postura ética e pacificadora, para que no 
momento da mediação consiga não apenas entender, mas atender as necessidades das partes em 
conflito, envolvendo todos a fim de que possam identificar o que está acontecendo e construírem 
juntos melhores formas de resolução dos conflitos. 
 Com estas explanações finaliza-se esta competência e em breve você passará a estudar 
acerca da capacidade de compreender e incentivar as pessoas no ambiente de trabalho. Até lá! 
 
 
 
 
 
 
35 
3.Competência 03 | Desenvolver a capacidade de compreender e 
incentivar pessoas, para o trabalho individual e em grupo 
Como vai, caro estudante? Nesta semana como ilustrado acima você irá estudar sobre a 
capacidade de compreender e incentivar as pessoas no ambiente de trabalho. Preparado(a) para mais 
uma semana de aprendizagem? 
 
3.1 Capacidade de compreender 
Ao falar do comportamento humano e da capacidade de conhecer o outro, você vai 
verificar que essa temática encontra-se muito ligada ao autoconhecimento. E o motivo é simples: 
para entender o outro, é preciso primeiro aprender a olhar para si mesmo. Se você é incapaz de saber 
o que move as suas ações, fica mais difícil se relacionar com as pessoas e se colocar no lugar delas 
antes de apenas julgar. Da mesma forma, evoluir como pessoa ou profissionalmente depende de 
reconhecer os pontos a corrigir e as virtudes a explorar. 
Veja, então, o conceito de autoconhecimento: 
 
Partindo desse conceito você poderá perceber que, o conhecimento do “eu” é um projeto 
de vida, é resultado de muito esforço, o qual se processa no decorrer de toda a vida e demanda tempo 
e reflexão, mas que é imprescindível na relação com o outro. 
Autoconhecimento - Consta no Dicionário o seguinte significado: 
conhecimento de si mesmo, das próprias características, sentimentos, 
inclinações, etc., que caracterizam o indivíduo por si próprio (PERFTRACKER, 
2021). 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
Figura 8 – Autoconhecimento, uma habilidade fundamental na vida em sociedade 
Fonte: PERFTRACKER (2021). 
Descrição: Verifica-se o desenho da parte superior de uma cabeça com um corte lembrando o formato de uma piscina, 
onde se vê um trampolim e em cima deste um boneco vestido com trajes brancos de mergulhador. 
 
Assim, é possível compreender que: ter consciência do que se passa com você e de como 
isso interfere em sua vida, traz uma maior clareza acerca de suas forças e fraquezas, e ao mesmo 
tempo pode te manter focado, em todos os níveis, inclusive no profissional. Ter ciência de quais 
hábitos e pensamentos são ruins para você facilita a administração dos mesmos, de forma que estes 
hábitos e pensamentos passam a tornar-se menos frequentes e a ter menos poder sobre suas 
escolhas. 
Uma boa forma para se exercitar o autoconhecimento é através da Matriz Swot (termo 
em inglês strengths, weaknesses, opportunities, threats)2, por meio da qual se torna possível avaliar 
de modo global suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. 
 
A Matriz Swot foi criada na década de 1960 na Universidade de Stanford, por Albert 
Humphrey, visando a melhoraria das estratégias empresariais, que se transformou em um exercício 
muito utilizado pelas grandes empresas do mundo, e com o passar dos tempos também passou a ser 
 
2 Que em português pode ser traduzida como Matriz FOFA ou Análise FOFA (Força, Fraqueza, Oportunidade e Ameaça). 
Você, então, poderá perguntar: 
Do que se trata essa Matriz Swot? 
 
 
 
 
 
 
37 
utilizada no processo de conhecimento pessoal, como mecanismo para o autoconhecimento 
(OLIVEIRA, 2018). 
Deste modo, por meio da Matriz Swot é possível estabelecer uma visão a nível micro (ao 
identificar os seus pontos fortes e fracos) e a nível macro (ao perceber os pontos externos que podem 
oportunizar ou ameaçar os pontos internos), isto porque, o desenvolvimento do autoconhecimento 
vem com o exercício da reflexão sobre suas ações e na prática de novos e melhores hábitos de vida. 
Veja, no quadro abaixo, como utilizar a Matriz Swot visando seu autoconhecimento; 
 
ANÁLISE SWOT PESSOAL Fatores Positivos Fatores Negativos 
Análise Interna 
O que está no seu controle, que depende apenas 
de você (capacidades, competências e 
conhecimentos), e que você pode desenvolver 
com treinamento, estudo e treino. 
Forças 
O que você faz bem? 
Fraquezas 
O que você pode 
melhorar? 
Análise Externa 
Tudo aquilo que foge de seu controle, pois você 
não controla seu ambiente externo. 
Oportunidade 
O que você pode fazer 
para diminuir as suas 
fraquezas? 
Ameaça 
O que pode te 
prejudicar? 
 
Quadro 4 – Matriz Swot pessoal 
Fonte: Cabrera (2020) 
 
Com a Matriz Swot pode-se acelerar o processo de autoconhecimento a partir do 
momentoque você passa a refletir sobre a própria vida e consequentemente a levantar 
questionamentos que precisarão ser respondidos. 
Esse processo de reflexão e questionamento ininterrupto faz parte da construção de toda 
uma vida. A cada dia novas situações podem surgir e é preciso estar atento para identificar o 
momento em que se faz necessária a mudança de determinados hábitos e pensamentos que não 
fazem bem. Para isso, é preciso ter a mente aberta e estar disposto a mudar de opinião, a aceitar 
novas ideias, a desconstruir antigos conceitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
A importância da Matriz Swot para o autoconhecimento é a relação que se trava com o outro a 
partir daí, pois quanto mais você se conhece, mais empático você se torna, e a capacidade de 
compreender o outro está intrinsicamente relacionada ao autoconhecimento. É a partir dele que o 
homem se torna capaz de melhorar sua qualidade de escuta e de observação. Portanto, lembre-se: 
 
Assim, na busca de trazer um maior aprofundamento em relação aos seus estudos, você 
está convidado a estudar um pouco mais acerca da empatia. 
Pronto(a) para mais essa aventura? Então, vamos lá! 
 
3.2 Empatia 
Conforme você já viu, já se falou sobre empatia em tópicos passados e, a partir de agora, 
você irá se aprofundar um pouco mais a respeito desta questão. 
De acordo com o Dicionário, empatia é uma palavra de origem grega, que significa ter a 
habilidade de entender a necessidade do outro, de sentir o que uma pessoa está sentindo, de se 
colocar em seu lugar e de ver o mundo pela sua perspectiva (DICIONÁRIO ON LINE DE PORTUGUÊS, 
2021). 
Assim, você poderá entender a empatia como sendo a capacidade que uma pessoa tem 
de vivenciar a dor e a alegria de outra, sendo que para isso é preciso ter em mente que cada ser 
humano é único e passa por situações distintas, que acabam formando sua personalidade. Assim, seja 
Com estas explicações você, também poderá questionar: 
Que relação tem tudo isso com o que se propõe este tópico que trata acerca 
da capacidade de compreender? 
 
“A escuta é um ato de atenção para com o outro, de respeito com relação a 
sua pessoa, de abertura ao seu mundo. [...] isto só é possível se estivermos 
dispostos a suspender provisoriamente as nossas próprias vozes, a calá-las 
ou, no mínimo, moderá-las. Escutar é um ato de hospitalidade” (TORRALBA 
apud PROGRAMA CULTURA DE PAZ, 2021) 
 
 
 
 
 
 
 
39 
nas relações pessoais ou profissionais, faz-se fundamental aprender a importância de se valorizar as 
diferenças entre as pessoas, pois é a multiplicidade de olhares que favorece a aprendizagem, a 
inovação e o progresso da sociedade. 
 
A primeira atitude é aprender a fazer escolhas sustentáveis, é ter qualidade na escuta e 
na observação. Falar em escolhas sustentáveis significa dizer que não deve distinguir/separar o que 
é bom para si e o que é bom para o mundo, mas unicamente, unir o que é bom para você e para o 
mundo. 
Aceitar as diferenças é se abrir para novos aprendizados, consiste em se mostrar 
receptivo para compreender e aceitar as diferenças existentes entre você e o outro. Lembre-se: sua 
interpretação é sempre parcial e influenciada por suas crenças pessoais, por isso, faz-se necessário 
procurar modificar seus hábitos de atenção e comunicação. 
 
E ai, você gostou do vídeo? 
Consegue se imaginar em alguma das situações apresentadas? 
Então, chegou o momento de buscar treinar o seu olhar para evitar distorções na 
interpretação dos fatos. 
Lembre-se: em uma escuta empática, ouvimos sem interromper, sem interrogar, sem 
opinar, sem aconselhar e, sobretudo, sem julgar. Esta consiste em um espaço exclusivo para o outro 
dizer aquilo que o preocupa, que acha importante, que precisa e, de modo geral, sobre a forma como 
está interpretando a situação. 
Então, pense: 
O que é preciso para desenvolver empatia nos diferentes ambientes? 
Diante disso, você está convidado para assistir ao vídeo abaixo, o qual 
apresenta, de forma cômica, situações em que o primeiro julgamento 
dificulta o entendimento real da situação. Eis o link do vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=RXuh7cEzxlA 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Veja, então, o que o exemplo da figura abaixo tem a ensinar. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 – Exemplo do uso de empatia no ambiente de trabalho 
Fonte: Programa Cultura de Paz (2021) 
Descrição: Os dois quadrinhos mostram situações distintas ocorridas em um local de trabalho, com 
três personagens (um homem que está sentado em frente a um computador em sua mesa de 
trabalho e duas mulheres, que se encontram a frente da, uma está em pé, com um leque na mão 
abanando a outra que, sentada, passa mal devido ao calor). No quadro 1, você visualiza que não há 
o uso da empatia por parte do homem, que reclama do que ocorre, dizendo que além de ter que 
aguentar o calor, também precisa lidar com as interrupções de seu trabalho devido à situação. Já no 
quadro 2, ver-se o uso da empatia por parte deste, que se preocupa com a mulher, observando ser 
a terceira vez que ela passa mal devido ao calor e se propõe a ajudá-la. 
Você pode observar que, na primeira situação o cidadão não tem um olhar empático, 
reclamando da cena que se desenrola em sua frente de forma individualista; já na segunda este 
consegue se colocar no lugar do outro. E, diante destes quadros você poderá verificar que, com o uso 
da empatia, cria-se um espaço democrático e livre para o outro existir com suas forças e 
vulnerabilidades, além de se ampliar a visão de mundo, favorecendo o reconhecimento das 
diferenças, das infinitas formas de enxergar e das condições possíveis para lidar com os conflitos, 
evidenciando que cada ser humano é único. A verdadeira empatia é aquela que possibilita a 
compreensão das situações a partir da perspectiva do outro. 
Com estas explanações, você está convidado agora para dar seguimento de seus estudos 
e aprender um pouco mais acerca da motivação e de sua importância para o trabalho. 
Preparado(a)? 
Então, vamos lá! 
1 2 
 
 
 
 
 
 
41 
 
3.3 Motivação 
A palavra motivação deriva do termo latino moverè, tendo como significado: força motor 
ou força interna que impulsiona o homem a ter uma determinada atitude ou a realizar uma 
determinada tarefa (SARDINHA, 2013). 
Assim, você poderá compreender a motivação como aquela energia capaz de impulsioná-
lo a buscar a realização de seus sonhos. 
 
