Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Suporte Básico e Avançado de vida Vitima de Natureza Clinica Cleiton Luiz C. da Silva Suporte Básico de Vida - SBV Objetivo – Suporte Básico de Vida (SBV) O Suporte Básico à Vida em Cardiologia tem por objetivo atuar no reconhecimento precoce de uma situação de Parada Cardiorespiratória, acionar a cadeia de socorro (Corrente da Sobrevivência) e iniciar manobras de Reanimação Cardiopulmonar com proficiência. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS 35% das mortes no Brasil são por causas cardiovasculares, resultando em 300 mil óbitos/ano(DataSUS); Nenhuma situação clínica supera a prioridade de atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR), em que a rapidez e a eficácia das intervenções adotadas são cruciais para melhor resultado do atendimento. Motivos para aprender e praticar Suporte Básico de Vida Quase 80% dos casos de parada cardíaca acontecem em casa e são presenciados por um membro da família; Menos de 10% sobrevivem. Isso por que a maioria das testemunhas não sabem fazer a reanimação básica; A reanimação feita por quem presencia a parada cardíaca pode “dobrar” a chance de sobrevivência; Cada minuto após a parada cardíaca diminui as chances de sobrevivência em 10%; Programação Apresentar a Cadeia/Corrente da sobrevivência; Protocolo de SBV - CABD; Técnica de compressão torácica; Manejo de Via Aérea Básica; Desfibrilação Semi-automática; Uso do desfibrilador manual. Conceito de PCR A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como o súbito cessar da atividade miocárdica ventricular útil, associada à ausência de respiração; tendo como modalidade principal a fibrilação ventricular, a qual predomina nos primeiros dois minutos. Por isso, a percepção e reversão da mesma reduzem significativamente os índices de mortalidade. (TIMERMAN, et al., 2014). Sinais e Sintomas da Parada Cardiorrespiratória Sinais da PCR Inconsciência; Midriase; Pele fria; Ausência de Movimentos Respiratórios; Ausência de Pulso central, Por que o coração pára? Causas reversiveis de PCR 5 “H”s Hipóxia Íons Hidrogênio Hipovolemia Hipotermia Hiper / hipocalemia 5 “T”s Tensão no Tórax Tamponamento cardíaco Trombose Coronariana TEP Toxicidade a drogas 11 Eh Aí ???? Condutas Corrente da Sobrevivência Parada Cardiorrespiratória Extra-hospitalar Fonte: 2015 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science. Parada Cardiorrespiratória Intra-hospitalar Fonte: 2015 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science. Suporte Básico de Vida Protocolo – 2015 C - Circulação; A – Abrir vias aéreas; B - Ventilação; D - Desfibrilação. “C” Circulação/Compressão IDENTIFICAÇÃO DA PCR C - Circulação Onde verificar pulso? Local das compressões? Sequencia de Compressões Torácicas: Cliente não intubado: 30 compressões e 2 ventilações( 30:2) Profundidade: mínimo de 2 polegadas (5 cm ) e máximo de 2,4 polegadas (6cm) de profundidade (forte, rápida e sem parar). Permitir retorno do tórax. Pulso central a cada 2 minutos Revezar nas compressões a cada 2 minutos. OBS: BEBÊS: profundidade 4 cm e frequência irá variar conforme o número de socorristas, ou seja, 30x02 ou 15x02 Compressões Mínimo de 100 (cem) e máximo de 120 (cento e vinte) compressões por Minuto; Profundidade: mínimo de 2 polegadas (5 cm) e máximo de 2,4 polegadas (6 cm), permitindo retorno do tórax; Alternar 30 compressões e 02 Ventilações, durante 05 Cinco Ciclos ou por 02 Minutos; Interromper minimamente as compressões; É recomendado que o profissional de saúde aplique compressões Torácicas e ventile a vítima em PCR, seja ela de natureza cardíaca ou não. (AHA 2015) Em caso de Dúvida: Compressão Torácica RCP – 5 ciclos / 2 minutos 30 : 2 Checar pulso a cada 5 ciclos – 2 min RCP Tempo é vida Quando o coração para - lesão cerebral em < 5 min Sistema Nervoso x Oxigênio Até 4 minutos - Sem danos De 4 a 6 minutos - Danos Cerebrais Após 6 a 8 minutos - Dano Irreversível 26 Compressões C - Circulação Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Compressão Torácica Caso Serginho