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ACLS Carolina Ferreira -Os ritmos iniciais que podem ser observados em uma parada cardíaca incluem os seguintes: 1. TV sem pulso (TVSP): o ECG exibe um complexo QRS alargado, regular, c/ uma frequência > a 120 bpm 2. FV: são observadas no ECG deflexões irregulares caóticas c/ forma e altura variáveis, mas ñ existe contração ventricular coordenada. 3. Assistolia: ñ existe atividade elétrica cardíaca. 4. AESP: a atividade elétrica é visível no ECG mas os pulsos centrais estão ausentes -A FV e TVSP são ritmos chocáveis. Isto significa que a administração de um choque ao coração por meio de desfibrilador pode resultar na interrupção do ritmo. A assistolia e a AESP são ritmos ñ chocáveis. A sobrevivência do paciente quando este apresenta ritmo chocável é até 6 vezes + elevada do que quando apresenta ritmo ñ chocável -A TV existe quando ocorrem 3 ou + complexos ventriculares em sucessão imediata c/ uma frequência superior a 100 bpm. TV pode ocorrer c/ ou sem pulso, e o paciente pode estar estável ou instável c/ este ritmo. Quando os complexos QRS da TV são da mesma forma e amplitude, o ritmo é denominado TV monomórfica. Quando os complexos QRS da TV variam em forma e amplitude de batimento para batimento, o ritmo é denominado TV polimórfica (TVPM). Na TVPM, os complexos QRS parecem estar torcidos de uma posição vertical p/ negativa ou de negativa p/ vertical, e de volta. TVPM é uma disritmia de gravidade intermediária entre TV monomórfica e FV. Se estiver presente TV monomórfica ou TVPM sem pulso, o ritmo é tratado como FV. -Características TV monomórfica: ritmo ventricular essencialmente regular, c/ frequencia de 100-250 bpm, as ondas P presentes ñ são observadas. Já a duração do complexo QRS ≥ 0,12 segundos sendo difícil diferenciar entre o complexo QRS da onda T -FV é um ritmo caótico que começa nos ventrículos, nela ñ existe despolarização organizada dos ventrículos. O músculo ventricular estremece e, como resultado, ñ existe contração miocárdica eficaz e ñ existe pulso. O ritmo resultante parece caótico, c/ deflexões que variam em forma e amplitude; ñ são visíveis ondas c/ aparência normal. A amplitude das ondas da FV ao longo do tempo, à medida que o fluxo sanguíneo miocárdico e o metabolismo energético -A FV c/ ondas de amplitude ≥ a 3 mm é denominada FV grosseira. A FV c/ ondas de baixa amplitude (< a 3 mm) é denominada FV fina. A sobrevivência p/ alta hospitalar c/ ondas de FV de 3 a 4 mm e é melhor p/ FV ≥ a 5 mm -Características da FV: ritmo rápido e caótico, sem padrão ou regularidade, a frequência ñ pode ser determinada porque ñ existem ondas ou complexos identificáveis p/ medição. Ondas P/intervalo PR/ duração do QRS ñ são identificaveis -Fatores que a suscetibilidade do miocárdio p/ fibrilar: síndromes coronarianas agudas, disritmias, desequilíbrio eletrolítico, fatores ambientais (eletrocussão), hipertrofia, da atividade do sistema nervoso simpático, efeito pró-arrítmico de antiarrítmicos e outros fármacos, insuficiência cardíaca grave e estimulação vagal. -O paciente c/ FV é irresponsivo, apneico e sem pulso. As prioridades do atendimento à parada cardíaca devido a TVSP ou FV são RCP de alta qualidade e desfibrilação. Quando TVSP ou FV persistem ou recidivam após 1 ou + choques, denominam-se TVSP/FV refratárias -Mnemônico “PATCH-4-MD” e dos “5Hs e 5Ts “ajuda a lembrar as as possíveis causas reversíveis de emergências cardíacas: Taquicardia Ventricular(TV) Fibrilação Ventricular(FV) ACLS Carolina Ferreira • Pulmonar, embolia →anticoagulantes? Fibrinolíticos? Cirurgia? • Acidose →ventilação, corrigir distúrbios ácido- base • Tensão, pneumotórax de descompressão por agulha • Cardíaco, tamponamento →pericardiocentese • Hipovolemia →reposição do volume intravascular • Hipóxia → assegurar oxigenação e ventilação adequadas • Hipertermia/hipotermia→ métodos de resfriamento/aquecimento • Hipocalemia/hipercalemia (e outros eletrólitos) → monitoração cuidadosa dos níveis séricos de glicose juntamente c/ a correção dos distúrbios dos eletrólitos • Miocárdico, infarto → terapia de reperfusão • Drogas, overdose/acidental → antídotos/terapia específica -Os fármacos que podem ser utilizados no tratamento da TVSP/FV incluem epinefrina e amiodarona. -Epinefrina: é um vasopressor, é administrado no ritmo inicial ñ chocável durante uma parada cardíaca p/ a pressão de perfusão do miocárdio, p/ a probabilidade de retorno da circulação espontânea (RSCE)e p/ a probabilidade de sobrevivência neurologicamente intacta. É um fármaco potente que estimula ambos os receptores adrenérgicos alfa e beta. Deve ser administrada por via intravenosa (IV) ou intraóssea (IO) na parada cardíaca. Seu efeito ñ dura muito tempo, por isso ela pode ser repetida a cada 3 a 5 minutos, enquanto o paciente estiver em parada cardíaca. Indicações: parada cardíaca(FV,TVSO,AESP e assistolia), bradicardia sintomática e hipotensão. Dosagem IV/IO: 1 mg (10 mL) de solução 1:10.000 em bólus IV, seguido de infusão de 20 mL de fluido; pode repetir a dose de 1 mg a cada 3 a 5 min. Dosagem traqueal: 2 a 2,5 mg diluídos em 5 a 10 mL de água esterilizada ou solução salina. A epinefrina 1:1.000 é apresentada como 1 mg/mL e a epinefrina 1:10.000 é apresentada como 0,1 mg/mL. Agonista: é um fármaco ou substância que produz uma resposta previsível (estimula a ação) Antagonista: é um agente que exerce uma ação oposta à outra (bloqueia a ação) Cronótropo: é uma substância que afeta a FC: cronótropo positivo = ↑ frequência cardíaca; cronótropo negativo = ↓ FC. Dromótropo: é uma substância que afeta a velocidade de condução AV: dromótropo positivo = ↑ velocidade de condução AV; dromótropo negativo = ↓ velocidade de condução AV. Inótropo: é uma substância que afeta a contratilidade miocárdica: inótropo positivo = ↑ força de contração; inótropo negativo = ↓ força de contração Receptores simpáticos(adrenérgicos): foram categorizados em 5 tipos principais: alfa1 , alfa2 , beta1 , beta2 e beta3 . Os receptores alfa1 e alfa2 são encontrados no miocárdio, mas sua função fisiológica está + bem definida nos vasos sanguíneos periféricos do que no coração. Os receptores beta1 são encontrados no coração e rins. No coração, a estimulação dos sítios de receptores beta1 resulta em da FC (i. e., cronotropismo +), da força de contração cardíaca (inotropismo +) e, por fim, irritabilidade das células cardíacas. Os sítios de receptores beta2 são encontrados em vários locais do corpo. Nos pulmões, a estimulação desses receptores provoca broncodilatação. Os receptores beta2 também são encontrados no coração e constituem cerca de 20% dos receptores beta do ventrículo esquerdo e aproximadamente 40% das aurículas. Os receptores beta3 estão localizados nas células adiposas. -Considere a administração de um antiarrítmico se a TVSP/FV continuar apesar de RCP, desfibrilação e administração de vasopressor -Amiodarona: é um antiarrítmico que bloqueia os canais de sódio, inibe a estimulação simpática e bloqueia os canais de potássio. Indicações: TVSP/FV (após RCP, desfibrilação e um vasopressor), taquicardias estáveis c/ QRS estreito se o ritmo persistir apesar de manobras vagais ou adenosina, ou a taquicardia é recorrente, controle da frequência ventricular na fibrilação atrial, controle da frequência ventricular nas disritmias atriais pré-excitadas com condução por uma via acessória, TV monomórfica estável e TVPM c/ intervalo QT normal. Dosagem TVSP/FV: bólus inicial de 300 mg