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TCC2- AV1 - TATIANE HAMILTON (1)

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O PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR NO RESGATE DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS
Autor(a):Tatiane Hamilton[footnoteRef:2] [2: Acadêmica do curso de Pedagogia, Grupo Ser / UNINASSAU] 
Instituição: Grupo Ser/ UNINASSAU
E-mail:tatianehamilton96@gmail.com
Orientador(a)[footnoteRef:3]: Wanderson Felix Viana [3: Coautor(a)/orientador(a): Pedagogo, mestre em educação – UPE e professor executor do Grupo Ser Educacional.] 
Instituição: Grupo Ser/ UNINASSAU
E-mail: wanderson.felix@sereducacional.com
Resumo 
O presente estudo consiste em apresentar maneiras e práticas desenvolvidas pelo professor no resgate das brincadeiras na Educação Infantil e Anos Inicias. Diante de uma realidade cada vez mais tecnológica, é prazeroso quando se observa crianças brincando, jogando, interagindo com as demais. Quão divertida é a vida quando se depara com adultos a brincar e cantar com as crianças, cena cada vez mais rara, por falta de tempo ou outras distrações.Sendo assim buscou-se responder o seguinte questionamento: “Como promover uma educação lúdica no resgate das brincadeiras entre as crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais?”. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, abordagem qualitativa baseada em pesquisas recentes publicados no período de 2010 a 2022. Foi analisado 7 (sete) artigos em que contribuiu para responder a problemática delimitada.Conclui-se que o professor deve organizar seu planejamento, refletir seus métodos e instrumentos a ser utilizado; propor jogos e brincadeiras diversificadas. Constata-se também a necessidade de mediar e intervir quando houver necessidade para melhoria no processo de ensino e aprendizagem.
Palavras-chave:Resgate do lúdico.Educação Infantil. Anos Iniciais. Professor. 
1 INTRODUÇÃO 
A pesquisa busca apresentar algumas colocações sobre a importância de uma pedagogia voltada ao lúdico na Educação Infantil e nos Anos Iniciais, como as brincadeiras e os jogos são muito praticados na infância de nossos pais e avós, e que podem ser desenvolvidas no ambiente escolar para contribuir na formação integral da criança. No entanto, é preciso ressaltar que historicamente as crianças aprendiam por meio de interação e atividades que faziam parte de seu cotidiano, e suas experiências eram passados para próxima geração (CINTRA; PROENÇA; JESUINO, 2010). 
Diante de uma realidade cada vez mais tecnológica, é prazeroso quando se observa crianças brincando, jogando, interagindo com as demais. Quão divertida é a vida quando se depara com adultos a brincar e cantar com as crianças, cena cada vez mais rara, por falta de tempo ou outras distrações. Porém, as crianças estão perdendo sua infância a partir de uso de celulares, computadores, tablets, televisão, tornando-se refém desses instrumentos, deixando de fazer o mais importante dessa fase: brincar. Além disso, não estão socializando com as outros, devido a uso excessivo das tecnologias, prejudicando seu desenvolvimento social, intelectual, emocional.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica baseada em leituras de autores em que tratam sobre a importância do brincar na Educação Infantil e nos Anos Iniciais. A relevância recai sobre a questão de que o lúdico pode enfrentar alguma resistência em certos ambientes escolares, sendo preciso conhecimento para que o professor e a instituição de ensino elaborem estratégias de ensino baseadas em atividades lúdicas e de acordo com cada faixa etária.
O estudo buscou responder o seguinte questionamento:Como promover uma educação lúdica no resgate das brincadeiras entre as crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais?A hipótese levantada nesse estudo foi de que a criança quando brinca aprende a transformar a vida, compreendendo sentimentos e emoções que antes não eram percebidos. Elas representam, imitam e imaginam que uma pessoa pode ser um objeto, um animal ou estar em outro lugar. 