Caso do Jogador do Cruzeiro “A” Abrir Vias Aéreas A - Abrir Vias Aéreas Jaw Trust Chin Lift “B” Ventilação B - Ventilação Ventilação Realizar ventilações com tempo de duração de 01 (um) segundo, respeitando a frequência de 01 (uma) ventilação a cada 06 segundos. “B” Ventilação 30:02 39 - HIV - Hepatite ( VHB) - Herpes simples - Tuberculose - Meningite, etc. PRECAUÇÕES COM DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS: RESPIRAÇÃO Boca - a - Boca; Você FARIA? É desaconselhado a ventilação sem dispositivos de barreira. Salvo em caso extremos. Boca Máscara (POCKET MASK) Oferta de até 17% de FiO2. Boca Máscara (POCKET MASC) conectado à fonte de Oxigênio à 15L/m fornece FiO2 acima de 80%. Boca - Máscara Bolsa-Máscara (AMBU): Oferta de até 21% de FiO2. Bolsa-Máscara (AMBU) com 02 a 15 L oferece até 60% Fi02 Bolsa-Máscara e reservatório com 02 a 15 L FiO2 até 100%. 43 Técnicas E e C Uso de Naloxona (IM ou IN) Em casos de pacientes com respiração anormal, com pulso e com suspeita ou sabidamente usuário de opioides. Neste caso os transeuntes treinados e qualificados, ou mesmo os profissionais do serviço médico especializado deverão administrar este medicamento para reverter os efeitos das drogas (overdose). Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho OVACE INCIDÊNCIA A cada ano morrem aproximadamente 3.600 pessoas devido a obstrução de vias aéreas. Deste total: - 1600 mortes acontecem por engasgo. - 2.000 acontecem por afogamento. OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO PERDA DE CONSCIÊNCIA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Objetivo = RECONHECIMENTO PRECOCE VÍTIMA CONSCIENTE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO CAUSAS MAIS FREQÜENTES: 1. ALIMENTOS - CARNE 2. PRÓTESES DENTÁRIAS, FRAGMENTOS DENTÁRIOS 3. CHICLETES, BALAS ETC 4. ASPIRAÇÃO DE MATERIAL REGURGITADO, SANGUE LACTENTES E CRIANÇAS: 1. ASPIRAÇÃO DE PEQUENOS OBJETOS 2. ASPIRAÇÃO DE LEITE REGURGITADO OVACE RECONHECIMENTO VÍTIMA BOM ESTADO SUBITAMENTE PÁRA DE RESPIRAR CIANOSE E INCONSCIÊNCIA Obstrução OVACE TIPOS DE OBSTRUÇÃO PARCIAL - A VÍTIMA MANTÉM ALGUMA TROCA GASOSA; SINTOMAS: TOSSE FORTE, SIBILOS; CONDUTA: NÃO INTERFERIR. 2. TOTAL - TROCA DE AR SE TORNA INSUFICIENTE; - SINTOMAS: TOSSE INEFICAZ E FRACA, RUIDOS RESPIRATÓRIOS ESTRIDENTES , GEMENCIA, DIFICULDADE RESPIRATÓRIA ACENTUADA, CIANOSE; - CONDUTA: MANOBRAS OVACE TIPOS DE VÍTIMA 1. CONSCIENTE: OBSTRUÇÃO TOTAL : SINAIS DE ASFIXIA (AGARRA O PESCOÇO), INCAPAZ DE FALAR OU TOSSIR, CIANOSE E ESFORÇO RESPIRATÓRIO EXAGERADO - MOVIMENTO DE AR NÃO DETECTÁVEL. EXIGE - SE PRONTA AÇÃO - MANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO 2. INCONSCIENTE: VÍTIMA ENCONTRADA INCONSCIENTE DEVE-SE ADOTAR A SEQUENCIA DO CABD E DEFINIR AS CONDUTAS PARA CADA CASO. OVACE SINAL UNIVERSAL DE ASFIXIA Abordagem à Vítima Abordagem à Vítima ABORDAGEM CORRETA À VÍTIMA PERGUNTAR À VÍTIMA: VOCÊ ESTÁ ENGASGADO (a)? MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS ADULTO OBSTRUÇÃO POR LÍQUIDO: ROLAMENTO 90º - lateralização da vítima em monobloco (libera as VAS de secreções e sangue).Rolamento de 90º MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS OBS: ADULTO E CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO COM OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOS: ORIENTA-SE REMOÇÃO DIGITAL - somente se o corpo estranho for visível e facilmente acessível. TÉCNICA DA EXTRAÇÃO DIGITAL Abertura da boca ( dedo cruzado ou elevação da mandíbula) inserir dedo indicador (mínimo em lactentes) em gancho sem aprofundar ou pinçar com indicador e dedo médio OBS: CONTRA-INDICADO SE MATERIAL NÃO FOR VISÍVEL MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS Extração Digital de Corpo Estranho MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOS COMPRESSÃO ABDOMINAL- MANOBRA DE HEIMLICH Compressões devem ser realizadas no abdome (entre dois e três centímetros abaixo do processo Xifoide) Estimular a vítima à tossir MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS MANOBRAS DE HEIMLICH COMPRESSÃO ABDOMINAL MANOBRAS DE