IV/IO; pode ser seguido por 1 dose de 150 mg. Se RSCE, pode considerar infusão IV contínua (infusão de 1 mg/min por 6 horas e seguidamente uma infusão de manutençãode 0,5 mg/min durante 18 horas). Dose máxima diária 2,2 g IV por 24 horas. -Lidocaína: sua administração pode ser considerada uma alternativa à amiodarona p/ TVSP/FV que ñ responde a RCP, desfibrilação e terapia c/ vasopressor. É um antiarrítmico da classe 1B que inibe o influxo de sódio pelos canais rápidos da membrana da célula miocárdica e a condução em tecido cardíaco isquêmico sem afetar de forma adversa a condução normal. Embora o uso rotineiro de lidocaína após parada cardíaca ñ seja suportado pelas atuais diretrizes de ressuscitação, a iniciação ou a continuação da lidocaína pode ser considerada imediatamente após o RSCE de uma parada cardíaca associada a TVSP/FV. Indicações: TV monomórfica estável e pode ser considerada como alternativa à ACLS Carolina Ferreira amiodarona p/ TVSP/FV que ñ responde a RCP, desfibrilação e terapia vasopressora. Dose inicial: 1 a 1,5 mg/kg em bólus IV/IO; considere repetir a dose (0,5 a 0,75 mg/kg) em intervalos de 5 a 10 min. A dose cumulativa em bólus IV/IO ñ deve exceder 3 mg/kg. Infusão de manutenção: 1 a 4 mg/min -A assistolia, também denominada assistolia ventricular, consiste na ausência total de atividade elétrica ventricular. Ñ existe nenhum ritmo ou frequência ventriculares, pulso ou DC. Alguma atividade elétrica atrial pode estar presente. Se for este o caso, o ritmo é denominado assistolia “c/ ondas P” ou parada ventricular -Características da assistolia: apresenta ritmo ventricular ñ identificável, já o ritmo atrial pode ser identificável, a frequência ventricular ñ identificável mas atividade atrial (assistolia “c/ onda P”) pode ser observada. Ondas P geralmente ñ identificáveis. Intervalo PR ñ mensurável. Duração do QRS ausente -Os acrônimos “PATCH-4-MD” e “Cinco Hs e Cinco Ts” podem ser usados p/ lembrar as possíveis causas reversíveis de assistolia. A assistolia ventricular pode ocorrer temporariamente após a interrupção de uma taquicardia c/ fármacos, desfibrilação ou cardioversão sincronizada. -Quando observar assistolia em um monitor cardíaco, confirme se o paciente está irresponsivo e ñ tem pulso e, em seguida, inicie RCP de alta qualidade. Os cuidados adicionais incluem obtenção de acesso vascular, consideração sobre possíveis causas reversíveis da parada, administração de epinefrina e, possivelmente, inserção de via aérea avançada. P/ pacientes intubados, faça monitoração contínua do CO2 no final da expiração (EtCO2) p/ avaliar a qualidade das compressões durante o esforço de ressuscitação e p/ monitorar o RSCE. -A AESP é uma situação clínica, ñ uma disritmia específica, existe quando se observa no monitor cardíaco atividade elétrica organizada (exceto TV), mas o paciente está irresponsivo, ñ está respirando e ñ se sente pulso. Anteriormente, a AESP era denominada dissociação eletromecânica. O termo foi alterado porque a investigação c/ utilização de US e cateteres de pressão permanentes revelou que a atividade elétrica está associada a contrações mecânicas; no entanto, as contrações são muito fracas p/ produzir um pulso palpável ou PA mensurável -A AESP tem mau prognóstico, a menos que a causa subjacente possa ser rapidamente identificada e tratada de modo adequado. O atendimento de emergência inclui RCP de alta qualidade, obtenção de acesso vascular, busca agressiva de possíveis causas reversíveis p/ a parada, administração de epinefrina e consideração sobre a inserção de via aérea avançada. A USG à beira do leito (UBL) pode ser útil na identificação de causas mecânicas de AESP Assistolia Atividade Elétrica Sem Pulso(AESP) Algoritmo de Parada Cardíaca