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Intervenções Farmacológicas na Insuficiência Cardíaca Congestiva Profa. Lucienne da Silva Lara Morcillo Programa de Graduação em Farmacologia Relaxamento do músculo cardíaco; o coração recebe o sangue proveniente das veias. As cavidades se dilatam e permitem a entrada de sangue, para que possa ser expelido na contração. Contração do músculo cardíaco; o coração ejeta o sangue para as artérias O coração como uma bomba Pré-carga Pós-carga DÉBITO CARDÍACO = FC x VS É o volume de sangue bombeado pelo coração por minuto. Homens jovens e sadios = 5,6 L/min A fração de ejeção sofre influência de: Pré carga:: tensão diastólica da parede ventricular Pós-carga: pressão sistólica da parede ventricular O coração como uma bomba Débito Cardíaco Sistema Renina Angiotensina-Aldosterona Sistema Nervoso Autônomo Simpático Disparo do seio carotídeo Fluxo sanguíneo renal Que fatores fisiológicos regulam o DC? VS × FC Diminuição da carga de NaCl Níveis Normais do Débito Cardíaco O Aparelho Justaglomerular Mác.densa Inervação Simpática Diminuição da pressão de perfusão APARELHO JUSTAGLOMERULAR Alça Henle Arteriola aferente Renina Angiotensinogênio Angiotensina I Angiotensina II vasoconstritor Aumento da reabsorção renal de Na+ e água aldosterona ECA Que fatores fisiológicos regulam o DC? SRAA Descarga Simpática ⇧Força de Contração ⇧Freqüência Cardíaca Vasoconstrição Receptores β1 Receptores α1 NE Distensão atrial (durante a diástole) Secreção de ANP ou FAN ↓liberação de Noradrenalina Vasodilatação e natriurese ↓sobrecarga dos ventrículos ↑ Tensão diastólica ventricular Que fatores fisiológicos regulam o DC? SNA Simpático O QUE ACONTECE QUANDO A DIMINUIÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO É CONSTANTE E OS MECANISMOS REGULATÓRIOS NÃO CONSEGUEM REVERTER ESTE PROCESSO? Débito Cardíaco Sistema Renina Angiotensina-Aldosterona (SRAA) Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNAS) ATIVAÇÃO CONSTANTE DO SRAA E SNS Miócito estressado Síntese de miofibrilas Proliferação de tecido conjuntivo Aumento da liberação de aldosterona Maior aumento da reabsorção de Na+ e água Remodelamento cardíaco e vascular Apoptose dos cardiomiócitos Fisiopatologia da insuficiência cardíaca Incapacidade do coração manter o DC necessário para o suprir o metabolismo orgânico Síndrome clínica complexa e progressiva que pode resultar de qualquer distúrbio cardíaco funcional/estrutural que piore a capacidade de ejeção (sistólica) e/ou enchimento (diastólica) INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DEFINIÇÃO INSUFICIÊNCIA CARDÍACA FISIOPATOLOGIA REMODELAMENTO – MALADAPTAÇÃO Fisiopatologia da insuficiência cardíaca PRESSÃO DE ENCHIMENTO VENTRICULAR PRÉ-CARGA V O LU M E S IS TÓ LI C O CORAÇÃO NORMAL Sintomas de Baixo Débito Sintomas congestivos CORAÇÃO INSUFICIENTE O coração é incapaz de bombear o sangue para a perfusão tecidual adequada. Fração de ejeção: fração do volume de sangue recebido durante a diástole que é ejetada durante a sístole. FE = VS VDF LEI DE FRANK STARLING Coração Insuficiente = baixo desempenho Perfusão sanguínea é inadequada para fornecer oxigênio e nutrientes ao organismo. Débito cardíaco reduzido Autoregulação: DISPNÉIA E TAQUICARDIA (decorrentes das tentativas do organismo de compensar o comprometimento do Dc) EXERCÍCIO FÍSICO DIMINUIÇÃO DA TOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO FÍSICO E FADIGA MUSCULAR RÁPIDA (principal consequência direta da diminuição do Dc) Coração Insuficiente = baixo desempenho Como se