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1 2 - Sistema Endócrino- Neuroglândulas

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Sistema Endócrino: Neuroglândulas
APRESENTAÇÃO
As glândulas do nosso corpo trabalham de forma extremamente harmônica e afinada, e a maior 
parte destas glândulas é dependente do controle da hipófise. A hipófise atua sobre outras 
glândulas, desencadeando inúmeras ações, entre elas, ações relacionadas ao sistema reprodutor 
masculino e feminino, ao crescimento, ao metabolismo e ao controle da pressão arterial. Além 
disto, a hipófise, juntamente com outra glândula, a pineal, que libera o hormônio indutor do 
sono, são chamadas de neuroglândulas, por localizarem-se no sistema nervoso central. 
Estudaremos em qual parte do encéfalo elas se situam e como funcionam. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as relações estruturais e funcionais entre o hipotálamo e a adeno-hipófise e a 
neuro-hipófise.
•
Relacionar os hormônios produzidos pela hipófise e suas ações nas glândulas controladas 
por ela.
•
Representar a localização anatômica da hipófise em diferentes cortes do crânio, 
evidenciando também a rota de acesso cirúrgico transesfenoidal desta glândula.
•
DESAFIO
A hipófise é uma neuroglândula localizada no interior do crânio, no osso mais central do 
neurocrânio: o osso esfenoide. Esta glândula está bem próxima a várias estruturas vasculares e 
nervosas. É importante para o estudante da Área da Saúde, o reconhecimento das estruturas que 
cercam a hipófise, pois no caso de um processo expansivo, como um tumor hipofisário, os 
sintomas podem estar relacionados a estas estruturas, por estarem sendo comprimidas pelo 
tumor.
A Figura A é uma representação da parte superior da base do crânio em um corte transversal, e a 
Figura B é uma vista interna do crânio em um corte sagital mediano. 
A) Salve a imagem no seu computador e represente a glândula hipófise nas duas imagens com 
um círculo. 
B) Indique estruturas que estariam em risco durante uma cirurgia de retirada de um tumor 
hipofisário. Quais são estas estruturas?
INFOGRÁFICO
O infográfico representa o que será estudado nesta Unidade de Aprendizagem: as 
neuroglândulas.
CONTEÚDO DO LIVRO
É de extrema importância para o estudante da Área da Saúde o conhecimento anatomofuncional 
da glândula hipófise, pois a partir dele, parte-se para as associações clínico-patológicas 
decorrentes de alterações desta neuroglândula. A glândula pineal também tem importância 
clínica por estar relacionada diretamente com os distúrbios do sono.
Acompanhe um trecho da obra Anatomia humana. Este livro serve de base teórica para a 
unidade de aprendizagem. Inicie a leitura a partir do tópico: Uma visão geral do sistema 
endócrino.
Boa leitura.
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Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
ARTMED® EDITORA S.A.
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 Porto Alegre RS
Fone (51) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, 
sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação,
fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora.
SÃO PAULO
Av. Angélica, 1091 - Higienópolis
01227-100 São Paulo SP
Fone (11) 3665-1100 Fax (11) 3667-1333
SAC 0800 703-3444
Obra originalmente publicada sob o título Human Anatomy, 6th Edition
ISBN 9780321500427
Authorized translation from the English language edition, entitled HUMAN ANATOMY, 6th Edition by FREDERIC MARTINI; MICHAEL TIMMONS; ROBERT 
TALLITSCH, published by Pearson Education, Inc, publishing as Benjamin Cummings, Copyright © 2009. All rights reserved. No part of this book may be 
reproduced or transmitted in any form or by any means, electronic or mechanical, including photocopying, recording or by any information storage retrieval system, 
without permission from Pearson Education, Inc.
PORTUGUESE language edition published by ARTMED EDITORA S.A., Copyright © 2009.
Tradução autorizada a partir do original em língua inglesa da obra intitulada HUMAN ANATOMY, 6ª Edição de autoria de FREDERIC MARTINI; MICHAEL 
TIMMONS; ROBERT TALLITSCH, publicado por Pearson Education, Inc., sob o selo Benjamin Cummings, Copyright (c) 2009. Todos os direitos reservados. Este 
livro não poderá ser reproduzido nem em parte nem na íntegra, nem ter partes ou sua íntegra armazenado em qualquer meio, seja mecânico ou eletrônico, inclusive 
fotorreprografação, sem permissão da Pearson Education, Inc.
A edição em língua portuguesa desta obra é publicada por Artmed Editora S.A., Copyright © 2009.
Capa: Mário Röhnelt
Leitura fi nal: Heloísa Stefan
Supervisão editorial: Letícia Bispo de Lima
Editoração eletrônica: Techbooks
Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922
M386a Martini, Frederic H.
 Anatomia humana [recurso eletrônico] / Frederic H. Martini,
Michael J. Timmons, Robert B. Tallitsch ; tradução Daniella
Franco Curcio. – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
Artmed, 2009.
Editado também como livro impresso em 2009.
 ISBN 978-85-363-2029-8
1. Anatomia humana. I. Timmons, Michael J. II. Tallitsch,
Robert B. III. Título. 
CDU 611
508 O SISTEMA ENDÓCRINO
A regulação da homeostase envolve a coordenação das atividades dos ór-
gãos e sistemas do corpo. A todo momento, as células dos sistemas en-
dócrino e nervoso trabalham conjuntamente para monitorar e ajustar 
as atividades fisiológicas do corpo. As atividades desses dois sistemas são 
intimamente coordenadas e seus efeitos são tipicamente complementares. 