ACLS Carolina Ferreira -Desfibrilação é a administração de uma corrente elétrica através do músculo cardíaco durante um período muito breve p/ interromper um ritmo cardíaco anormal. A desfibrilação também é denominada choque ñ sincronizado ou choque assíncrono, pois a administração da corrente ñ tem relação c/ o ciclo cardíaco. -É um dispositivo usado p/ administrar um choque c/ a finalidade de eliminar o ritmo cardíaco anormal -Indicações: TV monomórfica sem pulso, TVPM sustentada e FV -Lembre-se de que o objetivo p/ administração do 1º choque numa parada cardíaca súbita resultante de FV ou TVSP é nos primeiros 3 minutos após o colapso do paciente -Desfibrilação manual: refere-se a colocação das pás ou eletrodos no tórax do paciente, interpretação do ritmo cardíaco por um profissional de saúde treinado e decisão do profissional de saúde p/ administrar um choque, se indicado. -Desfibrilação externa automática: refere-se a colocação dos eletrodos no tórax do paciente e interpretação do ritmo cardíaco pelo sistema de análise computadorizada do desfibrilador. Dependendo do tipo de DEA usado, a máquina irá administrar um choque (se for detectado ritmo chocável) ou instruir o operador p/ administrar um choque. Em contexto hospitalar, é recomendável que os desfibriladores manuais ou DEAs estejam prontamente acessíveis em qualquer área utilizada por pacientes, e que todo o pessoal conheça a localização desse equipamento e como usá-lo -A desfibrilação ñ faz o coração “dar a partida”. O choque é uma tentativa de aplicar uma corrente elétrica uniforme c/ intensidade suficiente p/ despolarizar as células miocárdicas (incluindo as células que estão fibrilando) ao mesmo tempo, deixando assim o coração “atordoado” por um breve momento. Isso proporciona uma oportunidade p/ que as células marca-passo naturais do coração retomem a atividade normal. Quando as células repolarizam, as células marca-passo c/ o > grau de automaticidade devem assumir a responsabilidade de fornecer o ritmo cardíaco -É composto por: • Capacitor que armazena energia (elétrons) c/ uma voltagem específica: imagine a voltagem como uma tensão elétrica que direciona determinado fluxo de elétrons (corrente) por meio de um circuito desfibrilador (o tórax). • Botão ou seletor de energia: os choques usados p/ desfibrilação e cardioversão são expressos em joules (J) de energia. • Botão de carga que permite que o capacitor seja carregado. • Botões de descarga que permitem que o capacitor seja descarregado. • Pás seguradas pela mão que requerem o uso de meio condutor ou eletrodos pelos quais a corrente é transmitida do desfibrilador p/ o paciente. As almofadas combinadas são compostas por um “remo” flexível de metal, uma camada de gel condutor e um anel adesivo que as fixa no tórax do paciente. São descartáveis e possuem múltiplas funções. Em vez de se inclinar sobre o paciente quando utiliza as pás manuais, o operador administra o choque por meio do botão de descarga localizado no cabo remoto, no adaptador ou no próprio desfibrilador -Quando o botão de carga do desfibrilador é acionado, o capacitor carrega a energia. Uma vez que o capacitor está carregado e o botão de choque é pressionado, a voltagem impulsiona um fluxo de elétrons (corrente) p/ o paciente por intermédio das pás manuais ou das almofadas. A corrente passa pelo coração em “forma de ondas” que transitam de uma pá/eletrodo, através do tórax, até a outra pá/eletrodo, durante um breve período de tempo. Desfibrilação ACLS Carolina Ferreira -Quando é utilizada 1 onda monofásica, a corrente passa pelo coração em uma (mono) direção. C/ relação às ondas bifásicas, a energia é administrada em 2 (bi)fases. A corrente flui em uma direção por um período específico, cessa