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Prévia do material em texto

Português
CADERNO
DE APOIO
AOPROFESSOR
– 11.o ANO
∫ Apresentação do projeto
∫ Proposta de planificação
∫ Fichas de avaliação
∫ Propostas de correção
∫ Materiais auxiliares de apoio
FILOMENA MARTINS • GRAÇA MOURA
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS, 
por PAULO FEYTOR PINTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
O PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
PLANIFICAÇÃO ANUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
FICHAS DE AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Ficha de Avaliação – Sequência 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Ficha de Avaliação – Sequência 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Ficha de Avaliação – Sequência 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Ficha de Avaliação – Sequência 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Ficha de Avaliação – Sequência 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
SOLUÇÕES DAS FICHAS DE AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
REGISTOS ÁUDIO – ORALIDADE – COMPREENSÃO ORAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
PROPOSTAS DE CORREÇÃO DE ALGUMAS ATIVIDADES DO MANUAL . . . . . 41
MATERIAIS DE APOIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Grelha de observação da expressão oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Ficha de visionamento de um documento vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Cine-ficha (apreciação de filmes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Documento-guia de observação/audição de uma reportagem . . . . . . 51
Guião de atividade de debate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Modelo de relatório de visita de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Contrato de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Modelo de Ficha de leitura I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Modelo de Ficha de leitura II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
A oficina de escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
A ORGANIZAÇÃO DO PORTEFÓLIO SEGUNDO O PROGRAMA . . . . . . . . . . . . . . . . 61
ÍNDICE
1
2
Estimados colegas
Agradecemos o privilégio de contar com a vossa atenção para, mais uma vez, podermos sujeitar o nosso traba-
lho à vossa cuidada consideração e experiência profissional.
Desde 2003, ano do lançamento do primeiro projeto Página Seguinte, procurámos concretizar o espírito do
Programa de Português, relativamente às competências nucleares aí enunciadas, entrecruzando-as com recur-
sos scripto-áudio-visuais variados e diversos. 
Assim, à semelhança dos anteriores, este novo projeto concretiza de forma equilibrada e harmoniosa as com-
petências nucleares do Programa, desenvolvendo-as pertinentemente.
INTRODUÇÃO
Elementos constituintes do projeto Página Seguinte 11.o ano
Para o(a) Professor(a) Para o(a) Aluno(a)
Manual do Professor Manual
Caderno de Apoio ao Professor Caderno de Atividades
Planos de Aula (Obras Literárias) (CD-Rom e On-line)
O Dicionário Terminológico e o Programa de Secundário Apoio Internet www.paginaseguinte11.te.pt
(CD-Rom e On-line)
Apoio Internet www.paginaseguinte11.te.pt
3
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMA
EDUCATIVO PORTUGUÊS
Principais alterações, por Paulo Feytor Pinto
A ortografia da língua portuguesa, tal como a própria língua, tem sofrido alterações ao longo do tempo. Em
2011, com a entrada em vigor da nova ortografia que aqui se apresenta, chega ao fim um período de 100 anos
durante o qual a língua portuguesa teve duas ortografias oficiais distintas. Este facto foi provocado pelos portu-
gueses que, em 1911, adotaram uma nova ortografia, tornaram-na oficial e não consultaram os brasileiros.
Apesar de a nova ortografia comum ter provocado alterações tanto na ortografia portuguesa como na brasi-
leira, aqui apresentam-se apenas as regras que alteram a ortografia a utilizar no sistema educativo português.
Todas as regras ortográficas que não são referidas mantêm-se, portanto, inalteradas. Também a terminologia
utilizada nesta brochura é a adotada no ensino básico e secundário e não a do texto legal.
As alterações introduzidas na ortografia são as seguintes:
1. Introdução das letras k, w e y no alfabeto (Base I).
2. Obrigatoriedade de inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas de cortesia (Base XIX).
3. Supressão das letras c e p em sequências de consoantes (Base IV).
4. Supressão de acento em palavras graves (Base IX).
5. Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e derivadas, formas verbais e locuções (Bases
XV-XVII).
A consulta deste texto pode ser complementada com a leitura do diploma legal que aprova a nova ortografia,
em especial das bases ou regras acima identificadas e das respetivas notas explicativas. A Resolução da
Assembleia da República, de agosto de 1991, está permanentemente disponível em: 
http://dre.pt/pdf1sdip/1991/08/193A00/43704388.pdf 
A Resolução do Conselho de Ministros que determina a entrada em vigor da nova ortografia, de janeiro de 2011,
adotou também o Vocabulário Ortográfico do Português e o conversor Lince desenvolvidos pelo Instituto de
Linguística Teórica e Computacional, com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa. Uma vez que o
texto legal que descreve a nova ortografia prevê exceções e não é exaustivo na exemplificação, estas duas ferra-
mentas são muito úteis para esclarecer as inevitáveis dúvidas e estão disponíveis gratuitamente no sítio:
www.portaldalinguaportuguesa.org 
4
ALFABETO
k w y
As letras k, w e y fazem parte do alfabeto da língua portuguesa. Apesar desta novidade, as regras de utilização
mantêm-se as mesmas. Estas três letras podem, por exemplo, ser utilizadas em palavras originárias de outras lín-
guas e seus derivados ou em siglas, símbolos e unidades internacionais de medida, como darwinismo, Kuwait, km
ou watt. 
A posição destas três letras no alfabeto é a seguinte: …j, k, l… …v, w, x, y, z.
MINÚSCULAS
sábado agosto
verão sul
senhor Silva
A letra minúscula inicial é obrigatória nos:
– nomes dos dias: sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira…
– nomes dos meses: agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro…
– nomes das estações do ano: verão, outono, inverno, primavera…
– nomes dos pontos cardeais ou equivalentes, mas não quando eles referem regiões: sul, leste, oriente e oci-
dente europeu, mas o Ocidente. 
A letra minúscula inicial é obrigatória também nas formas de tratamento ou cortesia: senhor Silva, cardeal
Santos…
A letra inicial tanto pode ser maiúscula como minúscula em: 
– títulos de livros, exceto na primeira palavra: Amor de perdição ou Amor de Perdição.– nomes que designam cursos e disciplinas: matemática ou Matemática.
– designações de arruamentos: rua da Liberdade ou Rua da Liberdade.
– designações de edifícios: igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim.
C & P
ação facto
ótimo apto
As letras c e p são suprimidas sempre que não são pronunciadas pelos falantes mais instruídos, como acon-
tece em algumas sequências de consoantes: ação, ótimo, ata, ator, adjetivo, antártico, atração, coletânea, conce-
ção, letivo, noturno, perentório, sintático…
As letras c e p mantêm-se apenas nos casos em que são pronunciadas: facto, apto, adepto, compacto, con-
tacto, corrupção, estupefacto, eucalipto, faccioso, fricção, núpcias, pacto, sumptuoso…
5
Assim, tal como na oralidade, na escrita temos Egito e egípcio. 
Aceita-se a dupla grafia quando se verifica oscilação na pronúncia culta, como em sector e setor. Já existiam
em português outras palavras com mais de uma grafia, como febra, fevra e fêvera.
As letras b, g e m mantêm-se na escrita em português europeu padrão de sequências idênticas de consoan-
tes: subtil, súbdito, amígdala, amnistia, omnipresente…
A letra h mantém-se tanto no início e no fim de palavra como nos dígrafos ch, lh e nh: homem, oh, chega,
mulher, vinho.
ACENTO
joia heroico
leem veem
pera para
O acento agudo é suprimido das palavras graves cuja sílaba tónica contém o ditongo oi. Generaliza-se por-
tanto a regra já aplicada em dezoito e comboio. Assim, passamos a ter: joia, heroico, boia, lambisgoia, alcaloide,
paranoico…
O acento circunflexo é suprimido das formas verbais graves, da terceira pessoa do plural, terminadas em
eem. Assim, passamos a ter: leem, veem, creem, deem, preveem…
O acento gráfico, agudo ou circunflexo, é suprimido das palavras graves que não têm homógrafas da
mesma classe de palavras. Assim, para pode ser uma preposição ou uma forma do verbo parar, tal como acordo já
podia ser um nome ou uma forma do verbo acordar. Outros exemplos são: acerto (verbo ou nome), coro (verbo ou
nome), fora (verbo ou advérbio)…
O acento agudo mantém-se na escrita em português europeu padrão das formas verbais da primeira pessoa
do plural, do pretérito perfeito do indicativo, dos verbos da primeira conjugação: gostámos, levámos, entregámos,
andámos, comprámos…
HÍFEN
autoavaliação paraquedas
semirrígido suprassumo
fim de semana hei de
O hífen é suprimido das palavras derivadas em que a última letra do primeiro elemento – o elemento não
autónomo – é diferente da primeira letra do segundo elemento: autoavaliação, autoestrada, agroindústria, anti-
americano, bioalimentar, extraescolar, neoidealismo…
6
O hífen mantém-se nas derivadas começadas por ex, vice, pré, pós, pró, circum seguido de vogal ou n, pan
seguido de vogal ou m, ou ab, ad, ob, sob ou sub seguido de consoante igual, b ou r. Assim, continuamos a ter: 
pós-graduação, pan-americano, sub-região…
O hífen mantém-se nas derivadas em que o segundo elemento começa por h, r ou s. No primeiro caso, man-
tém-se a regra anteriormente em vigor: anti-herói, pan-helénico…
O hífen é suprimido de palavras cuja noção de composição se perdeu, tal como já tinha acontecido com pon-
tapé. Assim, passamos a ter: paraquedas, mandachuva…
O hífen é substituído por r ou s, duplicando-o, nas palavras derivadas e compostas acima referidas em que a
última letra do primeiro elemento é uma vogal e a primeira letra do segundo elemento é um r ou um s: semirrígi-
do, suprassumo, antirroubo, antissemita, girassol, madressilva, ultrassecreto…
O hífen é substituído por um espaço em branco nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adver-
biais, prepositivas ou conjuncionais: fim de semana, cão de guarda, cor de vinho… 
O hífen é substituído por um espaço em branco nas quatro formas monossilábicas do verbo haver seguidas
da preposição de: hei de, hás de, há de e hão de.