Portanto, focar em pontos específicos, no que se quer e em como alcançar objetivos e 
sonhos, permite que o homem se aproxime mais de seus propósitos, tornando-o mais satisfeito 
consigo mesmo, ou seja, o torna mais motivado e pessoas motivadas são mais entusiasmadas e 
propensas a se arriscar, são mais proativas, têm iniciativa e capacidade de contagiar as pessoas que 
o cercam, isto sem se deixar contaminar pelo desamino. 
Reflita, então, acerca da mensagem passada na seguinte quadrinha: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – O desânimo de Miguelito perante a vida 
Fonte: http://www.emdialogo.uff.br/node/3543 
Descrição: Neste quadrinho Mafalda questiona Miguelito, por não entender, o porquê de ele ficar ali sentado 
esperando alguma coisa da vida e quando ele responde que é aquilo mesmo que vai ficar fazendo ela se afasta 
questionando se não é pelo fato de existirem muitas pessoas como Miguelito que o mundo se encontra como está. 
E, sobre essa questão, você sabia que os sonhos estão diretamente 
relacionados com um propósito de vida, um objetivo a ser atingido, entre 
diversos outros fatores? 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Pessoas desanimadas não se encontram propensas ao sucesso. E uma das formas de ter 
motivação e superar o desânimo é realização de atividades que promovam alegria, que deem a 
sensação de prazer, de satisfação. E isto também acontece no campo profissional. 
Para isso, é preciso: 
• Investir em formação pessoal, pois o aperfeiçoamento pessoal é tão importante 
quanto qualquer outro setor da vida;• Traçar planos, reconhecendo seu lugar no mundo e aonde você pretende chegar, 
dessa forma, é possível traçar objetivos e se sentir motivado para alcançá-los, além 
de trazer maiores perspectivas das coisas que se pode realizar e que dependem 
unicamente de cada um; 
• Procurar aprender com histórias motivadoras de pessoas que passaram por 
situações desafiadoras, e até mesmo por situações semelhantes vivenciadas por 
você, isso te ajudará a se sentir motivado. 
A motivação também influencia na produtividade e no desempenho das pessoas, as quais 
passam a se sentir mais estimuladas a crescer e alcançar metas, pois a motivação faz com que os 
objetivos sejam atingidos da maneira mais eficaz e estimula o trabalho em equipe, pois é uma força 
contagiante. 
O fato é que um indivíduo motivado se compromete mais com a instituição em que 
trabalha. A motivação no ambiente de trabalho têm se mostrado de extrema importância para 
incentivar funcionários, para a promoção de uma maior sintonia entre as equipes e para um 
desempenho melhor em trabalhos individuais. 
Dessa maneira, algumas formas de recompensa que podem promover a motivação para 
o trabalho são: 
• Oferecer horários flexíveis; 
• Reconhecer o progresso e valorizar o trabalho efetuado; 
• Permitir que se trabalhe em projetos diferentes; 
• Escrever recomendações (cartas, linkedin ou e-mail); 
 
 
 
 
 
 
43 
• Realizar ações descontraídas, através de brincadeiras e dinâmicas, com o objetivo 
de aliviar o estresse; oferecer sempre acesso para o diálogo, para a troca de ideias e 
vivências, entre outros. 
E, no campo da gestão educacional, também atuam na motivação daqueles que 
trabalham neste setor ações como: a realização de capacitações e de momentos de reflexões; 
reconhecer e elogiar o trabalho que é desenvolvido, com o fim de elevar a autoestimas dos 
funcionários; ser otimista e apoiar a equipe diante das dificuldades surgidas; ter sensibilidade diante 
das dificuldades vivenciadas e contribuir para que as mesmas sejam vencidas; ter ética e agir com 
equidade; entre outras (SAVIOLI, 2017). 
Todavia, existem diferentes fatores motivacionais e estes variam de um indivíduo para 
outro, e o que estimula uma pessoa, pode não ter o mesmo efeito sobre outra. 
 
Proposta pelo psicólogo americano Abraham H. Maslow, essa teoria se baseia na ideia de 
que as necessidades humanas seguem uma hierarquia, que vão das necessidades básicas (que devem 
ser satisfeitas primeiro) àquelas mais complexas, e de nível mais alto. Seu método foi representado 
em forma de pirâmide, em que fica estabelecida uma ordem para cada necessidade humana, 
conforme você poderá observar na figura que segue. 
Logo, responda: 
Você já ouviu falar acerca da hierarquia das necessidades de Maslow? 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Figura 11 – Pirâmide da Hierarquia das Necessidades de Maslow 
Fonte: http://www.etecregistro.edu.br/unidade/orientacao_pedagogica/teoricos_da_educacao.html 
Descrição: A figura é formada por um triângulo colorido, dividido em quatro trapézios de tamanhos diferentes e um 
triângulo ao topo. Em sua base, pintada na cor rosa, estão representadas as necessidades básicas, que ocupam dois 
trapézios: o primeiro, é o maior, representa as necessidades fisiológicas (respiração, comida, água, sexo, roupa, 
descanso, homeostasia, excreção) e o segundo representa as de segurança (física, emprego, recursos, saúde, 
moralidade, família, propriedade). Ao centro, encontram-se representadas as necessidades psicológicas na cor verde, 
ocupando o terceiro e o quarto trapézios: o terceiro representa as de amor/relacionamento (amizade, família, 
necessidade sexual, conexão, fazer parte de um grupo) e o quarto, representa as de estima (autoestima, confiança, 
realização, respeito). E, por fim, no topo, tem-se um triângulo azul representando as necessidades de autorrealização, 
que são referentes às realizações pessoais (crescimento, autonomia, independência, controle) 
 
Você, então, verifica que na base da pirâmide encontram-se os níveis básicos de 
sobrevivências, já os níveis mais altos referem-se à aceitação social e à autovalorização. Assim, 
conforme se vão atingindo os níveis mais baixos da pirâmide passa-se a adquirir mais condições e 
motivações para seguir adiante, e, assim, vencendo etapa a etapa chega-se ao topo, que corresponde 
à realização pessoal. 
Também é importante saber que sem motivação as pessoas não sentem vontade de 
realizar nenhum tipo de tarefa. E para que a motivação ocorra é preciso um estímulo, que pode estar 
ligado a fatores internos (emoções) ou externos (ambiente). Dai é possível apontar a existência de 
dois tipos de motivações: uma extrínseca e outra intrínseca. Veja, no quadro que segue o como 
distinguir uma da outra. 
 
 
 
 
 
 
 
45 
MOTIVAÇÃO 
EXTRÍNSECA 
Também chamada de motivação externa, encontra-se ligada ao 
ambiente, às situações e aos fatores externos. No trabalho 
corresponde ao salário, às premiações, aos treinamentos de 
aprimoramentos, aos benefícios oferecidos, entre outros. 
MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA 
Conhecida como motivação interna, refere-se à força interior, que 
mantém os indivíduos ativos mesmo diante das adversidades. Está 
relacionada à realização pessoal, aos interesses individuais (metas, 
objetivos e projetos pessoais), os quais geram no homem força para se 
movimentar e conquistar, tornando-se protagonista de sua história. 
 
Quadro 5 – Diferenças entre motivação extrínseca e motivação intrínseca 
Fonte: Instituto Brasileiro de Coaching (2018) 
 
Assim, com base nestes dois tipos de motivação, acredita-se importante conhecer outra 
teoria motivacional: a Teoria dos Dois Fatores de Herzberg, segundo a qual fatores motivacionais e 
fatores higiênicos são responsáveis pela motivação e satisfação das pessoas no trabalho. E, no quadro 
seguinte, você poderá visualizar os fatores motivacionais e higiênicos são estes referidos por 
Herzberg. 
 
FATORES 
MOTIVACIONAIS 
São aqueles que, quando presentes, causam motivação, e quando ausentes causam 
insatisfação. Eles têm relação com ações que motivam o funcionário, como: 
reconhecimento do trabalho realizado, crescimento profissional, autorrealização, 
promoção de desafios a serem alcançados, crescimento pessoal, liberdade de 
decisão e para realizar uso pleno das habilidades pessoais. 
FATORES 
HIGIÊNICOS 
São fatores relacionados à empresa, ao ambiente, dentre os quais, têm-se: salário, 
ambiente de trabalho, política empresarial, clima organizacional, benefícios 
sociais, condições físicas do ambiente, entre outras. 
 
Quadro 6 – Fatores motivacionais e higiênicos segundo Herzberg 
Fonte: Instituto Brasileiro de Coaching (2019) 
 
E ai? Você está gostando do que vem aprendendo? Assim, espera-se que sua 
aprendizagem esteja se dando de forma proveitosa. E com este desejo, você está convidado para dar 
início ao estudo da a última etapa desta competência. Está pronto para abrir um pouco mais seus 
horizontes e estudar acerca do trabalho individual e em grupo? 
 
 
 
 
 
 
46 
Então, vamos lá! 
 
3.4 Trabalho individual e em grupo 
Antes de se começar a estudar acerca do trabalho individual ou em grupo acredita-se que 
é importante traçar umas breves considerações sobre o que vem a ser trabalho. 
 
Pode-se afirma que o trabalho faz parte da vida humana, que o homem enquanto ser 
social necessita do trabalho para viver/sobreviver. Este sempre fez parte da vida dos homens e foi 
através do mesmo que as civilizações se desenvolveram e alcançaram o nível atualmente alcançado. 
Deste modo, o trabalho pode ser entendido como qualquer atividade física ou intelectual, 
realizada pelo homem, com o objetivo de transformar ou obter algo para sua realização pessoal e/ou 
para seu desenvolvimento econômico (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ, 2021). 
 
Assim, uma vez que você já sabe distinguir os diferentes conceitos que envolvem a 
questão do trabalho, passa-se aoenfoque de seu estudo: o trabalho individual e o trabalho em grupo. 
 
Você já parou para pensar acerca desse conceito? 
Para você, o que significa trabalho? 
Todavia, se você se aprofundar no conceito de trabalho, perceberá que são 
muitos os enfoques que podem ser trazidos em seu significado. Assim, faz-se 
necessária a leitura para página do site Significados, a qual traz informações 
pertinentes acerca dessa questão: https://www.significados.com.br/trabalho/ 
 
E sobre essa questão, gostaríamos de saber: 
O que acha melhor: trabalhar sozinho ou em grupo? 
 
