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PROJETO COMPLETO TATIANE-2

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3
GRUPO SER EDUCACIONAL
UNINASSAU
PEDAGOGIA
TATIANE HAMILTON
PROJETO DE PESQUISA – TCC I
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA INFÂNCIA: O PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR NO RESGATE DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS
 
MERCEDES/PARANÁ
2022
TATIANE HAMILTON
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA INFÂNCIA: O PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR NO RESGATE DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS
Projeto apresentado ao Curso de Graduação em Pedagogia da SER Educacional, como requisito para obtenção de nota.
.
MERCEDES/PARANÁ
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................	4
1.1 Tema......................................................................................................................................	6
1.1.1 Delimitação do tema (título)..............................................................................................	6
1.2 Problema...............................................................................................................................	6
1.3 Justificativa...........................................................................................................................	6
2 OBJETIVOS............................................................................................................................	7
2.1 Objetivo Geral.......................................................................................................................7
2.2 Objetivos Específicos............................................................................................................	7
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................	7
3.1 Conceituando a ludicidade....................................................................................................	7
3.2 Ludicidade na Educação Infantil e Anos Iniciais..................................................................	8
3.3 Brincadeiras e práticas lúdicas para o desenvolvimento da criança.....................................	9
3.4	O papel do professor e da escola no resgate das brincadeiras	......................................12
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................	......................................13
4.1 Caracterização do estudo....................................................................................................	13
4.2 Universo da pesquisa..........................................................................................................	14
5 REFERÊNCIAS....................................................................................................................	15
1. INTRODUÇÃO 
	O estudo pretende apresentar algumas colocações sobre a importância de uma pedagogia voltada ao lúdico na Educação Infantil e nos Anos Iniciais, como as brincadeiras e os jogos são muito praticados na infância de nossos pais e avós, e que podem ser desenvolvidas no ambiente escolar para contribuir na formação integral da criança. Pois, é preciso ressaltar que historicamente as crianças aprendiam por meio de interação e atividades que faziam parte de seu cotidiano, e suas experiências eram passados para próxima geração (CINTRA; PROENÇA; JESUINO, 2010). 
	Isso porque, diante de uma realidade cada vez mais tecnológica, é prazeroso quando se observa crianças brincando, jogando, interagindo com as demais. Quão divertida é a vida quando se depara com adultos a brincar e cantar com as crianças, cena cada vez mais rara, por falta de tempo ou outras distrações. É preciso problematizar, que as crianças estão perdendo sua infância a partir de uso de celulares, computadores, tablets, televisão, colocando a criança refém desses instrumentos, deixando de fazer o mais importante dessa fase: brincar. As crianças não estão socializando com as outros, devido a uso excessivo das tecnologias, prejudicando seu desenvolvimento social, intelectual, emocional.
	A hipótese levantada nesse estudo, é pontuar que a criança quando brinca aprende a transformar a vida, compreendendo sentimentos e emoções que antes não eram percebidos. Elas representam, imitam e imaginam que uma pessoa pode ser um objeto, um animal ou estar em outro lugar. “brincar é assim, um espaço no qual se pode observar as coordenações das experiências previam das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente.” (BRASIL, 1998, p.23) 
	Nesse sentido, vale ressaltar que quando a criança brinca, se diverte, troca informações e experiências com outras crianças, percebemos uma riquíssima diversidade de comportamentos e atitudes, o que faz com que a mesma amplie seus conhecimentos, favorecendo assim a sua formação integral 
	As brincadeiras mais conhecidas são esconde, pega-pega, queimada, entre outros. São brincadeiras que embora houve avanças tecnológicos algumas crianças ainda realizam essas brincadeiras. São poucos, pois, é importante destacar que a criança brinca em qualquer lugar, se adaptam e se adequam para passar seu tempo ocioso (CAVALCANTE;SALES, 2020).
	É observando a criança brincando, que se pode avaliar o nível de desenvolvimento cognitivo, e é neste momento que se manifestam suas potencialidades e, ao observá-las pode-se ajudá-las a enriquecer sua aprendizagem, fornecendo por meio das brincadeiras, brinquedos e jogos, elementos para seu desenvolvimento. Sendo assim, é preciso discutir o papel do professor, a qual define Kishimoto (2003) que seu trabalho é propor jogos seguros, estimular situações de aprendizagem, não pressionar o aluno, organizar o ambiente, compreender o emocional do aluno, proporcionar condições que envolvem normas sociais, condutas positivas e oportunidades para experimentações. 
	Lembrando que, o professor que interage com aluno desperta a atenção, o interesse e a compreensão da criança enriquecendo seu brincar. As atividades lúdicas envolvem os alunos entre si, desta forma a participação coletiva beneficia a aprendizagem, diminui o egocentrismo, favorecendo assim, a socialização entre as crianças. Outro ponto importante, é uma experimentação de situações que serão tentados sem medo de errar. 
