Buscar

Suporte Básico e Avançado em cardiologia -

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 180 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 180 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 180 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Suporte Básico e Avançado de vida
Vitima de Natureza Clinica
Cleiton Luiz C. da Silva
Suporte Básico de Vida - SBV
Objetivo – Suporte Básico de Vida (SBV) 
 
 
 O Suporte Básico à Vida em Cardiologia tem por objetivo atuar no reconhecimento precoce de uma situação de Parada Cardiorespiratória, acionar a cadeia de socorro (Corrente da Sobrevivência) e iniciar manobras de Reanimação Cardiopulmonar com proficiência.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
35% das mortes no Brasil são por causas cardiovasculares, resultando em 300 mil óbitos/ano(DataSUS);
Nenhuma situação clínica supera a prioridade de atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR), em que a rapidez e a eficácia das intervenções adotadas são cruciais para melhor resultado do atendimento.
Motivos para aprender e praticar Suporte Básico de Vida
Quase 80% dos casos de parada cardíaca acontecem em casa e são presenciados por um membro da família;
Menos de 10% sobrevivem. Isso por que a maioria das testemunhas não sabem fazer a reanimação básica;
A reanimação feita por quem presencia a parada cardíaca pode “dobrar” a chance de sobrevivência;
Cada minuto após a parada cardíaca diminui as chances de sobrevivência em 10%;
Programação
Apresentar a Cadeia/Corrente da sobrevivência;
Protocolo de SBV - CABD;
Técnica de compressão torácica;
Manejo de Via Aérea Básica;
Desfibrilação Semi-automática;
Uso do desfibrilador manual.
Conceito de PCR
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como o súbito cessar da atividade miocárdica ventricular útil, associada à ausência de respiração; tendo como modalidade principal a fibrilação ventricular, a qual predomina nos primeiros dois minutos. Por isso, a percepção e reversão da mesma reduzem significativamente os índices de mortalidade. (TIMERMAN, et al., 2014).
Sinais e Sintomas da Parada Cardiorrespiratória
Sinais da PCR
Inconsciência;
Midriase;
Pele fria;
Ausência de Movimentos Respiratórios;
Ausência de Pulso central,
Por que o coração pára?
Causas reversiveis de PCR
5 “H”s
Hipóxia
Íons Hidrogênio
Hipovolemia
Hipotermia
Hiper / hipocalemia
5 “T”s
Tensão no Tórax
Tamponamento cardíaco
Trombose Coronariana
TEP
Toxicidade a drogas
11
Eh Aí ????
Condutas
 Corrente da Sobrevivência
Parada Cardiorrespiratória Extra-hospitalar
Fonte: 2015 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary 
Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science.
Parada Cardiorrespiratória Intra-hospitalar
Fonte: 2015 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary 
Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science.
Suporte Básico de Vida
Protocolo – 2015
C - Circulação;
A – Abrir vias aéreas;
B - Ventilação;
D - Desfibrilação.
 “C”
Circulação/Compressão
IDENTIFICAÇÃO DA PCR
C - Circulação 
Onde verificar pulso?
Local das compressões?
Sequencia de Compressões Torácicas: Cliente não intubado: 30 compressões e 2 ventilações( 30:2) 
Profundidade: mínimo de 2 polegadas (5 cm ) e máximo de 2,4 polegadas (6cm) de profundidade (forte, rápida e sem parar).
Permitir retorno do tórax.
Pulso central a cada 2 minutos 
Revezar nas compressões a cada 2 minutos.
OBS: BEBÊS: profundidade 4 cm e frequência 
irá variar conforme o número de socorristas, 
ou seja, 30x02 ou 15x02
 Compressões
 Mínimo de 100 (cem) e máximo de 120 (cento e vinte) compressões por Minuto;
 Profundidade: mínimo de 2 polegadas (5 cm) e máximo de 2,4 polegadas (6 cm), permitindo retorno do tórax;
 Alternar 30 compressões e 02 Ventilações, durante 05 Cinco Ciclos ou por 02 Minutos;
 Interromper minimamente as compressões;
É recomendado que o profissional de saúde aplique compressões Torácicas e ventile a vítima em PCR, seja ela de natureza cardíaca ou não. (AHA 2015)
Em caso de Dúvida: Compressão Torácica
RCP – 5 ciclos / 2 minutos
30 : 2
Checar pulso a cada 5 ciclos – 2 min RCP
Tempo é vida
Quando o coração para - lesão 
cerebral em < 5 min
 Sistema Nervoso x Oxigênio
Até 4 minutos - Sem danos
 De 4 a 6 minutos - Danos Cerebrais
 Após 6 a 8 minutos - Dano Irreversível
26
Compressões
C - Circulação
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
Compressão Torácica
Caso Serginho
Caso do Jogador do Cruzeiro
“A”
Abrir Vias Aéreas
A - Abrir Vias Aéreas
Jaw Trust
Chin Lift
“B”
 Ventilação 
B - Ventilação
Ventilação
Realizar ventilações com tempo 
de duração de 01 (um) segundo, respeitando a frequência de 01 (uma) ventilação a cada 06 segundos.
“B” Ventilação
30:02
39
 - HIV 
- Hepatite ( VHB)
- Herpes simples
- Tuberculose
- Meningite, etc. 
PRECAUÇÕES COM DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS: RESPIRAÇÃO Boca - a - Boca; Você FARIA? 
É desaconselhado a ventilação sem dispositivos de barreira. Salvo em caso extremos.
Boca Máscara (POCKET MASK) Oferta de até 17% de FiO2.
Boca Máscara (POCKET MASC) conectado à fonte de Oxigênio à 15L/m fornece FiO2 acima de 80%.
Boca - Máscara
Bolsa-Máscara (AMBU): Oferta de até 21% de FiO2. 
Bolsa-Máscara (AMBU) com 02 a 15 L oferece até 60% Fi02
Bolsa-Máscara e reservatório com 02 a 15 L FiO2 até 100%.
43
Técnicas E e C
Uso de Naloxona (IM ou IN)
Em casos de pacientes com respiração anormal, com pulso e com suspeita ou sabidamente usuário de opioides.
Neste caso os transeuntes treinados e qualificados, ou mesmo os profissionais do serviço médico especializado deverão administrar este medicamento para reverter os efeitos das drogas (overdose).
Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho 
 OVACE
INCIDÊNCIA 
A cada ano morrem aproximadamente 3.600 pessoas devido a obstrução de vias aéreas. Deste total:
- 1600 mortes acontecem por engasgo.
- 2.000 acontecem por afogamento.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
PERDA DE CONSCIÊNCIA
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
 Objetivo = RECONHECIMENTO PRECOCE
VÍTIMA CONSCIENTE
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
 