 
 
 
 
 
47 
Refletindo acerca desta pergunta, uma matéria publicada no site da revista Super 
Interessante, em 2018, retrata que o cenário ideal para esta questão situa-se na união das duas 
formas de trabalho (LUIZA, 2018), pois ainda que existam situações em que o trabalho individualizado 
possa trazer um melhor resultado, é importante que as pessoas encontrem-se sempre abertas à 
escuta de opiniões e ideias diferentes das suas, e a troca de conhecimentos traçada através do 
trabalho em grupo, além de fortalecer as relações, também pode torna o trabalho mais produtivo, 
criativo e eficiente. 
 
 
É certo que na escola existem diferentes tipos de trabalhadores, e cada um deles exerce 
uma atividade específica (professores, gestores, coordenadores, porteiros, funcionários da 
secretária, funcionários de serviços gerais, entre outros). Todavia, apesar de cada um destes ter uma 
função própria e diferenciada, para criação de um ambiente harmônico, a troca de experiências entre 
todos estes atores se faz fundamental. 
Quanto à questão do trabalho individual e do trabalho em grupo, não se pode ignorar que 
existem pessoas que preferem trabalhar sozinhas e que produzem melhor trabalhando dessa forma 
e outras que gostam de trabalhar em grupo. Isso é uma questão de personalidade, pois conforme já 
estudamos anteriormente, as pessoas são diferentes umas das outras, e saber lidar e respeitar as 
diferenças faz parte do bom profissionalismo. Além disso, existem atividades que se tornam mais 
produtivas quando trabalhadas de forma individual, e outras quando trabalhadas em grupo. 
Assim, tanto o trabalho em grupo, quanto o trabalho individual são importantes em uma 
escola ou instituição de ensino. Vejamos: a parte pedagógica faz parte das atribuições de professores 
Veja aqui a matéria da revista Super Interessante completa: 
https://super.abril.com.br/comportamento/o-que-e-melhor-trabalhar-
sozinho-ou-em-grupo/ 
E no ambiente escolar, qual a importância de se saber trabalhar 
individualmente ou em grupo? 
 
 
 
 
 
 
48 
e coordenadores, todavia, para a execução de suas funções, eles dependem da ajuda de outros 
funcionários, como os da secretaria, para execução de serviços como a digitação de documentos, de 
atividades e de avaliações ou para ter acesso à ficha pessoal de algum aluno, entre outras atividades 
administrativas ou dos trabalhadores de serviços gerais, para trabalhar em um ambiente limpo. 
Você, então, poderá perceber que os serviços realizados dentro de uma escola, apesar de 
possuírem suas especificidades, estes também são interdependentes, ou seja, dependem uns dos 
outros, onde, cada um, com suas atribuições e qualidades, faz parte de um todo, e é possuidor de 
importância própria. Neste ponto, uma figura que se destaca é a do gestor, pois cabe ao mesmo, 
através da observação de como as atividades são exercidas, procurar promover um ambiente 
saudável e harmônico. 
O gestor que valoriza o trabalho em equipe sabe reconhecer as falhas existentes, inclusive 
as suas, e consegue potencializar o que cada um tem de melhor, minimizando conflitos e diferenças 
que possam surgir na realização do trabalho em grupo. O gestor democrático valoriza as ideias e 
iniciativas dos membros de sua equipe; não só valoriza, mas anima, coopera, promove e coordena a 
participação dos membros da equipe, criando, assim, um clima saudável, de comunicação e 
integração entre todos. 
 
Existe um propósito para a existência do trabalho em equipe. Observe que há tarefas 
cotidianas, sejam de cunho pessoal ou profissional, que necessitam de mais mãos e mentes para 
acontecerem. Portanto, os trabalhos em equipe, quando bem estruturados e gerenciados, promovem 
uma maior produtividade, do que quando realizados de forma individual. Não que o trabalho 
individual seja ruim ou menos produtivo, porém, existem tarefas que são impossíveis de serem 
realizadas sozinhas. 
Para você por que o trabalho em equipe é importante? 
 
 
 
 
 
 
49 
 
Com essas explicações e reflexões, é chegado ao fim do estudo de mais uma competência, 
porém não se esqueça de assistir a vídeo aula dessa competência. 
E ai? Gostou de tudo o que você aprendeu até aqui? 
Então se prepare que, na próxima semana você estará enfrentando mais uma etapa de 
seus estudos, diante da qual passará a ter uma visão mais clara da importância do desenvolvimento 
de um bom relacionamento interpessoal para a construção de uma escola democrática. 
Até lá! 
Em complemento a essas explicações, assista ao vídeo disponibilizado no site 
abaixo acerca da importância do trabalho em equipe: 
https://www.youtube.com/watch?v=EPqHYWVNz2U 
 
 
 
 
 
 
50 
4.Competência 04 | Compreender a importância da boa relação 
interpessoal para construção de uma gestão escolar democrática 
Olá, caro Estudante, dando continuidade aos seus estudos, nesta semana você aprenderá 
um pouco mais sobre a importância das relações intrapessoais para a construção de uma gestão 
escolar democrática. Assim, inicialmente, você aprofundará mais seus conhecimentos com a 
compreensão do conceito de relações interpessoais e de sua importância para as relações que são 
estabelecidas no ambiente de trabalho, sobretudo, àquelas estabelecidas no âmbito escolar, 
conforme você poderá verificar a seguir. 
Animado(a) para mais essa jornada de aprendizagem? 
Então, vamos lá! 
 
4.1 Relação interpessoal 
Lembrando o explanado na parte introdutória deste estudo, você viu que as relações 
interpessoais correspondem a um conceito do campo da Sociologia e da Psicologia que remete as 
relações sociais estabelecidas entre duas ou mais pessoas no contexto em que as mesmas se 
encontram inseridas, ou seja, na família, na escola, na sociedade, nos locais de lazer, no trabalho, 
entre outros. 
Assim, você poderá entender que: os relacionamentos interpessoais implicam nas 
relações sociais que são estabelecidas entre pessoas em diferentes locais, cujo convívio pode 
desencadear diversos sentimentos (amor, amizade, compaixão, raiva, medo, indiferença, entre 
outros) e situações (disputas, inimizades, conflitos, entre outros). 
Isto porque estas relações envolvem diferentes sujeitos, cada um com atitudes, 
pensamentos, personalidades, vivências e opiniões distintas, que, a partir de um determinado 
momento, passam a conviver em um mesmo espaço, a dividir objetivos em comum, sejam de ordem 
pessoal ou profissional, e frente a isso, para que as relações ocorram de modo equilibrado e sem 
conflitos, faz-se imprescindível o respeito às diferenças e a valorização da historicidade de cada um 
(BRENNER; FERREIRA, 2020). 
Logo, 
 
 
 
 
 
 
51 
 
Todavia, 
 
Para Rocha (2009), “Pode-se considerar que relacionar é dar e receber ao mesmo tempo, 
é abrir-se para o novo, é aceitar e fazer-se aceito, buscar ser entendido e entender o outro. A 
aceitação começa pela capacidade de escutar o outro, colocar-se no lugar dele e estar preparado para 
aceitar ao outro em seu meio”. 
Diante destas explanações e sabendo-se que o homem é um ser social, pode-se entender 
as relações interpessoais como espaços de troca essenciais para as vivências humanas, e porque não 
dizer também para sua sobrevivência. 
Um bom exemplo para se entender essa questão pode ser dado a partir da análise da 
Fábula dos Porcos Espinhos, você conhece essa fábula? 
 
Assim, a partirdo exemplificado na Fábula dos Porcos Espinhos, ver-se a importância de 
se aprender a conviver com as diferenças, ainda que estas em algumas ocasiões sejam capazes de te 
ferir, o aceitar o outro como ele é, respeitando suas qualidades e defeitos, uma vez que não existem 
As relações interpessoais podem ser consideradas todos e quaisquer 
contatos entre pessoas, esses contatos ocorrem entre indivíduos em 
diferentes circunstâncias e em diferentes espaços, voltados tanto para o 
âmbito tecnológico e educacional, como para as relações empresariais 
(ROCHA, 2009). 
 
Em mundos e ambientes em que existem e convivem pessoas de diferentes 
personalidades, o que implicaria para você o ato de relacionar-se com o 
outro? 
 
Então, acesse ao link abaixo, e reflita acerca da lição trazida pela mesma: 
https://www.youtube.com/watch?v=3J2vtXerV7k 
 
 
 
 
 
 
52 
pessoas perfeitas, e desta forma, é preciso aprender a se conviver em grupo, respeitando-se a 
individualidade de cada um. 
E quando se passa a tratar do ambiente de trabalho, no qual muitas pessoas passam 
grande parte de seu tempo e onde é estabelecida uma série de relações interpessoais, o respeito as 
diferenças e individualidades torna-se ainda mais importante, uma vez que, um bom relacionamento 
interpessoal no trabalho fortalece não apenas o desempenho profissional, mas também é 
fundamental para que objetivos e metas sejam atingidos por todos os que compõem a equipe de 
trabalho. Logo, quanto melhor for o relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho, maior 
será o alcance dos resultados esperados e o atendimento das necessidades individuais, e isto se 
refletirá, consequentemente, na satisfação das pessoas. Todavia, os relacionamentos entre as 
pessoas nem sempre se dão de forma simples, principalmente frente às diferenças individuais de 
cada membro da equipe de trabalho. 
Veja, na figura abaixo quais os principais pilares do bom relacionamento interpessoal no 
trabalho para a construção de um ambiente corporativo de sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Pilares do bom relacionamento interpessoal para um ambiente corporativo de sucesso 
Fonte: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/relacionamento-interpessoal/ 
Descrição: Observa-se na figura uma casa formada por figuras geométricas (triângulos e retângulos). Na base casa, 
visualiza-se um retângulo maior na posição horizontal e na cor preta, onde se encontra escrito: Pilares do 
relacionamento interpessoal no trabalho. O corpo da casa, é formado por cinco retângulos menores e coloridos, 
posicionados verticalmente, e cada um deles representa um destes pilares. Assim, o primeiro retângulo (na cor azul 
claro) traz escrita a palavra, autoconhecimento; o segundo (na cor azul escuro) a palavra empatia; o terceiro (em verde) 
a palavra assertividade; o quarto (em lilás) a palavra cordialidade; e o quinto (em marrom) a palavra ética. Acima da 
casa, formando o seu teto, encontra-se um triângulo vermelho, no qual se encontra escrita a expressão sucesso 
corporativo. 
Sucesso Corporativo 
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co
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Pilares do relacionamento interpessoal no trabalho 
 
 
 
 
 
 
53 
Com base no colocado na figura acima você verificará que um bom relacionamento 
interpessoal no ambiente de trabalho, requer por partes de seus integrantes qualidades como: 
autoconhecimento, empatia, assertividade, cordialidade etc. Pois para a formação de um ambiente 
harmonioso e saudável de trabalho faz-se necessário que, no mesmo, sejam efetuadas trocas de 
sentimentos e experiências, as quais requerem o empenho das pessoas envolvidas, a fim de que se 
conquiste o sucesso corporativo. 
Diante disto, você não pode esquecer que existem fatores que podem interferir, tanto de 
forma positiva, como negativa, nas relações interpessoais no trabalho. Assim, para uma melhor 
compreensão do assunto, no quadro que segue são apontados alguns destes fatores. 
 
