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O LÚDICO COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL (Salvo Automaticamente)

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O LÚDICO COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
RESUMO
O presente estudo traz como temática ““O lúdico como ferramenta no processo de ensino aprendizagem na Educação Infantil” na contextualização, através dos instrumentos que norteiam a construção do conhecimento na educação infantil, a partir dos pressupostos que promovem o desenvolvimento das habilidades fundamentais no processo ensino-aprendizagem. Mediante o contexto exposto, faz-se o seguinte questionamento: O lúdico pode ser utilizado como ferramenta no processo de ensino aprendizagem infantil estabelecendo a consciência da importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da criança? Dessa forma, este estudo tem como objetivo principal: Analisar a contribuição das ferramentas lúdicas no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da Educação Infantil. E como objetivos específicos: Identificar a abordagem proposta pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a temática do lúdico no que se refere à Educação Infantil; Verificar os benefícios gerados, através dos jogos e brincadeiras, no desenvolvimento da criança da Educação Infantil; verificar o envolvimento dos alunos nas atividades lúdicas como parte de seu processo de aprendizagem; determinar como as atividades lúdicas podem ser excelentes recursos pedagógicos no contexto da educação infantil. Se justifica pelo fato de que lúdico é um instrumento facilitador no processo ensino-aprendizagem da criança desenvolvendo um conjunto de situações que envolvem ações estruturantes para o bem-estar das mesmas. Para que fosse possível alcançar os objetivos propostos nesse estudo, foi realizado através de pesquisa bibliográfica, buscando compreender a importância do lúdico na Educação infantil, sua relação com o ensino aprendizagem. 
Palavras-chaves: Ludicidade; Educação Infantil; Criança; Jogos e brincadeiras; Ensino aprendizagem.
The present study brings the theme ""The ludic as a tool in the teaching-learning process in Early Childhood Education" in the context, through the instruments that guide the construction of knowledge in early childhood education, from the assumptions that promote the development of fundamental skills in the process. teaching-learning. In view of the above context, the following question is asked: Can playfulness be used as a tool in the teaching-learning process for children, establishing awareness of the importance of games and games in the child's development? Thus, this study has as main objective: To analyze the contribution of play tools in the teaching and learning process of early childhood students. And as specific objectives: To identify the approach proposed by the National Curricular Common Base (BNCC) for the theme of playfulness with regard to Early Childhood Education; Check the benefits generated, through games and games, in the development of children in Early Childhood Education; verify the students' involvement in recreational activities as part of their learning process; determine how recreational activities can be excellent pedagogical resources in the context of early childhood education. It is justified by the fact that play is a facilitating instrument in the teaching-learning process of the child, developing a set of situations that involve structuring actions for their well-being. In order to achieve the objectives proposed in this study, it was carried out through bibliographic research, seeking to understand the importance of play in early childhood education, its relationship with teaching and learning.
Keywords: Playfulness; Child education; Child; Games and games; Teaching learning.
INTRODUÇÃO
O presente estudo está intitulado como “O lúdico como ferramenta no processo de ensino aprendizagem na Educação Infantil” vem refletir sobre esse contexto, buscando enfatizar que na Educação Infantil, o ato de brincar é visto como uma atividade de transformação, que permite através do lúdico o desenvolvimento da aprendizagem como processo cognitivo, psicológico e social. O brincar faz parte do bem-estar e necessária não só para a criança como para o adulto. Isso porque, o brincar é próprio para o desenvolvimento do ser humano, pois a criança quando executa suas atividades brincando, ela experimenta sua potencialidade, cria, recria, organiza, compreende, interagindo consigo, com o outro e com o mundo ao seu redor. 
É na educação infantil que a criança irá se desenvolver integralmente, pois é durante essa etapa que ocorre o processo de humanização e troca de experiências sociais que a tornarão sujeito com identidade. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a educação infantil é o sistema destinado à faixa etária de zero a seis anos: as creches para a faixa de zero até três anos e as pré-escolas para a faixa de quatro a seis anos. 
A educação infantil é fundamental e essencial porque desenvolve um papel de destaque no desenvolvimento humano e social da criança. Ela vai evoluir de forma cognitiva, tendo contato com diversos objetos e com a arte, cultura e a ciência, dando vazão à sua criatividade na escola e essa instituição deve ser esse espaço preparado, com professores que levem em conta a criatividade e a capacidade dessa criança que já tem um conhecimento prévio, tem uma história e a sua própria linguagem. 
A educação infantil é à base da formação sócio educacional de todo cidadão, o lúdico se constitui numa ferramenta pedagógica eficaz que envolve a criança nas atividades, permitindo o desenvolvimento cognitivo. As brincadeiras e os jogos são instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma prazerosa e eficaz possibilitam agilidade no processo de mudança de atitude e desenvolvimento de novos conhecimentos. 
A ludicidade é instrumento importante na mediação do processo de ensino e aprendizagem, principalmente das crianças, pois elas vivem num universo de encantamento, fantasia e sonhos onde o faz de conta e a realidade se mistura, favorecendo o uso do pensamento, a concentração, o desenvolvimento social, pessoal e cultural, facilitando o processo de construção do pensamento.
Sendo assim, esse estudo se justifica pelo fato de que lúdico é um instrumento facilitador no processo ensino-aprendizagem da criança pequena e ao mesmo tempo, ele desenvolve um conjunto de situações que envolvem ações estruturantes para o bem-estar das mesmas na escola e para a progressiva construção de valores significativos na interação social, como a autonomia e a cooperação. Mediante o contexto exposto, faz-se o seguinte questionamento: O lúdico pode ser utilizado como ferramenta no processo de ensino aprendizagem infantil estabelecendo a consciência da importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da criança? 
Como forma de responder a pergunta central dessa investigação, bem como responder a todas as prerrogativas estendidas até aqui, o objetivo geral é analisar a contribuição das ferramentas lúdicas no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da Educação Infantil. E como objetivos específicos: Identificar a abordagem proposta pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a temática do lúdico no que se refere à Educação Infantil; Verificar os benefícios gerados, através dos jogos e brincadeiras, no desenvolvimento da criança da Educação Infantil; verificar o envolvimento dos alunos nas atividades lúdicas como parte de seu processo de aprendizagem; determinar como as atividades lúdicas podem ser excelentes recursos pedagógicos no contexto da educação infantil. 
Não se pode esquecer que as atividades lúdicas desenvolvem na criança várias habilidades como a atenção, memorização, imaginação, enfim, aspectos básicos para o processo de aprendizagem, que está em formação. Enfim, valorizando o trabalho com jogos, brincadeiras e brinquedos, os professores terão uma ferramenta indispensável para o trabalho cotidiano na aprendizagem das crianças. 
Com o lúdico, ou seja, as brincadeiras, jogos e brinquedos na educação são essenciais para o desenvolvimento das crianças, pois são atividades primárias, as quaistrazem benefícios nos aspectos físicos, intelectual e social. Brincando, a criança desenvolve a identidade e a autonomia, assim como a capacidade de socialização, através da interação e experiências de regras perante a sociedade. Valorizar o lúdico durante os processos de ensino significa considerá-lo na perspectiva das crianças, sendo vivido na sala de aula como algo espontâneo, permitindo-lhes sonhar, fantasiar realizar desejar e viver como crianças de verdade. 
Para que fosse possível alcançar os objetivos propostos nesse estudo, o trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica e traz um histórico sobre a ludicidade ao longo dos tempos, buscando compreender a importância do lúdico na Educação infantil, sua relação com o ensino aprendizagem. Para isso foram selecionados livros, artigos, dissertações, google acadêmico, sites de internet que tratam acerca do tema. Em todo material selecionado se buscou essa relação com o tema proposto, a fim de se obter um bom embasamento teórico da pesquisa. De acordo com Lima e Mioto (2007) no caso da pesquisa bibliográfica, a leitura é a principal técnica, sendo através dela que se pode identificar as informações e os dados contidos no material selecionado, bem como verificar as relações existentes entre eles de modo a analisar a sua consistência.
1 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
No Brasil, o atendimento à criança pequena teve início com a chegada dos jesuítas. Assim, os modelos ideológicos sobre a criança daquele período evidenciavam o papel que a Igreja desempenhava. Só a partir dos anos 70 do século XX, é que se passou a dar maior atenção às crianças brasileiras, através da imprensa, que fazia denuncia regular sobre a situação que elas se encontravam devido à pressão da sociedade que queria a garantia de igualdade, de condição e o cumprimento do que a Constituição determinava. 
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muita das vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho. Graças à Constituição de 1988, a criança foi colocada no lugar de sujeito de direitos e a educação infantil foi incluída no sistema educacional. 