 
CAUSAS MAIS FREQÜENTES:
1. ALIMENTOS - CARNE
2. PRÓTESES DENTÁRIAS, FRAGMENTOS DENTÁRIOS
3. CHICLETES, BALAS ETC
4. ASPIRAÇÃO DE MATERIAL REGURGITADO, SANGUE
 
LACTENTES E CRIANÇAS:
1. ASPIRAÇÃO DE PEQUENOS OBJETOS
2. ASPIRAÇÃO DE LEITE REGURGITADO
OVACE
 
RECONHECIMENTO
 VÍTIMA BOM ESTADO
 
 
 SUBITAMENTE PÁRA DE RESPIRAR
	 
 CIANOSE E INCONSCIÊNCIA
 Obstrução 
OVACE
 
 
 
 TIPOS DE OBSTRUÇÃO
PARCIAL - A VÍTIMA MANTÉM ALGUMA TROCA GASOSA;
SINTOMAS: TOSSE FORTE, SIBILOS;
CONDUTA: NÃO INTERFERIR.
2. TOTAL - TROCA DE AR SE TORNA INSUFICIENTE;
- SINTOMAS: TOSSE INEFICAZ E FRACA, RUIDOS RESPIRATÓRIOS ESTRIDENTES , GEMENCIA, DIFICULDADE RESPIRATÓRIA ACENTUADA, CIANOSE;
- CONDUTA: MANOBRAS 
OVACE
 
