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VADE MÉCUM - LÍNGUA PORTUGUESA

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Ao Deus Pai, Meu Tudo. 
À minha mãe, Therezinha de Jesus Moura, minha Maior 
Estrela. 
Ao meu pai, Osvaldino Moreira, minha força. 
Aos meus irmãos, Cláudio, Antônio, Ahirtes, Regina, Rosana, 
Wilson, Valdernir, meus melhores amigos. 
Aos meus sobrinhos, minha inspiração. 
Aos meus filhos, Fernando Moura Júnior e Thaíza Fernanda 
Moura, minhas alegrias. 
Aos meus alunos, minha fonte de realização profissional. 
APRESENTAÇÃO 
Este é o Título II da coleção Vade-Mécum Língua Por­
tuguesa, de minha autoria: Gramática Aplicada a Textos. 
Um "vade-mécum" é um livro de uso muito frequente 
que instrui o leitor a fazer inúmeras tarefas. Essa pala­
vra tem origem latina e significa "anda comigo" ou "vem 
comigo". E este é exatamente o meu propósito: leve a 
coleção para sua casa, seu grupo de estudo, seu cursi­
nho, sua faculdade, consultório médico, banco, festa. 
Leve-o para onde você for. Estude muito. Os primeiros 
colocados em grandes concursos públicos foram disci­
plinados. Administraram bem o tempo e apoiaram-se 
em excelentes materiais didáticos. 
Ressalte-se que, em latim, a grafia correta é vade 
mecum. Nosso vernáculo já incorporou a expressão, 
e o Vocabulário Ortográfico da Ungua Portuguesa, da 
Academia Brasileira de Letras, já a registra assim, com o 
hífen e o acento: vade-mécum. 
O Vade-Mécum Língua Portuguesa é uma publicação 
do Instituto Fernando Moura, um centro de excelência 
de estudos da Língua Portuguesa, premiado internacio­
nalmente e presidido por mim. Compõe-se dos seguintes 
títulos: 
TÍTULO I - Lições Básicas de Gramática 
TÍTULO II - Gramática Aplicada a Textos 
TÍTULO III - Compreensão e Interpretação de Textos 
TÍTULO IV - Lições de Redação: Prova Discursiva 
TÍTULO V - Redação Oficial e Tópicos de Linguagem 
Forense 
Cada título reúne capítulos importantes sobre a 
nossa Língua Portuguesa. Trata-se de um material que 
é resultado de um trabalho científico desenvolvido 
por mim ao longo de minha trajetória profissional. Há 
exposições teóricas consistentes, exemplos práticos, 
inúmeros exercícios. Tudo foi meticulosamente pensa­
do. Essa metodologia garantiu a aprovação de milhares 
de alunos. Sempre procurei os melhores meios de tra­
duzir o meu compromisso com aqueles que acreditam 
e confiam no meu trabalho. Esta coleção constitui uma 
busca permanente de trazer um panorama preciso e cla­
ro dos níveis estruturais da língua. 
A você, que adquiriu esta coleção, desejo sucesso 
pleno. Lembre-se, também, de minha campanha: "Dê um 
Vade-Mécurn Língua Portuguesa a quem você quer que 
mude de vida". Visite nosso sítio, recomende-o e adquira 
sua coleção: www.institutofernandomoura.com.br. 
Forte abraço. 
Professor Fernando Moura. 
Diretor-presidente do Instituto Fernando Moura 
de Estudos Linguísticos 
METODOLOGIA DE ESTUDO 
Para que seu estudo seja proveitoso, siga corretamente 
estas orientações: 
TEXTOS 
Leia-os atentamente. Explore as conexões lógicas que 
existem entre as ideias e faça todas as reflexões linguís­
ticas possíveis. 
QUESTÕES PROPOSTAS 
Tente resolvê-las. Alguns itens serão difíceis, outros 
fáceis. Isso porque você avaliará sua gramática interna­
lizada. Mas não se preocupe: comentários e dicas virão 
em seguida. Ao final de cada item, há a indicação da 
página em que se encontra a resolução comentada. 
RESOLUÇÕES COMENTADAS 
Nesta parte, você encontrará a solução dos itens propos­
tos em cada questão. Eles estão indicados em negrito. 
Além disso, dicas importantes acerca do assunto em 
estudo serão apresentadas. Leia-as cuidadosamente. 
Compare-as. Reflita. Destaque as informações mais 
significativas. 
EXERCÍCIOS 
Você dispõe, ainda, para fixação dos conteúdos, de uma 
rica bateria de questões selecionadas e atualizadas. 
Somente depois de resolvê-las, recorra às resoluções 
comentadas. 
Desejo-lhe sucesso pleno! 
Professor Fernando Moura 
SUMÁRIO 
CAPÍTULO 1 ·ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA 
PORTUGUESA ................................................................•..•.....•..................•. 17 
Alfabeto, 1 7 
Trema, 17 
- Ditongos éi e ói, 1 8 
- I e u tônicos, 19 
- Hiatos oo(s) e eem, 19 
- Acento diferencial, 20 
-Acento facultativo, 21 
Hífen, 22 
lista de vocábulos (VOLP), 26 
Exercícios de aplicação, 38 
CAPÍTULO 2 • MORFOSSINTAXE: CLASSES GRAMATICAIS E 
FUNÇÕES SINTÁTICAS .............................................................................. 41 
Processos de formação de palavras, 53 
Arcaísmos , 53 
Neologismos, 53 
Palavras primitivas, 53 
Palavras derivadas ou cognatas, 53 
Palavras simples, 53 
Palavras compostas, 53 
Composição, 53 
Justaposição, 53 
Aglutinação, 53 
Derivação, 54 
Derivação prefixai, 54 
Derivação sufixal, 54 
Derivação parassintética ou parassíntese, 54 
Derivação regressiva ou deverbal, 54 
Derivação imprópria ou conversão, 55 
Hibridismo, 55 
Onomatopeia, 55 
Abreviação vocabular , 55 
Siglonimização, 55 
Classes gramaticais variáveis, 57 
Classes gramaticais invariáveis, 57 
Nomenclatura Gramatical Brasileira, 57 
Articulações morfossintáticas, 57 
Substantivo, 58 
Morfossintaxe do substantivo, 58 
Paralelismo sintático, 59 
Classificação dos substantivos, 76 
Gêneros do substantivo, 61 
Número do substantivo, 61 
Graus do substantivo, 62 
Artigo, 62 
Morfossintaxe do artigo, 62 
Substantivação, 62 
Observações importantes sobre o artigo, 63 
Adjetivo, 63 
Morfossintaxe do adjetivo, 64 
locução adjetiva, 64 
Substantivação do adjetivo, 64 
Flexões do adjetivo, 64 
Graus do adjetivo, 65 
Adjetivos pátrios e gentílicos, 66 
Numeral, 67 
Morfossintaxe do numeral, 67 
Numeral substantivo, 67 
Numeral adjetivo, 67 
Observações importantes sobre o numeral, 68 
Pronome, 68 
Morfossintaxe do pronome, 68 
Pronome substantivo, 68 
Pronome adjetivo, 68 
Pronome relativo, 68 
Partícula expletiva ou de realce, 69 
Pronomes o, a, os, as, 69 
Pronome LHE, 69 
Verbo , 70 
Morfossintaxe do verbo, 70 
Advérbio, 70 
Morfossintaxe do advérbio 
locução adverbial, 71 
Observações importantes sobre o advérbio, 71 
Palavras denotativas , 72 
Preposição, 72 
Morfossintaxe da preposição, 73 
Locução prepositiva, 73 
Observações importantes sobre a preposição, 73 
Preposições essenciais, 74 
Preposições acidentais, 74 
Conjunção, 74 
Morfossintaxe da conjunção, 74 
Conjunções coordenativas, 74 
Conjunções subordinativas, 75 
Interjeição, 76 
Exercícios de aplicação, 78 
Resoluções comentadas, 113 
CAPÍTULO 3 ·SINTAXE DA ORAÇÃO ................................................... 127 
Pronome substantivo , 132 
Pronome adjetivo, 1 32 
Pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo, 133 
Emprego dos pronomes pessoais, 1 33 
Pronomes possessivos, 136 
Pronomes demonstrativos, 136 
Pronomes e discurso, 137 
Estrutura diafórica, 137 
Elemento coesivo anafórico, 1 3 7 
Elemento coesivo catafórico, 137 
Elemento coesivo endofórico, 137 
Elemento coesivo exofórico, 138 
Elemento dêitico, 1 38 
Elemento vicário, 1 38 
Pronomes indefinidos, 139 
Pronomes interrogativos, 139 
Pronomes relativos, 140 
Pronomes eu e tu, mim e ti, 141 
Pronomes mo, to, lho, no-lo, vo-lo, 141 
Frase, oração e período, 142 
Sujeito simples, 143 
Sujeito composto, 143 
Sujeito desinencial ou elíptico, 143 
Sujeito indeterminado ou genérico, 144 
Oração sem sujeito, 145 
Verbos impessoais e unipessoais, 146 
Sujeito oracional, 146 
Adjunto adnominal, 146 
Verbo intransitivo, 147 
Verbo transitivo direto, 147 
Verbo transitivo indireto, 147 
Verbo transitivo direto e indireto, 147 
Verbo de ligação, 147 
Verbo transobjetivo, 148 
Objeto direto, 148 
Objeto indireto, 1 50 
Sujeito acusativo ou de infinitivo, 1 50 
Objeto pleonástico, 1 52 
Objeto indireto dativo de posse , 1 52 
Objeto direto interno e cognato, 1 52 
Agente da passiva, 1 52 
Adjunto adverbial,
153 
Predicativo, 1 54 
Complemento nominal, 1 54 
Diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal, 1 55 
Vocativo, 1 59 
Exercícios de aplicação, 161 
Resoluções comentadas, 21 O 
CAPÍTULO 4 ·VERBO (VOZES VERBAIS, PREDICADOS E 
FLEXÕES ...................................................................................•.....•................ 241 
Verbo regular, 246 
Verbo irregular, 246 
Verbo defectivo, 247 
Verbo abundante, 247 
Verbos causativos e sensitivos, 247 
Tempos primitivos e derivados, 249 
Tempos derivados do presente, 250 
Formação do imperativo, 250 
Tempos derivados do pretérito perfeito, 250 
Tempos derivados do infinitivo, 251 
Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo, 251 
Vozes verbais, 252 
Voz ativa , 252 
Voz passiva analítica, 252 
Voz passiva sintética, 252 
Morfossintaxe do verbo, 253 
Predicado verbal, 255 
Predicado nominal, 255 
Predicado verbo-nominal, 255 
Lista de verbos, 257 
Tempos compostos, 266 
Correlação verbal, 268 
Exercícios de aplicação, 269 
Resoluções comentadas, 292 
CAPÍTULO 5 • SEMÂNTICA DOS CONECTIVOS E FUNÇÕES DAS 
PALAVRAS QUE, SE, COMO, ONDE, QUAND0 .................................. 303 
Conectores ou conectivos, 306 
Pronome relativo QUE, 309 
Pronome relativo CUJO, 309 
Pronome relativo ONJ:?E, 309 
Funções da palavra SE, 31 O 
Índice de indeterminação do sujeito, 31 O 
Partícula apassivadora, 31 O 
Pronome reflexivo, 31 O 
Pronome reflexivo recíproco, 311 
Parte integrante do verbo, 311 
Partícula expletiva ou de realce, 311 
Conjunção, 312 
Sujeito acusativo ou de infinitivo, 312 
Objeto direto reflexivo, 312 
Objeto indireto reflexivo, 312 
Funções da palavra QUE, 313 
Advérbio, 31 3 
Substantivo, 31 3 
Preposição, 31 3 
Interjeição, 31 3 
Partícula expletiva ou de realce, 314 
Pronome relativo, 314 
Pronome indefinido adjetivo, 314 
Pronome indefinido substantivo interrogativo, 314 
Pronome indefinido adjetivo interrogativo, 31 5 
Conjunção coordenativa, 31 5 
Conjunção subordinativa, 31 5 
Funções da palavra COMO, 317 
Conjunção subordinativa causal, 317 
