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Aula do dia 21-03-2022

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ESTRADAS II
21/03/2022
Pintura de Ligação
Pintura de Ligação
PINTURA DE LIGAÇÃO
 Consiste na aplicação de ligante asfáltico sobre a superfície da base,
revestimento asfáltico ou pavimento intertravado
 Norma DNIT 145/2012-ES
A fresagem consiste no corte de
uma ou mais camadas de
um pavimento asfáltico por
intermédio de processo mecânico
a frio.
A finalidade da fresagem é a
remoção de pavimentos antes da
execução de novo revestimento
dos mesmos.
PINTURA DE LIGAÇÃO
FUNCÕES
 Promover aderência entre o revestimento asfáltico e a camada subjacente
 Impermeabilizar a base ou camada subjacente ao revestimento previsto.
PINTURA DE LIGAÇÃO
 O ligante asfáltico não deve ser distribuído (espalhado na camada do
pavimento) quando:
I. Temperatura ambiente for menor que 10ºC
II. Dias de chuva
III. Superfície a ser pintada apresentar excesso de umidade
PINTURA DE LIGAÇÃO
 O ligante asfáltico indicado, de um modo geral, será:
I. RR-1C (Norma DNIT 145/2012-ES)
II. RR-2C
 Existem outras que podem ser usadas:
I. RM-1C
II. RM-2C
PINTURA DE LIGAÇÃO
 A ruptura e a cura são fenômenos intrínsecos e consecutivos presentes nos
serviços feitos com Emulsões Asfálticas.
 As etapas de ruptura e cura são etapas diferentes, ou seja, para que a cura
se inicie é necessário que tenha ocorrido a ruptura.
PINTURA DE LIGAÇÃO
 Nas misturas asfálticas a frio, a Emulsão Asfáltica faz o papel de ligante
asfáltico, onde as esferas de CAP são separadas da água pela ação de
quebra da emulsão. Essa separação é conhecida no meio rodoviário como
ruptura da emulsão asfáltica.
PINTURA DE LIGAÇÃO
 A ruptura nada mais é do que a quebra da estabilidade química do sistema
CAP-emulsificante-água. Esta quebra se dá devido à ação de neutralização
das cargas elétricas que mantêm o sistema.
 Essa neutralização é propiciada pelo contato da Emulsão com os materiais
pétreos que compõem o serviço proposto a realizar.
PINTURA DE LIGAÇÃO
 Quando se realiza o serviço de pintura de ligação, onde a Emulsão
recomendada é a RR-1C, a ruptura se inicia com o contato da Emulsão com
a superfície a ser pintada e se conclui em poucos minutos depois de sua
aplicação.
PINTURA DE LIGAÇÃO
 Quando sei se a pintura de ligação rompeu?
Quando a emulsão passa da cor marrom escuro para preta
PINTURA DE LIGAÇÃO
 No caso das pinturas de ligação, a cura consiste na evaporação da água
com a formação de uma película de CAP depositada sobre a superfície que
recebeu a pintura.
PINTURA DE LIGAÇÃO
 Vale a pena ressaltar, que no caso das pinturas de ligação, a água do
sistema é oriunda apenas da Emulsão.
 O processo de cura, por consistir na evaporação da água, é influenciado
pelas condições climáticas adversas como umidade relativa, baixa
temperatura e chuva eminente
PINTURA DE LIGAÇÃO
 A pintura quando rompida está apta a receber a capa?
Não. Para a aplicação da capa sobre a área que recebeu a pintura é necessário que se
aguarde a cura da emulsão, ou seja, que a água evapore e que fique apenas a película
de CAP sobre a área pintada.