	Através do brincar do faz de conta, as crianças desenvolvem imaginação, a criatividade, construindo relações entre a realidade e a fantasia, criando suas regras e condutas, seguindo-as rigorosamente. Ao se observar as crianças brincarem, fica-se impressionado com a forma com que são absorvidas por essa atividade. 
	A presente pesquisa é bibliográfica, será baseado em leituras de autores em que tratam sobre a importância dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil e nos Anos Iniciais. A relevância recai sobre a questão de que o lúdico pode enfrentar alguma resistência em certos ambientes escolares, sendo preciso conhecimento para que o professor e a instituição de ensino elaborem estratégias de ensino baseadas em atividades lúdicas e de acordo com cada faixa etária. 
	A consciência que deve ser concretizada é que o professor é uma figura importante para os processos de aprendizagens dos alunos. Ele é responsável em criar e promover significados nas atividades propostas. No ato de ensinar, seja por meio de brincadeiras livres ou orientadas, o professor precisa considerar as particularidades dos alunos, seu desenvolvimento. Isto é, observar, orientar, motivar e potencializar o aprendizado e relações das crianças no meio escolas. (TREVEZANI, et al., 2021).
	A respeito do ambiente escolar, a literatura aponta que, é preciso promover segurança, saúde, aprendizagem para todas as crianças que estão no espaço escolar. A escola é um ambiente socializador, em que irá proporcionar uma educação e formação integral, com práticas diferencias que contemple as necessidades dos alunos, contribuindo em seu desenvolvimento e preparando-os para a vida (TREVEZANI, et al., 2021).
1.1 Tema 
	O tema consiste em apresentar a importânciade resgatar as brincadeiras nas escolas, no sentido de contextualizar o papel da escola e professor da Educação Infantil e Anos Iniciais. Além disso, visa refletir como as práticas lúdicas, tais como jogos e brincadeiras contribuem para o desenvolvimento e formação da criança. 
 
1.1.1 Delimitação do tema (título):
	A importância do brincar na infância: o papel da escola no resgate do lúdico na Educação Infantil e Anos Iniciais.
1.2 Problema
	Qual a importância de uma educação lúdica no resgate das brincadeiras entre as crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais?
1.3 Justificativa
A educação escolar deve ser um espaço para criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para fazer com que os mesmos possam compreender a sua realidade. E por meio das práticas desenvolvidas pela escola e professor, as crianças irão aprender e desenvolver, apropriar de sua cultura, despertar interesse para as aprendizagens. 
Nas Educação Infantil e nos Anos Iniciais, a atenção deve ser maior, principalmente da questão de enfatizar a ludicidade, isso porque, é brincando que a criança descobre o mundo. Descobre os sons, as cores, o ar, as canções, a linguagem, os gestos, as formas, etc. Logo a escola pode e deve ser um espaço essencial para o resgate, a redescoberta das brincadeiras, jogos, cantigas de rodas que a muito vem sendo esquecidas.
A motivação pessoal e acadêmica vem a esse encontro, por considerar que a atividade lúdica seria importante nas atividades da criança, sendo por isso, indispensável à prática educativa, pois a mesma contribui para o processo de aprendizagem e formação da criança. Com as práticas lúdicas, a expectativa é possibilitar para as crianças ações com liberdade de agir, criar, imaginar por meio das brincadeiras. Além disso, no momento de divertimento, as crianças irão desenvolver sua motricidade, cognição, afeição, apropriar das relações sociais, em um espaço adequado, em respeito de sua faixa etária e desenvolvimento. 
Assim considerado, o estudo justifica-se no sentido de compreender a importância de brincar, jogar, cantar, interagir com outras, no sentido de resgatar a infância que vem sendo de certa forma, afetada pelas diversas distrações tecnológicas, e as atividades lúdicas na escola, podem ser um estímulo para esse objetivo, além de proporcionar uma aprendizagem prazerosa.
Os jogos eram vistos como algo relaxante e prazerosos, com atividades de grade esforço físico, intelectual, passando pela Idade Média ganhando um novo conceito, apontando a brincadeira como pratica livre que favorece para a construção do conhecimento e facilita o desenvolvimento do estudo (SILVA, 2016). Nesse sentido, é preciso destacar que o jogo possui um papel importante na vida da criança, a qual auxilia na sua forma de expressar, e utiliza o brinquedo para recriar situações de seu cotidiano, possibilitando que a mesma desenvolva como sujeito crítico e participante na sociedade. 
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral 
	Compreender o papel da escola e do professor no resgate das brincadeiras na Educação Infantil e Anos Inicias. 