Em geral, o sistema nervoso produz respostas a curto prazo (normalmen-
te poucos segundos) e bastante específicas aos estímulos ambientais. Ao 
contrário, as células glandulares endócrinas liberam substâncias quími-
cas na corrente sangüínea, para sua distribuição no organismo. l pág. 
59 Essas substâncias químicas, denominadas hormônios (que significa 
“excitar”), alteram as atividades metabólicas de muitos órgãos e tecidos 
diferentes simultaneamente. Os efeitos hormonais podem não ser obser-
váveis imediatamente, porém, quando aparecem, freqüentemente perdu-
ram por dias. Este padrão de resposta faz com que o sistema endócrino 
seja particularmente eficiente no controle de processos contínuos, como o 
crescimento e o desenvolvimento.
À primeira vista, os sistemas nervoso e endócrino são facilmente di-
ferenciáveis. Entretanto, quando estudados em mais detalhes, há situações 
em que a distinção fica difícil, tanto do ponto de vista anatômico quanto 
funcional. Por exemplo, a medula da glândula supra-renal é um gânglio 
simpático modificado, cujos neurônios secretam adrenalina (epinefrina) e 
noradrenalina (norepinefrina) na corrente sangüínea. l pág. 458 Desse 
modo, dos pontos de vista funcional e do desenvolvimento, a medula da 
glândula supra-renal é uma estrutura endócrina que faz parte do sistema 
nervoso, enquanto o hipotálamo, que anatomicamente é parte do encéfa-
lo, secreta uma variedade de hormônios. Embora o presente capítulo des-
creva os componentes e as funções do sistema endócrino, esta discussão 
necessariamente considerará suas inter-relações com o sistema nervoso.
Uma visão geral do sistema 
endócrino [Figura 19.1]
O sistema endócrino inclui todas as células e tecidos endócrinos do cor-
po (Figura 19.1).
Células endócrinas são células glandulares secretoras que liberam 
hormônios diretamente nos líquidos intersticiais, no sistema linfático ou 
no sangue. Inversamente, as secreções das glândulas exócrinas são libera-
das sobre uma superfície epitelial. l pág. 59
Com base em sua estrutura química, os hormônios são organizados 
em quatro grupos:
Derivados de aminoácidos: ■ São moléculas relativamente peque-
nas, estruturalmente semelhantes a aminoácidos. Exemplos incluem 
(1) derivados da tirosina, como os hormônios tireóideos liberados
pela glândula tireóide e as catecolaminas (epinefrina e norepinefri-
na) liberadas pela medula da supra-renal, e (2) derivados do tripto-fano, como a melatonina sintetizada pela glândula pineal.
Figura 19.1 O sistema endócrino.
Localização das glândulas e células endócrinas 
e os principais hormônios produzidos por cada 
glândula.
Testículo
Ovário
HIPÓFISE
Adeno-hipófise 
(lobo anterior): 
 ACTH, TSH, GH, PRL,
 FSH, LH e MSH)
Neuro-hipófise
(lobo posterior):
 libera ocitocina e ADH
GLÂNDULA TIREÓIDE
Tireoxina (T4)
Tri-iodotironina (T3)
Calcitonina (CT)
CORAÇÃO
GLÂNDULAS
SUPRA-RENAIS
Cada supra-renal é
subdividida em:
Medula da supra-renal:
 Adrenalina (epinefrina) (E) 
 e Noradrenalina 
 (norepinefrina) (NE)
Córtex da supra-renal:
 Cortisol, corticosterona, 
 aldosterona e andrógenos
RIM
Peptídeos natriuréticos:
 Peptídeo natriurético
 atrial (ANP)
 Peptídeo natriurético
 encefálico (BNP)
Eritropoetina (EPO)
Calcitriol
(Capítulos 19 e 26)
Insulina, glucagon
GÔNADAS
Testículos (homem):
 Andrógenos (especialmente
 testosterona), inibina
Ovários (mulher):
 Estrógenos, progestinas,
 inibina
TRATO DIGESTÓRIO
Numerosos hormônios
(detalhados no Capítulo 25)
TIMO
(atrofia gradativamente
durante a idade adulta)
Timosinas
GLÂNDULAS
PARATIREÓIDES
(na face posterior da
glândula tireóide)
Hormônio paratireóideo (PTH)
GLÂNDULA PINEAL
Melatonina
HIPOTÁLAMO
Produção de ADH,
ocitocina e hormônios
reguladores
TECIDO ADIPOSO
Leptina
Resistina
ILHOTAS PANCREÁTICAS
HACT/ACTH
HET/TSH
HC/GH
PRL
HFE/FSH
HL/LH
HEM/MSH
HAD/ADH
LEGENDA PARA HORMÔNIOS
HIPOFISÁRIOS*
Hormônio adrenocorticotrópico
Hormônio estimulante da tireóide
Hormônio do crescimento
Prolactina
Hormônio folículo-estimulante
Hormônio luteinizante
Hormônio estimulante
do melanócito
Hormônio antidiurético
* N. de R. T. No Brasil, deveríamos utilizar as siglas correspondentes aos nomes dos hor-
mônios em português (p. ex., hormônio luteinizante – HL; hormônio do crescimento – HC). 
Porém, por tradição e certo comodismo, são mais utilizadas as siglas em inglês.
CAPÍTULO 19 • O Sistema Endócrino 509
Hormônios peptídeos: ■ São cadeias de aminoácidos. Este é o 
maior grupo de hormônios; todos os hormônios da hipófise são 
hormônios peptídeos.
