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1 2 - Treinamento específico para deficientes físicos e cognitivos

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Treinamento específico para deficientes 
físicos e cognitivos
APRESENTAÇÃO
As deficiências físicas e/ou cognitivas podem ser divididas em dois grandes grupos: congênitas 
ou adquiridas. Os indivíduos com essas deficiências apresentam uma série de 
comprometimentos, disfunções e/ou déficits nos sistemas fisiológicos que impactam diretamente 
na função orgânica. Em muitas dessas deficiências, o sistema neuromotor está comprometido, 
levando os indivíduos a apresentar déficits em sua aptidão física, o que interfere em muitas 
atividades de vida diária e até mesmo em atividades esportivas. Nesse contexto, tais indivíduos 
necessitam de treinamento físico adequado com caráter individualizado que potencialize seus 
déficits a partir de suas capacidades. 
A atividade física e o esporte apresentam sabidamente impacto positivo na vida das pessoas com 
deficiência, seja em âmbito neuromotor, seja em âmbito psicossocial. Assim, o conhecimento 
das peculiaridades da prescrição de treinamento físico e suas formas de controle e 
acompanhamento proporcionam mais assertividade no programa de atividade física proposto; 
com isso, os objetivos elencados são mais facilmente atingidos por esses indivíduos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender com mais detalhes os tipos de deficiências 
físicas e cognitivas, além de definir os parâmetros de prescrição de exercícios de acordo com as 
diferentes deficiências físicas e cognitivas, as formas de controle e o acompanhamento 
necessário. Por fim, você vai conhecer o desenvolvimento de programas de treinamento 
específicos para as principais deficiências físicas e cognitivas encontradas nos esportes.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os tipos de deficiência física e cognitiva.•
Definir os parâmetros de prescrição de exercícios de acordo com as diferentes deficiências 
físicas e cognitivas, as formas de controle e o acompanhamento necessário.
•
Desenvolver programas de treinamento específicos para as principais deficiências físicas e 
cognitivas encontradas nos esportes.
•
DESAFIO
A osteoartrite (OA) caracteriza-se por ser uma doença de cunho degenerativo crônico que 
acomete principalmente as articulações dos joelhos, dos quadris, da coluna vertebral e das mãos. 
Nessa patologia, ocorre degeneração da articulação, que compreende desgaste da articulação, 
alterações no remodelamento ósseo e diminuição do líquido sinovial. Em razão da condição 
articular, a hipomobilidade articular se instala, o que costuma levar a um ciclo composto por 
episódios de inflamação, fraqueza dos músculos envolvidos nesse segmento e fragilidade de 
ligamentos e tendões, o que origina instabilidade articular e, consequentemente, desalinhamento 
articular e postural. A OA apresenta etiologia variada e está associada a rigidez, deformidade e 
dor articular e progressiva perda da função, afetando o indivíduo em múltiplas dimensões, do 
nível orgânico ao social, podendo ocasionar incapacidade funcional.
É consenso entre os profissionais da área da saúde (profissionais de Educação Física, médicos, 
fisioterapeutas, entre outros) que a atividade física e os exercícios físicos bem orientados e 
prescritos são extremante benéficos para os indivíduos com OA. Nesse contexto, os exercícios 
em cadeia cinética aberta (CCA) e cadeia cinética fechada (CCF) parecem ser os mais utilizados 
e os que apresentam mais benefícios, apesar de não haver consenso entre os pesquisadores e 
profissionais da área da saúde sobre qual dessas modalidades de exercícios seria a mais 
adequada. O que é consenso é que ambos apresentam indicação de prescrição às pessoas 
com OA. Cabe ressaltar que essa indicação ocorre a partir das condições clínicas e do aspecto 
funcional do indivíduo e da necessidade que ele apresenta no momento.
Para responder o Desafio, veja a situação a seguir:
Com base na situação exposta, responda:
a) Quais são os benefícios da atividade física e da realização de exercícios para a Senhora Maria, 
que apresenta OA?
b) Atualmente existem muitos estudos voltados à atividade física e à realização de exercícios 
a indivídos com OA. Nesse sentido, um tema que ainda suscita grandes discussões está 
relacionado à prescrição de exercícios em CCA e CCF para pessoas com OA. Crie uma tabela e 
descreva as particularidades dos exercícios em CCA e CCF e suas vantagens para esses 
indivíduos.
c) Descreva a indicação/prescrição de exercícios capazes de beneficiar indivíduos com OA na 
fase aguda e na fase crônica da doença.
INFOGRÁFICO
De maneira geral, quando se fala na palavra avaliação, pensa-se em realizar apenas testes e 
atribuir graus e, dessa maneira, classificar os indivíduos. O ato de avaliar se apresenta com um 
papel mais amplo do que apenas testar, atribuir graus e classificar. As avaliações são momentos 
únicos de perceber o indivíduo deficiente avaliado como um todo, e, dessa maneira, podem-se 
definir os parâmetros de prescrição de exercícios de maneira assertiva.
Veja, neste Infográfico, os três tipos de avaliação que fornecem subsídios e insumos para a 
prática profissional da prescrição de treinamento físico ao indivíduo com deficiência, bem como 
alguns parâmetros e considerações ao se planejar ou realizar uma avaliação física de uma pessoa 
com deficiência.