Mantém-se a ortografia em exceções pontuais tais como desumano, cor-de-rosa, coocorrência.
O hífen mantém-se em todos os restantes casos: 
– generalidade das compostas: cobra-capelo, ervilha-de-cheiro, mal-estar, tenente-coronel…
– derivadas em que a última letra do primeiro elemento é igual à primeira letra do segundo elemento: anti-
-ibérico, hiper-realista…
– formas verbais seguidas de pronome pessoal dependente: disse-lhe, disse-o, dir-te-ei…
– encadeamentos vocabulares: estrada Lisboa-Porto, ponte Rio-Niteroi…
7
SEQUÊNCIAS CONTEÚDOS
Diagnose Ficha de recuperação de saberes nas competências: oralidade, leitura (de texto e
de imagem), funcionamento da língua e escrita.
Sequência de Aprendizagem 1 Comunicado; Reclamação/Protesto; Artigo científico; Artigo técnico; 
Funcionamento da língua; Leitura de imagem.
Sequência de Aprendizagem 2 Discurso político; Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes
(excertos); Textos expositivo-argumentativos; Ilustrações para exploração; 
Leitura de imagem; Funcionamento da língua.
Sequência de Aprendizagem 3 Drama; Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa; Textos argumentativos, expositivo-
-argumentativos; Resumo; Leitura de imagem; Funcionamento da língua;
Ilustrações.
Sequência de Aprendizagem 4 Eça de Queirós, Os Maias; Quadros sinópticos; Ficha de Controlo de Leitura; 
Caricatura; Desenho humorístico; Debate; Síntese; Funcionamento da língua;
Ilustrações.
Sequência de Aprendizagem 5 Editorial; Poesia de Cesário Verde; Ficha de Controlo de Leitura; Leitura de imagem;
Publicidade; Artigo de apreciação crítica; Funcionamento da língua.
INFORMAÇÃO Funcionamento da língua; Oralidade, Escrita, Leitura de imagem; Enciclopédia 
Literária e Glossário de Símbolos.
O MANUAL 
O Manual está estruturado em sete partes e apresenta cinco sequências de acordo com o programa.
O PROJETO
PREVIAMENTE… Apresentação de conceitos relativos aos conteúdos da sequência.
ORALIDADE Exercícios de Compreensão e Expressão oral.
LEITURA Leitura e análise de textos das tipologias textuais propostas pelo Programa. 
FUNCIONAMENTO 
DA LÍNGUA
Exercícios diversificados dos conteúdos potenciais e previsíveis – de acordo com o Dicionário
Terminológico.
ESCRITA Elaboração de textos de diferentes tipologias.
APRENDER Sistematização esquematizada dos conteúdos.
SABER MAIS... Aprofundamento de conhecimentos – conteúdos do Programa.
FICHA FORMATIVA Treino e preparação para a avaliação escrita.
OFICINA DE ESCRITA Trabalho de escrita – aplicação das regras da textualidade. 
CONTRATO DE LEITURA Sinopses e propostas de obras para cumprimento do C.L.
CIDADANIA ATIVA Textos informativos para envolver ativamente o aluno-cidadão.
A PROPÓSITO... Textos complementares e esclarecedores dos temas explorados.
CARTAZ Filmes e documentários aconselhados.
VISITA DE ESTUDO Propostas de visita de estudo (com e sem guião). 
REMISSÕES Para Informação do Manual, especificando o conteúdo e a página.
FICHAS DE CONTROLO
DE LEITURA
Na 4.a e 5.a sequências de aprendizagem.
ILUSTRAÇÕES Para interpretação da linguagem icónica.
CARICATURA E
DESENHO HUMORÍSTICO
Com propostas de trabalho.
BANDAS LATERAIS
(só Manual do Professor)
Propostas de soluções para a Oralidade, para a Orientação de Leitura e para o Funcionamento
da Língua. Remissões para a Aula Digital – Áudio, Vídeo, Link Internet, PowerPoint.
Estrutura de cada Sequência de Aprendizagem
Cada Sequência de Aprendizagem explora as competências nucleares enunciadas no Programa e está estru-
turada do seguinte modo:
8
AULA DIGITAL
A Aula Digital possibilita a fácil exploração do projeto Página Seguinte, através das novas tecnologias em sala
de aula. É uma ferramenta inovadora que permitirá tirar o melhor partido deste projeto escolar, simplificando o
trabalho diário do docente.
Na Aula Digital, são disponibilizadas as páginas do manual que o docente poderá projetar e explorar na sala de
aula, e a partir das quais poderá aceder a um conjunto de conteúdos multimédia integrados no manual, para tor-
nar a aula mais dinâmica:
• Vídeos – suportes multimédia que permitema exploração de diferentes conteúdos programáticos. Assim,
de acordo com o programa, encontramos no manual remissões para os seguintes vídeos: tomada de posse
do Presidente da Assembleia da República na XI legislatura; entrevista ao Padre Hugo Ventura; Almeida
Garrett; Os Maias ; Gato Fedorento, Bombeiros de Mafamude e outros.
• Áudios – gravações de diversos textos do manual como oralidade – compreensão oral; leituras expressivas;
dramatizações; ciclo Eça; pregões; declamações e anúncios publicitários e outros.
• Apresentações em PowerPoint – recurso didático que visa expor e/ou sintetizar conteúdos tais como: 
Da ciência à tecnologia; A Assembleia da República; O discurso político; O Barroco; O teatro; O Romantismo;
A educação n’ Os Maias ; Rafael Bordalo Pinheiro; Cesário, poeta pintor e a Força da imagem na publicidade. 
• Testes Interativos – extenso banco de testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversos
temas do manual. 
• Links internet – endereços para páginas na internet de apoio às matérias, para a obtenção de mais infor-
mação. 
A Aula Digital simplifica a preparação de aulas com as novas tecnologias. O docente pode preparar facilmente
sequências planeadas e personalizadas de recursos digitais, para exploração com projetor simples ou Quadro
Interativo.
Para poder avaliar facilmente os seus alunos, poderá:
• Utilizar os testes pré-definidos ou criar um teste à medida da turma, a partir de uma base de mais de 300
questões. 
• Imprimir os testes para distribuir, projetar em sala de aula ou enviar aos alunos com correção automática.
• Acompanhar o progresso dos alunos através de relatórios de avaliação detalhados.
Para poder comunicar mais facilmente com os seus alunos, a Aula Digital permite ao docente e alunos a
troca de mensagens e a partilha de recursos.
• Banco de imagens– imagens para exploração.
• Textos teóricos / Fichas de atividades.
CADERNO DE ATIVIDADES
Esquemas e tabelas – sistematização de conceitos teóricos.
Fichas (verdadeiro/falso).
9
Fichas formativas (estrutura idêntica às do Manual).
Fichas de Funcionamento da Língua.
Produção escrita: resumo/síntese.
Soluções.
CADERNO DE APOIO AO PROFESSOR
Planificação Anual a longo e a médio prazo; Principais alterações relativas ao Novo Acordo Ortográfico no
sistema educativo português, por Paulo Feytor Pinto; Fichas de Avaliação; Registo escrito dos textos para
Oralidade – Compreensão oral; Propostas de correção; quadros e esquemas (propostas de solução de exercícios
do Manual); sugestões metodológicas para organização de portefólio e cumprimento de contrato de leitura; gre-
lhas, fichas e guiões.
PLANOS DE AULA (OBRAS LITERÁRIAS)
Propostas de Planos de aula a desenvolver pelo docente, de acordo com as características específicas das
turmas.
10
Conteúdos Suportes Sequência/Blocos
1.o
Período
Comunicado; Reclamação/Protesto; Artigos científicos e técnicos
• Textos informativos diversos e dos domínios transacional e educativo
• Documentários de índole científica
Funcionamento da Língua 
• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)
• Tipologia textual (protótipos textuais)
• Estruturas lexicais
• Neologia
• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras
• Funções sintáticas e ordem das palavras
• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica 
e de Pragmática e Linguística textual do 10.o ano
Discurso político; Pe. António Vieira, Sermão de Santo António
aos Peixes (excertos); exposição e outros textos expositivo-
-argumentativos
• Documentários; Sermão de Santo António aos Peixes em CD
• Filme Palavra e Utopia, outros
• Exposição
• Textos expositivo-argumentativos; textos de apreciação crítica
Funcionamento da Língua 
• Processos fonológicos
• Interação discursiva (força ilocutória)
• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)
• Tipologia textual (protótipos textuais)
• Processos interpretativos inferenciais (figuras)
• Tempo e aspeto; modalidade
• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, figuras 
de sintaxe, funções sintáticas e ordem das palavras
• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica
e de Pragmática e Linguística textual do 10.o ano
Manual
CD Áudio
Aula Digital
Avaliação
interativa
Manual
CD Áudio
Aula Digital
Avaliação
interativa
Planos 
de aula
Diagnose
1 bloco
Sequência 1
8 blocos
Sequência 2
15 blocos
AVALIAÇÃO
FORMAL
4 blocos
Total = 28 blocos
PLANIFICAÇÃO ANUAL
11
12
2.o
Período
Drama; Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett (leitura integral); 
textos argumentativos, expositivo-argumentativos e resumo
• Filme Frei Luís de Sousa; documentários sobre Garrett, 
o Romantismo e outros
• Dramatização
• Escrita: Textos argumentativos e expositivo-argumentativos; 
resumo de textos expositivo-argumentativos
Funcionamento da Língua
• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)
• Tipologia textual (protótipos textuais)
• Tempo e aspeto; modalidade
• Ordem de palavras; função sintática
• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funções 
sintáticas e ordem das palavras
• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica 
e de Pragmática e Linguística textual do 10.o ano
Romance de Eça de Queirós, Os Maias; debate; síntese; 
caricatura, desenho humorístico (função crítica da imagem)
• Documentários sobre vida e obra do autor
• Excertos de filmes e séries baseados na obra do autor
• Programas áudio e audiovisuais humorísticos
• Debate (participação)
• Síntese de textos expositivo-argumentativos
Funcionamento da Língua
• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)
• Tipologia textual (protótipos textuais)
• Processos interpretativos inferenciais
• Tempo e aspeto; modalidade
• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funções 
sintáticas e ordem das palavras
• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica 
e de Pragmática e Linguística textual do 10.o ano
Manual
CD Áudio
Aula Digital
Avaliação 
interativa
Planos 
de aula
Manual
CD Áudio
Aula Digital
Avaliação
interativa
Planos 
de aula
Sequência 3
12 blocos
Sequência 4
15 blocos
AVALIAÇÃO
FORMAL
4 blocos
Total = 31 blocos
13
3.o
Período
Editorial; Textos líricos de Cesário Verde; Textos publicitários;
Artigos de apreciação crítica 
• Textos dos média: editorial, artigos de apreciação crítica; imagens
(função argumentativa) e textos publicitários
• Cesário Verde
• Produções áudio e audiovisuais diversas
• Textos publicitários (orais e audiovisuais)
• Artigos de apreciação crítica; textos publicitários
Funcionamento da Língua
• Texto (continuidade; progressão; coesão; coerência)
• Tipologia textual (protótipos textuais)
• Paratextos
• Expressões nominais
• Sintaxe: estrutura das combinações livres de palavras, funções
sintáticas e ordem das palavras
• Consolidação dos itens de Semântica lexical e frásica 
e de Pragmática e Linguística textual do 10.o ano
Manual
CD Áudio
Aula Digital
Avaliação 
interativa
Sequência 5
14 blocos
AVALIAÇÃO
FORMAL
4 blocos
Total = 18 blocos
14
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 1
GRUPO I
Lê atentamente o texto.