 
 
 TIPOS DE VÍTIMA
1. CONSCIENTE: OBSTRUÇÃO TOTAL : SINAIS DE ASFIXIA (AGARRA O PESCOÇO), INCAPAZ DE FALAR OU TOSSIR, CIANOSE E ESFORÇO RESPIRATÓRIO EXAGERADO - MOVIMENTO DE AR NÃO DETECTÁVEL.
EXIGE - SE PRONTA AÇÃO - MANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO
2. INCONSCIENTE: VÍTIMA ENCONTRADA INCONSCIENTE DEVE-SE ADOTAR A SEQUENCIA DO CABD E DEFINIR AS CONDUTAS PARA CADA CASO.
OVACE
 
 
 
SINAL UNIVERSAL DE ASFIXIA
Abordagem à Vítima
Abordagem à Vítima 
ABORDAGEM CORRETA À VÍTIMA
PERGUNTAR À VÍTIMA: 
VOCÊ ESTÁ ENGASGADO (a)? 
MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
 
 
 
 ADULTO
OBSTRUÇÃO POR LÍQUIDO:
ROLAMENTO 90º - lateralização da vítima em monobloco (libera as VAS de secreções e sangue).Rolamento de 90º
MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
 
 
 
OBS: ADULTO E CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO COM OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOS:
ORIENTA-SE REMOÇÃO DIGITAL - somente se o corpo estranho for visível e facilmente acessível.
 TÉCNICA DA EXTRAÇÃO DIGITAL
Abertura da boca ( dedo cruzado ou elevação da mandíbula) inserir dedo indicador (mínimo em lactentes) em gancho sem aprofundar ou pinçar com indicador e dedo médio
OBS: CONTRA-INDICADO SE MATERIAL NÃO FOR VISÍVEL
MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
 
 
Extração Digital de Corpo Estranho
MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
 
 
 
 OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOS
COMPRESSÃO ABDOMINAL- MANOBRA DE 				HEIMLICH
Compressões devem ser realizadas no abdome (entre dois e três centímetros abaixo do processo Xifoide) 
Estimular a vítima à tossir
MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
 
 
 
MANOBRAS DE HEIMLICH
 COMPRESSÃO ABDOMINAL
MANOBRAS DE HEIMLICH
OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOS
MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
 
 
 
MANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO 
COMPRESSÃO TORÁCICA
Indicada em vítimas obesas ou gestante.
Serão realizadas compressões terço inferior de esterno, acima do apêndice xifóide
Vítima Inconsciente
MANOBRA DE HEIMLICH
 Complicações
 Compressões Abdominais rápidas:
 Ruptura ou laceração de vísceras abdominais/torácica/órgãos internos.
 Regurgitação/ Aspiração.
 O BLS indica avaliação médica após Manobra de Heimlich.
MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
 
 
 
COMPRESSÃO TORÁCICA 
INDICADA EM VÍTIMAS INCONSCIENTES DEITADAS.
MANOBRA DE HEIMLICH
Manobra auto-administrada
Fazer em si mesmo a manobra de Heimlich;
 Comprimir o andar superior do abdome de modo
rápido sobre qualquer superfície rígida: encosto de cadeira, canto de mesa...
Após Tratamento da OVACE
Realizar 02 (duas) respirações de resgate lentas para avaliar se obstrução permanece;
 Verificar sinais de circulação:
- Há circulação mas não respira = Ventilação;
- Há circulação e respira = posição de recuperação.
- Não há circulação = RCP.
Posição de Recuperação ou Resgate
Se houver reversão da PCR, o paciente deve ser mantido em assistência ventilatória até que recobre a ventilação de forma espontânea ou até que o suporte avançado chegue ao local. O pulso central deve ser checado a cada 1 a 2 minutos durante esta fase de suporte ventilatório.
Obstrução de vias aéreas no Bebê e na Criança.
Obstrução de vias aéreas por corpo estranho - ovace
Mais de 90% , na faixa pediátrica, ocorre em crianças menores de cinco anos.
65% das vítimas são lactentes.
No dorso
Cinco golpes secos
 interescapulares.
Na parte anterior 
Um a Dois Centímetros abaixo da linha mamilar e sobre o osso esterno, realizar cinco compressões digitais.
 