CONTEÚDO DO LIVRO
As deficiências físicas e cognitivas apresentam uma série de comprometimentos e se mostram 
das mais variadas maneiras, podendo estar presentes desde o nascimento ou ser adquiridas ao 
longo da vida. Nesse contexto, cabe a atuação interdisciplinar dos profissionais envolvidos, de 
modo a proporcionar melhor qualidade de vida e inserção social dos indivíduos 
com deficiências. 
Nesse cenário, os profissionais devem estar atentos à prescrição e à adaptação dos exercícios 
físicos, a partir de uma conduta sistematizada que inclua avaliações, parâmetros, formas de 
controle e acompanhamento de acordo com a deficiência do indivíduo e suas limitações.
No capítulo Treinamento específico para deficientes físicos e cognitivos, que faz parte da obra 
Exercício físico para populações especiais, você conhecerá os tipos de deficiências físicas e 
cognitivas e seus fatores causais, que promovem incapacidades e desvantagens ao 
indivíduo. Você também aprenderá a definir os parâmetros de prescrição de exercícios em um 
programa de treinamento específico de acordo com as diferentes deficiências físicas e 
cognitivas, as formas de controle e o acompanhamento necessário. Por fim, você aprenderá a 
desenvolver programas de treinamento específicos em relação às especificidades individuais e 
ao desporto adaptado pretendido, levando em consideração o cenário das incapacidades e 
desvantagens que refletem as principais deficiências físicas e cognitivas.
EXERCÍCIO 
FÍSICO PARA 
POPULAÇÕES 
ESPECIAIS
Diego Santos Fagundes
Treinamento específico para 
pessoas com deficiências 
físicas e cognitivas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os tipos de deficiência física e cognitiva.
  Definir os parâmetros de prescrição de exercícios de acordo com as 
diferentes deficiências físicas e cognitivas, as formas de controle e 
acompanhamento necessários.
  Desenvolver programas de treinamento específicos para as principais 
deficiências físicas e cognitivas encontradas nos esportes.
Introdução
A prática de atividade física é benéfica e de grande eficácia para a pro-
moção de saúde e bem-estar geral, o que não difere para pessoas com 
deficiências físicas e/ou cognitivas. Neste sentido, a prática de atividades 
físicas, exercícios físicos ou desportos adaptados a partir de um pro-
grama de treinamento físico especifico que inclua parâmetros, formas 
de controle e acompanhamento adequados é uma maneira de prevenir 
enfermidades secundárias à deficiência, de melhorar as funções orgânicas, 
de incrementare manter as valências físicas e de promover a integração 
social e a qualidade de vida.
Neste capítulo você conhecerá em detalhes os tipos de deficiências 
físicas e cognitivas, além dos parâmetros de prescrição de exercícios 
para cada um desses tipos e as formas de controle e acompanhamento 
necessários. Por fim, aprenderá sobre o desenvolvimento de programas 
de treinamento específicos para as principais deficiências físicas e cog-
nitivas encontradas nos esportes.
Tipos de deficiências físicas e cognitivas
O conceito mais difundido de defi ciência é descrito como a anormalidade ou 
perda de estrutura ou função fi siológica e psicológica, seja permanente ou 
temporária, levando ou não ao comprometimento cognitivo. Trata-se de um 
estado patológico que está associado à presença de anomalias ou defeitos nas 
estruturas orgânicas e/ou em seu funcionamento. As defi ciências apresentam 
fatores causais variados, determinando seu caráter congênito ou adquirido, 
e possuem variação quanto aos graus de severidade, como leve, moderada, 
grave, completa, entre outras (Quadro 1).
Fonte: Adaptado de Greguol e Costa (2013).
Natureza das deficiências Tempo
Distúrbios neurológicos: 
deterioração ou lesão 
do sistema nervoso
Distúrbios ortopédicos: 
músculos, ossos ou articulações
Congênita: presente ao nascimento
Adquirida: instalada ao longo da vida
Aguda: manifestação intensa
Crônica: sem quadro 
intenso, longa duração
Temporária: pode ser curada
Permanente: não pode ser curada
Não progressiva: não evolui
Progressiva: evolui
Quadro 1. Classificação quanto a natureza e tempo de duração do comprometimento
Os indivíduos com deficiências possuem impedimentos de longo prazo que 
podem ser físicos, mentais e/ou sensoriais e que se refletem em dificuldades e 
desvantagens. As dificuldades são descritas como restrições originadas pela 
deficiência, envolvendo uma habilidade de desenvolver tarefas ditas como 
comuns para pessoas sem deficiência. Isso costuma caracterizar uma situação 
de vulnerabilidade e/ou dependência que exige auxílio e assistência para 
assegurar o desempenho de ações necessárias à subsistência do indivíduo. Já 
as desvantagens enfrentadas pelas pessoas com deficiência dizem respeito ao 
descompasso entre a capacidade real do indivíduo e as expectativas sociais, 
refletindo-se muitas vezes em trajetórias de exclusão nos mais variados campos 
de atividades (SOUZA, 2007).
Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas2
Em sua maioria, as deficiências envolvem condições que afetam o sistema 
neurológico e levam a problemas motores, como em: paralisia cerebral, lesões 
medulares, síndrome de Down, autismo, esclerose múltipla, entre outras. 
Além disso, costumam acometer diferentes regiões corporais, como membros 
superiores, membros inferiores e coluna, sendo que cada região pode ter suas 
estruturas específicas afetadas, como ossos, músculos, ligamentos, tendões 
ou cartilagens (Quadro 2) (GREGUOL; COSTA, 2013).