Os grandes avanços da ciência são, em geral, feitos por jovens. 
Em 1905, há cem anos, o jovem Einstein – tinha apenas 26 anos – mudava as nossas ideias sobre a natureza da
luz, sobre a constituição do mundo, sobre as propriedades do espaço e do tempo e ainda sobre a natureza da
matéria e da energia. Foi um vendaval de ideias revolucionárias que a experiência veio confirmar! Mas, tendo em
jovem sido o pai da teoria quântica, Einstein viria a distanciar-se dela. Foi ultrapassado por novos jovens: em 1925,
um pequeno grupo onde pontificavam Heisenberg, com 24 anos, e Schröedinger, com 28 anos, estabeleceu a
Física Quântica que tem vindo a descrever corretamente o mundo atómico e que nos trouxe, entre outros, o com-
putador e a Internet. Fizeram-no «subindo aos ombros» de Bohr, nessa altura com 40 anos, mas que tinha proposto
o seu modelo do átomo com apenas 28 anos. Bohr propôs a alguns dos seus alunos que tentassem compreendero
que era a vida. Foi a origem da Biologia Molecular, que logo se revelou uma nova fronteira da ciência e que veio
mudar as nossas vidas. Crick tinha 37 anos em 1953 quando identificou a estrutura molecular do DNA, juntamen-
te com o seu amigo Watson, então com 25 anos. Não é só na Física, na Química e na Biologia que ser jovem é um
trunfo: também o é em Matemática. Em 1993, Wiles, então com 40 anos, anunciou que tinha demonstrado o
famosíssimo «último teorema de Fermat». Foi por pouco que não ganhou a medalha Fields, a maior distinção em
Matemática, dada apenas a matemáticos com menos de 40...
Os jovens são, na ciência, uma inesgotável fonte de criatividade. São eles os autores de novas ideias e feitores
de novas obras, os permanentes construtores do futuro. Em todo o mundo e também, obviamente, entre nós. (…) 
O principal recurso de um país em busca do desenvolvimento é a sua massa cinzenta. Felizmente, como mostra
este caderno, isso não nos falta. Falta-nos acarinhá-la mais. (…) Nos dias de hoje, em que a riqueza provém do
conhecimento, incentivar e apoiar a profissão de cientista é uma obrigação nacional. 
A ciência poderá ser cara, mas a ausência de ciência é muito mais cara. Atrasar ou interromper o caminho
que estes jovens estão a traçar significaria atrasar ou interromper o futuro. Eles estão em trânsito – e nós com
eles – em direção ao futuro.
Profissão: Cientista – Retratos de uma geração em trânsito (Carlos Fiolhais)
http://viveraciencia.org
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Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.
1. Delimita os momentos do texto, sintetizando cada um deles numa frase. 
2. Caracteriza os jovens cientistas.
3. Considerando que «O principal recurso de um país em busca do desenvolvimento é a sua massa cinzenta»
(l. 18), refere o que deve fazer Portugal, de acordo com a opinião do autor.
4. Explica o significado da expressão: «Atrasar ou interromper o caminho que estes jovens estão a traçar
significaria atrasar ou interromper o futuro.» (ls. 21 e 22)
5. Identifica a temática do texto e algumas características do discurso.
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GRUPO II
COMUNICADO DE IMPRENSA
Juntos pelas crianças.
UNICEF mobiliza pessoal e ajuda para responder às necessidades causadas pela instabilidade
2 março 2011 – Preocupada com o aumento do número de retornados e trabalhadores migrantes que estão a
chegar à Tunísia, a UNICEF está a mobilizar recursos humanos e ajuda humanitária para as fronteiras leste da
Líbia.
O responsável pelas Operações de Emergência da UNICEF, Louis-Georges Arsenault, chegou quarta-feira pas-
sada à Tunísia para se encontrar com membros do governo, agências da ONU e o Crescente Vermelho a fim de
identificarem as necessidades humanitárias resultantes da instabilidade na Líbia.
Nos próximos dias, está prevista a chegada de aviões fretados pela UNICEF às duas capitais vizinhas, trans-
portando mais de 160 toneladas de bens de primeira necessidade para responder às necessidades mais urgentes
nas fronteiras egípcias e tunisinas, e estão a ser pré-posicionados stocks para uma possível intervenção no inte-
rior da Líbia.
Nesta fase inicial está a ser dada prioridade a bens como kits de higiene, produtos nutritivos, e artigos recrea-
tivos e para apoio psicossocial. Embora os dados reportados sobre o número de famílias que tem vindo a atraves-
sar as fronteiras possam ser inferiores à realidade, a UNICEF está muito preocupada com as crianças e mulheres
que no interior da Líbia foram seriamente afetadas pela instabilidade.
A UNICEF lançou ontem um apelo no total de 7,2 milhões de dólares a fim de responder às necessidades ime-
diatas das crianças e das mulheres afetadas pela crise. Este documento será integrado no Apelo Conjunto das
várias agências da ONU que será divulgado nos próximos dias.
Os fundos destinam-se a financiar o reforço das operações nas regiões fronteiriças da Tunísia e Egito para
onde foram já enviadas equipas a fim de fazerem o levantamento das necessidades mais prementes dos retorna-
dos e trabalhadores migrantes que fugiram da Líbia.
Em ambas as fronteiras a UNICEF está a trabalhar com o apoio do ACNUR1, da OIM2 e em colaboração com as
Sociedades do Crescente Vermelho egípcia e tunisina.
http://www.unicef.pt 
1 ACNUR – Agência da ONU para Refugiados. 
2 OIM – Organização Internacional para a Migração.
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Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.
1. A UNICEF é uma organização de caráter:
a) social.
b) solidário.
c) económico.
d) caridoso.
2. A intervenção da UNICEF relativa ao presente comunicado faz-se sentir: 
a) no continente asiático.
b) no continente americano.
c) nos países árabes.
d) nos Países Baixos.
3. A UNICEF intervém:
a) de forma independente.
b) de forma concertada.
c) de forma isolada.
d) de forma irregular.
4. Para apoiar os cidadãos dos países com necessidades:
a) utiliza fundos próprios.
b) utiliza empréstimos bancários.
c) utiliza fundos cedidos.
d) utiliza fundos negociados.
5. Este comunicado de imprensa tem como objetivo divulgar:
a) uma reportagem.
b) um acontecimento.
c) um produto.
d) um serviço.
6. No presente comunicado, a informação mais relevante encontra-se:
a) no segundo parágrafo.
b) no terceiro parágrafo.
c) no primeiro parágrafo.
d) no último parágrafo.
7. A estrutura do comunicado pressupõe a apresentação da matéria:
a) do geral para o particular.
b) do particular para o geral.
c) do fundamental para o acessório.
d) do acessório para o fundamental. 
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Coluna A Coluna B
1. A expressão «que estão a chegar à Tunísia» (ls. 1 e 2) tem um valor aspetual a) acrónimo.
2. «UNICEF» é uma palavra formada por letras de um grupo de palavras. Designa-se b) temporal.
3. A expressão «para se encontrar com» (l. 5) tem sentido c) coesão.
4. A expressão «Nesta fase inicial» (l. 11) tem referenciação deítica d) durativo.
5. A repetição da palavra «UNICEF» ao longo do texto tem como objetivo assegurar,
no texto, a
e) final.
f) imperfetivo.
g) causal.
h) sigla.
GRUPO III
Elabora um texto de opinião, de cento e vinte a duzentas palavras, sobre o tema Ciência.
Tópicos a desenvolver (escolhe dois ou mais):
• Definir o conceito de Ciência.
• Dialogar, comunicar Ciência é promover a sua aproximação com o cidadão comum.
• Apoiar os cientistas é incrementar o desenvolvimento do país.
• O conhecimento da Ciência tem / não tem limites.
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8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 2
GRUPO I
Lê atentamente o texto.
Nesta viagem, de que fiz menção, e em todas as que passei a Linha Equinocial, vi debaixo dela, o que muitas
vezes tinha visto e notado nos homens, e me admirou que se houvesse estendido esta ronha1 e pegado também
aos peixes. Pegadores se chamam estes de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos,
não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhe pegam aos costados, que jamais os desferram. De
alguns animais de menos força e indústria se conta, que vão seguindo de longe aos Leões na caça, para se susten-
tarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes Pegadores, tão seguros ao perto como aqueles ao longe; porque
o peixe grande não pode dobrar a cabeça, nem voltar a boca sobre os que traz às costas, e assim lhes sustenta o
peso e mais a fome. Este modo de vida, mais astuto que generoso, se acaso se passou e pegou de um elemento a
outro, sem dúvida que o aprenderam os peixes do alto2, depois que os nossos Portugueses o navegaram; porque
não parte Vice-Rei ou Governador para as Conquistas, que não vá rodeado de Pegadores3, os quais se arrimam a
eles, para que cá lhe matem a fome, de que lá não tinham remédio. Os menos ignorantes desenganados da expe-
riência, despegam-se e buscam a vida por outra via; mas os que se deixam estar pegados à mercê e fortuna dos
maiores, vem-lhe a suceder no fim o que aos Pegadores do mar.
