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QUÍMICA ORGÂNICA III Professor: Bruno Cotrim OBTENÇÃO DE CORANTE AZÓICO Gustavo do Nascimento Oliveira Jennyfer Souza Castro Alves Maria Fernanda Jucá Arraes Rio de Janeiro 2022 bruno Typewriter Nota = 9,5 Sumário INTRODUÇÃO-—-------------------------------------------2 OBJETIVO—-------------------------------------------------2 MATERIAIS E REAGENTES—--------------------------3 EXPERIMENTAL—-----------------------------------------3 RESULTADOS E DISCUSSÕES------------------------4 CONCLUSÃO—---------------------------------------------5 BIBLIOGRAFIA—-------------------------------------------5 1 1. INTRODUÇÃO Os compostos azo podem ser sintetizados, e praticamente todas as aminas aromáticas podem ser acopladas com sistema nucleófilo insaturado para fornecer o produto azo colorido. As estruturas capazes de apresentar cor são chamadas de grupamentos cromóforos. Dentre eles, o mais comum e mais importante são os azo-compostos referentes a compostos químicos que carregaram o grupo funcional R-N=N-R, em que R e R’ podem ser tanto uma arila quanto uma aquila. O grupo N=N é chamado de azo. Muitos dos derivados mais estáveis contém duas ou mais arilas (ou aquilas) devido ao deslocamento de elétrons. É por causa desse deslocamento que muitos azo-compostos possuem sua coloração típica, sendo assim, usados como tinturas (Solomons, T.W. Graham e Fryhle, Craig N., 1994). Por tratamento de uma amina aromática primária, dissolvida ou em suspensão numa solução aquosa de um ácido mineral, resfriada, com nitrito de sódio, forma-se um sal diazônio. Os sais de diazônio reagem com água, com formação de fenóis. Esta reação produz-se lentamente nas soluções geladas de sais diazônios, devendo ser utilizada imediatamente após o termo de reação, pois o sal de diazônio tem uma rápida decomposição. As reações do sal podem ser divididas em duas classes: reações de substituição, em que o nitrogênio é eliminado sob forma de nitrogênio livre, N2, tomando outro átomo ou grupo de átomos, o lugar dele no anel aromático; e reações de acoplamento, em que o nitrogênio permanece no resultante (Morrison, T. Robert e Boyd, R., 1981). O Corante Vermelho de Monolite é um pó vermelho intenso, dado a partir de uma reação de substituição eletrofílica aromática, que é pouco solúvel em água, clorofórmio e benzeno, enquanto solúvel em álcool etílico e ácido acético glacial. Pode ser utilizado como corante de plásticos, papéis, borrachas, lápis de cor, etc (Seabra, P. Afonso e Mano, B. Eloisa, 1969). 2. OBJETIVO A sintetização de corantes com utilidades na área de tingimento e como indicadores químicos através do engrandecimento das habilidades em métodos de laboratório. 2 bruno Typewriter l bruno Typewriter síntese 3. MATERIAIS E REAGENTES 3.1 Materiais: MATERIAL QUANTIDADE MATERIAL QUANTIDADE Bastão de Vidro 01 Kitassato 01 Béquer de 50 mL 02 Papel de Filtro 01 Béquer de 100 mL 01 Pipeta Pasteur de plástico 01 Cuba 01 Proveta Graduada de 10 mL 02 Funil de Buchner 01 Suporte universal 01 Funil de Vidro 01 Termômetro 01 3.2 Reagentes: REAGENTE QUANTIDADE REAGENTE QUANTIDADE Água deionizada 11 mL P-nitroanilina 0,5 g Ácido sulfúrico P.A 0,5 mL Nitrito de sódio 0,25 g Gelo - Sal grosso - Etanol 14,0 mL β-naftol 0,5 g 4. EXPERIMENTAL 4.1 Preparação do Cloreto de p-nitro benzenodiazônio Em um béquer de 100 mL, foi pesado 0,5 g de p-nitroanilina, adicionou-se 9,5 mL de H2O e 0,5 mL de ácido sulfúrico concentrado. Com um bastão de vidro, misturou-se as substâncias e dissolveu-se ao máximo a p-nitroanilina. Após a dissolução parcial, foi utilizado uma cuba contendo gelo e sal grosso para resfriar a solução. 