Hormônios esteróides: ■ Derivados do colesterol, são liberados 
pelas glândulas supra-renais e pelos órgãos genitais.
Eicosanóides: ■ São pequenas moléculas com um anel de cinco 
carbonos em uma das extremidades e que são liberadas pela maio-
ria das células do corpo. Estes compostos coordenam as atividades 
celulares e interferem nos processos enzimáticos (como a coagula-
ção sangüínea) que ocorrem nos líquidos extracelulares.
As enzimas controlam todas as atividades celulares e reações meta-
bólicas. Os hormônios influenciam operações celulares modificando os 
tipos, as atividades ou as quantidades das enzimas citoplasmáticas chave. 
Desse modo, os hormônios podem regular as operações metabólicas de 
suas células-alvo – células periféricas que respondem à sua presença.
A atividade endócrina é controlada por reflexos endócrinos que 
são desencadeados por (1) estímulos humorais (alterações na compo-
sição do líquido extracelular), (2) estímulos hormonais (chegada ou re-
moção de um hormônio específico), ou (3) estímulos neurais (chegada 
de neurotransmissores nas junções neuroglandulares). Na maioria dos 
casos, os reflexos endócrinos são regulados por algum tipo de retroa-
limentação (feedback) negativa. No controle por retroalimentação ne-
gativa direta, (1) a célula endócrina responde a uma alteração na ho-
meostase (como uma modificação na concentração de uma substância 
no líquido extracelular), por meio da liberação de seu hormônio no 
sistema circulatório, (2) o hormônio liberado estimula uma célula-alvo 
e (3) a resposta da célula-alvo restabelece a homeostase e elimina a fon-
te de estimulação da célula endócrina. Um exemplo citado no Capítulo 
5 foi o controle dos níveis de cálcio pelo hormônio das glândulas para-
tireóides. l pág. 124 À diminuição dos níveis de cálcio circulante, o 
hormônio paratireóideo é liberado e as células-alvo (osteoclastos) res-
pondem propiciando a elevação dos níveis de cálcio sangüíneo. Com a 
elevação dos níveis de cálcio, o nível de estimulação do hormônio para-
tireóideo diminui, assim como a velocidade de secreção hormonal.
Reflexos endócrinos mais complexos envolvem uma ou mais eta-
pas intermediárias e freqüentemente dois ou mais hormônios. Essas 
elaboradas cadeias de eventos podem ser controladas por mecanismos 
de feedback negativo complexo ou, raramente, por feedback positivo. Os 
mecanismos de feedback negativo complexo são os mecanismos regula-
dores mais comuns. Nestes casos, a secreção de um hormônio, como o 
hormônio estimulante da tireóide produzido pela adeno-hipófise (lobo 
anterior), desencadeia a secreção de um segundo hormônio, como o 
hormônio tireóideo produzido pela glândula tireóide. O segundo hor-
mônio pode ter múltiplos efeitos, um dos quais inclui sempre a supres-
são da liberação do primeiro.
A regulação hormonal por meio de mecanismos de feedback positivo 
é restrita aos processos que precisam ser acelerados para se completar. Por 
exemplo, a liberação de ocitocina durante o trabalho de parto causa con-
tração da musculatura lisa do útero, e as contrações uterinas estimulam 
ainda mais a liberação de ocitocina.
O hipotálmo e a regulação endócrina [Figura 19.2]
Os centros reguladores no hipotálamo coordenam as atividades dos siste-
mas nervoso e endócrino por meio de três mecanismos diferentes (Figura 
19.2):
O hipotálamo secreta 1. hormônios reguladores, ou fatores regulado-
res, que controlam as atividades das células endócrinas na adeno-hi-
pófise (lobo anterior). Existem dois tipos de hormônios reguladores. 
(1) Hormônios liberadores (HL/RH) estimulam a produção de um 
ou mais hormônios na adeno-hipófise, enquanto (2) hormônios ini-
bidores (HI/IH) impedem a síntese e a secreção de hormônios hipo-
fisários específicos.
O hipotálamo atua como um órgão endócrino, liberando os hormô-2. 
nios ADH e ocitocina para a circulação na neuro-hipófise (lobo pos-
terior).
O hipotálamo contém centros autônomos que exercem controle neu-3. 
ral direto sobre as células endócrinas da medula da glândula supra-
renal. l pág. 406 Quando a parte simpática é ativada, a medula da 
glândula supra-renal libera hormônios na corrente sangüínea.
Medula da supra-renal
Secreção de
epinefrina e
norepinefrina
Secreção de hormônios
reguladores para
controlar a atividade
da parte distal (lobo
anterior) da hipófise
Controle do comando
simpático na medula
da supra-renal
Fibras motoras
pré-ganglionares
Glândula supra-renal
HIPOTÁLAMO
Adeno-hipófise
(lobo anterior
da hipófise)
Neuro-hipófise
(lobo posterior
da hipófise)
Liberação
de ADH e
ocitocina
Produção
de ADH e
ocitocina
Hormônios secretados
pela parte distal da 
hipófise controlam
outros órgãos
endócrinos
1 2 3
Figura 19.2 Controle hipotalâmico sobre os 
órgãos endócrinos.
Uma comparação dos três tipos de controle hi-
potalâmico. (1) Neurônios hipotalâmicos liberam 
hormônios reguladores que controlam a ativida-
de secretora da adeno-hipófise (lobo anterior). (2) 
Neurônios hipotalâmicos secretam ADH e ocitoci-
na, hormônios que produzem respostas específicas 
nos órgãos-alvo periféricos. (3) O hipotálamo exer-
ce controle neural direto sobre a atividade secreto-
ra da medula da glândula supra-renal.