Rode a a Nau o Tubarão nas calmarias da Linha com os seus Pegadores às costas, tão cerzidos com a pele,
que mais parecemremendos ou manchas naturais, que os hóspedes ou companheiros. Lançam-lhe um anzol de
cadeia com a ração4 de quatro Soldados, arremessa-se furiosamente à presa, engole tudo de um bocado, e fica
preso. Corre mais companha5 a alá-lo6 acima, bate fortemente o convés com os últimos arrancos; enfim, morre o
Tubarão, e morrem com ele os Pegadores. Parece-me que estou ouvindo a S. Mateus, sem ser Apóstolo pescador,
descrevendo isto mesmo na terra. Morto Herodes, diz o Evangelista, apareceu o Anjo a José no Egipto, e disse-lhe,
que já se podia tornar para a pátria; porque eram mortos todos aqueles que queriam tirar a vida ao Menino:
Defuncti sunt enim qui quaerebant animam Pueri 7 Os que queriam tirar a vida a Cristo Menino, eram Herodes e
todos os seus, toda a sua família, todos os seus aderentes, todos os que seguiam e pendiam da sua fortuna. Pois é
possível que todos estes morressem juntamente com Herodes? Sim: porque em morrendo o Tubarão, morrem
também com ele os Pegadores: Defuncto Herode, defuncti sunt qui quaerebant animam Pueri. Eis aqui, peixezi-
nhos ignorantes e miseráveis, quão errado e enganoso é este modo de vida que escolhestes. Tomai o exemplo nos
homens, pois eles o não tomam em vós, nem seguem, como deveram, o de Santo António.
Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes
1 Malícia. 2 Peixes do mar alto. 3 Oportunistas. 4 Peixe abundante na costa noroeste que os pescadores usam como isco. 5 Tripulação de uma
embarcação. 6 Puxar para cima. 7 (Mateus 2, 20).
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Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.
1. Situa o trecho na estrutura externa e interna do Sermão.
2. Caracteriza os Pegadores.
3. O orador explica o modo de vida dos Pegadores ao mesmo tempo que faz uma crítica direta aos
Portugueses. Justifica a afirmação.
3.1 Identifica os recursos estilísticos, referindo o seu valor expressivo, nas frases transcritas «para que cá
lhe matem a fome, de que lá não tinham remédio» (l. 11). 
4. Mostra que a consequência do modo de vida dos oportunistas é exemplificada alegoricamente.
5. Interpreta o argumento de autoridade a que o orador recorre para confirmar a sua tese.
GRUPO II
Alguns jornais acusam-nos, gravemente – de sermos hostis e violentos com a realeza e a família real: e dão
ligeiramente a entender que nós estamos comprados pela demagogia para atacar a coroa.
Outros jornais acusam-nos severamente – de sermos hostis e violentos com todo o facto e toda a instituição –
e sermos pelo contrário benevolamente cortesãos com a realeza e a família real: e dão infamemente a perceber,
que nós estamos comprados pela coroa – para vergastar a demagogia.
Fundam-se os primeiros em que nós fomos menos amoráveis com sua majestade a rainha, – contando a histó-
ria patética do mendigo preso.
Fundam-se os segundos em que nós fomos vassalamente aduladores com sua majestade el-rei, – dizendo que
ele espalhava no lugar da Ajuda seis contos de reis de esmolas.
As pessoas imparciais compreendem decerto o nosso embaraço cheio de rubor.
Queríamos dizer palavras pungentes à coroa, para eficazmente provar que não estamos comprados – pelo
seu oiro! – Mas então, patentemente se percebia que o que nos inspirava a prosa amarga – eram as bolsas de
dinheiro, que nos atirara a pálida demagogia.
Queríamos oferecer períodos perfumados à coroa, para convencer que não nos acorrentam o poder dos tesou-
ros demagógicos: – mas então abertamente se via que se falávamos com um som tão meigo – era sob a influência
dissolvente dos cofres da coroa! Lívida colisão!
De tal sorte que resolvemos imprimir as duas seguintes cartas, pedindo a rápida justificação da nossa honra:
Ao rei de Portugal Senhor. – Alguns malévolos, nossos comuns inimigos, espalham subtilmente que vossa
majestade nos sacia de oiro, para que as Farpas tenham para vossa majestade um tom amoroso a untuoso.
Rogamos a vossa majestade declare se já deixou cair na nossa mão estendida – o corruptor metal! Vossa majesta-
de, com mal disfarçado despeito o dizemos, nem sequer é assinante de As Farpas! (…)
À Hibra da anarquia
Tendo alguns jornais dado a entender, que nós atacávamos a realeza porque estávamos para isso pagos pela
Hidra da anarquia – pedimos ao dito bicho – declare a falsidade desta asserção imunda.
Eça de Queirós, Ramalho Ortigão; As Farpas
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Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens. 
1. A redação de «As Farpas» é acusada por jornais de diferentes orientações políticas de:
a) imparcialidade.
b) cinismo.
c) difamação.
d) venalidade.
2. Os jornais das diferentes fações demonstram as suas teses:
a) com exemplificação.
b) com citações.
c) com argumentos de autoridade.
d) com argumentos «ad terrorem».
3. O jornal «As Farpas», acusado de ser a favor da realeza e contra a mesma, encontra-se com dificuldade:
a) em defender as duas teses.
b) em refutar uma tese.
c) em contra-argumentar.
d) manter a sua posição.
4. Na frase «Queríamos oferecer períodos perfumados à coroa, para convencer que não nos acorrentam o
poder dos tesouros demagógicos» (ls. 14 e 15), o sujeito da enunciação recorre a: 
a) analogias.
b) metáforas.
c) personificações.
d) paralelismos.
5. A frase nominal e expressiva «Lívida colisão!» (l. 16) visa: 
a) encadear logicamente os argumentos.
b) destacar as contradições dos adversários.
c) utilizar uma linguagem precisa.
d) explorar as emoções do auditório/leitor.
6. A síntese do discurso de «As Farpas» consiste num pedido de reposição da verdade:
a) às entidades acusatórias.
b) aos cidadãos em geral.
c) ao poder político instituído.
d) ao poder e ao contrapoder.
7. Este discurso está estruturado de forma:
a) indutiva.
b) dedutiva.
c) antitética.
d) falaciosa.
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Coluna A Coluna B
1. A expressão «pela demagogia» (l. 2) desempenha a função sintática de a) diretivo.
2. « os primeiros» (l. 6) e «os segundos»(l. 8) são marcadores discursivos com função de b) de qualidade.
3. Na expressão «pálida demagogia» (l. 13), o adjetivo tem valor c) consequência.
4. A expressão «De tal sorte que» (l. 17) exprime a ideia de d) agente da passiva.
5. O ato ilocutório presente em «Rogamos a vossa majestade» é e) complemento direto.
f) restritivo.
g) explicação.
h) ordenadores.
GRUPO III
Escreve um texto expositivo-argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, sobre a
atualidade do Sermão de Santo António aos Peixes.
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8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 3
GRUPO I
Lê atentamente o texto.
CENA XI
Manuel de Sousa, Miranda e os outros criados
Manuel – Meu pai morreu desastrosamente caindo sobre a sua própria espada. Quem sabe se eu morrerei nas
chamas ateadas por minhas mãos? Seja. Mas fique-se aprendendo em Portugal como um homem de honra e
coração, por mais poderosa que seja a tirania, sempre lhe pode resistir, em perdendo o amor a coisas tão vis e pre-
cárias como são esses haveres que duas faíscas destroem num momento… como é esta vida miserável que um
sopro pode apagar em menos tempo ainda! (Arrebata duas tochas das mãos dos criados, corre à porta da esquerda,
atira com uma para dentro; e vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira a outra tocha; e sucede o
mesmo. Ouve-se alarido de fora.)
CENA XII
Manuel de Sousa e criados: Madalena, Maria, Jorge e Telmo, acudindo.
Madalena – Que fazes?… que fizeste? – Que é isto, oh meu Deus!
Manuel (tranquilamente.) – Ilumino a minha casa para receber os muito poderosos e excelentes senhores
governadores destes reinos. Suas excelências podem vir, quando quiserem.
Madalena – Meu Deus, meu Deus!… Ai, e o retrato de meu marido!… Salvem-me aquele retrato! (Miranda e os
outros criados vão para tirar o painel; uma coluna de fogo salta nas tapeçarias e os afugenta.)
Manuel – Parti! parti! As matérias inflamáveis que eu tinha disposto vão-se ateando com espantosa velocidade.
Fugi!
Madalena (cingindo-se ao braço do marido.) – Sim, sim, fujamos.
Maria (tomando-odo outro braço.) – Meu pai, nós não fugimos sem vós.
Todos – Fujamos, fujamos... (Redobram os gritos de fora, ouve-se rebate de sinos; cai o pano.)
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa
Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.
1. Situa o trecho na estrutura externa e interna da obra.
2. Atenta na Cena XI.
2.1 Classifica a modalidade de discurso na fala de Manuel de Sousa Coutinho.
2.2 Identifica os sentimentos que dominam a personagem.
3. Discrimina as indicações cénicas presentes na didascália.
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4. Relê a Cena XII.
4.1 Interpreta a simbologia da destruição do retrato de Manuel de Sousa Coutinho.
4.2 Denomina o recurso estilístico presente na resposta de Manuel de Sousa Coutinho a D. Madalena
(fala 2), referindo o seu valor expressivo.
