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APG RELAÇÃO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE SOI II

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José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
Sistema endócrino e 
Homeostasia 
 
 
 
Generalidades/Fisiologia 
Os hormônios locais ou circulantes 
do sistema endócrino contribuem 
para a homeostasia regulando a 
atividade e o crescimento das 
células-alvo no corpo. O 
metabolismo também é 
controlado pelos hormônios. 
 
Ao entrar na puberdade, meninos 
e meninas começam a 
desenvolver diferenças notáveis 
na aparência física e no 
comportamento. Talvez em 
nenhum outro período da vida 
seja tão evidente o impacto do 
sistema endócrino na condução 
do desenvolvimento e regulação 
das funções corporais. Nas 
meninas, os estrogênios 
promovem o acúmulo de tecido 
adiposo nas mamas e nos quadris, 
modelando a forma feminina. Ao 
mesmo tempo ou um pouco 
depois, níveis cada vez mais altos 
de testosterona nos meninos 
começam a produzir massa 
muscular e a aumentar as pregas 
vocais, resultando em uma voz 
mais grave. Essas alterações são 
apenas alguns exemplos da forte 
influência das secreções 
endócrinas. De maneira menos 
drástica, talvez, inúmeros 
hormônios ajudam a manter a 
homeostasia diariamente. Eles 
regulam a atividade dos músculos 
lisos, do músculo cardíaco e de 
algumas glândulas; alteram o 
metabolismo; estimulam o 
crescimento e o 
desenvolvimento; influenciam os 
processos reprodutivos e 
participam dos ritmos circadianos 
estabelecidos pelo núcleo 
supraquiasmático do hipotálamo. 
 
HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE 
 
Por muitos anos, a glândula 
hipófise foi chamada de glândula 
mestra porque secreta vários 
hormônios que controlam outras 
glândulas endócrinas. 
Hoje, sabemos que a hipófise 
propriamente dita tem um mestre 
– o hipotálamo. Essa pequena 
região do encéfalo abaixo do 
tálamo é a principal conexão 
entre os sistemas nervoso e 
endócrino. As células do 
hipotálamo sintetizam pelo 
menos, nove hormônios diferentes 
e a hipófise secreta sete. Juntos, 
esses hormônios desempenham 
funções importantes na 
regulação de praticamente todos 
os aspectos do crescimento, 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
desenvolvimento, metabolismo e 
homeostasia. 
 
Hipófise 
A glândula hipófise é uma 
estrutura em forma de ervilha, 
com 1 a 1,5 cm de diâmetro e que 
se localiza na fossa hipofisial da 
sela turca do esfenoide. 
Fixa-se ao hipotálamo por um 
pedúnculo, o infundíbalo, e 
apresenta duas partes 
anatômicas e funcionalmente 
separadas: a adeno-hipófise 
(lobo anterior) e a neuro-hipófise 
(lobo posterior). 
 
Adeno-Hipófise: representa cerca 
de 75% do peso total da glândula 
e é composta por tecido epitelial. 
No adulto contem uma parte 
distal, que é a maior porção, e a 
parte tuberal que forma uma 
bainha ao redor do infundíbalo. 
 
Neuro-Hipófise: é composta por 
tecido neural e também consiste 
em duas partes: a parte nervosa, 
porção bulbosa maior, e o 
infundíbulo. Uma terceira região 
da glândula hipófise chamada 
de parte intermédia, atrofia-se 
durante o desenvolvimento fetal 
humano e deixa de existir como 
um lobo separado nos adultos; 
entretanto células migram para 
partes adjacentes, onde 
persistem. 
 
Adeno-Hipófise: A adeno-hipófise 
secreta hormônios que regulam 
uma ampla variedade de 
atividades corporais, desde o 
crescimento até a reprodução. A 
liberação de hormônios da 
adeno-hipófise é estimulada por 
hormônios liberadores e 
suprimida por hormônios 
inibidores do hipotálamo. Desse 
modo, os hormônios 
hipotalâmicos constituem uma 
ligação importante entre os 
sistemas nervoso endócrino. 
 