510 O SISTEMA ENDÓCRINO
A hipófise [Figuras 19.3/19.4 e Tabela 19.1]
A hipófise pesa aproximadamente 6 g e é o centro mais compacto de pro-
dução química do corpo. Essa glândula oval, com o tamanho e o peso de 
um pequeno bago de uva, situa-se inferiormente ao hipotálamo no inte-
rior da sela turca, uma depressão no osso esfenóide. l pág. 146 O in-
fundíbulo estende-se desde o hipotálamo, inferiormente, até a superfície 
póstero-superior da hipófise (Figura 19.3a). O diafragma da sela circunda 
o infundíbulo e mantém a hipófise em posição no interior da sela turca.
l pág. 392
Baseando-se em especificidades anatômicas e de desenvolvimento, a 
descrição da hipófise inclui a caracterizaçãode dois lobos: a adeno-hipó-
fise, ou lobo anterior, e a neuro-hipófise, ou lobo posterior (Figura 19.3). 
Nove hormônios peptídeos importantes são liberados pela hipófise, dois 
pela parte nervosa da neuro-hipófise e sete pelas partes distal e intermédia 
da adeno-hipófise. A Tabela 19.1 resume a informação sobre os hormô-
nios da hipófise e seus alvos; no diagrama da Figura 19.4 estão represen-
tados os órgãos-alvo.
A neuro-hipófise [Figuras 19.3 a 19.5/Tabela 19.1]
A neuro-hipófise (Figura 19.3) é também denominada lobo posterior 
da hipófise; ela contém os axônios e terminais axônicos de 50.000 neu-
rônios hipotalâmicos cujos corpos celulares estão localizados no núcleo 
supra-óptico ou no núcleo paraventricular (Figura 19.5 e Tabela 19.1). 
Os axônios estendem-se desses núcleos através do infundíbulo e fazem 
trajeto até os terminais sinápticos na parte nervosa da neuro-hipófise. Os 
neurônios hipotalâmicos sintetizam ADH (núcleo supra-óptico) e ocito-
cina (núcleo paraventricular). O ADH e a ocitocina são chamados de neu-
rossecreções porque são substâncias produzidas e liberadas por neurônios. 
Uma vez liberados, estes hormônios penetram nos vasos capilares locais 
supridos pela artéria hipofisária inferior (Figura 19.5). A partir daí estes 
hormônios são conduzidos pela circulação geral.
Os hormônios liberados pela neuro-hipófise (Figura 19.4) incluem 
estes:
HAD/ADH1. : O hormônio antidiurético, ou vasopressina, é liberado
em resposta a uma variedade de estímulos, mais notadamente à ele-
vação da concentração de eletrólitos no sangue ou à queda do volu-
me sangüíneo ou da pressão arterial. A função primordial do ADH é
diminuir a quantidade de água eliminada nos rins. O ADH também
promove a constrição dos vasos sangüíneos periféricos, o que contri-
bui para a elevação da pressão sangüínea.
Ocitocina: 2. As funções da ocitocina (oxy, rápido + tokos, nascimen-
to) são mais conhecidas nas mulheres, uma vez que esta substância
estimula as contrações das células da musculatura lisa do útero e das
células contráteis (células mioepiteliais) ao redor das células secreto-
ras das glândulas mamárias. A estimulação do músculo uterino pela
ocitocina é necessária para o trabalho de parto e nascimento no últi-
mo estágio da gestação. Após o nascimento, a sucção pela criança ao
mamar estimula a liberação da ocitocina no sangue. A ocitocina en-
tão estimula a contração das células mioepiteliais nas glândulas ma-
márias, causando a liberação do leite pelas papilas mamárias. No ho-
mem, a ocitocina causa a contração da musculatura lisa na próstata.
A adeno-hipófise [Figura 19.3 e Tabela 19.1]
A adeno-hipófise (também denominada lobo anterior da hipófise) con-
tém cinco tipos diferentes de células (Tabela 19.1) A adeno-hipófise pode 
ser subdividida em três regiões: (1) uma grande parte distal que repre-
senta a maior porção da hipófise; (2) uma delgada parte intermédia, que 
forma uma estreita faixa adjacente à neuro-hipófise; e (3) uma extensão 
denominada parte tuberal, que envolve a porção adjacente do infundí-
bulo (Figura 19.3). Toda a adeno-hipófise é ricamente vascularizada por 
meio de uma extensa rede de vasos capilares.
O sistema porta-hipofisial [Figura 19.5]
A produção de hormônios na adeno-hipófise é controlada pelo hipotála-
mo, por meio da secreção de fatores reguladores específicos. Neurônios 
hipotalâmicos, próximos à fixação ao infundíbulo, liberam fatores regu-
ladores nos líquidos intersticiais circundantes. Nessa região, os fatores 
(a) (b) Tecidos hipofisários, anterior
 e posterior
(ML � 77)
HIPOTÁLAMO
Terceiro
ventrículo
Eminência
mediana
Corpo
mamilar
Infundíbulo
Diafragma
da sela
Neuro-hipófise
(lobo posterior)
Esfenóide
(sela turca)
Parte
distalAdeno-hipófise
(lobo anterior)
Parte
 tuberal
Parte
distal
Adeno-hipófise
(lobo anterior)
Secreta
MSH
Secreta outros hormônios
hipofisários
Parte
intermédia
Quiasma óptico
Libera ADH
e ocitocina
Parte
intermédia
Neuro-hipófise
(lobo posterior)
Figura 19.3 Anatomia macroscópica e organização histológica da hipófise e suas subdivisões.