PINTURA DE LIGAÇÃO
 A taxa recomendada de ligante asfáltico residual é de 0,3 l/m² a 0,5 l/m²
 Antes da aplicação, a emulsão deve ser diluída na proporção 1:1 com água,
a fim de garantir uniformidade na distribuição desta taxa residual
 A taxa de aplicação de emulsão diluída é da ordem de 0,8 l/m² a 1,0 l/m²
PINTURA DE LIGAÇÃO
 Para a varredura da superfície a ser pintada usam-se:
I. Vassouras mecânicas rotativas
II. Vassouras comuns
III. Ar comprimido
PINTURA DE LIGAÇÃO
PINTURA DE LIGAÇÃO
 Executar a pintura de ligação na pista inteira, se for possível executá-la em
um mesmo turno, ou fazer meia-pista
 Não permitir o tráfego sobre a pintura já executada
PINTURA DE LIGAÇÃO
 A aplicação será executada através de:
I. Caminhão espargidor
II. Espargidor manual (caneta)
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 O revestimento asfáltico do pavimento deve apresentar as seguintes qualidades
para cumprir com as suas funções:
I. Deve ser uma camada resistente ao intemperismo (ou ao
desgaste) causado pelo clima;
II. Ser uma camada impermeável para proteger a si mesma e as camadas
inferiores do pavimento;
III. Deve ser uma camada resistente aos carregamentos gerados pelo tráfego
de veículos
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Para se obter uma camada de revestimento asfáltico ou de rolamento de
qualidade é necessário:
I. Um projeto adequado da estrutura do pavimento, ou seja, uma
definição técnica das espessuras de cada camada do pavimento
II. Um projeto adequado de dosagem da mistura asfáltica utilizada
como camada de revestimento
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Inicialmente, é feita a dosagem da mistura asfáltica no laboratório, determinando as
proporções exatas do ligante asfáltico e dos agregados que deverão ser misturados
OBS.: Fíler (ou material de enchimento) é o material onde pelo menos 65% das partículas possuem diâmetro menor que 0,075 mm.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Na sequência, a mistura asfáltica do ligante asfáltico com o agregado é realizada
em uma usina em larga escala
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Em seguida, a mistura asfáltica produzida na usina é transportada para pista por
meio de um caminhão
 O caminhão despeja a mistura asfáltica na máquina vibroacabadora, a qual gera
uma camada asfáltica não compactada sobre a base do pavimento
 Finalmente, a camada asfáltica gerada pela máquina vibroacabadora sobre a base
do pavimento é compactada com rolos pneus ou rolos lisos
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 As misturas asfálticas usinadas mais utilizadas como revestimento de pavimentos
rodoviários são:
I. Mistura asfáltica usinada a quente (Ex: CBUQ)
II. Mistura asfáltica usinada a frio (Ex: Pré-misturado a frio)
 OBS.: A mistura asfáltica a quente é realizada em altas temperaturas (frequentemente,
entre 107ºC e 177ºC), e a mistura asfáltica a frio é realizada na temperatura ambiente.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Os três tipos de misturas asfálticas usinadas a quente são:
I. Graduação Densa (Ex: CBUQ)
II. Graduação aberta (Ex: CPA – Camada porosa de atrito)
III. Graduação Descontinua (Ex: Stone Matrix Asphalt)
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Quando à camada de revestimento com mistura asfáltica usinada a quente for
maior que 7 cm é comum utilizar mais de uma camada asfáltica para alcançar a
altura desejada de projeto.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 A camada superior em contato com os pneus dos veículos é chamada camada de
rolamento ou capa, e deve ter baixo índice de vazios para garantir
impermeabilização do pavimento
 A espessura desta camada pode variar de 1,5 cm até 7 cm
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 A camada inferior é chamada de camada de ligação, ou camada intermediária, ou
binder
 Esta camada pode possuir índice de vazios maior do que a camada superior, pois o
objetivo da camada intermediária (ou binder) é diminuir o consumo de ligante e
baratear o valor da mistura asfáltica
 A espessura desta camada pode variar de 5 cm até 9 cm.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 As principais vantagens das misturas asfálticas usinadas a quente são:
I. As misturas são mais duráveis
II. As misturas apresentam um envelhecimento considerado lento
III. As misturas suportam bem ao tráfego pesado
IV. As misturas não exigem cura
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 O concreto asfáltico usinado a quente (CAUQ), também é conhecido como
concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), e como concreto asfáltico (CA)
I. São misturas resistentes ao envelhecimento (ou oxidação)
II. - São misturas resistentes à fadiga;
III. - São misturas resistentes à deformação permanente;
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 O CAUQ é convencional quando utiliza:
I. Cimento asfalto de petróleo (CAP) aquecido;
II. Agregados aquecidos
 O concreto asfáltico usinado a quente (CAUQ) é especial quando:
I. Utiliza ligantes asfálticosmodificados por polímero; ou
II. -Utiliza ligantes asfálticos modificados por borracha; ou
III. - Promove o surgimento de misturas asfálticas de módulo de resiliência elevado
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) são produtos básicos provenientes da
destilação do petróleo bruto.