FATORES POSITIVOS FATORES NEGATIVOS 
ü Liderança democrática 
ü Responsabilidade 
ü Assertividade 
ü Empatia 
ü Bom humor 
ü Respeito e diálogo entre colegas, 
subordinados e superiores 
ü Amizade, cordialidade, cooperação e 
entrosamento. 
ü Inveja 
ü Falta de diálogo 
ü Falta de respeito 
ü Liderança autoritária 
ü Diferenças salariais 
ü Competitividade 
ü Relações conflituosas 
 
Quadro 7 – Fatores que interferem nas relações interpessoais no ambiente de trabalho 
Fonte: MARCONDES (2021) 
 
 
Para ter um bom relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho é preciso a pratica 
de algumas ações, conforme apontado abaixo: 
• Aperfeiçoe sua comunicação. Pois uma comunicação clara, adequada e assertiva 
são fundamentais na construção de bons relacionamentos; 
O que você pode fazer para desenvolver um bom relacionamento interpessoal 
no seu trabalho? 
 
 
 
 
 
 
54 
• Aprenda a ouvir. Significa dizer que, procure escutar além das palavras, observe 
expressões e contextos; 
• Seja cordial. A cordialidade faz parte das boas relações e da boa educação, assim, 
dar um bom dia, agradecer ou fazer uma gentileza, faz muita diferença na 
construção de um ambiente de trabalho harmônico e saudável; 
• Sorria mais. Este gesto tem um grande poder, pois através do sorriso se expressa 
simpatia, alegria, prazer e desejo de se relacionar; 
• Respeite o espaço do outro. Evite ser invasivo, não force uma conversa ou 
aproximação ao perceber que o outro não está aberto a isso naquele momento; 
• Exercite a gratidão. Agradeça sempre que receber uma ajuda ou gentileza, e 
sempre que puder retribua o gesto; 
• Não faça pré-julgamentos. Não julgue aquilo que você não conhece o contexto, 
pois um julgamento errado pode trazer sérios prejuízos para as relações; 
• Aprenda a perdoar. Pois, ninguém é perfeito e qualquer pessoa pode errar e 
merece uma segunda chance, inclusive você; 
• Alimente emoções positivas. Uma vez que emoções como amor, compaixão, bom 
humor, lealdade, empatia, disponibilidade para ajudar ou ouvir, respeito a si e ao 
outro, quando realizadas sem segundas intenções colaboram positivamente para o 
estabelecimento de bons relacionamentos interpessoais (MARCONDES, 2021). 
Portanto lembre-se que: 
 
“[...] melhorando nossas relações com o outro compreendemos que cada um 
precisa ser respeitado de acordo com as necessidades psicológicas, físicas, 
sociais de cada um, portanto, precisamos nos dispor interiormente a fim de 
aceitar o outro da maneira que ele se apresenta e não como gostaríamos que 
ele se apresentasse” (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
Não restam dúvidas que a escola é um ambiente de trabalho onde são estabelecidas 
diversas relações interpessoais, principalmente por ser a escola um espaço comunitário, cujo objeto 
de trabalho faz parte de um processo coletivo (BRENNER; FERREIRA, 2020). 
E, neste caso, uma figura que se destaca é a do gestor escolar, a ele cabe entender como 
se dão as relações interpessoais dentro do espaço escolar, e a partir daí contribuir para a criação de 
um clima favorável, garantindo, através de uma visão sistêmica, a integração e colaboração de todos. 
Todavia, antes de se estudar acerca do papel do gestor escolar, acredita-se ser pertinente 
para sua aprendizagem que, você compreenda o que é uma gestão democrática na escola, sendo esta 
a sua próxima temática de estudo. 
Pronto(a) para mais essa jornada de conhecimentos? 
Então, vamos lá. 
 
4.2 Gestão democrática na escola 
Sabendo-se que você já teve oportunidade de estudar sobre a gestão democrática em 
outras disciplinas deste curso, você realizará a partir deste momento uma recapitulação deste 
conceito e ampliará seus horizontes com a reflexão sobre a ligação existente entre gestão 
democrática e relações interpessoais, uma vez que não se pode pensar em nenhuma ação 
democrática sem que haja a participação efetiva de todos. E, para que isso aconteçaé fundamental 
o estabelecimento de bons relacionamentos interpessoais. 
 
E no ambiente escolar, como devem se dar as relações interpessoais? 
 
Mas afinal, o que se pode se compreender por participação? 
 
 
 
 
 
 
 
56 
Em resposta a esta pergunta, Gomes (2010) esclarece que, a participação ocorre em todos 
os meios sociais (família, templos religiosos, clubes, escolas, etc). Todavia, existem diferentes formas 
de participação, de maneira que, quando você está presente em um determinado lugar, não significa, 
necessariamente, que esteja participando de algo. A participação exige mais do que a simples 
presença da pessoa, ela exige a emissão de opiniões, o envolvimento com o processo, a interferência, 
a escuta, o ouvir e aceitar ou não a ideia do outro. 
Esta também é uma conquista do homem, de forma que é preciso lutar por espaços 
capazes de garantir os direitos dos cidadãos. Logo, não se pode falar em democracia, sem 
participação, pois a mesma faz parte do exercício democrático, através do qual o homem elege, 
estabelece rodízio no poder, exige prestação de contas, desburocratiza, força os mandantes a 
servirem à comunidade, e assim por diante (GOMES, 2010). 
Assim, 
 
Lembre-se, porém, que esta perspectiva democrática é uma conquista recente, pois até 
bem pouco tempo a administração escolar era pensada de maneira centralizada, com o poder de 
decisão nas mãos de poucas pessoas, sem levar em consideração a participação e o envolvimento dos 
demais sujeitos, onde as relações de poder não tinham necessariamente por prioridade um objetivo 
comum a todos os que faziam a instituição (BRENNER; FERREIRA, 2020). 
Deste modo, observando a história, você irá perceber que, no Brasil, as mudanças 
ocorridas em sua política educacional remontam a década de 1980, a partir da mobilização dos 
movimentos sociais e da sua luta pela democracia, cuja movimentação provocou a abertura de 
escolas e uma maior participação da comunidade na realidade escolar na busca pelo acesso e 
permanência de todos no processo educativo, e, após a promulgação da Constituição Federal de 
1988, ficou instituído o princípio da gestão educacional democrática no país (PARANÁ, 2018). 
A gestão democrática corresponde a um processo político através do qual as pessoas que 
atuam na/sobre a escola identificam problemas, discutem, deliberam, planejam, encaminham, 
A gestão escolar, quando pensada na perspectiva democrática, revela a 
necessidade de uma instituição de ensino que se caracterize pela 
participação de todos no processo educativo (PARANÁ, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
57 
acompanham, controlam e avaliam as ações voltadas para o desenvolvimento da instituição e para a 
busca da solução dos problemas identificados (BRENNER; FERREIRA, 2020). 
Portanto, torna-se claro o entendimento de que a gestão democrática é um processo 
coletivo e sua efetivação implica: na presença de instâncias colegiadas de caráter deliberativo; na 
implementação do processo de escolha dos dirigentes escolares; na definição da aplicação dos 
recursos recebidos pela escola; na participação de todos os segmentos da comunidade escolar para 
a construção do Projeto Político Pedagógico (PPP). 
 
 
Figura 13 – Tirinhas da Turma da Mônica tratando sobre a importância do PPP 
Fonte: https://amp.goconqr.com/pt/p/8963405?dont_count=true&frame=true&fs=true 
Descrição: Na primeira tirinhas você visualiza um amiguinha de Cebolinha e Cascão passando apressado, e informando 
para eles que amanhã é para os pais irem à escola fazer o PPP. E, Cebolinha questiona: Bb... o que?. Então, chega 
Cascão e informa que é o Projeto Político Pedagógico. Na segunda tirinha, o coleguinha dá um OK e Cebolinha continua 
sem entender. Assim, na terceira tirinha Cascão informa que sabe do que se trata porque a professora explicou a 
importância da participação de todos na elaboração do PPP. 
Também não se pode esquecer que, todo o processo deve ser sustentado pelo diálogo, 
pela alteridade e pelo reconhecimento das especificidades técnicas das diferentes funções presentes 
na escola. Além de ter como base a participação efetiva de todos os que fazem a comunidade escolar, 
o respeito às normas, coletivamente construídas, para o processo de tomada de decisões e a garantia 
do amplo acesso às informações aos sujeitos da escola (BRENNER; FERREIRA, 2020). 
 
 
 
 
 
 
58 
Frente a isso, descortina-se que, para que a escola cumpra o seu papel na efetivação da 
gestão democrática, faz-se preciso a criação de espaços de discussões que possibilitem a construção 
do projeto educativo com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar. Logo, 
Para que a tomada de decisão seja partilhada e coletiva, é necessária a efetivação de 
vários mecanismos de participação, tais como: o aprimoramento dos processos de 
escolha ao cargo de diretor; a criação e consolidação de órgãos colegiados na escola 
(conselhos escolares e conselho de classe); o fortalecimento da participação 
estudantil por meio da criação e consolidação de grêmios estudantis; a construção 
coletiva do projeto político-pedagógico da escola; a redefinição das tarefas e funções 
da associação de pais e mestres na perspectiva de construção de novas maneiras de 
se partilhar o poder e a decisão nas instituições (OLIVEIRA; MARAES; DOURADO, 
2021, p. 10-11). 
 
 
Conforme estudado, pode-se afirmar que a gestão escolar democrática é um processo 
coletivo. Logo, para que esta de fato ocorra é preciso o envolvimento e comprometimento de todos 
(gestores, coordenadores, professores e demais funcionários da escolar, bem como dos estudantes, 
da família e da comunidade). E, é neste cenário que justamente se encontra a importância do 
desenvolvimento de boas relações interpessoais, isto porque, sem a presença de um bom 
relacionamento entre as pessoas fica impossível a realização de diálogos e a troca de ideias que são 
fundamentais na tomada de decisões. 
Para saber mais acerca dessa questão, você está convidado a leitura do texto 
disponibilizado no link: 
http://moodle3.mec.gov.br/ufmt/file.php/1/gestores/politica/pdf/texto2_1.
pdf 
 
Agora após estes esclarecimentos você poderá, questionar: 
De que forma as relações interpessoais podem interferir no processo de 
gestão democrática escolar? 
 