Os primeiros movimentos voltados para o cuidado da criança foram em 1874, na qual as Câmaras Municipais do Brasil passaram a destinar recursos financeiros para as crianças negras, místicas ou brancas que eram rejeitadas, tinha que apresentar periodicamente às crianças as autoridades. Um tempo depois foi criada pela a Igreja Católica as Rodas dos Expostos, ou dos rejeitados essa instituição era de cunho filantrópico da Santa Casa de Misericórdia, e foram se espalhando pelo país no século XVIII. Com o advento da República houve uma preocupação maior com educação da criança, mas foi no século XX, que há ações que demonstram atuações por parte da administração pública. As instituições destinadas ao cuidado da criança eram de cunho preventivo e de recuperação das crianças pobres, consideradas perigosas para a sociedade. O foco não era a criança, mas naquilo que era denominado como menor abandonado e delinquente (Mendonça, 2012).
Em 14 de Novembro de 1930 o Ministério da Educação (MEC) é criado pelo presidente Getúlio Vargas, que é um órgão do governo federal do Brasil fundado no decreto nº 19.402, com o nome Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, eram encarregados pelo estado e despacho de todos os assuntos relativo ao ensino, saúde pública e assistência hospitalar. Nos anos 70, o Brasil assimilou as teorias desenvolvidas nos Estados Unidos e Europa, que sustentavam que as crianças mais pobres sofriam de privação cultural e eram colocadas para explicar o fracasso escolar delas, esta ideia direcionou por muito tempo a educação infantil, enraizando uma visão assistencialista e compensatória foram então adotadas sem que houvesse uma reflexão crítica mais profunda sobre as raízes estruturais dos problemas sociais. Isto passou a influir nas decisões de políticas de educação Infantil. Dessa forma, pode-se observar a origem do atendimento fragmentado que ainda faz parte da educação infantil destinada às crianças carentes, uma educação voltada para suprir supostas “carências”, é uma educação que leva em consideração a criança pobre como um ser capaz, como alguém que não responderá aos estímulos dados pela escola. (Mendonça 2012). 
Na década de 80, com a abertura política, houve pressão por parte das camadas populares para a ampliação do acesso à escola. A educação da criança pequena passa a ser reivindicada como um dever do Estado, que até então não havia se comprometido legalmente com essa função. Em 1888, devido à grande pressão dos movimentos feministas e dos movimentos sociais, a Constituição reconhece a educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do Estado. Vejamos o que diz a Constituição. 
Art.205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será provida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho (Brasil, 1988, p. 1). 
Conforme o texto da Constituição de 1988, ficou estabelecido que é direito do trabalhador a “assistência gratuita aos filhos desde o nascimento até aos seis anos de idade em creches e pré-escolas” (Constituição Brasileira 1988, art. 7º, XXV). Esse preceito constitucional está garantido enquanto um direito da criança e de suas famílias, reafirmado pela LDB (Lei 9394/96) que diz: 
[...] educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade. (Art. 29).
Em meados dos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de criança. Agora se procura entender a criança como um ser sócio histórica, onde a aprendizagem se dá pelas interações entre a criança e seu entorno social. Essa perspectiva sociointeracionista tem como principal teórico Vigotsky, que enfatiza a criança como sujeito social, que faz parte de uma cultura concreta (Oliveira, 2012). 
Há um fortalecimento da nova concepção de infância, garantindo em lei os direitos da criança enquanto cidadã. Cria-se a ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente); a nova LDB, Lei nº9394/96, incorpora a Educação Infantil como primeiro nível da Educação Básica, e formaliza a municipalização dessa etapa de ensino. 
A Lei de Diretrizes e Base da Educação foi criada para definir e regularizar o sistema de educação brasileira com bases na Constituição. Observa-se uma inversão, na Constituição a educação é obrigação em primeira instância do Estado, já na LDB a obrigação passa a ser de responsabilidade da família. O Art. 3º da LDB diz acerca da educação nacional: 
Art. 3º. O ensino será com base nos seguintes princípios: igualdade de condição para o acesso a permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço a tolerância; coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; valorização do profissional da educação escolar; gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da igualdade e dos sistemas de ensino; garantia de padrão de qualidade; valorização da experiência extraescolar; vinculação entre educação escolar, o trabalho com, também as práticas sociais (Brasil, 1996, p. 1). 
Em 1998, é criado RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil), um documento que procura nortear o trabalho realizado com crianças de zero a seis anos de idade. Ele representa um avanço na busca de se estruturar melhor o papel da educação infantil, trazendo uma proposta que integra o cuidar e o educar, o que é hoje um dos maiores desafios da educação infantil. 
Assim, encontram-se as orientaçõesno RCNEI: 
Apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como cidadãos cujos direitos à infância são reconhecidos. Visa, também, contribuir para que possa realizar, nas instituições, o objetivo socializador dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a ampliação, pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural (BRASIL, 1998, p. 7).
No art. 29 da LDB, foram destinadas às crianças de até seis anos de idade, com a finalidade de complementar a ação da família e da comunidade, objetivando o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais. Isto nos remete à questão da formação humana, ressalta a necessidade de promover o processo humanizado da criança. Esse processo requer e implica em um projeto de “educação infantil fundamentado em um conceito de educação para a vida, pois ele dará os recursos cognitivos iniciais para o pleno desenvolvimento da vida da criança” (Mendonça, 2012, p. 42). 
É na educação infantil que a criança irá se desenvolver integralmente, pois é durante essa etapa que ocorre o processo de humanização e troca de experiências sociais que a tornarão sujeito com identidade. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a educação infantil é o sistema destinado à faixa etária de zero a seis anos: as creches para a faixa de zero até três anos e as pré-escolas para a faixa de quatro a seis anos. 
A educação infantil é fundamental e essencial porque desenvolve um papel de destaque no desenvolvimento humano e social da criança. Ela vai evoluir de forma cognitiva, tendo contato com diversos objetos e com a arte, cultura e a ciência, dando vazão à sua criatividade na escola e essa instituição deve ser esse espaço preparado, com professores que levem em conta a criatividade e a capacidade dessa criança que já tem um conhecimento prévio, tem uma história e a sua própria linguagem. 
A educação infantil pode e deve elaborar um trabalho preventivo, procurando minimizar, dentro do âmbito escolar, algumas dificuldades, fazendo orientação à família, no sentido de que ela busque as soluções mais adequadas para a criança.
Segundo Ayres (2013, p. 140): 
A educação infantil comporta, ainda, um papel socializador da criança, da família e da comunidade por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas e oportunidades de interação social, nas relações interpessoais de ser e estar com os outros, em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança para com os demais do mesmo grupo social. 
A responsabilidade da educação infantil é muito grande. Portanto, é preciso pensar seriamente sobre as possibilidades de atuação medindo os estímulos que irão oferecer à criança em seu crescimento mediante um processo evolutivo visando atingir o mais amplo desenvolvimento biopsicossocial. A criança não aprende por si só, nem é arquiteta exclusiva da sua evolução; ela aprende essencialmente dos outros, em sua relação. Ela é o produto de uma mediatização. Desta forma, a qualidade dos estímulos a serem oferecidos a cada criança tem que ser muito bem pensado para que se possam estabelecer metas para o trabalho na educação infantil. 
Pode-se dizer também que a infância é a idade do possível, pois se projeta sobre ela a esperança de mudança, de transformação social e renovação moral. Desta maneira, evidencia-se a ludicidade como meio condutor de uma fase que não se pode revogar na educação infantil, sendo fundamental para o desenvolvimento da criança, da escola e dos professores.
2 CONTEXTO DO LÚDICO E A FORMAÇÃO DA CRIANÇA
2.1 O Lúdico 
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia (ramo biológico da psicologia que estuda as relações mentais e as funções físicas, procurando o entendimento da relação corpo-mente e dos processos psíquicos com os fisiológicos) do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo (Santos, 2010). 
O significado da palavra lúdico é definido por Santos (2010) como “que se refere a jogos ou brinquedos”. Neste sentido estão incluídos além dos jogos brinquedos, os divertimentos e é relativo também à conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.
Kishimoto (2015) também relaciona o brincar com a cultura preexistente da criança, afirmando que antes de saber brincar a criança deve aprender a brincar e que as brincadeiras chamadas de brincadeiras de bebês entre a mãe e a criança são indiscutivelmente um dos lugares essenciais desta aprendizagem. Cita como exemplo a brincadeira de esconder uma parte do corpo, onde a criança aprende a reconhecer certas características essenciais do jogo: o aspecto fictício, pois o corpo não desaparece de verdade, trata-se apenas de um faz-de-conta; a inversão de papéis; a repetição que mostra que a brincadeira não modifica a realidade, já que se pode sempre voltar ao início; a necessidade de um acordo entre parceiros, mesmo que a criança não consiga aceitar uma recusa do parceiro em continuar brincando. Então, conclui que o jogo supõe uma cultura específica ao jogo, mas também o que se chama de cultura geral: os pré-requisitos. 