2.2 Objetivos Específicos 
· Conceituar e contextualizar o termo ludicidade;
· Verificar como a brincadeira e práticas lúdicas é importante para o desenvolvimento e formação da criança na Educação Infantil e Anos Iniciais;
· Apontar o papel do professor e da escola no resgate de brincadeiras.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
3.1 Conceituando a ludicidade 
De acordo com o dicionário online Priberam, Lúdico vem do latim ludus, que seria relacionado a jogo ou divertimento, uma atividade para divertir ou dar prazer. Nascimento (2020) conceitua que significa brincar. A prática ludicidade era utilizada desde os primórdios da humanidade, onde na Grécia Antiga era utilizado os jogos para ensinar e os índios também realizam essas práticas em suas ações livres, prazerosa e significativa para formação do indivíduo. 
	O lúdico está presente em todos os momentos, sendo ele essencial para o desenvolvimento do ser humano, em que ultrapassa diversas dimensões, indo além das brincadeiras e jogos. A ludicidade está em todos os ambientes e dependa da visão do individuo perante essa prática. Para brincar e jogar não precisa de muito esforço para criança, pois, é algo natural (FROTA, 2021).
	Desse modo, compreende-se a ludicidade é considerada como um instrumento pedagógico que possibilita de maneira positiva a contribuição para o desenvolvimento integral da criança. A respeito do seu uso, muitas vezes é compreendida como brincar e passatempo, sem o aspecto educativo, a qual é a aprendizagem da criança.
Portanto, levar aos alunos atividades que lhes tragam prazer ou diversão, seria uma grande ferramenta para proporcionar a aprendizagem de conteúdos com interesse e comprometimento e a brincadeira vem de encontro a essa expectativa, ou seja, “A brincadeira permite às crianças vivenciar o lúdico e descobrir-se a si mesma, aprender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver sua potência criativo” (SIAULYS, 2005, p 58).
3.2 Ludicidade na Educação Infantil e Anos Iniciais
	Nesse contexto cita-se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) onde contribui para a compreensão da ludicidade nas escolas:
[...] ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos (BRASIL,2018, p.55).
	E, referente as práticas lúdicas nos Anos Iniciais, utilizá-las no processo de alfabetização e letramento, possibilita a promoção no desenvolvimento da capacidade cognitiva da criança, de modo que favoreça em uma preparação adequada e tranquila. As crianças hoje se deparam com diversos estímulos e não se apropriam do lápis por conta da vivência, pois ainda estão interessadas no mundo letrado (SANTOS; RADVANSKEI, 2019).
	Nesse sentido, é preciso destacar que a ludicidade deve se encontrar presente constantemente nas práticas pedagógicas, tanto na Educação Infantil, como nos Anos Iniciais, embora há o processo de transição nessas duas modalidades em que precisa de uma maior atenção. Assim, a BNCC, expressa que é preciso valorizar as situações lúdicas no Ensino Fundamental e Anos Iniciais, articulando com as experiências das crianças adquiridas na Educação Infantil. Pois, justifica-se que as crianças estão passando por modificações importante em seu desenvolvimento, linguagem, interação e socialização, isto é, compreensão de sua identidade. 
A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para que haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa. Torna-se necessário estabelecer estratégias de acolhimento e adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se construa com base no que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade de seu percurso educativo (BRASIL, 2018, p.53)
	Nesse sentido, é preciso praticar a ludicidade na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, como uma estratégia onde os professores facilitam em relação das aprendizagens e absorção de conteúdo. Entende-se que a ludicidade deve ser alinhada em todas as modalidades para substituir as aulas mecânicas e cansativas (FERREIRA; MUNIZ, 2020).
3.3 Brincadeiras e práticas lúdicas para o desenvolvimento da criança
	Diante dos muitos estudos, teorias, tendências, os educadores veem ao longo dos tempos, repensando sua prática pedagógica, trazendo alegria, entusiasmo deaprender, pela maneira de ver, pensar, compreender e reconstruir o conhecimento, o termo lúdico surge para dar nome a essa nova maneira de perceber a educação.
	Almeida (1990, p.41) descreveu como seria a pedagogia voltada ao universo lúdico:
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio.
	
	A respeito das brincadeiras, “é uma atividade que a criança começa desde o seu nascimento no âmbito familiar” (KISHIMOTO, 2002, p. 139). É um ato de exteriorização de sentimento, em que a criança expressa por meio de ações, falas e pensamento, adquire conhecimento sobre o mundo. A criança em sua brincadeira expressa muitas vezes ações que observou no adulto em seu cotidiano, e esse ato potencializa o desenvolvimento, concretiza a socialização e integra no mundo em que vive. 