e, então, passa pelo coração uma 2º vez em direção oposta durante um período muito curto de tempo (milissegundos) -Os desfibriladores que usamondas bifásicas são preferíveis aos desfibriladores monofásicos p/ o tratamento de disritmias atriais e ventriculares, uma vez que apresentam + sucesso na terminação da disritmia -Refere-se à resistência da parede torácica ao fluxo da corrente na interface entre a parede torácica do paciente e as pás combinadas ou palhetas de desfibrilação. Se a resistência transtorácica for elevada, a quantidade de corrente que é verdadeiramente administrada ao miocárdio pode estar comprometida, resultando em choques sem sucesso -Fatores que afetam a impedância transtorácica: pelos no tórax; tamanho das palhetas/almofadas; uso de material condutor; pressão das palhetas e energia selecionada 1. Paciente adulto se encontra irresponsivo, apneico e sem pulso, c/ ritmo TVSP ou FV 2. Mantenha RCP de alta qualidade enquanto o desfibrilador é preparado p/ a utilização 3. Exponha o tórax do pct e remova qualquer adesivos transdérmicos ou pomadas farmacológicas, se estiverem presentes 4. Se forem usadas pás manuais, aplique material condutor (gel) nas pás do desfibrilador ou aplique almofadas descartáveis pré-gelificadas no peito desnudo do paciente. Se forem utilizadas almofadas combinadas, remova-as de sua embalagem selada 5. Ligue as almofadas ao cabo do desfibrilador e então aplique as almofadas combinadas no tórax do paciente, na posição recomendada pelo fabricante 6. Selecione um nível adequado de energia 7. Carregue o desfibrilador 8. Se forem usadas palhetas manuais, pressione o botão “Carga” no equipamento, ou o botão localizado na palheta do ápice. 9. Se forem usadas almofadas combinadas, aperte o botão “Carga” na máquina 10. Todos os membros da equipe, c/ exceção do compressor do tórax, devem afastar-se imediatamente do paciente enquanto o equipamento estiver carregando 11. Ouça o equipamento carregando a energia, o som normalmente altera quando alcança sua carga máxima 12. Deve manter as compressões enquanto o equipamento está carregando 13. Quando o desfibrilador estiver carregado, o compressor torácico deverá se afastar do paciente de imediato 14. Se o ritmo chocável ainda estiver presente, diga “Afastem-se!” Observe ao seu redor (360 graus) p/ garantir que todos — incluindo você — estejam afastados do paciente, da cama e de qualquer equipamento conectado ao paciente 15. Pressione o botão “Choque” p/ desfibrilar o paciente 16. Libere o botão de choque após o choque ter sido administrado. 17. Instrua a equipe a reiniciar imediatamente as compressões torácicas, sem fazer uma pausa p/ a verificação do ritmo ou do pulso -DEA é um desfibrilador externo que tem um sistema computadorizado de análise do ritmo cardíaco. Comandos de voz e indicadores visuais guiam o operador através de uma série de etapas que podem incluir a desfibrilação. Quando os eletrodos adesivos são colocados no tórax do paciente, o DEA examina o ritmo cardíaco e o analisa. Se o paciente tiver entre 1 e 8 anos e ñ estiver disponível um atenuador pediátrico p/ o DEA, use um DEA padronizado. P/ lactentes, a desfibrilação com desfibrilador manual é preferível. Se um desfibrilador manual ñ estiver disponível, é desejável um DEA equipado c/ atenuador pediátrico. Se nenhum estiver disponível, use um DEA padronizado. 1. Avalie a responsividade. Se o paciente estiver irresponsivo, avalie rapidamente a respiração enquanto, em simultâneo, avalia o pulso durante ñ + do que 10 segundos. Se o pulso estiver ausente ou se você ñ tiver certeza de que o pulso está presente, inicie as compressões torácicas. 