Nesse sentido o objetivo geral da pesquisa buscou apresentar as maneiras e práticas desenvolvidas pelo professor no resgate das brincadeiras na Educação Infantil e Anos Inicias. Dessa maneira os objetivos específicos foram:conceituar e contextualizar o termo ludicidade; verificar como a brincadeira e práticas lúdicas é importante para o desenvolvimento e formação da criança na Educação Infantil e Anos Iniciais e apontar o papel do professor e da escola no resgate de brincadeiras.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Ludicidade
De acordo com o dicionário online Priberam, Lúdico vem do latim ludus, que seria relacionado a jogo ou divertimento, uma atividade para divertir ou dar prazer. Nascimento (2020) conceitua que significa brincar. A prática ludicidade era utilizada desde os primórdios da humanidade, onde na Grécia Antiga era utilizado os jogos para ensinar e os índios também realizam essas práticas em suas ações livres, prazerosa e significativa para formação do indivíduo. 
	
O lúdico está presente em todos os momentos, sendo ele essencial para o desenvolvimento do ser humano, em que ultrapassa diversas dimensões, indo além das brincadeiras e jogos. A ludicidade está em todos os ambientes e dependa da visão do indivíduo perante essa prática. Para brincar e jogar não precisa de muito esforço para criança, pois, é algo natural (FROTA, 2021).
Desse modo, compreende-se a ludicidade é considerada como um instrumento pedagógico que possibilita de maneira positiva a contribuição para o desenvolvimento integral da criança. A respeito do seu uso, muitas vezes é compreendida como brincar e passatempo, sem o aspecto educativo, a qual é a aprendizagem da criança.
Portanto, levar aos alunos atividades que lhes tragam prazer ou diversão, seria uma grande ferramenta para proporcionar a aprendizagem de conteúdos com interesse e comprometimento e a brincadeira vem de encontro a essa expectativa, ou seja, “A brincadeira permite às crianças vivenciar o lúdico e descobrir-se a si mesma, aprender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver sua potência criativo” (SIAULYS, 2005, p 58).
	Nesse contexto cita-se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) onde contribui para a compreensão da ludicidade nas escolas:
[...] ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos (BRASIL,2018, p.55).
E, referente as práticas lúdicas nos Anos Iniciais, utilizá-las no processo de alfabetização e letramento, possibilita a promoção no desenvolvimento da capacidade cognitiva da criança, de modo que favoreça em uma preparação adequada e tranquila. As crianças hoje se deparam com diversos estímulos e não se apropriam do lápis por conta da vivência, pois ainda estão interessadas no mundo letrado (SANTOS; RADVANSKEI, 2019).
Nesse sentido, é preciso destacar que a ludicidade deve se encontrar presente constantemente nas práticas pedagógicas, tanto na Educação Infantil, como nos Anos Iniciais, embora há o processo de transição nessas duas modalidades em que precisa de uma maior atenção. Assim, a BNCC, expressa que é preciso valorizar as situações lúdicas no Ensino Fundamental e Anos Iniciais, articulando com as experiências das crianças adquiridas na Educação Infantil. Pois, justifica-se que as crianças estão passando por modificações importante em seu desenvolvimento, linguagem, interação e socialização, isto é, compreensão de sua identidade. 
A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para que haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa. Torna-se necessárioestabelecer estratégias de acolhimento e adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se construa com base no que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade de seu percurso educativo (BRASIL, 2018, p.53)
Nesse sentido, é preciso praticar a ludicidade na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, como uma estratégia onde os professores facilitam em relação das aprendizagens e absorção de conteúdo. Entende-se que a ludicidade deve ser alinhada em todas as modalidades para substituir as aulas mecânicas e cansativas (FERREIRA; MUNIZ, 2020).
2.2 Brincadeiras e práticas lúdicas para o desenvolvimento da criança
Diante dos muitos estudos, teorias, tendências, os educadores veem ao longo dos tempos, repensando sua prática pedagógica, trazendo alegria, entusiasmo de aprender, pela maneira de ver, pensar, compreender e reconstruir o conhecimento, o termo lúdico surge para dar nome a essa nova maneira de perceber a educação.