 Repetir a seqüência :
05 Pancadas secas no dorso 
05 compressões na frente
Verificar se objeto visível 
05 Pancadas secas no dorso
05 compressões na frente 
Verificar se objeto visível
05 Pancadas secas no dorso 
05 compressões na frente
Verificar se objeto visível
Caso o Lactente ou Criança se torne IRRESPONSÍVEL, cianótico , o choro cada vez mais fraco, iniciar REANIMAÇÃO
 
 
 
 Repetir a seqüência :
1 Socorristas
30 Compressões no tórax 
 02 Ventilações 
2 Socorristas
15 Compressões no tórax 
02 Ventilações
Durante a Abertura das Vias Aéreas para Ventilação, observar as vias aéreas a procura de corpo estranho.
 
Checar Pulso a cada 2 minutos 
Caso ocorra PCR
 
 RCP 
Verificar a cada 1 ou 2 ciclos de compressão torácica se 
o objeto se tornou visível . 
CRIANÇA
Manobra de Heimlich
Manobra de Heimlich na criança
 em pé e consciente.
Até que desobstrua ou a criança torne-se inconsciente. 
Manobra de Heimlich com a criança deitada, inconsciente.
FAÇA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
Seqüência recomendada para a criança que foi encontrada inconsciente:
C - Compressões toráxicas.
A - Abertura de vias aéreas. 
B - Tente ventilar – 02 ventilações.
D – Basicamente não ocorrerá fibrilação.
Posição Lateral de Segurança
Eletrocardiograma
Batimento Cardíaco
Atividade Elétrica do Coração
Polarização Cardíaca 
O músculo cardíaco em repouso conserva íons + do lado externo e íons - do lado interno da membrana celular - Polarização
Despolarização Cardíaca 
Inversão da distribuição de íons espontânea ou por estímulo elétrico externo > Despolarização
Deslocamento Elétrico
Começa no nódulo sinoatrial > nódulo atrioventricular > Feixe de His > Fibras de Purkinje
ECG
Eletrocardiograma Normal
(Variação da voltagem/tempo).
O papel de registro é padronizado quadriculado em linhas de 1 mm
ECG - Normal
 “D”
Desfibrilação
Desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua (não sincronizada) no músculo cardíaco. Essa corrente despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves com a Taquicardia Ventricular sem pulso (TV) e a Fibrilação Ventricular (FV) – situações compatíveis com parada cardiorrespiratória, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco. 
A necessidade do chamado precoce de ajuda e do desfibrilador se justifica pelo fato de cerca de 80% dos eventos de PCR extra-hospitalar serem desencadeadas por esses ritmos que apresentam bom índice de resposta à desfibrilação quando tratados em tempo hábil (minutos). No entanto, evoluem com rapidez para assistolia ou tornam-se progressivamente refratários à desfibrilação quando tratados tardiamente. 
 IMPORTANTE
Somente no caso de afogamento ou obstrução de via aérea testemunhada, seguida da perda de consciência, o pedido de ajuda pode ser postergado, aplicando-se primeiro o suporte básico de vida por 2 minutos. Após este período, desencadeia-se o chamado para ajuda.
D – Desfibrilador Externo Automático - DEA
DEA
O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um aparelho eletrônico portátil, constituído basicamente por uma bateria com capacitor elétrico e um computador capaz de reconhecer a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular (TV), as arritmias mais frequentes no início da PCR. Quando presentes, o aparelho determina o choque em corrente contínua sobre o tórax da vítima, organizando o ritmo elétrico do coração. 