Conjunção subordinativa comparativa, 31 7 
Conjunção subordinativa conformativa, 31 7 
Pronome relativo, 31 7 
Substantivo, 31 7 
Advérbio interrogativo, 31 7 
Funções da palavra ONDE, 318 
Advérbio interrogativo, 318 
Pronome relativo, 31 8 
Conjunção subordinativa, 319 
Funções da palavra QUANDO, 319 
Advérbio interrogativo, 319 
Pronome relativo, 319 
Conjunção subordinativa, 319 
Exercícios de aplicação, 319 
Resoluções comentadas, 338 
CAPÍTULO G·SINTAXE DO PERÍODO E PONTUAÇÃ0 .................. 343 
Período simples, 348 
Período composto, 348 
Oração absoluta, 348 
Oração principal, 348 
Oração coordenada, 348 
Oração subordinada, 349 
Coordenação e subordinação (período misto), 349 
Coordenadas sindéticas aditivas, 350 
Coordenadas sindéticas adversativas, 350 
Coordenadas sindéticas explicativas, 350 
Coordenadas sindéticas conclusivas, 351 
Coordenadas sindéticas alternativas, 351 
Subordinadas desenvolvidas e reduzidas, 352 
Subordinadas substantivas, 352 
Particularidades das subordinadas substantivas, 354 
Subordinadas adjetivas, 355 
Particularidades das subordinadas adjetivas, 356 
Funções sintáticas do pronome relativo, 357 
Subordinadas adverbiais, 358 
Particularidades das subordinadas adverbiais, 360 
Orações reduzidas de infinitivo, gerúndio e particípio, 362 
Carga semântica dos conectivos (quadro), 363 
Oração subordinada adjetiva explicativa e restritiva: pontua­
ção,366 
Emprego da vírgula, 370 
Pontuação no contexto sintático-estilístico, 369 
Travessão, 370 
Vírgula opcional, 372 
Ponto e vírgula, 375 
Exercícios de aplicação, 376 
Resoluções comentadas, 434 
CAPÍTULO 7 ·COLOCAÇÃO PRONOMINAL ...................................... .457 
Próclise , 459 
Mesóclise, 461 
Ênclise, 461 
Pronome oblíquo nas locuções verbais, 462 
Exercícios de aplicação, 51 7 
Resoluções comentadas, 485, 489 
CAPÍTULO 8·REGÊNCIA E CRASE ........................................................ .491 
Regência, 495 
Regência de verbos importantes, 496 
Regras básicas para o uso do acento grave, 51 O 
Não uso do acento grave, 51 3 
Uso facultativo do acento grave, 516 
Exercícios de aplicação, 51 7 
Resoluções comentadas, 555 , 570 
CAPÍTULO 9·CONCORDÃNCIA NOMINAL E VERBAL.. ................. 571 
Regra geral de concordância, 576 
Casos especiais de concordância, 577 
Sujeito composto, 577 
Predominância entre pessoas gramaticais, 577 
Verbos dar, bater, soar /indicação de horas, 577 
Pronome interrogativo ou indefinido, 577 
Sujeitos ligados por "ou", 578 
Nomes próprios plurais, 578 
Mais de um , 578 
Quantidade aproximada, 579 
Infinitivo precedido de preposição, 579 
Que e quem, 579 
Concordância facultativa, 579 
Concordância ideológica ou silepse, 580 
Parecer + infinitivo, 580 
Pronome apassivador e indeterminador, 581 
Sujeito oracional, 581 
Verbo fazer , 582 
Verbo haver, 582 
Verbo existir, 582 
Haja vista , 582 
Adjetivo como predicativo, 583 
Adjetivo como adjunto adnominal, 584 
Verbo SER, 585 
Linguagem protocolar, 586 
Bastante, 586 
Menos, alerta, pseudo, 587 
Meio, 587 
Anexo, incluso, apenso, extra, quite, 587 
Mesmo, próprio, só, 587 
Obrigado, servido, 588 
É bom, é proibido, 588 
O melhor possível, 588 
Tal qual, 589 
Caro e barato, 589 
Todo/toda, 589 
Exercícios de aplicação, 589 
Resoluções comentadas, 649 
BIBLIOGRAFIA· ............................................................................................ 65 1 
CAPÍTULO 1 
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA 
PORTUGUESA 
1. ALFABETO 
Nosso alfabeto agora tem 26 letras. Reintroduziram­
se as letras k, w e y: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R 
S TU VW X Y Z. 
Usam-se as letras k, w e y em várias situações: a) na 
escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilôme­
tro), kg (quilograma), W (watt); b) na escrita de palavras 
e nomes estrangeiros (e seus derivados): playboy, show, 
playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kai­
ser, Kafka, kafkiano. 
2. TREMA 
Nos grupos gue, gui, que, qui, o trema desaparece. 
Registro antigo Novo registro 
argüir arguir 
bilíngüe bilíngue 
cinqüenta cinquenta 
delinqüente delinquente 
eloqüente eloquente 
ensangüentado ensanguentado 
eqüestre equestre 
freqüente frequente 
lingüeta lingueta 
lingüiça linguiça 
qüinqüênio quinquênio 
Gramática Aplicada a Textos 17 
sagüi sagui 
seqüência sequência 
seqüestro sequestro 
IMPORTANTE 
O trema permanece apenas em palavras estrangeiras 
e em suas derivadas. Exemplos: Bündchen, Schõnberg, 
Müller, mülleriano. 
3. REGRAS DE ACENTUAÇÃO 
3.1. Desaparece o acento dos ditongos abertos éi e ói 
dos vocábulos paroxítonos. 
Registro antigo Novo registro 
alcatéia alcateia 
andróide androide 
apóia (verbo apoiar) apoia 
apóio (verbo apoiar) apoio 
asteróide asteroide 
bóia boi a 
celulóide celuloide 
clarabóia claraboia 
colméia colmeia 
Coréia Coreia 
debilóide debiloide 
epopéia epopeia 
estóico estoico 
estréia estreia 
geléia geleia 
heróico heroico 
idéia ideia 
jibóia jiboia 
18 Coleção Vade-Mécum 
jóia joia 
oclisséia odisseia 
paranóia par ano ia 
paranóico paranoico 
platéia plateia 
IMPORTANTE 
Permanece o acento agudo nos monossílabos tônicos 
e oxítonos terminados em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: 
dói, céu, papéis, herói, heróis, troféu, troféus, chapéu, 
chapéus. 
3.2. Nos vocábulos paroxítonos, não se acentuam o 
i e o u tônicos quando vierem depois de ditongo 
decrescente. 
Registro antigo Novo registro 
baiúca baiuca 
bocaiúva bocaiuva 
cauíla cauila 
feiúra feiura 
IMPORTANTE 
Se o vocábulo for oxítono e o i ou o u estiverem em 
posição final (ou seguidos de s) ou se o vocábulo for 
proparoxítono, o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, 
tuiuiús, Piauí, maiúscula.
3.3. Não se acentuam os vocábulos terminados em 
êem e ôo(s). 
Gramática Aplicada a Textos 19 
Registro antigo Novo registro 
crêem (verbo crer) creem 
dêem (verbo dar) de em 
dôo (verbo doar) doo 
enjôo enjoo 
lêem (verbo ler) leem 
magôo (verbo magoar) magoo 
perdôo (verbo perdoar) perdoo 
povôo (verbo povoar) povoo 
vêem (verbo ver) v e em 
vôos voos 
zôo zoo 
3.4. Não se diferenciam mais os pares pára/para, 
péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e 
pêra/pera. 
Registro antigo Novo registro 
Ela pára o cavalo. Ela para o cavalo. 
Ele foi ao pólo Sul. Ele foi ao polo Sul. 
Esse animal tem pêlos bonitos. Esse animal tem pelos bonitos. 
Devoramos uma pêra. Devoramos uma pera. 
IMPORTANTE 
a) Permanece o acento diferencial em pôde/pode. 
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito 
perfeito do indicativo), na 3<� pessoa do singular. Pode 
é a forma do presente do indicativo, na 3<� pessoa do 
singular. Exemplo: No passado, ele pôde roubar o povo, 
mas hoje ele não pode. 
20 Coleção Vade-Mécum 
b) Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr 
é verbo. Por é preposição. Exemplo: Desejo pôr o docu­
mento sobre a mesa que foi construída por mim. 
c) Permanecem os acentos que diferenciam o singu­
lar do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus 
derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, 
advir etc.). Observe: 
Ele tem escrúpulos. I Eles têm escrúpulos. 
Ele vem de uma região humilde. I Eles vêm de uma 
região humilde. 
Ele mantém a promessa. I Eles mantêm a promessa. 
Ele convém aos juízes. I Eles convêm aos juízes. 
Ele detém o marginal. I Eles detêm o marginal. 
Ele intervém no Iraque. I Eles intervêm no Iraque. 
d) É facultativo o uso do acento circunflexo para dife­
renciar as palavras dêmos (do verbo no subjuntivo que 
nós dêmos) de demos (do passado nós demos); fôrma 
(substantivo) de forma (verbo). 
3.5. Não se acentua ou tônico das formas (tu) arguis, 
(ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo 
dos verbos arguir e redarguir. 
3.6. Há uma variação na pronúncia dos verbos 
terminados em guar, quar e quir, como aguar, 
averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, 
delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias 
em algumas formas do presente do indicativo, do 
presente do subjuntivo e também do imperativo. 
Observe: 
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas 
formas devem ser acentuadas. Exemplos: 
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, 
enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. 
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, 
delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. 
Gramática Aplicada a Textos 21 
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas 
deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal 
sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada 
mais fortemente que as outras): 
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, 
enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. 
• verbo delinquir: delinquo, delinqyes, delinque, 
delinqyem; delinqua, delinqyas, delinqyam. 
IMPORTANTE 
No Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, 
aquela com a e i tônicos. 
4. HÍFEN 
4.1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de 
palavra iniciada por h. Exemplos: anti-humanitário; 
anti-higiênico; anti-histórico; co-herdeiro; macro­
-história; mini-hotel; proto-história; sobre-humano; 
super-homem; ultra-humano. 
IMPORTANTE 
C o-herdeiro ou coerdeiro 
Carbo-hidrato ou carboidrato 
Subumano ou sub-humano (segundo o VOLP /2009). 
4.2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina 
em vogal diferente da vogal com que se inicia 
o segundo elemento. Exemplos: antlet1co; 
aeroespacial; agroindustrial; anteontem; antiaéreo; 
antieducativo; autoaprendizagem; autoescola; 
autoestrada; autoinstrução; coautor; coedição; 
22 Colcção Vadc-Mécum 
extraescolar; infraestrutura; plurianual; semiaberto; 
semianalfabeto; semiesférico; semiopaco. 
IMPORTANTE 
O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo ele­
mento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, 
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, 
coocupante. 