Almeida (1990, p.41) descreveu como seria a pedagogia voltada ao universo lúdico:
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio.
	
	A respeito das brincadeiras, “é uma atividade que a criança começa desde o seu nascimento no âmbito familiar” (KISHIMOTO, 2002, p. 139). É um ato de exteriorização de sentimento, em que a criança expressa por meio de ações, falas e pensamento, adquire conhecimento sobre o mundo. A criança em sua brincadeira expressa muitas vezes ações que observou no adulto em seu cotidiano, e esse ato potencializa o desenvolvimento, concretiza a socialização e integra no mundo em que vive. Ou ainda, nas palavras de Siaulys (2005, p 10):
A brincadeira é a vida da criança e uma forma gostosa para ela movimentar-se e ser independente. Brincando, a criança desenvolve os sentidos, adquire habilidades para usar as mãos e o corpo, reconhece objetos e suas características, textura, forma, tamanho, cor e som. Brincando, a criança entra em contato com o ambiente, relaciona-se com o outro, desenvolve o físico, a mente, a autoestima, a afetividade, torna-se ativa e curiosa
Entende-se a partir de Siaulys (2005) e Kishimoto (2002) que através da brincadeira a criança desenvolve a interação, recreação e prazer pela atividade em que a mesma está envolvida. Desse modo, compreende-se que a brincadeira irá contribuir para a criança adquirir em sua formação, diversas experiências de maneira significativa. É um meio de capacitar, colaborar seu desenvolvimento pessoal e intelectual. Além de promover aprendizagens e desenvolvimento, é um momento de expressar sua alegria, sua tristeza, frustração, entre outros, sendo atos que contribuem para formação de personalidade.
De acordo com Ortolan (2012) em razão de a criança estar em desenvolvimento, através das brincadeiras ela vai se estruturando de acordo com suas capacidades de momento, ou seja, na medida em que a mesma vai se desenvolvendo, a criança vai adquirindo e construindo diferentes competências que permitam sua inserção na sociedade, para atuar de forma participativa no mundo em que vive.
Piaget (1978) contribui por meio de suas teorias, que a criança brinca e assimila com o seu mundo, de sua maneira e com compromisso com sua realidade e dia-a-dia. Sua interação é o objeto e não depende da natureza de sua interação, e sim da função que é atribuído pela criança. Expressa a criança não assimila somente o mundo a sua volta, como também o brincar ocorre de acordo com as faixas etárias. 
No entanto, diante de uma realidade em que a tecnologia vem tomando espaço e tempo na vida de nossas crianças, fora o medo e insegurança dos pais deixarem seus filhos brincar na rua, é preciso que a escola passe a estimular atividades que estimulem a atividade física. Nesse sentido, Cavalcante e Sales (2020) problematiza que as crianças não saem e brincam na rua, por conta do uso de tecnologias.
Assim, de acordo com Piaget (1983), as brincadeiras são importantes em todas as fases da vida. A maneira com que isso acontece que difere na idade e na época, mas o prazer e a necessidade são as mesmas, por exemplo: a necessidade de liberdade, de fantasia, de criar e divertir, tornando em explorar, extravasar e relacionar-se consigo e com o outro. Estas são algumas contribuições de relações que existem entre o humano, o brincar e criar.
A educação lúdica é uma ação inerente da criança, adolescente, jovens e adultos. Está distante da concepção de um simples passatempo, brincadeira ou diversão superficial. Educar ludicamente tem uma significação importante e está presente em todos os segmentos da vida. [...] uma mãe que acaricia e se entretém com a criança, um professor que se relaciona bem com seus alunos, ou mesmo um cientista que prepara prazerosamente sua tese ou teoria educa-se ludicamente, pois combina e integra a mobilização das relações funcionais ao prazer de interiorizar o conhecimento [...]. (DAGUANO; FANTACINI, 2011, p 120).