Fonte: Adaptado de Greguol e Costa (2013).
Tipos de deficiência Comprometimentos Exemplos
Deficiência mental Padrões diferenciados 
de desenvolvimento 
afetivo, cognitivo 
e motor
Síndrome de Down; 
autismo; traumatismo 
crânio-encefálico; 
demências; transtorno 
do deficit de atenção e 
hiperatividade (TDAH)
Deficiência física Promovem 
alterações de origem 
osteomusculotendinosas
Paralisia cerebral; 
amputados; lesados 
medulares, deficiências 
relacionadas 
aos sistemas 
osteomusculotendinosos 
(p. ex.: artropatias)
Quadro 2. Deficiências mais comuns e comprometimentos
Independente da deficiência apresentada, a prática de atividades físicas 
nesses casos oferece benefícios para a manutenção de um estilo de vida mais 
ativo e saudável e colabora como meio de reabilitação física e psicológica. A 
prática de atividades físicas por pessoas com deficiência proporciona inde-
pendência e reduz os danos advindos da mobilidade reduzida, atuando ainda 
como fator protetor quanto aos processos degenerativos. Cabe ressaltar que a 
aderência a programas de exercícios físicos por pessoas com deficiência tem 
seus benefícios potencializados quando o ambiente é acolhedor, estimulante e 
voltado ao desenvolvimento individual e à exploração das habilidades físicas 
presentes (LEHNHARD; MANTA; PALMA, 2012).
3Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas
Cada deficiência apresenta uma série de especificidades, como dificuldades 
de coordenação, manutenção de equilíbrio e mobilidade, sendo que as ativi-
dades físicas podem ser adaptadas e proporcionar a inserção da pessoa com 
deficiência no desporto, como já observado em diversas modalidades, como 
natação, futebol, judô, atletismo, entre outros. A prática de exercícios físicos 
auxilia na manutenção da postura, por meio de exercícios de fortalecimento e 
propriocepção (o que também é benéfico para pessoas com deficiência visual). 
Os indivíduos com deficiência física também podem participar de modalidades 
esportivas adaptadas, como o vôlei sentado e o basquete em cadeira de rodas. 
Neste sentido, cabe ao educador físico adequar a prática esportiva e prescrever 
um treinamento específico para cada condição.
Além da deficiência física, temos também a deficiência mental e/ou inte-
lectual, descrita como uma redução do funcionamento intelectual que leva à 
limitação da capacidade de resposta e adaptação às demandas da sociedade. 
Tal deficiência caracteriza-se como um transtorno do desenvolvimento e 
não necessariamente uma alteração cognitiva. Nesse contexto, a prática de 
exercícios aeróbicos em um ambiente estruturado e adaptado às limitações 
de cada indivíduo permite reduzir o risco de desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares e obesidade.
Indivíduos com deficiência intelectual também manifestam desequilíbrios 
musculares, que podem ser minimizados pela prática de exercícios de força 
(isométricos ou isotônicos). Ademais, podem ser utilizados exercícios de alonga-
mento para ampliar seus movimentos articulares (flexibilidade) e reduzir sua dor 
muscular e espasticidade (KISNER; COLBY, 2016; GREGUOL; COSTA, 2013).
Parâmetros de prescrição de exercícios e formas 
de controle e acompanhamento
Uma atividade física pode ser defi nida como qualquer movimento produzido 
pelos músculos que resulte em maior dispêndio energético. Sua prática por 
pessoas com defi ciências deve ser incrementada respeitando-se o potencial 
biológico individual, podendo ser realizadas atividades regulares estritamente 
esportivas, de desenvolvimento e/ou lazer. Atividades desse tipo devem ser 
incentivadas desde a infância e adolescência, e continuadas na vida adulta, a 
fi m de melhorar a qualidade de vida em todas as etapas de desenvolvimento.
Quando praticam atividades físicas e esportivas, pessoas com deficiência 
têm a oportunidade de desafiar seus limites e explorar seu potencial, além 
de minimizarem enfermidades secundárias à deficiência e se integrarem 
Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas4
socialmente (CARDOSO, 2011). Por meio de ações motoras, o exercício fí-
sico em geral é a base de preparação do indivíduo para a prática de qualquer 
modalidade esportiva. Tal avanço deve seguir um processo sequencial, res-
peitando o aperfeiçoamento paulatino das valências físicas individuais de 
acordo com as características desportivas. Assim, deve-se partir de ações 
pré-estabelecidas para atingir uma necessidade específica com possibilidade 
de controle e mensuração.
A fim de prevenir lesões musculares, desconforto e/ou acidentes, a pres-
crição de exercícios deve ser feita de forma individual. Nesse contexto, a 
aptidão física para realizar as atividades desportivas é definida por meio de 
componentes relativos à saúde, como resistência cardiorrespiratória, força 
muscular e flexibilidade, e por meio de componentes relativos ao desempenho 
motor, como força, potência, agilidade, coordenação e equilíbrio. Como o 
sistema motor requer um longo períodode adaptação, a progressão de estímulos 
deve ser lenta para que ocorra a recuperação e preparação ao treinamento 
(GOMES, 2009).
