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Biossegurança na Odontologia Alunos: Fernanda Aparecida Caetano, Josiel Jilioscof Einhardt, Marcus Vinicius Campos Conceição, Paloma Kauani Pereira Silva, Sheila Cristina Alves de Oliveira e Vânia de Fátima Soares Goulart. Biossegurança é um conjunto de diretrizes com a finalidade de proteger a equipe odontológica, o paciente e o acompanhante em ambiente clínico. MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA Uso de EPIs Equipamentos de proteção individual da equipe e do paciente 02 Anamnese Entrevista com o paciente colhendo informações 01 Higienização Descontaminação, Esterilização, Limpeza, Desinfecção dos elementos 03 Descarte Eliminação dos resíduos utilizados no atendimento 04 Para o Ministério e Organização Pan-americana da saúde “A biossegurança compreende um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente” (OPAS; MS, 2010. p 15). A ausência de cuidados em relação à biossegurança tem intensificado o ciclo de infecções cruzadas. MTE - Portaria 3.214/78. São classificados quanto à sua natureza em: riscos físicos, químicos, mecânicos, ergonômicos e biológicos. RISCOS OCUPACIONAIS RISCO FÍSICO Exposição aos agentes físicos Ex.: ruídos, vibrações, pressões, radiações, temperaturas extremas, iluminação deficiente ou excessiva, umidade. Medidas para minimizar Utilizar protetores auriculares Usar óculos de proteção; Utilizar equipamentos de proteção radiológica, inclusive no paciente; Manter o ambiente de trabalho com iluminação suficiente; Proteger o compressor de ar com caixa acústica; Cuidado ao manusear os instrumentais com temperatura elevada; Manter o ambiente arejado e ventilado, proporcionando bem-estar. RISCO QUÍMICO Exposição a agentes químicos Incluindo substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, contato com a pele e mucosas ou por ingestão. Medidas para minimizar Limpar a sujidade no chão, utilizando um pano umedecido; Utilizar EPIs; para os procedimentos e para o manuseio de produtos químicos; Uso de EPI completo durante o atendimento ao paciente; Utiliza apenas amalgamador de cápsulas; Armazenar os resíduos de amálgama em recipiente inquebrável e encaminhar para a coleta especial de resíduos contaminados; Armazenar os produtos químicos de maneira correta e segura; Realizar manutenção preventiva das válvulas dos recipientes contendo gases medicinais RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE Exposição a falhas acidentais ou mal uso de elementos físicos, químicos, biólogicos Ex.: espaço físico subdimensionado; disposição inadequada dos equipamentos e aparelhos; instrumental com defeitos; risco de incêncio ou explosão; etc. Medidas para minimizar Adquirir equipamentos com registro no MS, preferencialmente modernos e com design respeitando a ergonomia; Instalar equipamentos em área física adequada, de acordo com a RDC 50/2002 da ANVISA; Utilizar apenas materiais, medicamentos e produtos registrados na ANVISA; Usar EPIs adequados; Manter instrumentais em número suficiente e com qualidade ; Instalar extintores de incêndio obedecendo ao preconizado pela NR- 23 ; Realizar a manutenção preventiva e corretiva de toda a estrutura física; implantar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA RISCO ERGONÔMICO Interferem no conforto da atividade laboral e, consequentemente, nas características psicofisiológicas do trabalhador Ex.: postura incorreta, falta de um profissional auxiliar durante o atendimento, falta de capacitação e treinamento; falta de atenção, falta de planejamento, ritmo de trabalho excessivo. Medidas para minimizar Organizar o ambiente de trabalho; Realizar o planejamento e agendamento do atendimento de toda a equipe, respeitando a capacidade de trabalho diário e semanal; Trabalhar em equipes; Proporcionar à equipe capacitações constantes e permanentes; Realizar a correção de hábitos inadequados de trabalho; Realizar intervalos de 10 minutos a cada 90 minutos de atendimentos realizados; Realizar exercícios de alongamento entre os atendimentos; Valorizar os momentos de lazer com a equipe . RISCO BIOLÓGICO Exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados Ex.: presença de um agente biológico como as bactérias, os fungos, os parasitas, os vírus, entre outros. Formas de transmissão: Via aérea 01 Sangue e outros fluidos Contato direto ou indireto com os pacientes 03 02 RISCO BIOLÓGICO Transmissão por via aérea Através de gotículas e dos aerossóis atingindo a pele e mucosa; inalação ou ingestão; e indiretamente através de superfícies contaminadas. Medidas para minimizar Usar lençol de borracha, sempre que o procedimento permitir; Utilizar sugadores de alta potência; Evitar o uso de seringa tríplice na sua forma spray, acionado os dois botões ao mesmo tempo; Regular a saída de água de refrigeração; Higienizar previamente a boca do paciente mediante escovação e/ou bochecho com antisséptico; Manter o ambiente ventilado; Usar exaustores com filtro HEPA; Utilizar máscaras de proteção respiratórias; Utilizar óculos de proteção; Evitar o contato dos profissionais susceptíveis com pacientes suspeitos de sarampo, varícela, rubéola e tuberculose RISCO BIOLÓGICO Percutânea: lesão provocada por instrumentos perfurocortantes. Mucosa: contato com respingos na face (envolve