desenvolve? •A Insuficiência Cardíaca Aguda está relacionada a uma disfunção sistólica que ocorre devido à qualquer situação que torne o coração incapaz de ejetar adequadamente o sangue (infarto do miocárdio, hemorragia severa). O débito cardíaco encontra-se reduzido e a fração de ejeção é menor que 45%. •A Insuficiência Cardíaca Congestiva está relacionada a uma disfunção diastólica, e geralmente se desenvolve gradualmente, às vezes durante anos (doença ateroesclerótica do coração, hipertensão arterial). A despeito da redução do débito cardíaco, a fração de ejeção pode ser normal. Insuficiência Cardíaca: classificação INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ETIOLOGIA Insuficiência cardíaca: etiologia Causas da Insuficiência Cardíaca: ØDistúrbios da função cardíaca (valvulopatias, miocardite, insuficiência coronariana, miocardiopatias, defeitos cardíacos congênitos, doença de chagas) ØAumento do trabalho de pressão: hipertensão sistêmica, hipertensão pulmonar, excesso de líquidos endovenosos) Valvulopatia Cardiopatias isquêmicas Nos Estados Unidos, a IC afeta mais de 5,7 milhões de indivíduos, Principal causa de mortalidade cardiovascular, com mais 500.000 mortes/ano Prognóstico de sobrevida de 5 anos após diagnóstico No mundo, aproximadamente 26 milhões de pessoas são portadoras de IC, e 2 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano. Na Europa, a IC afeta 7-14 milhões de indivíduos, identificada como a principal causa de internação hospitalar após os 65 anos de idade No Brasil, a IC afeta 6,4 milhões de indivíduos Representa 30% das internações relacionadas ao sistema cardiovascular INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EPIDEMIOLOGIA Insuficiência cardíaca: epidemiologia Insuficiência cardíaca: sintomas 15 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SINTOMAS Insuficiência cardíaca esquerda: É manifestada como desconforto no lado direito superior do abdômen (fígado está com o volume aumentado); congestão hepática, além de edema periférico com acúmulo de líquidos no tornozelo e acúmulo de líquidos no abdômem (ascite). Falta de ar que evolui conforme a classe, ortopnéia (falta de ar quando deitado), dispnéia noturna paroxística (dificuldade respiratória durante o sono) quadro mais grave - edema agudo de pulmão Insuficiência cardíaca direita: Insuficiência cardíaca: sintomas INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIAGNÓSTICO • Ausculta cardíaca (sopros) • Ausculta pulmonar (chiado) • Edema das membros inferiores • Radiografia de tórax • Ecocardiografia (coração em movimento) Coração normal Coração IC Insuficiência cardíaca: Diagnóstico Insuficiência cardíaca: Classificação INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CLASSIFICAÇÃO SINTOMÁTICA TRADICIONAL (NEW YORK HEART ASSOCIATION, 1955) INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CLASSIFICAÇÃO ADICIONAL PREVENÍVEL: FATORES DE RISCO ASSINTOMÁTICO TRATÁVEL SINTOMÁTICO DIVERSOS GRAUS ESTÁGIO FINAL (Ventricular dysfunction) ONLY SYMPTOMATIC OBJETIVO: AUMENTAR O DÉBITO CARDÍACO. • Redução da Pré- carga e Pós- carga. • Aumento do estado inotrópico. Terapia farmacológica da ICC Sistema Nervoso Simpático Débito Cardíaco Liberação de Renina ⇩Pressão de Perfusão Renal Aparelho Justaglomerular Angiotensinogênio Ang I Ang II ECA Aldosterona Vasoconstrição Retenção de Na+ e água + Edema Pulmonar e Periférico Remodelamento Cardíaco Diuréticos FÁRMACOS USADOS NA TERAPIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Antagonista AT1 iECA Vasodilatadores x Antagonistas β