Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2009 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Relatório de Atividades 2º Trimestre Tribunal de Contas da União Ministros Auditores Ministério Público Setor de Administração Federal Sul, Quadra 4, lote 1, Brasília-DF, CEP 70042-900 Secretaria-Geral da Presidência Secretaria de Planejamento e Gestão seplan@tcu.gov.br Ouvidoria do Tribunal de Contas da União ouvidoria@tcu.gov.br Augusto Nardes Aroldo Cedraz Raimundo Carreiro José Jorge Augusto Sherman Cavalcanti Marcos Bemquerer Costa André Luís de Carvalho Weder de Oliveira Lucas Rocha Furtado, procurador-geral Paulo Soares Bugarin, subprocurador-geral Maria Alzira Ferreira, subprocuradora-geral Marinus Eduardo de Vries Marsico, procurador Cristina Machado da Costa e Silva, procuradora Júlio Marcelo de Oliveira, procurador Sergio Ricardo Costa Caribé, procurador (61) 3316-7374/7498 - 0800-441500 - Ubiratan Aguiar, presidente Benjamin Zymler, vice-presidente Marcos Vilaça (aposentado em 26/6/2009) Valmir Campelo Walton Alencar Rodrigues TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO http://www.tcu.gov.br Relatório de Atividades 2º Trimestre/2009 Brasília-DF 2009 ©Copyright 2009, Tribunal de Contas da União Impresso no Brasil / Printed in Brazil www.tcu.gov.br Diagramação, capa e compilação Secretaria-Geral da Presidência – Segepres Secretaria de Planejamento e Gestão – Seplan Brasil. Tribunal de Contas da União. Relatório de Atividades: 2º Trimestre de 2009 / Tribunal de Contas da União. – Brasília: TCU, Secretaria de Planejamento e Gestão, 2009. 119 p. 1. Tribunal de Contas, relatório, Brasil. I Título Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Ministro Ruben Rosa TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 APRESENTAÇÃO É uma honra apresentar ao Congresso Nacional e ao cidadão brasileiro o Relatório das Atividades do Tribunal de Contas da União – TCU, do 2º trimestre de 2009, nos termos previstos no art. 71, § 4º, da Constituição Federal. O relatório apresenta os principais resultados da atuação do TCU, tanto na área administrativa quanto na área do controle das entidades públicas. Traz todos os referenciais adotados pelo Tribunal e os resultados de sua ação, no exercício de suas competências constitucionais, para o controle da Administração Pública. O Tribunal de Contas da União, nos seus estudos técnicos, contribui para a melhoria da Administração Pública. Para tanto, torna disponíveis aos gestores orientações, determinações, recomendações e avaliações, com o objetivo de corrigir falhas, evitar desperdícios, melhorar a gestão e o desempenho de órgãos, entidades e programas de Governo. Os dados disponíveis nesses estudos permitem a melhor formulação das políticas públicas, o aumento na qualidade dos bens adquiridos e serviços contratados, o superior desempenho dos controles internos, bem como o aprimoramento da legislação federal e a disseminação das melhores práticas observadas na Administração Federal. Controlar é, antes, prevenir, orientar, avaliar, recomendar melhorias; em outras palavras: agir preventivamente, e não apenas punir. Almeja o TCU ter uma visão cada vez mais proativa da Administração, antecipando-se aos problemas e às irregularidades e evitando a sua consumação. A eficácia da atividade de controle, contudo, não se esgota no âmbito do Tribunal. O modelo de Estado Brasileiro e o ordenamento jurídico nacional requerem a participação complementar de outras instituições. A cooperação com os órgãos públicos é iniciativa fundamental para melhorar a Administração Pública e para conferir maior celeridade e racionalidade ao processo de controle. Nesse aspecto, o TCU deu continuidade às ações necessárias para implementação de uma “rede” para controle da Gestão Pública. A atuação conjunta e articulada com outros órgãos públicos e entidades integrantes da rede de controle evita a superposição de ações e otimiza a utilização dos recursos e os resultados obtidos. Entre as funções do TCU, destaca-se a apreciação das Contas do Governo da República, encaminhada para julgamento ao Congresso Nacional. Nesse exame, o papel do Tribunal vai além da mera verificação da conformidade formal dos balanços TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 apresentados, da execução orçamentária, da situação patrimonial e das questões contábeis. O TCU elabora verdadeiro instrumento voltado ao aperfeiçoamento da Administração Pública, cuja análise e conhecimento são essenciais ao exercício da gestão pública. Também merece destaque auditoria realizada pelo Tribunal para avaliar os controles adotados para a prevenção e a detecção de erro e fraude na concessão e manutenção do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC. Tal benefício, previsto na Constituição, é a garantia de um salário mínimo mensal às pessoas com deficiência e aos idosos que não tenham condições de se manter. A auditoria identificou beneficiários e familiares com sinais de riqueza, o que não condiz com os requisitos de uma família que faz jus ao benefício. Há indícios de que ao menos 10% (dos assistidos pelo BPC), mais de 125 mil pessoas não deveriam estar na condição de beneficiário, devido a erros ou fraudes. Estima-se que a implementação das medidas propostas pelo TCU trará uma economia de cerca de R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos, nos próximos cinco anos. No trimestre, os benefícios diretos ao Tesouro Nacional e aos cidadãos, decorrentes da atuação do TCU, superaram R$ 4 bilhões. Dessa forma, para cada real gasto com o Tribunal o País economizou R$ 17,53. Isso sem contar a atuação prévia do TCU, por meio da adoção de medidas cautelares, com o objetivo de evitar grave lesão ao Erário, ou a direito alheio, que envolveu a cifra de R$ 276 milhões. Demonstra-se, assim, os méritos dessa visão proativa adotada pelo Tribunal em relação à despesa pública, cujo intuito é evitar a concretização de danos ao Erário. Os bons índices de desempenho aferidos pelo TCU devem-se à política de intenso aprimoramento de seus processos de trabalho; ao desenvolvimento de ferramentas e sistemáticas, em vista da atuação cada vez mais rigorosa e seletiva, em áreas de risco e relevância; à busca de aperfeiçoamento na estrutura legal e normativa de apoio à atividade de controle externo; ao trabalho em parceria com diversos órgãos públicos e com a rede de controle; e ao constante investimento em capacitação de seu corpo técnico e gerencial. Brasília, agosto de 2009 Ubiratan Aguiar Presidente TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Para bem cumprir suas atribuições constitucionais e legais, assim como para assegurar o alcance de resultados mais efetivos para a sociedade, o TCU estabele- ceu referencial estratégico que compreende, essencialmente, a definição de negócio, missão e visão de futuro e valores da organização, conforme se apresenta a seguir. Negócio Controle externo da Administração Públ ica e da gestão dos recursos públ icos federais. Missão Assegurar a efet iva e regular gestão dos recursos públicos em benefício da sociedade. Visão Ser inst itu ição de excelência no controle e contr ibuir para o aperfeiçoamento da Adminis- tração Públ ica. Valores Ética Just iça Efet ividade Independência Prof issional ismo TCURELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 SUMÁRIO TCU EM NÚMEROS ......................................................................................................... 8 PRINCIPAIS DECISÕES .................................................................................................. 9 1. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ...................................................................... 12 1.1. Competências e Jurisdição ....................................................................................... 12 1.2. Estrutura ................................................................................................................... 13 1.3. Deliberações dos Colegiados ................................................................................... 14 2. ATIVIDADES DE CONTROLE EXTERNO ................................................................. 16 2.1. Resultados do Controle Externo ............................................................................... 16 2.1.1. Processos de Controle Externo Autuados e Apreciados Conclusivamente ....... 16 2.1.2. Atos de Pessoal Autuados e Apreciados Conclusivamente .............................. 17 2.1.3. Recursos Julgados ............................................................................................ 18 2.1.4. Medidas Cautelares ........................................................................................... 18 2.1.5. Julgamento de Contas ....................................................................................... 19 2.1.6. Condenações e Sanções Aplicadas .................................................................. 20 2.1.7. Atuação do Ministério Público junto ao TCU ..................................................... 21 2.1.8. Fiscalizações ..................................................................................................... 21 2.1.9. Fixação de prazo para anulação e Sustação de Atos e Contratos .................... 