HEIMLICH OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOS MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS MANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO COMPRESSÃO TORÁCICA Indicada em vítimas obesas ou gestante. Serão realizadas compressões terço inferior de esterno, acima do apêndice xifóide Vítima Inconsciente MANOBRA DE HEIMLICH Complicações Compressões Abdominais rápidas: Ruptura ou laceração de vísceras abdominais/torácica/órgãos internos. Regurgitação/ Aspiração. O BLS indica avaliação médica após Manobra de Heimlich. MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS COMPRESSÃO TORÁCICA INDICADA EM VÍTIMAS INCONSCIENTES DEITADAS. MANOBRA DE HEIMLICH Manobra auto-administrada Fazer em si mesmo a manobra de Heimlich; Comprimir o andar superior do abdome de modo rápido sobre qualquer superfície rígida: encosto de cadeira, canto de mesa... Após Tratamento da OVACE Realizar 02 (duas) respirações de resgate lentas para avaliar se obstrução permanece; Verificar sinais de circulação: - Há circulação mas não respira = Ventilação; - Há circulação e respira = posição de recuperação. - Não há circulação = RCP. Posição de Recuperação ou Resgate Se houver reversão da PCR, o paciente deve ser mantido em assistência ventilatória até que recobre a ventilação de forma espontânea ou até que o suporte avançado chegue ao local. O pulso central deve ser checado a cada 1 a 2 minutos durante esta fase de suporte ventilatório. Obstrução de vias aéreas no Bebê e na Criança. Obstrução de vias aéreas por corpo estranho - ovace Mais de 90% , na faixa pediátrica, ocorre em crianças menores de cinco anos. 65% das vítimas são lactentes. No dorso Cinco golpes secos interescapulares. Na parte anterior Um a Dois Centímetros abaixo da linha mamilar e sobre o osso esterno, realizar cinco compressões digitais. Repetir a seqüência : 05 Pancadas secas no dorso 05 compressões na frente Verificar se objeto visível 05 Pancadas secas no dorso 05 compressões na frente Verificar se objeto visível 05 Pancadas secas no dorso 05 compressões na frente Verificar se objeto visível Caso o Lactente ou Criança se torne IRRESPONSÍVEL, cianótico , o choro cada vez mais fraco, iniciar REANIMAÇÃO Repetir a seqüência : 1 Socorristas 30 Compressões no tórax 02 Ventilações 2 Socorristas 15 Compressões no tórax 02 Ventilações Durante a Abertura das Vias Aéreas para Ventilação, observar as vias aéreas a procura de corpo estranho. Checar Pulso a cada 2 minutos Caso ocorra PCR RCP Verificar a cada 1 ou 2 ciclos de compressão torácica se o objeto se tornou visível . CRIANÇA Manobra de Heimlich Manobra de Heimlich na criança em pé e consciente. Até que desobstrua ou a criança torne-se inconsciente. Manobra de Heimlich com a criança deitada, inconsciente. FAÇA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR Seqüência recomendada para a criança que foi encontrada inconsciente: C - Compressões toráxicas. A - Abertura de vias aéreas. B - Tente ventilar – 02 ventilações. D – Basicamente não ocorrerá fibrilação. Posição Lateral de Segurança Eletrocardiograma Batimento Cardíaco Atividade Elétrica do Coração Polarização Cardíaca O músculo cardíaco em repouso conserva íons + do lado externo e íons - do lado interno da membrana celular - Polarização Despolarização Cardíaca Inversão da distribuição de íons espontânea ou por estímulo elétrico externo > Despolarização Deslocamento Elétrico Começa no nódulo sinoatrial > nódulo atrioventricular > Feixe de His > Fibras de Purkinje ECG Eletrocardiograma Normal (Variação da voltagem/tempo). O papel de registro é padronizado quadriculado em linhas de 1 mm ECG - Normal “D” Desfibrilação Desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua (não sincronizada) no músculo cardíaco. Essa corrente despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves com a Taquicardia Ventricular sem pulso (TV) e a Fibrilação Ventricular (FV) – situações compatíveis com parada cardiorrespiratória, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco. A necessidade do chamado precoce de ajuda