 
 
 
 
 
59 
E nessa mesma linha de pensamento, você também não deverá esquecer que a principal 
função educativa da escola é a aprendizagem, e esta acontece não apenas em sala de aula, na relação 
estudante-professor, mas também os diferentes espaços institucionais são promotores de ações 
educativas diversas. Desta forma, muitos atores ficam por trás das cortinas fazendo a diferença para 
que o espetáculo da educação aconteça e seja aplaudido de pé. E para que isso ocorra é necessário 
que todos os profissionais que fazem a comunidade escolar estejam em sintonia com os objetivos 
educacionais da instituição (SILVA, 2008). 
E neste contexto, o papel do gestor escolar é fundamental, isto porque uma gestão 
qualificada e comprometida com os ideais da participação democrática, sabe que ao tentar gerir a 
escola sozinho ele se tornará incapaz de atingir aos objetivos e metas educacionais e institucionais, 
que para isso ele precisará do envolvimento de todos, ou seja, precisará articular a todos da escola 
em prol deste fim. Pois, conforme esclarecem Souza e Silva (2018), a gestão democrática deve 
proporcionar “um trabalho num clima de bem-estar, escalado no respeito ao outro, deixando aflorar 
as relações interpessoais favoráveis a prática de um trabalho realmente prazeroso”. 
Diante disso, você poderá compreender que cabe a todos os que fazem parte do processo 
educativo procurar cumprir o seu papel e buscar os meios de possibilitar a ocorrência de uma gestão 
democrática real, sobretudo ao gestor escolar que tem a reponsabilidade de envolver a todos para a 
realização de um trabalho participativo, autônomo e democrático. 
Destamaneira, com estes esclarecimentos, no tópico que segue, você verá de forma mais 
específica acerca de qual é o papel do gestor escolar para que isto de fato aconteça. 
Pronto(a) para esta nova etapa de conhecimentos? Então, vamos lá! 
 
4.3 O papel do gestor escolar 
De acordo com tudo o que estudou até o presente momento, você verá que o trabalho 
realizado pela gestão escolar inclui um conjunto de atribuições e tarefas que não são fáceis de 
realizar, principalmente por estarem diretamente articuladas com o trabalho realizado por diferentes 
sujeitos, o que significa que o gestor tem a constante necessidade de mediar às relações 
interpessoais, e junto com estas os possíveis conflitos que delas possam decorrer. 
 
 
 
 
 
 
60 
 
De acordo com Lück (2007) o termo gestão escolar surgiu em substituição ao de 
administração escolar, e essa alteração conceitual aconteceu devido ao fato de que o termo gestão 
encontra-se mais adequado por envolver em seu significado a participação da comunidade nas 
decisões tomadas na escola. 
Logo, 
 
Já o conceito de gestor escolar pode ser entendido como o profissional responsável pela 
gestão escolar, o qual tem por missão a elaboração, na escola em que atua, das propostas 
pedagógicas com base na democracia e na participação da comunidade, visando à garantia da 
qualidade de ensino (SIGNIFICADOS, 2021). 
Assim, o gestor escolar é aquele que tem em suas mãos o poder de dirigir, conforme 
estabelecido na legislação, à instituição escolar e de fazer a ligação entre a escola e a comunidade 
(WERLE, 2001). E Lück (2012) complementa que, este trabalho encontra-se assentado na capacidade 
de liderança deste profissional em influenciar os atores escolares (professores, estudantes, 
funcionários, família e comunidade) para a concretização dos objetivos educacionais. 
Com base no explicado, você verifica que o gestor é o profissional que se encontra a frente 
da gestão escolar, sendo, portanto, o responsável para que esta seja considerada de fato 
democrática, e para isso ele precisa criar espaços de participação coletiva para a tomada de decisões, 
e, ao mesmo tempo encontrar-se aberto não só para ouvir sugestões, mas também para o 
recebimento de críticas. 
Todavia, antes de aprender sobre o papel do gestor escolar para a 
constituição de uma gestão democrática, que tal relembrar os conceitos de 
gestão escolar e de gestor escolar? 
 
Gestão escolar consiste em um sistema de organização interna da escola, o 
qual envolve todos os setores relacionados com as práticas escolares, com o 
objetivo de garantir na instituição de ensino um desenvolvimento 
socioeducacional eficaz (SIGNIFICADOS, 2021) 
 
 
 
 
 
 
 
61 
Com base no exposto, eis aqui algumas características imprescindíveis a um gestor escolar 
para a construção de uma gestão escolar democrática: 
• Saber ouvir aqueles que o cercam como forma de autoavaliação e busca por seu 
aperfeiçoamento; 
• Encontrar-se disposto à realização de um trabalho coletivo e saber trabalhar em 
equipe; 
• Ser um mediador; 
• Ter iniciativa e o domínio dos assuntos técnicos, pedagógicos, administrativos e 
financeiros que envolvem o cotidiano escolar; 
• Ser ético, solidário, ter um comportamento interpessoal e compreender as pessoas 
com quem se relaciona; 
• Conhecer a realidade escolar, bem como a comunidade em que a escola encontra-
se inserida; 
• Ser articulador e esforçar-se para a criação de canais adequados de comunicação e 
integração; 
• Saber como garantir que os objetivos da escola sejam alcançados, mantendo um 
bom clima entre as pessoas que compõem a comunidade escolar e local; 
• Buscar criar e manter situações promovedoras de bons relacionamentos; 
• Saber construir situações para a realização de trabalhos de articulação e integração 
visando à melhoria das relações interpessoais, dentre outros. 
Neste momento, também é preciso destacar que uma gestão para ser considerada 
democrática necessita da existência de quatro elementos constitutivos (a participação, a autonomia, 
a transparência e a pluralidade), e cada um destes possui sua importância dentro do processo de 
gestão democrática. Deste modo, cabe ao gestor escolar, não apenas o conhecimento destes 
elementos, mas também a garantia de sua presença no âmbito escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
Com o quadro que segue você poderá conhecer melhor cada um destes elementos: 
 
PARTICIPAÇÃO 
É papel do gestor garantir a participação de todos os envolvidos no processo de 
ensino e aprendizagem, na tomada de decisões através da criação e ampliação 
de canais de participação dos sujeitos sociais nos rumos da escola, afirmando-
a como espaço público de cidadania. 
AUTONOMIA 
Cabe ao gestor à promoção da autonomia em suas dimensões: i) - 
Administrativa (ligada às questões de administração de pessoal e material, de 
controle de indicadores de desempenho e de avaliação do trabalho); ii) 
Financeira (relacionada à elaboração de planos e à execução dos recursos 
financeiros, observando, sempre, os fins educacionais); iii) Pedagógica (que 
versa especificamente sobre as questões pedagógicas, como: função social da 
escola, organização de currículos e avaliação); iv) Jurídica (Ligada às normas, às 
orientações elaboradas pela escola, aos estatutos, aos regimentos escolares e 
aos avisos e portarias emitidos pela escola). 
TRANSPARÊNCIA 
Refere-se à importância do gestor promover o livre acesso à informação. É 
através de uma gestão transparente que este profissional dá credibilidade e 
lisura ás suas ações, que permite aos envolvidos no cotidiano escolar a 
participação nas decisões e ações realizadas, pois é por meio da socialização de 
informações que ele cria um clima de clareza e confiança. 
PLURALISMO 
Este se consolida através da postura de respeito às diferenças de pensamentos, 
de ideias e de opiniões, ou seja, de reconhecimento das diferenças de 
identidades e de interesses de todos os que convivem e/ou encontram-se 
ligados ao universo escolar. 
 
Quadro 8 - Elementos constitutivos da gestão democrática que precisam ser garantidos pela gestão escolar 
Fonte: Paraná (2018) 
 
E, antes da finalização deste estudo não se pode esquecer que a prática de uma gestão 
excessivamente burocrática, conservadora, autoritária e centralizadora, ainda que faça parte do perfil 
de alguns profissionais, na atualidade deve ser fortemente combatida e não mais encontrar espaço 
nas instituições escolares. E, em seu lugar, as escolas devem, cada vez mais, abrir espaços de 
participação coletiva para a tomada de decisões e por meio de uma liderança participativa buscar 
efetivação da democratização escolar. 
Com estas explanações chega-se ao fim desta competência e fica o convite para que você 
assista a sua vídeo aula. E, na próxima semana você finalizar o estudo desta disciplina com a 
 
 
 
 
 
 
63 
aprendizagem da importância de cada segmento da comunidade escolar para a realização de um bom 
convívio com a diversidade. 
Até lá e tudo de bom! 
 
 
 
 
 
 
64 
5. Competência 05 | Entender a importância de cada segmento da 
comunidade escolar para o bom convívio com a diversidade 
Você chegou à última competência da disciplina de Relações Interpessoais. Nesta, você 
aprenderá qual a contribuição de cada segmento da comunidade escolar para o estabelecimento de 
um bom convívio com a diversidade. 
Todavia, por ser a diversidade a temática central desta competência, torna-se pertinente 
que você conheça o seu significado antes de dar seguimento ao seu estudo. Assim, ao pesquisar no 
dicionário sobre essa temática, você encontrará que diversidade significa: 
 
A diversidade também pode ser entendida como um conjunto de características que 
diferenciam um sujeito do outro, tornando cada indivíduo um ser único, podendo a mesma ser 
representada por: 
• Orientação religiosa, sexual e de gênero; 
• Costumes e hábitos; 
• Nacionalidade e naturalidade;• Idade; 
• Etnia; pessoas com deficiência; 
• Histórico de vida diferente, como acontece com os ex-presidiários, entre outros 
(HALF, 2020). 
Não restam dúvidas de que esta é uma temática de grande importância quando se trata 
do estudo das relações interpessoais na escola, que é um espaço plural, cuja diversidade se explica 
diante do fato de que o Brasil é em um país miscigenado, conforme ilustrado na figura que segue, 
formado a partir de diferentes culturas, raças e credos, que se traduzem em nuances diversas. 
1. Qualidade ou condição do que é diverso, diferença, dissemelhança. 
2. Divergência, contradição (entre ideias, etc.). 
3. Multiplicidade de coisas diversas: existência de seres e entidades não 
idênticos, ou dessemelhantes, oposição (FERREIRA, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
Figura 14 – A miscigenação do povo brasileiro 
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/1545/diversidade-etnico-racial-por-um-ensino-de-varias-cores 
Descrição: A figura forma o mapa do Brasil a partir do desenho de diferentes pessoas, e tem por finalidade retratar a 
miscigenação responsável pela formação povo brasileiro. 
Deste modo, você verá que a importância da questão da diversidade na escola deve ser 
tratada com clareza, pois só assim se torna possível a construção de um ambiente escolar saudável, 
onde a individualidade humana é respeitada, reconhecida e aceita. 
Com essa breve apresentação, e dando seguimento a este estudo, dar-se abertura ao 
mesmo trazendo-se alguns esclarecimentos sobre o papel da escola, enquanto formadora de 
cidadãos, diante da diversidade que compõe não só a sua comunidade escolar, mas também a própria 
sociedade. 
E aí, preparado para aumentar sua visão nesta nova jornada de conhecimentos? 
 
