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DIREITO ADMINISTRATIVO – GABARITAR CONCURSOS Professor Renato Cabral – DIREITO ADMINISTRATIVO 1 REVISÃO DE DIREITO ADMINISTRATIVO PARA A SEMSA MANAUS – NÍVEL SUPERIOR 1. (FGV/2017/SEPOG-RO/Técnico em Políticas Públicas) Os agentes públicos – agentes administrativos – representam a grande maioria dos agentes e subdividem-se em no mínimo três categorias, a saber: a) agentes honoríficos, empregados públicos e servidores temporários. b) servidores públicos, empregados públicos e servidores temporários. c) servidores comissionados, empregados públicos e servidores temporários. d) agentes comissionados, empregados públicos e servidores temporários. e) agentes de confiança, empregados públicos e servidores temporários. 2. (FGV/2022/PC-RJ/Investigador) O prefeito do Município Beta, sensível com a situação de Joana, pessoa extremamente competente e confiável, com elevado poder de liderança e que se encontrava desempregada, decidiu aproveitá-la em sua gestão. Para tanto, solicitou que sua assessoria lhe indicasse como isso poderia ser feito, sendo-lhe respondido, corretamente, que Joana poderia ser nomeada: a) para cargo de provimento efetivo, cargo em comissão ou função de confiança; b) apenas para cargo em comissão ou função de confiança; c) tão somente após a aprovação em concurso público; d) apenas para uma função de confiança; e) apenas para cargo em comissão. 3. (FGV/2022/PC-RJ/Investigador) Joana é servidora pública e exerce função de confiança na Polícia Civil do Estado Alfa, sendo diretora do Departamento de Recursos Humanos. Observadas as disposições sobre o tema previstas na Constituição da República de 1988, é correto afirmar que Joana é necessariamente servidora: a) celetista; b) não concursada; c) contratada temporariamente; d) ocupante de cargo efetivo; e) ocupante de cargo em comissão. 4. (FGV/2021/Câmara Municipal de Aracaju - SE/Assistente Administrativo) A Câmara Municipal de cidade do interior de Sergipe está elaborando edital de concurso público para preenchimento de seus cargos efetivos que estão vagos. e acordo com o texto constitucional, o mencionado concurso público deverá: a) ter prazo de validade de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; b) englobar os cargos efetivos e comissionados, que somente podem ser providos por concurso; c) ser de provas ou de títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na forma prevista em lei; d) compreender as funções de confiança e os cargos efetivos, excluídos os cargos em comissão que são ocupados por pessoas necessariamente não concursadas; e) ser homologado no prazo de até noventa dias após a publicação do resultado final e ter validade de dois anos, improrrogáveis. 5. (FGV/2021/Câmara Municipal de Aracaju - SE/Assistente Administrativo) Joana, servidora pública municipal, previamente aprovada em concurso público, após três anos ininterruptos no exercício de suas funções, praticou grave infração disciplinar, passível de ensejar a perda do cargo. Considerando a situação funcional de Joana, a perda do cargo: a) somente pode ser decretada em sentença judicial transitada em julgado; b) somente pode ser decretada em processo de avaliação periódica de desempenho; c) pode ser decretada em processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; d) somente pode ser decretada após a condenação criminal, caso a conduta também configure crime; e) pode ser decretada de imediato, independentemente de processo administrativo, caso a gravidade do fato o justifique. 6. (FGV/2021/Câmara Municipal de Aracaju - SE/Analista Administrativo) João, conhecido por sua competência em relações humanas, foi nomeado para dois empregos em duas empresas públicas do Município Beta. Essa acumulação é: a) lícita, pois somente é vedada a acumulação de cargos em comissão; b) ilícita, pois é vedada a acumulação de empregos nos entes da administração pública indireta; c) lícita, pois somente é vedada a acumulação de cargos públicos de provimento efetivo; d) ilícita, pois somente seria permitida a acumulação, na administração pública indireta, de funções; e) ilícita, pois somente seria permitida a acumulação caso João tivesse sido previamente aprovado em concurso público. 