SISTEMA PORTA HIPOFISÁRIO 
 
 
 
Hormônios hipotalâmicos 
que liberam ou inibem hormônios 
da adeno-hipófise chegam à 
adeno-hipófise por meio de um 
sistema porta. Em geral, o sangue 
passa do coração, por uma 
artéria, para um capilar, daí para 
uma veia e de volta ao coração. 
Em um sistema porta, o sangue 
flui de uma rede capilar para 
uma veia porta e, em seguida, 
para uma segunda rede capilar 
antes de retornar ao coração. O 
nome do sistema porta indica a 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
localização da segunda rede 
capilar. 
No sistema porta 
hipofisário, o sangue flui de 
capilares no hipotálamo para 
veias porta que carreiam 
sangue para capilares da 
adeno-hipófise. 
 
As artérias hipofisárias 
superiores, ramos das artérias 
carótidas internas, levam sangue 
para o hipotálamo. Na junção da 
eminência mediana do 
hipotálamo e o infundíbulo, essas 
artérias se dividem em uma rede 
capilar chamada de plexo 
primário do sistema porta 
hipofisário. 
 
• Do plexo primário, o sangue 
drena para as veias porto-
hipofisárias que passam por 
baixo da parte externa do 
infundíbulo. Na adeno-
hipófise, as veias porto-
hipofisárias se dividem mais 
uma vez e formam outra rede 
capilar chamada de plexo 
secundário do sistema porta 
hipofisário. 
 
Acima do quiasma óptico há 
grupos de neurônios 
especializados chamados de 
células neurossecretoras. Essas 
células sintetizam os hormônios 
hipotalâmicos liberadores e 
inibidores em seus corpos 
celulares e envolvem os 
hormônios em vesículas, que 
alcançam os terminais axônicos 
por transporte axônico. Impulsos 
nervosos promovem a exocitose 
das vesículas. Depois disso, os 
hormônios se difundem para o 
plexo primário do sistema porta 
hipofisário. Rapidamente, os 
hormônios hipotalâmicos fluem 
com o sangue pelas veias porto-
hipofisárias para o plexo 
secundário. 
Essa via direta possibilita 
que os hormônios hipotalâmicos 
atuem imediatamente nas 
células da adeno-hipófise, antes 
que os hormônios sejam diluídos 
ou destruídos na circulação 
geral. Os hormônios secretados 
pelas células da adeno-hipófise 
passam para os capilares do 
plexo secundário, que drenam 
para as veias porto-hipofisárias 
anteriores e para fora na 
circulação geral. Os hormônios 
da adeno-hipófise viajam até os 
tecidosalvo ao longo do corpo. 
Os hormônios da adeno-
hipófise que atuam em outras 
glândulas endócrinas são 
chamados de hormônios tróficos 
ou trofinas. 
 
Resumo – Sistema Porta 
 
1- Grupos de neurônios 
especializados que são 
chamados de células 
neurosecretoras, se localizam 
acima do quiasma óptico, 
sintetizam hormônios 
hipotalâmicos liberadores e 
inibidores; hormônios que 
estão em vesículas terminais 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
axônicas por transporte 
axônico. 
2- Hormônios liberadores ou 
inibidores vão para o plexo 
primário de capilares do 
sistema porta-hipofisário. 
3- Hormônios liberadores ou 
inibidores nas veias porta-
hipofisárias; possibilita a 
atuação dos hormônios 
hipotalâmicos na adeno-
hipófise antes que sejam 
diluídos ou destruídos na 
circulação. 
4- Hormônios produzidos na 
adeno-hipófise passa para os 
capilares do plexo secundário. 
5- Drenagem dos hormônios da 
Adeno-hipófise pelas vias 
porta-hipofisárias anteriores e 
para a circulação geral. 
6- Hormônios da Adeno-hipífise 
para os órgãos alvo; hormônios 
tróficos ou trofinas. 
 
TIPOS DE CELULAS DA ADENO-
HIPÓFISE E SEUS HORMÔNIOS 
 
 
 
São cinco tipos de células da 
adeno-hipófise – somatotrofos, 
tiretotrofos, gonadotrofos, 
lactotrofos e corticotrofos – 
secretam 7 hormônios. 
 