Tipos de Desfibriladores e suas Cargas
Bifásico (200J);
Monofásico (360J)
Quanto ao formato da onda
Monofásico – toda a energia elétrica selecionada é aplicada em um único sentido vetorial;
Bifásico – parte da corrente é administrada em um sentido, e a outra parte no sentido inverso (inversão de polaridade).
Defibrilação
Ritmos Chocáveis
Taquicardia Ventricular sem Pulso
Fibrilação Ventricular
D - Desfibrilação
 - O Desfibrilador deverá ser usado sempre que o ritmo for chocável, ou seja, TV sem pulso e/ou FV.
 - A Desfibrilação, para ser eficaz, deve ser feita o mais precoce possível.
Cardioversão
Cardioversão elétrica é um procedimento eletivo utilizado para reverter arritmias mediante a administração de uma corrente elétrica direta e sincronizada que despolariza o miocárdio. Para que a descarga elétrica seja sincronizada o paciente deve estar monitorizado no próprio cardioversor e o botão de sincronismo deve estar ativado. A descarga é liberada na onda R (período refratário da despolarização cardíaca). 
Esse mecanismo consiste em despolarizar simultaneamente quase todas as fibras cardíacas, interrompendo os mecanismos de reentrada, com o objetivo de restaurar o impulso cardíacode maneira coordenada, com apenas uma fonte de geração de impulso elétrico. É a terapia escolhida para o tratamento de taquiarritmias, como por exemplo, a Fibrilação atrial (FA) e Flutter atrial. 
A cardioversão elétrica é mais eficaz do que o uso de antiarrítmicos isoladamente, com uma taxa de efetividade de 60 a 70%. Entretanto, estudos mostram que a cardioversão elétrica feita após a administração de antiarrítmicos como a Amiodarona ou Sotalol tem mais chance de sucesso podendo alcançar aproximadamente 100%. (Passos)
A cardioversão farmacológica é mais efetiva quando iniciada dentro dos sete primeiros dias do início das arritmias – fibrilação atrial e flutter atrial.
Importante
Iniciar a cardioversão elétrica com doses maiores de energia é mais efetivo, resultando em menor número de choques e menor quantidade de energia cumulativa. (Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial)
O restabelecimento do ritmo sinusal, teoricamente, reduz os riscos de cardiomiopatia desencadeada pela frequência rápida e irregular (taquicardiomiopatia). A redução e regularização da resposta ventricular melhoram o desempenho ventricular e a fração de ejeção. 
Cardiovesão
Cargas X Ritmo Cardíaco
	Arritmia	1ª.carga	2ª. carga	3ª. carga	4ª. carga	demais
	Taquicardia ventricular com pulso	100 J	200 J	300 J	–	360 J
	Taquicardia ventricular polimórfica sem pulso	200 J	200-300 J	–	–	360 J
	Taquicardia supraventricular	50 J	100 J	200 J	300 J	360 J
	Fibrilação atrial	100 J	200 J	300 J	–	360 J
	Flutter atrial	50 j	200 J	200-300 J	–	360 J
Aspectos legais
O uso de desfibriladores manuais é prerrogativa do profissional médico.
É pertinente ao enfermeiro e a equipe de enfermagem sob supervisão do enfermeiro a execução da desfibrilação com o uso do DEA  na presença ou ausência do profissional médico, conforme previsto no protocolo de Suporte Básico de Vida. (Parecer 26/2013 – COREN – SP)
Algumas Arritmias
Taquicardia Ventricular
Fibrilação Atrial
Infradesnivelamento
Supra desnivelamento S-T
Flutter atrial
Taquicardia Ventricular
Fibrilação Ventricular
Fibrilação Ventricular Fina
Assistolia
Torsades de pointes
 