Para a prática adequada de atividades físicas, é preciso que diversos ele-
mentos corporais estejam em sintonia. O primeiro deles é o equilíbrio, que 
consiste na habilidade de manter os segmentos do corpo alinhados contra a 
gravidade de maneira estática e/ou dinâmica a partir da ação integrada dos 
sistemas sensorial e motor. Já a coordenação motora exige o sequenciamento dos 
comandos que ditam a contração muscular desde o preparo para o movimento 
até sua efetivação de maneira suave e precisa. Por sua vez, a flexibilidade é a 
capacidade de movimento livre, sem restrições. O preparo cardiorrespiratório, 
também descrito como resistência à fadiga, é a habilidade de execução dos 
movimentos repetidamente com baixa intensidade. Por fim, o desempenho 
muscular é a capacidade dos músculos de produzir tensão e movimentos.
Os exercícios para pessoas com problemas neuromusculares e de desen-
volvimento devem abranger:
  condicionamento e/ou recondicionamento aeróbico;
  treinamento muscular de força, potência e resistência à fadiga;
  alongamentos;
  treinos de percepção e de estabilização com exercícios de equilíbrio;
  treino de agilidade.
A prescrição de cada um desses elementos de ser feita de modo especí-
fico para cada tipo de deficiência. Vale ressaltar que a deficiência de um ou 
mais sistemas, de funções físicas separadas ou associadas, pode resultar 
5Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas
em limitações. Os exercícios devem então ser cuidadosamente prescritos, 
envolvendo a aplicação de cargas e forças físicas de modo controlado, 
gradativo e seguro para reduzir os comprometimentos físicos e melhorar 
a função (KISNER; COLBY, 2016). O Quadro 3 apresenta uma descrição 
abrangente da terminologia usada na configuração de treinamento físico.
Fonte: Adaptado de Kisner e Colby (2016).
Princípios do treinamento Descrição 
Intensidade Carga do exercício (resistência)
Velocidade Velocidade em que o exercício é executado
Volume Número total de repetições 
e séries em um treino
Intervalo Tempo de recuperação entre 
séries e sessões de exercício
Frequência Número de sessões de exercícios 
por dia e/ou por semana
Duração Tempo total do programa de treinamento
Tipo Via metabólica solicitada 
(aeróbica ou anaeróbica)
Periodização Mudança de intensidade e volume durante 
períodos específicos do treinamento
Quadro 3. Determinantes para a prescrição de treinamento
Antes do início dos exercícios, são necessários procedimentos de avaliação, 
tal como os testes. Geralmente, os testes são aplicados de maneira universal 
em pessoas sem deficiências, mas isso não exclui a possibilidade de adaptações 
de acordo com as necessidades individuais. Para exemplificar o uso de testes 
como recurso avaliativo, podemos citar a avaliação de força por meio do Teste 
de Impulsão Horizontal, cujo objetivo é medir a potência dos membros infe-
riores no plano horizontal. O teste é realizado utilizando-se uma fita adesiva e 
uma fita métrica e/ou trena. O indivíduo sob avaliação deve partir da posição 
ortostática, pés paralelos com pequeno afastamento lateral, devendo saltar de 
Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas6
trás da linha de partida a maior distância possível para frente com a impulsão 
da flexão de pernas e balanço dos braços. O mesmo teste pode ser aplicado 
para pessoas com deficiência mediante adaptações.
No caso específico de pessoas com deficiências visuais, é necessário descrever 
verbalmente o movimento a ser realizado de maneira fracionada, explicando 
todas as etapas a serem realizadas pelo avaliado, o qual será posicionado na 
posição inicial pelo avaliador. Para pessoas com deficiências auditivas ou pessoas 
surdas, se faz necessária uma demonstração visual do movimento a ser realizado, 
podendo ser explicado através da Libras. Caso o avaliado apresente deficiência 
intelectual, o teste permanece o mesmo, sendo necessário repetir a explicação 
de maneira detalha, a fim de assegurar a compreensão dos movimentos a serem 
executados. No caso de deficiências físicas, temos variações de acordo com as 
limitações envolvidas: para avaliados que apresentam amputações de membros 
inferiores, deve-se realizar o teste com o auxílio de próteses ou órteses; já em 
caso de amputações de membros superiores, o teste não sofre alteração, mas 
pode ter perda no desempenho, devido à ausência do impulso pelo balanço 
dos braços. Já os comprometimentos que requerem o uso de cadeira de rodas 
inviabilizam o teste (GORLA; CAMPANA; OLIVEIRA, 2009).
A partir da interpretação correta dos testes aplicados, os exercícios podem 
ser então prescritos, especificando-se sua intensidade, duração, frequência 
da atividade e progressão. Os exercícios de intensidade moderada podem ter 
uma frequência maior de execução (mais sessões) do que os exercícios com 
intensidade vigorosa. A intensidade deve ser determinada de acordo com o 
nível de condicionamento do indivíduo (sedentários, por exemplo, devem 
começar com exercícios de intensidade moderada e uma frequência maior 
com duração gradativa).
De acordo com o ganho de condicionamento, o indivíduo pode aumentar 
o período de trabalho na execução dos exercícios. Para exercícios de forta-
lecimento, o programa deve conter baixa resistência (carga) e maior número 
de repetições. Além disso, também podem ser empregados exercícios utili-
zando pesos em aparelhos e livres, polias e programas de circuitos (exercícios 
combinados). No início do treinamento, as cargas impostas devem permitir 
a realização do exercício de maneira confortável entre 12 a 15 repetições; 
com o ganho de força, as cargas devem ser aumentadas gradativamente e a 
frequência de treinamento pode variar de 2 a 3 dias por semana.