1. Os somatotrofos secretam 
hormônio do crescimento (GH), 
também conhecido como 
somatotrofina. O hormônio do 
crescimento, por sua vez, 
estimula vários tecidos a 
secretarem fatores de 
crescimento insulino-símiles (IGF), 
hormônios que estimulam o 
crescimento corporal geral e 
regulam aspectos do 
metabolismo. 
2. Os tireotrofos secretam 
hormônio tireoestimulante (TSH), 
também conhecido como 
tireotrofina. O TSH controla as 
secreções e outras atividades da 
glândula tireoide. 
3. Os gonadotrofos secretam 
duas gonadotrofinas: hormônio 
foliculoestimulante (FSH) e 
hormônio luteinizante (LH).O FSH 
e o LH atuam nas gônadas; 
estimulam a secreção de 
estrogênios e progesterona e a 
maturação de ovócitos nos 
ovários, além de estimularem a 
produção de espermatozoides e 
a secreção de testosterona nos 
testículos. 
4. Os lactotrofos secretam 
prolactina (PRL), que inicia a 
produção de leite nas glândulas 
mamárias. 
5. Os corticotrofos secretam 
hormônio adrenocorticotrófico 
(ACTH), também conhecido 
como corticotrofina, que estimula 
o córtex da glândula suprarrenal 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
a secretar glicocorticoides como 
cortisol. Alguns corticotrofos, 
remanescentes da parte 
intermédia, também secretam 
hormônio melanócito-
estimulante (MSH). 
 
Resumo: 7 hormônios: 
 
• Prolactina: responsável por 
estimular o desenvolvimento 
da glândula mamária e a 
produção de leite. 
• Hormônio do crescimento 
(GH): atua no crescimento do 
organismo e no metabolismo. 
• Hormônio estimulador de 
melanócitos (MSH): estimula a 
produção de melanina. 
• Hormônio estimulador da 
tireoide (TSH): estimula a 
tireoide a sintetizar e secretar 
seus hormônios. 
• Hormônio adrenocorticotrófico 
(ACTH): estimula o córtex da 
suprarrenal a produzir seus 
hormônios. 
• Hormônio folículo-estimulante 
(FSH): nas mulheres, o FSH 
promove o desenvolvimento 
dos folículos ovarianos e a 
secreção de estrógeno. Nos 
homens, o hormônio promove 
a espermatogênese. 
• Hormônio luteinizante (LH): nas 
mulheres, promove a 
ovulação e a secreção da 
progesterona. Nos homens, 
por sua vez, estimula as células 
de Leydig e a secreção de 
andrógenos. 
 
 
 
Regulação das células 
hipotalâmicas neurossecretoras 
e corticotrofos da adeno-
hipófise por feedback negativo 
 
As setas verdes sólidas indicam 
estímulo das secreções; as setas 
vermelhas pontilhadas querem 
dizer inibição da secreção via 
feedback negativo. 
 
 
 
A secreção dos hormônios da 
adeno-hipófise é regulada de 
duas maneiras. Na primeira, 
células neurossecretoras no 
hipotálamo secretam cinco 
hormônios liberadores, que 
estimulam a secreção de 
hormônios da adeno-hipófise, e 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
dois hormônios inibidores, que 
suprimem a secreção de 
hormônios da adeno-hipófise. 
 