2. Ligue o DEA. Dependendo da marca, isso é feito ao se pressionar o botão “Ligar” ou levantando a tela ou a tampa do monitor. Desfibrilação Monofásica x Bifásica IMPEDÂNCIA TRANSTORÁCICA(resistência) Processo de Desfibrilação Desfibrilaçao Externa Automática (DEA) ACLS Carolina Ferreira 3. Abra o pacote contendo as almofadas adesivas. 4. Conecte os eletrodos aos cabos do DEA (se ñ estiverem pré-conectados) e seguidamente aplique as almofadas no tórax do paciente nas localizações especificadas pelo fabricante do DEA. A maioria dos modelos necessita que o cabo do DEA seja conectado ao mesmo antes da utilização. 5. Analise o ritmo do ECG. Se for confirmado a presença de ritmo chocável, o DEA irá sinalizar que está indicada a administração de um choque. Escute os comandos de voz. 6. Afaste todos da área que circunda o paciente. 7. Se a área estiver segura e o DEA aconselhar um choque, certifique-se de que todos os membros da equipe estejam afastados e então pressione o botão de choque p/ administrar a energia ao paciente quando o DEA o indicar. 8. Após a administração do choque, reinicie imediatamente a RCP, começando c/ as compressões torácicas. Após cerca de 2 minutos de RCP, reanalise o ritmo. 9. Continue a prestar cuidados, tal como indicado pelos comandos de voz e tela do DEA. -Quando TVSP/FV está presente, a desfibrilação está indicada. 1. Enquanto o desfibrilador está sendo preparado, instrua o membro responsável pelo acesso IV/fármacos p/ preparar os fármacos que serão usados inicialmente e p/ estabelecer acesso vascular após o 1º choque ser administrado. 2. No momento de administrar um choque, instrua todos os membros da equipe, com exceção da pessoa que está realizando compressões, a se afastarem imediatamente do paciente. 3. Após 5 ciclos de RCP (aproximadamente 2 minutos), verifique novamente o ritmo. As pausas das compressões torácicas p/ a verificação do ritmo ñ devem exceder 10 segundos. 4. Se o ritmo chocável estiver presente, carregue o desfibrilador e depois diga “Afastem-se!”. 5. Enquanto continua c/ a RCP, considere a administração de um antiarrítmico (ex., amiodarona) 6. Considere a colocação de via aérea avançada 7. Após a intubação, inicie a capnografia p/ determinar a eficácia da RCP 8. Utilize o acrônimo PATCH-4- MD ou 5 Hs e 5 Ts p/ ajudar a identificar as possíveis causas reversíveis de parada ou os fatores que podem estar complicando os esforços de ressuscitação. 9. Se a desfibrilação restaurar um ritmo organizado, verifique o pulso 10. Se ñ tiver a certeza se o pulso está presente, retome a RCP 11. Se o pulso estiver presente, repita a avaliação primária, peça a um membro da equipe p/ obter os sinais vitais do paciente e inicie os cuidados pós-parada cardíaca. 12. Se o pulso espontâneo retornou, os esforços da equipe do código deverão concentrar-se no seguinte: repetir as avaliações primária e secundária; estabilizar os sinais vitais; fixar tubos e acessos vasculares; preparar o paciente p/ o transporte ou transferência; documentar c/ precisão os eventos ocorridos durante os esforços de ressuscitação e obter sangue p/ testes laboratoriais e tratar o paciente conforme necessário c/ base nos resultados 13. Se a desfibrilação interrompeu c/ sucesso a TVSP/FV mas houve recorrência desse ritmo, inicie a desfibrilação no último nível de energia usado que resultou em desfibrilação bem-sucedida. -Se no monitor o ritmo é FV/TVSP, aplica-se um choque bifásico de 200 joules ou monofásico de 360J. Imediatamente após reassume-se as compressões torácicas. 1. Se uma verificação de ritmo revelar ritmo ñ chocável, continue a RCP de alta qualidade. 