3 Enquanto ocorre o resfriamento do meio reacional, preparou-se em um béquer de 50 mL uma solução de 0,25 g de nitrito de sódio em 1,5 mL de água e submeteu-se a resfriamento em banho de gelo. Adicionou-se lentamente e com agitação o conteúdo do béquer contendo a solução de nitrito de sódio no béquer contendo a solução de p-nitroanilina, controlando a temperatura em 5°C com o auxílio de um termômetro. Após um repouso de 10 minutos, filtrou-se a solução com o auxílio do funil de vidro e papel de filtro montados em um suporte universal. 4.2 Preparação do Corante Vermelho de Monolite Em um béquer de 50 ml foi pesado 0,5 g de β-naftol e adicionou-se 14 mL de etanol. Submeteu-se a solução a banho de gelo, controlando a temperatura em torno de 0 a 5°C. Utilizou-se uma Pipeta Pasteur para adicionar a solução recém-preparada no béquer contendo a solução de sal de diazônio anteriormente preparada. Deixou-se a solução em repouso por 10 minutos, agitando ocasionalmente e, após o período de observação, realizou-se a filtração à vácuo e lavou-se o produto obtido com água gelada. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES A síntese do vermelho de monolite, (p-nitro-fenilazo)-2-naftol, foi realizada a partir da diazotação da p-nitroanilina. Os grupos -OH e -NH2, em um anel benzênico direcionam a acoplagem com sal de diazônio para as posições orto e para; estes efeitos dependem do pH, pois ambos grupos são ionizáveis. Na primeira etapa, é formado o íon nitrônio (NO2+) com a reação entre o ácido sulfúrico e o nitrito de sódio, e o íon é atacado pela amina aromática, originando o sal de diazônio. O nitrito de sódio é adicionado ao cloreto de p-nitrobenzenodiazônico lentamente, com agitação constante e controle de baixa temperatura, formando-se o sal de diazônio. Adicionou-se o ácido sulfúrico concentrado à p-nitroanilina, pois o ácido aumenta a velocidade da reação através do aumento do eletrófilo, o íon nitrônio. A reação entre o íon arênio até o benzeno substituído é altamente exotérmica, sendo necessário o controle de temperatura para que não ocorra saturação, ou sobra de resíduos, como amina, por isso foi utilizado o banho de gelo para resfriar a mistura. O uso de etanol para dissolução do ß-naftol foi feito para que se desprotone o fenol da molécula de ß-naftol, tornando o anel aromático mais ativo. Ao adicionar à solução resfriada do sal de diazônio a solução de ẞ-naftol (reação de acoplamento), verificou-se a formação de um precipitado 4 bruno Typewriter O etanol é apenas o solvente da reação, não atua como base bruno Typewriter A formatação do texto deve ser do tipo justificada bastante avermelhado, conhecido como (p-nitro-fenilazo)-2-naftol ou Vermelho de Monolite. Reação global da síntese do vermelho de monolite 6. CONCLUSÃO Por meio desta prática foi possível sintetizar o corante Vermelho de Monolite, também foi possível desenvolver a compreensão sobre a síntese de um corante, assim como seu mecanismo de obtenção da diazotação da p-nitroanilina. O rendimento não foi calculado, coloração no tom esperado, porém com pouca precipitação. 7. Bibliografia ➔ SALOMONS, T.W. Graham e FRYHLE, Craig B., Química Orgânica, Vol.I, LTC, 1994. ➔ SEABRA, P. Afonso e MANO, B. Eloisa, Práticas de Química Orgânica, Blucher, 1969. ➔ STOCK, M. Leon; Reações de substituição aromáticas, Blucher, 1969. ➔ ALLINGER, N. L., Química Orgânica, Ed. 2, Guanabara Dois, 1978. ➔ HEARTWIG, D. R., Química 3: química orgânica, Scipione, 1999. ➔ MORRISON, T. Robert e BOYD, R., Química Orgânica, Gulbenkian, 1981. 5 bruno Typewriter Colocar a edição dos livros bruno Typewriter Poderia ter colocado o mecanismo da segunda etapa
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