 Na segunda, o feedback 
negativo na forma de hormônios 
liberados pelas glândulas-alvo 
diminui secreções de três tipos de 
células da adeno-hipófise. Nessas 
alças de retroalimentação 
negativa, a atividade secretora 
dos tireotrofos, gonadotrofos e 
corticotrofos diminui quando os 
níveis sanguíneos dos hormônios 
das suas glândulas-alvo se 
elevam. Por exemplo, o ACTH 
estimula o córtex das glândulas 
suprarrenais a secretar 
glicocorticoides, principalmente 
cortisol. Por sua vez, o nível 
elevado de cortisol diminui a 
secreção tanto de corticotrofina 
quanto de hormônio liberador de 
corticotrofina (CRH) pela 
supressão da atividade dos 
corticotrofos da adeno-hipófise e 
das células neurossecretoras do 
hipotálamo. 
• Feedback	de	alça	longa: quando os 
níveis sanguíneos dos hormônios 
das glândulas periféricas chegam 
ao valor de homeostase/fisiológico, 
esses hormônios sinalizam para a 
hipófise e o hipotálamo que está na 
hora de parar de secretar 
hormônios liberadores ou 
estimuladores até que os seus 
valores se reduzam novamente. 
• Feedback	de	alça	curta: o aumento 
sérico dos hormônios hipofisários 
inibe a síntese e/ou a liberação de 
hormônios hipotalâmicos 
relacionados. 
Hormônio do crescimento e 
fatores de crescimento insulino-
símiles 
 
Os somatotrofos são as células 
mais numerosas na adeno-
hipófise e o hormônio do 
crescimento (GH) é o hormônio 
mais abundante da adeno-
hipófise. A principal função do 
GH é promover a síntese e a 
secreção de pequenos 
hormônios proteicos chamados 
fatores de crescimento insulino-
símiles ou somatomedinas. Em 
resposta ao hormônio do 
crescimento, as células no 
fígado, no músculo esquelético, 
na cartilagem, nos ossos e em 
outros tecidos secretam fatores 
de crescimento insulino-símiles 
(IGFs), que podem entrar na 
corrente sanguínea a partir do 
fígado ou atuar de maneira local 
em outros tecidos como 
autócrinos ou parácrinos. 
 
Os somatotrofos na adeno-
hipófise liberam pulsos de 
hormônio do crescimento em 
intervalos de poucas horas, 
especialmente durante o sono. 
Sua atividade secretora é 
controlada principalmente por 
dois hormônios hipotalâmicos: (1) 
o hormônio liberador do 
hormônio do crescimento 
(GHRH), que promove a secreção 
do GH, e (2) o hormônio inibidor 
do hormônio do crescimento 
(GHIH), que o suprime. O 
principal regulador da secreção 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
de GHRH e de GHIH é o nível de 
glicose sanguínea. 
 
Efeitos do hormônio do 
crescimento (GH) e dos fatores 
insulina-símiles (IGF). As setas 
sólidas verdes indicam estímulo 
da secreção; as setas 
pontilhadas vermelhas indicam 
inibição da secreção via 
feedback negativo. 
 
 
 
Neuro-hipófise 
 
A neuro-hipófise não sintetiza 
hormônios, porem armazena e 
libera dois tipos de hormônios, é 
compota por axônios e terminais 
axônicos de mais de 10.000 
células hipotalâmicas 
neurossecretoras. Os corpos 
celulares das células 
neurossecretoras se encontram 
nos núcleos paraventricular e 
supraóptico do hipotálamo; seus 
axônios formam o trato 
hipotálamo-hipofisial. Esse trato 
começa no hipotálamo e 
termina perto de capilares 
sanguíneos na neuro-hipófise. Os 
corpos das células neuronais dos 
dois núcleos paraventricular e 
supraóptico sintetizam o 
hormônio ocitocina (OT) e o 
hormônio antidiurético (ADH), 
também chamado de 
vasopressina. Os terminais 
axônicos na neurohipófise são 
associados à neuróglia 
especializada chamada de 
pituitócitos. Essas células 
apresentam uma função de 
suporte similar a dos astrócitos 
 
Trato hipotálamo-hipofisia: 
 Os axônios das células 
hipotalâmicas neurossecretoras 
formam o trato hipotálamo-
hipofisial que se estende dos 
núcleos paraventricular e 
supraóptico até a neuro-hipófise. 
Moléculas hormonais sintetizadas 
no corpo celular de uma célula 
neurossecretora são 
encarceradas em vesículas 
secretoras que se movimentam 
para baixo até os terminais 
axônicos. Os impulsos nervosos 
desencadeiam a exocitose das 
vesículas, liberando, desse modo, 
o hormônio. 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
 
Controle da secreção pela 
Neuro-Hipófise 
 
Ocitocina: Durante e após o 
parto, a ocitocina atua em dois 
tecidos-alvo: útero e as mamas 
da mãe, pois durante o parto, o 
alongamento do colo do útero 
estimula a liberação deste 
hormônio que por sua vez 
intensifica a contração uterina. 
Depois do parto, a ocitocina 
estimula a ejeção de leite das 
glândulas mamárias em resposta 
ao estímulo mecânico produzido 
pela sucção do bebê. 
 