5.1 O papel da escola 
Depois da família, que é o primeiro espaço de interação social infantil, surge a escola, a 
qual assume um importante espaço de aprendizagem e onde são instituídos os valores necessários 
a formação cidadã. 
Ao entrar na escola os horizontes infantis são ampliados, a criança deixa de pertencer 
exclusivamente ao grupo familiar, passando a integrar-se a outros grupos, e, junto com isso, a 
aprender a conviver com pessoas de raças, cor, etnia, religião, cultura e condições sociais, físicas e 
econômicas diferentes da sua. 
Neste momento, é importante lembrar que durante muito tempo as escolas conservaram 
concepções e práticas reguladas por tendências pedagógicas pautadas por um processo de 
 
 
 
 
 
 
66 
aprendizagem homogeneizado, desconsiderando as diferenças existentes. E, ainda hoje, muitas 
escolas trazem arraigadas em suas práticas essas concepções, o que dificulta o atendimento das 
diversidades humanas apresentadas em seu interior. 
Neste sentido, Carvalho (2002) alerta acerca da necessidade da escola abandonar esse 
antigo modelo, através do qual os diferentes são tratados como iguais, e passe a incorporar uma 
conduta que considere a diversidade, tanto em sua forma de lidar com os conteúdos programáticos 
e curriculares, quanto no que diz respeito às relações interpessoais traçadas entre seus atores. 
Isto porque, 
 
Logo, o respeito à diversidade deve não só fazer parte das ações da escola, mas também 
das ações de todos que a compõe, sejam: gestores, professores, funcionários, estudantes, família, 
comunidade, entre outros. Esta deve ser um espaço de construção, de convívio social e de troca de 
conhecimentos, onde as pessoas não podem mais ser rotuladas por não se enquadrarem em um 
modelo de normalidade criado a partir de pontos de vista individualistas, preconceituosos e 
discriminatórios. 
Eis o grande desafio de todos que fazem a escola: saber lidar com a diversidade. Até 
porque, assim como a própria sociedade, a escola é um espaço plural, onde está presente todo tipo 
de classe social, de raças, de etnias, de gênero, de orientação pessoal, entre outros. Desta forma, não 
deveria haver, e uma vez havendo, não se deve ser aceito qualquer tipo de atitude discriminatória ou 
preconceituosa. 
 
 
 
 
A função da escola não está vinculada apenas à simples transmissão de 
conhecimentos, o seu compromisso social vai além, pois como espaço de 
formação de cidadãos críticos, reflexivos e conscientes de seus direitos, a 
escola tem papel decisivo na formação de uma sociedade igualitária e justa 
(SILVA; FERREIRA, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
Com estes esclarecimentos, no próximo tópico, você vai se aprofundar um pouco mais 
sobre a questão da diversidade e a compreender e distinguir o que sejam: preconceito, racismo e 
discriminação, é a importância do estudo desta temática dar-se porque não se pode falar em respeito 
à diversidade em um ambiente cujas práticas e ações sejam concebidas através de posturas 
preconceituosas, racistas ou discriminatórias, e, por outro lado estas práticas e ações apenas serão 
combatidas, através do reconhecimento de sua existência e da identificação das nuances sobre as 
quais elas se apresentam. 
Preparado! Então, vamos lá! 
 
5.2 Preconceito, racismo e discriminação 
Para começar este estudo, observe a tirinha abaixo: 
 
Figura 15 – Tirinha sobre preconceito e educação 
Fonte: http://www.educacao.pe.gov.br/pdf/Educa%C3%A7%C3%A3o%20em%20Direitos%20Humanos.pdf 
Descrição: Na tirinha acima é trazido o remédio para o preconceito: a educação. Em seu primeiro quadrinho o homem, 
representado apenas por suas pernas, fala para a criança que olha atenta para cima: “ ̶ Muitas pessoas são portadoras 
e nem sabe... e todos sofremos com isso!”. No segundo quadrinho ele complementa: “ ̶ Pode ser transmitido, pelos 
pais, amigos da escola e até pela TV!”. Então a criança indaga: “ ̶ E tem cura?”, e ele responde que tem. Na terceira 
quadra, o homem, então completa: “ ̶ Preconceito se trata com educação!”. E a criança sorri. 
Assim, diante do que foi visto até o presente momento, você esta convidado a 
assistir a entrevista do professor e pesquisador da PUC-SP, Alípio Casali, na 
qual ele aponta caminhos para a promoção da diversidade nas escolas. 
Para isso, é só acessar o link abaixo: 
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/nossas-
novidades/videos/promover-a-diversidade-na-escola-se-faz-por-meio-do-
convivio-afirma-pesquisador/ 
 
 
 
 
 
 
 
68 
Não restam dúvidas de que a educação, seja a familiar ou a escolar, tem importante papel 
no combate a toda e qualquer atitude racista, preconceituosa ou discriminatória. 
Todavia, muitas pessoas não sabem a diferença entre preconceito, racismo e 
discriminação e pensa que é tudo uma coisa só. 
 
Assim, para melhor compreender estes três conceitos observe, no quadro abaixo, as 
diferenças que os distinguem. 
 
PRECONCEITO 
O QUE É 
Opinião emitida de forma superficial e sem base em uma experiência real ou na 
razão acerca de uma determinada pessoa ou grupo. 
Atitude hostil direcionada a um grupo como um todo ou a uma pessoa em por 
ela pertencer a um determinado grupo social. 
MOTIVO Baseado na ignorância ou em estereótipos 
RESULTADOS Pode ocasionar o racismo e/ou a discriminação de um determinado grupo 
MANIFESTAÇÃO Como crença 
NATUREZA Não consciente 
AÇÃO LEGAL Não pode ser levado à justiça, pois não representa uma ação 
EXEMPLO Colocar que uma pessoa com obesidade não emagrece porque é preguiçosa. 
RACISMO 
O QUE É Crença de que os membros de uma etnia possuem características, habilidades ou qualidades específicas, que os tornam superiores ou inferiores as outras. 
MOTIVO 
Resulta do preconceito, é causado pela antipatia e pelo ódio a pessoas 
diferentes, sejam em razão de sua cor, seus costumes, seu idioma, do local de 
nascimento, entre outros. 
RESULTADOS Discriminação ou preconceito com base na etnia, causando efeitos adversos, como: escravidão, guerra e xenofobia. 
MANIFESTAÇÃO Como crença 
NATUREZA Consciente e não consciente 
AÇÃO LEGAL Pode ser levado à justiça, conforme a Lei nº 7.716/1989 
EXEMPLO Considerar que uma pessoa é violenta ou dizer queela fez algo errado devido apenas a cor de sua pele. 
DISCRIMINAÇÃO 
O QUE É Refere-se ao tratamento injusto ou negativo a alguém, devido ao fato dela 
E você, saberia dizer qual a diferença entre preconceito, racismo e 
discriminação? 
 
 
 
 
 
 
 
69 
pertencer a um determinado grupo (com base em sua etnia, idade, gênero, etc) 
MOTIVO Pode ser causado pelo racismo e pelo preconceito 
RESULTADOS Leva a rejeição e/ou exclusão, assim como pode causa bullying, segregação, exclusão social, etc. 
MANIFESTAÇÃO Ação 
NATUREZA Consciente e não consciente 
AÇÃO LEGAL Pode ser levado à justiça, conforme a Lei nº 7.716/1989 
EXEMPLO As diferenças salariais existentes entre homens e mulheres que realizam o mesmo tipo de tarefas 
 
Quadro 9 – Diferenças entre preconceito, racismo e discriminação 
Fonte: Baseado nos textos de Carvalho e França (2019) e em Bezerra (2021) 
 
Diferenciando ainda o racismo do preconceito, Cavalleiro (2014) esclarece que o 
RACISMO é uma prática que reproduz na consciência social coletiva um amplo conjunto de falsos 
favores e de falsas verdades. É uma ideologia que permite o domínio sob um grupo (judeu, negro, 
muçulmano, entre outro), pautado apenas por atributos negativos imputados a cada um deles. Este 
atribui a inferioridade a uma determinada raça e se baseia nas relações de poder que são legitimadas 
pela cultura dominante. 
Já o PRECONCEITO é colocado como um subproduto do racismo, o qual corresponde a 
uma atitude de hostilidade nas relações interpessoais, o qual pode ser entendido, na maioria das 
vezes, como um julgamento negativo e prévio em relação às pessoas ocupantes de qualquer outro 
papel social significativo. Este sinaliza situações de suspeita, de intolerância, de ódio irracional ou 
aversão a indivíduos em decorrência de sua raça, religião, credo, entre outros (CAVALLEIRO, 2014). 
Agora veja na figura abaixo um exemplo clássico de discriminação racial, provocado pelo 
preconceito e pelo racismo a uma criança negra. 
 
 
 
 
 
 
 
70 
Figura 16 – Exemplo de discriminação 
Fonte: http://www.quimicosabc.org.br/noticias/fetquim-promove-curso-de-capacitacao-em-politicas-antirraciais-e-
luta-de-classes-2933/ 
Descrição: A figura mostra duas situações distintas. Na primeira, tem um menino branco, de boa aparência, vestido com 
um uniforme do Brasil e tênis, que aparenta ter feito algo erra e está sendo repreendido por alguém, que grita: “ ̶ Se 
fizer isso de novo, eu chamo seu pai!!”, e por trás outra pessoa pede calma, por se tratar apenas de uma criança. Já na 
segunda situação, o personagem é um menino negro, de aparência pobre, sem camisa, vestido apenas com um short 
cheio de remendos e uma sandália velha. Nesta situação a criança corre assustada e as pessoas apontam e gritam: “ ̶ 
Ladrão!! Redução da maioridade penal já!!” “ ̶ Chama a polícia!!, Pega!! Pega!!”. 
Com base no exposto você poderá perceber que apesar de distintos, estes três conceitos 
encontram-se entrelaçados, e a presença de um poderá culminar na manifestação do outro. Mas você 
também poderá notar que a diferença da discriminação para o racismo e o preconceito dar-se, 
principalmente, pela sua forma de manifestação, que é a ação. Já o preconceito e o racismo é a 
manifestação através das crenças, sejam de caráter individual ou coletivo. 
Frente ao explicitado até o momento não se pode deixar de explanar que o combate a 
qualquer tipo de racismo, preconceito ou discriminação na escola é um dever e uma responsabilidade 
de todos os seus segmentos, além disso, não se pode falar em relações interpessoais saudáveis, se 
estas foram manchadas por crenças e ações que tratam o diferente de forma discriminatória, 
preconceituosa ou racista. 
Com base nesta questão, e sabendo-se da diversidade de indivíduos que compõem o 
universo escolar, veja, a seguir, a importância de cada um de seus segmentos saber lidar com as 
diferenças existentes na escola. 
 