4.3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em 
vogal e o segundo elemento começa por consoante 
diferente de r ou s. Exemplos: autodefesa; anteprojeto; 
antipedagógico; autopeça; autoproteção; coprodução; 
geopolítica; microcomputador; pseudomestre; 
semicírculo; semideus; seminovo; ultramoderno. 
IMPORTANTE 
Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: 
vice-diretor, vice-almirante. 
4.4.Nãoseusaohífenquandoo prefixoterminaem vogal 
e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, 
duplicam-se essas letras. Exemplos: sociorreligioso; 
antirrábico; antirracismo; antirreligioso; antirrugas; 
antissocial; biorritmo; contrarregra; contrassenso; 
cosseno; infrassom; microssistema; rmmssaia; 
multissecular; neorrealismo; neossimbolista; 
semirreta; ultrarresistente; ultrassom. 
4.5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o 
hífen se o segundo elemento começar pela mesma 
vogal. Exemplos: anti-inflacionário; anti-ibérico; anti­
imperialista; anti-inflamatório; auto-observação; 
Gramática Aplicada a Textos 23 
contra-almirante; contra-atacar; contra-ataque; 
micro-ondas; micro-ônibus; semi-internato; 
serni-interno. 
4.6. Quando o prefixo termina por consoante, usa­
se o hlfen se o segundo elemento começar pela 
mesma consoante. Exemplos: hiper-religioso; inter­
-racial; inter-regional; sub-bibliotecário; sub-base; 
super-racista; super-reacionário; super-resistente; 
super-romântico. 
IMPORTANTE 
Nos demais casos não se usa o hlfen (hipersensível, 
hipermercado, intermunicipal, superinteressante, super­
proteção, superelegante). Com o prefixo sub, usa-se o 
hlfen também diante de palavra iniciada por r (sub­
região, sub-raça). Com os prefixos circum e pan, usa-se 
o hlfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal (cir­
cum-navegação, pan-americano). 
4. 7. Quando o prefixo termina por consoante, não 
se usa o hlfen se o segundo elemento começar por 
vogal. Exemplos: superinteligente; hiperacidez; 
hiperativo; interescolar; interestadual; interestelar; 
interestudantil; superamigo; superaquecimento; 
supereconormco; superexigente; superotimismo; 
superorganizado; superinteressante. 
4.8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, 
pós, pré, pró, usa-se sempre o hlfen. Exemplos: 
além-mar; além-túmulo; aquém-mar; ex-hospedeiro; 
ex-prefeito; ex-aluno; ex-diretor; ex-presidente; pós­
graduação; pré-história; pré-vestibular; pró-europeu; 
recém-casado; recém-nascido; sem-terra. 
4.9. Usa-se o hlfen com os sufixos de origem 
tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré­
-guaçu, anajá-rnirim, capim-açu. 
24 Coleção Vade-Mécum 
4.10. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras 
que ocasionalmente se combinam, formando não 
propriamente vocábulos, mas encadeamentos 
vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio­
-São Paulo. 
4.11. Não se deve usar o hífen em certas palavras 
que perderam a noção de composição. Exemplos: 
girassol; madressilva; mandachuva; paraquedas; 
paraquedista; pontapé; passatempo. 
4.12. Para clareza gráfica, se no final da linha a 
partição de uma palavra ou combinação de palavras 
coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha 
seguinte. 
5. Em síntese, veja o emprego do hífen com prefixos: 
Regra geral: 
Usa-se o hífen diante de h: hiper-habitável, anti-higi­
ênico, super-homem. 
Casos importantes: 
1. Prefixo terminado em vogal: 
- Sem hífen diante de vogal diferente: autoestima, 
autoescola, antiaéreo. 
- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: 
autodefesa; anteprojeto, semicírculo. 
- Sem hífen diante de r e s (dobram-se essas letras): 
autorretrato; antirracismo, antissocial, ultrassom. 
- Com hífen diante de mesma vogal: arqui-inimigo, 
contra-ataque,
micro-ondas. 
2. Prefixo terminado em consoante: 
- Com hífen diante de mesma consoante: sub-base, 
inter-regional, sub-bibliotecária. 
Gramática Aplicada a Textos 25 
- Sem hífen diante de consoante diferente: intertex­
tual, intermunicipal, supersônico. 
Sem hífen diante de vogal: interestadual, 
superinteressante. 
IMPORTANTE 
a) Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de 
palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras 
iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem 
hífen: subumano, subumanidade. 
b) Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen 
diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum­
-navegação, pan-americano, circum-ambiente. 
c) O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo 
elemento, mesmo quando este se inicia por 
o: coautor, coobrigação, coordenar, cooperar, 
cooperação, cooptar, coocupante, corresponsável. 
d) Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice­
-diretor, vice-almirante, vice-presidente. 
e) Não se usa o hífen em vocábulos que perderam a 
noção de composição, como girassol, madressilva, 
mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista e 
outras. 
f) Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, 
pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-esposa, 
ex-sogra, ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém­
-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, 
pró-brasileiro. 
g) Segue uma lista de vocábulos importantes 
registrados pelo Vocabulário Ortográfico da Língua 
Portuguesa. Atente para a grafia de cada um deles 
nas diversas áreas. 
26 Coleção Vade-Mécum 
Casa e comida 
Antessala 
Apart-hotel 
Azeite-de-dendê 
Café com leite 
Café da manhã 
Café-expresso 
Claraboia 
Coa/coo (1 a pessoa do sing. de 
"coar") 
Copo-d'água 
Dona de casa 
Enxágue 
Geleia 
Linguiça 
Líquido 
Malpassado 
Micro-ondas 
Moo (1 a pessoa do singular de 
"moer") 
Muçarela 
Pão com manteiga 
Pão de mel 
Pé de moleque 
Proteico 
Sala de jantar 
Subalimentado 
Abóbora-menina 
Água-de-coco 
Alcateia 
Andorinha-do-mar 
Baleia-branca 
Bálsamo-do-canadá 
Batata-doce 
Beija-flor 
Bem-me-quer 
Gramática Aplicada a Textos 
Bem-te-vi 
Bico-de-papagaio (planta) 
Boca-de-leão 
Cão de guarda 
Cobra-capelo 
Cobra-d'água 
Colmeia 
Couve-flor 
Dente-de-leão 
Erva-doce 
Erva-do-chá 
Ervilha-de-cheiro 
Eucalipto 
Feijão-verde 
Girassol 
Jiboia 
Leõezinhos 
Louva-a-deus 
Malmequer 
Nucleico 
Pera (fruta) 
Pica-pau -amarelo 
Romãzeira 
Sagui 
Semi-herbáceo 
Vaga-lume 
Xiquexique 
Androide 
Ano-luz 
Antirrandõmico 
Asteroide 
Coaxial 
Decibéis 
Eletro-ótica 
27 
28 
Gêiser 
Giga-hertz 
Humanoide 
Infravermelho 
Interestelar 
Macrossistema 
Megawatt 
Microbiologia 
Microcomputador 
Micro-onda 
Microssis tema 
Microssegundo 
Paleozoico 
Peso-atômico 
Politécnico 
Sequência 
Superaquecimento 
Ultravioleta 
Antieducativo 
Antipedagógico 
Autoaprendizagem 
Autoll1strução 
Bem-criado 
Circum-escolar 
Coeducação 
Ex-aluno 
Ex-bolsista 
Ex-diretor 
Extracurricular 
Extraescolar 
Hiperativo 
Interescolar 
L e em 
Livre-docência 
Malcriado 
Mal-educado 
Multidisciplll1ar 
Pós-gradução 
Pós-doutorado 
Pós-adolescente 
Pré-escolar 
Pré-requisito I Prerrequisito 
Pré-seleção I Presseleção 
Pré-vestibular 
Pseudoprofessor 
Semiaberto 
Semianalfabeto 
Semi-ll1terno 
Sub-bibliotecário 
Subdiretor 
Superproteção 
Turma-piloto 
Aeroespacial 
Antiaderente 
Antiaéreo 
Antiderrapante 
Antioxidante 
Autoescola 
Autoestrada 
Autopeça 
Equidistante 
Interestadual 
Interligação 
Intermunicipal 
Micro-ônibus 
Para-balas 
Para-brisa 
Para-choque 
Coleção Vade-Mécum 
Para-lama 
Serninovo 
Sobrevoo 
Supersônico 
Voo 
Agroalimentar 
Agroexportador 
Agro industrial 
Agropecuária 
Anglo-americano 
Anti-inflacionário 
Autorregulação 
Autossustentável 
Coprodução 
Covariação 
Contras senha 
Eletrossiderurgia 
Entressafra 
Franco-suíço 
Hidroelétrica /hidrelétrica 
Hiperdesenvolvimento 
Hiperinflação 
Hipermercado 
Hiperprodução 
Infraestrutura 
Macroeconomia 
Macroestru tura 
Maxidesvalorização 
Megaempresa 
Mega-hotel 
Megainvestidor 
Microssistema 
Pro labore (latim) 
Pró-labore 
Gramática Aplicada a Textos 
Sino-japonês 
Socioeconômico 
Subfaturar 
Supereconômico 
Superestimar 
Superestrutura 
Açoriano 
A cri ano 
Afro-asiático 
Afro-brasileiro 
Afrodescendente 
Afrodescendência 
Africânder (natural da África 
do Sul) 
Africâner (idioma) 
Além-fronteiras 
Além-mar 
Anglo-saxão 
Anhanguera 
Aquém-oceano 
Baía de Todos-os-Santos 
Belo-horizontino 
Cabo-verdiano 
Cidade-satélite 
Circum-navegação 
Coreia do Norte I Coreia do Sul 
Guiné-Bissau 
Guineense 
Grã-Bretanha 
Grão-Pará 
Inter-regional 
ln ter-relação 
Mato-grossense 
Méier 
29 
Norte-ameriano 
Polo Norte I Polo Sul 
Piauí 
Santa Rita do Passa-Quatro 
Sauipe 
Serniárido 
Sul-africano 
Sul-americano 
Timor-Leste 
Trás-os-Montes 
30 
Idioma 
Anglo-brasileiro 
Bilíngue 
Dois-pontos 
Hífen 
Hifens 
Iberorromânico 
Indo-europeu 