7. (FGV/2021/FUNSAÚDE-CE/Advogado) Joana foi aprovada em concurso público para o cargo de enfermeira na Fundação de Saúde Z, que possui personalidade jurídica de direito privado, no Estado Beta. O edital do concurso previa a carga horária de 40h por semana. Ocorre que Joana já é ocupante do cargo efetivo de enfermeira no DIREITO ADMINISTRATIVO – GABARITAR CONCURSOS Professor Renato Cabral – DIREITO ADMINISTRATIVO 2 Município Alfa, com carga horária semanal de 30h, e não vai requerer exoneração, eis que pretende acumular os dois cargos, para melhor compor a sua renda mensal. Instado a dar seu parecer sobre a legalidade de acumulação dos cargos por Joana, de acordo com o texto constitucional e com a jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, o advogado da Fundação de Saúde Z deve se manifestar pela a) possibilidade de acumulação dos cargos, que se sujeita ao limite de 80 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, desde que seja atendida a compatibilidade de horários no exercício das funções. b) possibilidade de acumulação dos cargos, que não se sujeita ao limite de horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal, desde que seja atendida a compatibilidade de horários no exercício das funções. c) possibilidade de acumulação dos cargos, eis que a vedação constitucional de acumulação de cargos públicos não se aplica a empregados públicos de fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado. d) impossibilidade de acumulação dos cargos, que se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma constitucional, ainda que fosse demonstrada a compatibilidade de horários no exercício das funções. e) impossibilidade de acumulação dos cargos, diante de expressa vedação constitucional, eis que a exceção constitucional, que autoriza a acumulação de cargos quando houver compatibilidade de horário, se aplica apenas a médicos. 8. (FGV/2021/SEFAZ-ES/Auditor Fiscal) João, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo, completou 75 anos e foi aposentado compulsoriamente. Tendo em vista sua vasta experiência profissional na área em que atua, no dia seguinte à publicação de sua aposentadoria no Diário Oficial, João foi convidado pelo Secretário Estadual para exercer um cargo em comissão, de maneira a cumprir exatamente as mesmas funções de assessoramento que exercia antes de se aposentar. Não havendo impedimentos de ordem infraconstitucional no caso concreto, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, João a) não pode ser nomeado para cargo em comissão após 75 anos de idade, assim como para qualquer outro tipo de cargo ou emprego público, por expressa vedação constitucional. b) não pode ser nomeado para cargo em comissão que lhe foi oferecido, por ofensa reflexa à vedação constitucional mediante fraude. c) não pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois precisa cumprir quarentena de três anos para o exercício de qualquer outra função pública, exceto cargo eletivo. d) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, devendo ser reconhecida a continuidade de vínculo efetivo com a Administração, para fins de recebimento de verbas remuneratórias e gratificações de produtividade, em atenção aos princípios da eficiência e da isonomia. e) pode ser nomeado para o cargo em comissão que lhe foi oferecido, pois os servidores ocupantes de cargo exclusivamenteem comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória, não havendo que se falar em continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração. 9. (FGV/2019/Prefeitura de Salvador- BA/Especialista em Políticas Públicas) Prefeito de determinado município do Estado da Bahia nomeou sua esposa, médica de notório conhecimento e atuação exemplar, para exercer o cargo de Secretária Municipal de Saúde. No caso em tela, com as informações apresentadas acima, a princípio, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a) não é possível afirmar que houve flagrante violação ao princípio da impessoalidade pela prática de nepotismo, pois o cargo de secretário municipal possui natureza política. b) não é lícito o ato administrativo de nomeação, pois houve flagrante violação ao princípio da moralidade pela prática de nepotismo. c) é possível afirmar que houve flagrante ato de improbidade administrativa, por violação aos princípios da eficiência e legalidade. d) é possível afirmar que houve flagrante crime eleitoral pela prática de ato expressamente proibido pelo texto constitucional que viola a impessoalidade. e) é possível afirmar que houve flagrante falta disciplinar pela prática de ato punível com a sanção funcional de afastamento cautelar da função pública. 10. (FGV/2022/PC-RJ/Investigador) O Município Alfa recebeu representação informando que José estava ocupando determinada calçada com um trailer do tipo food truck, sem prévio consentimento do poder público. Os agentes públicos municipais de posturas, ao realizarem diligência formal no local, verificaram a veracidade do que foi noticiado e constataram, ainda, que o trailer estava obstruindo a passagem dos pedestres pela calçada, os obrigando a passar pela via pública, com risco de serem atropelados. Após a negativa de José de retirar seu trailer do local, os agentes municipais, com base em lei, o fizeram diretamente. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o poder administrativo que embasou a providência adotada pelos agentes municipais é o poder: DIREITO ADMINISTRATIVO – GABARITAR CONCURSOS Professor Renato Cabral – DIREITO ADMINISTRATIVO 3 (A) de polícia; (B) de gestão; (C) disciplinar; (D) hierárquico; (E) sanitário. 11. (FGV/2021/Prefeitura de Paulínia-SP/Auditor Fiscal) A Vigilância Sanitária do Município Alfa recebeu denúncia de que o Supermercado Beta estaria expondo à venda produtos alimentícios impróprios para consumo. Por determinação da autoridade competente, servidores públicos municipais da vigilância sanitária realizaram fiscalização no mencionado supermercado e constataram que, de fato, estavam sendo vendidos produtos alimentícios com validade vencida e visivelmente estragados. Com base em lei municipal, os produtos foram imediatamente apreendidos para fins de perícia e, findo o processo administrativo, foram aplicadas as sanções administrativas previstas em lei ao supermercado. Na situação narrada, o Município Alfa agiu: a) no regular uso do poder regulamentar, sendo desnecessária prévia intervenção judicial para apreensão do produto, em razão do atributo da imperatividade do ato administrativo b) com abuso de poder, eis que a aplicação de sanções administrativas apenas poderia ocorrer após processo judicial, assegurados o contraditório e a ampla defesa. c) no regular uso do poder hierárquico, sendo desnecessária prévia intervenção judicial para apreensão do produto, em razão do atributo da imperatividade do ato administrativo. d) com abuso de poder, eis que a diligência de fiscalização apenas poderia ocorrer mediante a exibição ao mercado de mandado judicial de busca e apreensão; e) no regular uso do poder de polícia, sendo desnecessária prévia intervenção judicial para apreensão do produto, em razão do atributo da autoexecutoriedade do ato administrativo. 12. (FGV/2021/TJ-RO/Técnico Judiciário) O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, após regular processo licitatório, contratou a sociedade empresária Alfa para prestar serviços de jardinagem e paisagismo no canteiro existente ao redor do prédio do fórum central. Ocorre que a contratada deu causa à inexecução parcial do contrato. Após regular processo administrativo, o contratante aplicou-lhe a sanção administrativa da advertência, pois não se justificou a imposição de penalidade mais grave. Com base na doutrina de Direito Administrativo, o poder administrativo que embasou diretamente a aplicação da mencionada sanção é o poder: a) hierárquico, que consiste na superioridade contratual da Administração Pública contratante em relação à sociedade contratada, em razão das cláusulas limitantes; b) regulamentar, que consiste na possibilidade de a Administração Pública contratante impor unilateralmente penalidades, com base na supremacia do interesse público; c) disciplinar, que consiste em um sistema punitivo interno a que se sujeita a contratada que tem um vínculo com a Administração Pública contratante; d) de polícia, que consiste na necessidade vinculante de a Administração Pública contratante condicionar e limitar a propriedade da sociedade contratada em prol do interesse público; e) de justiça, que consiste na superioridade e na imperatividade das decisões jurisdicionais proferidas pela Administração Pública contratante em face da sociedade contratada, que deve se sujeitar às sanções impostas. 13. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo) A Lei Estadual do Amazonas nº 2.869/2 instituiu o Código de Ética Profissional dos Servidores Públicos Civis e dos Militares do Estado do Amazonas. Visando a facilitar a compreensão do texto legal e a atender às especificidades das atividades desempenhadas pelo Tribunal de Contas do Amazonas, o TCE/AM editou a Resolução nº 01, de 19/01/2019, que institui o Código de Ética dos servidores do TCE/AM. No caso em tela, o poder administrativo que embasou diretamente a criação da Resolução nº 01/2019, para disciplinar situação de caráter geral e abstrato em matéria de eticidade, facilitando a execução da Lei nº 2.869/2003, é o poder: a) hierárquico, que possibilita ao chefe da instituição instituir verticalmente normas de conduta aos servidores; b) disciplinar, que confere ao administrador a faculdade de editar regras para disciplinar a conduta dos servidores; c) normativo, que complementa a lei, permitindo sua efetiva aplicação; d) de polícia, que permite ao administrador regulamentar, condicionar e restringir a atuação funcional dos servidores; e) de discricionariedade, que permite ao administrador inovar no mundo jurídico, ainda que de forma contrária à lei anterior. 