Dessa forma, segundo Santos (2010), é através do brincar, que a criança terá condições de construir sua identidade, socializar-se, enquanto parte integrante de um grupo, conhecer e reconhecer-se, amar e ser amada. O brincar é um ato cultural e para que o brinquedo exista é preciso que um grupo da sociedade lhe dê sentido e significado. Segundo Santos (2010, p.13): 
O brinquedo é um objeto material que carrega em seu contexto questões de ordem: educacional, porque o brinquedo educa; pessoal, porque a ação de brincar deixa sua marca na vida das pessoas; social, porque ele é o “presente” destinado à criança e, por isso, tornou-se uma atividade ritualizada entre pais e familiares; psicológica, porque, no brincar, as pessoas de revelam como são; filosófica, porque a atividade lúdica faz pensar, refletir e questionar sobre a origem das coisas; mística, porque o brincar tem um caráter mágico; histórica, porque através dos brinquedos pode-se descobrir o modo de brincar das crianças em épocas distantes; econômica, porque é um dos produtos mais vendidos no mundo. Tudo isso confere ao brinquedo um valor cultural. 
Vygotsky (2007 apud Ferreira 2011) partiu do princípio que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, mediadas por ferramentas técnicas e semióticas. Sendo assim, a brincadeira infantil assume uma posição privilegiada para a análise do processo de constituição do sujeito, rompendo com a visão tradicional de que esta é uma atividade natural de satisfação de instintos infantis. O mesmo autor ainda se refere à brincadeira como uma maneira de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos papéis dos adultos. A capacidade para imaginar, fazer planos, apropriar-se de novos conhecimentos, surge, nas crianças, através do brincar. A criança, por intermédio da brincadeira, das atividades lúdicas, atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes situações vividas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes, podendo, assim, preparar-se para a vida e seus diversos desafios, sem ter diretamente vivenciado as situações em si. 
Santos (2010) propõe que a ludicidade seja uma necessidade da criança, mas para que ela se desenvolva integralmente é preciso que o brincar seja livre, o que não significa que o educador não precise planejar, acompanhar, observar e avaliar essa atividade. Há uma confusão por parte da escola quando se trata do brincar livremente, pois muitos educadoresentendem que se a brincadeira for intencional, a criança não é livre para brincar, quando na verdade é ele (o educador) que não fica livre no momento do jogo proposto pela criança. Para que o jogo possa desempenhar a função educativa é necessário que este, seja pensado e planejado dentro da sistematização do ensino. Caso contrário, a escola desvirtua o ato de ensinar e, em relação ao brincar, estará fazendo o papel de qualquer outra instituição, como o clube ou até mesmo a casa dos amigos, onde as crianças reúnem-se apenas para brincar.
Como já se enfatizou as brincadeiras têm sua importância para o desenvolvimento infantil, abrangendo toda a sua formação global, seja através da interação social ou da mediação pedagógica, pois quando a criança começa a frequentar a escola desenvolve muitas atividades lúdicas, entre as quais estão as brincadeiras. Isso porque, brincar faz parte da vida da criança desde quando nasce. Contudo, ao longo do tempo a brincadeira tem sido ignorada seja como forma recreativa ou como ferramenta pedagógica. Resgatar as brincadeiras se faz necessário, pois tal prática desenvolve a experiência social, pelas diferentes interações que vivem desde o início de sua vida com a experiência sócio histórica do mundo dos adultos. Oliveira (2012, p.59) fundamentado no pensamento Vygotskyano completa que: 
O comportamento da criança recebe influências dos costumes e objetos de sua cultura [...] devido à característica imaturidade motora é longo o período de dependência dos adultos. Os adultos precisam incorporar as crianças a sua cultura, atribuindo significado as condutas e aos objetos culturais que se formam ao longo da história.
Nessa inter-relação insere-se a brincadeira, pois com a ajuda de adultos ou crianças mais experientes, a criança em evidência vai aprendendo, incorporando novos conceitos, informações e têm um crescimento favorável as características predispostas para sua idade.
Mas, essa brincadeira precisa ter um sentido, visto que ao construir sua identidade e conhecer a imagem de si e do mundo que a cerca, dependerá da qualidade da relação com seu mediador. Ainda sobre o ponto de vista do desenvolvimento infantil, brincando, a própria criança consegue relacionar atividades de cunho social, psicomotora e afetivas, tão importantes para Kishimoto (2015), pois a mesma esclarece que a brincadeira cria na criança diferentes formas de desejos, o seu eu relacionado ao brincar, constrói atitudes futuras, através do brinquedo que vai mais tarde alicerçar de maneira mais consistente a base para sua construção moral. 
O lúdico pode promover o aluno a um recorte no real, possibilitando-lhe a criação de um mundo imaginário, que tenha significado. Nesta condição, o aluno pode experimentar e vivenciar a realidade em um ambiente controlado por ele, assim faz e refaz processos cognitivo-afetivos de interação com o meio em que vive, influindo de maneira a dar nova forma a esse meio. Acredita-se na importância de uma prática educativa lúdica. No entanto, deve-se considerar como ponto de partida e de chegada como essas relações são visíveis na escola.
2.2 Formação da Criança
O desenvolvimento da criança sofre uma considerada modificação diante de sua interação com os adultos, onde, antes suas ações eram seguidas por ações advindas de indivíduos mais velhos, passam a ser agora, através de seu amadurecimento mental, ou seja, a criança começa a desenvolver a cultura na qual lhe foi apresentada. 
As agilidades psicológicas mais rudimentares serão compreendidas apenas após seu nascimento, podem-se citar como exemplo, suas reações automáticas, os reflexos de seus movimentos e de suas ações dentro do processo de seu desenvolvimento. As transformações apresentadas no decorrer de seu desenvolvimento se darão através da cultura na qual será inserida. E é nessa mediação cultural, que as atividades psicológicas começam a amadurecer, dando-lhe autonomia para vivenciar situações novas e planejar as ações para atingir o seu objetivo. 
O conceito de mediação, no ponto de vista Vygotskiana adquire uma função central para que se possa entender o embasamento sociocultural do desenvolvimento psicológico, bem como, a afinidade que o homem tem com o mundo, e que não se distingue por uma semelhança direta, mais sim, por uma relação intercedida, na qual as comparações entre o homem e o mundo acontecem através de intermediários. 
Para Vygotsky, os processos intercedidos pelos sistemas simbólicos são formados pelas ações conscientemente aconselhadas, a atenção (espontânea), a memorização, o pensamento contemplativo e o comportamento proposital. A linguagem forma-se através do sistema característico elementar de algum grupo social, desse modo, o seu desenvolvimento e sua ligação com o pensamento adquire um espaço especial. 
Entendendo-se assim, que o período mais extraordinário do desenvolvimento cognitivo da criança, é a ocasião da conquista da linguagem, uma vez que com a linguagem se dá o início do processo emancipatório, com mudanças no comportamento e no processo de perceber o que está acontecendo em sua volta. A memória e o pensamento se modificam significativamente em termos qualitativos.
A interação social e o pensamento generalizante compõem as funções fundamentais da locução. O homem cria e emprega os sistemas de linguagem para interagir com outros indivíduos, acontecendo dessa forma, então, o intercâmbio social. 
Como o incremento da linguagem acontece por necessidade de diálogo, a criança que está começando a falar, transmite suas necessidades através de gestos, expressões e sons para se comunicar om às outras pessoas, mas, para que o diálogo verdadeiramente se concretize é fundamental o uso de símbolos que sejam entendidos por todos. Os símbolos são mensageiros de ideias, interesses e sentimentos. A interação social faz surgir uma segunda função da linguagem que é o pensamento generalizante. 
Logo, as mudanças identificáveis nos formatos das crianças se relacionarem, têm como fundamento central a linguagem, sendo a mesma focada em dois níveis: o palavreado da própria criança, se modificando e permitindo assim, novas composições lúdicas e a linguagem como condição crucial na mediação social, ou seja, a linguagem do outro. 
De acordo com a percepção de Vygotsky, o exato curso da ampliação do pensamento não parte do pessoal para o social, mas sim, do social para o pessoal.
Vygotsky, ao catalogar o processo de desenvolvimento e a habilidade de aprendizagem, primeiramente, estabelece pelo menos dois planos de desenvolvimento: o primeiro plano que é o do desenvolvimento natural, isso é, o grau do desenvolvimento dos desempenhos mentais da criança, que são estabelecidos como fruto de determinados ciclos de desenvolvimento já obtido; e o segundo plano, que é a condição de desenvolvimento adjunto, verificado através da dissolução do problema, sob a predisposição de um adulto ou em parceria com alguém que tenha mais experiência no assunto. Vygotsky (1991) afirma que, o ensino mais correto é aquele que adianta o desenvolvimento, ou seja, aquele que trabalha na ordem do desenvolvimento mais próximo do normal. 