Lesa -ortografia 
Língua-mãe 
Linguista I Linguística 
Lusofonia 
Mais-que-perfeito 
Onomatopeia 
Pós-tônico 
Ponto de exclamação 
Ponto de interrogação 
Ponto e vírgula 
Ponto final 
Sociolinguístico 
Verbo-nominal 
Verborragia 
Uvros 
Anti-herói 
Autoajuda 
Autobiografia 
Coautor 
Coedição I Coeditor 
Corredator 
Ex-libris (português) I Ex libris 
(latim) 
H ai cai 
ln-oitavo 
ln-quatro 
Kafkiano 
Lesa-poesia 
Machadiano 
Minidicionário 
Não ficção 
Reedição I Reeditar 
Reescrever I Reescrita 
Rele em 
Releitura 
Cultura 
Afro-brasileiro 
Afrodescendência 
Água com açúcar (romântico) 
Anti-herói 
Alto-astral 
Alto-relevo 
Autopromoção 
Autorretrato 
Autos satirizar 
Baixo-astral 
Baixo-relevo 
Benfeito 
Celuloide 
Cinema-verdade 
Contra-harmônico 
Contrarregra 
Estreia 
Epopeia 
Colcção Vade-Mécum 
Estoico 
Faz de conta 
Herói 
Heroico 
Hiper-realista 
Inter-racial 
Introito 
Leiloo (verbo "leiloar") 
Meia-entrada 
Mestre-sala 
Minissérie 
Neoexpressionista 
Neo-helênico 
Neorrealismo 
Neossimbolista 
Odisseia 
Plateia 
Preanunciar 
Pré-estreia 
Pré-história 
Pró-romano 
Reco-reco 
Reveem 
Samba-canção 
Superexposição 
Super-revista 
Tabloide 
illtrarromãntico 
Videoarte 
Moda 
Alta-costura 
Antissimétrico 
Bem-apanhado 
Bem-arrumado 
Bem-vestido 
Blêizer 
Gramática Aplicada a Textos 
Chapéu-panamá 
Chiquê (afetação) 
Cor-de-rosa 
Feiume 
Feiura 
Guarda-joias 
Hiper-requintado 
Joia 
La quê 
Minissaia I Microssaia 
Prêt-à-porter 
Tomara que caia 
Véu 
Esporte 
Antidoping 
Arco e flecha 
Asa-delta 
Centroavante 
Contra-ataque 
Esteroide 
Hiper-resistente 
Pan -americano 
Paraolimpíada I Paraolímpico 
Paraquedas I Paraquedista 
Pentacampeão 
Peso-pesado I Peso-pena I 
Peso-pluma 
Pingue-pongue 
Ponta-esquerda I Ponta-direita 
(jogador) 
Pontapé 
Semifinal 
Tiro de meta 
Vice-campeão 
1111111!!1 
31 
A partidário 
Anteprojeto 
Anti-ibérico 
Anti-imperialista 
Antirracismo 
Antissocial 
Autodeterminação 
Apoio (3a pessoa do singular 
do presente do indicativo de 
"apoiar") 
Centro-esquerda 
Decreto-lei 
Desumano 
Europeia 
Eurocomunista 
Ex-prefeito 
Ex-presidente 
Ex-primeiro-ministro 
Extraoficial 
Geocêntrico 
Geopolítica 
Inter-racial 
ln ter-relação 
Inumano 
Maquiavélico 
Mega-ação 
Minirrevolução 
Não governamental (organização) 
Pan-negritude 
Perestroica 
Pré-eleitoral 
Preechimento 
Primeiro-ministro
Protorrevolucionário 
Protossatélite 
Pseudo-organizado 
Reeleger I Reeleição I Reeleito 
32 
Semisselvagem 
Sem-terra 
Sem-teto 
Súbdito (Portugal) 
Súdito (Brasil) 
Sul-africano 
Sul-americano 
Ul traesquerda 
Ultrassecreto 
Vice-presidente 
Vice-rei 
Segurança 
Antifurto 
Antissequestro 
Antissocial 
À queima-roupa 
Autorretrato 
Bomba-granada 
Causa mortis 
Cessar-fogo 
Delinquência I Delinquente 
Destróier 
Ensanguentado 
Guarda-costas 
Guarda-floretal 
Guarda-nortuno 
Uquidar 
Não agressão (pacto de) 
Quase delito (cometer um) 
Quebra-quebra 
Retrato falado 
Sequestro 
Tenente-coronel 
Direito 
Abaixo-assinado 
Ab-rogar 
Colcc;ão Vadc-Mécum 
Abrupto I Ab-rupto 
Ação (Brasil e Portugal) 
Acionar (Brasil e Portugal) 
Álibi 
Anteprojeto 
Apaniguado 
Apaziguar 
Apto 
Arguir 
Arguição 
Assembleia 
Autodefesa 
Autoincriminação 
Averiguar 
Aviso-prévio 
Bom-senso 
Coabitar I Coabitação 
Coerdar I Coerdeiro 
Convicção 
Coocupante 
Corresponsável 
Coobrigação 
Copaternidade 
Corréu 
Decreto-lei 
De cujus 
Diretor-geral 
Eloquência 
Exequível 
Inepto 
Meio-termo 
Objeção (Brasil e Portugal) 
Obliquar 
Pacto 
Reaver 
Seguro-desemprego 
Gramática Aplicada a Textos 
Seguro-saúde 
Sub-reptício 
Subsequente 
Vade-mécurn 
Religião 
Abençoo 
Além-túmulo 
Anticristo 
Antirreligioso 
Antissemita 
Ave-maria 
Auto de fé 
Batizar (Brasil e Portugal) 
Bem-aventurado 
Bençãozinha 
Boa-nova 
Coirmão 
Creem 
Creio em deus padre (interjeição) 
Cruz-credo (interjeição) 
Descreem 
Fiéis 
Galileia 
H e breia 
Livre-arbítrio 
Mui tis secular 
Onipotente 
Semideus 
Unguento 
Zen-budismo 
Medicina 
Adenoide 
Aerobiose 
Aerossinusite 
Arnenorreia 
Anatomopatológico 
33 
Antebraço Coreico 
Antenas ai Corticoide 
Anteolhos Cranioencefálico 
Antiabortivo De-hidroandrosterona 
Antiagregantes Diarreia 
Anti-hemorrágico Diarreico 
Anti-higiênico Di-hidrato 
Anti-inflamatório Dispneia 
Anti-infeccioso Dismenorreia 
Anti-insulina Eletroanálise 
Antirrábico Eletrocardiograma 
Antirreceptor Eletrochoque 
Antirretrovirais Eletroencefalograma 
Antirreumático Eletroluminescência 
Antissecretores Enjoo 
Antisséptico Espermatozoide 
Antissoro Esteato-hepatia 
Apneia Esteroide 
Autoanticorpo Extracraniano 
Autoexame Extra-hepático 
Autoimune Extra ocular 
Autoimunidade Fru to-oligossacarídeo 
Autorrcgeneração Geomedicina 
Autorrotação Hidrocarboneto 
Autovacina Hidroxi-indolacético 
Biomassa Hiper-reatividade 
Biorritmo Hiper-rugoso 
Cardiovascular Hipertensão 
Cefaleia Histopatológico 
Célula-tronco Imunodeficiência 
Cerebrovascular Imuno-histoquímica 
Coamplificação Infecção 
Cofator Infra-axilar 
Conta-gotas Inframandibular 
Contraindicação Infra-hepático 
Contrarreação Infraorbitário 
34 Coleção Vade·Mécum 
Infrarrenal 
Infrassom 
Interauricular 
Intercapilar 
Intercelular 
Intercevical 
Interobservador 
Interventricular 
Intra-articular 
Intraepitelial 
Intramuscular 
Intraoperatório 
Intra pulmonar 
Intrauterino 
Leu correia 
Linfoide 
Mal-estar 
Médico-cirurgião 
Meta-hemoglobina 
Metoxi-isobutilisonitrila 
Microcirurgia 
Micrograma 
Micro-organismo 
Microssonda 
Mieloide 
Musculoesquelético 
Neovascularização 
Neurocirurgia 
N euroendócrino 
N eurorradiologia 
Neuro-hipófise 
Onco-hematologia 
Opioide 
Osteoarticular 
Osteometabólica 
Oxi-iodeto 
Gramática Aplicada a Textos 
Para tireoide 
Pós-operatório 
Pós-parto 
Pré-menstrual 
Pré-natal 
Pré-operatório 
Proteico 
Protodermc 
Pseudogene 
Queloide 
Retrovírus 
Reumatoide 
Sanguíneo 
Seborreia 
Semi-hospitalar 
Sequela 
Sub-hepático 
Subósseo 
Suprarrenal 
Supraventricular 
Tetra-hidrofolato 
Tiroide 
Tifoide 
Traqueia 
Ultrassom 
Ultrassonografia 
Ureia 
Psicologia 
Au toafirmação 
Autoanálise 
Autoconfiança 
Autoconhecimento 
Autoconsciência 
Autocontrole 
Autoestima 
Auto-hipnose 
35 
Autoindução 
Auto-observação 
Autopiedade 
Au torreflexão 
Autossugestionado 
Autovalorizar-se 
ln ter-relação 
Interrupção 
Paranoia 
Paranoico 
Superego 
Farmácia 
Antiabortivo 
Antiácido 
Antialérgico 
Anti-hemorrágico 
Anti-higiênico 
Anti-hipertensivo 
Anti-infeccioso 
Anti-inflamatório 
Antirrábico 
Antirretroviral 
Antirrugas 
Automedicação 
Benzoico 
Contraindicação 
Contrarreação 
Conta-gotas 
Farmacopeia 
Superdose 
, Palavras em comum 
36 
Água-de-colônia 
Aguentar 
Além-fronteiras 
Além-mar 
Anteontem 
Ao deus-dará 
Apoio (3a pessoa de apoiar) 
Arco-da-velha 
Arco e flecha 
Arco-íris 
Ar qui-inimigo 
Assembleia 
Assim-assim 
À toa 
Autoadesivo 
Autossuficiente 
À vontade 
Azul-claro I Azul-escuro 
Bem-amado 
Bem-criado 
Bem-dito I bem-dizer 
Bem-estar 
Bem-falante 
Bem-humorado 
Bem-sucedido 
Bem-nascido 
Bem-visto 
Benfazejo 
Benfeito 
Benfeitor 
Benquerença 
Blá-blá-blá 
Boa-praça 
Boa-vida 
Boas-vindas 
Boi a 
Cabra-cega 
Cabra-macho 
Calcanhar de aquiles 
Chave-inglesa 
Claraboia 
Colcção Vade-Mécum 
Coabitar Lengalengar 
C o irmão Uvre-arbítrio 
Concepção (Brasil) Mandachuva 
Conceção (Portugal) Manda-tudo 
Contra-atacar Mal-afortunado 
Contra-ataque Mal-estar 
Contrarregra Mal-humorado 
Contrassenso Malnasddo 
Cosseno Malsucedido 
Cinquenta Mal visto 
Consequência Mega-ação 
Contraexemplo Microssistema 
Contras senha Não fumante 
Coocorrer Nhem-nhem-nhem 
Coocupar Ovo ide 
Cooperar Pé-de-meia 
Coordenar Pelo (animal) 
Debiloide Perdoo 
Dia a dia Pontapé 
Embaixo Porta-retrato 
Em cima Povoo 
Enjoo Predeterminado 
Enxágue Pró-ativo 
Extraoficial Pró-conceder 
Extrarregular Pseudo-organizado 
Fim de século Recém-casados 
Fim de semana Recém-nascido 
Frequência Rega-bofe 
Fura-bolo Reidratar 
Guarda-chuva Sem-cerimônia 
Grã-fina Semicírculo 
Hipersensível Seminovo 
Ideia Sem-número 
Infravermelho Sem-vergonha 
ln ter-relação Sequência 
Lenga-lenga Super amigo 
Gramãtica Aplicada a Textos 37 
Superaquecilnento Tintiln por tintiln 
Supereconômico Tique-ta que 
Superestilnar Tramoia 
Super-homem Tranquilidade 
Superinteressante Ultraelevado 
Superotimismo Ultramoderno 
Superproteção Zigue-zague 
Supras sumo Zás-trás 
Sub-humano Zum-zum 
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 
I - A vali e se as palavras sublinhadas nas sentenças 
abaixo estão corretas, segundo as novas regras 
ortográficas que entraram em vigor em 1 Q de janeiro 
de 2009. Julgue (C ou E) os itens a seguir. 
1. Eles leem durante o voo tranquilo, sem reparar 
na epopeia do rapaz paranoico que não para de 
atormentar os outros passageiros. 