e do desfibrilador se justifica pelo fato de cerca de 80% dos eventos de PCR extra-hospitalar serem desencadeadas por esses ritmos que apresentam bom índice de resposta à desfibrilação quando tratados em tempo hábil (minutos). No entanto, evoluem com rapidez para assistolia ou tornam-se progressivamente refratários à desfibrilação quando tratados tardiamente. IMPORTANTE Somente no caso de afogamento ou obstrução de via aérea testemunhada, seguida da perda de consciência, o pedido de ajuda pode ser postergado, aplicando-se primeiro o suporte básico de vida por 2 minutos. Após este período, desencadeia-se o chamado para ajuda. D – Desfibrilador Externo Automático - DEA DEA O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um aparelho eletrônico portátil, constituído basicamente por uma bateria com capacitor elétrico e um computador capaz de reconhecer a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular (TV), as arritmias mais frequentes no início da PCR. Quando presentes, o aparelho determina o choque em corrente contínua sobre o tórax da vítima, organizando o ritmo elétrico do coração. Tipos de Desfibriladores e suas Cargas Bifásico (200J); Monofásico (360J) Quanto ao formato da onda Monofásico – toda a energia elétrica selecionada é aplicada em um único sentido vetorial; Bifásico – parte da corrente é administrada em um sentido, e a outra parte no sentido inverso (inversão de polaridade). Defibrilação Ritmos Chocáveis Taquicardia Ventricular sem Pulso Fibrilação Ventricular D - Desfibrilação - O Desfibrilador deverá ser usado sempre que o ritmo for chocável, ou seja, TV sem pulso e/ou FV. - A Desfibrilação, para ser eficaz, deve ser feita o mais precoce possível. Cardioversão Cardioversão elétrica é um procedimento eletivo utilizado para reverter arritmias mediante a administração de uma corrente elétrica direta e sincronizada que despolariza o miocárdio. Para que a descarga elétrica seja sincronizada o paciente deve estar monitorizado no próprio cardioversor e o botão de sincronismo deve estar ativado. A descarga é liberada na onda R (período refratário da despolarização cardíaca). Esse mecanismo consiste em despolarizar simultaneamente quase todas as fibras cardíacas, interrompendo os mecanismos de reentrada, com o objetivo de restaurar o impulso cardíacode maneira coordenada, com apenas uma fonte de geração de impulso elétrico. É a terapia escolhida para o tratamento de taquiarritmias, como por exemplo, a Fibrilação atrial (FA) e Flutter atrial. A cardioversão elétrica é mais eficaz do que o uso de antiarrítmicos isoladamente, com uma taxa de efetividade de 60 a 70%. Entretanto, estudos mostram que a cardioversão elétrica feita após a administração de antiarrítmicos como a Amiodarona ou Sotalol tem mais chance de sucesso podendo alcançar aproximadamente 100%. (Passos) A cardioversão farmacológica é mais efetiva quando iniciada dentro dos sete primeiros dias do início das arritmias – fibrilação atrial e flutter atrial. Importante Iniciar a cardioversão elétrica com doses maiores de energia é mais efetivo, resultando em menor número de choques e menor quantidade de energia cumulativa. (Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial) O restabelecimento do ritmo sinusal, teoricamente, reduz os riscos de cardiomiopatia desencadeada pela frequência rápida e irregular (taquicardiomiopatia). A redução e regularização da resposta ventricular melhoram o desempenho ventricular e a fração de ejeção. Cardiovesão Cargas X Ritmo Cardíaco Arritmia 1ª.carga 2ª. carga 3ª. carga 4ª. carga demais Taquicardia ventricular com pulso 100 J 200 J 300 J – 360 J Taquicardia ventricular polimórfica sem pulso 200 J 200-300 J – – 360 J Taquicardia supraventricular 50 J 100 J 200 J 300 J 360 J Fibrilação atrial 100 J 200 J 300 J – 360 J Flutter atrial 50 j 200 J 200-300 J – 360 J Aspectos legais O uso de desfibriladores manuais é prerrogativa do profissional médico. É pertinente ao enfermeiro e a equipe de enfermagem sob supervisão do enfermeiro a execução da desfibrilação com o uso do DEA na