4.3 Designa este momento, de acordo com a tragédia clássica. Justifica a resposta.
GRUPO II
Tortsov começou a aula de hoje com as seguintes observações:
– Dostoievski foi impelido a escrever Os irmãos Karamazov pela preocupação que lhe ocupou a vida inteira: a
procura de Deus. Tolstoi passou a existência lutando pelo aperfeiçoamento de si mesmo. Anton Tchekhov comba-
teu a trivialidade da vida burguesa, e esse foi o leitmotiv da maior parte da sua produção literária.
«Vocês são capazes de sentir como estes propósitos mais amplos, vitais, dos grandes escritores têm o poder
de atrair todas as faculdades criadoras do ator e de absorver todos os detalhes e unidades menores de uma peça
ou um papel?»
Numa peça, toda a corrente dos objetivos individuais, menores, todos os pensamentos imaginativos, senti-
mentos e ações do ator devem convergir para a execução do superobjetivo da trama. O elo comum deve ser tão
forte que até mesmo o detalhe mais insignificante, se não tiver relação com o superobjetivo, salientar-se-á, como
supérfluo ou errado.
E também esse impulso em direção ao superobjetivo deve ser contínuo durante toda a peça. Quando a sua ori-
gem é teatral ou superficial, dará à peça uma orientação apenas mais ou menos certa. Quando é origem humana
e se dirige para a consumação do propósito básico da peça, será como uma artéria principal, levando alimento e
vida tanto a ela como aos atores.
Naturalmente, também, quanto maior é a obra literária, maior é o magnetismo do seu superobjetivo.
– Mas… e se faltar à peça o toque do génio?
– Então o poder de atração será visivelmente mais fraco.
– E numa peça ruim?
Aí o ator terá de indicar, ele mesmo, o superobjetivo, terá de torná-lo mais profundo e penetrante. Ao fazê-lo,
o nome que lhe der será extremamente significativo.
Constantin Stanislavski, A preparação do ator, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2008, págs. 323-324
Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.
1. Tortsov iniciou o seu discurso, referenciando três grandes autores com o objetivo de mostrar:
a) a importância da produção literária desses escritores.
b) a intemporalidade das suas obras literárias.
c) as forças subjacentes ao seu trabalho artístico. 
d) as relações existentes entre os seus trabalhos.
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2. Tortsov diz aos seus alunos que todas as suas forças interiores e exteriores devem: 
a) convergir para o grande objetivo da representação.
b) ser guardadas para o grande momento da representação.
c) ser usadas em prol do trabalho da equipa de atores.
d) convergir para o grande objetivo da encenação da peça. 
3. Segundo Tortsov, a qualidade da peça intervém:
a) na qualidade da representação.
b) na força que norteia o ator.
c) na qualidade dos ensaios.
d) na força que anima o autor.
4. Se a peça não tiver a força magnética de atrair o ator, este:
a) terá de rejeitar o papel. 
b) terá de modificar o texto.
c) terá de a criar por si.
d) terá de dar-lhe outro título.
5. O texto apresentado tem um objetivo:
a) crítico.
b) didático.
c) divulgador.
d) político.
6. O modo de expressão utilizado é:
a) o monólogo.
b) o discurso indireto.
c) o diálogo.
d) o discurso direto livre.
7. Quanto à tipologia, o texto é:
a) narrativo.
b) descritivo.
c) argumentativo.
d) instrucional.
24
Coluna A Coluna B
1. «pela preocupação» (l. 2) desempenha a função sintática de a) meronímia/holonímia.
2. Entre as unidades lexicais «detalhe» e «peça» (ls. 10 e 13) há uma relação de
hierarquia semântica designada
b) pertinência.
3. «humana» (l. 13) é correferente de c) complemento oblíquo.
4. «Naturalmente, também» (ls. 12 e 16) são marcadores discursivos que se
designam respetivamente
d) hiponímia/hiperonímia.
5. Na resposta «– Então o poder de atração será visivelmente mais fraco.» (l. 18)
está presente o princípio da
e) origem.
f) peça.
g) operador e conetor.
h) conetor e operador.
Grupo III
Elabora um texto argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, defendendo e/ou
rejeitando a seguinte tese:
O teatro é fundamental na formação cultural do cidadão.
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.
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FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 4
GRUPO I
Lê atentamente o texto.
Subitamente, por sobre o novo silêncio da sala, um vozeirão mais forte que o do Rufino fez retumbar os gran-
des nomes de D. João de Castro e de Afonso de Albuquerque... (…)
– É patriotismo, disse o Ega. Fujamos!
Mas o marquês reteve-os, gostando também de um bocado de Quinas. E foi o pobre marquês que o patriota
pareceu interpelar, alçando na ponta dos botins o corpanzil rotundo, aos urros. Quem havia agora aí, que, agar-
rando numa das mãos a espada e na outra a cruz, saltasse para o convés duma caravela a ir levar o nome portu-
guês através dos mares desconhecidos? Quem havia aí, heróico bastante, para imitar o grande João de Castro,
que na sua quinta de Sintra arrancara todas as árvores de fruto, tal era a isenção da sua alma de poeta?...
– Aquele miserável quer-nos privar da sobremesa! – exclamou Ega.
Em torno correram risos alegres. O marquês virou costas, enojado com aquela patriotice reles. Outros boceja-
vam por trás da mão, num tédio completo de «todas as nossas glórias». E Carlos, enervado, preso ali pelo dever de
aplaudir o Alencar, chamava o Ega para irem abaixo ao botequim espairecer a impaciência – quando viu o
Eusebiozinho que descia a escada, enfiando à pressa um paletó alvadio. Não o encontrara mais desde a infâmia da
Corneta, em que ele fora «embaixador». E a cólera que tivera contra ele, nesse dia, reviveu logo num desejo irresis-
tível de o espancar. Disse ao Ega:
– Vou aproveitar o tempo, enquanto esperamos pelo Alencar, a arrancar as orelhas àquele maroto!
– Deixa lá, – acudiu Ega, – é um irresponsável!
Mas já Carlos corria pelas escadas: Ega seguiu atrás, inquieto, temendo uma violência. Quando chegaram à
porta, Eusébio metera para os lados do Carmo. E alcançaram-no no largo da Abegoaria, àquela hora deserto,
mudo, com dois bicos de gás mortiços. Ao ver Carlos fender assim sobre ele, sem paletó, de peitilho claro na noite
escura, o Eusébio, encolhido, balbuciou atarantadamente: «Olá, por aqui...»
– Ouve cá, estupor! – rugiu Carlos, baixo. – Então também andaste metido nessa maroteira da Corneta? Eu
devia rachar-te os ossos um a um!
Agarrara-lhe o braço, ainda sem ódio. Mas, apenas sentiu na sua mão de forte aquela carne molenga e trému-
la, ressurgiu nele essa aversão nunca apagada – que já em pequeno o fazia saltar sobre o Eusebiozinho, esfranga-
lhá-lo, sempre que as Silveiras o traziam à quinta. E então abanou-o, como outrora, furiosamente, gozando o seu
furor. O pobre viúvo, no meio das lunetas negras que lhe voavam, do chapéu coberto de luto que lhe rolara nas
lajes, dançava, escanifrado e desengonçado. Por fim Carlos atirou-o contra a porta duma cocheira.
– Acudam! Aqui d' El-Rei, polícia! – rouquejou o desgraçado.
Já a mão de Carlos lhe empolgara as guelas. Mas Ega interveio:
– Alto! Basta! O nosso querido amigo já recebeu a sua dose...
Ele mesmo lhe apanhou o chapéu. Tremendo, arquejando, de bruços, Eusebiozinho procurava ainda o guarda -
-chuva. E, para findar,a bota de Carlos atirada com nojo, estatelou-o nas pedras, para cima duma sarjeta onde
restavam imundícies e humidade de cavalo.
Eça de Queirós, Os Maias
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Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.
1. Situa o trecho na estrutura externa e interna da obra.
2. Classifica o ponto de vista presente na apreciação do «patriota» (l. 4) observado. Justifica.
3. Refere os sentimentos de Carlos, ao ver Eusebiozinho, explicitando o motivo que os provoca.
4. Considera o incidente entre Carlos e Eusebiozinho e retira conclusões sobre o desfecho do mesmo.
4.1 Identifica as figuras de estilo presentes nas expressões transcritas e explica o significado da segunda – b). 
a) «carne molenga e trémula» (ls. 24 e 25)
b) «esfrangalhá-lo» (ls. 25 e 26)
GRUPO II
Em Portugal, o humor, como representação do grotesco, da crítica moral e social, teve a sua expressão mais
comum através da palavra escrita, quer sob a forma das cantigas de escárnio e maldizer quer sob a forma de tea-
tro que Gil Vicente tão acutilantemente revelou. A Inquisição surgiu como censora da liberdade de expressão,
remetendo para a representação iconográfica nas artes populares. 
Como menciona Osvaldo de Sousa, o humor, expresso através do desenho associado à palavra impressa, é
referido em Portugal já nos séculos XVII e XVIII (sobretudo de origem estrangeira) mas com maior incidência no
século XIX, no contexto da Guerra Peninsular. No entanto, só em meados desse século é que emerge, com regulari-
dade, na imprensa a publicação de caricaturas e desenhos satíricos produzidos por autores portugueses que
refletem a política nacional ou a crítica de costumes. Este tipo de humor passa a funcionar como uma forma de
oposição ao poder instituído. 
Nas décadas de 60 e 70 do século XIX, nomes como Manuel Macedo, Manuel Maria Bordalo Pinheiro e sobretudo
Raphael Bordalo Pinheiro, inseridos na corrente naturalista, irão marcar uma nova visão da caricatura e do
humor em Portugal. A publicação dos seus trabalhos, bem como de outros artistas, era divulgada através de
periódicos como «A Berlinda», «O Binóculo», «O Sorvete», «O Charivari» ou o «Pontos nos ii» entre outros. Dos
temas tratados, com mais ironia, destacava-se a política monárquica, denotando-se a tendência republicana de
muitos caricaturistas que se acentuará no final desse século. Ao nível do desenho um grupo de novos artistas de
Coimbra introduz, na caricatura e nos cartoons, um depuramento do traço de influência modernista. 
A implantação da República e os tempos conturbados que se lhe seguiram, assim como o facto de aquela não
ser afinal a derradeira solução para o país, tornaram-na alvo da sátira e da pena dos humoristas. 