Uma vez estabelecidos os critérios para execução do exercício, devemos 
estipular sua progressão. A progressão do exercício permite introduzir 
um indivíduo em uma atividade física e ajudá-lo a avançar de um nível de 
7Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas
intensidade leve a moderada para níveis de intensidade vigorosa, não o con-
trário (realizar uma caminhada antes de inserir uma corrida, por exemplo). 
Para a progressão, também é indicado iniciar com uma atividade leve ou 
moderada e aumentar o tempo de execução e a frequência de treino antes 
de aumentar a sua intensidade; assim, com o ganho de condicionamento, 
é indicada a progressão do exercício em aproximadamente 10% do tempo 
executado (POWERS, 2017).
Programas de treinamento para diferentes 
deficiências físicas
Paralisia cerebral
Também conhecida como encefalopatia crônica da infância, a paralisia 
cerebral é um comprometimento não progressivo que afeta a motricidade 
devido a uma lesão ou mau funcionamento cerebral, levando a falta de 
coordenação e controle dos movimentos e postura corporal. Suas sequelas, 
mesmo que não progressivas, resultam em comprometimentos permanentes 
que podem ser classifi cados em três níveis, leve, moderado e grave, de acordo 
com as limitações. A paralisia cerebral apresenta ainda outras subclassifi -
cações quanto a topografi a, local da lesão e sequelas. O Quadro 4 exibe as 
classifi cações topográfi cas.
Fonte: Adaptado de Teixeira (2008).
Topografia Acometimento
Monoplegia Total ou parcial de apenas um membro
Paraplegia Total ou parcial dos membros inferiores
Hemiplegia Total ou parcial de um lado do corpo/hemicorpo
Quadriplegia Total ou parcial dos quatro membros
Diplegia Dos quatro membros, sendo os inferiores mais afetados
Dupla plegia Dos quatro membros, sendo um hemicorpo mais afetado
Quadro 4. Classificação topográfica de acometimento
Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas8
Para pessoas com deficiência, as cadeiras de rodas são consideradas parte do corpo 
de quem as utiliza. Assim,lembre-se de, sempre que possível, perguntar se pode 
encostar, empurrar ou mesmo tocar na cadeira de rodas que a pessoa está utilizando.
Em termos de locais da lesão, a paralisia cerebral pode ser subdividida em:
  Espástica: causada por lesões na região piramidal, afeta fibras aferentes 
e leva a hipertonia da musculatura.
  Atetoide: causada por lesões na região dos gânglios da base, leva a 
movimentos involuntários com tônus muscular flutuante.
  Atáxica: causada por lesões no cerebelo, leva a problemas relacionados 
com o equilíbrio e hipotonia muscular.
Além das classificações já descritas, é comum encontrar outras caracte-
rísticas associadas a essa deficiência, como:
  Hiper-reflexia: alguns reflexos exacerbados ou persistentes.
  Distúrbios na coordenação motora: comum a todos os casos, mas em 
diferentes níveis. Padrões básicos de movimentos são conquistados em 
tempo e forma diferente.
  Estrabismo: alteração comum, ocorre devido à falta de coordenação da 
musculatura extraocular.
  Dificuldade na fala: alteração comum que ocorre em grau variado.
  Crises convulsivas: em alguns casos.
  Distúrbios de deglutição: dificuldade em engolir e presença de sialorreia 
(babar).
  Problemas perceptivos: relacionados à acuidade auditiva e visual, reduz 
a percepção postural.
  Distração: deficit relacionado a ajustes psicológicos.
No programa de exercícios para indivíduos com paralisia cerebral, devem 
ser priorizadas as habilidades motoras, enfatizando atividades de locomoção 
e estabilização. Sua aptidão física pode ser comprometida pelo tônus muscular 
aumentado, o que limita o desempenho em atividades submáximas. Nos casos mais 
graves, se faz necessário o uso de cadeira de rodas e de órteses para estabilização 
e controle postural.
9Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas
Deficiência visual
A defi ciência visual é descrita como perda parcial (baixa visão ou visão sub-
normal) ou completa (cegueira) da capacidade visual em ambos os olhos, com 
perda ou limitação do desempenho habitual. Seu maior comprometimento diz 
respeito aos conceitos espaciais de localização, distância e posição. Em alguns 
casos, a defi ciência visual vem associada a manifestações como paralisia 
cerebral e defi ciência mental, nos casos congênitos.
Nesse contexto, a proposta de exercício físico deve contemplar ajustes 
nos espaços onde são realizadas as atividades. Além disso, o indivíduo deve 
conhecer o ambiente para evitar eventuais acidentes. As informações ver-
bais devem ser claras e objetivas, e informações táteis podem ser usadas em 
diferentes situações de movimentos, sempre mantendo contato através de 
comandos verbais.
Pessoas com deficiências visuais praticantes de modalidades esportivas 
acabam sendo agrupadas por categorias de acordo com o grau de comprome-
timento da acuidade visual de cada atleta. Está classificação esportiva para 
indivíduos com deficiência visual é descrita em quatro grupos:
  B1— totalmente cegos, mas que podem ter a percepção da luz sem 
reconhecer o formato das mãos a qualquer distância;
  B2 — percebem as formas das mãos, porém sua acuidade não é superior 
a 20/600 pés;
  B3 — acuidade visual de 20/599 até 20/200 pés;
  Visão Parcial — acuidade entre 20/199 e 20/70 pés.
Esta classificação leva em consideração ambos os olhos após a tentativa 
e/ou uso da melhor correção para o indivíduo (tal como o uso de óculos de 
grau) (TEIXEIRA, 2008).
