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Aula 18 - Fis. III C � Velocidade da onda em uma corda esticada � Energia e potência de uma onda em uma corda A. Velocidade da onda em uma corda esticada Para estudar a velocidade de uma onda produzida em uma corda, devemos analisar o elemento de corda local- izado na crista da onda. A componente vertical é dada por τv = τsen(θ) . As componentes horizontais da tensão se cancelam. As componentes verticais se somam. Logo, a força sentida pelo elemento de corda é F = 2τsen(θ) . Considerando que sen(θ) ≈ θ, temos F = τ2θ . Para ângulos pequenos vale a relação 2θ = ∆l/R. Logo F = τ ∆l R . Podemos obter ∆l da expressão µ = ∆m ∆l . Com isso F = τ ∆m µR . 2 Sendo que o pulso viaja a velocidade v para a es- querda, sabemos que o elemento de corda viaja para a direita com velocidade v. A força centŕıpeta sentida pelo elemento de corda é dada por F = ∆m v2 R . Igualando as duas expressões, obtemos v = √ τ µ . A velocidade da onda só depende da tensão e da massa espećıfica linear da corda. A frequência é de- terminada pelo agente externo. Exemplo 1: Qual é a velocidade de uma onda transversal em uma corda que mede 2 m, pesa 60 g e está sujeita a uma tensão de 500 N? v = √ τ µ = √ √ √ √ 500 0.06 2 = 129, 1 m/s . B. Energia e potência de uma onda em uma corda A onda transporta energia ao se propagar. A energia de uma onda progressiva é dividida em en- ergia cinética e energia potencial elástica. � Observe que em uma onda na corda, para um mesmo dx qualquer temos mais corda esticada em y = 0. O máximo da energia se dá em y = 0 pois temos o máximo de energia cinética e energia potencial. Para obter a energia cinética do elemento de corda cal- culamos a velocidade transversal vy(x, t) = dy(x, t) dt = −ωymcos(kx− ωt) . 3 A energia cinética ∆K de um elemento de corda ∆m fica ∆K = ∆mv2 y 2 = ∆mω2y2 m cos2(kx− ωt) 2 . ∆K = µ∆lω2y2 m cos2(kx− ωt) 2 . ∆K ∆t = ∆l ∆t µω2y2 m cos2(kx− ωt) 2 . ∆K ∆t = µvω2y2 m cos2(kx− ωt) 2 . 〈 ∆K ∆t 〉 = µvω2y2 m 〈 cos2(kx− ωt) 〉 2 . 〈 ∆K ∆t 〉 = µvω2y2 m 4 . A energia potencial elástica pode ser calculada através do trabalho ao se esticar a corda de dx até ds, sendo dx o tamanho de repouso. � Considere um triângulo retângulo com dx, dy e ds ds2 = dx2 + dy2 → ds = √ dx2 + dy2. ds = dx √ 1 + dy2 dx2 . ds ≈ dx [ 1 + 1 2 ( dy dx )2 ] . ds− dx ≈ [ dx 2 ( dy dx )2 ] . Sendo y(x, t) = ymsin(kx− ωt) . dy dx = kymcos(kx− ωt) 4 ds− dx ≈ [ dxk2y2 m cos2(kx− ωt) 2 ] . O trabalho fica ∆W = τ(ds − dx) = dxτk2y2 m cos2(kx− ωt) 2 . ∆W ∆t = vτk2y2 m cos2(kx− ωt) 2 . 〈 ∆W ∆t 〉 = vτk2y2 m 〈 cos2(kx− ωt) 〉 2 . 〈 ∆W ∆t 〉 = vτk2y2 m 4 . Mas v = √ τ µ = ω k → τ = µ ω2 k2 . 〈 ∆W ∆t 〉 = µvω2y2 m 4 . A potência total média transmitida em uma onda na corda fica então P = 〈 ∆K ∆t 〉 + 〈 ∆W ∆t 〉 = µvω2y2 m 2 . Os dois termos são iguais, mostrando que a energia é igualmente distribúıda entre o termo cinético e o potencial. Exemplo 3: Uma corda tem massa espećıfica µ = 525 g/m e está submetida a uma tensão τ = 45 N. Uma onda senoidal de frequência f = 120 Hz e amplitude ym = 8, 5 mm é produzida na corda. Com que taxa média a onda transporta energia? P = µvω2y2 m 2 = µ √ τ µ (2πf)2y2 m 2 . P = 100 W .
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