A função da ocitocina em 
homens e mulheres não grávidas 
não é clara. Experimentos 
realizados em animais sugerem 
que a ocitocina exerça ações no 
encéfalo que promovem o 
comportamento parental de 
cuidado em relação ao filho. 
Também pode ser responsável, 
em parte, pelas sensações de 
prazer sexual durante e depois do 
intercurso. 
 
 
 
HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO 
 
Como o próprio nome sugere, um 
antidiurético é uma substância 
que diminui a produção de urina. 
O HAD faz com que os rins 
devolvam mais água ao sangue, 
diminuindo, desse modo, o 
volume urinário. Na ausência de 
HAD o débito urinário aumenta 
mais de 10 vezes, passando do 
normal 1 ou 2 dois litros para 
cerca de 20 ℓ por dia. Muitas 
vezes, a ingestão de álcool causa 
micção frequente e copiosa 
porque o álcool inibe a secreção 
de hormônio antidiurético. O HAD 
também diminui a perda de 
água pela sudorese e causa 
constrição das arteríolas, o que 
eleva a pressão do sangue. O 
outronome desse hormônio, 
vasopressina, traduz esse efeito 
sobre a pressão arterial. 
A quantidade de HAD secretado 
varia com a pressão osmótica do 
sangue e com o volume 
sanguíneo. 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
 
 
 
HISTOLOGIA DA HIPÓFISE 
 
 A hipófise ("pituitária") é um 
pequeno órgão que pesa cerca 
de 0,5 g no adulto e cujas 
dimensões são cerca de 10 x 13 x 
6 mm. 
• Localiza-se em uma cavidade 
do osso esfenoide – a sela 
turca – que é um importante 
ponto de referência 
radiológico. A hipófise se liga 
ao hipotálamo, situado na 
base do cérebro, por um 
pedículo que é a ligação entre 
a hipófise e o sistema nervoso 
central. 
• Ela tem origem embriológica 
dupla: nervosa e ectodérmica. 
A porção de origem nervosa se 
desenvolve pelo crescimento 
do assoalho do diencéfalo em 
direção caudal e a porção 
ectodérmica da hipófise se 
desenvolve a partir de um 
trecho do ectoderma do teto 
da boca primitiva que cresce 
em direção cranial formando a 
bolsa de Rathke. Em razão de 
sua origem embriológica 
dupla, a hipófise consiste, na 
realidade, em duas glândulas: 
a neuro-hipófise e a adeno-
hipófise, unidas 
anatomicamente e tendo 
funções diferentes, porém 
inter-relacionadas. A porção 
originada do ectoderma - a 
adeno-hipófise - não tem 
conexão anatômica com o 
sistema nervoso. É subdividida 
em três porções a primeira e 
mais volumosa é a pars distalis 
ou lobo anterior a segunda é a 
porção cranial que abraça o 
infundíbulo, denominada pars 
tuberalis a terceira, 
denominada pars intermedia, 
é uma região rudimentar na 
espécie humana, intermediária 
entre a neuro-hipófise e a pars 
distalis, separada desta última 
pela fissura restante da 
cavidade da bolsa de Rathke. 
 