2. Sempre gostei de pé-de-moleque. 
3. A heroica atriz foi aplaudida no dia da estreia da 
peça. 
4. Cinquenta toneladas de linguiça estragaram a 
caminho da Coreia. 
5. Quero sanduíche com presunto e mussarela. 
6. Os pelos do cachorro ficaram melados de geleia. 
7. Não deixe comentários sobre antissemitismo afe­
tarem sua autoestima. 
8. Sairemos no fim-de-semana e comeremos bife 
mal-passado. 
38 Coleção Vade·Mécum 
9. Enquanto as outras crianças creem em Papai-noel, 
ele prefere acreditar na ideia de que o Homem­
-aranha vai visitá-lo no Natal. 
10. Ao ouvir da irmã, na sequência de sua confissão, 
"Eu te perdoo", ela ficou tão nervosa que sentiu 
enjoos e seus pelos do braço arrepiaram. 
11. O pedido para que se averigue a denúncia de tráfico 
de jiboias no zoo é urgente. 
12. Preocupo-me com o super-aquecimento da Terra. 
13. Ela tem preguiça de cozinhar até pipoca de 
micro-ondas. 
14. Saltar de paraquedas é contraindicado para pessoas 
com
problemas cardíacos. 
15. A informação do sequestro do político ainda é 
extraoficial. 
n - A vali e se as palavras sublinhadas nas sentenças 
abaixo estão corretas, segundo as novas regras 
ortográficas que entraram em vigor em 1°. de janeiro 
2009. Julgue (C ou E) os itens a seguir. 
1. A crise financeira dos EUA pode trazer conseqüências 
para o Brasil. 
2. Quando ele para para pensar, desiste. 
3. Livro de auto-ajuda permanece no topo da lista dos 
mais vendidos. 
4. A sonda Phoenix realizou um pouso histórico no 
pólo Norte de Marte. 
5. O consumo frequente de álcool durante a juventude 
causa danos ao cérebro. 
6. A idéia do presidente é que todos os países se unam 
contra o aquecimento. 
7. O empresário deve cumprir pena por roubo em 
regime semiaberto. 
Gramática Aplicada a Textos 39 
8. Avião permitirá que passageiros fumem durante o 
vôo. 
9. O síndico marcou uma assembleia para decidir sobre 
a reforma do prédio. 
10. Pesquisa revela que 97% dos brasileiros crêem em 
Deus. 
11. A estréia de Katie Holmes foi marcada por protestos. 
12. O coautor do estudo explicou que a descoberta 
ajuda no tratamento do câncer. 
13. Os homens mais vaidosos já encontram no mercado 
tipos de creme antirrugas. 
14. Ela perdeu tudo que estava dentro da caixa de joias. 
15. Cerca de 5% da população mundial têm 
comportamento anti-social. 
16. O ex-vereador participou da reunião extraoficial 
durante a madrugada. 
17. No momento decisivo, ele recuou e desistiu de 
saltar de pára-quedas. 
18. Eu apoio qualquer acordo entre os países. 
19. Ele achou a nova estátua uma feiura. 
20. Ela é a coherdeira da indústria da soja. 
Respostas: 
Para fixar, releia o capítulo. Todas as respostas constam 
dele. 
40 Coleção Vade-Mécum 
CAPÍTULO 2 
MORFOSSINTAXE: CLASSES GRAMATICAIS E 
FUNÇÕES SINTÁTICAS 
TEXTO I 
Leia o texto a seguir para responder à questão 1: 
Há muito se converteram em rotina as falhas nos 
mecanismos de controle sobre a execução de programas 
governamentais destinados a parcelas específicas da 
população. Antes foi o Fome Zero, atacado por desvios 
de finalidades, inclusão de clientela de satisfatória situ­
ação econômica e fraudes na distribuição dos recursos. 
Depois, o mesmo ocorreu com o Bolsa Escola. E ainda 
é cedo para acreditar que, em ambas as iniciativas, não 
ocorram disfunções graves. Ao quadro desalentador veio 
juntar-se agora a revelação de que há milhões de alunos 
fantasmas matriculados no ensino básico. 
(Correio Braziliense, 5/3/2006) 
QUESTÃO 1 
Julgue os itens seguintes: 
(1) Nas linhas 1 e 2, os vocábulos "rotina", "falhas", 
"mecanismos" e "controle" são classificados, 
morfologicamente, como substantivos. (p. 52) 
(2) No trecho " programas governamentais 
destinados a parcelas específicas da população" 
(linhas 2 e 3), registraram-se duas ocorrências do 
artigo definido "a". (p. 52) 
Gramática Aplicada a Textos 41 
(3) Em "clientela de satisfatória situação econômica" 
(linha 5), o substantivo "situação" é caracterizado 
por dois adjetivos. (p. 52) 
(4) No trecho "E ainda é cedo para acreditar que, 
em ambas as iniciativas, não ocorram disfunções 
graves", do ponto devistada morfologia, os vocábulos 
destacados classificam-se, respectivamente, como 
preposição, conjunção, numeral, advérbio, verbo e 
adjetivo. (p. 52) 
(5) Em "... há milhões de alunos fantasmas 
matriculados no ensino básico", o substantivo 
"fantasmas" é empregado com valor adjetivo e 
caracteriza um processo de formação de palavras 
denominado derivação imprópria. (p. 52) 
TEXTO 11 
Leia o texto a seguir para responder à questão 2: 
A cantoria atraiu o olhar de motoristas que passavam 
pela Esplanada dos Ministérios. Vestidos a caráter e com 
chocalhos nas mãos, índios pataxós realizavam o toré, 
um ritual de luta. "É o que viemos fazer aqui. Lutar pelos 
nossos direitos", explicou o cacique Evangelista Pataxó, 
da aldeia Pau Brasil, no sul da Bahia. Assim como ele, 
outros 500 índios de 20 estados brasileiros acamparam 
ontem em Brasília, para avaliar a política indigenista do 
governo Lula e cobrar a regularização fundiária, o acesso 
à saúde e à educação. 
Uornal do Brasil, 1/4/2006) 
QUESTÃO 2 
(1) Em "A cantoria atraiu o olhar", destacaram-se, 
respectivamente, o núcleo do sujeito e o núcleo do 
objeto direto. )(p. 56) 
42 Coleção Vade·Mécum 
(2) Em" ... índios pataxós realizavam o to ré, um ritual 
de luta", destacou-se o núcleo do aposto explicativo. 
(p. 56) 
(3) No trecho " ... outros 500 índios de 20 estados 
brasileiros acamparam ontem em Brasília", 
caracteriza-se um sujeito composto. (p. 56) 
(4) Em " ... avaliar a política indigenista do governo 
Lula e cobrar a regularização fundiária", os 
substantivos destacados apresentam paralelismo 
sintático. (p. 56) 
(5) Em" ... o acesso à saúde e à educação", destacaram­
se os núcleos de complementos nominais. (p. 56) 
TEXTO III 
Leia o texto a seguir para responder à questão 3: 
Vinho de missa 
Era domingo e o navio prosseguia viagem. Os passa­
geiros iam sendo convocados para a missa de bordo. 
-Vamos à missa?- convidou Ovalle. 
O passageiro a seu lado no convés recusou-se com 
inesperada veemência: 
-Missa, eu? Deus me livre de missa. 
- Não entendo - tornou Ovalle, intrigado: - O 
senhor pede justamente a Deus que o livre da missa? 
-No meu tempo de menino eu ia à missa. Mas dei­
xei de ir por causa de um episódio no colégio interno, 
há mais de trinta anos. Colégio de padre - isso explica 
tudo, o senhor não acha? 
Ele achou que não explicava nada e pediu ao homem 
que contasse. 
- Pois olha, vou lhe contar: imagine o senhor que 
havia no colégio um barbeiro, para fazer a barba dos 
padres e o cabelo dos alunos. Vai um dia o barbeiro me 
seduz com a ideia de furtar o vinho de missa, que era 
Gramática Aplicada a Textos 43 
guardado numa adega. Me ensinou um jeito de entrar na 
adega - e um dia eu fiz uma incursão ao tonel de vinho. 
Mas fui infeliz: deixei a torneira pingando, descobriram 
a travessura e no dia seguinte o padre-diretor reunia 
todos os alunos do colégio, intimando o culpado a se 
denunciar. Ia haver comunhão geral e quem comungas­
se com tão horrenda culpa mereceria danação eterna. 
Está visto que não me denunciei: busquei um confessor, 
tendo o cuidado de escolher um padre que gozava entre 
nós da fama de ser mais camarada: "Padre, como é que 
eu saio desta? Eu pequei, fui eu que bebi o vinho. Mas 
se deixar de comungar, o padre-diretor descobre tudo, 
vou ser castigado." Ele então me tranquilizou, invocando 
o segredo confessional, me absolveu e pude receber a 
comunhão. Pois muito bem: no mesmo dia todo mundo 
sabia que tinha sido eu e eu era suspenso do colégio. 
O homem respirou fundo e acrescentou, irritado: 
-Como é que o senhor quer que eu ainda tenha fé 
nessa espécie de gente? 
Ovalle ouvia calado, os olhos perdidos na amplidão 
do mar. Sem se voltar para o outro, comentou: 
-O senhor, certamente, achou que o confessor saiu 
dali e foi direitinho contar ao diretor. 
-Isso mesmo. Foi o que aconteceu. 
-O vinho era bom? 
-Como? 
-Pergunto se o senhor achou o vinho bom. 
O homem sorriu, intrigado: 
-Creio que sim. Tanto tempo, não me lembro mais ... 
Mas devia ser: vinho de missa! 
Então Ovalle se voltou para o homem, ergueu o punho 
com veemência: 
-E o senhor, depois de beber o seu bom vinho de 
missa, me passa trinta anos acreditando nessa asneira? 
O homem o olhava, boquiaberto: 
-Asneira? Que asneira? 
- Será possível que ainda não percebeu? Foi o bar-
beiro, idiota! 
44 Coleção Vade·Mécum 
-O barbeiro?-balbuciou o outro:-É verdade ... O 
barbeiro! Como é que na época não me ocorreu ... 
-Vamos para a missa-ordenou Ovalle, tomando-o 
pelo braço. 
(Fernando Sabino. A mulher do vizinho.
17a cd., Rio de Janeiro, Record, 1997.) 
QUESTÃO 3 
Considerando a classe morfológica dos vocábulos em 
destaque, julgue os itens a seguir: 
(1) "Era domingo e o navio prosseguia viagem. Os 
passageiros iam sendo convocados para a missa de 
bordo." - substantivos. p. 56) 
(2) " Mas fui infeliz: deixei a torneira pingando, 
descobriram a travessura e no dia seguinte o padre­
diretor reunia todos os alunos do colégio, intimando 
o culpado a se denunciar."- adjetivos. (p. 58) 
(3) " Ia haver comunhão geral e quem comungasse 
com tão horrenda culpa mereceria danação eterna." 
- verbos. (p. 58) 
( 4) " Está visto que não me denunciei: busquei um 
confessor, tendo o cuidado de escolher um padre 
que gozava entre nós da fama de ser mais camarada." 
- pronomes relativos. (p. 58) 
(5) " Então Ovalle se voltou para o homem, ergueu o 
punho com veemência." - preposições. (p. 58) 
(6) "-Isso mesmo. Foi o que aconteceu."- pronomes. 
(p. 58) 
(7) " - Creio que sim. Tanto tempo, não me lembro 
mais ... Mas devia ser: vinho de missa!"- conjunções. 