(a) Relações entre a hipófise e o hipotálamo. (b) Organização histológica da hipófise mostrando a adeno-hipófise e a neuro-hipófise.
CAPÍTULO 19 • O Sistema Endócrino 511
Medula da
supra-renal
Córtex da
supra-renal
Glândula
supra-renal
Adeno-hipófise Neuro-hipófise
Glândula
tireóide
Somatomedina
Rins
Fígado
Homens: Músculo
liso no ducto
deferente e na
próstata
Mulheres: Músculo
liso do útero e
glândulas mamárias
Ovários
Melanócitos (significado
incerto em adultos
saudáveis)
ACTH
TSH
GH
PRL
FSH LH
MSH
ADH
Ocitocina
Glicocorticóides
(cortisol,
corticosterona)
Hormônios
tireóideos (T3, T4)
Epinefrina e
norepinefrina
Testosterona Estrógeno Progesterona InibinaInibina
TestículosGlândulas
mamárias
Osso, músculo,
outros tecidos
HIPOTÁLAMO
Controle direto pelo
sistema nervoso
Liberação direta
de hormônios
Controle indireto por meio da
liberação de hormônios reguladores
HACT/ACTH
HET/TSH
HC/GH
PRL
HFE/FSH
HL/LH
HEM/MSH
HAD/ADH
Hormônio adrenocorticotrópico
Hormônio estimulante da tireóide
Hormônio do crescimento
Prolactina
Hormônio folículo-estimulante
Hormônio luteinizante
Hormônio estimulante do melanócito
Hormônio antidiurético
LEGENDA PARA HORMÔNIOS
HIPOFISÁRIOS
Figura 19.4 Hormônios hipofisários e seus alvos.
Este diagrama esquemático mostra o controle hipotalâ-
mico da hipófise, os hormônios hipofisários produzidos e 
as respostas dos tecidos-alvo típicos.
TABELA 19.1 Hormônios da hipófise
Região/área Hormônio Alvos Efeitos hormonais
ADENO-HIPÓFISE
(LOBO ANTERIOR)
Parte distal Hormônio estimulante da tireóide (TSH) Glândula tireóide Secreção de hormônios da glândula tireóide
Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) Córtex da glândula supra-renal (zona fasciculada) Secreção de glicocorticóide
Gonadotropinas:
Hormônio folículo-estimulante (FSH) Células foliculares ováricas Secreção de estrógeno, desenvolvimento folicular
Células de Sertoli nos testículos Estimulação da maturação espermática
Hormônio luteinizante (LH) Células foliculares ováricas Ovulação, formação do corpo lúteo, secreção de 
progesterona
Células intersticiais dos testículos (homens) Secreção de testosterona
Prolactina (PRL) Glândulas mamárias (mulheres) Produção de leite
Hormônio do crescimento (GH) Todas as células Crescimento, síntese protéica, mobilização de 
lipídeos e catabolismo
Parte intermédia (não 
ativa em adultos normais)
Hormônio estimulante do melanócito 
(MSH)
Melanócitos Síntese de melanina aumentada na epiderme
NEURO-HIPÓFISE
(LOBO POSTERIOR)
Parte nervosa Hormônio antidiurético (ADH ou 
vasopressina)
Rins Reabsorção de água, elevação do volume e 
pressão sangüíneos
Ocitocina (OT) Útero, glândulas mamárias (mulheres) Contrações do trabalho de parto, ejeção do leite
Ducto deferente e próstata (homens) Contrações do ducto deferente e glândulas da 
próstata; ejeção de secreções
512 O SISTEMA ENDÓCRINO
reguladores podem entrar facilmente na circulação porque os capilares 
apresentam espaços abertos entre as células endoteliais, o que lhes confere 
um aspecto de queijo suíço. Esses capilares são denominados capilares fe-
nestrados (fenestra, janela), sendo encontrados somente em regiões onde 
moléculas relativamente grandes entram ou saem do sistema circulatório. 
Este plexo capilar primário no soalho da parte tuberal recebe sangue da 
artéria hipofisária superior (Figura 19.5).
Antes de deixar o hipotálamo, a rede capilar se une para formar uma 
série de vasos maiores que se espiralam ao redor do infundíbulo para atingir 
a adeno-hipófise. Uma vez no interior desse lobo, esses vasos formam um 
plexo capilar secundário, que se ramifica entre as células endócrinas (Figu-
ra 19.5). Esta organização vascular é incomum. Normalmente uma artéria 
transporta o sangue do coração até uma rede capilar e uma veia conduz o 
sangue de uma rede capilar de volta ao coração. Entretanto, os vasos entre o 
hipotálamo e a adeno-hipófise conduzem o sanguede uma rede capilar para 
outra rede capilar. Vasos sangüíneos que ligam duas redes capilares são de-
nominados vasos portais, e o complexo todo é denominado sistema porta. 
Os sistemas porta oferecem um eficiente meio para a comunicação química, 
assegurando que todo o sangue que entra nos vasos portais atinja as células-
alvo antes de retornar para a circulação geral. No entanto, a comunicação 
é estritamente unidirecional e qualquer substância química liberada pelas 
células no sentido do fluxo deverá completar a passagem por todo o sistema 
circulatório antes de atingir os capilares do início do sistema porta. Os vasos 
portais recebem a denominação de seus destinos, de modo que esta rede 
especial de vasos constitui o sistema porta-hipofisial.