	Dessa forma observa-se que as atividades lúdicas deverão envolver, e estarem presentes entre os alunos, sendo assim, essa modalidade irá favorecer a aprendizagem, isso porque, a “Declaração elaborada pela Associação Internacional pelo Direito de a Criança brincar – IPA, revisada em Barcelona em setembro de 1989, o brincar é de extrema importância para que qualquer criança tenha bons desempenhos na saúde física e mental” (DAGUANO; FANTACINO, 2011, p 112).
	Isso pode ser reforçado com o argumento de Vygotsky (1984) que afirma que por meio da forma lúdica as crianças experimentam as diferentes linguagens que a brincadeira possibilita: corporal, musical, visual, oral, escrita e entre outras. Desse modo, o intelectual afirma que, a criança cria “uma nova forma de desejos. Ensina-a desejar, relacionando os seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel na brincadeira e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade” (VYGOTSKY,1984, p.114)
	De acordo com Vygotsky (1984) no momento em que a criança está brincando, ela revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor. Afirma que o brincar desempenha um papel importante no pensamento infantil, por meio da brincadeira, a criança cria mecanismo para aprender e desenvolver uma relação cognitiva com o mundo que o cerca, compreendendo o significado das coisas.
	Tanto no discurso de Vygotsky (1984) como de Piaget (1975), o desenvolvimento que a criança apresenta se dá de forma gradativa. É nesse momento que a presença do lúdico é importante, pois traz leveza na introdução de novos conceitos, novos conhecimentos, permitindo que a criança aprenda sem receio e de forma prazerosa. O fato é que o brincar é fundamental para as crianças e cabe a escola e professores, desenvolver atividades que levem as crianças a sentirem-se motivadas, interessadas a brincar e descobrir o prazer em aprender. 
3 METODOLOGIA
3.1 Natureza da pesquisa
Pesquisa foi de cunho bibliográfico, em que permite que o pesquisador busque respostas para o seu problema a partir de temas que em algum momento foram estudados por outros pesquisadores e, com isso, apresentam os resultados obtidos nessas pesquisas já realizadas. Traz, portanto, como fonte de busca, artigos científicos advindos de diferentes trabalhos acadêmicos, permitindo a compreensão de teorias que foram desenvolvidas anteriormente sobre determinados assuntos (FARIA, 2020, p.4).
A respeito da pesquisa bibliográfica, entende-se por meio de Severino (2013, p.106)
[...] aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhadospor outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos.
A pesquisa foi um estudo qualitativo, onde buscou responder as questões, se preocupando com as ciências sociais, e buscou descrever uma realidade que não pode ser quantificada. Trabalha com universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitude, o que corresponde a um espaço profundo de relações, nos processos e fenômenos (MINAYO, 2021).
3.2 Fontes de busca da pesquisa
Tabela 1. Trabalhos selecionados para análise
	Título
	Autores
	Ano de publicação
	Link de acesso
	Jogos e brincadeiras tradicionais e populares na visão das crianças de Pontal do Araguaia–MT 
	Joás Dias de Araújo Cavalcante, Alessandra Barros de Sales
	2019
	https://periodicoscientificos.ufmt.br/
revistapanoramica/index.php/revistapanoramica
/article/view/1170
	A historidade do lúdico na abordagem histórico-cultural de Vigotski
	Rosana Carla Gonçalves Gomes Cintra; Michelle Alves Muller Proença; Mirtes dos Santos Jesuino.