(p. 58) 
(8) "Vai um dia o barbeiro me seduz com a ideia de 
furtar o vinho de missa, que era guardado numa 
adega."- locuções adjetivas. (p. 58) 
Gramática Aplicada a Textos 45 
TEXTO IV 
Leia o texto a seguir para responder à questão 4: 
L I �� 
A dengue é considerada hoje o maior problema de 
saúde {>úQlic� . R-os país3sr- t:copicais. As condições cli­
máticas lh0' �ão favõr�\Jeis. o ·Aedes aegypti, mosquito 
transmissor da doença, prolifera em ambientes com 
temperatura e umidade elevadas. Daí por que no verão, 
período de calor forte e chuvas abundantes, ocorre o 
maior número de casos. 
O Brasil oferece terreno fértil para a proliferação do 
inseto. Mais de 20% da população das grandes e médias 
cidades vivem em condições precárias de saneamento 
básico. Sem abastecimento regular de água e coleta cons­
tante de lixo, formam-se os criadouros ideais do Aedes 
aegypti. Os moradores das áreas de risco precisam man­
ter água em reservatórios, e o lixo moderno, descartável 
por excelência, forma depósitos artificiais que atraem o 
mosquito. 
A violência urbana é outro aliado da enfermidade. Os 
técnicos não conseguem entrar nas casas para inspecio­
ná-las. Amedrontada, a população teme estar diante de 
um bandido disfarç� que se diz Juncionárjo da vigi­
lância sanitária. Não' lh� abre a porta. -�-' 'l '� ., \. �r �0 
Mais. O país recebe grande fluxo de turistas. O ser 
humano é a fonte da transmissão do mal. É ele quem 
contamina o mosquito. Ora, não há possibilidade de ins­
pecionar portos, aeroportos, ferroviárias, rodoviárias e 
estradas para detectar possíveis infectados. Ainda que 
houvesse, a dengue, em muitos casos, é assintomática 
ou confunde-se com gripe ou resfriado. 
Erradicar a dengue no curto prazo, pois, é impossí­
vel. Mas o poder público pode e deve tomar medidas 
capazes de mantê-lo sob controle e, sobretudo, de sal­
var vidas. Campanhas educativas mudam hábitos da 
população. Os brasileiros têm o costume de manter, nas 
dependências domésticas, vasos de plantas com prati-
46 Coleção Vade-Mécum 
nhos de água. Conscientes do perigo, poderão livrar-se 
do risco potencial. 
Certas ações simples, porém indispensáveis, não 
podem ser negligenciadas. É o caso de atacar os possí­
veis focos do Aedes aegypti. A vigilância sanitária deve 
fiscalizar cemitérios, borracharias, depósitos de ferro 
velho e providenciar a limpeza de terrenos baldios. São 
ações preventivas eficazes e urgentes. 
Mas, enquanto perdurarem as situações de precarie­
dade em saneamento básico, haverá infectados. O Brasil 
deu um passo adiante para conviver com o mal. Espe­
cializou profissionais da área de saúde a fim de tratar 
as formas graves çla infecção e reduzirflhe/ ��cf�t�Íâ ; d� � 
quase zero. Vale o exemplo. Manaus registrou 58 ocor­
rências de dengue hemorrágica. O único óbito deveu-se 
ao fato\ de o, enfermo não ter procurado o hospital de 
- -
referência. 
A escassez de recursos impede que todos os hospitais 
tenham unidades especializadas em dengue. Mas impõe­
se que todas as cidades tenham pelo menos um centro de 
atendimento aos casos graves. Com socorro adequado e 
tempestivo, é possível evitar mortes. Nenhum governo 
pode ignorar esse avanço. 
(Correio Braziliense, 24 de janeiro de 2002) 
QUESTÃO 4 
julgue os itens: 
(l) Na linha l, a palavra "dengue" constitui 
substantivo e é, sintaticamente, núcleo do sujeito. 
(p. 58) 
(2) Em "O Brasil oferece terreno fértil ... " (l. 7) e " 
O país recebe grande fluxo de turistas" (l. 20), os 
substantivos destacados apresentam paralelismo 
sintático. (p. 59) 
Gramãtica Aplicada a Textos 47 
(3) No trecho: "Os moradores das áreas de risco 
precisam manter água em reservatórios, e o 
lixo moderno, descartável por excelência, forma 
depósitos artificiais que atraem o mosquito" 
(l. 11-14), destacaram-se apenas substantivos 
concretos, comuns e simples. (p. 59) 
(4) Em "O ser humano é a fonte da transmissão 
do mal" (l. 20-21), temos exemplo de verbo usado 
substantivamente. (p. 60) 
(5) O substantivo "mosquito" é comum-de-dois­
gêneros. (p. 61) 
(6) No trecho: "Especializou profissionais dª área de 
saúde ª fim de tratar as formas graves dª infecção 
e reduzir-lhe ª letalidade ª quase zero" (l. 40-42), 
destacaram-se seis ocorrências de artigo definido. 
(p. 62) 
(7) Em "A violência urbana é outro aliado da 
enfermidade" (l. 15) e em "Os moradores das áreas 
de risco precisam manter água em reservatórios" (l. 
11-12), destacaram-se, respectivamente, o adjetivo e 
a locução adjetiva. (p. 63) 
(8) Em " O Brasil deu um passo adiante para conviver 
com o mal" (l. 39-40) e em "Manaus registrou 58 
ocorrências de dengue hemorrágica" (l. 42-43), 
destacaram-se numerais. (p. 66) 
TEXTO V 
Leia o texto a seguir para responder à questão 5: 
À Margem da Linha 
"Foi com disfarçada alegria que eu senti a mão do 
Mano sobre o meu ombro, e o metal da sua voz escarafun­
chando meu cérebro. "Cê vai voltar comigo, pirralho!". 
Mas eu tinha ido longe demais para não manter um míni­
mo de dignidade, por isso, segui em frente, duro, como 
48 Colcção Vade-Mécum 
se estivesse mesmo decidido a prosseguir. E foi aí que 
aconteceu o inesperado. Não pelo tapa de mão aberta, 
nem pela fogueira que acendeu minha face esquerda; não 
pela dor física, nem pela vergonha de apanhar assim na 
cara (ele nunca havia me batido desse jeito humilhante). 
Esse tapa do Mano era de certo modo uma coisa espera­
da, pois se ele nunca me batera de mão aberta em plena 
cara, eu também nunca cometera uma falta tão grave. 
Surpreendentemente nisso tudo foi a minha reação inte­
rior. Pela primeira vez eu contestei, ainda que só para 
mim mesmo, esse direito que ele se dava de me bater. 
"Tá certo que a mãe me pôs sob os cuidados dele, trans­
ferindo inteiramente para ele a responsabilidade de me 
encaminhar na vida - eu me disse lá com as palavras 
que eu possuía-, mas até que ponto isso lhe dá direito 
de escravizar o meu corpo e a minha consciência?" 
(Paulo Rodrigues, Correio Braziliense, 21/01/2002) 
QUESTÃO 5 
Julgue os itens a seguir: 
(0) Em" ... nem pela fogueira que acendeu minha face 
esquerda ... " (l. 7-8) , destacou-se pronome relativo 
com função sintática de sujeito. (p. 68) 
(1) No trecho "Foi com disfarçada alegria que eu 
senti a mão do Mano sobre o meu ombro " (l. 1-2) , a 
palavra que constitui pronome relativo e tem como 
referente o antecedente alegria. (p. 69) 
(2) Em " ... mas até que ponto isso lhe dá direito de 
escravizar o meu corpo e a minha consciência?" 
(l. 18-19), o pronome lhe exerce a função sintática 
de objeto indireto, e o termo destacado pode ser 
substituído pela forma pronominal "os", obtendo-se 
a seguinte reescritura: " ... mas até que ponto isso 
lhe dá direito
de os escravizar ?". (p. 69) 
Gramática Aplicada a Textos 49 
(3) O verbo "contestar" (l. 13) classifica-se, quanto à 
predicação, em intransitivo. (p. 70) 
(4) Em " ... pois se ele nunca me batera de mão 
aberta em plena cara ... " (l. 10-11), destacaram-se um 
advérbio e duas locuções adverbiais. (p. 70) 
(5) No trecho: "Tá certo que a mãe me pôs sob os 
cuidados dele, transferindo inteiramente para ele 
a responsabilidade de me encaminhar na vida -
eu me disse lá com as palavras que eu possuía-, 
mas até que ponto isso lhe dá direito de escravizar 
o meu corpo e a minha consciência?", destacaram­
se, respectivamente, conectivo nominal e conectivo 
oracional. (p. 72) 
TEXTO VI 
Leia o texto a seguir para responder à questão 6: 
A mata que corre perigo 
Além de ser conhecido como sede brasileira do mon­
tanhismo, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos abriga 
uma imensa reserva de Mata Atlântica, onde se encon­
tram diversas espécies da fauna (como micos-leões, 
lontras, araras azuis e onças pintadas) e flora (como 
palmito, cedro e bromélias diversificadas) ameaçadas de 
extinção. 
Para se ter noção do risco que a Mata Atlântica corre, 
à época do descobrimento do Brasil a floresta apresenta­
va uma área equivalente a um terço da Amazônia. Cobria 
1 milhão de quilômetros quadrados, ou 12% do território 
nacional. Hoje restam apenas 7% da sua área original. 
Estatísticas indicam que 70% da população brasileira 
vivem na região da Mata Atlântica. Nessas cidades litorâ­
neas e serranas estão concentrados os polos industriais, 
petroleiros e portuários do país. Os benefícios pro­
porcionados pela mata, são muitos. Protege e regula o 
50 Coleção Vade·Mécum 
fluxo dos mananciais hídricos que abastecem as grandes 
metrópoles, garante a fertilidade do solo e controla o cli­
ma. Além disso, tem a maior biodiversidade do mundo e 
preserva um patrimônio histórico de valor inestimável. 
Em 1817, os naturalistas Spix (austríaco) e Von 
Martius (alemão) vieram para o Brasil estudar fauna e 
flora. Em 10 mil quilômetros percorridos, catalogaram 
6.500 variedades de plantas e 3.411 animais. A Serra dos 
Órgãos fez parte da rota dessa expedição, que auxiliou 
na demarcação da reserva, mais de um século depois. 
(Correio Braziliensc, 20/01/2002. Adaptado) 
QUESTÃO 6 
julgue os itens a seguir quanto à pontuação: 
(0) Em " ... o Parque Nacional da Serra dos Órgãos 
abriga uma imensa reserva de Mata Atlântica" (1.2-
3), a vírgula após o substantivo "Órgãos" é proibida. 
(p. 76) 
(1) A colocação de uma vírgula depois do substantivo 
"Brasil" em "Para se ter noção do risco que a Mata 
Atlântica corre, à época do descobrimento do Brasil 
a floresta apresentava uma área equivalente a um 
terço da Amazônia" (l. 7-9) provocará ambiguidade. 
(p. 77) 
(2) Em "Estatísticas indicam que 70% da população 
brasileira vivem na região da Mata Atlântica" (l. 