Percebe-se, logo, que na visão do criador, pensamento e palavreado não são ramificados, mas andam juntos: na interiorização do mundo externo, a função do outro (adulto ou criança) é essencial para a composição da consciência.
2.3 A brincadeira e o jogo na teoria sócio-histórica 
Os primeiros representantes que pesquisaram o jogo de uma maneira contínua, incluso dentro de um pensamento psicológico foram Vygotsky, Leontiev e Elkonin, e entre os mesmos pensamentos, descobrem pontos de cruzamento. 
Partem do pressuposto de que o entendimento sobre o indivíduo não deve prescindir, devendo surgir somente através de análise dos motivos que o levam a delimitação da cultura ou das situações sociais palpáveis de vida que os mesmos rotulam para o crescimento do sujeito. Isso constitui em perceber e mostrar como o formato das organizações das sociedades, e em particular, e o que se monta como soluções semióticas, comprometeme erguem os indivíduos. Assinala de forma uníssona, como obstáculo para o progresso da pesquisa psicológica, compreendendo a pesquisa a respeito do jogo, o acontecimento das teorias psicológicas têm se estabelecido, ajustadas por aparições apriorísticas, históricas ou metafísicas do ser humano, e terem adotado, como alvo de partida, a hipótese de que o indivíduo tem uma natureza comum, livre de situações palpáveis de vida e das variáveis afinidades sociais que o mesmo institui, ou com as quais são instituídas com o sujeito. 
Deste modo Rocha (2005) comenta que essa compreensão, constata-se a que orienta os trabalhos do curso histórico-cultural, reforçando uma conduta de natureza sempre mutável e capaz de se reorganizar em função das mudanças do meio, indo, além disso, em função de modificação histórico-cultural:
Contudo, o primeiro teórico dentro do modelo histórico-cultural a apontar a incorreção das perspectivas existentes sobre o jogo foi Vygotsky, o qual enfatiza as características da atividade lúdica e investe no aprofundamento das relações entre o brincar e outros processos psicológicos característicos do homem. Seu interesse pelo brinquedo surge relacionado ao seu interesse pela psicologia da arte e desenvolvem-se no curso das análises sobre emergência das funções psíquicas superiores e o papel da linguagem neste processo. Suas discussões teóricas são feitas com base em algumas observações e experimentos realizados por ele e por outros pesquisadores, tais como Sully, Lewin, Hetzer e Koffka. (Rocha, 2005 p.37).
Ao discutir a função do brinquedo, Vygotsky faz referência à brincadeira do “faz-de-conta” especificamente, como exemplo, brincar de estudar, fazer um cavalo de um cabo de vassoura ou brincar simplesmente de casinha, como há outros diversos brinquedos. Entretanto, a brincadeira do “faz de conta” é a mais mencionada em seus discursos, sobre a importância da ajuda do brinquedo para o desenvolvimento. 
Durante a brincadeira do “faz de conta”, a criança exerce uma determinada função conforme a brincadeira que está em andamento, como mãe e filha ao brincar de casinha, professora e aluno ao brincar de escola, e, ao improvisar, faz com que a mesma seja conduzida a uma determinada regra, desempenhando assim, uma função social. São brincadeiras com uma função especifica uma condição imaginária compreensível e uma norma latente posta.
Pondera-se que o brinquedo não é uma atividade que dá satisfação para uma criança de maneira simples e pura, sendo que outras atividades conseguem proporcionar à criança muito mais satisfação, como exemplo pode-se citar o costume de sugar chupeta, existindo ainda brincadeiras onde as quais não conseguem prender a atenção da criança, quando existe uma brincadeira do perde e ganha, geralmente quando há perda, causa uma frustação para a criança. 
Constantemente, narra-se o desenvolvimento infantil como sendo o de seus desempenhos intelectuais; toda criança se expõe para os adultos como um teórico, classificado pelo grau de desenvolvimento intelecto maior ou menor, que se arrasta de um aprendizado para o outro. Contudo, se não é dada a devida importância para as necessidades da criança e não se procurar os incentivos necessários e eficazes para desenvolver uma ação, jamais se é capaz de perceber seu progresso de um estágio de desenvolvimento para outro, pois, todo e qualquer progresso está interligado com uma transformação apontada por motivações. 
O amadurecimento das necessidades é um capítulo nessa discussão, visto que é impossível desconhecer que a criança satisfaça algumas obrigações com o uso do brinquedo.
3 A LUDICIDADE SEGUNDO AS NORMAS DA BNCC
Em termos de normatização, a BNCC encontra previsão tanto no texto da Constituição Federal de 1988, como na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996; nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), de 2013; e no Plano Nacional de Educação (PNE), elaborado para o período de 2014 a 2024. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento brasileiro que tem por objetivo estabelecer disposições acerca das aprendizagens essenciais a serem desenvolvidas por todo aluno, quer de escola pública, quer de particular. 
Os campos de experiências que a BNCC organiza em relação à Educação Infantil têm como fundamento as interações e a brincadeiras. Nessa fase a criança reage aos estímulos externos e internos, e o profissional da educação tem como referência os campos de experiência para a construção de atividades, de modo que a intencionalidade pedagógica busque integrar o que currículo exige em conjunto dos interesses das crianças da educação infantil, é importante que haja a associação entre o entretenimento e o aprendizado. 
De acordo com a BNCC (2017, p. 36): 
Os campos de experiências se encontram dentro dos currículos de maneira a subsidiar as situações e vivências concretas das quais os alunos têm contato, assim como os conhecimentos, inter-relacionando os mesmos aos saberes considerados patrimônios culturais. A definição e a denominação do termo tomaram como base o que está disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil no que diz respeito aos conhecimentos considerados específicos a ser trabalhado com as crianças e associados a sua vivência.
O referido direito de aprendizagem citado assim, deve ser assegurado aos alunos da Educação Infantil no Brasil, através da composição de campos de experiências, onde os currículos são organizados, evidenciando o ato de brincar e jogar como uma atividade natural do ser humano. Podendo as mesmas surgir como uma série de exercícios motores simples onde existe uma repetição de gestos e movimentos como agitar os braços, sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular e correr, etc. 
A BNCC, na modalidade da Educação Infantil, especifica direitos de aprendizagem num total de cinco: conviver, brincar, participar, explorar, conhecer. Os referidos direitos abordam as condições para que as crianças da Educação Infantil aprendam como desempenhar funções nos espaços diversos onde se inserem e, assim, possam se sentir provocada a resolver as situações problemas, como também ir construindo suas relações com os demais participantes e o seu entorno (BRASIL, 2018). 
Pode-se entender que na especificidade dos referidos direitos, o currículo deve ser organizado na Educação Infantil dentro da BNCC e se divide em cinco campos de experiência os quais permitem de uma forma multidisciplinar a formação de um currículo amplo e bem desenvolvido, em prol de uma educação que se faz da junção entre as experiências cotidianas e os conhecimentos didáticos, para o desenvolvimento da criança (social, emocional e cognitivo). 
Na ótica da BNCC (2018, p. 36): 
O brincar no dia a dia de inúmeras maneiras, em espaços e tempos diversos, com parcerias diferentes, deve ser ampliado e diversificado o acesso das crianças a produções culturais, seus saberes, sua imaginação, criatividade, e experiências no campo das emoções, do corpo, sensorial, expressiva, cognitiva, social e nas relações. 
No espaço da Base Nacional Comum Curricular, o brincar está inserido dentro dos direitos de aprendizagem e de desenvolvimento juntamente com os demais direitos, traçando a ideia de organizar o currículo nos campos de experiência rompe com uma ideia de currículo baseado apenas em saberes e disciplinas soltas, é preciso valorizar a criança de forma integral, levando em consideração suas vivências durante o momento em que se encontram na educação básica para garantir as suas aprendizagens.
Segundo Aguiar e Dourado (2018), a BNCC é um instrumento cujo objeto consiste na promoção da equidade e da qualidade do ensino, com o objetivo de garantir que toda criança e jovem brasileiro goze dos mesmos direitos de aprendizagem, não importando onde estuda. Serve, também, como norteador dos currículos dos municípios e estados de todo o Brasil.
Todos os procedimentos ou processos realizados dentro do ambiente educativo devem estar fundamentados ao longo das normas BNCC, sendo essas realizadas pelos principaisespecialistas ou legisladores da área docentes, buscando consolidar e tornar mais eficiente as rotinas dentro do ambiente escolar. Para alguns professores as normas desenvolvidas pela BNCC buscam consolidar as formas de ensino e o desempenho dos alunos junto às necessidades de aprendizado. 