olhos, nariz e boca). Cutânea: contato com pele com dermatite ou feridas abertas. Mordeduras humanas. Medidas para minimizar Máxima atenção durante a realização dos procedimentos; Não utilizar os dedos como anteparo em procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes; Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar agulhas das seringas com as mãos; Não utilizar agulhas para fixar papéis; Desprezar todo o material perfurocortante em recipiente com tampa e resistente a perfuração (descarpack); Colocar os coletores específicos para descarte de material perfurocortante próximo ao local do procedimento e não ultrapassar o limite de dois terços de sua capacidade total de preenchimento; Usar EPI completo; Seguir as orientações sobre prevenção e gerenciamento de resíduos nos serviços odontológicos. Transmissão por sangue e outros fluidos orgânicos: Manipulação de sangue e fluidos. Principais vias de transmissão do HIV e das hepatites B (HBV) e C (HCV) RISCO BIOLÓGICO Transmissão pelo contato direto ou indireto com os pacientes Contato direto (mãos e pele) Contato indiretos (superfícies ambientes ou objetos pessoais do paciente) Medidas para minimizar Usar EPI completo; Higienização das mãos adequada e constante; Manter os cabelos presos e dispostos no interior da touca/gorro; Realizar a desinfecção adequada das secreções e dos artigos contaminados. LEGISLAÇÃO ANVISA que classifica os resíduos de saúde em cinco grupos Ministério da saúde Resolução RDC 50 regulamenta o planejamento, organização, elaboração e avaliação de estabelecimentos assistenciais a saúde Resolução RDC 43/2003 CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS Potencialmente infectantes GRUPO A Resíduos químicos Resíduos radioativos Resíduos comuns Materiais perfurocortantes GRUPO B GRUPO D GRUPO C GRUPO E IMUNIZAÇÃO Conforme a ANVISA (2006), as imunizações mais relevantes para os profissionais da saúde bucal, são contra a hepatite B, inlfuenza, tríplice viral e dupla tipo adulto, sendo preferencialmente administradas no serviço público, para garantia do esquema vacinal, do lote e da correta conservação. MEDIDAS PADRÃO EM BIOSSEGURANÇA Gorro: Deve ser descartável; Óculos de proteção; Máscaras descartáveis: ser de filtro duplo e tamanhoadequado; Avental: deve ser de mangas longas, descartável ou de tecido para atendimento e impermeável para limpeza e desinfeção de artigos, equipamentos e ambientes; Luvas: Devem ter boa qualidade e usadas em todos os procedimentos; Calçados: Devem ser fechados e antiderrapantes. EPIs Higienização 01 Uso de EPIs 02 Descarte correto 03 Protocolos MANUSEIO DOS RESÍDUOS EM SAÚDE COMO PROCEDER? GRUPO A Deve ser embalado em sacos plástico branco leitoso escrito resíduo infectante tendo como exemplo materiais com sangue ou outros fluidos corpóreos e peças anatômicas; MANUSEIO DOS RESÍDUOS EM SAÚDE COMO PROCEDER? GRUPO B Contém substâncias químicas prejudiciais a saúde pública ou ao meio ambiente, tendo como exemplo, os saneantes e desinfetantes, que devem ser condicionados em recipientes individualizados, de compatibilidade química com o resíduo – de forma a evitar reação química entre os componentes – e não permeáveis e encaminhados para empresa devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente para tratamento e os metais pesados, como o mercúrio MANUSEIO DOS RESÍDUOS EM SAÚDE COMO PROCEDER? GRUPO C Contém materiais altamente tóxicos que podem gerar lesões agudas ou crônicas e incapacitar, evoluindo até para o óbito. Tem efeito cumulativo no organismo, ficando retido, potencializando assim os seus efeitos. Também é gerador de grande agressão ao meio ambiente. Seus resíduos devem ser coletados em recipientes especiais inquebráveis, com tampa rosqueável e com boca larga. E descartados em locais com revestimento de concreto. MANUSEIO DOS RESÍDUOS EM SAÚDE COMO PROCEDER? GRUPO D Devem ser descartados como lixo comum em saco preto. MANUSEIO DOS RESÍDUOS EM SAÚDE COMO PROCEDER? GRUPO E Deve-se enfatizar a prevenção de acidentes perfurocortantes. As brocas devem ser retiradas das pontas logo após o seu uso. As agulhas descartáveis, lâminas de bisturi e agulhas de sutura devem ser descartadas logo após o seu uso e acondicionados em recipientes rígidos com tampa vedante e encaminhados para disposição final com o símbolo infectante e material perfurocortante. Esses recipientes são geralmente denominados como caixas descarpack. CONDUTAS APÓS EXPOSIÇÃO Após exposição a material biológico CONDUTAS Promover a lavagem em água corrente com sabão à área comprometida; Se houver ferimento, promover a secagem e passagem de antisséptico à base de PVPI ou clorexidina a 2%; Não utilizar em nenhuma hipótese, desinfetantes que irritam como o hipoclorito, glutaraldeído ou compostos fenólicos; Não provocar o sangramento do local ferido e nem aumentar a área lesionada, a fim de minimizar a exposição ao material infectante; Em casos de contato com a mucosa, conjuntiva ocular, nariz ou boca, lavar intensamente com água. A Portaria MS nº 777 de abril/04 define que os acidentes de trabalho com exposição a material biológico são de notificação compulsória, com lançamento no sistema SINAN (Sistema de Informação de Agravos e Notificação) (SMS/MG, 2006). OBRIGADO!
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