	2010
	https://dialnet.unirioja.es/servlet/
articulo?codigo=3694625
	A ludicidade como estratégia de apoio na aprendizagem dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental 
	Maria Imaculada Conceição Veras Ferreira; Simara de Sousa Muniz
	2020
	https://revista.unitins.br/index.php/
humanidadeseinovacao/article/view/3367
	O lúdico no universo autista
	Lilian Queiroz Daguano Renata Andrea Fernandes Fantacini
	2011
	https://docplayer.com.br/17449745-O-ludico-no-universo-autista.html
	Concepções de ludicidade na educação infantil enunciados em periódicos no período de 2015-2019
	Jamyla de Aguiar Frota
	2021
	https://periodicorease.pro.br/rease/
article/view/1999/817
	Relações dialógicas entre o trabalho com a ludicidade na educação infantil e a alfabetização e letramento
	Carla Cristine Lecheta Santos; Sônia de Fátima Radvanskei
	2019
	https://www.cadernosuninter.com/index.php/
intersaberes/article/view/1264
	A importância da ludicidade na educação infantil: revisão de literatura 
	EglieniTrevezani; Eliane Trevezani ;Dalmasio; Wesley Alves Silva; Franciellen Morais-Costa 
	2021
	http://revistas.faculdadefacit.edu.br/index.php
/JNT/article/view/804#:~:text=Conclus%C3%A3o
%3A%20Ap%C3%B3s%20a%20realiza%C3%A7%
C3%A3o%20da,a%20aquisi%C3%A7%C3%A3o%20
de%20novos%20conhecimentos.u.br
Fonte: Elaborado pelo autor (a).
3.3 Instrumentos de coleta de dados e procedimentos
Para selecionar os trabalhos foi utilizado o banco de dados Google Acadêmico, onde proporcionou um amplo acesso de trabalhos, pesquisas, investigações que contribuam com tema correspondente. Assim, utilizou os descritores: “ludicidade”; “importância das brincadeiras”; “ludicidade na educação infantil” e “ludicidade nos Anos Inicias”.
O foco foi em trabalhos recentes publicados no período de 2010 a 2022. Além disso, contou também com as contribuições de Vygotsky e Piaget, pois, suas teorias são essenciais para compreender o desenvolvimento da criança e também como propor as brincadeiras lúdicas que atendam sua necessidade. 
	Foram analisados trabalhos publicados que contribuíram para a compreensão do papel do professor e da escola diante as brincadeirasna Educação Infantil e nos Anos Iniciais. Através de leituras de pesquisas na íntegra, busca responder a problemática, diferenciar os dados ou constatar semelhanças de informações do período delimitado. 
4 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
	Cavalcante e Sales (2020) apresentaram em sua pesquisa o avanço da tecnologia, onde a sociedade se evoluiu e a cultura se modifica. Alguns brinquedos são desconhecidos por conta do incentivo do mercado, reflexo do capitalismo em que influenciou na vida das crianças. Sendo assim, afirmam que as crianças brincam independente do que é, em qualquer lugar. 	
	Cintra, Proença e Joselino (2010)em ênfase na Educação Infantil reconhecem as contribuições das atividades lúdicas e percebem que é preciso preparar as crianças por meio de jogos educativos. Embora haja as modificações da sociedade, apontam a possibilidade de oferecer um ensino que priorize uma aprendizagem significativa. A partir da teoria de Vygotsky (2003), afirmam que através de jogos diversificados, flexível, é preciso colocar as crianças em situações renovadas. Destacam que a “prática docente realizada por meio do jogo proporciona aspectos relevantes ao desenvolvimento do educando, pois o jogo não o afasta da vida, ao contrário, proporciona aptidões fundamentais na vida” (CINTRA; PROENÇA; JOSELINO, 2010, p.236). 
	Ainda nas ideias dos autores, vale pontuar que a finalidade da Educação Infantil oferecer cuidado e educação a criança. Assim corresponde que a maneira de promover o resgate das brincadeiras é contemplar a ludicidade na prática, proporcionar o aluno seu desenvolvimento físico, cognitivo, social, entre outros. O professor é mediador a partir dos jogos e brincadeiras, elementos que concretizam a aprendizagem das crianças. 