 São semissólidos à temperatura ambiente, de modo que exigem aquecimento para
serem manuseados e aplicados.
 Exigem também o aquecimento dos agregados com os quais vão ser misturados.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Apresentam propriedades aglutinantes e impermeabilizantes, possui características de flexibilidade,
durabilidade e alta resistência à ação da maioria dos ácidos, sais e álcalis.
 Os cimentos asfálticos classificam-se de acordo com a sua consistência, que é medida pelo ensaio de
penetração, nas seguintes categorias de resistência à penetração, de acordo com a Resolução nº 19 de
11/07/2005 da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis:
• CAP-30/45
• CAP-50/70
• CAP-85/100
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Podem ser modificados pela associação com polímeros para se obter maior
durabilidade e redução da suscetibilidade térmica do produto.
 Comumente é necessário o emprego de “dope” (É utilizado como aditivo
melhorador de adesividade nos asfaltos aplicados a quente) para a correção da
acidez do agregado e melhoria da adesividade do ligante ao agregado.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Para um CBUQ utilizado como camada de rolamento ou capa, o volume de vazios
de ar contidos na mistura asfáltica, após a compactação deve está entre os
seguintes limites:
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Para uma camada asfáltica utilizada como camada intermediária ou camada inferior
(ou binder), a qual não está em contato direto com os pneus dos veículos, o volume
de vazios de ar contidos na mistura asfáltica, após a compactação deve está entre
os seguintes limites:
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Normalmente, o teor de asfalto em peso contido na mistura asfáltica tipo CBUQ
está entre 4,5% a 6% do peso total da mistura asfáltica
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 As propriedades das misturas asfálticas tipo CAUQ são muito sensíveis à variação
do teor de CAP (ou ligante asfáltico) na mistura com os agregados:
I. Exsudação ou concentração do ligante asfáltico na superfície da camada de
rolamento
II. Deformação longitudinal permanente ou rodeira ou trilha de rodas
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 A exsudação facilita a aquaplanagem ou derrapagem dos veículos sobre uma
lâmina de água que se forma sobre o pavimento com a exsudação
 A deformação longitudinal permanente, ou rodeira, ou trilha de rodas no pavimento
gera um desnível no pavimento, o que pode desestabilizar a direção dos veículos em
altas velocidades.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 A falta do teor ou da quantidade de CAP (ou ligante asfáltico) nas misturas asfálticas
diminui a resistência da mistura asfáltica, e pode facilitar o surgimento dos
seguintes defeitos no pavimento:
I. Trincas de fadiga no pavimento (causadas pelo excesso de solicitação de ciclos
de carga sobre o pavimento)
II. Buracos ou panelas no pavimento
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 O asfalto borracha e o asfalto modificado com polímero são misturas asfálticas
utilizadas com os seguintes fins:
I. Reduzir a sensibilidade da mistura asfáltica às pequenas variações do teor
ou quantidade do ligante asfáltico (ou CAP) utilizado na mistura
II. Tornar a mistura asfáltica mais resistente ao envelhecimento (ou a
oxidação)
III. Tornar a mistura asfáltica mais durável em vias de tráfego pesado
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 As misturas asfálticas usinadas a quente tipo CPA (camada porosa de
atrito), ou Revestimento Asfáltico Drenante, apresentam as seguintes
características básicas:
• São misturas asfálticas com grande porcentagem de vazios de ar contidos
na mistura, chegando a possuir de 18% a 25% de vazios de ar
• São misturas com pequena quantidade de filer
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
• São misturas com pequena quantidade agregado miúdo (ou agregado com
partículas com diâmetro maiores que 0,075 mm e menores que 2,0 mm
• Camada Porosa de Atrito (CPA) ou Revestimento Asfáltico Aderente
apresenta a graduação aberta (ou granulometria aberta)
• São misturas com pequena quantidade de CAP ou ligante asfáltico
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Mas afinal oque acontece com a água ao infiltrar no pavimento drenante???????