presença ou ausência do profissional médico, conforme previsto no protocolo de Suporte Básico de Vida. (Parecer 26/2013 – COREN – SP) Algumas Arritmias Taquicardia Ventricular Fibrilação Atrial Infradesnivelamento Supra desnivelamento S-T Flutter atrial Taquicardia Ventricular Fibrilação Ventricular Fibrilação Ventricular Fina Assistolia Torsades de pointes Interferência/artefato Referências bibliográficas Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Parecer COREN-SP 26/2013 – CT PRCI n° 100.501 e Ticket n° 277.654, 284.557, 287.513, 290.344, 295.869. [on line]. Ementa: Cardioversão, Desfibrilação e Uso do DEA. Aprovado em 29/05/2013 na 28ª. Reunião da Câmara Técnica. Disponível em: http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2013_26.pdf Ladeira JP. Ressuscitação cardiopulmonar. In: Martins HS, Brandão Neto RA, Scalabrini Neto A, Velasco IT. Emergências clínicas: abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Manole; 2007. P. 3-17. American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, MD, FACP, FAHA, et al. Disponível em: http://www.heart.org/idc/groups/heart-public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf American Heart Association. Destaques da American Heart Association 2015. Atualização da Diretrizes de RCP a ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, FAHA, Equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes da AHA. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf Suporte Avançado de Vida em Cardiologia #SAVC# Suporte Avançado de Vida em Cardiologia Suporte Avançado de Vida Segundo Tallo e cols. (2012) ‘o SAV engloba recursos adicionais como monitorização cardíaca, administração de fármacos, desfibriladores, equipamentos especiais para ventilação, marcapasso e cuidados após o retorno a circulação espontânea’. Por mais avançados que sejam os recursos disponíveis para o atendimento da PCR, o Suporte Básico de Vida em Cardiologia (SBVC) é crucial para a manutenção da perfusão e da oxigenação cerebral e coronariana, sobre a qual a viabilidade clínica do doente se mantém. Suporte Avançado de Vida Objetivos específicos: Descrever a seqüência de atendimento a uma PCR segundo o protocolo da American Heart Association (AHA) 2015. Descrever as funções inerentes dos membros da equipe de saúde para o atendimento de uma PCR. Demonstrar as etapas da reanimação cardiorrespiratória. Descrever as medicações usadas na reanimação cardiorrespiratória Atendimento a PCR Qualquer profissional de saúde que constate uma PCR tem por obrigação iniciar as manobras de RCP. Equipe na RCP A American Heart Association mantem a proposta do protocolo de 2010 e ainda reforça no protocolo de AHA, 2015, a definição que a equipe de atendimento de emergência deve dispor de pelo menos quatro indivíduos assim distribuídos: um na compressão torácica; um na ventilação; um anotador de medicamentos e de tempo; bem como manipulação dos medicamentos; um no comando, próximo ao monitor/ECG (geralmente é o primeiro profissional mais graduado a chegar). SAVC Acesso Rápido ao Serviço Médico de Emergência/Especializado (SME); RCP Rápida; Desfibrilação Rápida; Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC) Rápido. - OBS: A criação desses elos atende a um objetivo primordial: prestar atendimento o mais rapidamente possível, com mínima perda de tempo e restabelecimento da circulação sistêmica, a fim de preservar as funções orgânicas. ACLS / SAV C – Circulação: monitorização, acesso venoso periférico e medicações; A – Via aérea: Entubação orotraqueal ou Cricotireoidectomia; B – Respiração (breathing): verificação posicionamento TOT e fixação; D – Diagnóstico diferencial; 146 Medicação C – Circulação: monitorização, acesso venoso periférico e medicações; Parada Cardiorrespiratória em Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular sem Pulso As formas mais freqüentes de atividades elétricas iniciais na PCR extra-hospitalar e Hospitalares são a Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP), encontradas em cerca de 80% dos casos no início. São as formas