A partir de 1926 o Estado Novo veio refrear a crítica política, condicionando os caricaturistas a abordarem
sobretudo temas de crítica social e de costumes. Apesar dos constrangimentos da censura, é por essa altura que
surge, no contexto das publicações humorísticas de caráter periódico, um dos jornais de referência da ironia em
Portugal no século XX, o «Sempre fixe», publicado até 1962. Os seus colaboradores zombavam dos acontecimentos
ou astutamente tratavam os temas políticos. 
http://www.exercito.pt
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Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens. 
1. O autor afirma que o humor, em Portugal, remonta: 
a) à Idade Média.
b) ao Renascimento.
c) ao Período Barroco.
d) ao Neoclassicismo.
2. A sátira foi reprimida por causa da:
a) censura exercida pela realeza.
b) censura exercida pelo clero.
c) censura exercida pela burguesia.
d) censura exercida pelos juízes.
3. A publicação de desenhos satíricos de autores portugueses surge na imprensa da segunda metade do
século XIX com o objetivo de:
a) satirizar a religiosidade da época.
b) opor-se aos adeptos da República.
c) satirizar os defensores da Monarquia.
d) opor-se ao poder vigente.
4. A maior parte dos caricaturistas era adepta da:
a) Monarquia.
b) República.
c) Regeneração.
d) Maçonaria.
5. Depois de 1910, os desenhadores humorísticos ridicularizaram:
a) a República.
b) a Monarquia.
c) o clero.
d) a censura.
28
6. O regime salazarista condicionou o trabalho artístico dos humoristas, pelo que os temas proibidos eram
tratados:
a) deficientemente. c) convenientemente.
b) ardilosamente. d) escassamente.
7. O texto apresentado, quanto à tipologia, é:
a) narrativo. c) expositivo.
b) descritivo. d) argumentativo.
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.
Coluna A Coluna B
1. «o riso e a ironia» são correferentes lexicais de «humor» porque 
estabelecem entre si uma relação de
a) sinonímia.
2. «mas» (l. 6), «No entanto» (l. 7) têm, nas frases, a função de estabelecer 
a coesão
b) adjetiva relativa restritiva.
3. «que se acentuará no final desse século» (l. 16) é uma oração subordinada c) advérbios.
4. «humorísticas» (l. 22) é uma palavra derivada por d) adjetiva relativa explicativa.
5. «astutamente» (l. 24) pertence à classe dos e) lexical.
f) antonímia.
g) interfrásica.
h) sufixação.
GRUPO III
Escreve um texto expositivo-argumentativo, de cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, sobre o
romance Os Maias, escolhendo um episódio revelador da sociedade portuguesa da segunda metade do século XIX.
Desenvolve os tópicos seguintes:
• Crítica e denúncia de vícios.
• Personagem(ns) caricaturada (s) – traços caracterizadores.
• Comparação com a atualidade do país. 
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FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 5
GRUPO I
Lê atentamente o texto.
Nós (Parte I1)
Foi quando em dois verões, seguidamente, a Febre 
E a Cólera também andaram na cidade,
Que esta população, com um terror de lebre,
Fugiu da capital como da tempestade.
Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas
(Até então nós só tivéramos sarampo),
Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas
Que ele ganhou por isso um grande amor ao campo!
Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga:
O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos;
Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos
Morreram todos. Nós salvámo-nos na fuga.
Na parte mercantil, foco da epidemia,
Um pânico! Nem um navio entrava a barra,
A alfândega parou, nenhuma loja abria,
E os turbulentos cais cessaram a algazarra.
Pela manhã, em vez dos trens dos batizados,
Rodavam sem cessar as seges dos enterros.
Que triste a sucessão dos armazéns fechados!
Como um domingo inglês na city, que desterros!
Sem canalização, em muitos burgos ermos
Secavam dejeções cobertas de mosqueiros,
E os médicos, ao pé dos padres e coveiros,
Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!
Uma iluminação a azeite de purgueira,
De noite amarelava os prédios macilentos.
Barricas de alcatrão ardiam; de maneira
Que tinham tons de inferno outros arruamentos
(…)
Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,
Triste de ouvir falar em órfãos e em viúvas,
E em permanência olhando o horizonte em brasa,
Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.
Ele, dum lado, via os filhos achacados,
Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!
E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados,
E um salutar refúgio e um lucro na vivenda!
E o campo, desde então, segundo o que me lembro,
É todo o meu amor de todos estes anos!
Nós vamos para lá; somos provincianos,
Desde o calor de maio aos frios de novembro!
Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde
1 O poema «Nós» é constituído por três partes num total de 128 estrofes. Na parte I (12 estrofes),o poeta evoca os acontecimentos trágicos
ocorridos na capital e suas consequências Lembra que, nessa época, seu pai salvara a família, levando-a para o campo.
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Responde ao questionário de modo estruturado e conciso.
1. O eu poético evoca o passado.
1.1 Caracteriza a capital nesse tempo.
1.2 Explica a tomada de decisão do pai do sujeito poético perante essa realidade. 
2. Refere os traços caracterizadores do espaço campestre.
2.1 Identifica o recurso estilístico presente na expressão «somos provincianos» (v. 39),explicitando o seu
significado.
3. O poema contém referências de natureza autobiográfica. Justifica a afirmação, exemplificando.
GRUPO II
A arquitetura paisagista é essencialmente uma arte e quem a pratica é um artista, pelo que na formação
deste deve ser desenvolvido o sentido da proporção e do equilíbrio que conduzem, através da criatividade, ao belo.
Bela arte, fundamentalmente social, porque se destina a ser vivida intrinsecamente pelas pessoas a quem se dirige
e a ser, sobretudo, concretizada pelo uso. A arquitetura paisagista deve ter da paisagem que cria ou transforma
uma conceção no espaço e no tempo, porque estando sujeita à dinâmica da vida, nunca está terminada. (…)
O funcionamento global da paisagem, em cada momento, traduz-se sempre pela procura de um equilíbrio
dinâmico e de uma estabilidade temporal.
A presença ativa de cada um dos seus elementos tenderá sempre a contribuir para esse equilíbrio e estabili-
dade, mesmo que corresponda a uma menor riqueza biológica.
A ação do homem poderá então determinar um caminho mais consentâneo com os seus interesses no sentido
da diversidade biológica e de um maior potencial genético e de vida. (…)
O ordenamento do território deverá ter como princípios e conceitos eficazes de intervenção os da arquitetura
paisagista, porque esta é uma arte que coopera com a natureza, posta à disposição do Homem para a realização
dos seus fins.
A arquitetura paisagista encontra as suas mais remotas origens no ofício de jardineiro, cujos objetivos são,
num espaço limitado, manter o grau de fertilidade, intensificar e dar continuidade ao aproveitamento e melhorar
as plantas utilizadas. Bem depressa esse espaço limitado se transformou num lugar idílico de estar e simbólico
da fertilidade. (...)
A realização da paisagem humanizada não deve deixar de considerar a vontade latente nas populações de se
recriar o Éden, também presente no subconsciente das camadas mais desenvolvidas, necessidade cada vez mais
imposta pela sistemática destruição de paisagens equilibradas e belas a que hoje assistimos, pela degradação, a
uma escala nunca antes vista, dos recursos naturais de que a humanidade depende, pela alienação que representa
o consumismo exorbitante das sociedades desenvolvidas.
A construção da paisagem tem de ter em consideração o desenrolar do processo civilizacional iniciado a partir
da organização dos espaços com o fim de satisfazer as necessidades primárias da sociedade; criaram-se gradual-
mente laços de fraternidade humana e solidariedade ecológica e desenvolveram-se culturas, que ainda hoje subsis-
tem nas sociedades mais primitivas ou mesmo nas rurais mais afastadas das vias egoístas do chamado «progresso». 
Prefácio da 1.a edição dos Fundamentos da Arq. Paisagista, Gonçalo Ribeiro Telles, Prof. Cat. Jubilado e Arq.o Paisagista
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Seleciona a alínea que completa, de forma correta, cada um dos seguintes itens.
1. Segundo o autor, a arquitetura paisagista é um arte que tem como objetivo:
a) ser observada.
b) ser vivenciada.
c) ser protegida.
d) ser apreciada.
2. Uma intervenção da arquitetura paisagista nunca está terminada, porque tem de procurar a estabilidade
e o equilíbrio:
a) no tempo de concretização.
b) no espaço em que se insere.
c) nas espécies selecionadas.
d) na dinâmica da vida.
3. A arquitetura paisagista é de uma importância fundamental:
a) na preservação da natureza.
b) no equilíbrio ecológico.
c) no ordenamento do território.
d) na reabilitação dos jardins.
4. A destruição da natureza tem levado as pessoas a desejarem a recriação:
a) de espaços de lazer.
b) de espaços ajardinados.
c) de espaços paradisíacos.
d) de espaços funcionais.
5. A preservação da natureza e do equilíbrio ecológico ainda permanece em lugares afastados:
a) da moderna civilização.
b) da construção em altura.
c) dos espaços desabitados.
d) do interior do país.
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6. O texto constitui-se como uma apologia ao trabalho dos arquitetos paisagistas, enquanto promotores: 
a) da beleza dos antigos jardins.
b) do equilíbrio paisagístico.
c) do equilíbrio ecológico.
d) da qualidade de vida.
7. O texto, quanto à sua tipologia, é:
a) narrativo.
b) argumentativo.
c) descritivo.
d) preditivo.
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.
Coluna A Coluna B
1. Na expressão «deve ser desenvolvido» (l. 2) o verbo dever tem uma função a) correferência.
2. A oração «estando sujeita à dinâmica da vida» é (l. 5) b) lugar.
3. «arquitetura paisagista» e «esta» (ls. 12 e 13) estabelecem, entre si, uma relação de c) modalizadora.
4. «paisagem» (l. 19) e «espaços» (l. 25) são palavras do mesmo campo d) tempo.
5. «hoje» (l. 26) tem um valor deítico de e) não finita.
f) finita.
g) lexical.
h) semântico.
GRUPO III
Elabora um texto de apreciação crítica, de cento e vinte a duzentas palavras, sobre um filme ou livro que
tenhas apreciado particularmente.