Outra modalidade esportiva bastante praticada por pessoas com deficiências 
visuais é o judô. A versão para esses indivíduos difere pouco da convencional 
(poucas adaptações). No início da luta, os atletas seguram no quimono um do 
outro e o contato deve ser mantido ao longo da disputa, sendo interrompida 
em caso da perda de contato. Neste esporte, os judocas são classificados como 
B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem), e agrupados 
em categorias por peso.
No judô, o treinamento deve ser direcionado para noções de orientação 
espacial, pois com a perda ou comprometimento do captor visual temos com-
Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas10
prometimento da percepção do corpo em relação ao espaço, ou seja, o atleta 
com deficiência visual terá dificuldade da percepção do tempo de queda, 
podendo vir a se lesionar (GORLA; ALMEIDA, 2007).
Deficiência mental
Em sua maioria, as atividades físicas para esta população estão voltadas para pro-
postas terapêuticas e de aprimoramento de habilidades motoras. Assim, a inserção 
de pessoas com defi ciências mentais em tais práticas ocorre de acordo com sua 
capacidade preservada e os comprometimentos apresentados. As propostas são 
elaboradas contendo poucas informações por vez e sempre de maneira objetiva. 
Uma tarefa motora pode ser ensinada de diversas maneiras através da demons-
tração e explicação dos movimentos, em ambiente com pouca possibilidade de 
distração, garantindo a concentração do indivíduo e a certeza da compreensão. 
Os indivíduos com comprometimento cognitivo mais grave requerem atividades 
fragmentas, com poucas informações e maior número de repetições. Desse modo, 
a evolução dos gestos e movimentos deve transcorrer somente após assimilação 
do exercício anterior, evitando a sobrecarga de informações.
Para pessoas que apresentam deficiência cognitiva/intelectual envolvendo o sistema 
nervoso central, espera-se que haja dificuldades relacionadas a capacidades motoras. 
Assim sendo, a prescrição de um programa de treinamento adequado para esses indiví-
duos deve respeitar esse nível de capacidade, mas também priorizar caminhos que levem 
ao seu desenvolvimento. Eis alguns exemplos de atividades (GREGUOL; COSTA, 2013):
  Tarefas que estimulam seu tempo de reação e de escolha, exigindo respostas 
diferentes de acordo com o estimulo solicitado (“Se eu levantar a bola vermelha, 
você corre; se eu levantar a bola azul, você senta!”).
  Tarefas que estimulam sua agilidade ao solicitar rápidos ajustes locomotores 
(como se abaixar e, em seguida, levantar e saltar e, na sequência, correr).
  Tarefas que estimulam seu equilíbrio, ao explorar o reajuste e controle posturais 
(como manter-se num pé só e arremessar ou receber uma bola sem tocar o 
outro pé no chão).
Outra questão que pode influenciar na execução do programa de exercícios 
é a instabilidade emocional dos indivíduos, podendo apresentar quadros de 
agressividade, crises de choro e/ou embotamento (TEIXEIRA, 2008).
11Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas
Em meio às diferentes deficiências encontradas e aos diferentes tipos de 
comprometimentos manifestados, o desporto adaptado surge com o objetivo 
de auxiliar na reabilitação física, psicológica e social dos indivíduos com 
algum tipo de deficiência. A prática envolve modificações e adaptações em 
regras, materiais e locais para a participação de pessoas com deficiências em 
diferentes modalidades (Quadro 5) (CIDADE; FREITAS, 2002).
Fonte: Adaptado de Benfica (2012).
Modali-
dades
Características Exemplos
Atletismo Adaptado com o uso de cadeira de rodas, 
próteses ou atleta-guia
Deficiências físi-
cas e sensoriais
Basquete 
em cadeira 
de rodas
Os atletas se locomovem com cadeiras de 
rodas adaptadas e padronizadas
Lesados 
medulares
Bocha Sem grandes mudanças nas regras, permite 
o uso de cadeira de rodas, mãos e pés
Paralisia cerebral
Canoagem Com caiaques adaptados, possui categorias 
de acordo com os comprometimentos 
funcionais: 1º o atleta utiliza braços, tronco 
e pernas para auxiliar na remada; 2º o atleta 
utiliza apenas o tronco e braços; e 3º o atleta 
utiliza apenas o movimento dos braços
Lesados 
medulares 
Futebol 
de cinco 
e sete
Quadra adaptada, bola com guizos para iden-
tificação, torcida pode apenas comemorar os 
gols e presença de guia próximo do gol
Deficiências 
visuais
Judô A luta inicia com contato e tem como crité-
rio sua permanência
Deficiências 
visuais
Vôleisentado
Adaptação no tamanho da quadra e altura 
da rede
Amputados 
e outras defi-
ciências que 
levem ao uso da 
cadeira de rodas
Quadro 5. Algumas modalidades esportivas adaptadas e exemplos de deficiências
A partir dos aspectos abordados neste capítulo, é possível garantir para 
a população com deficiências físicas e cognitivas a prática e prescrição de 
Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas12
exercício físico em amplo sentido, tanto na perspectiva que propicie benefícios 
terapêuticos quanto para o desporto e/ou lazer. Os indivíduos com deficiências, 
sejam elas físicas ou cognitivas, podem participar de várias modalidades 
esportivas quando são levadas em consideração suas limitações funcionais 
e as adequações na modalidade praticada, mediante adaptação de regras, 
espaços físicos adequados e utilização de materiais e recursos adaptados e 
adequados à prática desportiva, garantindo desta maneira o desenvolvimento 
de suas potencialidades.