	Para o processo da inclusão, também é crucial resgatar as brincadeiras no sentido de promover uma educação significativa. Assim, Daguano e Fantacini (2011), apresentam em sua pesquisa quando os jogos e brincadeiras são presentes no cotidiano das crianças, fazem com que a aprendizagem se torna mais descontraída e contribui para o seu desenvolvimento. Desse modo, não deve ser utilizado de modo de divertimento, e sim instrumento para construir o conhecimento e desenvolvimento da comunicação. Trevezaniet al. (2021) também destacam que essa prática deve fazer parte do cotidiano das crianças, seja por meio de brincadeiras simples, músicas, danças para promover um aprendizado e desenvolvimento das crianças. 
	Vale destacar o método apontado por Daguano e Fantacini (2011): o Método Montessori, desenvolvido por uma educadora italiana Maria Montessori em que adotou por meio do movimento da Escola Nova. A finalidade é estimular as atividades motoras, sensoriais e intelectuais, em um ambiente organizado e um professor que observa e faça interferências quando necessário para propor melhorias e mudanças. 
	Ferreira e Muniz (2020), enfatizaram os estudos nos Anos Iniciais na afirmativa que as brincadeiras podem ser sugeridas como proposta pedagógica para o ensino de conteúdo. É uma ferramenta que promoverá ao aluno uma aprendizagem que irá favorecer no seu desenvolvimento integral e atingir os objetivos da escola. A maneira de promover uma educação lúdica é utilizar essas práticas, aplicar de maneira correta, saber conduzir os instrumentos para valorizar esse resgate de jogos e brincadeiras.Santos e Radvanskei (2019) complementam com o foco na Alfabetização e Letramento, constitui que a maneira de promover uma educação lúdica é por meio de jogos de exercício, jogos de regras, jogos simbólicos e jogos de construção. É preciso valorizar cada fase da criança por meio de um planejamento organizado com atividades lúdicas críticas e participativas.
	Para tanto, vale destacar que se torna significativo se for planejado de maneira adequada, com objetivo de estimular o aluno, direcioná-lo para transformar sua aprendizagem em algo a mais, relacionando seu conhecimento prévio com novos conhecimentos. O professor é mediador, onde deve se encontrar dentro do processo com responsabilidade de formar crianças capazes de transformar tudo aquilo que está em sua volta (FERREIRA; MUNIZ, 2020).
	Diante a concepção apresentada por Frota (2021) é preciso recorrer atividades lúdicas como tendência natural, planejar conforme a faixa etária da criança, sua fase e seguindo critérios, estratégias para que atendam às exigências de uma sociedade melhor. Afirma-se que deve ser levado em conta e considerado sua importância como prática que facilitará no processo de aprendizagem. A maneira identificada pela autora é explorar os conhecimentos prévios das crianças e contextualizar com o conteúdo programático. 
	Diante essa percepção, Trevezaniet al. (2021) também apontamque o profissional deve conhecer a realidade do aluno, para que possa identificar o problema e promover práticas que correspondem seu cotidiano. Vale ressaltar que não é uma tarefa fácil e não possui uma receita pronta. O professor precisa ter conhecimento, experiências, ser acessível, trabalhar com dedicação e responsabilidade. Mencionam também um trabalho de maneira generosa de maior e carinho, os autores defendem que o trabalho pedagógico dessa maneira, o professor consegue alcançar os objetivos de aprendizagem e formação.
	Diante essa perspectiva os autores apresentaram a maneira que possibilita a promoção de uma educação lúdica. A partir dessas práticas, planejamento bem elaborado, organização do ambiente, reflexão da metodologia, conhecimento sobre o aluno e compreensão de sua realidade, constitui da forma que visa as brincadeiras entre crianças da Educação Infantil e Anos Iniciais. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O estudo evidenciou de maneira significativa a responder a problemática delimitada a respeito das brincadeiras a serem desenvolvidas na modalidade da Educação Infantil e Anos Iniciais. No entanto, constata-se no primeiro momento que a brincadeira é crucial para o desenvolvimento e formação da criança. É preciso encontrar nas práticas pedagógicas dos professores nas modalidades citadas.