22 2.1.10. Benefícios Financeiros das Ações de Controle ............................................... 24 2.2. Atuação por Função de Governo ou Área Envolvida ................................................ 25 2.2.1. Administração – Geral ....................................................................................... 25 2.2.2. Administração – Financeira ............................................................................... 28 2.2.3. Educação ........................................................................................................... 28 2.2.4. Energia .............................................................................................................. 31 2.2.5. Gestão de Pessoas ........................................................................................... 31 2.2.6. Previdência Social, Assistência Social e Trabalho ............................................ 32 2.2.7. Saúde ................................................................................................................ 33 2.2.8. Segurança Pública............................................................................................. 34 2.2.9. Tecnologia ......................................................................................................... 34 2.2.10. Transporte ....................................................................................................... 36 2.2.11. Urbanismo, Habitação e Saneamento ............................................................. 38 3. CONTAS DO GOVERNO DA REPÚBLICA ................................................................ 40 4. RELACIONAMENTO COM O CONGRESSO NACIONAL, A SOCIEDADE E OS GESTORES PÚBLICOS ................................................................................................. 51 4.1. Solicitações do Congresso Nacional e de Parlamentares .................................... 51 4.2. Acordos e Eventos................................................................................................ 51 4.3. Ouvidoria do TCU ................................................................................................. 53 4.4. Divulgação Institucional ....................................................................................... 54 5. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS ............................................................................. 56 TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 5.1. Estratégias e Planos ............................................................................................ 56 5.2. Solicitações Diversas Atendidas pelo Tribunal ..................................................... 56 5.3. Gestão de Pessoas .............................................................................................. 57 5.4. Recursos Orçamentários e Financeiros ............................................................... 58 ANEXOS Anexo I. “Organograma do Tribunal de Contas da União” ......................................... 59 Anexo II. “Medidas Cautelares Adotadas no Período” ................................................ 60 Anexo III. “Responsáveis por Débitos e Multas Impostos pelo Tribunal” .................... 62 Anexo IV. “Sanções Não-Pecuniárias Aplicadas no Período” ..................................... 91 Anexo V. “Fiscalizações Concluídas no Período” ........................................................ 93 Anexo VI. “Processos de Solicitação do Congresso Nacional Deliberados” ............. 115 Anexo VII. “Unidades da Secretaria do TCU” ............................................................ 119 TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 8 TCU EM NÚMEROS Os principais benefícios e resultados decorrentes das atividades desenvolvi- das pelo TCU no 2º trimestre de 2009 estão sintetizados abaixo. BENEFÍCIO POTENCIAL TOTAL DAS AÇÕES DE CONTROLE R$ 4,43 bilhões Medidas cautelares adotadas 20 Licitações e contratos suspensos cautelarmente 15 Prejuízos e danos evitados com a adoção de medidas cautelares R$ 276 milhões Responsáveis condenados em débito e/ou multados 752 Valor das condenações R$ 331 milhões Processos de cobrança executiva formalizados 619 Valor envolvido nos processos de cobrança executiva R$ 243,4 milhões Responsáveis inabilitados para o exercício de cargo em comissão ou função de confi- ança na Administração Pública Federal 10 Empresas declaradas inidôneas para participar de licitações na Administração Pública Federal 25 Licitações e contratos com determinação para anulação/suspensão/ajustes 13 Denúncias sobre indícios de irregularidades na aplicação de recursos públicos rece- bidas pela Ouvidoria do TCU 620 Processos julgados conclusivamente 2.550 Acórdãos proferidos 4.663 Recursos julgados 461 Atos de pessoal analisados Atos julgados ilegais 27.243 102 Fiscalizações concluídas – Total Fiscalizações solicitadas pelo Congresso Nacional 294 146 Para cada R$ 1 do Orçamento da União alocado ao TCU, o retorno ao País foi de R$ 17,53 1 real 17,53 reais TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 9 PRINCIPAIS DECISÕES DO TCU • O Plano Nacional de Educação estabelece que 30% dos alunos de baixa renda devem entrar na universidade até 2011 por meio do ProUni ou do Fies. Entretanto, o TCU consta- tou que o ProUni concede bolsa a estudantes com renda familiar superior aos limites previstos, além de faltar, em muitos casos, comprovante de residência e de renda familiar. Segundo a auditoria, instituições recebem isenção fiscal mesmo sem ocupar todas asvagas destinadas ao Programa. Visando atingir a meta estabelecida, o Tribunal determinou que o Ministério da Educação - MEC tenha maior controle dos alunos beneficiários e que a Secre- taria de Educação Superior garanta o preenchimento total das vagas ofertadas pelo Programa. A implementação das recomendações poderá gerar benefícios superiores a R$ 1,1 bilhão no período de quatro anos (Acórdão nº 816/2009 - Plenário). • Uma economia potencial de cerca de R$ 2,6 bilhões para os cofres públicos, em cinco anos, poderá ser gerada com a adoção de propostas do TCU para a revisão do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC. O benefício garante um salário- mínimo mensal para deficientes e idosos, sendo preciso comprovar renda inferior a ¼ do salário-mínimo per capita para recebê-lo. Em 2008, o gasto do Governo Federal com pro- gramas e ações assistenciais superou a cifra de R$ 28 bilhões. Desse montante, o BPC investiu mais de R$ 15 bilhões em Assistência Social, cerca de 50% dos dispêndios dessa função de Governo. Auditoria do Tribunal identificou que ao menos 10% do total de benefí- cios, correspondente a mais de 125 mil casos, apresentam erros ou fraudes. O TCU recomendou ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS revisão dos benefícios a cada dois anos, avaliação de risco e entrevista para confirmar dados dessa avaliação. (Acórdão nº 668/2009 - Plenário). • Benefícios duplicados do Programa Bolsa Família, beneficiários com patrimônio superior ao permitido ou já falecidos sem comprovação da existência de dependentes foram algu- mas das irregularidades encontradas pelo TCU no sistema do Cadastro Único para Programas Sociais. O CadÚnico é o instrumento de identificação e caracterização sócioe- conômica das famílias brasileiras de baixa renda. É utilizado para seleção de beneficiários e integração de programas sociais do Governo Federal. Auditoria realizada pelo Tribunal ava- liou a efetividade, a segurança contra fraudes e a confiabilidade dos dados do sistema. Foram identificados indícios de descumprimento da legislação, ocorrência de erros e indí- cios de fraudes, falhas de segurança da informação e deficiências no acompanhamento e gestão do sistema. A implementação das recomendações e determinações feitas pelo TCU para sanar as falhas permitirá ao Governo Federal uma economia anual de aproximada- mente R$ 320 milhões (Acórdão nº 906/2009 - Plenário).. • O TCU concluiu que a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios – FPM po- derá ser mais equânime se considerar não somente o critério populacional, mas também dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH dos municípios. O FPM é uma transferência intergovernamental de recursos da União para municípios, com o objetivo de minimizar suas diferenças sócioeconômicas. O TCU realizou, por solicitação do Congresso Nacional, trabalho para avaliar a eficácia dos critérios de repartição atualmente adota- TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 10 dos pelo FPM, de modo a verificar se contribuem para redução do desequilibrio entre as municipalidades. Pelo critério de rateio atualmente adotado, os municípios de pequeno porte recebem proporcionalmente à sua população mais recursos que municípios médios e grandes independentemente de sua renda per capita. (Acórdão nº 1.120/2009 - Plenário). • O Tribunal determinou ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão a suspensão do pagamento da Gratificação de Atividade Judiciária - GAJ e do Adicional de Tempo de Serviço - ATS a servidores extrajudiciais e pensionistas, por não haver base legal. Determi- nou, ainda, o ressarcimento dos valores indevidamente pagos desde a publicação do Acórdão nº 633/1ª Câmara, de 26.03.2007. A adoção da determinação poderá gerar eco- nomia de R$ 30 milhões