2. Estabeleça acesso vascular e administre epinefrina a cada 3 a 5 minutos 3. Considere a colocação de via aérea avançada e o uso de capnografia após intubação. Como a hipoxemia é uma causa reversível de parada cardíaca, a colocação da via aérea avançada é + importante durante uma parada cardíaca associada a AESP ou assistolia 4. Reavalie o ritmo cardíaco do paciente 5. Se estiver presente um ritmo organizado, verifique o pulso 6. Se estiver presente um pulso, inicie os cuidados pós-parada cardíaca 7. Se o ritmo ñ chocável persistir, retome a RCP de alta qualidade 8. Pesquise e trate as causas reversíveisda parada ou os fatores que possam complicar os esforços de ressuscitação durante cada período de 2 minutos de RCP 9. Se AESP estiver presente e se um equipamento de US e um USG pode ser útil na identificação de potenciais causas tratáveis de parada cardíaca e na orientação das decisões terapêuticas do paciente. Por exemplo, a USG pode ser usada p/ reconhecer tamponamento cardíaco e pneumotórax 10. Continue c/ a RCP durante 2 minutos antes de realizar outra verificação do ritmo 11. Lembre-se de alternar os responsáveis pelas compressões torácicas a cada 2 minutos p/ evitar a fadiga do profissional 12. Se ñ houver resposta às intervenções adequadamente realizadas após um período razoável, considere a cessação dos esforços após consulta dos membros da equipe de ressuscitação -Overdose de Opioides Conhecida ou Suspeitada: é razoável que os socorristas leigos devidamente treinados e os executantes de SBV administrem naloxona intramuscular (IM) ou intranasal (IN), juntamente c/ os cuidados- padrão de SBV, ao paciente irresponsivo, que ñ está respirando normalmente ou está apenas arquejante, que tem um pulso claramente palpável e que é suspeito de sofrer uma overdose de opioides. A naloxona deve ser administrada assim que estiver disponível e pode ser repetida após 4 minutos. O paciente irresponsivo que ñ está respirando e que ñ tem pulso pode estar em parada cardíaca ou pode ter um pulso fraco ou lento demais p/ ser Ritmos Chocáveis Ritmos Não Chocáveis Situações Especiais de Ressuscitação ACLS Carolina Ferreira detectado. As medidas de ressuscitação padronizadas, incluindo RCP de alta qualidade, devem ser usadas no tratamento desses pacientes. A administração de naloxona pode ser considerada depois de a RCP ter sido iniciada se houver suspeita de overdose de opioides -Parada Cardíaca e Gravidez: as causas comuns de parada cardíaca materna incluem hemorragia, doenças cardiovasculares, embolia amniótica, sepse, pneumonia de aspiração, embolia pulmonar e eclâmpsia. Na 2º metade da gravidez, a cesárea pode ser considerada como parte da ressuscitação materna, independentemente da viabilidade do feto. Nas 20 semanas de gestação, a altura do fundo uterino está normalmente no nível do umbigo. O peso do útero gravídico sobre a VCI e a aorta pode dificultar o retorno venoso e o DC quando a paciente está na posição supina. Durante a parada cardíaca, o útero deve ser manualmente deslocado p/ a esquerda quando a altura do fundo uterino estiver no nível do umbigo ou acima deste, p/ desviar o peso do útero p/ fora destes vasos sanguíneos e melhorar o DC. A RCP de alta qualidade deve ser realizada c/ a paciente nesta posição. Se o deslocamento uterino manual ñ for bem-sucedido e uma cunha firme estiver disponível neste exato momento, considere a possibilidade de colocar a paciente numa inclinação lateral esquerda de 27 a 30 graus, usando a cunha p/ apoiar o tórax e a pelve da paciente. A cesárea deve ser considerada 4 minutos após o início da parada cardíaca materna ou dos esforços de ressuscitação (na parada ñ testemunhada) se ñ houver qualquer RSCE. Os fatores a considerar acerca da decisão de realizar uma cesárea incluem disponibilidade de profissionais adequadamente treinados, IG, etiologia da parada e disponibilidade de equipamentos e recursos
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