Hormônios da adeno-hipófise [Figura 19.4 e Tabela 19.1]
A discussão deste capítulo será restrita aos sete hormônios cujas funções 
e mecanismos de controle são razoavelmente bem compreendidos. Todos 
esses hormônios, exceto um, são produzidos pela parte distal da adeno-
hipófise, e cinco deles regulam a produção de hormônios por outras glân-
dulas endócrinas. Esses hormônios são denominados trópicos (tropos, que 
se volta na direção de algo). Seus nomes indicam suas atividades; detalhes 
estão resumidos na Tabela 19.1 e na Figura 19.4.
O 1. hormônio estimulante da tireóide (TSH) atua na glândula ti-
reóide e deflagra a liberação dos hormônios tireóideos. O TSH é se-
cretado por células chamadas tireotrópicas.
O 2. hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) estimula a liberação de
hormônios esteróides pela glândula supra-renal. O ACTH atua espe-
cificamente sobre as células que sintetizam hormônios denominados
glicocorticóides (GC) que atuam no metabolismo da glicose. As cé-
lulas que secretam ACTH são chamadas de corticotrópicas.
O 3. hormônio folículo-estimulante (FSH) promove o desenvolvi-
mento dos oócitos (gametas femininos) no interior dos ovários de
mulheres que atingem o desenvolvimento sexual. O processo come-
ça no interior de estruturas denominadas folículos; o FSH também
estimula a produção de estrógenos pelas células foliculares. Os es-
trógenos, que são esteróides, são hormônios sexuais femininos; o
estradiol é o estrógeno mais importante. Nos homens, a secreção de
FSH é responsável pela manutenção da produção de espermatozói-
des nos testículos. As células que secretam FSH são denominadas
gonadotrópicas.
O 4. hormônio luteinizante (LH) induz a ovulação nas mulheres e
promove a secreção ovárica de progestinas, hormônios esteróides
que preparam o corpo para uma possível gravidez. A progesterona é a
mais importante progestina. Nos homens, o LH estimula a produção
dos hormônios sexuais masculinos, denominados andrógenos (an-
dros, homem) pelas células intersticiais dos testículos. A testosterona
é o andrógeno mais importante. Como regulam as atividades dos ór-
gãos sexuais masculinos e femininos, o FSH e o LH são denominados
gonadotropinas. Estes hormônios são produzidos por células deno-
minadas gonadotrópicas.
A 5. prolactina (pro, antes + lacto, leite) (PRL) estimula o desenvolvi-
mento das glândulas mamárias e a produção de leite. A PRL exerce
efeito predominante sobre as células glandulares, porém as glândulas
Quiasma
óptico
HIPOTÁLAMO
Veias hipofisárias
Células endócrinas
Núcleo
supra-óptico
Núcleo
paraventricular
ADENO-HIPÓFISE
NEURO-HIPÓFISE
EM
INÊ
NC
IA
ME
DIA
NA
Corpo
mamilar
Vasos
capilares
Infundíbulo
Veias do sistema porta
Artéria hipofisária inferior
Artéria hipofisária superior
Figura 19.5 A hipófise e o sistema porta-hipofisial.
Este arranjo circulatório forma o sistema porta-hipofisial, o qual permite que os 
hormônios reguladores hipotalâmicos controlem a adeno-hipófise.
Nota clínica
Diabete insípido Existem várias formas diferentes de diabete, to-
das caracterizadas por excessiva produção de urina (poliúria). Embora 
o diabete possa ser causado por lesão física aos rins, a maioria das for-
mas de diabete resulta de anomalias endócrinas. As duas formas mais 
importantes são: o diabete insípido, considerado nesta nota, e o diabete 
melito, que será abordado posteriormente.
O diabete insípido se desenvolve quando a neuro-hipófise, ou 
lobo posterior da hipófise, deixa de liberar quantidades adequadas de 
hormônio antidiurético (HAD). A conservação da água pelos rins fica 
comprometida e grandes quantidades de líquido passam a ser eli-
minadas na urina. Como resultado, indivíduos portadores de diabete 
insípido apresentam muita sede, porém os líquidos repostos não são 
retidos pelo corpo. Casos leves podem dispensar tratamento, desde 
que a ingestão de líquidos compense as perdas urinárias. Nos casos 
mais graves, as perdas de líquidos podem chegar a 10 litros por dia e, 
caso o tratamento adequado não seja instituído, a desidratação pode 
ser fatal. A administração de spray nasal de acetato de desmopressina 
(DDAVP), uma forma sintética de ADH, concentra a urina e reduz o vo-
lume urinário. Esse medicamento também é eficaz no tratamento da 
enurese noturna.
CAPÍTULO 19 • O Sistema Endócrino 513
mamárias são reguladas pela interação de vários outros hormônios, 
incluindo o estrógeno, a progesterona, o hormônio do crescimento, 
os glicocorticóides e os hormônios produzidos pela placenta. As fun-
ções da prolactina nos homens são pouco compreendidas. A PRL é 
secretada por células denominadas lactotrópicas.