A prescrição de exercícios para indivíduos com deficiências deve ser pen-
sada a partir do tipo de deficiência e quais suas características patofisiológicas, 
isso sem esquecer da finalidade do treinamento em relação às especificidades 
individuais e ao desporto pretendido. Como recurso avaliativo, por muitas 
vezes, podem ser empregados testes adaptados com objetivos distintos. A 
iniciação da pessoa com deficiência em esportes e na prática de exercícios 
físicos proporciona ganhos motores, além de implicar em benefícios socioe-
mocionais a partir de sua inserção e valorização na sociedade.
Visitando o portal do Comitê Paralímpico Brasileiro, você poderá descobrir mais sobre 
as modalidades esportivas praticadas por pessoas com deficiências físicas e cognitivas 
e ficará por dentro das principais notícias relacionadas ao desporto adaptado no Brasil.
http://www.cpb.org.br/
BENFICA, D. T. Esporte paralímpico: analisando suas contribuições nas (re)significações 
do atleta com deficiência. 2012. Dissertação (Mestrado em Educação Física) — Uni-
versidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2012. Disponível em: http://www.locus.ufv.br/
bitstream/handle/123456789/3473/texto%20completo.pdf?sequence=1&isAllowed=y. 
Acesso em: 16 jul. 2019.
CARDOSO, V. D. A reabilitação de pessoas com deficiência através do desporto adap-
tado. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 33, n. 2, p. 529–539, 2011. Disponível em: 
https://www.redalyc.org/pdf/4013/401338556017.pdf. Acesso em: 16 jul. 2019.
13Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas
CIDADE, R. E.; FREITAS, P. S. Educação física e inclusão: considerações para a prática 
pedagógica na escola. Revista Integração, v. 14, p. 27–30, 2002.
GOMES, A. C. Treinamento desportivo. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GORLA, J. I.; ALMEIDA, J. J. G. A expressão de uma atividade esportiva: o desporto para 
cegos. Conexões, v. 5, n. 1, p. 108–113, 2007.
GORLA, J. I.; CAMPANA, M. B.; OLIVEIRA, L. Z. Teste e avaliação em esporte adaptado. 
São Paulo: Phorte, 2009.
GREGUOL, M.; COSTA, R. F. (org.). Atividade física adaptada: qualidade de vida para 
pessoas com necessidades especiais. 3. ed. Barueri: Manole, 2013.
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6. ed. Barueri: 
Manole, 2016.
LEHNHARD, G. R.; MANTA, S. W.; PALMA, L. E. A prática de atividade física na história 
de vida de pessoas com deficiência física. Journal of Physical Education, v. 23, n. 1, p. 
45–56, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/refuem/v22n1/a05v22n1.pdf. 
Acesso em: 17 jul. 2019.
POWERS, S. K. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao de-
sempenho. 9. ed. Barueri: Manole, 2017.
SOUZA, J. M.; CARNEIRO, R. Universalismo e focalização na política de atenção à pessoa com 
deficiência. Saúde e Sociedade, v. 16, n. 3, p. 69–84, 2007. Disponível em: https://www.scielosp.
org/scielo.php?pid=S0104-12902007000300007&script=sci_arttext. Acesso em: 17 jul. 2019. 
TEIXEIRA, L. Atividade física adaptada e saúde da teoria à prática. São Paulo: Phorte, 2008.
Leituras recomendadas
LANCHA JÚNIOR, A. H.; LANCHA, L. O. (org.). Avaliação e prescrição de exercícios físicos: 
normas e diretrizes. Barueri: Manole, 2016.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e 
desempenho humano. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
Treinamento específico para pessoas com deficiências físicas e cognitivas14
DICA DO PROFESSOR
As funções neurovegetativas são regidas por centros medulares e encefálicos, e, nesse 
sentido, nas lesões da medula espinal, são comuns distúrbios e déficits de diversos sistemas 
fisiológicos, os quais têm impacto na função orgânica, em especial na função motora.
Nesta Dica do Professor, serão apresentadas algumas sequelas funcionais derivadas da lesão 
medular que apresentam implicações relacionadas à prática do treinamento físico e esportivo.
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EXERCÍCIOS
1) A paralisia cerebral é um comprometimento que afeta a motricidade devido a uma 
lesão cerebral, a qual leva à falta de coordenação e de controle motor de acordo com 
o local da lesão, alterações estas que devem ser levadas em consideração quando da 
prescrição do treinamento físico. No que concerne à paralisia cerebral, qual tipo é 
causado por lesões no cerebelo e qual tipo é causado por lesões na região piramidal, 
respectivamente?
A) Atáxica e espástica.
B) Espástica e atetoide.
C) Atetoide e espástica.
D) Espástica e atáxica.
E) Atetoide e atáxica.
2) Com relação à prática de esportes para pessoas com diferentes tipos de deficiência, 
sabe-se que a adaptação do desporto tem como objetivo contemplar tipos específicos 
de deficiências, pois existem as adaptações necessárias à plena participação dessas 
pessoas. Diante dessa assertiva, considere quais modalidades requerem o uso da 
cadeira de rodas como meio de locomoção.
A) Futebol e vôlei sentado.
B) Judô e bocha.
C) Bocha e vôlei sentado.
D) Atletismo e futebol.