adrenérgicos x x Espironolactona Insuficiência Cardíaca Inotrópicos positivos Sensibilizador de Ca2+ Agonistas β-adrenérgicos x Ø Papel central nos sintomas “congestivos” 1. DIURÉTICOS ICC: retenção de Na+ e H2O expansão do volume extracelular elevação da pressão diastólica final CONGESTÃO VENOSA PULMONAR EDEMA PERIFÉRICO 21 Ca2+ Na+ K + Mg2+ Cl- Principal fármaco: furosemida USO DE DIURÉTICOS NA ICC üDiuréticos de alça usados para manter euvolemia Atenção 1: Pacientes com retenção hídrica: Furosemida 40 - 80 mg/dia Aumento da dose até atingir a diurese desejada § Pacientes c/ ICC avançada: dose inicial + alta § Monitorar eletrólitos séricos e função renal § Reduzir a dose após resolução da retenção § Corrigir hipocalemia Atenção 2: Descompensação §Início com diurético de alça IV (40 mg ) em bolos repetidos ou infusão contínua (10 mg / hora) §Resistência : + tiazídico 22 Efeitos adversos•Perda de K+ (hipocalemia) •Alcalose Metabólica •Depleção de Mg+2 (arritmias cardíacas) e Ca2+ •hipovolemia e hipotensão (idosos) • Ototoxicidade : Zumbido no ouvido à INDÍCIO DE DISTÚRBIO HIDROELETROLÍTICO!!! •Hiperuricemia (menor reabsorção de ácido úrico) USO DE DIURÉTICOS NA ICC üAntagonistas de aldosterona - Antagonistas de receptores mineralocorticóides -Diminuem o remodelamento cardíaco Pacientes com ICC : aldosterona 20 X > que normal üReduz mortalidade e hospitalizações üEfeitos benéficos associados aos iECA üPacientes classe III ou IV ü10% ginecomastia(homens) ü2% hipercalemia (insignificante) üCautela com disfunção renal üDose preconizada (baixa): 12,5 ou 25 mg/dia, pode chegar a 50 mg/dia intervalo de 24 h 23 Di réticosDi réticosDiuréticosDiuréticos TUBULO DISTAL TERMINAL E DUCTO COLETOR Influencia da aldosterona ( i l ti óid )(mineralocorticóide) Influência do ADH na recuperação de água Secreção ativa de prótonSecreção ativa de próton Mecanismo de Ação: • bloqueio de V1 (músculo liso): vasoconstrição • bloqueio de V2 (túbulo coletor renal):aumenta a reabsorção de água e uréia Vasopressina ou ADH: hormônio envolvido na regulação da osmolaridade do VEC e ativado por altas concentrações de Ang II. Responsável pela retenção de fluido e por causar edema. AQUARÉTICOS: VAPTAN Diminui pré-carga por diminuir o retorno venoso; corrige a hiponatremia (edema cerebral) na ICC crônica Diminui pós-carga através da ação vasodilatdora AQUARÉTICOS: VAPTAN Sistema Nervoso Simpático Débito Cardíaco Liberação de Renina ⇩Pressão de Perfusão Renal Aparelho Justaglomerular Angiotensinogênio Ang I Ang II ECA Aldosterona Vasoconstrição Retenção de Na+ e água + Edema Pulmonar e Periférico Remodelamento Cardíaco Diuréticos FÁRMACOS USADOS NA TERAPIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Antagonista AT1 iECA Espironolactona Insuficiência Cardíaca 2. Inibidores da ECA (iECA) Indicados em todos os estágios da IC 27 Captopril Enalapril 25 -100 mg/dia Intervalos: 8 h Ajuste na IR: 50% RFG < 10 ml/min 10 - 40 mg/dia Intervalos: 12 h Ajuste na IR: 50% RFG < 10 ml/min Ø Tosse (5-20%) à acúmulo de bradicinina Ø Angioedema à nariz, boca, garganta, língua e glote Ø Hipotensão à Atividade de renina plasmática elevada Ø Hipercalemia (contraindicado na associação com espironolactona) Ø Teratogenicidade Efeitos adversos dos iECA 3. Antagonistas de Receptores AT1 ØEficácia semelhante ao iECA na redução de mortalidade ØFármacos úteis para substituir os iECA em pacientes intolerantes ØNão causam tosse ØIncidência de angioedema menor ØInduzem teratogenicidade similar aos IECA 29 Fármacos: losartana, candesartana,valsartana Dose: 