O 6. hormônio do crescimento (GH), também denominado hormônio
do crescimento humano ou somatotropina (soma, corpo), estimula a
divisão e o crescimento celular por meio da aceleração da velocidade
de síntese de proteínas. O GH é secretado por células denominadas
somatotrópicas. Embora virtualmente todo tecido responda em algum 
grau ao hormônio do crescimento, seu efeito é mais intensamente ob-
servável no desenvolvimento do esqueleto e dos músculos. As células
hepáticas respondem ao GH sintetizando e liberando somatomedi-
nas, que são hormônios peptídeos. As somatomedinas estimulam a
síntese protéica e o crescimento das fibras musculares esqueléticas,
células cartilagíneas e outras células-alvo. Crianças incapazes de pro-
duzir concentrações adequadas de hormônio do crescimento apre-
sentam insuficiência de crescimento hipofisário, algumas vezes deno-
minado nanismo hipofisário. O constante crescimento e a maturação
que normalmente precedem e acompanham a puberdade não ocor-
rem nesses indivíduos.
O 7. hormônio estimulante do melanócito (MSH) é o único hormô-
nio produzido pela parte intermédia. Como o próprio nome indica,
o MSH estimula os melanócitos da pele, aumentando sua velocidade
de produção e a distribuição de melanina. O MSH é secretado por 
células corticotrópicas (também denominadas células ACTH) apenas 
durante o desenvolvimento fetal, em crianças jovens, em mulheres 
grávidas e em algumas doenças.
REVISÃO DOS CONCEITOS
Que região do encéfalo controla a produção de hormônios na hipófise?1. 
O que é célula-alvo? Qual é a relação entre um hormônio e sua célula-alvo?2. 
Identifique as duas regiões da hipófise e descreva como a liberação de hor-3. 
mônios é controlada para cada uma delas.
Veja a seção de Respostas na parte final do livro.
A glândula tireóide [Figura 19.6a]
A glândula tireóide curva-se sobre e cruza a superfície anterior da tra-
quéia, inferiormente à cartilagem tireóidea (“em forma de escudo”) que 
responde pela maior parte da superfície anterior da laringe (Figura 19.6a). 
Graças à sua localização, a glândula tireóide pode ser facilmente palpada; 
em casos de alterações, a glândula tireóide pode inclusive tornar-se proe-
minente. O tamanho da glândula tireóide é bastante variável em função de 
fatores hereditários, ambientais e nutricionais, porém seu peso médio é de 
aproximadamente 34 g. A glândula tem uma coloração vermelha escura 
por causa do grande número de vasos sangüíneos que suprem as células 
glandulares. O suprimento sangüíneo de cada lado advém de duas origens: 
(1) a artéria tireóidea superior, que é um ramo da artéria carótida externa, 
e (2) a artériatireóidea inferior, um ramo do tronco tireocervical. A drena-
gem venosa da glândula é feita pela veia tireóidea superior e pelas veias tire-
óideas médias, que terminam nas veias jugulares internas, e pelas veias tire-
óideas inferiores, que conduzem o sangue para as veias braquiocefálicas.
A glândula tireóide apresenta um aspecto semelhante ao formato de 
uma borboleta e consiste em dois lobos principais. A porção superior de 
cada lobo estende-se sobre a superfície lateral da traquéia em direção à 
margem inferior da cartilagem tireóidea. Inferiormente, os lobos da glân-
dula tireóide estendem-se até o nível da segunda ou terceira cartilagem 
traqueal. Os dois lobos são unidos por uma conexão delgada, o istmo. A 
glândula tireóide fixa-se à traquéia por uma fina cápsula que é contínua 
com os septos de tecido conectivo que segmentam o tecido glandular e 
envolvem os folículos tireóideos.
Folículos tireóideos e hormônios 
tireóideos [Figuras 19.6b,c e Tabela 19.2]
Os folículos tireóideos produzem, armazenam e secretam hormônios 
tireóideos. Os folículos individuais apresentam formato esférico e são 
tipicamente revestidos por um epitélio cubóide simples constituído por 
tireócitos T (também denominados células foliculares) (Figura 19.6b,c). O 
tipo de epitélio é determinado pela atividade glandular, variando desde o 
epitélio escamoso simples em uma glândula inativa até o epitélio colunar 
simples em uma glândula plenamente ativa. Os tireócitos T circundam a 
cavidade do folículo, que contém colóide, um líquido viscoso contendo 
grande quantidade de proteínas em suspensão. Uma rede capilar circunda 
cada folículo, fornecendo nutrientes e hormônios reguladores às células 
foliculares e recebendo suas secreções e restos metabólicos.
As células foliculares apresentam grande quantidade de mitocôndrias 
e de retículo endoplasmático rugoso (granular). Como seria de se esperar 
por esta descrição, essas células sintetizam proteínas ativamente. As células 
foliculares sintetizam uma proteína globular denominada tireoglobulina, 
que secretam para o interior do folículo. A tireoglobulina contém molécu-
las de tirosina, e alguns desses aminoácidos são modificados no interior do 
folículo, pela ligação com o iodo, formando os hormônios tireóideos. Os 
tireócitos T transportam íons iodo (I–) ativamente do líquido intersticial 
para o interior do folículo. O iodo é convertido em uma forma ionizada 
especial (I+) e ligado às moléculas de tirosina da tireoglobulina pela ação 
de enzimas na superfície luminar das células foliculares. Dois hormônios 
tireóideos – a tireoxina, também denominada TX, T4 ou tetra-iodotironina, 
e a tri-iodotironina (T3) – são formados desse modo e, enquanto no colói-
de, eles permanecem como parte da estrutura da tireoglobulina. A tireóide é 
a única glândula endócrina que armazena produto hormonal em ambiente 
extracelular.