para os cofres públicos em um período de cinco anos. (Acórdão TCU nº 758/2009 - Plenário).. • O Consórcio Interamericano e os responsáveis pela licitação de serviços contratados para a Vila Pan-Americana dos jogos de 2007 deverão pagar R$ 2,7 milhões por super- faturamento ou apresentarem defesa. Os serviços superfaturados incluem, entre outros (instalação de ar-condicionado, montagem de cadeiras, instalação de persianas, forneci- mento de colchões). O serviço de camareira, contratado na mesma licitação, incluía além do fornecimento de mão-de-obra, o valor dos materiais de limpeza, que variava segundo o tur- no de trabalho. Há, ainda, valores cobrados a mais para montagem de camas, espelhos e abajures. Além dos valores pagos a mais, o TCU registrou que a opção por alugar equipa- mentos e serviços de hotelaria para a acomodação dos atletas restringiu a participação de empresas na licitação. (Acórdão nº 1.251/Plenário) • O TCU determinou, por medida cautelar, que a Petrobras deixe de pagar por serviços contratados para as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Recife/PE, devido a indício de sobrepreço. A restrição recai sobre drenos fibro-químicos que foram orçados com preço 48% superior ao de mercado e executados em quantidade 1.278% maior do que a con- tratada. Além disso, foi solicitada alteração contratual, sem justificativa adequada, para aumentar as distâncias de transporte de material escavado, o que elevará o valor do contra- to em R$ 63,5 milhões. O Tribunal ainda aponta que a Petrobras continuou a pagar por serviços com indícios de sobrepreço. Isso eleva a estimativa de superfaturamento de R$ 59 milhões para R$ 94 milhões. Conforme a auditoria, a Petrobras já reteve, por deter- minação anterior do TCU, mais de R$ 15 milhões em pagamentos ao consórcio executor da obra. (Acórdão nº 642/Plenário) • O Tribunal determinou a suspensão das obras de implantação do Perímetro de Irriga- ção do Rio Bálsamo, em Palmeira dos Índios/AL até que sejam adotadas as medidas para correção de problemas detectados. Com a determinação, serão repactuados os preços de todos os itens que apresentam majoração de valores, de modo a suprimir os sobrepreços. Também foi determinado o desconto de eventuais pa¬gamentos já realizados a maior, caso haja a continuidade das obras no âmbito da contratação. O sobrepreço total apontado no processo é superior a R$ 13 milhões (Acórdão nº 1.330/2009 - Plenário). TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 11 • Ao responder consulta formulada pelo Ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, em relação a investimentos privados na melhoria da infra-estrutura de portos brasileiros, o TCU informou que não há óbice que o operador portuário, titular de um contrato de arrendamento, faça doação ao poder público, instrumento previsto no art. 538 do Código Civil, na forma de obras de adequação da infra-estrutura de uso público. No en- tanto, não haverá qualquer tipo de contrapartida ou benefício direto ao doador, não extensível aos demais usuários do porto, observadas as competências da autoridade portu- ária definidas no art. 33, § 1º, inciso VI, da Lei nº 8.630/1993. Informou, ainda, que por ser um ato de liberalidade do doador, cabe à autoridade portuária aceitar ou não a doação, nos termos do art. 539 do Código Civil, e, se aceitar, firmar escritura pública, como ditado pelo art. 541 do Código Civil. (Acórdão nº 1.317/Plenário). TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 12 1. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO O Tribunal de Contas da União - TCU, criado em 1890 por iniciativa de Rui Barbo- sa, na época Ministro da Fazenda, norteia- se, desde então, pelos princípios da ética, da efetividade, da independência, da justiça e do profissionalismo, e pela fiscalização, julgamento e vigilância da coisa pública. AConstituição de 1891, a primeira republica- na, institucionalizou definitivamente o TCU. A partir de então, as competências do Tri- bunal têm sido estabelecidas no texto constitucional. Esse privilégio, se por um lado o distingue de forma singular, por outro, aumenta a sua responsabilidade e compro- misso para com a sociedade. 1.1. Competência e Jurisdição A atual Constituição estabelece que a fiscalização contábil, financeira, orçamentá- ria, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta é exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Estabelece, também, que o controle externo, a cargo do Congres- so Nacional, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual incum- be uma série de competências exclusivas. A sociedade, por sua vez, clama por moralidade, profissionalismo e excelência da Administração Pública, bem como por melhor qualidade de vida e redução das desigualda- des sociais. O cidadão vem deixando, gradualmente, de ser sujeito passivo em re- lação ao Estado, passando a exigir, em níveis progressivos, melhores serviços, res- peito à cidadania e mais transparência, honestidade, economicidade e efetividade no uso dos recursos públicos. Nesse aspecto, o Tribunal assume papel fundamental na me- dida em que atua na prevenção, detecção, correção e punição da fraude, do desvio, da corrupção e do desperdício e contribui, as- sim, para a transparência e melhoria do desempenho da Administração Pública e da alocação de recursos federais. Leis diversas têm ampliado o rol de a- tribuições do TCU, a exemplo das seguintes: Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/1993); Lei de Desestatização (Lei nº 9.491/1997); Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000); Lei que regulamenta a partilha dos recursos da Con- tribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus deriva- dos, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível – Cide (Lei nº 10.866/2004); edições anuais da Lei de Dire- trizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária, da Lei de Parceria Público-Privada (Lei nº 11.079/2004); e Lei de Contratação de Con- sórcios Públicos (Lei nº 11.107/2005). O TCU tem jurisdição própria e privati- va em todo o território nacional, a qual abrange, entre outros: toda pessoa física ou jurídica, que utilize, arrecade, guarde, geren- cie bens e valores públicos federais; aqueles que causarem perda, extravio ou outra irre- gularidade que resulte em dano ao Erário; e responsáveis pela aplicação de recursos repassados pela União mediante convênio ou instrumento congênere. Além disso, o Congresso Nacional edi- ta decretos legislativos com demandas para realização de fiscalização em obras custea- das com recursos públicos federais, com determinação expressa de acompanhamento físico-financeiro, por parte do TCU, da exe- cução de contratos referentes a obras que constam do orçamento da União. No dia 5 de maio o Supremo Tribunal Federal – STF proferiu despacho que dene- TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 13 Plenário 1ª Câmara CCG SeSes Adplan Secob SefidSemag Sefip Serur 26Secex nos Estados 11Secex Nacional Seprog Sefti SegepSeplan SecofSetec ISC Ouvidoria Conjur Adsup Selip Adadmin Aspar SesapAscom Aceri Arint Segepres Segecex Segedam Conselho Editorial da Revista do TCUSecoi Comissão de Regimento Ministros (9) Auditores (4) Presidência Vice-Presidência (Corregedor) Ministério Público Gabinetes Gabinetes Gabinete Gabinete Gabinetes Comissão de Jurisprudência 2ª Câmara Colegiados Autoridades Secretaria gou pedido de liminar, efetuado em sede de mandado de segurança, reconhecendo a legitimidade desta Corte de Contas para a adoção de medidas cautelares. Mediante o Mandado de Segurança nº 27.882, o Departamento Nacional de Infra- Estrutura de Transportes – DNIT requereu ao STF que suspendesse decisão do Tribunal nos autos do TC 001.542/2008-9. O referido processo tratou de represen- tação em que o TCU destacou o descumprimento, pelo DNIT, de determina- ção constante do Acórdão nº 1.899/2008- Plenário consistente na obrigação, por parte daquela autarquia, de anular diversos atos praticados com vício de ilegalidade, relativos ao Pregão Eletrônico nº 588/2007. A insatisfação do DNIT deveu-se à ex- pedição de medida cautelar, sem oitiva da parte, para suspender os efeitos do citado pregão eletrônico e determinar que aquela autarquia se abstivesse de assinar contrato ou, se já o tivesse assinado, suspendesse imediatamente sua execução. De acordo com o DNIT, o TCU estaria desrespeitando o poder jurisdicional de competência exclusiva do Poder Judiciário, nos termos do disposto no art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Fe- deral. Ao examinar as informações prestadas pelo TCU, o STF considerou haver razões suficientes para justificar, em juízo de sumá- ria cognição, o indeferimento da suspensão cautelar da eficácia da medida adotada nos autos do mencionado TC 001.542/2008-9. É preciso destacar o significado em- blemático da decisão do STF, no sentido de respaldar e legitimar a competência do TCU quanto à expedição de medidas cautelares, o que implica o reconhecimento e o fortaleci- mento da atuação desta Casa em face dos dispositivos constitucionais vigentes. 