Segundo informações, resultado de construção conjunta do MEC com os municípios e estados, a BNCC recebeu mais de 12 milhões de contribuições de especialistas (nacionais e internacionais) educadores e educadoras. O seu conteúdo permite promover maior articulação de elementos essenciais para assegurar a aprendizagem dos alunos dessas etapas, tais como: currículo escolas/redes, projetos pedagógicos, formação de professores, avaliações externas e recursos didáticos. Sendo assim, pode-se dizer que, no Brasil, a função da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) consiste em especificar as habilidades esperadas para o desenvolvimento dos alunos no decorrer de sua vida escolar. 
Sua elaboração, conforme Aguiar e Dourado (2018), a BNCC surgiu com base nas disposições inseridas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), o que quer dizer que um documento não tem o condão de excluir o outro, mas, tão somente de complementar as disposições já existentes, de modo que devem ser observado e entendido por todas as escolas, tanto públicas como particulares. 
Por meio das normas ou procedimentos descritos na BNCC os professores e demais profissionais da área pedagógica realizam suas atividades no ambiente escolar, observando e avaliando quais medidas ou rotinas podem ser eficientes para o progresso dos alunos, assim como colaborar positivamente no processo de aprendizagem. Algo que ao longo dos anos se tornou mais efetivo por meio da inclusão das rotinas lúdicas junto as organizações ou instituições de ensino.
Tal realidade possibilitou um ganho de conhecimento capaz de fornecer formas diversificadas de procedimentos de ensino que visavam apresentar tanto aos professores como aos alunos uma nova metodologia de aprendizagem, algo que proporcionasse ao contexto de ensino uma aprendizagem mais agradável e positiva por meio da ludicidade. Assim, as crianças podem se comunicam melhor com a sociedade onde vivem. As atividades lúdicas, além de favorecer o desenvolvimento humano, proporcionam novas maneiras de resolver algumas situações do cotidiano social e escolar (OLIVEIRA, 2010). 
Conforme Freitas (2013), professores e profissionais de educação observaram que por meio das atividades promovidas na ludicidade os estudantes apresentavam uma maior estabilidade no processo de aprendizagem, assim como seu rendimento de compreensão do que era apresentado por parte dos professores se tornava cada vez mais positivo. Algo que demonstrava a eficiência da utilização de algumas atividades lúdicas dentro das rotinas escolares, principalmente em disciplinas que poderiam promover a interação entre os estudantes e o ambiente que os cercava. 
É importante que na formação de profissionais da Educação Infantil estejam presentes disciplinas de caráter lúdico, pois a formação do educador resultará em sua prática em sala de aula. Essas disciplinas ajudarão na formação e preparação dos educadores para trabalharem com crianças, assim: “o lúdico servirá de suporte na formação do educador, como objetivo de contribuir na sua reflexão-ação reflexão, buscando dialetizar teoria e prática, portanto reconstruindo a práxis” (SANTOS et al., 2007, p.41). 
Segundo Negrine (2004), avaliando o rendimento e os desempenhos obtidos pelos alunos após a inserção do lúdico nas metodologias de ensino, pode-se compreender como essa metodologia promove certa estabilidade no que se refere a obtenção de informações e aplicação dos pontos necessários para uma maior eficiência de alinhamento entre os conteúdos e a prática. Vale destacar que esse método é muito utilizado principalmente na Educação Infantil concedendo aos alunos um ambiente mais favorável ao desenvolvimento do conhecimento, assim como expandindo a visão do ambiente da sala de aula e suas rotinas.
Com o exposto, pode-se perceber que ao longo dos anos foi desenvolvido um procedimento de ensino que visava apresentar tanto aos professores como alunos uma nova metodologia de aprendizagem, algo que tornasse o ambiente de ensino mais agradável e positivo. Dessa forma, a ludicidade começa a ser valorizada. Surge uma nova metodologia de ensino que se utiliza de jogos e brincadeiras para apresentar aos alunos determinados temas ou conteúdo das matérias presentes nas aulas. O brincar é sem dúvida um meio pelo qual os seres humanos e os animais exploram uma variedade de experiências em diferentes situações, para diversos propósitos.
3 IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Analisando as particularidades semânticas da Língua Portuguesa, pode-se concluir que o lúdico é um conjunto de atividades que têm como características e se baseia em adivinhações, jogos e brincadeiras, por meio do brinquedo.
De acordo com Kishimoto (2016, p. 7) pode-se entender o brinquedo “como objeto suporte de brincadeira; brincadeira como a descrição de uma conduta estruturada, com regras, e jogo infantil para designar tanto o objeto como as regras do jogo da criança.”. Onde em Lira (2014, p. 8) “o brinquedo faz parte da vida da criança e está atrelado ao brincar, é considerado como um objeto lúdico no suporte pela brincadeira”. 
O jogo, também se constitui em uma brincadeira, caso os envolvidos coloquem regras ao brincar, então, o jogo passa a existir através do brinquedo. Compreendendo que, o jogo, brinquedo e brincadeira, ainda que possam se distinguir estão entrelaçados; significando que o lúdico abrange todos eles.
Nesse sentido, é indispensável destacar que o brincar é visto neste trabalho, no sentido amplo, ou seja, no da atividade lúdica e sua importância para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças na Educação Infantil. Sendo assim, para melhor entender a natureza do exercício lúdico, é importante considerar algumas ideias que vêm se formando, ao longo dos últimos anos, tendo como referência para se raciocinar essa demanda: o enfoque psicogenético e a sócio histórica. Esses enfoques contribuíram com aportes eficazes para a abrangência das afinidades entre o brincar, o desenvolvimento infantil e a educação.
As crianças são encantadas pelo lúdico, se envolvem deste cedo em diferentes brincadeiras, sentem prazer em brincar, jogar e se envolver de forma lúdica. Observa-se que elas passam por um processo natural de influência do meio em que vivem e se desenvolvem. Para a eficiência dessa evolução é essencial promover um ambiente acolhedor, com liberdade de atuação e estimulação para novas invenções. Assim, complementa Pereira (2005 p.19-20):
As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou simples passatempos e, sim, momentos de descoberta, construção e compreensão de si; estímulos à autonomia, à criatividade, à expressão pessoal. Dessa forma, possibilitam a aquisição e o desenvolvimento de aspectos importantes para a construção da aprendizagem. Possibilitam, ainda, que educadores e educandos se descubram se integrem e encontrem novas formas de viver a educação. (PEREIRA, 2005, p.19-20). 
No entanto é primordial que as práticas pedagógicas nas salas de aula envolvam a brincadeira ou o jogo, para que a criança sinta prazer em aprender, como também em ir para a escola, desenvolvendo a dimensão motora, construindo o seu pensamento, o raciocínio lógico, social, cognitivo e seu próprio jeito de ver o mundo em que vive. Nesse mesmo sentido, Winnicott (1997, p.55), afirma que: 
Uma escola que privilegia o prazer de ensinar inspira o prazer de aprender. Um processo de ensino-aprendizagem embebido do espírito lúdico será muito mais significativo, portanto mais rico e fértil tanto para quem ensina quanto para quem aprende. Valorizando o jogo, a escola pode fomentar o enriquecimento das experiências da criança e ajudá-la a encontrar uma relação operante satisfatória com a cultura. (WINNICOTT, 1997, p.55). 
Assim sendo, na educaçãoinfantil o lúdico, as brincadeiras e os jogos facilitam a aprendizagem dos alunos, fazendo com que o conhecimento aconteça de forma prazerosa e atraente, além disso, “é no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fluam sua liberdade de criação”, diz Winnicott (1997, p.79). Nesses termos, ele mostra o quanto é importante para o crescimento da criança e sua estima para educação. 
Fortuna (2008, p. 461) ressalta que no mundo do faz-de-conta, uma nova realidade é experimentada, incentivando as crianças a terem condições de modificar a realidade marcada por um novo imaginário, um novo começo e valores motivados na sociedade, atrevimento e uma autonomia que as atividades lúdicas podem permitir. Com isso, conduzir o lúdico para a educação é levar o educador a refletir conceitos e visões enraizadas, modificando o jeito de pensar e atuar em sala de aula. De acordo com Fortuna (2007, p.15): 
Todo lugar é lugar de brincar, e toda hora é hora de brincar, em qualquer idade, quando o ato de brincar é entendido como uma forma de afirmar e renovar a vida, pois a brincadeira é tanto condição para que a vida aconteça, quanto meio para que se expresse, seja compreendida e transformada. (FORTUNA, 2007, p.15). 
Falar da aprendizagem das crianças na educação infantil é reconhecer que o lúdico é umas das formas que colabora para deixar esse processo mais prazeroso e significativo, sendo assim, o educador lançando a mão nessa ferramenta estimula uma sala de aula com aprendizado que faz a diferença para elas. 