O principal fator que controla a velocidade de liberação do hormônio 
tireóideo é a concentração do hormônio estimulante da tireóide (TSH) no 
sangue circulante (Figura 19.7). Sob a influência do hormônio liberador 
da tireotropina (TRH), produzido pelo hipotálamo, a adeno-hipófise li-
bera TSH, e os tireócitos T respondem, removendo a tireoglobulina da luz 
dos folículos por endocitose; em seguida, os tireócitos T quebram a pro-
teína por atividade lisossômica, o que libera as moléculas de T3 e T4. Estes 
hormônios, então, deixam a célula, principalmente por difusão, e entram 
na circulação. A tireoxina (T4) responde por aproximadamente 90% do 
total da secreção da glândula tireóide. Os dois hormônios tireóideos, que 
apresentam efeitos complementares, aumentam a velocidade do metabo-
lismo e o consumo de oxigênio em quase todas as células no corpo. Esses 
hormônios estão incluídos na Tabela 19.2.
Os tireócitos C da glândula tireóide [Figura 19.6c]
Um segundo tipo de células endócrinas, os tireócitos C ou células parafo-
liculares, situa-se entre as células foliculares cubóides da glândula tireóide. 
Embora em contato com a lâmina basal, essas células não atingem a su-
perfície e não estão diretamente expostas à luz dos folículos. Os tireócitos 
C produzem o hormônio calcitonina (CT). A calcitonina contribui para 
a regulação da concentração do íon cálcio nos líquidos corporais especial-
mente (1) durante a infância quando ela estimula o crescimento ósseo e a 
deposição de minerais no esqueleto e (2) sob estresse fisiológico como o 
jejum ou a gravidez. A calcitonina diminui as concentrações do íon cálcio 
por meio (1) da inibição dos osteoclastos e (2) da estimulação da excreção 
dos íons cálcio nos rins. As ações da calcitonina são opostas pelas ações do 
hormônio da paratireóide, produzido pelas glândulas paratireóides.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
O vídeo mostra as características anatômicas e os hormônios liberados pelas neuroglândulas 
hipófise e pineal.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Indique a alternativa que apresenta somente hormônios liberados pela neuro-
hipófise: 
A) Adrenocorticotrópico e estimulante da tireoide.
B) Antidiurético e estimulante do melanócito.
C) Ocitocina e antidiurético.
D) Luteinizante e prolactina.
E) Do crescimento e luteinizante.
2) Indique a alternativa correta sobre a hipófise: 
A) É uma neuroglândula localizada em uma depressão no osso temporal.
B) A adeno-hipófise é o lobo posterior da hipófise.
C) A neuro-hipófise contém axônios cujos corpos celulares localizam--se no núcleo 
supraóptico ou no núcleo paraventricular.
D) O sistema porta-hipofisial é uma rede capilar que antes de deixar o hipotálamo se 
espiralam em torno do infundíbulo para e atingem a neuro-hipófise.
E) A neuro-hipófise pode ser dividida em partes distal, intermédia e tuberal.
3) A imagem representa a vista interna lateral esquerda da região onde se aloja a glândula 
hipófise. Devemos reconhecer as referências anatômicas relacionadas a essa importante 
neuroglândula. Indique a alternativa correta: 
A) A seta verde indica o infundíbulo.
B) A seta vermelha indica o diafragma da sela.
C) A seta laranja indica a parte intermédia da hipófise.
D) A seta azul indica a neuro-hipófise.
E) A seta amarela indica o quiasma óptico.
4) Qual o nome do hormônio liberado pela glândula pineal e que tem a função de 
induzir o sono? 
A) Prolactina.
B) Luteinizante.
C) Ocitocina.
D) Melatonina.
E) Melanina.
5) Quais ações hormonais tem relação com a neuro-hipófise? 
A) Secreção de glicocorticoides.
B) Secreção dos hormônios da glândula tireoide.
C) Secreção de estrógeno e desenvolvimento folicular.
D) Estimulação da maturação espermática.
E) Contrações do ducto deferente e glândulas da próstata e reabsorção de água nos rins.
NA PRÁTICA
Atualmente a cirurgia de retirada de macroadenomas de hipófise (tumores muito grandes) é feita 
através do acesso pela cavidade nasal. A técnica não é nova, mas vem se aperfeiçoando à 
medida que a tecnologia se adequa a este tipo de cirurgia minimamente invasiva, como a 
ampliação do campo de visão da imagem endoscópica e também pelo acompanhamento cada 
vez mais frequente pelo otorrinolaringologista, juntamente com o neurocirurgião.
O sucesso neste tipo de abordagem cirúrgica é extremamente importante, porque sem ela, 
conseguir chegar até o tumor da hipófise causaria danos neurológicos significativos; isso porque 
a hipófise é estrategicamente localizada no centro do encéfalo.
Essa localização justifica-se por ela ser a glândula mestra, a que controla o funcionamento de 
outras glândulas e, estando posicionada no interior do encéfalo, estaria menos ameaçada por 
danos causados pelo meio externo.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Acesso endoscópico transnasal aos tumores selares. Revista Brasileira de 
OtorrinolaringologiaConteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
TORTORA GJ; DERRCKSON B. Corpo Humano. Fundamentos de Anatomia e 
Fisiologia. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Qual a função da Hipófise? Glândula mãe do cérebro - Mulheres
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Cirurgia para retirada de tumor da hipófise (endoscópica endonasal)
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Cirurgia endoscópica transnasal, transesfenoidal para retirada de tumor de ndenohipófise 
(Inglês - com legenda)
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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