1.2. Estrutura O TCU é integrado por nove Ministros, seis deles escolhidos pelo Congresso Nacio- nal. Os demais são nomeados pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois, alternadamen- te, escolhidos entre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal. O TCU é órgão colegiado, cujas delibe- rações são tomadas pelo Plenário, 1ª e 2ª Câmaras. O Plenário é integrado por todos os Ministros e presidido pelo Presidente do Tribunal. As Câmaras são compostas por quatro Ministros. Os auditores, em número de quatro, participam dos colegiados e subs- tituem os Ministros em seus afastamentos e impedimentos legais, ou no caso de vacância de cargo. No trimestre, foi concedida aposenta- doria ao Ministro Marcos Vilaça, por meio de decreto presidencial publicado no Diário Ofi- cial da União do dia 26.6.2009. Para o cumprimento de sua missão ins- titucional, o Tribunal dispõe de uma Secretaria com a finalidade de prestar apoio TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 14 técnico e administrativo para o exercício de suas atribuições constitucionais e legais. As unidades básicas da Secretaria do Tribunal são: Secretaria-Geral da Presidência - Segepres, Secretaria-Geral de Administra- ção - Segedam e Secretaria-Geral de Controle Externo - Segecex. Subordinadas à Segecex estão as uni- dades técnicas incumbidas das atividades inerentes ao controle externo sediadas em Brasília e nos 26 estados da Federação. O endereço das unidades nos estados está disponível no Portal TCU: http://www.tcu.gov.br. O organograma do Tribunal consta do Anexo I deste relatório – “Organograma do Tribunal de Contas da União”. 1.3. Deliberações dos Colegiados As deliberações do TCU assumem a forma de instrução normativa, resolução, decisão normativa, parecer ou acórdão. São publicadas, conforme o caso, no Diário Ofi- cial da União e/ou no Boletim do Tribunal de Contas da União e podem ser acessadas no Portal TCU: http://www.tcu.gov.br. No trimestre, o TCU aprovou uma ins- trução normativa e quatro resoluções, adiante relacionadas. • Instrução Normativa TCU nº 58, de 3 de junho de 2009. Altera a Instrução Normativa nº 27, de 2 de dezembro de 1998, que trata da fiscalização dos processos de desestatização. • Resolução TCU nº 227,de 24 de junho de 2009. Dispõe sobre a aplicação da Lei nº 11.950, de 17 de junho de 2009, ao quadro de pessoal do Tribunal de Contas da União e altera as Resolu- ções-TCU nº 130, de 15 de dezembro de 1999, nº 146, de 28 de dezembro de 2001, nº 147, de 28 de dezembro de 2001, e nº 154, de 04 de dezembro de 2002. • Resolução TCU nº 226, de 27 de maio de 2009. Aprova o Código de Ética dos Servidores do Tribunal de Contas da União. • Resolução TCU nº 225, de 13 de maio de 2009. Estabelece critérios para a emissão e utiliza- ção de passagens aéreas. • Resolução TCU nº 224, de 1º de abril de 2009. Altera os artigos nº 16 e nº 18 da Resolução-TCU nº 202, de 6 de junho de 2007, que dispõe sobre o concurso público para provimento de cargos efeti- vos do Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal de Contas da União. Os quadros a seguir discriminam o quantitativo de sessões realizadas e acór- dãos proferidos por colegiado no 2º trimestre de 2009 e no mesmo período do exercício de 2008. Sessões Realizadas Colegiado Sessões 2º Trimestre 2008 2º Trimestre 2009 Acumulado 2008 Acumulado 2009 Plenário 27 27 45 45 1ª Câmara 13 12 21 21 2ª Câmara 13 12 21 21 Total 53 51 87 87 TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 15 Acórdãos Proferidos Colegiado Acórdãos 2º Trimestre 2008 2º Trimestre 2009 Acumulado 2008 Acumulado 2009 Plenário 697 830 1.556 1.371 1ª Câmara 1.096 2.050 1.787 3.362 2ª Câmara 1.096 1.783 1.569 3.329 Total 2.889 4.663 4.912 8.024 O TCU emite juízo em processos de controle externo e firma entendimento, de caráter normativo, que orienta deliberações acerca de matérias de sua competência. Durante análise de processo de repre- sentação o TCU firmou o seguinte entendimento relativamente à execução de projetos de cooperação técnica internacional financiados exclusivamente com recursos orçamentários da União: • Os acordos básicos de cooperação técnica internacional prestado ao Brasil não autorizam que a contraparte externa efetue, no interesse da Administração demandante, o desempenho de atribuições próprias dos órgãos públicos, nas quais não haverá transferência de conhe- cimento por parte do organismo internacional executor ou em que a assessoria técnica de um ente externo é dispensável, por se tratar de temas e práticas já de domínio público, deman- dados rotineiramente pela Administração, a exemplo da contração de bens e serviços de natureza comum, usualmente disponíveis no mercado; • Ainda que o projeto de cooperação interna- cional contemple, em sua globalidade, tanto atividades de efetiva assistência técnica como ações complementares, de caráter instrumental, apenas aquelas podem ser assumidas pelo or- ganismo internacional cooperante, devendo as de caráter ordinário ser integradas ao projeto pela Administração Pública, valendo-se dos me- canismos institucionais próprios do regime jurídico administrativo.(Acórdão nº 1.339/2009 – Colegiado) TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 16 2. ATIVIDADES DE CONTROLE EXTERNO O controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, conforme preceitua o art. 70 da Constituição Federal - CF. Além de outras competências estabelecidas no art. 71 da CF, cabe ao TCU auxiliar o Con- gresso Nacional na fiscalização da Administração Pública Federal, por meio de determinações em questões relacionadas à detecção de fraudes e desperdícios, reco- mendações de melhorias para a gestão pú- blica, adoção de medidas preventivas e punição de responsáveis por má gestão, gestão ilegal ou fraudulenta. Assim, a ação do Tribunal contribui para a transparência e a melhoria do desempenho da Administra- ção Pública. O presente capítulo expõe os principais resultados decorrentes das ações de controle do TCU no 2º trimestre de 2009. 2.1. Resultados do Controle Externo A diversidade e a abrangência de atu- ação do TCU alcançam desde a avaliação de desempenho de órgãos públicos e de efetividade de programas governamentais à legalidade dos atos de receita e de despesa. O Tribunal também fiscaliza obras de enge- nharia, desestatizações e concessões de serviços públicos, bem como outras áreas de atuação governamental. Examina atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões, entre outros. 2.1.1. Processos de Controle Externo Autuados e Apreciados Conclu- sivamente No trimestre, foram autuados 1.629 processos referentes a matéria de controle externo. No mesmo período, foram apreci- ados de forma conclusiva pelo Tribunal 2.550 processos da mesma natureza. Processos Autuados Classe de Assunto Autuados 2º trimestre 2008 2º trimestre 2009 Acumulado 2008 Acumulado 2009 Auditoria, inspeção e levantamento 156 207 206 316 Consulta 12 21 23 41 Denúncia 138 100 234 186 Representação 739 656 1.312 1.256 Solicitação do Congresso Nacional 18 46 30 51 Tomada e Prestação de contas 1.070 169 1.076 180 Tomada de contas especial 275 376 596 834 Outros processos1 37 54 65 92 Total de processos autuados 2.445 1.629 3.542 2.956 1 Acompanhamento, monitoramento, acompanhamento de desestatização e comunicação. TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 17 Processos Apreciados Conclusivamente Classe de Assunto Apreciados 2º trimestre 2008 2º trimestre 2009 Acumulado 2008 Acumulado 2009 Auditoria, inspeção e levantamento 143 176 265 259 Consulta 19 26 29 47 Denúncia 163 159 252 286 Representação 768 972 1.329 1.607 Solicitação do Congresso Nacional 32 35 49 57 Tomada e Prestação de contas 282 532 541 829 Tomada de contas especial 608 585 979 964 Outros processos 42 65 72 111 Total de processos autuados 2.057 2.550 3.516 4.160 2.1.2. Atos de Pessoal Autuados e Apreciados Conclusivamente O TCU aprecia, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e pensão. Também fiscaliza a legalidade das despesas efetuadas com o pagamento de pessoal, inclusive quanto à adequação às exigências da Lei de Responsabilidade Fis- cal. No período, foram autuados 37.908 atos de pessoal e apreciados 27.345 atos dessa natureza. O quadro a seguir apresenta os atos de pessoal autuados e apreciados no 2º trimestre de 2009 e no mesmo período do exercício de 2008. Atos de Pessoal Autuados e Apreciados Conclusivamente Classe de Assunto 2º trimestre 2008 2º trimestre 2009 Acumulado 2008 Acumulado 2009 Autuados 23.375 37.908 43.204 68.898 Apreciados 24.785 27.345 48.173 53.547 Ilegais 798 102 1.642 121 Legais 23.987 27.243 46.531 53.426 Do total de 27.345 atos referentes a admissão, aposentadoria, reforma e pen- são apreciados no trimestre, apenas 102 tiveram registro negado em razão de ilega- lidades. Nesses casos, o órgão de origem deve adotar as medidas regularizadoras cabíveis, fazendo cessar todo e qualquer pagamento decorrente do ato impugnado. A consulta ao andamento de proces- sos e aos acórdãos proferidos pelos colegiados pode ser feita no Portal TCU: http://www.tcu.gov.br. Nesse mesmo ende- reço, é possível consultar a situação dos atos de admissão, de aposentadoria ou de concessão submetidos à apreciação do Tri- bunal. TCU 2.1.3. Recursos Julgados Em observância ao princípio vido processo legal, cabe recurso às deliberações proferidas pelo Tribunal. As modalidades de recursos estão previstas nos artigos 32 e 48 da Lei Orgânica do TCU (Lei nº 8.443/1992).No trimestre, os colegiados julgaram 461 processos em grau de recurso. O gráf co ao lado apresenta o resultado da apreciação de recursos no 2º tri 2009 e no mesmo período do exercício de 2008. 