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CURSO DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA - FIC NOVOS CAMINHOS CURSO: Auxiliar Pedagógico DISCIPLINA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROFESSOR INSTRUTOR: ANDREA MARGARETE DE ALMEIDA MARRAFON OUTUBRO de 2022 Câmpus POÇOS DE CALDAS O que é educação inclusiva? Pode-se dizer que no centro da educação inclusiva, reside o compromisso de reconhecer a educação como desenvolvimento fundamental tanto para os sujeitos quanto para as sociedades. Tal perspectiva abrange a ideia de que a educação precisa ser vista , não como um privilégio para poucos, mas como um direito universal. A escolarização vista como um direito requer que criemos condições de acolher e valorizar a diversidade que está posta nas relações sociais. A escola entendida numa perspectiva da inclusão A família é o primeiro espaço social vivenciado pela criança. Espaço no qual ela constrói referências e valores e a comunidade é o espaço mais amplo, onde novas referências e valores se desenvolvem. Como vimos em unidades anteriores, a participação da família e da comunidade traz para a escola informações, críticas, sugestões, solicitações, desvelando necessidades e sinalizando rumos. Todo esse processo, ressignifica os agentes e a prática educacional, aproximando a escola da realidade social na qual seus alunos vivem. A escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as primeiras fases de seu desenvolvimento. Ela tem papel primordial no desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos, já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo diversificado, fora do contexto familiar. O exercício da cidadania envolve conhecer direitos e deveres no exercício da convivência coletiva, realizar a análise crítica da realidade, reconhecer as dinâmicas sociais, participar do debate permanente sobre causas coletivas e manifestar-se com autonomia e liberdade respeitando seus pares. Tais práticas se contrapõem à violência, na medida que não admitem a anulação de um sujeito pelo outro, mas fortalecem cada um, na defesa de uma vida melhor para todos. Uma proposta de educação para a paz deve sensibilizar os educandos para novas formas de convivência baseadas na solidariedade e no respeito às diferenças, valores essenciais na formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres e sensíveis para rejeitarem toda a forma de opressão e violência. O papel da família no âmbito da educação inclusiva Família e escola são instituições que conjuntamente tem a responsabilidade de educar. A escola favorece a transitoriedade entre as diferenças individuais e as necessidades grupais, oferecendo ao indivíduo oportunidades de comportamentos mais socializadores. Quando se propõe, por exemplo, a inclusão de pessoas com deficiência, deve-se respeitar as características individuais e assim visar à aquisição de comportamentos sociais mais aceitáveis, e, sobretudo, trazendo os pais para uma visão mais realística, minimizando a fantasia da cura, sempre tão presente (SERRA, 2010). Especialmente no âmbito da educação inclusiva a relação com a família é parte essencial do planejamento do professor. Não pode ser algo que vai acontecer se houver necessidade. O planejamento do ensino implica conhecer o aluno, sua família, identificar potencialidades e necessidades que podem surgir da sua observação ou dos relatos dos pais (MELCHIORI; RODRIGUES; PEREZ, 2012). Santos e Toniosso (2014) justificam em seu estudo que escola e a família devem estabelecer relações de colaboração, em que a família possa agir como potencializadora do trabalho realizado pela escola, de forma a incentivar, acompanhar e auxiliar a criança em seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em que a escola realize uma prática pedagógica que contribua na formação e que valorize a participação ativa dos pais no processo educativo, contribuindo assim, para a construção de uma sociedade transformadora. Família e escola são instituições distintas, mas que se complementam a partir do momento que possuem a mesma tarefa, a de preparar indivíduos para sua completa inserção na sociedade, visando sua formação crítica e participativa. Atenção e cuidado às pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais A atenção educacional aos alunos com necessidades especiais associadas ou não a deficiência tem se modificado ao longo de processos históricos de transformação social, tendo caracterizado diferentes paradigmas nas relações das sociedades com esse segmento populacional. Na década de 1960, um intenso movimento mundial de defesa dos direitos das minorias, aliado a críticas contundentes ao Paradigma da Institucionalização* de pessoas com doença mental e de pessoas com deficiência, determinou novos rumos às relações das sociedades com esses segmentos populacionais. Começaram a ser implantados os serviços de Reabilitação Profissional, especialmente, embora não exclusivamente, voltados para pessoas com deficiência, visando prepará-las para a integração, ou a reintegração na vida da comunidade. Nos anos 60 e 70, grande parte dos países, tendo como horizonte a Declaração Universal dos Direitos Humanos, passou a buscar um novo modelo, no trato da deficiência. A proposição do princípio da normalização contribuiu com a ideia de que as pessoas diferentes