12-13 ) , é possível colocar vírgula após os termos 
"Estatísticas" e "70% da população brasileira", sem 
prejuízo gramatical. (p. 77) 
(3) Observe:" ... os naturalistas Spix (austríaco) e Von 
Martius (alemão) vieram para o Brasil estudar fauna 
e flora" (l. 21-2 2). Na construção "Spix estudou a 
fauna; Von Martius, a flora", a vírgula caracteriza 
verbo subentendido. (p. 77) 
Gramática Aplicada a Textos 51 
( 4) Em "Os benefícios proporcionados pela mata, 
são muitos", registrou-se a vírgula para garantir 
mais clareza. (p. 77) 
(5) No trecho "que auxiliou na demarcação da reserva, 
mais de um século depois", a retirada da vírgula 
comprometerá a carga semântica do enunciado. (p. 77) 
RESOLUÇÕES COMENTADAS 
QUESTÃO 1 
./ (1) Certo. Os vocábulos destacados nomeiam elemen­
tos presentes no universo e, por isso, são substantivos. 
x (2) Errado. A primeira ocorrência da forma "a" 
é preposição exigida pelo adjetivo participial 
"destinados" (destinados a quê?). O substantivo 
"parcela" exigiria o artigo "as". Na forma "da", tem­
se contração da preposição "de" e do artigo "a", que 
acompanha o substantivo "população" . 
./ (3) Certo. Os adjetivos "satisfatória" e "econômica" 
caracterizam o substantivo "situação" . 
./ (4) Certo. No decorrer deste capítulo, você revisará o 
conceito de cada classe gramatical . 
./ (5) Certo. De fato, o vocábulo "fantasmas" exerce a 
função própria de substantivo, como no seguinte 
exemplo: "Os fantasmas sempre me incomodaram". 
No texto apresentado, o vocábulo "fantasmas" passa 
a exercer a função imprópria de adjetivo, já que 
caracteriza o substantivo "alunos". 
52 Coleção Vade·Mécum 
IMPORTANTE 
O texto I tem caráter unicamente motivador. Você se 
recorda de todas as categorias gramaticais? Lembre-se 
de que, a partir de agora, você terá de dominar a estru­
tura morfossintática do texto e toda a sua organização 
semântica. 
Antes de revisar as classes gramaticais, é impor­
tante entender alguns PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE 
PALAVRAS. 
As palavras estão em constante processo de evolução 
e tornam a língua um fenômeno vivo que acompanha o 
homem. Alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), 
outros nascem (neologismos), e muitos mudam de signi­
ficado com o passar do tempo. 
Na Língua Portuguesa, em razão da estruturação e 
origem das palavras, pode-se chegar à seguinte divisão: 
• palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) 
• palavras derivadas ou cognatas - derivam de outras 
(casebre, florzinha) 
• palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) 
• palavras compostas - possuem mais de um radical 
(couve-flor, aguardente) 
Para a formação das palavras portuguesas, é necessá­
rio o conhecimento dos seguintes processos de formação: 
• Composição - ocorre junção de radicais. São dois 
tipos de composição, em virtude de ter havido ou 
não alteração fonética. 
• justaposição - sem alteração fonética (girassol, 
sexta-feira) 
• 
aglutinação 
de elementos 
perna+alta). 
Gramãtica Aplicada a Textos 
alteração fonética, com perda 
(planalto/plano+alto; pernalta/ 
53 
• Derivação - palavra primitiva (um radical) acrescida, 
geralmente, de afixos. São cinco tipos de derivação. 
• prefixai - ocorre acréscimo de prefixo à palavra 
primitiva (infeliz, desleal) 
• sufixal - ocorre acréscimo de sufixo à palavra 
primitiva (felizmente, lealdade) 
• parassintética ou parassíntese - ocorre acréscimo 
simultâneo de prefixo e sufixo, ao mesmo tempo, à 
palavra primitiva (en+surdo+ecer I a+benção+ado 
I en+forca+ar). Por esse processo, formam-se 
especialmente verbos, de base substantiva ou 
adjetiva; mas há parassintéticos de outras classes 
(subterrâneo, desnaturado) 
IMPORTANTE 
Se, com a retirada do prefixo ou do sufixo, não exis­
tir aquela palavra na língua, houve parassíntese. Em 
"ensurdecer", se se retirar o sufixo, "ensurde" não exis­
tirá e, se se retirar o prefixo, "surdecer" também não 
existirá; logo "ensurdecer" foi formada por parassín­
tese. Em "infelizmente", se se retirar o sufixo, "infeliz" 
existirá e, se se retirar o prefixo, "felizmente" também 
existirá; logo "infelizmente" foi formada por prefixação 
e sufixação, e não parassíntese. 
• regressiva ou deverbal - cria substantivos, que 
denotam ação, derivados de verbos. É o que acontece 
com as seguintes palavras: amparo, choro, voo, corte, 
destaque, conserva, fala, pesca, visita, denúncia, 
análise e outras. 
54 Coleção Vade-Mécum 
IMPORTANTE 
Para determinar se a palavra primitiva é o verbo ou o 
substantivo cognato, usa-se o seguinte critério: substan­
tivo que denota ação constitui palavra derivada do verbo 
(ajuda, estudo, grito), mas se o substantivo denotar obje­
to ou substância será primitivo (planta, âncora). 
• Imprópria ou conversão - ocorre alteração da classe 
gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de verbo 
para substantivo; "é um judas" - de
substantivo 
próprio a comum; "o não é uma má resposta - de 
advérbio para substantivo) 
• Hibridismo - nesse processo, as palavras são 
constituídas por elementos originários de línguas 
diferentes (automóvel e monóculo - grego e latim I 
sociologia, bígamo, bicicleta - latim e grego I alcaloide, 
alcoômetro - árabe e grego I caiporismo - tupi e grego 
I bananal - africano e latim I sambódromo - africano 
e grego I burocracia- francês e grego). 
• Onomatopeia- reprodução imitativa de sons (pingue­
pongue, zunzum, miau, cocoricó, pum) 
• Abreviação vocabular - redução da palavra até 
o limite de sua compreensão (metrô em vez de 
"metropolitano", moto em vez de "motocicleta", pneu 
em vez de "pneumático", foto em vez de "fotografia"). 
• Siglonimização - formação de siglas, por meio 
de letras iniciais de uma sequência de palavras 
(Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de 
siglas, formam-se outras palavras (aidético, petista, 
peemedebista e outras). 
Gramática Aplicada a Textos 55 
QUESTÃO 2 
./ (l)Certo. Os substantivos "cantoria" e "olhar" são, 
respectivamente, núcleos do sujeito e do objeto direto 
de "atraiu" . 
./ (2)Certo. Lembre-se de que o aposto, ou termo em 
aposição, serve para reiterar ou reforçar o antecedente. 
x (3)Errado. Embora o sujeito seja longo, apresenta 
apenas um núcleo: índios. Portanto, o sujeito é 
simples . 
./ (4)Certo. Os vocábulos "política" (objeto direto de 
"avaliar") e "regularização" (objeto direto de "cobrar") 
apresentam igual função sintática. Por isso, ocorre o 
que chamamos de paralelismo sintático . 
./ (S)Certo. Os termos preposicionados "à saúde" e "à 
educação" são expansões sintáticas do substantivo 
"acesso" (acesso a quê?). Não completam, portanto, o 
verbo, mas, sim, o nome, o substantivo. São, portanto, 
complementos nominais. No capítulo 2 deste livro, 
aprofundaremos este tema. 
Parece difícil? Não se preocupe. Muitos conceitos serão 
aprofundados na próxima questão. Mantenha o ânimo. 
QUESTÃO 3 
./ (l)Certo. Um detalhe: viagem (substantivo) é diferente 
de viajem (verbo). 
Saiba mais: 
De acordo com a NGB, são dez as CLASSES GRAMA­
TICAIS, embora a interjeição, vocábulo-frase, fique, na 
verdade, excluída dessa relação: 
56 Coleção Vade-Mécum 
• variáveis 
· Substantivo, 
· Artigo, Adjetivo, 
· Numeral, Pronome, 
· Verbo. 
• invariáveis 
· Advérbio, 
· Preposição, 
· Conjunção. 
A interjeição também é invariável. 
O que é a Nomenclatura Gramatical Brasileira? 
A nomenclatura gramatical foi organizada por 
comissão de professores designada pelo Ministério da 
Educação e Cultura, em abril de 1957. Entrou em vigor 
nas escolas a partir do ano letivo de 1959. 
ARTICUlAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS QUE VOCÊ 
DEVERÁ SEMPRE LEMBRAR: 
a. Função básica: verbo (transitivo ou intransitivo) 
b. Funções relacionais (conectivos): conjunção, 
preposição, verbo de ligação. 
c. Funções estruturais: substantivo, adjetivo, artigo, 
pronome, numeral, advérbio. 
Funções estilísticas: interjeição e palavras 
denotativas. 
Está ficando mais fácil? Essas articulações serão apro­
fundadas a partir do texto IV. Continue. É só um teste. 
Gramática Aplicada a Textos 57 
x (2)Errado. O vocábulo "travessura" não é adjetivo. É 
substantivo. 
x (3)Errado. O vocábulo "danação" (derivado do 
verbo danar) é substantivo. Reveja: danação eterna 
(substantivo+ adjetivo). 
x (4) Errado. Veja que a primeira ocorrência da palavra 
que não retoma antecedente. No caso, é uma conjunção 
integrante. Já a segunda ocorrência da palavra que 
retoma o antecedente "um padre". É pronome relativo . 
./ (5) Certo. Para e com são preposições essenciais . 
./ (6) Certo. Isso (pronome demonstrativo) e o= aquilo 
(pronome demonstrativo) . 
./ (7) Certo. Que (conjunção integrante - Creio que o 
vinho era bom. Lembre-se de que o advérbio "sim" 
substitui a oração "que o vinho era bom". Por isso, o 
advérbio "sim" tem função vicária); Mas (conjunção 
adversativa). Ambas são conectivos oracionais. 
x (8) Errado. Locução adjetiva é aquele termo 
preposicionado que caracteriza o substantivo. É o 
caso de "vinho de missa" (substantivo + locução 
adjetiva). Já em "guardado numa adega", temos 
locução adverbial de lugar modificando o verbo. 
QUESTÃO 4 
./ (1) Certo. Lembre-se: 
• SUBSTANTIVO (Palavra nuclear) - Do ponto de vista 
semântico, o substantivo é a palavra que denomina 
os seres em geral. 
MORFOSSINT AXE: 
O substantivo (ou palavra com valor substantivo) 
funcionará sempre como núcleo dos termos. Observe: 
58 Coleção Vadc-Mécum 
Ex.: Nossos ídolos ainda são os mesmos. (núcleo do 
sujeito) 
Encontramos os livros na estante. (núcleo do objeto 
direto) 
Todos carecem de respeito. (núcleo do objeto 
indireto) 
As informações são úteis ao povo. (núcleo do 
complemento nominal) 
As estrelas pareciam grandes olhos azuis. (núcleo 
do predicativo do sujeito) 
A criança foi avistada pelo diretor. (núcleo do 
agente da passiva) 
Naquela tarde, lembrei-me dos bons momentos. 
(núcleo do adjunto adverbial) 
x (2) Errado. O substantivo "terreno" é núcleo do objeto 
direto (complemento do verbo "oferece"), ao passo 
que o substantivo "país" é núcleo do sujeito do verbo 
"recebe". 
LEMBRE-SE: 
Quando comandos de questões tratarem do paralelis­
mo sintático, as palavras ou termos destacados deverão 
exercer a mesma função sintática. Observe: 
Há paralelismo sintático no que concerne aos subs­
tantivos destacados no texto abaixo: 
"A moça entrou e viu o corpo estendido no chão. Ela não 
esperava viver tal situação. 