12,5-50 mg/dia; intervalo 24 h Sistema Nervoso Simpático Débito Cardíaco Liberação de Renina ⇩Pressão de Perfusão Renal Aparelho Justaglomerular Angiotensinogênio Ang I Ang II ECA Aldosterona Vasoconstrição Retenção de Na+ e água + Edema Pulmonar e Periférico Remodelamento Cardíaco Diuréticos FÁRMACOS USADOS NA TERAPIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Antagonista AT1 iECA Antagonistas β adrenérgicos x Espironolactona Insuficiência Cardíaca 4. Antagonistas adrenérgicos v Reduz mortalidade (30% mais que os iECA) v Benefícios: Redução da atividade de catecolaminas Redução trabalho cardíaco Redução de renina Redução do estresse oxidativo nos cardiomiócitos Carvedilol (antagonista α-1 e β adrenérgico) Dose: 3,125-25 mg/dia Intervalos: 12 h Ajuste na IR: nenhum Sistema Nervoso Simpático Débito Cardíaco Liberação de Renina ⇩Pressão de Perfusão Renal Aparelho Justaglomerular Angiotensinogênio Ang I Ang II ECA Aldosterona Vasoconstrição Retenção de Na+ e água + Edema Pulmonar e Periférico Remodelamento Cardíaco Diuréticos FÁRMACOS USADOS NA TERAPIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Antagonista AT1 iECA Vasodilatadores x Antagonistas β adrenérgicos x x Espironolactona Insuficiência Cardíaca Embora diversos vasodilatadores possam melhorar os sintomas da insuficiência cardíaca, já foi demonstrado que somente a associação de hidralazina + dinitrato de isossorbida, e os antagonistas do sistema renina-angiotensina (iECA e antagonistas AT1) aumentam a sobrevida dos pacientes Estudo: Veterans Administration Cooperative Vasodilator-Heart Failure Trial, 1987 Eficácia da associação HIDRALAZINA+ DINITRATO DE ISOSSORBIDA na redução da mortalidade de pacientes portadores de IC causada por disfunção sistólica. 5. Vasodilatadores Sistema Nervoso Simpático Débito Cardíaco Liberação de Renina ⇩Pressão de Perfusão Renal Aparelho Justaglomerular Angiotensinogênio Ang I Ang II ECA Aldosterona Vasoconstrição Retenção de Na+ e água + Edema Pulmonar e Periférico Remodelamento Cardíaco Diuréticos FÁRMACOS USADOS NA TERAPIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Antagonista AT1 iECA Vasodilatadores x Antagonistas β adrenérgicos x x Espironolactona Insuficiência Cardíaca Inotrópicos positivos Sensibilizador de Ca2+ Agonistas β-adrenérgicos x Fármacos Cardiotônicos: • Digitálicos • Não digitálicos Cardiotônicos: agentes inotrópicos positivos Cardiotônicos: aumentam a força de contração e o débito cardíaco, indicados no tratamento da Insuficiência Cardíaca. •INOTRÓPICOS NÃO-DIGITÁLICOS Sensibilizador de Ca2+: Levosimendan Agonistas b1-adrenérgicos: Dobutamina Agonistas dopaminérgicos: Dopamina Inibidores de Fosfodiesterase: Amirinona; Milrinona • INOTRÓPICOS DIGITÁLICOS Glicosídeos cardíacos: Digoxina simpaticomiméticos ► Fazem parte do grupo de fármacos administrados por via parenteral à pacientes hospitalizados. Cardiotônicos: agentes inotrópicos positivos • Aumenta a sensibilidade do coração ao Ca2+, aumentando a contratilidade cardíaca sem aumentar o Ca2+ intracelular; • Exerce efeito inotrópico positivo por se ligar a troponina C de forma Ca2+ dependente; • Além disso, apresenta efeito vasodilatador (canal de K+ sensível ao ATP no tecido muscular liso levando ao relaxamento); Em conjunto, estes efeitos diminuem a pré-carga e a pós carga MECANISMO DE AÇÃO Uso: IC aguda descompensada; IC crônica avançada (a espera de transplante cardíaco) Cardiotônicos não digitálicos: levosimendana Uso: IC aguda descompensada; IC crônica avançada (a espera de transplante cardíaco) Inotrópico