2.1.4. Medidas Cautelares Em caso de urgência, de fundado r ceio de grave lesão ao Erário ou a direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão de mérito, o Plenário ou o relator pode, de ofício ou mediante provocação, expedir m dida cautelar, determinando, entre outras providências, a suspensão do ato ou do procedimento impugnado, até que o Trib nal decida sobre o mérito da questão suscitada. A expedição dessas medidas não n cessariamente gera impacto econômico Medidas Cautelares Determinação Suspensão de contrato Suspensão de licitação Suspensão de repasses/pagamentos a convênios/contratos Total RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 2.1.3. Recursos Julgados Em observância ao princípio do de- cabe recurso às deliberações proferidas pelo Tribunal. As modalidades de recursos estão previstas e 48 da Lei Orgânica do No trimestre, os colegiados julgaram em grau de recurso. O gráfi- apresenta o resultado da º trimestre de e no mesmo período do exercício de 2.1.4. Medidas Cautelares Em caso de urgência, de fundado re- ceio de grave lesão ao Erário ou a direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão de mérito, o Plenário ou o relator pode, de ou mediante provocação, expedir me- dida cautelar, determinando, entre outras providências, a suspensão do ato ou do procedimento impugnado, até que o Tribu- nal decida sobre o mérito da questão A expedição dessas medidas não ne- impacto econômico imediato, mas visa ao resguardo tempestivo da legalidade e da moralidade na aplicação dos recursos públicos federais. No trimestre, foram adotadas 20 cautelares gãos ou entidades, as quais envolviam a aplicação de recursos públi periores a R$ 276 milhões verifica no quadro adiante. A relação das medidas cautelares adotadas no trimestre consta do “Medidas Cautelares Adotadas no Trime tre”. Nº de Cautelares Valores Envolvidos (R$) 2º trimestre Acumulado 2009 2º trimestre 3 6 1.510.605,68 15 33 188.743.207,14 repasses/pagamentos a 2 3 86.500.000,00 20 42 276.753.812,82 16% 57% 18% 30% Não conhecidos Não providos Resultado da apreciação de recursos 2º Trim. 2008 º TRIMESTRE DE 2009 18 imediato, mas visa ao resguardo tempestivo da legalidade e da moralidade na aplicação dos recursos públicos federais. No trimestre, cautelares junto a ór- gãos ou entidades, as quais envolviam a aplicação de recursos públicos federais su- milhões, conforme se verifica no quadro adiante. A relação das medidas cautelares tadas no trimestre consta do Anexo II - “Medidas Cautelares Adotadas no Trimes- Valores Envolvidos (R$) Acumulado 2009 12.741.476,85 188.743.207,14 386.282.849,76 86.500.000,00 89.291.302,32 276.753.812,82 488.315.628,93 27% 52% Não providos Providos Resultado da apreciação de recursos 2º Trim. 2009 TCU 2.1.5. Julgamento de Contas As normas de organização e aprese tação de processos de tomada e prestação de contas estão estabelecidas ção Normativa - TCU nº 57/2008. Nos casos de omissão na prestação de contas, de não-comprovação da aplic ção de recursos repassados pela União, de ocorrência de desfalque ou nheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, de prática de ato ilegal, ilegítimo ou antiec nômico de que resulte dano ao Erário, a autoridade administrativa competente deve instaurar tomada de contas especial para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano No trimestre, o TCU julgou de forma definitiva contas de 14.721 responsáveis Cabe esclarecer que cada processo de contas pode conter mais de um respons vel cujas contas serão julgadas. Desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos Omissão no dever de prestar contas Prática de ato de gestão ilegal ou infração a norma legal Dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 2.1.5. Julgamento de Contas As normas de organização e apresen- tação de processos de tomada e prestação de contas estão estabelecidas pela Instru- TCU nº 57/2008. Nos casos de omissão na prestação comprovação da aplica- ção de recursos repassados pela União, de desvio de di- nheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, de prática de ato ilegal, ilegítimo ou antieco- nômico de que resulte dano ao Erário, a autoridade administrativa competente deve instaurar tomada de contas especial - TCE, dentificação dos responsáveis e quantificação do dano. No trimestre, o TCU julgou de forma responsáveis. Cabe esclarecer que cada processo de contas pode conter mais de um responsá- vel cujas contas serão julgadas. Os gráficos a seguir apresentam o r sultado do julgamento das contas dos responsáveis no 2º trimestre de 2009 e no mesmo período do exercício de 2008, e os motivos que ensejaram o julgamento pela irregularidade das contas. 12% 16% 32% 40% Motivo da irregularidade das contas Desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos Omissão no dever de prestar contas Prática de ato de gestão ilegal ou infração a norma legal Dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico 582 3.249 1.511 612 3.558 Irregulares Regulares Regulares com ressalvas Resultado Julgamentos das Contas dos Responsáveis 2008 º TRIMESTRE DE 2009 19 seguir apresentam o re- sultado do julgamento das contas dos º trimestre de 2009 e no mesmo período do exercício de 2008, e os motivos que ensejaram o julgamento pela irregularidade das contas. Dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico 3.249 10.551 3.558 Resultado Julgamentos das Contas dos Responsáveis 2009 TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 20 2.1.6. Condenações e Sanções Aplicadas Entre os 1.117 processos de contas apreciados de forma conclusiva no trimes- tre, 407 (36,43%) condenaram 663 responsáveis ao pagamento de multa ou ao ressarcimento de débito. Além disso, em outros 46 processos de fiscalização, de- núncia ou representação, foram aplicadas multas a 89 responsáveis. A seguir, o número de processos jul- gados e a quantidade de responsáveis condenados no 2º trimestre de 2009 e no mesmo período do exercício de 2008. Quantidade de Condenações aplicadas Natureza Processos Responsáveis 2º trimestre 2008 2º trimestre 2009 2º trimestre 2008 2º trimestre 2009 Prestação de contas 348 387 518 614 Tomada de contas 8 4 18 12 Tomada de contas especial 21 16 47 37 Subtotal – Contas com débi- tos e/ou multas 377 407 583 663 Outros processos 43 46 92 89 Total 420 453 675 752 Nos processos de contas, os respon- sáveis foram condenados ao pagamento de multa ou ressarcimento de débito no valor de R$ 330.669.649,32, atualizados até a data de 30.6.2009. Em outros processos foram aplicadas multas no valor total de R$ 476.176,30. Abaixo, os valores das condenações aplicadas pelo TCU no 2º trimestre de 2009 e no mesmo período do exercício de 2008. Valor das Condenações Aplicadas Natureza 2º trimestre 2009 (R$) 2º trimestre 2008 (Débito + Multa) Débito Multa Total Prestação de contas 322.518.154,78 6.891.109,42 329.409.264,20 130.955.396,96 Tomada de contas 33.286,60 59.000,00 92.286,60 2.560.316,70 Tomada de contas especial 1.007.185,62 160.912,90 1.168.098,52 1.956.365,75 Subtotal - Contas com débi- tos e/ou multas 323.558.627,007.111.022,32 330.669.649,32 135.472.079,41 Outros processos 0,00 476.176,30 476.176,30 411.062,13 Total 323.558.627,00 7.587.198,62 331.145.825,62 135.883.141,54 A relação dos responsáveis condena- dos ao recolhimento de débito e ao pagamento de multa consta do Anexo III - “Responsáveis por Débitos e Multas Impos- tos pelo Tribunal”. Além das condenações de natureza pecuniária, o Tribunal pode aplicar outras medidas que alcançam o patrimônio jurídico daquele que fraudou ou utilizou mal os re- cursos públicos. No decorrer do 2º trimestre de 2009, 10 responsáveis foram conside- rados inabilitados para o exercício de car- go em comissão ou função de confiança e 25 empresas declaradas inidôneas para licitar com a Administração Pública Federal. Podem ser consultados no Portal TCU e no Anexo IV deste relatório - “Sanções Não-Pecuniárias Aplicadas no Período”, os nomes dos responsáveis declarados inabili- tados para o exercício de cargo em comissão ou de função de confiança no âm- bito da Administração Pública, bem como TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 21 das empresas consideradas inidôneas para participar de licitação realizada pelo Poder Público Federal. Vale esclarecer que a pá- gina do TCU na Internet apresenta informações de processos com julgamento definitivo de mérito, em que não há mais possibilidade de recursos, enquanto o anexo do presente relatório apresenta a relação dos responsáveis condenados no período, independentemente do trânsito em julgado da decisão condenatória. 