Da mesma maneira que a brincadeira promove a relação de grupos, ela igualmente pode beneficiar o desenvolvimento de outras capacidades da criança, que favoreça um relacionamento mais próximo e que possa interagir entre duplas ou também em pequenos grupos que fazem parte do seu dia a dia. Nas palavras de Almeida (1998, p. 195): 
A esperança de uma criança ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder, alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si e do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor. (ALMEIDA, 1998, p. 195). 
Nesse contexto, o professor de educação infantil deve levar em consideração que o lúdico supera o fazer automático, o fazer sem fim pedagógico, é importante que o docente não faça das atividades lúdicas apenas um passatempo em sua prática em sala de aula, mas um momento de conciliar a interação dos pensamentos, dos sentimentos, dos movimentos em sua metodologia de ensino cotidiana, procurando abrir espaço para transformar-se em um animador, um educador consciente do seu papel como profissional da educação e que pode fazer a diferença. 
A ludicidade desenvolvida pelo educador deve estar envolvida pelos seus sentimentos, que por sua vez movimentam suas decisões, podendo mediar os alunos a expressá-los por meio dos seus sentimentos, alegrias, frustrações, conquistas a partir da relação que as crianças estabelecem com o brinquedo e com a brincadeira. 
Assim, é indispensável que o professor tenha conhecimento dos caminhos que se deve seguir para alcançar os pontos almejados na educação. Nessa procura de educar e aprender, o educador busca vários instrumentos, sendo utilizados como apoio no transcorrer de cada atividade, que é imprescindível para que o discente tenha resultados positivos em sua aprendizagem no espaço escolar e para a vida. De acordo com Pereira (2008, p.144):
Transformações mais profundas na prática pedagógica implicam uma mudança de atitude dos educadores, implicam uma nova postura diante da vida, não apenas uma mudança cognitiva com a aquisição de novos conhecimentos, mas também uma mudança emocional, corporal e espiritual, uma aprendizagem da integração das várias dimensões do ser humano. (PEREIRA, 2008, p.144). 
Com isso o educador estará proporcionando condições de aprendizagem, apreciando a construção de informações ao adentrar a dimensão de satisfação e estimulando a habilidade de iniciação e atuação intensa da criança. A formação profissional precisa da harmonia entre teoria e prática que levam a aprender os conhecimentos do mundo de forma eficiente, e se não for realizado na sua totalidade, pode resultar em danos significativos nessa formação, reproduzindo uma baixa qualidade no ensino das crianças. 
Cabe ressaltar, que o lúdico é um facilitador no processo da aprendizagem, tornando estreitos os laços afetivos de amizade, carinho com o ser criança e com o ser adulto. Com isso, a grande dificuldade no seu emprego é a deficiência da capacitação dos profissionais em adaptar nas aulas uma forma que as deixem mais dinâmicas, prazerosas e significativas. Sendo assim, Pereira (2008, p. 131) afirma que “uma professora que não vivencia o lúdico, que não o valoriza, dificilmente poderá levá-lo a seus alunos e tampouco reconhecerá o valor do lúdico na vida destes”. 
Pensar na educação é buscar ter cuidado com as crianças que se encontram na instituição e lembrar que estão em uma fase da vida em que vivenciam as primeiras experiências escolares, simultaneamente demonstrações afetivas, emocionais e relacionais fora do seu convívio familiar. 
Tal acontecimento determina uma prática pedagógica que compreenda a criança como uma pessoa que faz parte de um contexto socioeconômico e cultural, detentora de uma história de vida, que mostra múltiplas dimensões como: psicomotora, cognitiva, afetiva e social, a serem ampliadas e que diante de tudo são crianças. Com isso na educação infantil, os discentes têm o direito de progredir intelectualmente em um espaço que estime o mundo da imaginação, da brincadeira, da animação, do lúdico, no qual muito se aprende (RICHTER, 2006, p. 26). 
Ademais, competem às escolas de educação infantil acatar as qualidades especificas do desenvolvimento das crianças, uma vez que é nestas instituições que se dar início aos primeiros sinais de que realmente vale o investimento em uma educação de qualidade, para que as metodologias educativas colaborem com a formação de uma cidadania, no desenvolvimento de um indivíduo e suas mudanças. Destaca Vigotsky (1994, p.81):
De uma forma geral o lúdico vem a influenciar no desenvolvimento da criança, é através do jogo que a criança aprende a agir, há um estimulo da curiosidade, a criança adquire iniciativa e demonstra autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. (VIGOTSKY, 1994, p. 81). 
Para que o lúdico tenha um espaço garantido no dia a dia das escolas infantis, é essencial a ação do professor, ação esta mantida pela existência lúdica, em que esse profissional se coloque inteiro, contente e flexível nesse momento. Nesse sentido, o lúdico faz da ação de ensinar um compromisso de responsabilidade, intencional e transformador da sociedade. Sommerhalder e Alves (2011, p.55) afirmam que: 
É essencial que o professor esteja disponível a acolher as produções lúdicas da criança e reconhecer neles sua íntima ligação com o aprender. O acolhimento do jogo significa o acolhimento da cultura lúdica infantil, o que remete a compartilhar com a criança suas brincadeiras, seus jogos, as histórias de instigar a curiosidade da criança, de seduzi-la a descobrir e descobrir-se, a criar e a criar-se, enfim, de seduzi-la a desejar conhecer, o que implica conhecer-se. No jogo compartilhado com a criança, acolher as fantasias, provocar o despertar da criatividade e do desejo de saber. Não se trata simplesmente de sugerir uma brincadeira ou deixar que as crianças brinquem livremente, mas de „brincar com‟, de compartilhar com as crianças suas produções, de criar espaços para que possam atribuir significados a estas produções e também apropriar-se da cultura lúdica [...]. (SOMMERHALDER; ALVES, 2011, p.55). 
É de grande valia que o professor de Educação Infantil abrigue no seu trabalho a produção lúdica das crianças em suas várias dimensões e se permita viver intensamente esse momento com elas; ademais “ao compartilhar as brincadeiras com a criança,o professor compartilha também das fantasias colocadas em cena pelas crianças, sem contar suas próprias fantasias (infantis)” (SOMMERHALDER; ALVES, 2011, p.55). Com isso, proporcionando um trabalho pedagógico mais situado na infância, em suas qualidades especificas, favorecendo o aluno, cooperando para um desenvolvimento que os aprecie como pessoa importante e que contribui com o processo de aprendizagem; com a competência de formar opiniões, selecionando importantes ideias, constituindo relações com as pessoas, agregando o entendimento e deste modo transformando-se em sujeito de suas próprias realizações. 
O professor precisa trabalhar o lúdico dentro da instituição de educação infantil, mas para que isso ocorra de fato, é indispensável que o mesmo esteja atento as curiosidades e aquilo que é dispensável para essas faixas etárias presente na escola e compreenda a importância da atividade lúdica para as crianças. Esse profissional da educação necessita da capacidade de escolher as condições favoráveis e diversidade de situações dentro da sua sala de aula, compreendendo, experimentando, de que forma que irá assessorar no processo de aprendizagem e desenvolvimento dos seus alunos. 
O lúdico nas escolas de Educação Infantil auxilia na construção de experiências, impulsionando momentos onde os alunos conhecem distintas emoções, visando sempre aperfeiçoar seu desenvolvimento intelectual, sua socialização, oferecendo vivencias de situações de trabalho em dupla, equipe, respeitando cada decisão e normas estabelecidas por cada membro envolvido na brincadeira. Ademais, o educador consegue ultrapassar a ausência de variedade das aulas expositivas sucessivamente semelhantes e totalmente monótonas, ficando indispensável que o mestre pergunte do que verdadeiramente as crianças almejam brincar, resgatando o ânimo na busca com prazer do conhecimento e o gosto do conhecimento partilhado. Sommerhalder e Alves (2011, p.57) argumentam que: 
É interessante, também, que o professor tenha o cuidado de não tornar um jogo/brincadeira estéril, ao apresentá-la às crianças. Se assim for, só restará à criança, reproduzi-lo. Muitas vezes o professor apresenta o jogo definindo uma única forma de jogá-lo, quando poderia tratá-la como uma possibilidade de jogá-lo, abrindo um significativo espaço para que as crianças invistam criativamente nesse jogo. Aliás, essa, pode-se dizer, é a dinâmica de (re)construção de (novo) jogos e brincadeira. (SOMMERHALDER; ALVES, 2011, p.57). 
Além disso, o educador necessita estudar e encontra-se atencioso às necessidades dos alunos para conseguir escolher materiais apropriados, que estimule nas crianças o interesse, beneficiando-lhes a capacidade criadora, colocando personalidade e circunstância novas; transformando o jogo ou a brincadeira em algo mais dinâmico, acrescentando novas oportunidades de aprendizagens na instituição. Afinal de contas, “o brincar sempre foi e sempre será uma atividade espontânea e muito prazerosa, acessível a todo ser humana, de qualquer faixa etária, classe social ou condição econômica” (MALUF, 2003, p.17). 