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SOLUÇÕES DAS FICHAS DE AVALIAÇÃO
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 1
GRUPO I
1. Primeiro momento – primeiro parágrafo: «Os grandes avanços da
ciência são, em geral, feitos por jovens.» (Introdução, l. 1) 
Segundo momento – desde «Em 1905» (l. 2) até «obrigação nacio-
nal» (l. 20): O emissor apresenta exemplos de cientistas e de teo-
rias que propiciaram avanços surpreendentes da ciência e
caracteriza os jovens cientistas. (Desenvolvimento)
Terceiro momento – último parágrafo: o emissor apresenta as
consequências negativas do não apoio aos jovens cientistas.
(Conclusão)
2. Os jovens cientistas são criativos, empreendedores e visionários.
3. O país deve criar condições para apoiar e incrementar o trabalho
desenvolvido pelos jovens cientistas.
4. Não criar condições de apoio ao trabalho dos jovens cientistas terá
consequências negativas para o desenvolvimento futuro do país.
5. A temática do texto é a Ciência. A linguagem é predominante-
mente objetiva, usa termos científicos (técnicos), língua padrão,
frases curtas e utiliza a 3.a pessoa.
GRUPO II
1. b); 2. c); 3. b); 4. c); 5. b); 6. c); 7. c).
8: 1. f); 2. h); 3. e); 4. b); 5. c).
GRUPO III
Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-
tual solicitada pelo enunciado.
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 2
GRUPO I
1. O trecho situa-se no Capítulo V, na segunda parte – Exposição
seguida de Confirmação –, onde o orador apresenta as repreen-
sões em particular, neste caso, dirigidas aos Pegadores.
2. Os Pegadores são peixes pequenos que vivem agarrados às cos-
tas de grandes peixes que lhes suportam o peso e os alimentam.
Segundo o orador, são peixes «ignorantes e miseráveis».
3. O Padre António Vieira afirma que os Pegadores aprenderam
com os Portugueses este modo de vista oportunista, porquanto
os Portugueses, que partiam para as viagens ultramarinas, com
cargos importantes, iam sempre acompanhados de «Pegadores»,
pessoas astutas e oportunistas que apenas desejavam beneficiar
da importância económica e social daqueles.
3.1 Antítese: «cá» / «lá»; metáfora: «matem a fome (…) não tinham
remédio». Os Portugueses oportunistas partiam para «cá»,
para o Brasil, para enriquecerem, pois em Portugal «lá»seriam
sempre pobres.
4. Quando o Tubarão é pescado pelos pescadores, morre e com ele
morrem os Pegadores (os que sobrevivem à sua custa). Assim, o
Tubarão simboliza os homens importantes e os Pegadores aque-
les que vivem à sua custa.
Quando o Tubarão – o homem socialmente importante – perde
os seus cargos elevados, as suas fortunas, os «Pegadores» ficam
reduzidos à miséria, porque daqueles dependem. Deste modo, o
orador ilustra o vício do oportunismo, recorrendo ao exemplo do
Tubarão e dos Pegadores. 
5. O Padre António Vieira utiliza as palavras de S. Mateus para pro-
var a sua tese. Apela, pois, ao sentimento de respeito pelo
Evangelista para mostrar no exemplo concreto de Herodes e
seus apoiantes o vício do oportunismo.
GRUPO II
1. d); 2. a); 3. c); 4. b); 5. b); 6. d); 7. c).
8: 1. d); 2. h); 3. b); 4. c); 5. a).
GRUPO III
Aplicação das regras da textualidadeespecíficas da tipologia tex-
tual solicitada pelo enunciado.
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 3
GRUPO I
1. O trecho situa-se no Ato I (Cenas XI e XII), no Conflito, quando
Manuel de Sousa Coutinho ateia fogo ao seu próprio palácio, pois
não quer hospedar nele os governadores do Reino (representan-
tes do domínio filipino).
2.1 Trata-se de um monólogo.
2.2 Revolta, fúria (contra os governadores do Reino) e patriotis-
mo (amor à pátria).
3. Movimentação rápida de Manuel de Sousa Coutinho, atitudes
reveladoras de grande precipitação e exaltação; iluminação, ex.:
«vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira a
outra tocha; e sucede o mesmo.»; ruído, ex.: «Ouve-se alarido de
fora».
4.1 A destruição do retrato constitui um indício trágico que pode
ser interpretado como a antecipação/revelação do futuro de
Manuel de Sousa Coutinho.
Ao mudar de espaço (do seu palácio para o de D. João de
Portugal), Manuel de Sousa Coutinho não voltará a viver
uma vida normal, pois o seu casamento será anulado pelo
regresso do primeiro marido de D. Madalena. Tal aconteci-
mento determinará a sua «morte» para o mundo profano e a
sua entrada no Convento de S. Domingos, em Benfica,
ingressando na Ordem dos Domínicos, como Frei Luís de
Sousa. 
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4.2 É a ironia. Manuel de Sousa Coutinho destruía pelo fogo o
seu palácio para que os governadores do Reino não pudes-
sem hospedar-se no seu palácio.
4.3 É o desafio («hybris»). Manuel de Sousa Coutinho, o herói,
desafia o poder político.
GRUPO II
1. c); 2. a); 3. b); 4. c); 5. b); 6. c); 7. c).
8: 1. c); 2. a); 3. e); 4. g); 5. b).
GRUPO III
Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-
tual solicitada pelo enunciado. 
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 4
GRUPO I
1. O trecho situa-se no Capítulo XVI, no episódio Sarau no Teatro da
Trindade, quando Carlos e Ega vão assistir a esse evento cultural
para apoiar os amigos Alencar e Cruges.
2. Trata-se de uma focalização interna. É pelo olhar de Ega, de
Carlos e do marquês que o narrador dá a conhecer ao leitor o
ridículo e provinciano conceito de patriotismo, patenteado no
discurso proferido pelo também ridículo declamador.
3. Ao ver Eusebiozinho, Carlos fica dominado pela fúria e desejo de
vingança. O motivo desses sentimentos tão intensos justificava-se
pela interferência que Eusebiozinho tivera a favor de Dâmaso.
Eusebiozinho tinha pedido a Palma Cavalão para publicar, no jor-
nal em que este era diretor, a Corneta do Diabo, uma notícia
escandalosa, escrita por Dâmaso, difamando Carlos e Maria
Eduarda. 
4. Na obra, Carlos e Eusebiozinho representam dois sistemas edu-
cacionais opostos, o inglês e o português, respetivamente.
Neste incidente, a superioridade física de Carlos é evidente, a
vontade de sovar o Silveirinha vinha da sua infância, sentindo por
este um profundo desprezo. Eusebiozinho revela a sua fragilidade
física e o seu caráter notoriamente covarde.
Assim, pode concluir-se que, neste incidente, o sistema educa-
cional inglês é valorizado, sobretudo no aspeto físico, sendo pos-
sível inferir que o sistema educacional português criava
indivíduos fracos, covardes e medíocres. 
4.1 a) Adjetivação expressiva (dupla adjetivação).
b) Metáfora. Carlos tinha uma grande vontade de bater vio-
lentamente em Eusebiozinho. 
GRUPO II
1. a); 2. b); 3. d); 4. b); 5. a); 6. b); 7. c).
8: 1. a); 2. e); 3. b); 4. b); 5. c).
GRUPO III
Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-
tual solicitada pelo enunciado.
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 5
GRUPO I
1.1 Lisboa é caracterizada como um espaço de: doença, epide-
mias (febre amarela e cólera), morte, isolamento, tristeza,
condições de higiene deploráveis, mau cheiro e poluição.
1.2 O pai do sujeito poético decidiu levar a família para o campo
para a salvar das epidemias. 
2. O campo é o espaço amplo onde a vida é possível. Espaço de sal-
vação, de ar puro, de abundância e de riqueza.
2.1 Metáfora. O eu poético afirma que ele e os elementos da sua
família têm um profundo carinho pelo campo. Apesar de vive-
rem na cidade, dedicam um grande amor ao campo, indo
habitar, voluntariamente, esse espaço de maio a novembro,
como se regressassem às suas origens. 
3. Presença de: determinantes possessivos, exs.: «meu pai», «nos-
sas vidas salvas»; pronomes pessoais (1.a pessoa), exs.: «nós só
tivéramos sarampo», «nos viu crescer»; me lembro»; formas ver-
bais (1.a pessoa), exs.: «Nós vamos para lá; somos provincianos».
GRUPO II
1. b); 2. d); 3. c); 4. c); 5. a); 6. b); 7. b).
8: 1. c); 2. e); 3. a); 4. h); 5. d).
GRUPO III
Aplicação das regras da textualidade específicas da tipologia tex-
tual solicitada pelo enunciado.
Registos Áudio
Diários de Viagem (página 10 do Manual)
Geografia das Amizades, por Gonçalo Cadilhe 
Um souvenir do Camboja 
Dispenso guia e mapa, alugo bicicleta e compro um guarda-chuva para me proteger: não sei se vai chover,
mas sei que vai fazer sol, e nada melhor que um guarda-chuva para me proteger de mais um dia brutal de humi-
dade e calor na selva do Camboja, na orla do passado, nessa varanda debruçada sobre o fantasma do cosmos que
é o reino perdido de Angkor.
O meu deslumbramento é previsto. Primeiro, porque já conhecia os templos de Angkor, aliás, da outra vez
que os visitei segui à risca as explicações dos guias, as sugestões dos manuais, os itinerários dos mapas. Acordei
cedo, cedo; vinte minutos antes do nascer do Sol estava nas portas do maior templo do conjunto monumental,
Angkor Wat, estrategicamente posicionado para ver o espetáculo inevitável da explosão quotidiana de cores e
rumores, som e luz, de cada amanhecer nos trópicos; contratei um guia e a respetiva motoreta e passámos o dia a
saltar de edifício em edifício, são centenas de templos espalhados por uma área de dezenas de quilómetros, esco-
lhi apenas os mais importantes e imponentes.