não digitálico: Levosimendana Efeito arritmogênico e n consumo de O2 Cardiotônicos não digitálicos: levosimendana Cardiotônicos não digitálicos: levosimendana Agente inotrópico positivo mais frequentemente usado no suporte a curto prazo da circulação na insuficiência cardíaca avançada Indicado também para IC refratária a outros tipos de medicamentos orais MECANISMO DE AÇÃO AGONISTAS β1-ADRENÉRGICOS CONTRAÇÃO Cardiotônicos não digitálicos: simpaticomiméticos Dobutamina Inotropismo Positivo ØEstimulação receptor β-1 >> β-2 adrenérgico ØEfeito predominante β1 ØEfeitos adversos: Taquicardia Aumenta pressão arterial Tolerância 41 Deve ser usada até 4 dias, pois gera resistência – substituir por inibidor de fosfodiesterase. Cardiotônicos não digitálicos: simpaticomiméticos •Inotropismo positivo •Vasodilatação •Aumento do fluxo sanguíneo renal •Manutenção da PA BALANÇO ENTRE OS EFEITOS DOS ENANTIÔMEROS FARMACOCINÉTICA •Administração IV: Infusão contínua 2,5 µg.kg-1.min-1 por 72 h 7,4 - 8,7 µg.kg-1.min-1 por 4h / semana 9,25 µg.kg-1.min-1 por 24 h a cada 3 dias por 4 semanas •t1/2 = 2,5 min •Piora da angina •Aumento de isquemia •Arritmias: taquicardia •Tolerância EFEITOS ADVERSOS Cardiotônicos não digitálicos: dobutamina Utilizados por via intravenosa para o suporte a curto prazo da ICC descompensada EMERGÊNCIA HOSPITALAR (IV) D1 > D2 > β > α <2 μg/Kg/min Vasodilatação dos leitos arteriaisesplânico e renal 2-5 μg/Kg/min Efeito inotrópico (+) 5-15 μg/Kg/min Vasoconstricção, FC; FSR Particularmente útil na ICC grave associada à Insuficiência renal Dopamina Cardiotônicos nãodigitálicos: simpaticomiméticos MECANISMO DE AÇÃO contração São usados na IC aguda (disfunção sistólica) ou na exacerbação da IC crônica - Aprovados para o suporte a curto prazo da circulação na insuficiência cardíaca avançada INIBIDORES DAS FOSFODIESTERASES (PDE) Cardiotônicos não digitálicos: milrinona e inanrinona Débito cardíaco aumenta devido: estimulação da contratilidade miocárdica; diminuição da pós-carga ventricular esquerda Efeito inotrópico positivo Inibição da Fosfodiesterase III músculo cardíaco músculo liso AMPc AMPc Vasodilatação *Fosforilação da cinase de cadeia leve da miosina que fica inativa, desfavorecendo todo o processo de contação MECANISMO DE AÇÃO Cardiotônicos não digitálicos: milrinona e inanrinona INODILATADORES Inotropismo positivo (Dc) Vasodilatação arteriolar e venosa •Apenas disponíveis em forma parenteral •t½ = 2 – 3 h em indivíduos sadios; esse tempo dobra na IC grave •30 % da dose excretados pela urina 1.Milrinona: tem menos efeito na medula óssea e hepática, mas causa mais arritmias. Aumento do risco de morte súbita. Uso IV e exclusivamente na IC aguda) 2.Inamrinona: náusea, vômito, trombocitopenia, arritmias e alterações das enzimas hepáticas FARMACOCINÉTICA EFEITOS ADVERSOS Cardiotônicos não digitálicos: milrinona e inanrinona Usados por via parenteral para o tratamento a curto prazo de pacientes com IC aguda = aumento da mortalidade Início do tratamento: Dose de ataque: Inanrinona 0,75 mg/kg fornecido por 2-3 min seguido por infusão de 2-20 μg/kg/min Dose de ataque: Milrinona 50 mg/kg seguido por infusão de 0,25-1 μg/kg/min EMERGÊNCIA HOSPITALAR (IV) Cardiotônicos não digitálicos: milrinona e inanrinona Inotrópico digitálico: Digoxina Fonte: plantas medicinais da família das Digitalis • Primeira a ser utilizada clinicamente na IC (Withering, 1785) • Único inotrópico usado cronicamente na IC Cardiotônicos digitálicos Digitalis Núcleo esteroidal + lactona + glicosídico (digitoxose) (R) Cardiotônicos