• As misturas asfálticas com grande volume de vazios exigem uma camada inferior
de CBUQ densa, para impermeabilizar as camadas inferiores e impossibilitar a
infiltração de água para camadas de base, sub-base e subleito.
• A água então infiltra pelo CPA e encontra uma camada impermeável, fazendo
com que ela percole lateralmente até chegar aos drenos laterais
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Os principais objetivos a serem alcançados com o uso da mistura a quente tipo CPA são:
I. Aumentar a aderência pneu-pavimento em dias de chuva
II. Aumentar a visibilidade dos motoristas em dias de chuva, pois com a CPA o
veículo que viaja na frente laçará menos água no para-brisa do veículo que viaja
no fundo
III. Reduzir a reflexão dos faróis na pista molhada, o que atrapalha a visibilidade dos
motoristas
IV. Diminuir os acidentes nos dias de chuva
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 A camada porosa de atrito consiste em uma mistura aberta (mal graduada) de
agregados que resultam em vazios de 18% a 25% da mistura
 A quantidade de CAP é aquela que garanta uma certa estabilidade, mas deve ter
um limite para evitar o fechamento da mistura, dessa forma a DNER ES 386/99
recomenda teor de ligante entre 4% e 6%.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 O grande problema das camadas porosas é que elas exigem um rigoroso controle
e manutenções preventivas
 Nesse tipo de revestimento ocorre a colmatação dos vazios, devido a poeira e
outras partículas, o que pode resultar na perda de 50% da capacidade drenante
desses pavimentos no primeiro ano de sua vida útil
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 SMA são as iniciais em inglês das palavras Stone Matrix Asphalt, que significam
matriz pétrea asfáltica
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 As misturas asfálticas usinadas a quente tipo SMA apresentam as seguintes
características básicas:
I. São misturas asfálticas com baixos volumes de vazios de ar. O volume de
vazios de ar na mistura varia de 2% a 4%;
II. São misturas asfálticas ricas em teor ou quantidade de ligante asfáltico.
Geralmente, o teor de ligante asfáltico na mistura varia de 6% a 7,5%;
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
III. São misturas asfálticas com elevada porcentagem de agregado graúdo (ou
agregado com partículas com diâmetros maiores que 2,00 mm ou retidos na
peneira número 10)
IV. São misturas em que o agregado utilizado na mistura apresenta curva
granulométrica de graduação (ou granulometria) descontinua , o que demonstra um
pequena quantidade de partículas com um determinado diâmetro no agregado.
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 Os principais objetivos a serem alcançados com a utilização da mistura asfáltica usinada a
quente tipo SMA são:
I. Obter resistência ao trincamento do pavimento, quando a mistura tipo SMA é
colocada como camada sobre a camada de cimento Portland com a finalidade
de reabilitação (ou recuperação) da camada de cimento Portland, que se
encontra trincada (ou fissurada)
II. Obter um pavimento com maior resistência à deformação permanente, ou com
maior resistência à deformação longitudinal (ou rodeiras)
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
III. Obter boa drenagem da água na superfície do pavimento
IV. Obter boa aderência pneu-pavimento em dias de chuva
REVESTIMENTO ASFÁLTICO
 A espessura da camada de SMA varia de 1,5 cm a 7 cm
 A SMA é recomendada para:
I. Curvas muito fechadas onde ocorrem derrapagens e/ou acidentes
II. Pistas de aeroportos
III. Pontes
IV. Interseções

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