Interferência/artefato
Referências bibliográficas
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Parecer COREN-SP 26/2013 – CT PRCI n° 100.501 e Ticket n° 277.654, 284.557, 287.513, 290.344, 295.869. [on line]. Ementa: Cardioversão, Desfibrilação e Uso do DEA. Aprovado em 29/05/2013 na 28ª. Reunião da Câmara Técnica. Disponível em: http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2013_26.pdf
Ladeira JP. Ressuscitação cardiopulmonar. In: Martins HS, Brandão Neto RA, Scalabrini Neto A, Velasco IT. Emergências clínicas: abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Manole; 2007. P. 3-17.
American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, MD, FACP, FAHA, et al. Disponível em: http://www.heart.org/idc/groups/heart-public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf
American Heart Association. Destaques da American Heart Association 2015. Atualização da Diretrizes de RCP a ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, FAHA, Equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes da AHA. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf
Suporte Avançado de Vida em Cardiologia
#SAVC#
Suporte Avançado de Vida
 em Cardiologia
Suporte Avançado de Vida
Segundo Tallo e cols. (2012) ‘o SAV engloba recursos adicionais como monitorização cardíaca, administração de fármacos, desfibriladores, equipamentos especiais para ventilação, marcapasso e cuidados após o retorno a circulação espontânea’.
 Por mais avançados que sejam os recursos disponíveis para o atendimento da PCR, o Suporte Básico de Vida em Cardiologia (SBVC) é crucial para a manutenção da perfusão e da oxigenação cerebral e coronariana, sobre a qual a viabilidade clínica do doente se mantém.
Suporte Avançado de Vida
Objetivos específicos:
Descrever a seqüência de atendimento a uma PCR segundo o protocolo da American Heart Association (AHA) 2015.
Descrever as funções inerentes dos membros da equipe de saúde para o atendimento de uma PCR.
Demonstrar as etapas da reanimação cardiorrespiratória.
Descrever as medicações usadas na reanimação cardiorrespiratória
Atendimento a PCR
 Qualquer profissional de saúde que constate uma PCR tem por obrigação iniciar as manobras de RCP.
 
Equipe na RCP
 A American Heart Association mantem a proposta do protocolo de 2010 e ainda reforça no protocolo de AHA, 2015, a definição que a equipe de atendimento de emergência deve dispor de pelo menos quatro indivíduos assim distribuídos: 
um na compressão torácica; 
um na ventilação; 
 um anotador de medicamentos e de tempo; bem como manipulação dos medicamentos; 
um no comando, próximo ao monitor/ECG (geralmente é o primeiro profissional mais graduado a chegar).
SAVC
Acesso Rápido ao Serviço Médico de Emergência/Especializado (SME); 
RCP Rápida;
 Desfibrilação Rápida;
Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC) Rápido.
- OBS: A criação desses elos atende a um objetivo primordial: prestar atendimento o mais rapidamente possível, com mínima perda de tempo e restabelecimento da circulação sistêmica, a fim de preservar as funções orgânicas.
ACLS / SAV
C – Circulação: monitorização, acesso venoso periférico e medicações;
A – Via aérea: Entubação orotraqueal ou Cricotireoidectomia;
B – Respiração (breathing): verificação posicionamento TOT e fixação;
D – Diagnóstico diferencial;
146
Medicação
C – Circulação: monitorização, acesso venoso periférico e medicações;
Parada Cardiorrespiratória em Fibrilação Ventricular ou
 Taquicardia Ventricular sem Pulso
As formas mais freqüentes de atividades elétricas iniciais na PCR extra-hospitalar e Hospitalares são a Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP), encontradas em cerca de 80% dos casos no início. São as formas de melhor prognóstico para reversão. 
- A FV é caracterizada por uma atividade elétrica caótica e desorganizada do coração, sendo o ritmo incapaz de gerar contração cardíaca eficiente, daí a ausência de pulso central nesse ritmo elétrico.
 - A TV difere da FV por tratar-se de ritmo elétrico organizado, caracterizado por complexos QRS alargados, idênticos entre si, com freqüência elevada e sem ondas P identificáveis ao traçado. Esse ritmo pode ou não gerar contração miocárdica eficaz (pulso). Na ausência de pulso, a TV deve ser tratada como FV. 
- Identificada a FV/TV sem pulso, o tratamento inicial é a desfibrilação com choque único e imediato na energia máxima do aparelho (360 J, monofásico ou 200 J, bifásico).
Acessos Venosos
Deve-se puncionar acessos venosos periféricos Ideal 02(Dois) acessos calibrosos;
IMPORTANTE: Caso o acesso venoso não esteja disponível, pode-se utilizar a via intra-óssea para infusão de drogas durante a RCP. 
OBS: Administrar medicação por TUBO não está mais indicado;
Na FV/TV sem pulso, são utilizadas drogas vasopressoras e antiarrítmicas. A primeira droga a ser administrada em casos de FV/TV sem pulso é a epinefrina (1 mg a cada 3 a 5 min, IV/IO).
 