2.1.7. Atuação do Ministério Público junto ao TCU Atua, junto ao Tribunal, Ministério Pú- blico especializado - MP/TCU, órgão autônomo e independente, cuja finalidade principal é a defesa da ordem jurídica no âmbito de atuação do TCU. Compete-lhe dizer de direito, oralmente ou por escrito, em todos os assuntos sujeitos à decisão do Tri- bunal. Trata-se de órgão composto por um procurador-geral, três subprocuradores- gerais e quatro procuradores. Ao MP/TCU também compete promover, junto à Advoca- cia-Geral da União - AGU, as medidas refe- rentes à cobrança executiva dos débitos e multas imputados por acórdãos do Tribunal. No 2º trimestre de 2009, foram autuados 619 processos de cobrança executiva, envol- vendo cerca de R$ 243,4 milhões. Também no 2º trimestre de 2009, membros do MP/TCU representaram ao Tri- bunal sobre os assuntos relacionados a seguir. • Representação com o objetivo de acompa- nhar as concessões de crédito pelo BNDES a execução de projetos de inves- timentos na República Bolivariana da Venezuela (TC nº 012.641/2009-2). • Representação acerca de possível prejuízo ao erário decorrente das adesões, por ór- gão da Administração Pública, de atas de registro de preços versus valor estimado – pregão eletrônico (TC nº 013.327/2009-1). • Representação com informações sobre o ofício nº 899/2009-AGU/CONJR/MT notifi- cando irregularidades em aposentadorias no Ministério dos Transportes com indícios de má-fé da parte dos beneficiados (TC nº 013.329/2009-6). • Representação sobre possíveis irregulari- dades referentes a despesa pública realizada pelo Senado Federal mediante atos administrativos sem a devida publica- ção, em desacordo com a Constituição (TC nº 013.571/2009-0). • Representação sobre possíveis irregulari- dades na Petrobras referentes a repasses de recursos a organizações não- governamentais e organizações da socie- dade civil de interesse público (TC nº 014.014/2009-1). 2.1.8. Fiscalizações Os instrumentos de fiscalização adota- dos pelo TCU, conforme estabelecido em seu Regimento Interno (Resolução TCU nº 155/2002) são: acompanhamento, auditoria, inspeção, levantamento e monitoramento. No período, foram concluídas 294 fiscaliza- ções, envolvendo um esforço de 18.201 Homens-Dia de Fiscalização - HDF. O quadro adiante apresenta a quantidade de fiscalizações concluídas no trimestre. TCU Fiscalizações Concluídas Tipo de Fiscalização Acompanhamento Auditoria Inspeção Levantamento Monitoramento Total O gráfico a seguir representa lizações concluídas no trimestre, sendo que 49,66% (146) do total realizado foram solic tadas pelo Congresso Nacional e o restante 50,34% (148), foram de iniciativa do próprio Tribunal. A relação dos trabalhos de fiscal 2.1.9. Fixação de Prazo p Se verificada ilegalidade de ato ou co trato em execução, consoante o preconizado no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, o TCU pode fixar prazo para que órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei. Caso o órgão ou a entidade não cumpra a determinação, 49,66% Fiscalizações realizadas por iniciativa RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 2º trimestre 2008 2º trimestre 2009 Acumulado 2008 8 6 9 25 19 37 51 100 81 97 153 104 6 16 14 187 294 245 O gráfico a seguir representa as fisca- lizações concluídas no trimestre, sendo que foram solici- tadas pelo Congresso Nacional e o restante, oram de iniciativa do próprio Tribunal. A relação dos trabalhos de fiscali- zação desenvolvidos pelo TCU, no tr tre, consta do Anexo V Concluídas no Período”. O inteiro teor dos relatórios, votos e acórdãos todas as fiscalizações pode ser obtido no Portal TCU: http://www.tcu.gov.br. para Anulação e Sustação de Atos e Contratos Se verificada ilegalidade de ato ou con- trato em execução, consoante o preconizado no art. 71, inciso IX, da Constituição Federal, o TCU pode fixar prazo para que órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei. Caso o órgão ou a entidade não cumpra a determinação, poderá o Tribunal sustar o ato ou comunicar ao Congresso Nacional acerca da não anulação do contrato. O quadro adiante presenta os mais relevantes processos de fiscalização deliberados no período nos quais houve fixação de prazo a órgãos ou entid des para a adoção de providências. 49,66% 50,34% Fiscalizações realizadas por iniciativa Congresso Nacional TCU º TRIMESTRE DE 2009 22 Acumulado Acumulado 2009 8 35 155 162 29 389 zação desenvolvidos pelo TCU, no trimes- V - “Fiscalizações Concluídas no Período”. O inteiro teor dos relatórios, votos e acórdãos referentes a todas as fiscalizações pode ser obtido no Portal TCU: http://www.tcu.gov.br. nulação e Sustação de Atos e Contratos poderá o Tribunal sustar o ato ou comunicar ao Congresso Nacional acerca da não- do contrato. O quadro adiante a- presenta os mais relevantes processos de fiscalização deliberados no período nos quais houve fixação de prazo a órgãos ou entida- des para a adoção de providências. TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 23 Fixação de Prazo para Anulação e Sustação de Atos e Contratos Determinação Unidade Jurisdicionada/Deliberação Anulação, revogação, sus- pensão e ajustes em licitações Ministério da Ciência e Tecnologia (Acórdão nº 645/Plenário, de 8.4.2009, TC nº 030.575/2008-5, Relator: Ministro Augusto Sherman) Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Acórdão nº 727/Plenário, de 15.4.2009, TC nº 001.136/2009-7, Relator: Ministro Raimundo Carreiro) Gerência Executiva do INSS em Cuiabá/MT (Acórdão nº 925/Plenário, de 6.5.2009, TC nº 021.656/2008-6, Relator: Ministro Augusto Nardes) Superintendência Regional do DNIT no Estado do Paraná (Acórdão nº 926/Plenário, de 6.5.2009, TC nº 012.632/2006-9, Relator: Ministro Augusto Nar- des) Ministério da Previdência Social (Acórdão nº 945/Plenário, de 6.5.2009,TC nº 032.032/2008-0, Relator: Ministro Augusto Nardes) Fundação Nacional da Saúde- Funasa (Acórdão nº 1.274/Plenário, de 10.6.2009, TC nº 008.632/2009-7, Relator: Ministro José Jorge) Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso - Seduc/MT (Acórdão nº 1.265/Plenário, de 10.6.2009, TC nº 032.875/2008-0, Relator: Ministro Benjamin Zymler) Superintendência Regional do DNIT no Estado do Paraná (Acórdão nº 926/Plenário, de 6.5.2009, TC nº 012.632/2006-9, Relator: Ministro Augusto Nardes) Anulação de atos ou contra- tos referentes a pessoal Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Acórdão nº 1.695/2ª Câmara, de 7.4.2009, TC nº 024.685/2008-1, Relator: Ministro Aroldo Cedraz) Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Acórdão nº 1.880/2ª Câmara, de 14.4.2009, TC nº 010.436/2008-4, Relator: Ministro Aroldo Cedraz) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Acórdão nº 2.388/2ª Câmara, de 12.5.2009, TC nº 001.025/2007-1, Relator: Ministro Aroldo Cedraz) Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Acórdão nº 2.393/2ª Câmara, de 12.5.2009, TC nº 024.687/2008-6, Relator: Ministro Aroldo Cedraz) Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura na Paraíba - CREA-PB, Conselho Regional de Odontologia na Paraíba - CRO-PB (Acórdão nº 3.037/2ª Câmara, de 9.6.2009, TC nº 012.574/2004-7, Relator: Ministro Benjamin Zymler) Universidade Federal do Paraná (Acórdão nº 3.037/2ª Câmara, de 9.6.2009, TC nº 018.839/2004-1, Relator: Ministro Aroldo Cedraz) Suspensão de pagamento ou retenção de valores em contratos Secretaria de Recursos Hídricos do Estado de Tocantins e Secretaria de Infra- Estrutura do Estado de Tocantins (Acórdão nº 581/Plenário, de 1.4.2009, TC nº 007.059/2007-7, Relator: Ministro Valmir Campelo) Coordenação-Geral de Recursos Logísticos do Ministério do Esporte - C- GLOG/ME (Acórdão nº 604/Plenário, de 8.4.2009, TC nº 000.268/2009-1, Relator: Ministro Augusto Sherman) Companhia Docas do Estado de São Paulo S.A. (Acórdão nº 659/Plenário, de 8.4.2009, TC nº 000.268/2009-1, Relator: Ministro Walton Alencar) Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Acórdão nº 716/Plenário, de 15.4.2009, TC nº 008.834/2007-6, Relator: Ministro Walton Alen- car) Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Infra-estrutura do Estado de Alagoas - Seinfra/AL (Acórdão nº 1.330/Plenário, de 17.6.2009, TC nº 017.176/2007-7, Relator: Ministro Augusto Nardes) Devolução e suspensão de pagamentos indevidos a servidores, procuradores, desembargadores e juízes Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Acórdão nº 1.880/2ª Câmara, de 14.4.2009, TC nº 010.436/2008-4, Relator: Ministro Aroldo Cedraz) Além dessas deliberações, o TCU jul- gou, no trimestre, diversos processos referentes a atos de admissão de pessoal ou de concessão de aposentadorias, refor- mas e pensões em que foram apuradas irregularidades. Nesses casos, o Tribunal TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 24 fixou prazo para que os órgãos ou entidades envolvidos suspendessem, no todo ou em parte, o pagamento considerado irregular. 