E) Atletismo e bocha.
3) A deficiência visual é definida como perda parcial (baixa visão) ou completa 
(cegueira) da capacidade visual de ambos os olhos, apresentando limitação do 
desempenho habitual. Nesses indivíduos, um maior grau de comprometimento diz 
respeito aos conceitos espaciais em razão da baixa visão ou de sua perda total. Na 
prática desportiva, elementos sensitivos e sinais sonoros são utilizados como artifícios 
no processo de ensino e treinamento esportivo. Nesse sentido, a utilização de 
elementos sensitivos e sinais sonoros visa a contemplar o desenvolvimento de qual das 
aptidões físicas descritas a seguir?
A) Equilíbrio e orientação.
B) Flexibilidade e força.
C) Coordenação e desempenho muscular.
D) Preparo cardiorrespiratório e flexibilidade.
E) Desempenho muscular e força.
4) A prescrição de treinamento físico requer um olhar atento às especificidades 
alcançadas no treino, como, por exemplo, seus efeitos e as demandas 
neuromusculares. Nesse contexto, qual é o princípio de treinamento que se 
caracteriza pela mudança de intensidade e volume no treinamento e qual princípio 
caracteriza o número de sessões de treinamento de exercícios (diários ou semanais), 
respectivamente?
A) Velocidade e frequência.
B) Volume e periodização.
C) Duração e tipo.
D) Intervalo e periodização.
E) Periodização e frequência.
A prescrição de treinamento físico requer um olhar atento às especificidades 
alcançadas no treino, aos seus efeitos e às demandas neuromusculares. Nesse 
contexto, associe as duas colunas, correlacionando os determinantes para a 
prescrição de exercícios com suas respectivas definições.
Em seguida, assinale a alternativa que representa a sequência correta.
(1) Velocidade 
(2) Frequência 
(3) Periodização 
(4) Tipo 
(5) Intensidade
5) 
( ) Via metabólica solicitada (aeróbia ou anaeróbia). 
( ) Mudança de intensidade e volume durante períodos específicosdo treinamento. 
( ) Número de sessões de exercícios por dia e/ou por semana. 
( ) Velocidade em que o exercício é executado. 
( ) Carga do exercício (resistência).
A) 5 – 2 – 1 – 3 – 4.
B) 4 – 3 – 2 – 5 – 1.
C) 4 – 3 – 2 – 1 – 5.
D) 5 – 2 – 3 – 4 – 1.
E) 3 – 2 – 1 – 5 – 4.
NA PRÁTICA
Para que se possam definir os parâmetros de prescrição de exercícios de maneira mais assertiva 
em razão das diferentes deficiências, sejam elas físicas e/ou cognitivas, é necessário ter o 
conhecimento das nuanças da avaliação relacionada à dimensão de aptidão física e de saúde do 
indivíduo. Somente assim, após avaliação de sua aptidão física e a relação com o necessário 
para a prática esportiva e o desempenho atlético desejado, é possível prescrever o programa de 
exercícios e também acompanhar controlar e a evolução do indivíduo no que tange à sua aptidão 
física e à sua desenvoltura na prática esportiva. 
A aptidão física refere-se às condições que propiciam que o indivíduo seja submetido a 
situações que envolvem esforços físicos. Nesse sentido, a aptidão física pode ser dividida em 
dois grupos: o primeiro relacionado à saúde (resistência cardiorrespiratória, força muscular e 
flexibilidade), e o segundo relacionado ao desempenho motor (velocidade, potência, agilidade, 
coordenação e equilíbrio). É importante salientar que os elementos de ambos os grupos são 
necessários para o desempenho atlético do indivíduo.
Veja, Na Prática, como foi realizado um teste em uma pessoa com síndrome de Down que 
compõe uma avaliação para aptidão física.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Treino em casa para cadeirantes — exercícios na cadeira de rodas
Neste vídeo, você vai ver uma variedade de exercícios com foco em melhora da postura, 
endurance e mobilidade voltados para os deficientes físicos cadeirantes em uma perspectiva de 
treinamento em casa (domiciliar).
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Treinamento de corrida para deficiente visual
Neste vídeo, você verá algumas etapas do treinamento proposto, desde o reconhecimento do 
espaço de treino até o treinamento específico com técnicas voltadas para a corrida. Além disso, 
tomará conhecimento da utilização dos estímulos sonoros e táteis que guiam o atleta nas 
diversas etapas do treinamento.
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Programa Especial — jiu-jítsu adaptado para pessoas com deficiência
Assista, neste vídeo, a entrevistas e considerações sobre os praticantes de jiu-jítsu com 
deficiência mental e/ou física e sua adaptação para a prática do esporte.
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O processo de institucionalização do esporte para pessoas com deficiência no Brasil: uma 
análise legislativa federal
Neste artigo, você vai ver uma análise sobre as normativas legais que orientaram a conformação 
das estruturas organizacionais no campo esportivo direcionadas às pessoas com deficiência no 
Brasil.
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Benefícios do treinamento funcional para o equilíbrio e a propriocepção de deficientes 
visuais
Leia, neste artigo, os efeitos do treinamento funcional sobre a propriocepção e o equilíbrio de 
pessoas com deficiência visual (cegueira total e baixa visão).
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Ensino de futsal para pessoas com deficiência intelectual
Este artigo descreve uma árvore de decisão que constitui o alicerce do programa de intervenção, 
além de uma diretriz para as tomadas de decisões básicas do jogo.
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