de melhor prognóstico para reversão. - A FV é caracterizada por uma atividade elétrica caótica e desorganizada do coração, sendo o ritmo incapaz de gerar contração cardíaca eficiente, daí a ausência de pulso central nesse ritmo elétrico. - A TV difere da FV por tratar-se de ritmo elétrico organizado, caracterizado por complexos QRS alargados, idênticos entre si, com freqüência elevada e sem ondas P identificáveis ao traçado. Esse ritmo pode ou não gerar contração miocárdica eficaz (pulso). Na ausência de pulso, a TV deve ser tratada como FV. - Identificada a FV/TV sem pulso, o tratamento inicial é a desfibrilação com choque único e imediato na energia máxima do aparelho (360 J, monofásico ou 200 J, bifásico). Acessos Venosos Deve-se puncionar acessos venosos periféricos Ideal 02(Dois) acessos calibrosos; IMPORTANTE: Caso o acesso venoso não esteja disponível, pode-se utilizar a via intra-óssea para infusão de drogas durante a RCP. OBS: Administrar medicação por TUBO não está mais indicado; Na FV/TV sem pulso, são utilizadas drogas vasopressoras e antiarrítmicas. A primeira droga a ser administrada em casos de FV/TV sem pulso é a epinefrina (1 mg a cada 3 a 5 min, IV/IO). A Amiodarona é o primeiro antiarrítmico a ser utilizado (300 mg EV/IO), podendo ser aplicada a segunda dose (150 mg IV/IO), se não houver reversão da arritmia após o próximo choque. Outros Antiarrítmicos A lidocaína (nível de recomendação Indeterminada) é aceita como antiarrítmico na dose de 1 a 1,5 mg/kg, na dose máxima de 3 mg/kg. O Sulfato de Magnésio (1 a 2 g EV/IO/Kg) pode ser benéfico quando há hipomagnesemia precipitando a arritmia. OBS: Na ausência de hipomagnesemia, o Sulfato de Magnésio não traz benefício ao doente. Importante Entre os ciclos de RCP, é obrigatória a checagem do ritmo elétrico e pulso central. Caso os ciclos permaneçam inalterados,os ciclos também serão mantidos até que ocorra a mudança de ritmo ou suspensão das manobras de RCP. 154 Doses de Manutenção Quando ocorrer a reversão da arritmia e o pulso central estiver presente, uma dose de manutenção do último antiarrítmico utilizado pode ser administrada por 12 a 24 horas, para evitar a recidiva da arritmia até que os fatores desencadeantes da PCR estejam controlados ou a critério do julgamento clínico. Parada Cardiorrespiratória em Atividade Elétrica sem pulso ou Assistolia Assistolia e AESP Durante a PCR, após a colocação das pás no tórax da vítima, a identificação de qualquer atividade elétrica regular e sustentada diferente de FV/TV sem pulso ou da Assistolia define uma PCR em Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP). A AESP é caracterizada por um ritmo elétrico (Atividade Elétrica Miocárdica) que deveria estar associado a um pulso central (contração miocárdica efetiva). Assistolia A PCR em Assistolia é a forma de PCR de pior prognóstico, consistindo na ausência de atividade elétrica no coração, cujas principais causas são as mesmas descritas para a PCR em AESP. Protocolo da Linha Reta Para o correto diagnóstico de Assistolia, deve-se proceder ao protocolo da linha reta, que consiste em checar a conexão dos eletrodos, aumentar o ganho do monitor cardíaco e, por fim, checar o ritmo em duas derivações contíguas. - OBS: Todo cuidado na identificação desse ritmo é pouco, pois o ritmo de base verdadeiro é a FV em até 10% dos ritmos identificados como assistolia pelas pás. 159 Na identificação de PCR em AESP ou Assistolia, o tratamento imediato é a compressão torácica, pois a Desfibrilação é contraindicada nesta situação, uma vez que poderá desorganizar o ritmo elétrico na AESP e não gerará ritmo se aplicada na Assistolia. Importante Para os ritmos Bradicárdicos na AESP e para a Assistolia, a Atropina não é mais recomendada por ser considerada medida fútil, assim como o Marca-passo Transcutâneo para a Assistolia. QUANDO PÁRAR ? O término dos esforços deve ser considerado com a análise de diversos fatores, como tempo de PCR até o primeiro atendimento, tempo de atendimento da PCR, prognóstico do paciente, idade da vítima, causa associada