podiam ser normalizadas, ou seja, capacitadas para a vida no espaço comum da sociedade. Este modelo caracterizou-se, gradativamente, pela desinstitucionalização dessas pessoas e pela oferta de serviços de avaliação e de reabilitação globalizada, em instituições não residenciais, embora ainda segregadoras. Da segregação total, passou-se a buscar a integração das pessoas com deficiência, após capacitadas, habilitadas ou reabilitadas. A esta concepção-modelo denominou-se Paradigma de Serviços. Da década de 1980 em diante, o mundo volta a experimentar novas transformações com os avanços na Medicina, no desenvolvimento de novos conhecimentos na área da Educação e principalmente na criação da via eletrônica como meio de comunicação em tempo real, com qualquer parte do mundo, determinaram novas transformações sociais. Por um lado, maior sofisticação técnico científica permitia a manutenção da vida e o maior desenvolvimento de pessoas que, em épocas anteriores, não podiam sobreviver. Por outro lado, a quebra da barreira geográfica, na comunicação e no intercâmbio de ideias e de transações, plantava as sementes da "aldeia global", que rapidamente foram germinando e definindo novos rumos nas relações entre países e sociedades diferentes. Nesse contexto, mais do que nunca se evidenciou a diversidade como característica constituinte das diferentes sociedades e da população, em uma mesma sociedade. Na década de 90, ainda à luz da defesa dos direitos humanos, pôde-se constatar que a diversidade enriquece e humaniza a sociedade, quando reconhecida, respeitada e atendida em suas peculiaridades. Passou, então, a ficar cada vez mais evidente que a manutenção de segmentos populacionais minoritários em estado de segregação social, ainda que em processo de atenção educacional ou terapêutica, não condizia com o respeito aos seus direitos de acesso e participação regular no espaço comum da vida em sociedade, como também impedia a sociedade de aprender a administrar a convivência respeitosa e enriquecedora, com a diversidade de peculiaridades que a constituem. Começou, então, a ser delineada a ideia da necessidade de construção de espaços sociais inclusivos, ou seja, espaços sociais organizados para atender ao conjunto de características e necessidades de todos os cidadãos, inclusive daqueles que apresentam necessidades educacionais especiais. Estavam aí postas as bases de um novo modelo, denominado Paradigma de suportes. Este paradigma associou a ideia da diversidade como fator de enriquecimento social e o respeito às necessidades de todos os cidadãos como pilar central de uma nova prática social: a construção de espaços inclusivosem todas as instâncias da vida na sociedade, de forma a garantir o acesso imediato e favorecer a participação de todos nos equipamentos e espaços sociais, independente das suas necessidades educacionais especiais, do tipo de deficiência e do grau de comprometimento que estas apresentem (ARANHA, 2004). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/1996) em seu artigo 59 estabelece que todos os sistemas de ensino deverão assegurar a esses educandos: (a) currículos, métodos, recursos educativos e organizações específicas para atender às suas necessidades; (b) terminalidade específica àqueles que não conseguirem atingir o nível exigido para a conclusão de ensino fundamental em função de suas deficiências; (c) aceleração de conteúdo para alunos superdotados para conclusão antecipada do programa escolar; (d) professores especializados para sua inclusão em classes comuns (BRASIL, 1996). A partir daí, a Educação Especial deixa de ser vista como subsistema, paralelo e distanciado das práticas do contexto geral de educação, já que a LDBEN prevê a articulação e interatividade da Educação Especial com os demais níveis e modalidades de ensino. *Essa mudança da visão da sociedade onde o “natural” passa a ser o critério de norma e valor juntamente com a criação das instituições caracteriza o primeiro paradigma da sociedade em relação ao deficiente: a institucionalização. Os deficientes eram levados para hospitais psiquiátricos, eram retirados de circulação, pois, como as famílias, agora proprietárias de seus corpos e força de trabalho, precisavam trabalhar na industrialização nascente e não podiam mais cuidar dos considerados inválidos, havia que se buscar um lugar para eles. Orientações Pedagógicas no processo de inclusão Flexibilização Curricular As adaptações curriculares devem acontecer no nível do projeto pedagógico e focalizar principalmente a organização escolar e os serviços de apoio. As adaptações podem ser divididas em: 1. Adaptação de Objetivos: estas adaptações se referem a ajustes que o professor deve fazer nos objetivos pedagógicos constantes do seu plano de ensino, de forma a adequá-los às características e condições do aluno com necessidades educacionais especiais. O professor poderá também acrescentar objetivos complementares aos objetivos postos para o grupo. 2. Adaptação de Conteúdo: os tipos de adaptação de conteúdo podem ser ou a priorização de áreas ou unidades de conteúdos, a reformulação das sequências de conteúdos ou ainda, a eliminação de conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. 