5.3 A importância de cada segmento 
Conforme você vem estudando, verifica-se que a escola não pode ser indiferente à 
diversidade de seu público seja este interno ou externo. Isto porque ela se encontra inserida em um 
mundo plural, com diferentes sujeitos, cada qual com estereótipos, crenças, valores, religiões, raças, 
orientações sexuais, estruturas físicas e mentais próprios, que devem ser aceitos e respeitados como 
são. 
Durante outros momentos desta disciplina foi vista a importância do respeito às 
individualidades, do uso da empatia, do não julgar, de se evitar os conflitos, da assertividade, da 
cordialidade e da ética para o desenvolvimento de boas relações interpessoais no ambiente escolar. 
 
 
 
 
 
 
71 
Além disso, é importante frisar que, no cumprimento de sua responsabilidade na 
formação de cidadãos autônomos e críticos, a escola precisa oferecer mecanismos que levem ao 
reconhecimento das diversidades, e, neste mesmo contexto, ao conhecimento e respeito das 
diferentes culturas e povos, favorecendo no seu público o encontro, o contato e a valorização da 
diversidade. 
Assim, quando nesta competência é trazida a temática da diversidade e das relações 
interpessoais na escola, você poderá questionar sobre o papel dos segmentos escolares frente a essa 
questão, uma vez que a formação de cidadãos para a diversidade é um trabalho coletivo, que engloba 
os diferentes atores/sujeitos formadores do público escolar. 
 
Logo, surge a necessidade de saber: 
 
Em resposta, pode-se afirmar que estes diferentes sujeitos correspondem aos gestores, 
aos professores e aos demais funcionários da escola, bem como aos estudantes, as famílias e a própria 
comunidade. Com isso você também pode perguntar: 
 
O papel é o de promover o respeito às diferenças e combater toda e qualquer forma de 
preconceito, de racismo ou de discriminação dentro do espaço em que atuam, sendo importante 
destacar que, 
 
 
Mas quem são os sujeitos que formam os segmentos escolares? 
E qual o papel de cada um destes sujeitos frente à diversidade? 
 
 
 
 
 
 
72 
 
A escola enquanto espaço público e democrático precisa acolher as diferenças, 
principalmente porque recebe em seu espaço uma diversidade enorme de indivíduos e grupos, e, 
alguns destes, por diferentes motivos, podem ocupar uma posição social que os coloca em risco 
contínuo, em situações de vulnerabilidades e com a redução de chances de desenvolvimento 
humano, principalmente devido ao preconceito e/ou discriminação que sofrem. 
Além disso, as desvantagens vivenciadas por estas pessoas ou grupos são muitas e difíceis 
de serem identificadas, na escola elas podem acontecer sem que a maioria das pessoas às perceba, 
pois seus feitos, geralmente são sentidos somente por aqueles que vivenciam tais situações. 
Veja abaixo exemplos de situação reais, apontados em matéria publicada pela revista on 
line Planeta Educação sobre os desafios da escola em lidar com a diversidade: 
Era para ser uma aula de educação física fantástica. Afinal, o professor havia pensado 
em uma atividade com bolas coloridas, na qual trabalharia com as cores e depois com 
pequenas somas, atribuindo valor a cada uma. Mas uma colega nova chegou naquele 
dia e adivinhem? Ela era cega. Como identificaria as cores e faria as somas a partir 
delas? 
O dia da festa das mães chegou e estava tudo maravilhoso. O teatro lotado, a 
decoração impecável, muita emoção e expectativa, até que dois pais chegaram de 
mãos dadas e se assentaram na primeira fileira. 
A aula seria de trigonometria e o professor separou um vídeo muito interessante para 
os alunos. Mas, na hora da apresentação, não havia como traduzir o vídeo em libras 
e o aluno surdo ficou de fora da atividade. 
A professora pediu aos alunos que colorissem o personagem com lápis de cor da pele. 
Mas um aluno negro disse que não estava encontrando a cor da sua pele na caixa de 
lápis de cor. 
No dia da consciência negra, a professora confeccionou perucas de Bombril com as 
crianças,para fazer uma “homenagem” aos cabelos africanos (BOY, 2020). 
O caminho para construir o respeito e atacar o preconceito não consiste em 
desconstruir identidades e anular indivíduos em sua própria natureza, mas 
sim de aceitá-los como são e de se aprender a conviver com as diferenças 
(BOY, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
73 
É certo que, sendo a escola um local de grande diversidade de pessoas, todos trazendo 
histórias e realidades diversas, é comum a existência de algum tipo de problema de relacionamento 
entre seus membros, sejam, estudantes, professores, funcionários ou qualquer um dos sujeitos 
atuantes neste ambiente. Todavia, este tipo de situação não pode ser deixado de lado nem tratado 
com insignificância pela gestão ou pelos demais membros da comunidade escolar, pois podem 
desencadear problemas ainda maiores, como é o caso da evasão e violência escolar, bem como da 
intolerância e do bullying (SILVA; FERREIRA, 2014). 
Diante disso, fica claro o cuidado que cada membro do universo escolar deve ter diante 
da diversidade. Assim, além de uma postura ética e do respeito às diferenças cabe: 
• Aos gestores: estar atentos a este tipo de situação a fim de combatê-las de forma 
educativa; a promoção de programas de formação continuada para professores 
tendo como foco a educação para a diversidade e o combate a todo tipo de 
racismo, descriminação e preconceito; bem como a abertura de espaços de 
conversa e esclarecimento das famílias, dos estudantes e da comunidade escolar 
acerca desta questão; 
• Aos professores: ser um exemplo a ser seguido pelos estudantes; o cuidado com o 
seu público na hora de elaborar os conteúdos a serem passados em sala de aula; o 
combate a toda e qualquer atitude discriminatória por parte dos estudantes em sala 
de aula e a promoção de reflexões visando esclarecer aos mesmos sobre o assunto; 
e junto com a gestão e a coordenação pedagógica planejar ações e projetos que 
levem a discussão da temática da diversidade; 
• Aos demais funcionários da escola: chamar a atenção de estudantes ao detectar 
qualquer tipo de atitude ou ação preconceituosa e levar a questão para a gestão 
escolar a fim de que a mesma tome as medidas necessárias ao seu combate. 
Neste universo, também é preciso envolver a família como parceira do processo 
educacional, uma vez que é nela que acontece a socialização primária infantil; bem como os 
estudantes e a sociedade no combate as formas variadas de preconceito e discriminação, lembrando-
se sempre que o respeito às diferenças, sejam estas quais forem, é dever de todos. 
Assim, após estas elucidações, e para finalizar a competência, será tratada com um maior 
aprofundamento, a temática da diversidade na escola no tópico a seguir. 
 
 
 
 
 
 
74 
5.4 Diversidade na escola 
Com o estudado até o momento você vai perceber que, falar sobre diversidade na escola 
é também falar de respeito às diferenças, de oportunidades e tratamentos iguais para todos. 
Lembrando que a diversidade também envolve a variedade cultural que se manifesta por meio da 
linguagem, do comportamento, do vestuário, das crenças e valores, dos posicionamentos políticos, 
da orientação sexual, das tradições, das artes e das formas de expressão. 
A diversidade faz parte da identidade própria de um grupo e de seus membros e envolve 
os conceitos de pluralidade, de multiplicidade, de variedade, de diferença e de heterogeneidade, uma 
vez que existem diferentes maneiras de interpretação e integração de sua existência (SAE DIGITAL, 
2021). 
Assim, como forma de lidar com esse universo dentro da escola a diversidade cultural 
encontra-se inclusa nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental trazendo os 
seguintes objetivos para a convivência com a diversidade na educação: 
• Conhecer a diversidade do patrimônio etnocultural brasileiro e ter atitude de 
respeito para com pessoas e grupos que a compõem, reconhecendo a diversidade 
cultural como direito dos povos e dos indivíduos, e elemento de fortalecimento da 
democracia. 
• Valorizar as diversas culturas presentes na constituição do Brasil como nação e 
reconhecer sua contribuição no processo de constituição da identidade brasileira, 
valorizando criticamente as qualidades da própria cultura e enriquecendo a vivência 
de cidadania. 
• Desenvolver uma atitude de empatia e solidariedade para com aqueles que sofrem 
discriminação. 
• Repudiar toda discriminação baseada em diferenças de raça/etnia, classe social, 
crença religiosa, sexo e outras características individuais ou sociais. 
• Exigir respeito para si, denunciando qualquer atitude de discriminação que sofra, ou 
qualquer violação dos direitos de criança e cidadão. 
• Valorizar o convívio pacífico e criativo dos diferentes componentes da diversidade 
cultural. 
 
 
 
 
 
 
75 
• Compreender a desigualdade social como um problema de todos e uma realidade 
passível de mudanças (SAE DIGITAL, 2021). 
Veja no quadro abaixo as principais diversidades encontradas na escola e seus desafios 
para a educação. 
 