2.1.10. Benefícios Financeiros das Ações de Controle Os benefícios das ações de controle são, em grande parte, imensuráveis em ter- mos financeiros. Advêm da própria expectativa do controle, da prevenção do desperdício, de melhorias na alocação de recursos, da sugestão de aprimoramento de leis, da redução de danos ambientais e da melhoria de políticas públicas. Alguns resulta- dos, contudo, são passíveis de mensuração em termos financeiros, inclusive com geração de benefícios por tempo indeterminado. No trimestre, além das condenações em débito e multa, diversas deliberações do TCU resultaram em benefícios financeiros para os cofres públicos. Adiante, estão sintetizadas e quantificadas algumas dessas deliberações . Benefícios das Ações de Controle Benefício Acórdão/Processo Valor (R$) Eliminação de desperdícios ou redução de custos admi- nistrativos Acórdão nº 668/2009 – Plenário – TC nº 013.337/2008-0 (R$ 2.600.000.000,00) 2.610.380.000,00 Acórdão nº 1.244/2009 – Plenário – TC nº 011.278/2007-0 (R$ 10.380.000,00) Elevação de receita Acórdão nº 816/2009 – Plenário – TC nº 013.493/2008-4 (R$ 74.500.000,00) 74.500.000,00 Interrupção do pagamento de vantagem indevida Acórdão nº 816/2009 – Plenário – TC nº 013.493/2008-4 (R$ 868.300.000,00) 921.163.531,50 Acórdão nº 758/2009 – Plenário – TC nº 007.606/2008-4 (R$ 30.800.227,90) Acórdão nº 1.740/2009 – Plenário – TC nº 012.866/2007-6 (R$ 22.063.303,60) Incremento da economia, eficiência, eficácia ou efeti- vidade de programa de governo Acórdão nº 906/2009 – Plenário – TC nº 002.985/2008-1 (R$ 318.261.420,00) 484.161.420,00 Acórdão nº 816/2009 – Plenário – TC nº 013.493/2008-4 (R$ 165.900.000,00) Redução de valor contratual Acórdão nº 716/2009 – Plenário – TC nº 008.834/2007-6 (R$ 10.800.000,00) 10.800.000,00 Total 4.101.004.951,50 TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 25 Ao valor dessas deliberações deve ser somada, também como benefício das ações de controle, a economia decorrente da inter- rupção de despesas impugnadas, relativamente a atos de admissão de pesso- al ou de concessão de aposentadorias e pensões considerados ilegais, estimada em R$ 7.009.552,20, e ainda os valores das condenações em débito e aplicação de mul- tas R$ 331.145.825,62. O benefício financeiro das ações de controle, no 2º trimestre de 2009, atingiu o montante de R$ 4.439.160.329,32, valor 17,53 vezes superior ao custo de funciona- mento do TCU no período (R$ 253.208.244,17). 2.2. Atuação por Função de Governo ou Área Envolvida Estão relacionados a seguir os resul- tados da atuação do TCU, no 2º trimestre de 2009, que se destacaram pela importância ou interesse das constatações verificadas, agrupados por Função de Governo ou área envolvida. 2.2.1. Administração-Geral TCU fiscaliza sistema de gestão de Convênios e Contratos de Repasse O TCU recomendou à comissão ges- tora do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasses - Siconv que esta- beleça prazo para inclusão dos dados sobre atos de gestão de convênios realizados fora do sistema. Recomendou também que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MP oriente os órgãos envolvidos nas transferências sobre a obrigatoriedade de utilizar o Siconv para realizar todos os atos relacionados à celebração e à execu- ção de convênios, contratos de repasse e termos de parceria. O uso obrigatório está previsto em portaria do próprio MP, em con- junto com o Mistério da Fazenda e Controladoria-Geral da União. O Siconv é um sistema informatizado que permite acompanhar as transferências de recursos federais e está disponível pelo Portal de Convênios, na internet. O sistema foi instituído em 2007 e deveria ter entrado em operação completa em 1 de setembro de 2008. A implantação do Siconv ocorreu após determinações do TCU, em 2006, para que o Ministério do Planejamento estudasse a implementação de sistema informatizado que permitisse o acompanhamento on-line de todos os convênios e outros instrumentos jurídicos utilizados para transferir recursos federais e que pudesse ser acessado por qualquer cidadão Apesar das inovações normativas e dos módulos já implementados, segundo o TCU ainda são necessárias medidas para que o Siconv possa informatizar todas as 1 real 17,53 reais TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 26 fases do processo de descentralização de recursos públicos. (Acórdão nº 1.141/Plenário,de 27.5.2009, TC nº 013.032/2008-7, Relator: Ministro Augusto Sherman; Unidades técnicas: 7ª Secex e Adplan) TCU condena Governo do Estado do Paraná por irregularidades em terceirização de pes- soal O Tribunal condenou o Governo do Estado do Paraná ao pagamento de mais de R$ 17,5 milhões, valor atualizado, por irre- gularidade na aplicação de recursos recebidos do Ministério do Trabalho e Em- prego. Os valores eram destinados às agências do trabalhador no Estado. O Governo contratou 195 funcionários terceirizados da empresa Rosch Adminis- tradora de Serviços de Informática Ltda, para a área de digitação nas agências dos municípios daquele Estado. O TCU identifi- cou que 88 terceirizados trabalhavam em outras áreas. O número de pessoal forneci- do pela Rosch era superior ao necessário para suprir o serviço e, portanto, os funcio- nários excedentes executavam outras funções. O TCU determinou prazo para o Esta- do do Paraná pagar o valor aos cofres do Tesouro Nacional. (Acórdão nº 1.004/Plenário, de 13.5.2009, TC nº 006.240/2008-0, Relator: Ministro André Luís de Carvalho, Unidade Técnica: Secex-PR) TCU firma entendimento relativamente à execução de projetos de cooperação técnica in- ternacional financiados exclusivamente com recursos orçamentários da União Ao analisar representação sobre su- postas irregularidades observadas nas contas de 2005 da Secretaria de Educação Básica do MEC quanto à execução de acor- dos de cooperação técnica internacional para intermediar a contratação de bens e serviços de natureza comum, o TCU firmou o seguinte entendimento: Os acordos básicos de cooperação técnica internacional prestada ao Brasil não autorizam que a contraparte externa efetue, no interesse da Administração demandante, o desempenho de atribuições próprias dos órgãos públicos, nas quais não haverá transferência de conhecimento por parte do organismo internacional executor ou em que a assessoria técnica de um ente externo é dispensável, por se tratar de temas e práti- cas já de domínio público, demandados rotineiramente pela Administração, a exem- plo da contração de bens e serviços de natureza comum, usualmente disponíveis no mercado; Ainda que o projeto de cooperação in- ternacional contemple, em sua globalidade, tanto atividades de efetiva assistência técni- ca como ações complementares, de caráter instrumental, apenas aquelas podem ser assumidas pelo organismo internacional cooperante, devendo as de caráter ordinário ser integradas ao projeto pela Administração Pública, valendo-se dos mecanismos insti- tucionais próprios do regime jurídico administrativo; No que se refere ao “Acordo Básico de Assistência Técnica com a Organização das Nações Unidas, suas Agências Espe- cializadas e a Agência Internacional de Energia Atômica”, aprovado pelo Decreto Legislativo 11/1966 e promulgado pelo De- creto 59.308/1966, é da Administração o encargo de fornecer os recursos humanos e materiais de caráter instrumental necessá- rios à execução dos projetos pactuados, devendo as hipóteses de cooperação pre- vistas no art. I.3 desse acordo serem interpretadas em conjunto com as regras contidas em seus arts. IV.1 e IV.3. As “revisões substantivas” aos atos complementares de cooperação técnica inter- TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 27 nacional não podem descaracterizar a defini- ção original dos projetos pactuados. Devem promover, quando necessárias alterações de maior impacto qualitativo, a elaboração de um novo ajuste, como meio de facilitar o acompa- nhamento da execução dos projetos e a avaliação de seus resultados, bem como es- timular, por parte da Administração Pública, uma mais acurada programação das ações a serem desenvolvidas em parceria com orga- nismos internacionais (Acórdão nº 1.339/Plenário, de 17.6.2009, TC nº 023.389/2007-1, Relator: Ministro José Jorge, Unidade Técnica: 6ª Secex) Auditoria do TCU detecta indícios de fraude e desvio de recursos públicos em repasse de recursos para ONGs O TCU realizou, por solicitação do Congresso Nacional, auditoria em repas- se de recursos do município de Betim/MG para ONGs. Ao longo da auditoria ficou evidente a existência de esquema de fraudes e desvio de recursos, articulado entre agentes públicos e servidores muni- cipais, em conluio com gestores de ONGs do Município. Entre as irregularidades constatadas estão: pagamento fictício de prestação de serviço; pagamento fictício de compra de materiais; desvio de pagamentos para favorecimento de empresa do ex-Prefeito Municipal de Betim/MG; pagamentos efe- tuados sem a devida comprovação da prestação efetiva dos serviços; favoreci- mento a grupo de empresas específicas nas aquisições de bens e serviços; e par- ticipação direta ou indireta de servidor no fornecimento de bens necessários ao serviço prestado. O Tribunal determinou a instauração de Tomada de Conta Especial para pos- sibilitar a devolução dos recursos desviados. (Acórdão nº 601/Plenário, de 1.4.2009, TC nº 026.269/2007-7, Relator: Ministro José Jorge, Unidade Técnica: Secex-MG) Outras Ações TCU analisará supostas irregularidades em permuta de terrenos da União por imóveis O TCU está analisando representação acerca de possíveis irregularidades em pro- cedimento realizado pela Gerência Regional de Patrimônio da União no Distrito Federal- GRPU/DF, referente à publicação de Aviso versando sobre a permuta de terrenos da União por imóvel edificado ou em fase de conclusão até junho de 2009, para abrigar a sede da Advocacia-Geral da União- AGU. Em síntese, a representação noticia que a publicação de aviso no Diário Oficial da União foi insuficiente para dar conheci- mento do objeto da operação, cerceando a competitividade; que o aviso não especifica que terrenos serão oferecidos pela União na operação de permuta, tampouco indica valor ou localização, afastando, dessa maneira, o interesse de muitos empresários, inclusive o da representante. Também não houve pu- blicação do edital ou aviso de licitação pelo