A Amiodarona é o primeiro antiarrítmico a ser utilizado (300 mg EV/IO), podendo ser aplicada a segunda dose (150 mg IV/IO), se não houver reversão da arritmia após o próximo choque. 
Outros Antiarrítmicos
A lidocaína (nível de recomendação Indeterminada) é aceita como antiarrítmico na dose de 1 a 1,5 mg/kg, na dose máxima de 3 mg/kg. 
O Sulfato de Magnésio (1 a 2 g EV/IO/Kg) pode ser benéfico quando há hipomagnesemia precipitando a arritmia. OBS: Na ausência de hipomagnesemia, o Sulfato de Magnésio não traz benefício ao doente.
Importante
 Entre os ciclos de RCP, é obrigatória a checagem do ritmo elétrico e pulso central. Caso os ciclos permaneçam inalterados,os ciclos também serão mantidos até que ocorra a mudança de ritmo ou suspensão das manobras de RCP. 
154
Doses de Manutenção
Quando ocorrer a reversão da arritmia e o pulso central estiver presente, uma dose de manutenção do último antiarrítmico utilizado pode ser administrada por 12 a 24 horas, para evitar a recidiva da arritmia até que os fatores desencadeantes da PCR estejam controlados ou a critério do julgamento clínico.
Parada Cardiorrespiratória em Atividade Elétrica sem pulso ou Assistolia
Assistolia e AESP
 Durante a PCR, após a colocação das pás no tórax da vítima, a identificação de qualquer atividade elétrica regular e sustentada diferente de FV/TV sem pulso ou da Assistolia define uma PCR em Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP). 
 A AESP é caracterizada por um ritmo elétrico (Atividade Elétrica Miocárdica) que deveria estar associado a um pulso central (contração miocárdica efetiva). 
Assistolia
 A PCR em Assistolia é a forma de PCR de pior prognóstico, consistindo na ausência de atividade elétrica no coração, cujas principais causas são as mesmas descritas para a PCR em AESP.
Protocolo da Linha Reta
 Para o correto diagnóstico de Assistolia, deve-se proceder ao protocolo da linha reta, que consiste em checar a conexão dos eletrodos, aumentar o ganho do monitor cardíaco e, por fim, checar o ritmo em duas derivações contíguas.
- OBS: Todo cuidado na identificação desse ritmo é pouco, pois o ritmo de base verdadeiro é a FV em até 10% dos ritmos identificados como assistolia pelas pás.
159
Na identificação de PCR em AESP ou Assistolia, o tratamento imediato é a compressão torácica, pois a Desfibrilação é contraindicada nesta situação, uma vez que poderá desorganizar o ritmo elétrico na AESP e não gerará ritmo se aplicada na Assistolia.
Importante
Para os ritmos Bradicárdicos na AESP e para a Assistolia, a Atropina não é mais recomendada por ser considerada medida fútil, assim como o Marca-passo Transcutâneo para a Assistolia.
 