14. (FGV/2022/PC-RN/Escrivão) João, delegado titular de certa delegacia, editou uma ordem de serviço, com a finalidade de distribuir e ordenar o serviço interno da DP, definindo que o setor X, composto pelos agentes de Polícia Civil A, B, C e D, é responsável por determinadas atividades. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o citado ato administrativo ordinatório praticado por João decorre do poder administrativo: DIREITO ADMINISTRATIVO – GABARITAR CONCURSOS Professor Renato Cabral – DIREITO ADMINISTRATIVO 4 a) disciplinar, que lhe permite praticar atos normativos internos com eficácia restrita àquela delegacia; b) hierárquico, que é um poder de estruturação interna da atividade pública; c) disciplinar, que lhe permite inovar no ordenamento jurídico no âmbito de sua circunscrição; d) de polícia, que lhe permite organizar as rotinas administrativas necessárias à investigação criminal; e) de polícia, que lhe permite organizar as rotinas operacionais próprias de polícia judiciária. 15. (FGV/2022/PC-RJ/Técnico Policial de Necropsia) José, técnico policial de necropsiada Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, praticou o chamado abandono de cargo, na medida em que se ausentou do serviço, sem justa causa, por trinta dias consecutivos. Após regular processo administrativo disciplinar, lhe foi aplicada a sanção da demissão. No caso em tela, as razões de fato e de direito (e não a exposição dessas razões) que deram ensejo à prática do ato de demissão representam o elemento ou requisito do ato administrativo denominado: a) motivação; b) fundamentação; c) forma; d) objeto; e) motivo. 16. (FGV/2022/PC-RJ/Auxiliar de Necropsia) A auxiliar de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Maria está lotada em Posto Regional de Polícia Técnica e Científica do interior do Estado. Durante a madrugada, Maria, única policial de plantão, recepcionou de policiais militares um cadáver feminino para fins de perícia. Para adiantar o trabalho, mesmo não havendo naquele momento qualquer perito no órgão, Maria fez o exame pericial, além de ter emitido e assinado sozinha o auto de exame cadavérico (AEC), agindo em sentido contrário ao que dispõem as normas aplicáveis às atribuições de seu cargo. Pelos fatos narrados, percebe-se que a perícia feita por Maria é inválida, por vício no elemento do ato administrativo da: a) finalidade; b) competência; c) motivo; d) objeto; e) motivação. 17. (FGV/2022/PC-RJ/Inspetor) Antônio, delegado de polícia do Estado Gama, titular da Xª DP, ao elaborar a escala de trabalho dos agentes policiais lotados na Unidade de Polícia Judiciária sempre designava o inspetor de polícia João para as sextas, sábados e domingos, dias menos concorridos pelos servidores, haja vista que o inspetor é seu antigo desafeto. Inconformado com a perseguição, e após não obter êxito em pedido de reconsideração, João apresentou recurso administrativo hierárquico previsto na norma de regência ao secretário estadual de Polícia Civil, comprovando a retaliação praticada pelo delegado. No caso em tela, o chefe institucional: a) deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, por abuso de poder, na modalidade excesso de poder, pois agiu com o intuito de perseguir seu subordinado; b) deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, por abuso de poder, na modalidade desvio de poder, por vício no elemento finalidade do ato administrativo; c) deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, por abuso de poder, na modalidade excesso de poder, por vício no elemento motivo do ato administrativo; d) não deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, que agiu nos limites de seu poder discricionário, na qualidade de chefe imediato de João; e) não deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, pois os elementos do ato administrativo não estão viciados, de maneira que, apesar de imoral, a conduta não é ilegal. 18. (FGV/2022/DPE-MS/Defensor Público) João, observadas as formalidades legais, firmou ato de permissão de uso de bem público com o Estado Alfa, para instalação e funcionamento de um restaurante em hospital estadual, pelo prazo de 24 meses. Passados seis meses, o Estado alegou que iria instalar uma nova sala de UTI no local onde o restaurante está localizado, razão pela qual revogou unilateralmente a permissão de uso. Três meses depois, João logrou obter provas irrefutáveis no sentido de que o Estado não instalou nem irá instalar a UTI no local. Inconformado, João buscou assistência jurídica na Defensoria Pública, pretendendo reassumir o restaurante. Ao elaborar a petição judicial, o defensor público informou a João que pleitear judicialmente a invalidação da revogação do ato de permissão é: a) inviável, por se tratar de ato precário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da permissão antes do prazo previsto; b) inviável, por se tratar de ato discricionário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da permissão antes do prazo previsto; c) viável, eis que, com base no princípio da continuidade dos serviços públicos, João tem direito de explorar o restaurante no prazo acordado, ainda que, de fato, o Estado Alfa fosse instalar a UTI no local; d) viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário, aplica-se a teoria dos motivos DIREITO ADMINISTRATIVO – GABARITAR CONCURSOS Professor Renato Cabral – DIREITO ADMINISTRATIVO 5 determinantes, de maneira que o Estado está vinculado à veracidade do motivo fático que utilizou para a revogação. 19. (FGV/2022/PC-RJ/Inspetor de Polícia) Em operação conjunta da Polícia Civil (representada por inspetores de polícia, no combate a crimes contra as relações de consumo) com o Município (representado por agentes de vigilância sanitária municipal na repressão a atos infracionais), os agentes públicos constataram que a padaria diligenciada estava repleta de ratos e expondo à venda produtos impróprios para o consumo. Além das providências em âmbito criminal adotadas pelos policiais, diante da urgência que se impunha e com base em expressa previsão legal, os agentes municipais interditaram a padaria. A citada interdição é um ato administrativo com atributo da: a) imperatividade, que é um meio de execução direta do ato administrativo, mediante imprescindível e prévio controle jurisdicional, admitido o contraditório diferido pelo particular interessado; b) exigibilidade, que é um meio legítimo de coerção direta do ato administrativo, assegurado o posterior controle jurisdicional e admitido o contraditório imediato pelo particular interessado; c) tipicidade, que é um meio de coerção indireta do ato administrativo que prescinde de prévio controle jurisdicional, admitido o contraditório imediato pelo particular interessado; d) autoexecutoriedade, que é um meio de execução direta do ato administrativo que prescinde de prévio controle jurisdicional, admitido o contraditório diferido pelo particular interessado; e) presunção de legitimidade, que é um meio legítimo de execução direta do ato administrativo, desde que assegurado o contraditório imediato pelo particular interessado. 20. (FGV/2022/TJ-MG/Juiz) A Administração Pública pode a) anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não atinja a segurança jurídica. b) anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo. c) revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. d) revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem que isso possa gerar quaisquer direitos. 21. (FGV/2022/PC-RJ/ Técnico Policial de Necropsia) Maria acaba de ser aprovada em concurso público para o cargo efetivo de técnico policial de necropsia da Polícia Civil do Estado Alfa, inclusive obtendo excelente aproveitamento no curso de formação ministrado pela Acadepol. Em sua primeira lotação que acaba de ser publicada no Diário Oficial, Maria pretendia ser lotada no Instituto Médico Legal sediado na capital do Estado Alfa, mas foi lotada em determinado Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC), no interior do Estado. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, em matéria de classificação do ato administrativo quanto ao grau de liberdade do agente, o ato praticado pelo secretário de Polícia Civil de lotação inicial de Maria no citado PRPTC é um ato: a) vinculado, pois a lei regulamenta a edição do ato de lotação, não conferindo ao agente público qualquer margem de escolha; b) composto, pois é formado pela soma de vontades de órgãos públicos, quais sejam, setor de pessoal e chefia de Polícia Civil; c) discricionário, pois o agente público busca, dentro dos limites da lei, razões de oportunidade e conveniência para praticar o ato; d) de gestão, que é praticado pelo agente público com a prévia e não vinculante oitiva doservidor interessado, devendo prevalecer o interesse público; e) de polícia, que restringe direitos individuais do servidor público de escolher sua lotação, em prol do interesse público, devendo o ato ser revisto anualmente. Demônios da Garoa – Trem das Onze Se é pra anular O jeito melhor de desfazer É ilegal, amor Não vá esquecer Olha, preste atenção É a Admi'stração Que vai anular o próprio ato Junto com o Judiciário E o revoga, mulher É outra coisa Conveniência oportunidade observar Discricionário Não vai se meter o Judiciário Isso que é revogar GABARITO 1 – B, 2 – E, 3 – D, 4 – A, 5 – C, 6 – B, 7 – B, 8 – E, 9 – A, 10 – A 11 – E, 12 – C, 13 – C, 14 – B, 15 – E, 16 – B, 17 – B, 18 – D, 19 – D, 20 – C, 21 - C