 A glândula é revestida por uma 
cápsula de tecido conjuntivo, 
contínua com a rede de fibras 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
reticulares que suporta as células 
do órgão. 
1: 
 
 
2: 
 
 
3: 
 
 
4:
 
LEGENDA DAS LÂMINAS: 
 
Pars distalis ou adenohipófise: 
(lobo anterior) - (A) 
 
-Células acidófilas (alfa) - (1) 
-Células basófilas (beta) - (2) 
-Células cromófobas (gama) - (3) 
 
Pars intermédia 
(maior aumento) - (B) 
 
-Células fracamente basófilas 
 
Pars nervosa ou neurohipófise 
(lobo posterior) - (C) 
 
-Pituicitos(células de sustentação: 
semelhantes aos astrócitos do 
S.N.C.) - (seta curta). 
-Fibras nervosas (axônios 
amielínicos de células nervosas 
secretoras) - (seta longa). 
 
TIPOS DE HORMÔNIOS 
SECRETADOS PELAS CÉLULAS: 
Pars Distalis/adenohipófise 
células acidófilas: ainda se 
dividem em somatotróficas e 
lactotróficas. As primeiras 
produzem o hormônio de 
crescimento e as últimas 
produzem prolactina. 
 
células basófilas: são divididas 
em gonadotróficas (produzem 
FSH e LH), corticotróficas (ACTH) e 
tireotróficas (TSH). 
 
células cromófobas: se coram 
muito pouco e são células 
progenitoras. 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
Desenvolvimento 
embrionário: 
 
 
Na primeira imagem do lado 
esquerdo observe a linha em 
laranja esquematizando o 
ectoderma e a linha em azul o 
tubo neural. 
 
1- Em seguida, o assoalho do 
diencéfalo se desloca 
inferiormente, enquanto o teto 
da cavidade oral primitiva se 
projeta superiormente. 
 
2- O ectoderma forma a bolsa 
de Rathke com sua parede 
anterior se dilatando 
(diminuindo o tamanho da 
cavidade – observe o espaço 
diminuto da bolsa de Rathke 
na figura do lado direito). 
 
3- A neuro-hipófise (parte 
nervosa) continua fixa ao 
diencéfalo por meio de um 
pedículo denominado de 
infundíbulo (composto por 
axônios provenientes de 
núcleos hipotalâmicos). 
 
4- A adeno-hipófise não tem 
conexão anatômica com o 
sistema nervoso, sendo 
constituída por três partes, a 
maior delas é denominada de 
parte distal (pars distalis), uma 
parte que circunda o 
infundíbulo denominada de 
parte tuberal (pars tuberalis), e 
uma terceira parte 
denominada de parte 
intermédia (pars intermedia). 
 
5- A neuro-hipófise e a adeno-
hipófise são separadas por 
uma pequena fissura 
(resquício da bolsa de Rathke). 
 
6- A neuro-hipófise inclui a parte 
posterior (pars nervosa), o 
infundíbulo e a eminência 
mediana (próximo ao 
túbercinério). 
 
Generalidades/Anatomia 
 
A glândula hipófise está 
localizada na fossa hipofisária 
(sela turca) do osso esfenoide. 
 
Superiormente, a hipófise é 
coberta por dura-máter, que 
forma o diafragma da sela turca. 
 
Anterior e inferiormente ela está 
relacionada aos seios 
esfenoidais, anterosuperiormente 
ao quiasma óptico e 
lateralmente aos seios 
cavernosos. 
 
A hipófise está conectada ao 
hipotálamo pelo infundíbulo, uma 
estrutura que se estende 
José Guilherme de Pinho Medeiros 
APG: Sistema Endócrino – Hipófise – SOI II 
ITPAC BRAGANÇA – MEDICINA 2º PERÍODO 
inferiormente a partir do túber 
cinéreo do hipotálamo. O 
infundíbulo não só conecta o 
hipotálamo e a hipófise 
fisicamente, mas também 
permite a passagem dos 
hormônios hipotalâmicos até a 
hipófise, ao atravessarem o 
sistema porta-hipofisário e o trato 
hipotálamo-hipofisário. 
 
A hipófise possui duas partes 
principais, a adeno-hipófise 
(porção anterior) e a neuro-
hipófise (porção posterior). Essas 
partes possuem origens 
embriológicas diferentes e, 
portanto, aparências histológicas 
e funções diferentes. 
 
 
 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. 
Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 
13 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 
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TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, 
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