Nessa direção por meio do ato de brincar as crianças adquiram novos conhecimentos de modo espontâneo e com um sentimento de prazer, sem que recaia sobre elas uma pressão ou um receio de errar, com a ludicidade aprendem a participar das atividades, sem ter em vista um prêmio ou recear uma punição, construindo algo com criatividade e inteligência. “O caminho para tornar o aprendizado mais significativo é construir uma prática educativa mais prazerosa, portanto, mais lúdica” (SOMMERHALDER; ALVES, 2011, p.60). 
Deste modo, por tudo que foi mencionado anteriormente ao introduzir a atividade lúdica na escola as possibilidades são enormes da criança adquirir liderança, produzir uma variedade de novos jeitos de jogar, tendo uma habilidade de colocar regras, flexibilidade nas suas ações, proporcionando assim ao aluno adquirir uma capacidade de liderança e raciocínios coerentes, como também várias outras aptidões. Ademais para ser inventivo é necessário aventurar ser distinto, demanda tempo, requer compreensão, autoconfiança, determinado conhecimento, a capacidade de brincar e imaginar, tudo isso são componente da infância e abundantemente deve ser estimulado com mais eficácia na totalidade da escola de Educação Infantil.
5 AS FERRAMENTAS LÚDICAS PARA MOTIVAR A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
As ferramentas lúdicas, jogos e brincadeiras, contribuem de forma significativa para que os alunos aprendam os conteúdos propostos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Essas ferramentas podem ao mesmo tempo simplificar quanto motivar os alunos para a aprendizagem. Elas contribuem para as crianças da Educação Infantil se expressar, e ajuda a resolver situações de maneira criativa e prazerosa, uma vez que as mesmas fazem parte da vida das crianças. 
Nesse contexto, as respectivas ferramentas não devem ser encaradas apenas como lazer ou passatempo, mas sim, como uma ferramenta importante para o desenvolvimento infantil, de modo que sirva para integrar os diversos aspectos da personalidade da criança, ou seja: o cognitivo, o afetivo, o motor, o cultural e o social. 
Dessa maneira, a Educação Infantil que vai dos 0 a 5 anos de idade, engloba as seguintes fases do desenvolvimento especificado por Piaget: fase sensório motora e a fase pré-operatória. Nessas etapas da Educação Infantil os jogos e as brincadeiras se tornam essenciais para tanto motivar os alunos quanto simplificar os conteúdos a serem trabalhados na sala de aula dentro dos campos de experiências propostos pela BNCC – Base Nacional Comum Curricular. 
Conforme a BNCC (2017, p. 36) 
O brincar no dia a dia de inúmeras maneiras, em espaços e tempos diversos, com parcerias diferentes, deve ser ampliado e diversificado o acesso das crianças a produções culturais, seus saberes, sua imaginação, criatividade, e experiências no campo das emoções, do corpo, sensorial, expressiva, cognitiva, social e nas relações.
5.1 O lúdico no contexto escolar
Ludicidade é um tema que vem cada vez mais conquistando espaço atualmente, nas rodas de discussões da sociedade atual, sobretudo no campo da educação infantil, pois no lúdico há a cerne da infância, admitindo alcançar um trabalho pedagógico ajustado na edificação do conhecimento de maneira prazerosa, de suma importância para o desenvolvimento da aprendizagem e das questões psicológicas. 
As discussões acerca da temática dar-se-ão por permear o desenvolvimento infantil. Modesto (2014, p. 11) afirma que “o brincar como fins pedagógico e psicopedagógico tem ganhado força e expansão, justificado pelos estudos que mostram a importância dessa proposta como recurso que: ensina, desenvolve e educa”. 
Usar a ludicidade como recurso metodológico é compreender que a criança é um ser brincante, assim como se preocupa com o desenvolvimento integral infantil, haja vista que o processo educativo se torna significativo e não enfadonho. Ao mesmo tempo em que brinca, a criança aprende. Destarte, a educação infantil é uma etapa primordial da vida do sujeito, tem impacto durante toda a formação e esferas da vida do sujeito.
 
Portanto, a concepção de construir a identidade e a autonomia da criança, evidenciando a preocupação com o desenvolvimento integral da mesma com um caráter mais qualitativo, pois é na educação infantil que está presente momento relevante para uma vida futura. (Muzzi, 2018, p. 21). 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), sobretudo em relação aos Temas Transversais para a educação fundamental, conduzem o seu objetivo basilar para a cidadania e o desenvolvimento do sujeito de maneira globalizada, ou seja, o estudante não deverá simplesmente absorver conteúdos, mas deve ampliar a capacidade, maneiras, formas de expressão e de relações. O jogo e as intervenções lúdicas, em geral, podem ser o principal transporte para consentir estas propostas, isso porque as diversas combinações que um jogo pode adaptar acabam por articular o uso de elementos desafiantes e externos, colaborandono jogo de interações entre os indivíduos envolvidos no processo. 
Entre as ferramentas eficazes para uma aprendizagem significativa percebe-se o uso de atividades lúdicas, reforçando o conceito de que enquanto brinca, o aluno aprende, evidenciando a inclusão e uma maior participação na realização das ações. Muitos educadores diante do desinteresse que surge dentro da escola utilizam a criatividade e se esforçam para resgatar o interesse dos estudantes adentro da sala de aula, buscando situar o aluno para o prazer de estar cara a cara com o professor fazendo da aula um programa interessante, para desenvolver as atividades, emprega a dramatização, o jogo, a música, experimentando em meio a outras formas de atividades que envolvam a ludicidade. 
É importante destacar que, a motivação do docente no contexto escolar, para adaptar a atividade lúdica é essencial, fazendo com que o aluno seja um participante ativo no desenvolvimento da atividade lúdica e nos métodos pedagógicos da escola. Porém, este método não deverá ser adotado apenas como diversão, mas sim, como uma ferramenta para o desenvolvimento do aperfeiçoamento do raciocínio social, lógico e cognitivo de modo espontâneo e satisfatório para a criança. Os adultos enquanto instrutores precisam ter cuidado no que é apresentado para as crianças, ponderando que um dos métodos da aprendizagem infantil é a repetição. 
Existem várias maneiras e possibilidades de se utilizar o lúdico como agente motivador para as atividades pedagógicas. Assim, por esse motivo, a seleção de atividades que obedeçam ao nível de desenvolvimento e a faixa etária que cada grupo se encontra, é um dos subsídios principais para que se tenha um rendimento satisfatório das crianças com relação às atividades planejadas, no sentido de que o objetivo traçado seja alcançado. 
Na conjuntura atual da educação, há uma incessante inquietação no que diz respeito ao desempenho escolar dos estudantes, a começar dos anos iniciantes até o término, permanecendo notório que a educação por si só, de forma habitual, não dá conta de ajustar as dificuldades expostas pelos estudantes. A utilização do lúdico na metodologia de ensino e aprendizagem tem sido centro de estudos que têm demonstrado sua eficácia na ampliação da aprendizagem. Assim sendo, as atividades lúdicas têm sido um instrumento pedagógico essencial a ser incluído nos currículos escolares, representando mais uma solução pedagógica para auxiliar na capacidade de criação e no estabelecimento da assimilação de valores e conhecimentos por parte das crianças.
A ocupação com a criança de séries iniciantes do sistema educacional é muito sutil por abordar a entrada da vida escolar e também o início do desenvolvimento da criança. No ensino infantil, se busca muito mais do que apenas bom emprego de conteúdos, já que a criança necessita ser despertada para diversas ocasiões da vida, e a escola é um dos ambientes que deve proporcionar a entrada destes nas situações postas no dia a dia. Um fator positivo é o fato do lúdico está representado como um dos elementos fundamentais para que o processo de ensino e aprendizagem possa superar os indesejáveis métodos de ensino do conteúdo prontos, acabados e repetitivos, monótonos e pouco prazerosos. 
O método de ensino-aprendizagem através do lúdico carece se estabelecer como um tanto dinâmico, permitindo um movimento da ansiedade do conhecimento através da ligação continuada de saberes. Destarte, é essencial que a faixa etária da criança esteja sendo levada em consideração, pois se a atividade lúdica sugerida não estiver ajustada com a maturidade do principiante passará apenas a ser mais um item para tornar a aula árdua e cansativa. Diante disso, a ludicidade deve demonstrar para a criança o cotidiano atual, despertando a vontade para interagir, dando sentido à sua aprendizagem. De tal modo que a utilização de atividades lúdicas devem ser uma constante na sala de aula, sob o foco de objetivos determinados. 