	Tendo em vista sobre as ações lúdicas, é preciso considerar como um instrumento pedagógico que irá contribuir para o desenvolvimento integral da criança. As brincadeiras realizadas no espaço escolar, devem deixar de ser como passatempo e ser consolidada como prática educativa que favorecerá na aprendizagem. 
	Sendo assim, a pesquisa possibilitou compreender que as brincadeiras são importantes para todas as fases da vida, em que promove o prazer, liberdade, fantasia, capacidade de criar, explorar, relacionar com si mesmo e com o outro. Confirma-se a partir da hipótese levantada, que a criança no momento da brincadeira transforma sua vida, adquire capacidades e constrói sua aprendizagem de modo descontraído e contribui para seu desenvolvimento integral. 
	Desse modo, constata-se que muitas pesquisas enfatizam a importância da brincadeira para as aprendizagens no meio escolar, porém, não aprofundaram na maneira irá promover as brincadeiras. Assim, diante da problemática responde a problemática com as conclusões que: 1) O professor deve organizar seu planejamento, refletir seus métodos e instrumentos a ser utilizado; 2) É preciso jogos e brincadeiras diversificadas. 3) Ser mediador e intervir quando houver necessidade para melhoria. 
	A pesquisa possibilitou ampliar os conhecimentos, aportes teóricos e refletir práticas como professores. Constata-se a necessidade de acompanhar a evolução da sociedade para adequar as práticas educacionais que atendam as necessidades dos alunos. Conclui-se que a presente pesquisa deve ir além para possibilitar novas pesquisas a respeito ao tema de modo que contribua para aprimorar as práticas pedagógicas no meio escolar. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. R. O relacionamento Interpessoal na Coordenação Pedagógica.In: Almeida L. Placco, (org). O coordenador pedagógico e o espaço da mudança. São Paulo: Ed. Loyola, 1990.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Base NacionalComum Curricular. Brasília DF: MEC, 2018. Disponível em:basenacionalcomum.mec.gov.br/. acesso em 03 de abr. 2022
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC, SEF, vol 1, 2001.
CAVALCANTE, J. D. A.; SALES, A. B. Jogos e brincadeiras tradicionais e populares na visão das crianças de pontal do Araguaia – MT.Revista Panorâmica - Edição Especial 2020.p.208-217
CINTRA, R.C.G.G; PROENÇA, M. A. M.; JESUINO, M. S. A historidade do lúdico naabordagem histórico-cultural de Vygotsky. Rascunhos Culturais, v. 1, n. 2, p.225,2010.
KISHIMOTO, T. M. Brinquedo e Brincadeira – usos e significações dentro de contextos culturais. In: SANTOS. Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 7ª Edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
KISHIMOTO, T. M. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo. Ed. Pioneira, 2003.
DAGUANO, L. Q.; FANTACINI, R.A.F. O lúdico no universo autista. Linguagem Acadêmica, Batatais, v. 1, n. 2, p. 109-122, jul./dez. 2011. Disponível em: file:///D:/Usu%C3%A1rio/Downloads/Artigo%20Pesquizado.pdf. Acesso em: 29.03.2022
FARIA, F. Trabalho de Conclusão de Curso 1 (TCC1) - Unidade 4 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2020.
FERREIRA, M. I. C.V.; MUNIZ, S. de. S. A ludicidade como estratégia de apoio
na aprendizagem dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental. Revista
Humanidades e Inovação v.7, n.8-2020.
FROTA, J. de A. Concepções de ludicidade na educação infantil enunciados em
periódicos no período de 2015-2019. Revista Ibero-Americana De Humanidades,
Ciências E Educação, 7(8), 687–705. 2021 Disponível em:
https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/1999 Acesso em: 01 de abr. 2022
MINAYO, M. C. S (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
NASCIMENTO, C. C. S. C. PRÁTICA PEDAGÓGICA E LUDICIDADE: Desafios
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