Ouvi com atenção o que me explicava o mr. Khumi, profissional e paciente como todos os guias em Angkor, as
fachadas decifradas, os relevos incompreendidos, o mistério dos rituais religiosos que se perderam nos séculos.
Tirei fotografias com cuidado, escolhendo as perspetivas que mais me comoviam. Comovi-me. Várias vezes.
Assim foi a primeira visita, há uns sete ou oito anos.
Desta segunda vez nem guia, nem máquina, nem mapa, nem nada. Apenas uma bicicleta, um guarda-chuva.
As bicicletas são como os diamantes, são para sempre. Talvez porque com elas, o vento na cara e o coração acele-
rado, chegas longe não apenas no espaço mas também no tempo, à época da tua vida em que eras um cowboy,
um viking, um guerreiro das estepes, a bicicleta era o teu cavalo e a tua vida era simples e feliz. 
Assim me sinto, simples e feliz, na minha segunda visita a Angkor, um dos lugares fundamentais da Humani -
dade.
(...) Foi portanto em piloto automático que a vista reparou na pequenina boutique Bloom, entrincheirada
entre lojas de quinquilharias e bares de turistas. Voltei atrás dois passos para reparar melhor. Entrei. E conheci
assim a Diana.
A Bloom vende sacos de ração de peixe e de frango transformados em bolsas de senhora, porta-documentos,
bases de copo, toalhetes individuais, talvez ainda chinelos de quarto e aventais, já não me lembro de todos os
objetos que estão à venda na Bloom a partir dos sacos de ração de peixe e da imaginação de um grupo de mães
solteiras do Camboja. A ideia de criar a boutique cooperativa Bloom veio a partir de umas férias que a Diana e o
marido Alan passaram em Angkor há seis anos. Uns amigos do casal estavam a trabalhar em Phnom Penh, na
organização Riverkids, e de conversa em conversa a Diana tomou conhecimento de várias situações de miséria
desesperada das favelas da capital do Camboja. A que a impressionou mais foi a de mães que vendiam os filhos à
nascença, para adoção no Ocidente.
«Não vou regressar para casa», declarou a Diana ao Alan. «Vou ficar aqui a lutar contra isto, a aliviar esta
pobreza.» (...) O marido concordou com a mudança. (…) 
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Para ser feliz num dos lugares fundamentaisda Humanidade não é preciso muito, basta uma bicicleta ao
vento e um olhar seletivo sobre os souvenirs autênticos à venda pelo meio de tantos milhões de turistas, tanta
vulgaridade e tanta indiferença à miséria.
http://aeiou.visao.pt/diariosdeviagem
A União Europeia e os cidadãos: redes e centros de informação
(página 15 do Manual)
«A comunicação é um elemento essencial de qualquer democracia e a União Europeia não é exceção. Os cida-
dãos têm o direito de saber o que a UE está a fazer, por que razão o está a fazer e em que medida isso os irá afetar.
Têm também o direito de participar no processo político, através de um diálogo eficaz com a UE e as suas institui-
ções». In Contacto com a União Europeia
Para facilitar este processo há um conjunto de redes e centros de informação apoiados pela Comissão
Europeia, e por outras instituições, as quais são supervisionadas pela Direção-Geral de Comunicação da Comissão
Europeia – os Centros de Informação EUROPE DIRECT, os Centros de Documentação Europeia, o Team Europe e o
Euro-JUS, ou sujeitas à supervisão de outros serviços da Comissão Europeia, trata-se da REDE EURES, da Rede
SOLVIT, da Rede dos Centros Europeus do Consumidor, etc.
Há ainda dois casos especiais em Portugal: o Espaço Europa, recentemente criado pela Representação da
Comissão Europeia e pelo Gabinete do Parlamento Europeu, que está aberto no piso térreo, do n.o 1, do Largo Jean
Monet (edifício que alberga também aquelas instituições); e o Centro de Informação Europeu Jacques Delors,
situado no Palacete do Relógio, no Cais do Sodré.
Às redes e fontes de informação junta-se o esforço desenvolvido por cidadãos e pelos diferentes órgãos de
informação que se preocupam em comunicar a temática europeia: é o caso do jornal «Região de Pegões» que tem
a informação sobre a Europa como uma das suas principais prioridades editoriais.
Este boletim contém informação sobre as redes e fontes de informação europeias, em particular das que são da
responsabilidade da Representação da Comissão Europeia em Portugal (da Direcção-Geral de Comunicação da CE). 
europedirect.psetubal.draplvt.min-agricultura.pt
O Teatro Grego (página 93 do Manual)
O teatro tem a sua origem na Grécia, no século VII a.C, aquando da realização dos festivais religiosos, em honra
do deus Dionisío (deus da fertilidade e do vinho).
Os teatros gregos eram auditórios ao ar livre, de forma circular, construídos em terra batida. Estes largos
espaços recebiam milhares de pessoas (20 000). Os atores representavam diante do público, usavam máscaras
que, acusticamente, ampliavam a voz e calçavam coturnos (botas de salto alto), que alongavam a sua estatura.
Os atores eram todos homens, estando também os papéis femininos a seu cargo.
No teatro grego, as máscaras chamavam-se personna (daqui deriva a palavra personagem para a figura repre-
sentada), tapavam a totalidade da cabeça e eram feitas de linho enrijecido. A mesma pessoa podia usar máscaras
diferentes, assim, era possível desempenhar vários papéis, porquanto as peças tinham um número reduzido de
atores.
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O espetáculo dramático começava ao alvorecer. Os cidadãos consideravam o teatro uma importante parte da
sua educação. Em Atenas, durante os festivais teatrais, todos podiam assistir às peças, espetáculos gratuitos para
os que não tinham meios para pagar.
Para os gregos, a tragédia era a manifestação artística mais elevada e eram-lhe dedicados os meses de março
e de abril.
A tragédia grega era uma obra dramática em verso, de caráter grandioso. As personagens de estirpe social-
mente elevada, personalidades ilustres ou heróicas, desafiavam os deuses, com as suas ações, sendo, por isso, ani-
quiladas pelo destino, sofrendo as consequências funestas dos seus atos, infundindo nos espetadores os
sentimentos de terror e de piedade.
Sófocles, Ésquilo e Eurípedes foram os grandes mestres da tragédia grega.
O Teatro Grego projeta e reflete a evolução do pensamento da sociedade helénica, por isso as manifesta-
ções dramáticas permitem observar a riqueza e alto valor desta civilização que, não obstante ter sido domina-
da pelos Romanos, serviu de modelo aos vencedores em múltiplos âmbitos culturais dos quais se evidencia o
teatro.
O ator / O encenador (página 101 do Manual)
A atividade central dos atores consiste em criar e interpretar personagens em representações teatrais, cine-
matográficas, televisivas e, mais raramente, radiofónicas, com o objetivo de entreter e comunicar com públicos.
As suas interpretações podem ser apenas vocais ou corporais (mímica, pantomima e outras), mas incluem, geral-
mente, estes dois tipos de expressão. Alguns atores são encenadores e, nessa condição, são responsáveis pela pla-
nificação e conceção de espetáculos (sobretudo teatrais), cabendo-lhes determinar o seu estilo e ritmo, através
da marcação de movimentos, da direção de atores e figurantes, da implantação de cenas e da supervisão de cená-
rios, vestuário, iluminação e sonoplastia.
Para a interpretação de uma personagem, os atores iniciam, normalmente, o seu trabalho com o estudo da
obra que vai ser posta em cena ou produzida, analisando os elementos que lhes permitem perceber a época e o
ambiente em que a ação se desenvolve e o espírito da personagem que vão interpretar. A memorização do guião –
onde constam as ações, os diálogos e as instruções para a representação – e a realização de ensaios são as tarefas
seguintes, às quais dedicam a maior parte do seu tempo de trabalho. Durante os ensaios, estes profissionais
criam e definem a interpretação para o papel que irão desempenhar. Nalguns casos, é um processo solitário,
como em certos monólogos, recitais, sketches, performances, animações ou espetáculos de mímica. Na maioria
dos casos, porém, o seu processo criativo é desenvolvido em colaboração com o encenador, realizador de cinema,
de televisão, de rádio, diretor de dobragem ou outro responsável artístico. As indicações que recebem destes res-
ponsáveis podem incidir na sua movimentação no cenário, estúdio ou palco, bem como nas suas atitudes, gestos,
entradas, saídas, modos de dicção e outros elementos dos quais depende o ritmo geral da sua atuação. No caso do
teatro, uma vez terminados os ensaios, a peça é estreada. Isto nem sempre se verifica quando se trata de um
filme, vídeo ou programa televisivo, pois, muitas vezes, os ensaios são intercalados com as filmagens ou grava-
ções: ensaia-se uma cena e grava-se, ensaia-se outra e grava-se, etc. 
O campo de atuação dos atores é diversificado: se alguns trabalham apenas em teatro clássico, outros espe-
cializam-se em representações destinadas ao público infantil, marionetas, espetáculos cómicos ou de animação
cultural, por exemplo. Além de representarem, alguns desenvolvem atividades como a participação em promo-
ções comerciais, a dobragem de filmes e programas televisivos e a atuação em espetáculos musicais onde tam-
bém cantam e/ou dançam. 
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Os encenadores, sendo integralmente responsáveis pelo conjunto das operações artísticas e técnicas de um
espetáculo, intervêm, desde o início, na sua realização, das formas mais diversas. Uma vez escolhida ou aceite a
encomenda de uma obra, os encenadores começam por decidir – em conjunto com outros responsáveis de produ-
ção envolvidos – datas, locais de ensaio e de representação e outros elementos considerados básicos para a reali-
zação do espetáculo. Em seguida, leem e interpretam a obra, analisando o ambiente e a época em que a ação se
desenvolve, e selecionam ou colaboram na seleção de atores e na respetiva distribuição de papéis, de acordo com
o argumento e a personalidade dos intérpretes. O passo imediato consiste em dar informações e distribuir traba-
lho aos restantes profissionais envolvidos na produção, tais como cenógrafos e figurinistas, no que se refere aos
cenários e ao vestuário e adornos dos atores, respetivamente. 
A conceção dos efeitos de som e luz, em colaboração com sonoplastas e operadores de iluminação, é outra das
atividades

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