3. Adaptação de Métodos de Ensino e da Organização Didática: modificar os procedimentos de ensino, tanto introduzindo atividades alternativas às previstas, como introduzindo atividades complementares àquelas originalmente planejadas para obter a resposta efetiva às necessidades educacionais especiais do estudante. Modificar o nível de complexidade delas, apresentando-as passo a passo. Eliminar componentes ou dividir a cadeia em passos menores, com menor dificuldade entre um passo e outro. 4. Adaptação de materiais utilizados: são vários recursos – didáticos, pedagógicos, desportivos, de comunicação - que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de diversos tipos de deficiência, seja ela permanente ou temporária. 5. Adaptação na Temporalidade do Processo de Ensino e Aprendizagem: o professor pode organizar o tempo das atividades propostas para o estudante, levando-se em conta tanto o aumento como a diminuição do tempo previsto para o trato de determinados objetivos e os seus conteúdos. Procedimentos avaliativos O fazer docente se objetiva na relação ensino-aprendizagem que permeia a relação professor-estudante constituindo a base de qualquer instituição escolar. É preciso enfatizar que tal fazer não se concretiza em um grau maior de importância, é um fazer que parte de uma concepção de relação horizontal com os estudantes não podendo haver uma valorização maior tanto de um como de outro. Dentre as ações que compõem o fazer docente encontra-se a avaliação, com o objetivo de refletir sobre o processo ensino-aprendizagem. O importante, porém, mais do que o instrumento em si, é o referencial teórico que direciona o fazer docente e esclarece a intencionalidade com que esse instrumento é utilizado. A avaliação em uma perspectiva inclusiva e democrática deve considerar a aprendizagem não a partir dos mínimos possíveis, mas sim, a partir dos mínimos necessários, possibilitando o acompanhamento do desenvolvimento do processo ensino aprendizagem, propiciando reflexão tanto da eficácia do fazer docente diante da especificidade deste educando, quanto do progresso no desempenho deste aluno. O ato de avaliar a aprendizagem implica em acompanhamento e reorientação permanente da aprendizagem. Ela se realiza através de um ato rigoroso e diagnóstico, tendo em vista a obtenção dos melhores resultados possíveis, frente aos objetivos que se pretendem alcançar. Como expõe Luckesi (2004), avaliar, na perspectiva inclusiva, significa subsidiar a construção do melhor resultado possível e não pura e simplesmente aprovar ou reprovar algo. A realização de avaliação diagnóstica é extremamente pertinente ao ensino numa perspectiva inclusiva, pois favorece a identificação dos conhecimentos, experiências e saberes resultantes da trajetória pessoal e de vida. Essa avaliação permite também a identificação de insuficiências formativas. Sua utilização pode orientar o estudante na complementação e/ou prosseguimento dos estudos e no exercício profissional. Para se realizar uma avaliação inclusiva faz-se necessário considerar alguns pressupostos, elencados a seguir: • disponibilidade do professor em fazer da avaliação mais um momento de aprendizagem; • estabelecimento de um ambiente de confiança; • esclarecimento aos alunos do que se espera da avaliação; • previsão de tempo adequado para resolução das atividades avaliativas; • atribuição de valores às questões, conforme a singularidade das necessidades especiais; • consideração do processo de resolução, do raciocínio; • utilização de enunciados sucintos, elaborados com objetividade e clareza, com apoio de figuras que auxiliem na interpretação da questão, quando a deficiência for intelectual; • adequação do ambiente e dos instrumentos necessários para realização da atividade avaliativa, quando a deficiência for física ou sensorial; • comunicação dos resultados o mais rápido possível objetivando discriminar as necessidades o quanto antes; • valorização das habilidades em detrimento das limitações. Ressalta-se que o processo de avaliação dependerá de conhecimento sobre especificidade de cada caso, considerando a trajetória do sujeito para promover, o melhor possível, o seu desenvolvimento integral. Os objetivos não atingidos pelos estudantes deverão ser retomados em sala de aula. Deve-se considerar que também, na perspectiva inclusiva, os resultados advindos da utilização de instrumentos avaliativos, são provisórios e não definitivos. O que o estudante demonstrou não conhecer em um momento, poderá vir a conhecer em outro, superando, inclusive, o determinismo de um prognóstico preestabelecido. BONS ESTUDOS! PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES INTERNACIONAIS E NACIONAIS APLICADAS À EDUCAÇÃO INCLUSIVA 1. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948) Proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em um cenário pós-guerra do início do século XX, tem o objetivo a promoção, por meio da educação e do ensino, do respeito aos direitos fundamentais e à liberdade humana de forma coletiva e é considerado documento fundamental na reformulação do sistema de ensino brasileiro. De acordo com o documento, toda criança tem direito à educação gratuita, sem distinção. 2. PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA (1969) Aprovado na Convenção Americana de Direitos Humanos, ocorrida na Costa Rica no ano de 1969, este pacto tem como principalobjetivo a preservação dos direitos humanos Fundamentais, tais como o acesso à educação, saúde e cultura. Influenciou o Brasil, o qual é país signatário do pacto, na elaboração de sua constituição e demais leis relativas aos direitos humanos fundamentais. 3. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (1988) A Carta Magna do país, documento que marca a redemocratização Brasil no final do século XX, possui dentre suas mais diversas disposições, grande enfoque na educação, sob a ótica política e de interesse público, estabelecendo-a como direito fundamental a todo cidadão brasileiro, sem distinção e de forma gratuita, como condição à dignidade da pessoa humana e ao Estado Democrático de Direito. 4 LEI no 7.853/1989 - DIREITOS INDIVIDUAIS E SOCIAIS DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS Sancionada no momento de redemocratização do país, garante apoio aos portadores de deficiência, bem como sua integração social sobre a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência- CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crime, e dá outras providências. 5 LEI no 8.069/1990 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) O ECA é considerado um verdadeiro conjunto de normas com o objetivo de proteção integral à criança e ao adolescente, notadamente quanto à violação dos direitos humanos. Objetiva assegurar o direito de criação da criança no seio familiar, atuando, também, no amparo de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, estimulando o estudo e a capacitação técnica para o acesso ao mercado de trabalho. 6 DECLARAÇÃO DE SALAMANCA (1994) Elaborada na Conferência Mundial sobre Educação Especial em Salamanca, Espanha, o documento cuidou de traçar diretrizes básicas para formulação de políticas e os sistemas educacionais de forma a abranger o movimento de inclusão social, especialmente quanto às crianças, jovens e adultos com necessidades especiais no sistema educacional. 7 LEI no 9.394/1996 - LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB) Em consonância com a Constituição Federal/1988, a LDB defende a universalização do ensino público, de forma inclusiva, pensando na cidadania da população, e levando em consideração todos os seus aspectos sociais e econômicos. Objetiva, assim, colocar em prática a oferecida de uma educação básica moderna e gratuita, como forma de garantir o acesso à democracia por todos os brasileiros. 8 LEI no 10.098/2000 - ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA OU COM MOBILIDADE REDUZIDA Também conhecida como “Lei da Acessibilidade”, estabelece normas e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, por meio da extinção de barreiras e obstáculos nas vias e espaços públicos e privados garantindo-lhes melhor qualidade de vida, autonomia, segurança e dignidade. 9 CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (2007) Ocorrida em Nova Iorque, Estados Unidos, em 2007, teve por finalidade proteger os direitos e a dignidade da pessoa humana, sob o aspecto da pessoa com deficiência. Restou definido o novo conceito de pessoa com deficiência (PcD), o qual esclarece a deficiência sem que isso inferiorize o indivíduo que porventura a possui. Foi acolhida pelo Brasil por meio do Decreto Federal no 6.949/2009 10. LEI no 12.764/2012 - DIREITOS DA PESSOA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialmente no que se refere à educação, como verdadeira garantia dos direitos básicos de todo cidadão e do princípio da dignidade humana, garantidos pelos pactos internacionais dos quais o Brasil é signatário e da Constituição Federal. 11. LEI no 13.005/2014 - PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) A lei traça os objetivos e metas para o ensino infantil, médio e superior, a serem executados no prazo de 10 (dez) anos, a saber, até o ano de 2024. Uma das principais características do PNE é sua abrangência no que se refere às relações entre as questões educacionais e os problemas sociais. 12. LEI no 13.149/2015 – LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO (LBI) Objetiva instaurar um estado de bem estar social, para as pessoas portadoras de necessidades especiais, bem como sua inclusão na sociedade. Assegura, ainda, a educação como direito fundamental da pessoa com deficiência em todas as etapas e níveis de aprendizado ao longo de toda a vida, de acordo com suas características e respeitando sempre suas particularidades. 13. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC Proposta pelo MEC no ano de 2017, o documento pretende realizar a contrarreforma no sistema da Educação Básica. O documento da BNCC traz em suas competências gerais, diversos elementos relacionados às relações de ensino e aprendizagem, mas também às relações sociais e culturais, com vistas a valorizar sempre as práticas e costumes da sociedade a qual os alunos estão inseridos. 14. AGENDA ONU 2030 No ano de 2015, líderes mundiais reuniram-se na sede da ONU em Nova Iorque, Estados Unidos, para firmar o documento “Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. Dentre as metas estabelecidas no documento, está o de desenvolvimento sustentável com vistas à educação de qualidade, inclusiva e equitativa. 4be3f918286a042fed37989a6a5579a1062d9c9fcb0ce303a9804cf1dd513db5.pdf Arquivo aberto sobre educação inclusiva: material de apoio para gerentes e administradores; 2004
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