órgão, inexistindo critérios para seleção do vencedor e não foram observados prazos para a publicidade e apresentação de pro- postas pelos interessados (TC nº 005.023/2009-1, Relator: Ministro Valmir Campelo, Unidade Técnica: 8ª Secex) TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 28 2.2.2. Administração Financeira TCU avalia critérios de distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Municípios O Tribunal informou ao Congresso Nacional que a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios – FPM poderia levar em consideração o indi- cador de desenvolvimento humano das municipalidades, além do critério populacio- nal, para maior efeito redistributivo. O TCU analisou os critérios de rateio dos recursos do fundo por meio de estudo da legislação e de análise da distribuição de valores do FPM em 2008. O Fundo é um tipo de transferência in- tergovernamental de recursos da União para municípios, com o objetivo de minimizar as diferenças entre municípios. O objetivo do trabalho do TCU foi verificar se os critérios de repartição do FPM contribuem para a redução do desequilíbrio sócio-econômico entre as municipalidades. De acordo com o art. 161, parágrafo único da Constituição Federal, o TCU é o órgão responsável pelo cálculo dos valores a serem repassados aos municípios. A distribuição de recursos do Fundo é feita de acordo com número de habitantes dos municípios, sem levar em conta o índice de desenvolvimento humano. Quanto menor a população, mais recursos ela recebe. De acordo com esse critério, as municipalida- des foram divididas em pequenas, médias, grandes e muito grandes. De um total de 5.563 municípios contempladospelo Fundo, 4.421 são considerados pequenos, ou seja, eles têm população entre 804 e 29.000 habi- tantes. Pelo critério de rateio, municípios de pequeno porte ganham mais do FPM, inde- pendentemente da renda per capita. Os municípios de médio porte que são muito pobres recebem cerca da metade dos re- cursos repassados a municípios pequenos, sejam eles pobres ou ricos. Verificou-se a necessidade de reformulação da legislação que regula o tema para incluir critérios de distribuição que incluam algum indicador de desenvolvimento sócio-econômico e não apenas número de habitantes. A legislação nessa parte é muito complexa e seus princí- pios não estão explicitamente definidos. A avaliação do Tribunal foi feita por meio de comparação entre os valores rece- bidos do FPM por cada município e índice de desenvolvimento humano das municipa- lidades. A partir dos valores recebidos em 2008, foi calculado o valor per capita, con- trapondo-se a ele o índice de desenvolvimento humano do município. Cópia da decisão foi enviada às Co- missões de Assuntos Econômicos, de Assuntos Sociais, de Constituição e Justiça e Cidadania do Senado Federal. Foi envia- da, também, para as Comissões de Constituição de Justiça e Cidadania, de De- senvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. (Acórdão nº 1.120/Plenário, de 27.5.2009, TC nº 003.430/2009-9, Relator: Ministro Walton Alencar, Unidade Técnica: Semag). 2.2.3 – Educação, Desporto e Lazer TCU faz determinações a envolvidos em fraudes no Programa Segundo Tempo Auditoria do Tribunal avaliou a con- formidade de transferências e aplicações de recursos federais repassados pelo Ministério do Esporte à Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana – FAMFS. Foram en- contradas graves irregularidades na TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 29 execução de convênios que tinham por fina- lidade a efetivação de ações no âmbito dos programas Segundo Tempo e Pintando a Liberdade. O TCU converteu o processo em to- mada de contas especial, devido aos indícios de fraudes e desvios no uso de re- curso público. O dinheiro destinava-se ao pagamento de salários dos professores e ao fornecimento de lanches aos alunos inscri- tos nos dois programas, no âmbito de municípios baianos. Segundo apuração, a empresa Oleane Terezinha Zenatti, responsável pelo forne- cimento de lanches, realizava uma venda fictícia de biscoitos com sobrepreço de 20% à FAMFS. A manobra era feita por meio de notas fiscais, pois os lanches eram fabricados pela própria FAMFS e entregues diretamente para os núcleos do Programa Segundo Tempo sem qualquer participação real da referida empresa como fornecedora. Além disso, a empresa Oleane foi favoreci- da na época da licitação, porque, diferentemente das demais empresas que apresentaram propostas para o fornecimen- to de lanches, cotou os preços sem incluir custos de distribuição nos municípios do interior da Bahia. O TCU determinou que o Presidente da Fundação e a empresa Oleane Terezi- nha Zenatti se pronunciem a respeito das supostas irregularidades ou devolvam cerca de R$ 480 mil, valor atualizado, aos cofres do Tesouro Nacional. Também foi determi- nado que a Fundação de Apoio Menor de Feira de Santana passe a fazer licitação ao contratar fornecimento de bens e serviços. (Acórdão nº 779/Plenário, de 22.4.2009, TC nº 017.961/2005-1, Relator: Ministro Augus- to Sherman, Unidade Técnica: Secex-BA) TCU constata falhas no ProUni e no Fies O Tribunal concluiu que a meta do Programa Universidade para Todos - ProUnI e do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior - Fies pode não ser al- cançada. O Plano Nacional de Educação estabelece que 30% dos alunos de baixa renda entrem na universidade até 2011 por meio do ProUni ou do Fies. Entretanto, audi- toria constatou que, no segundo semestre de 2008, 42% das vagas não foram pre- enchidas. Se o ritmo continuar o mesmo, em 2011 apenas a metade do percentual da meta será atingido. O TCU avaliou os programas de acor- do com mecanismos de implementação e controle, concretização de objetivos e sinto- nia com o mercado de trabalho. Foi verificado que há falhas na implementação dos programas, os quais têm por objeto a- ções governamentais voltadas ao acesso e à permanência da população economica- mente mais vulnerável ao ensino superior. O ProUni, por exemplo, concedeu bol- sa a estudantes com renda familiar superior aos limites previstos. Além disso, a apresen- tação de documentação dos beneficiários não é feita de forma correta. Falta, em mui- tos casos, comprovante de renda, de residência e de renda familiar. O relatório aponta também que o Mi- nistério da Educação - MEC não possui rotina de fiscalização das instituições de ensino participantes. Segundo a auditoria, instituições têm isenção fiscal mesmo quan- do não têm ocupadas todas as vagas destinadas ao programa e ao fundo. Aponta, ainda, que os cursos das áreas tecnológica e social, que são considerados prioritários pelo MEC, tendo em vista o déficit atual de profissionais dessas áreas no mercado, es- tão com baixa procura por parte dos alunos beneficiários. O Tribunal determinou que o MEC te- nha maior controle dos alunos beneficiários do ProUni, e que a Secretaria de Educação TCU RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2º TRIMESTRE DE 2009 30 Superior - Sesu/MEC implemente mecanis- mos para o preenchimento total das vagas ofertadas pelo Programa. Também reco- mendou a avaliação do mecanismo de isenção fiscal, de modo que as instituições sejam isentas de acordo com a avaliação dos cursos e o maior número de vagas ocu- padas pelos programas e que a Sesu incentive o acesso e a conclusão de cursos em áreas de desenvolvimento tecnológico e social do País que tenham baixa demanda. A implementação das recomendações feitas pelo Tribunal poderá gerar benefícios superiores a R$ 1,1 bilhão no período de quatro anos. Cópia da decisão foi enviada aos Mi- nistros da Educação, da Fazenda e da Previdência Social, aos Presidentes do Se- nado Federal, da Câmara dos Deputados, da Comissão de Educação, Cultura e Espor- te do Senado Federal e da Caixa Econômica Federal. (Acórdão nº 816/Plenário, de 22.4.2009, TC nº 013.493/2008-4, Relator: Ministro José Jor- ge, Unidade Técnica: Seprog) TCU apura superfaturamento em serviços para a Vila Pan-Americana O Consórcio Interamericano e os res- ponsáveis pela licitação de serviços contratados para a Vila Pan-Americana dos jogos de 2007 deverão pagar mais de R$ 2,7 milhões por superfaturamento ou apre- sentarem defesa. O valor deverá ser pago em conjunto pelo Secretário-Executivo para as- sessoramento ao Comitê dos Jogos Pan- Americanos, pelo Presidente e por Membros da Comissão de Licitação e pelo Consórcio, liderado pela empresa JZ Engenharia e Co- mércio Ltda.. Os serviços superfaturados incluem, en- tre outros, instalação de ar-condicionado, montagem de cadeiras, instalação de persia- nas, fornecimento de colchões. O serviço de camareira, contratado na mesma licitação, incluía, além do fornecimento de mão-de- obra, o valor dos materiais de limpeza, que variava segundo o turno de trabalho. Há ainda valores cobrados a mais para montagem de camas, espelhos e abajures. Além dos valores pagos a mais, o TCU registrou que a opção por alugar equipamen- tos e serviços de hotelaria para a acomodação dos atletas restringiu a participa- ção de empresas na licitação. (Acórdão nº 1.251/Plenário, de 10.6.2009, TC nº 025.816/2007-1, Relator: Ministro Marcos Vilaça, Unidade Técnica: 6ª Secex). Outras Ações TCU instaura auditoria para fiscalizar FUB/UnB O TCU fará auditoria para apurar possí- veis irregularidades da
Compartilhar