(Ambos exercem a função sintática de OBJETO DIRE­
TO, respectivamente, dos verbos "viu" e "viver") 
v' (3) Certo. Relembremos a classificação dos 
substantivos: 
• Comum - designa todos os seres de uma mesma 
espécie. Ex.: mesa, porta. 
• Próprio - designa um determinado ser de uma 
espécie. Ex.: Fortaleza, Código Civil. 
Gramática Aplicada a Textos 59 
• Concreto - indica os nomes de lugares, pessoas, 
animais e coisas. Ex.: Deus, livro. 
• Abstrato- indica qualidade (ex.: beleza), sentimento 
(ex.: amor), sensações (ex.: dor), ações (ex.: análise) 
ou estados (ex.: morte). 
• Primitivo - é o substantivo que não nasce de outra 
palavra. Ex.: rio, alma, saudade. 
• Derivado - é o substantivo que se forma a partir de 
outra palavra. Ex.: velocidade 
• 
Simples - formado por uma só palavra. Ex.: noite, 
sol, praça, Deus. 
• Composto - formado por mais de uma palavra. Ex.: 
girassol, beija-flor. 
• 
Coletivo - indica uma reunião, uma coleção de 
seres de uma mesma espécie. Ex.: acervo (obras de 
arte); bando (aves, crianças). 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: 
Chamam-se substantivos abstratos aqueles que 
designam como seres determinadas noções, estados e 
qualidades. De um papel, de um pano, de uma nuvem, 
abstrai-se a ideia de brancura. Brancura é, assim, um 
substantivo abstrato. Da ideia de morrer, tira-se a ideia 
de morte. Já os substantivos concretos designam os 
seres propriamente ditos, ou seja, os nomes de pessoas, 
de lugares, de um gênero,. de uma espécie: mulher, cão, 
Câmara, vila, João, Ilhéus. 
x (4) Errado. A palavra ser tem valor de legítimo 
substantivo e é sinônimo de homem, pessoa, criatura, 
indivíduo. Observe a diferença: " O correr da moça 
impressionou-me" (verbo usado substantivamente.). 
Portanto, lembre-se: 
60 Coleção Vade-Mécum 
Todo verbo tem uma forma que pode ser usada subs­
tantivamente: é o infinitivo. Embora haja o substantivo 
queda, pode-se dizer também ao cair da tarde. O infini­
tivo pode ser tratado, na mesma frase, como substantivo 
e como verbo, conforme na frase Aquele não falar-lhe 
era o que mais doia. Embora o infinitivo tenha suas pró­
prias desinências, pode não raramente adotar o plural de 
um substantivo. Vejam-se estas duas frases,
cada uma 
delas com uma forma de plural: ua que havia mais sério 
nas agressões de Montepoliziano era o envolverem uma 
ofensa pessoal ao infante" (Herculano); uEm um desses 
volveres do espirita à obra começada" (Alencar). Não são 
raros os infinitivos encontrados mais como substanti­
vos: o vagar, o volver , etc. 
x (5) Errado. É substantivo epiceno (mosquito macho e 
mosquito fêmea). 
Entenda melhor 
• Gêneros 
masculino: gato, homem 
· feminino: gata, mulher 
ATENÇÃO: 
Alguns substantivos têm um único gênero: são os subs­
tantivos uniformes. 
• comum de dois gêneros (o balconista I a balconista) 
• epiceno (baleia macho I baleia fêmea) 
• 
sobrecomum (a vítima/ a testemunha) 
• Número 
· singular: pedra, mar 
· 
plural: pedras, mares 
Gramática Aplicada a Textos 61 
• Graus 
aumentativo analítico: casa - casa enorme 
aumentativo sintético: casa - casarão 
diminutivo analítico: casa - casa pequena 
diminutivo sintético: casa - casinha I casebre 
x (6) Errado. A segunda e a sexta ocorrências são 
exemplos de preposições (apenas conectam palavras), 
uma vez que não definem substantivos femininos. 
Uma lição sobre o artigo: 
ARTIGO é a palavra que se coloca antes do subs­
tantivo para determiná-lo (ou indeterminá-lo) e também 
para indicar-lhe o gênero e o número. 
MORFOSSINT AXE: 
O artigo, como acompanha o nome, será sempre adjunto 
adnominal. 
Ex: O jagunço trouxe um animal. 
No Brasil, todos desconfiam dos políticos. 
ATENÇÃO: 
O artigo sempre concorda em gênero (masculino/femini­
no) e número (singular/plural) com o substantivo a que 
se refere. 
Artigos definidos: O, A, OS, AS. 
Artigos Indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. 
SUBSTANTIVAÇÃO 
Toda palavra ou expressão que apresentar artigo 
antes de si passa a ser considerada substantivo. Esse 
processo é o que se chama substantivação ou derivação 
imprópria. 
Ex.: O sonhar é importante. (Classe gramatical: 
62 
SUBSTANTIVO/ Função sintática: NÚCLEO DO 
SUJEITO) 
Coleção Vade-Mécum 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
1. Além de suas formas simples, os artigos definidos 
apresentam formas em que se combinam com as 
preposições a, de, em, por, o que dá origem a ao, do, 
nas, pelos etc. 
2. Quando o artigo definido feminino (a, as) se combina 
com a preposição a, forma-se a crase, encontro de 
duas vogais idênticas, escritas uma ao lado da outra 
no português arcaico (aa) e hoje representadas com 
um acento grave (à): Elas chegaram cedo à cidade. 
3. Os artigos indefinidos combinam-se com as 
preposições em e de, o que dá origem a num, numa, 
nuns, numas, dum, duma etc. 
4. Antes de nomes próprios de pessoa, a presença do 
artigo é de uso coloquial e familiar: "O João está?", 
"A Maria já foi embora", dando também conotação 
de informalidade o uso do artigo anteposto aos 
adjetivos possessivos, como em o meu pai, a nossa 
menina etc. Em contrapartida, a omissão do artigo, 
nesses casos, dá à frase um toque de elegância. 
5. Também se omite o artigo antes de certas expressões 
de tratamento, antes de palavras como terra e bordo 
quando usadas como antônimos (Os passageiros 
vieram de bordo para terra) e antes da palavra casa, 
quando não se refere a uma moradia específica 
(Chegou cedo a casa). Alguns nomes de cidade são 
empregados com artigo (o Rio de Janeiro, o Cairo, o 
Porto; opcionalmente, o Recife) . 
./ (7) Certo. Veja a diferença: "violência urbana" (uma 
palavra apenas caracteriza o substantivo) , "áreas 
de risco" (expressão preposicionada caracteriza o 
substantivo). Mais uma lição: 
ADJETIVO é a palavra que acompanha o substanti­
vo para indicar as qualidades ou características desse 
substantivo. 
Gramática Aplicada a Textos 63 
MORFOSSINT AXE: 
O adjetivo pode funcionar como adjunto adnominal ou 
nome predicativo. Analise cuidadosamente os seguin­
tes períodos: 
1. O progresso material não acontece repentinamente. 
(Adjunto adnominal) 
2. Nossos sonhos parecem impossíveis. (Predicativo 
do sujeito) 
3. Considero sua atitude infantil. (Predicativo do 
objeto) 
LEMBRE-SE: A função de predicativo também pode ser 
exercida pelo substantivo. 
Ex: A comunicação é uma necessidade vital. (Classe 
gramatical: SUBSTANTIVO./ Função sintática: 
NÚCLEO DO PREDICATIVO DO SUJEITO) 
Locução adjetiva 
É toda expressão (em geral formada de: preposição+ 
substantivo) que exerce função de adjetivo, isto é, carac­
teriza o substantivo. Sintaticamente, funciona como 
adjunto adnominal. 
Ex: O sonho de criança me emociona. (de criança = 
pueril, infantil) 
Substantivação do adjetivo 
É bastante comum a utilização do adjetivo como 
substantivo. Esse fato ocorre quando, antes do adjetivo, 
coloca-se um artigo. 
Ex: Os desobedientes devem ser punidos. (Classe 
gramatical: SUBSTANTIVO./ Função sintática: 
NÚCLEO DO SUJEITO) 
Flexões do adjetivo 
• Gêneros 
· masculino: novo, franco 
· feminino: nova, franca 
64 Colcção Vade-Mécum 
• 
Números 
· singular: útil, lenta 
· plural: úteis, lentas 
Graus 
Comparativo 
• de inferioridade 
Ex.: Ele é menos MAGRO que você. 
• de igualdade 
Ex.: Ele é tão MAGRO quanto você. 
• de superioridade (analítico e sintético) 
Ex.: Seu pai é mais experiente (analítico) que o meu. 
Suas dificuldades são menores (sintético) que as 
minhas. (Lembre-se de que "menores" corresponde 
a "mais pequenas" - em desuso - ; por isso fala-se 
em grau de superioridade). 
Superlativo 
• 
relativo de superioridade (analítico e sintético) 
Ex.: Ela é a mais bela das moças. 
Ele recebeu o maior dos elogios. 
• relativo de inferioridade 
Ex.: Aquela moça era a menos simpática de todas. 
• absoluto analítico 
Ex.: Aquele artista era muito negro. 
• absoluto sintético 
Ex.: Aquele artista era nigérrimo. 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
1. Reforçando, o adjetivodiz-se substantivado quando, 
antecedido de um determinativo (geralmente um 
artigo), não funciona como termo determinante de 
nenhum substantivo: o desagradável da situação 
Gramática Aplicada a Textos 65 
(comparar com "uma situação desagradável', em 
que "desagradável" funciona como adjetivo). 
2. O adjetivo pode ser substituído por palavras ou 
expressões de outra classe gramatical, bem como 
por orações: 
• O rio gigante (substantivo em função de adjetivo); 
• A poltrona sem comodidade (locução formada 
por preposição + substantivo, substituível por 
"incômoda"); 
• A escrita que não se consegue ler (oração de valor 
adjetivo, equivalendo a "'ilegível"). 
3. Os adjetivos que se referem a continentes, países, 
regiões, estados, cidades, províncias, vilas e 
povoados denominam-se pátrios (europeu, alemão, 
amazônico, paraense, campista, minhoto etc.); 
os que se aplicam a raças ou povos, denominam­
se gentilicos (latino, germânico). Os sufixos -ês 
ou -ense, -ão ou -ano são os mais usados para a 
formação de adjetivos pátrios e gentílicos. Nos 
adjetivos pátrios compostos, o primeiro elemento 
assume forma alatinada, em geral reduzida: 
anglo-germânico, austro-húngaro, euro-asiático, 
franco-italiano, greco-latino, hispano-americano, 
indo-europeu, ítalo-suíço, galaico-português, luso­
brasileiro, sino-soviético. 
Entendeu? 
x (8) Errado. Em "O Brasil deu um passo adiante para 
conviver com o mal" (l. 30), temos artigo indefinido 
(diferente de "O Brasil deu apenas um passo", em 
que teríamos numeral), e em "Manaus registrou 58 
ocorrências de dengue hemorrágica", temos, sim, 
numeral. Vejamos: 
66 Coleção Yade·Mécum 
NUMERAL é toda palavra que indica quantidade, núme­
ro de ordem, múltiplo ou fração. 
Ex.: Ele venceu cinco partidas. (quantidade) 
Não teremos a sexta aula.(ordem) 
Ele gastou o cêntuplo que você. (múltiplo) 
Dois terços das pessoas vieram. (fração) 
MORFOSSINT AXE: 
Numeral substantivo (substitui o substantivo) = núcleo

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