A participação em atividades, por meio de jogos, deve contribuir para o entrosamento de comportamentos sociais, respeito mútuo, solidariedade, colaboração, respeito às regras, senso de responsabilidade, empreendimento pessoal e grupal. O importante é que seja sugerido de forma que a criança seja capaz de assumir decisões, atuar de modo transformador, de forma que o lúdico possibilite fazer com que a criança se torne participativo, ordene, desorganize, destrua e reconstrua o mundo a sua maneira.
5.2 O lúdico na sala de aula 
É notório que o lúdico tem se destacado como uma metodologia importante no contexto escolar, na condição de uma prática prazerosa de auxílio à pratica pedagógica, tendo destaque fundamental no plano de aula de professores que veem nessa metodologia uma possibilidade diversa e contextualizada para uma educação enriquecedora. 
Dentro de sala de aula, o lúdico deve ser visto com seriedade sobre a óptica de uma expressão pedagógica, fazendo-se necessário que o educador conheça as diversas práticas lúdicas, proporcionando aos estudantes um ensino que valorize e contemple seus anseios, aprendendo, assim, a ter controle sobre um universo simbólico vivido individualmente; procurando despertar suas inteligências e habilidades, desapegando-se de velhas metodologias de ensino que já estão em alguns casos ultrapassadas, dando lugar a uma visão centrada em práticas realmente competentes. 
Contudo, para concretizar o lúdico no contexto escolar, exige-se muito empenho, analisando que não é uma empreitada fácil. Para tanto, é imprescindível que os envolvidos no procedimento do ensino-aprendizagem se concentrem nos objetivos e metodologias que abranjam múltiplas possibilidades. O professor deve ter em mente as finalidades que anseia alcançar com a atividade lúdica que ele for idealizar ou reelaborar, acatando o nível em que o estudante se encontra e o tempo de duração da atividade, para que seja possível a ação, exploração e reelaboração. 
Na totalidade da aula, é essencial refletir sobre o uso de tais estratégias, avaliando a melhor estratégia metodológica a ser desenvolvida, reconhecendo as atividades que serão desenvolvidas, despertando discussões a cerca do uso de tais metodologias para concretizar a proposta, tornando-se o aprendizado dinâmico para educador e educando. 
É sabido que o espaço escolar é um facilitador necessário para a formação do aluno, pois proporciona a construção de conhecimentos e estimula descobertas extraclasses. Discorrer sobre novos formatos para auxiliar a aprendizagem precisa ser empreitada persistente no trabalho de professores realmente empenhados com a particularidade do ensino e da aprendizagem. Muitas estratégias estão à disposição, mas para um uso adequado é importante que o professor desenvolva um desempenho de estudo, planejamento e seleção para o trabalho acontecer, procurando não apresentar prática repetitiva do ensino cotidiano, pois em um mundo em constante transformação, as crianças anseiam sempre por mais e mais novidades.
O brincar no contexto escolar, inclina-se a ser mais uma tática para a ampliação da educação, destacando a proposta de desenvolvimento do conhecimento e articulação do mesmo para a aprendizagem por meio da criatividade. Compete ao docente, na condição de ser o responsável por aqueles que se encontram dentro da sala de aula, ajudar os mesmos a expandir as suas possibilidades, oferecendo a elas brincadeiras e jogos que cooperem para sua evolução intelectual, psicossocial e educacional. Em seu papel de mediador do conhecimento, é capaz de modificar e desmistificar considerações prévias, agindo de forma coerente e coesa, podendo atuar criticamente junto aos problemas sociais possibilitando a construção de cidadãos críticos. 
Para Lira (2014, p. 15) o professor tem como papel o propiciamente de oportunidades para as crianças brincarem, assim como, um ambiente de atividades que sejam prazerosas, lúdicas educativas e sociais diversas. 
Concomitantemente, Porto (2014) acrescenta: 
Para que os docentes possam desenvolver teorias críticas e lúdicana prática é necessária, sobretudo, que sejam ativos e criativos. Para que sejam ativos e criativos em suas salas de aulas é preciso que se sintam capazes e queiram agir e criar com autonomia. (Porto, 2014, p.143). 
Compete ao professor, inclusive, ajudar na criação de uma sociedade que busca por mudança, através da construção de pessoas sensíveis, estimuladas a querer uma educação que não privilegie o individualismo, mas sim, a cooperação mútua, neste caso, as vivências fraternas e lúdicas entre os alunos e demais integrantes da escola já é um caminho. Nessa perspectiva, a formação lúdica é particularmente relevante e útil para que o docente saiba como mediar a ação lúdica como suporte metodológico. 
A formação lúdica do professor é um passo importante para que as atividades lúdicas sejam levadas mais a sério nas escolas e passem a ser utilizadas. Através delas o aluno interage com diversos meios, como conteúdos do próprio cotidiano, as interações com o meio e as regras de cada jogo tornando seu aprendizado mais plural, mas alegre e dinâmico. (Duprat, 2014, p. 7). 
Sendo que o lúdico é praticado em sala de aula através do brincar, gerando uma maior dinâmica, nada deve ser feito de uma maneira improvisada, toda atividade lúdica em sala de aula deve ser preparada com antecipação e com a intenção de alcançar determinados objetivos e estabelecer vínculos para melhor promover a participação de forma coletiva e individual, auxiliando os valores imprescindíveis à convivência social e a superação das diferenças dentro do próprio ambiente escolar. É importante, pois, que a escola valorize o lúdico e que, ao se sentir incluída em seu mundo, a criança sinta prazer em descobrir novos conhecimentos os quais serão indispensáveis para sua formação como ser humano e futuro profissional. 
Desse modo, segundo o que estabelece o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), o brincar deve ser um componente permanente na rotina das escolas que atuam com o ensino de criança, entretanto, a brincadeira precisa ser encarada como um instrumento que colabora para a aprendizagem, deixando de ser utilizada apenas nos intervalos das ações pedagógicas ou como forma de preencher o planejamento diário e completar a carga horária. Percebe-se, portanto, que a ação do brincar especifica uma extensa dimensão na cognição humana. De acordo com Schlindwein, Laterman e Peters (2017) podendo ser uma mediadora emocional, mediadora sociocultural e mediadora cognitiva no processo ensino aprendizado das crianças. É necessário pensar a importância do conhecimento lúdico no processo de formação do educando, uma vez que ele facilita a aprendizagem, a formação e a absorção do conhecimento. 
Daí a relevância da formação dos educadores voltada para o ensino lúdico, com o objetivo de capacitá-lo no desenvolvimento das atividades, abrindo caminhos para dinamizar seu trabalho, tornando-o mais produtivo e prazeroso. Na realidade, é fundamental que o educador faça uma reflexão sobre sua prática pedagógica, o que dependerá do nível de envolvimento do educador e de sua concepção de educação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar esse estudo confirmou-se que, por meio de atividades lúdicas como jogos e brincadeiras o conhecimento se torna mais divertido, prazeroso e produtivo o conhecimento adquirido refletindo que as atividades lúdicas colaboram positivamente para o processo de desenvolvimento e ensino-aprendizagem das crianças na educação infantil. Assim, o resultado dessa maneira de ensinar fica cada vez mais relevante na Educação Infantil, quando os conteúdos fundamentais são apresentados de forma lúdica para as crianças. Portanto, o conhecimento através da ludicidade é considerado fundamental para o desenvolvimento educacional das crianças, visto que elas absorvem mais os ensinamentos quando os mesmos são aplicados mediante certas práticas lúdicas. 
No período da pesquisa aqui apresentada, foi possível verificar que os procedimentos lúdicos são capazes de motivar ou mesmo ampliar a visão dos alunos, assim como seu processo de aprendizagem. Por conta disso, a ludicidade vem sendo inserida em diversas instituições de ensino, buscando por um resultado cada vez mais positivo ou efetivo quanto à integração de metodologias inovadora para o rendimento dos alunos. Assim, ao realizar as atividades lúdicas, o rendimento das crianças apresenta uma melhoria na aprendizagem, consolidando a relevância de sua aplicação junto ao ambiente escolar.
Através desta pesquisa, foi possível avaliar que a atividade lúdica e o jogo intervêm no aprendizado da criança, que o brinquedo por si só não possui necessariamente ludicidade. Considerando-se que qualquer atividade lúdica, sejam por meio de brincadeiras, jogos, faz de conta, provocam estímulos, promovendo o pleno desenvolvimento das crianças, o processo de socialização, a construção do conhecimento, a descoberta do mundo e uma aprendizagem significativa. 
Nesse contexto, o estudo apontou que é possível concluir que a ludicidade introduzida nas práticas pedagógicas se faz obrigatória, pois é através dela que a criança aprende sem entender que está sendo ensinada, imergindo em conteúdos diversos, explorando o mundo que a rodeia, fazendo conexões e aprimorando seu lado motor e intelectual.
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