 QUANDO PÁRAR ?
 O término dos esforços deve ser considerado com a análise de diversos fatores, como tempo de PCR até o primeiro atendimento, tempo de atendimento da PCR, prognóstico do paciente, idade da vítima, causa associada e outros. 
Uma atitude clínica importante no tratamento da AESP e da Assistolia é a determinação da causa do evento e a aplicação do seu tratamento específico. São 10 as causas reversíveis e é possível nominá-las de forma simples para memorização como 5H e 5T.
O tratamento das causas da AESP é o principal fator determinante da reversão do quadro. Caso não se encontre uma dessas causas durante o atendimento, a chance de reversão da PCR fica muito diminuída.
	Causa 	Tratamento
	Hipovolemia 	Volume
	Hipoxia 	Oxigênio (intubação endotraqueal)
	Hipo/hipercalemia 	Cloreto de potássio/bicarbonato de sódio 1 mEq/kg
	H+ (acidose metabólica) 	Bicarbonato de sódio 1 mEq/kg
	Hipotermia 	Reaquecimento
	Tamponamento cardíaco 	Punção pericárdica (Marfan)
	Tromboembolismo pulmonar 	Volume + reversão da PCR
	Trombose coronariana	Volume + reversão da PCR
	Pneumotórax hipertensivo 	Punção torácica de alívio
	Tóxicos (drogas) 	Antagonista específico
“A”
Intubação
(vias aéreas avançadas)
A - Entubação Orotraqueal/Cricotireoidectomia
167
 B- Boa ventilação
Checar a posição do tubo e fixa-lo corretamente e ventilar adequadamente.
Vitimas deverão ser ventiladas conforme o seguinte ritmo:
Pacientes Intubados ou Traqueostomizados - 01 (uma) ventilação a cada 06 segundos sendo total de 10 ventilações por minuto, assim como em vitimas não intubadas.;
Checar posição do Tubo e promover a sua correta fixação;
Algoritmo de Suporte Avançado de Vida (ACLS)
D – Diagnóstico Diferencial
Realização de exame físico secundário e também exames de imagem e bioquímicos para melhor avaliação e definição de condutas.
Cuidados após a Reanimação
Controle de Temperatura
Manter a temperatura corporal da vitima entre 32 e 36 graus célsius. 
Importante lembrar que 32 graus não fazem melhor ou pior efeito do que 36 graus.
Após a reversão da PCR, alguns cuidados são necessários para impedir a deterioração da vítima e possibilitar a melhor condição possível para a sua recuperação.
A reabordagem do CABD deve ser realizada periodicamente, sobretudo após o menor sinal de deterioração clínica do doente.
A verificação do correto posicionamento do TUBO e da adequação das ventilações assegura a boa oxigenação do paciente.
 Após a reversão da PCR:
Checar posição do TUBO através da Ausculta e também através de Imagem (RX de Tórax);
Instalar Ventilação Mecânica; 
Instalar Oxímetro de pulso;
Verificar do correto funcionamento do acesso venoso;
Checar dados vitais – PA, FC, FR, SaTO2;
Avaliar e manipular a condição hemodinâmica do paciente com infusão de volume, drogas vasoativas e antiarrítmicos, quando necessários. 
Após a estabilização do paciente, pode-se providenciar o seu transporte para recursos mais adequados (unidade de terapia intensiva, sala de hemodinâmica etc.).
 O controle glicêmico, a estabilidade hemodinâmica e evitar hiperoxia são medidas que contribuem para um melhor prognóstico, assim como a intervenção hemodinâmica precoce para os pacientes com infarto do miocárdio com supra-desnivelamento de ST.
Referências bibliográficas
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Parecer COREN-SP 26/2013 – CT PRCI n° 100.501 e Ticket n° 277.654, 284.557, 287.513, 290.344, 295.869. [on line]. Ementa: Cardioversão, Desfibrilação e Uso do DEA. Aprovado em 29/05/2013 na 28ª. Reunião da Câmara Técnica. Disponível em: http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2013_26.pdf
Ladeira JP. Ressuscitação cardiopulmonar. In: Martins HS, Brandão Neto RA, Scalabrini Neto A, Velasco IT. Emergências clínicas: abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Manole; 2007. P. 3-17.
American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, MD, FACP, FAHA, et al. Disponível em: http://www.heart.org/idc/groups/heart-public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf
American Heart Association. Destaques da American Heart Association 2015. Atualização da Diretrizes de RCP a ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, FAHA, Equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes da AHA. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf

Continue navegando