digitálicos DIGOXINA Biod. Vo (%) 75 Lig. a ptn plasmática (%) 20 - 40 Metabolização (%) < 20 Excreção 2/3 urina Vd (L/Kg) 6,3 T1/2 (h) 40 Dose diária 0,125 – 0,5 mg Digitalização rápida 0,5 – 0,75 mg 8 /8 h – 3 doses [ ] plasmática 0,5 – 1,5 ng/mL FARMACOCINÉTICA Cardiotônicos digitálicos GLICOSÍDEOS CARDÍACOS (estabilização da enzima na conformação fosforilada/ subunidade α) MECANISMO DE AÇÃO: INIBIÇÃO ESPECÍFICA DA (Na++K+)-ATPASE Cardiotônicos digitálicos: digoxina Inotrópico digitálico: Digoxina Cardiotônicos digitálicos: mecanismo de ação Mecanismo de Ação Ø Inibição Na+/K+ ATPase à Aumento de [Na+] i ØInibição da troca Na+/Ca2+ → acúmulo de [Ca2+ ]i Ø Aumento do estímulo vagal = EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO = EFEITO CRONOTRÓPICO NEGATIVO Cardiotônicos digitálicos: mecanismo de ação Inotrópico digitálico: Digoxina EFEITOS MECÂNICOS EFEITOS ELÉTRICOS Diminuição da velocidade de condução no nodo átrio-ventricular e aumento do estímulo vagal no nodo sinusal: Efeito Inotrópico positivo e Cronotrópico negativo Indicações terapêutica: Ø Pacientes que mesmo em uso de iECA e beta-bloqueador que ainda permaneçam sintomáticos Ø Pacientes com ICC que apresentam fibrilação atrial Doses: 0,125 a 0,25 mg/dia intervalo 24 h (T1/2= 40 h) Cardiotônicos digitálicos Índice terapêutico= LD50/ED50 = 2,1X estreita janela terapêutica EFEITOS TERAPÊUTICOS VS EFEITOS TÓXICOS Inotrópico digitálico: Digoxina EFEITOS TERAPÊUTICOS VS EFEITOS TÓXICOS Diminuição do período refratário atrial e ventricular - Arritmias; Taquicardia ventricular. extra-sístoles Cardiotônicos digitálicos Atenção:Monitoramento sérico dos níveis plasmáticos de digoxina de extrema importância Janela terapêutica estreita- Concentração tóxica muito próxima da concentração terapêutica [Concentrações terapêuticas: 0,5 a 0,8 µg/ml] •Continua sendo único fármaco com ação inotrópica positiva para tratamento crônico •Reduz a taxa de hospitalização sem influenciar na mortalidade Cardiotônicos digitálicos Situações que aumentam a toxicidade por excesso na espoliação de K+: 1. Associação com diurético 2. Estado de hipercalcemia Efeitos adversos da digoxina Arritmias: foco ectópico atrial e ventricular • Distúrbios da condução AV • Distúrbios visuais • Desorientação • Alucinação • Agitação e convulsão • Ginecomastia • Anorexia Cardiotônicos digitálicos Terapias recentes Sal único Duas porções moleculares no complexo cristalino Sacubitril: pró- fármaco NEP iNEP Aprovado em 2017 pela ANVISA Peptídeos natriuréticos Terapias recentes Estudo duplo cego fase III 8000 pacientes com ICC II a IV = o complexo reduziu o risco de internação em 21% Entresto INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSAÇÃO Alternativas farmacológicas na ICC descompensada Redução dos fatores de risco; orientação do paciente e da família; Tratar os fatores de risco: hipertensão; diabetes; dislipidemia; iECA ou ARAII Inibidores da ECA ou ARAII; E-bloqueadores em pacientes selecionados Inibidores da ECA ou ARAII e E-bloqueadores em todos os pacientes Antagonista da aldosterona Restrição de Na+ alimentar; diuréticos e digoxina Ressincronização cardíaca se houver bloqueio de ramo Revascularização; cirurgia na valva mitral Considerar equipe multiprofissional Agentes inotrópicos Transplante Furosemida/ Tiazídicos podem ser usados em qualquer classe funcional de ICC por diminuir os sintomas de congestão. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA RESUMO TERAPÊUTICO Resumo terapêutico
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