DIVERSIDADE RELIGIOSA 
São diversas as religiões e expressões religiosas presentes na cultura brasileira e que devem ser 
consideradas na escola, que precisa valorizar os fenômenos religiosos como patrimônio cultural e histórico, 
respeitando seus princípios, valores e diferenças. 
DESAFIOS/AÇÕES 
- Trabalhar com os estudantes em sala de aula e com os demais membros da comunidade escolar a 
importância de atitudes de tolerância e respeito às diferenças religiosas; 
- Promover reflexões visando a valorização das expressões religiosas existentes na escola e na sociedade, 
buscando a garantia do direito que todos têm à livre expressão de culto, visando o combate da 
intolerância religiosa, cuja prática representa um desrespeito aos direitos humanos; 
- Não permitir nenhum tipo de discriminação e preconceito às diversidades religiosas existentes no âmbito 
escolar. 
NÃO ESQUECER 
- A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, conforme afirmado no art. XVIII da 
Declaração Universal dos direitos humanos, onde se encontra expresso que toda pessoa tem o direito à 
liberdade de pensamento, de consciência e de religião, o que inclui a liberdade de mudar de religião ou 
crença e de manifestar sua religião ou crença onde estiver. 
- Esse direito também é assegurado pela Constituição Federal brasileira de 1988 (art. 5º, inciso VI) ao 
defender ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando a todos o direito ao livre 
exercício dos cultos religiosos e a garantia, na forma da lei, de sua proteção. 
- Logo, é um dever de todos os que fazem a comunidade escolar, bem como a sociedade, o respeito à 
religião ou crença do outro. 
DIVERSIDADE DE GÊNERO 
Pensar em diversidade de gênero não significa apenas liga-la às questões ligadas ao sexo masculino e 
feminino, frente a qual se tem como exemplo as situações de exclusão da mulher, que ao longo da história 
foi desprivilegiada em função de ser mulher; mas também as outras formas de construção da sexualidade 
humana existentes na sociedade, como: a homossexualidade, a bissexualidade, os transgêneros, os 
trasvestis, entre outros. 
DESAFIOS/AÇÕES 
- Descontruir os preconceitos e estereótipos ao tratar de diferença sexual, possibilitando a inclusão de 
todos, considerando as múltiplas formas de desdobramento de sua orientação sexual; 
- Promover na escola reflexões sobre as diferenças e preconceitos de gênero, buscando a sensibilização de 
todos no combate a situações de preconceito e desigualdades no cotidiano escolar; 
- Desenvolver a consciência que o enaltecimento da diferença de gênero traz aspectos negativos, 
desconsiderando muitas vezes o direito, a habilidade e a capacidade das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
76 
NÃO ESQUECER 
É preciso que todos na escola sejam capazes de reconhecer os outros (homem, mulher, homossexual, entre 
outros) como pessoas com necessidades, interesses e sentimentos, que todossão importantes na 
sociedade e precisam ser valorizados e respeitados como cidadãos. 
PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS 
Pessoas com deficiência devem ter garantidos os mesmos direitos e oportunidades que as demais, 
sobretudo na escola, que deve se apresentar como um espaço de formação para todos. Assim, a inclusão 
deste público na escola lhes oferece oportunidades iguais. 
DESAFIOS/AÇÕES 
- Oportunizar aos estudantes o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos; 
- Promover a acessibilidade destes neste meio; 
- Criar dentro da escola espaços de reflexão, diálogo e trocas de ideias e experiências visando o 
reconhecimento e valorização dos alunos com deficiências e a remoção das barreiras que impedem de 
ver essas pessoas em suas potencialidades, oferecendo-lhes condições de acesso permanência e sucesso 
escolar. 
NÃO ESQUECER 
A promoção da igualdade de condições e o acesso e permanência na escola é um direito garantido pela 
Constituição brasileira, constituindo-se dever do Estado oferecer os meios necessários para a garantia 
deste direito. 
DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAIS E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA 
Devido à herança cultural de negação do valor dos negros e de sua contribuição para o desenvolvimento e 
formação da sociedade brasileira, o preconceito e o racismo é uma marca que deve ser fortemente 
combatida, principalmente em se tratando do ambiente escolar. 
A escolar tem por responsabilidade trabalhar para a promoção da inclusão e da cidadania de todos os seus 
estudantes e membros, e, com isso, deve combater todo tipo de injustiça e de práticas discriminatórias, 
valorizando as pessoas por suas qualidades e virtudes, e nunca por sua raça ou cor da pele. 
DESAFIOS/AÇÕES 
- Buscar identificar e modificar as mentalidades formadas forjadas pela descriminação, inibindo assim suas 
ações; 
- Promover ações de reconhecimento e valorização do negro, garantindo a estes condições igualitárias de 
direitos e sua inserção social; 
- Promover uma constante luta contra o racismo e o preconceito. Pois esta luta deve ser de todos, todos 
os que acreditam em um país democrático, justo e igualitário; 
- Eliminar todas as formas de desigualdades raciais e resgatar a contribuição dos negros na formação da 
sociedade brasileira e, assim, valorizar a história e cultura dos afro-brasileiros e africanos. 
NÃO ESQUECER 
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para as Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino 
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: 
“Reconhecimento implica justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e econômicos, bem como 
valorização da diversidade daquilo que distingue os negros dos outros grupos que compõem a população 
brasileira. E isto requer mudança nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as 
pessoas negras. Requer também que se conheça a sua história e cultura apresentadas, explicadas, 
 
 
 
 
 
 
77 
buscando-se especificamente desconstruir o mito da democracia racial na sociedade brasileira; mito este 
que difunde a crença de que, se os negros não atingem os mesmos patamares que os não negros, é por 
falta de competência ou de interesse, desconsiderando as desigualdades seculares que a estrutura social 
hierárquica cria com prejuízos para os negros” (MISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2004, p. 11-12) 
 
Quadro 10 – Diversidades na escola 
Fonte: Santos (2008) 
 
E com essas explanações finaliza-se esta competência, lembrando que a questão da 
diversidade e das relações interpessoais na escola é uma temática que estudos e atenção constantes. 
Então, não esgote seus conhecimentos apenas no que foi visto aqui, aprofunde-se, leia artigos, veja 
filmes, converse com representantes dos diferentes segmentos acima exposto para conhecer suas 
realidades e vivências. 
Então, assista a vídeo aula dessa competência, boa sorte em sua jornada e até outro 
momento! 
 
 
 
 
 
 
 
 
78 
Conclusão 
Caro estudante, você chegou ao final desta disciplina sobre as relações interpessoais no 
trabalho. Durante o seu estudo você pode aprender a importância dessas relações para um bom 
convívio e para a criação de um ambiente laboral harmônico e saudável. 
Assim, na parte inicial deste estudo você aprendeu que vivendo em sociedade o homem 
precisa aprender a lidar com pessoas de diferentes personalidades, e, muitas vezes, são estas 
diferenças justamente o que distingue uma pessoa da outra, mas que também acabam acarretando 
problemas nas relações interpessoais. 
No trabalho, ambiente em que as pessoas geralmente passam grande parte do seu dia e 
que o convívio com personalidades e temperamentos diferentes é comum, para a construção de um 
ambiente saudável e harmonioso é preciso que haja o respeito às diferenças e o desenvolvimento de 
qualidades como a empatia, o não julgamento e o não se deixar contaminar pelo que o outro diz ou 
faz. 
Depois, em um segundo momento você aprendeu como lidar com os conflitos no 
ambiente de trabalho, pois o convívio com o outro nem sempre ocorre de forma saudável, sendo 
comum ocasiões de choque de opiniões, de falta de escuta e de empatia, de disputa por posições de 
destaque e de diferenças de interesses, entre outros. E, no ambiente escolar estes geralmente 
acontecem por causa da diferença de opiniões ou de interesses de pelo menos duas pessoas ou dois 
conjuntos de pessoas dentro do universo escolar, bem como da dificuldade de comunicação e de 
assertividade ou pela falta de condições para o estabelecimento do diálogo. 
Você também viu que o conflito nem sempre é algo ruim, e que é possível aprender e 
crescer com o mesmo, o que importa é a forma como este é enfrentado. E, neste momento a 
mediação de conflitos aparece como um importante instrumento, que, por meio da ação de um 
mediador, neutro e imparcial, atua como facilitador do diálogo entre os envolvidos com o objetivo de 
se buscar solucionar os problemas existentes. 
Em um terceiro momento foi vista a importância do desenvolvimento da capacidade de 
compreensão e de se incentivar as pessoas para o trabalho individual e em grupo. Por esta ocasião, 
você viu que o autoconhecimento é uma peça fundamental para o conhecimento do outro, que para 
se compreender o outro e fazer o uso da empatia, é preciso antes que se aprenda a olhar para si 
mesmo. 
 
 
 
 
 
 
79 
Você aprendeu também o valor da empatia para a criação de um espaço democrático e 
livre, pois a mesma favorece o reconhecimento das diferenças ao possibilitar a compreensão das 
situações a partir da perspectiva do outro. E que no ambiente de trabalho a motivação influencia a 
produtividade e o desempenho dos sujeitos, pois pessoas motivadas sentem-se mais estimuladas 
para atingir metas e objetivos, seja para a realização do trabalho individual ou em grupo. 
Chegando às etapas finais deste estudo você também aprendeu sobre a importância de 
um bom relacionamento interpessoal para a construção de uma gestão escolar democrática, cuja 
principal característica é a participação de todos (gestores, professores, funcionários, estudantes, 
família e comunidade) no processo educativo e nas decisões referentes aos interesses da escola. 
Neste momento , você viu que para a construção de uma gestão escolar democrática são 
características fundamentais do gestor: saber ouvir os outros e sempre se autoavaliar na busca de 
aperfeiçoamento; realizar um trabalho coletivo e saber trabalhar em equipe; ser um mediador; ter 
iniciativa e o domínio dos assuntos técnicos, pedagógicos, administrativos e financeiros que envolvem 
o cotidiano escolar; ser ético e solidário; compreender as pessoas com quem se relaciona; conhecer 
a realidade escolar, bem como a comunidade em que a escola encontra-se inserida; ser articulador e 
esforçar-se para que sempre haja comunicação e integração entre todos os envolvidos no processo 
educativo; garantir que os objetivos escolares sejam alcançados sem perturbar o bom clima entre as 
pessoasque compõem a comunidade escolar e local; buscar criar e manter situações promovedoras 
de bons relacionamentos; e saber construir situações para a realização de trabalhos de articulação e 
integração visando à melhoria das relações interpessoais, dentre outros. 
E, por fim, você estudou sobre a importância das relações interpessoais na escola para o 
bom convívio com a diversidade escolar. Neste momento você aprendeu sobre o papel da escola 
enquanto formadora de cidadãos críticos, éticos e que saibam respeitar a diversidade, uma vez que 
sua função não se encontra ligada apenas a transmissão de conhecimentos, pois existe um 
compromisso social que expande estes horizontes, endereçando-lhes um papel decisivo na formação 
de uma sociedade igualitária, justa e livre de qualquer forma de preconceito, racismo e/ou 
discriminação. 
Logo, diante de tudo que você estudou durante sua jornada de conhecimentos sobre as 
relações interpessoais, espera-se que os conhecimentos adquiridos ao longo desta disciplina possam 
ter ampliando seus horizontes e mostrado a importância de um bom relacionamento interpessoal 
 
 
 
 
 
 
80 
com todos os que fazem o universo escolar, lembrando-lhes que esta é uma temática que não se 
esgota aqui, pois necessita de constantes estudos e atenção. 
Então, busque ampliar seus horizontes através do diálogo e da leitura de livros e artigos 
que tratem acerca do assunto, a fim de estar sempre se aperfeiçoando e crescendo enquanto 
profissional. 
Boa sorte em sua jornada e até uma outra oportunidade de novos estudos e 
conhecimentos! 
 
 
 
 
 
 
81 
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Minicurrículo do Professor 
 
Micheline Xavier de Moura 
Possui graduação em Pedagogia, Bacharelado em Enfermagem, Especialização em 
Psicopedagogia, Especialização em Informática em Educação, Especialização em Saúde Coletiva e 
Mestrado em Educação para o Ensino na área de Saúde. Atualmente leciona como professora de 
ensino superior no Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA) e professora formadora e conteudista 
de Educação à Distância (Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco).

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