e outros. Uma atitude clínica importante no tratamento da AESP e da Assistolia é a determinação da causa do evento e a aplicação do seu tratamento específico. São 10 as causas reversíveis e é possível nominá-las de forma simples para memorização como 5H e 5T. O tratamento das causas da AESP é o principal fator determinante da reversão do quadro. Caso não se encontre uma dessas causas durante o atendimento, a chance de reversão da PCR fica muito diminuída. Causa Tratamento Hipovolemia Volume Hipoxia Oxigênio (intubação endotraqueal) Hipo/hipercalemia Cloreto de potássio/bicarbonato de sódio 1 mEq/kg H+ (acidose metabólica) Bicarbonato de sódio 1 mEq/kg Hipotermia Reaquecimento Tamponamento cardíaco Punção pericárdica (Marfan) Tromboembolismo pulmonar Volume + reversão da PCR Trombose coronariana Volume + reversão da PCR Pneumotórax hipertensivo Punção torácica de alívio Tóxicos (drogas) Antagonista específico “A” Intubação (vias aéreas avançadas) A - Entubação Orotraqueal/Cricotireoidectomia 167 B- Boa ventilação Checar a posição do tubo e fixa-lo corretamente e ventilar adequadamente. Vitimas deverão ser ventiladas conforme o seguinte ritmo: Pacientes Intubados ou Traqueostomizados - 01 (uma) ventilação a cada 06 segundos sendo total de 10 ventilações por minuto, assim como em vitimas não intubadas.; Checar posição do Tubo e promover a sua correta fixação; Algoritmo de Suporte Avançado de Vida (ACLS) D – Diagnóstico Diferencial Realização de exame físico secundário e também exames de imagem e bioquímicos para melhor avaliação e definição de condutas. Cuidados após a Reanimação Controle de Temperatura Manter a temperatura corporal da vitima entre 32 e 36 graus célsius. Importante lembrar que 32 graus não fazem melhor ou pior efeito do que 36 graus. Após a reversão da PCR, alguns cuidados são necessários para impedir a deterioração da vítima e possibilitar a melhor condição possível para a sua recuperação. A reabordagem do CABD deve ser realizada periodicamente, sobretudo após o menor sinal de deterioração clínica do doente. A verificação do correto posicionamento do TUBO e da adequação das ventilações assegura a boa oxigenação do paciente. Após a reversão da PCR: Checar posição do TUBO através da Ausculta e também através de Imagem (RX de Tórax); Instalar Ventilação Mecânica; Instalar Oxímetro de pulso; Verificar do correto funcionamento do acesso venoso; Checar dados vitais – PA, FC, FR, SaTO2; Avaliar e manipular a condição hemodinâmica do paciente com infusão de volume, drogas vasoativas e antiarrítmicos, quando necessários. Após a estabilização do paciente, pode-se providenciar o seu transporte para recursos mais adequados (unidade de terapia intensiva, sala de hemodinâmica etc.). O controle glicêmico, a estabilidade hemodinâmica e evitar hiperoxia são medidas que contribuem para um melhor prognóstico, assim como a intervenção hemodinâmica precoce para os pacientes com infarto do miocárdio com supra-desnivelamento de ST. Referências bibliográficas Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Parecer COREN-SP 26/2013 – CT PRCI n° 100.501 e Ticket n° 277.654, 284.557, 287.513, 290.344, 295.869. [on line]. Ementa: Cardioversão, Desfibrilação e Uso do DEA. Aprovado em 29/05/2013 na 28ª. Reunião da Câmara Técnica. Disponível em: http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2013_26.pdf Ladeira JP. Ressuscitação cardiopulmonar. In: Martins HS, Brandão Neto RA, Scalabrini Neto A, Velasco IT. Emergências clínicas: abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Manole; 2007. P. 3-17. American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, MD, FACP, FAHA, et al. Disponível em: http://www.heart.org/idc/groups/heart-public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf American Heart Association. Destaques da American Heart Association 2015. Atualização da Diretrizes de RCP a ACE. [on line]. Edição em português: Hélio Penna Guimarães, FAHA, Equipe do Projeto de Destaques das Diretrizes da AHA. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf
Compartilhar