	Ou ainda, nas palavras de Siaulys (2005, p 10):
A brincadeira é a vida da criança e uma forma gostosa para ela movimentar-se e ser independente. Brincando, a criança desenvolve os sentidos, adquire habilidades para usar as mãos e o corpo, reconhece objetos e suas características, textura, forma, tamanho, cor e som. Brincando, a criança entra em contato com o ambiente, relaciona-se com o outro, desenvolve o físico, a mente, a autoestima, a afetividade, torna-se ativa e curiosa
	Entende-se a partir de Siaulys (2005) e Kishimoto (2002) que através da brincadeira a criança desenvolve a interação, recreação e prazer pela atividade em que a mesma está envolvida. Desse modo, compreende-se que a brincadeira irá contribuir para a criança adquirir em sua formação, diversas experiências de maneira significativa. É um meio de capacitar, colaborar seu desenvolvimento pessoal e intelectual. Além de promover aprendizagens e desenvolvimento, é um momento de expressar sua alegria, sua tristeza, frustração, entre outros, sendo atos que contribuem para formação de personalidade.
	De acordo com Ortolan (2012) em razão de a criança estar em desenvolvimento, através das brincadeiras ela vai se estruturando de acordo com suas capacidades de momento, ou seja, na medida em que a mesma vai se desenvolvendo, a criança vai adquirindo e construindo diferentes competências que permitam sua inserção na sociedade, para atuar de forma participativa no mundo em que vive.
	Piaget (1978) contribui por meio de suas teorias, que a criança brinca e assimila com o seu mundo, de sua maneira e com compromisso com sua realidade e dia-a-dia. Sua interação é o objeto e não depende da natureza de sua interação, e sim da função que é atribuído pela criança. Expressa a criança não assimila somente o mundo a sua volta, como também o brincar ocorre de acordo com as faixas etárias. 
	No entanto, diante de uma realidade em que a tecnologia vem tomando espaço e tempo na vida de nossas crianças, fora o medo e insegurança dos pais deixarem seus filhos brincar na rua, é preciso que a escola passe a estimular atividades que estimulem a atividade física. Nesse sentido, Cavalcante e Sales (2020) problematiza que as crianças não saem e brincam na rua, por conta do uso de tecnologias.
	Assim, de acordo com Piaget (1983), as brincadeiras são importantes em todas as fases da vida. A maneira com que isso acontece que difere na idade e na época, mas o prazer e a necessidade são as mesmas, por exemplo: a necessidade de liberdade, de fantasia, de criar e divertir, tornando em explorar, extravasar e relacionar-se consigo e com o outro. Estas são algumas contribuições de relações que existem entre o humano, o brincar e criar.
A educação lúdica é uma ação inerente da criança, adolescente, jovem e adulto. Está distante da concepção de um simples passatempo, brincadeira ou diversão superficial. Educar ludicamente tem uma significação importante e está presente em todos os segmentos da vida. [...] uma mãe que acaricia e se entretém com a criança, um professor que se relaciona bem com seus alunos, ou mesmo um cientista que prepara prazerosamente sua tese ou teoria educa-se ludicamente, pois combina e integra a mobilização das relações funcionais ao prazer de interiorizar o conhecimento [...]. (DAGUANO; FANTACINI, 2011, p 120)
	Dessa forma observa-se que as atividades lúdicas deverão envolver, e estarem presentes entre os alunos, sendo assim, essa modalidade irá favorecer a aprendizagem, isso porque, a “Declaração elaborada pela Associação Internacional pelo Direito de a Criança brincar – IPA, revisada em Barcelona em setembro de 1989, o brincar é de extrema importância para que qualquer criança tenha bons desempenhos na saúde física e mental” (DAGUANO; FANTACINO, 2011, p 112).
	Isso pode ser reforçado com o argumento de Vygotsky (1984) que afirma que por meio da forma lúdica as crianças experimentam as diferentes linguagens que a brincadeira possibilita: corporal, musical, visual, oral, escrita e entre outras. Desse modo, o intelectual afirma que, a criança cria “uma nova forma de desejos. Ensina-a desejar, relacionando os seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel na brincadeira e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade” (VYGOTSKY,1984, p.114)
		De acordo com Vygotsky (1984) no momento em que a criança está brincando, ela revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor. Afirma que o brincar desempenha um papel importante no pensamento infantil, por meio da brincadeira, a criança cria mecanismo para aprender e desenvolver uma relação cognitiva com o mundo que o cerca, compreendendo o significado das coisas.
	Tanto no discurso de Vygotsky (1984) como de Piaget (1975), o desenvolvimento que a criança apresenta se dá de forma gradativa. É nesse momento que a presença do lúdico é importante, pois traz leveza na introdução de novos conceitos, novos conhecimentos, permitindo que a criança aprenda sem receio e de forma prazerosa. O fato é que o brincar é fundamental para as crianças e cabe a escola e professores, desenvolver atividades que levem as crianças a sentirem-se motivadas, interessadas a brincar e descobrir o prazer em aprender. 
3.4 O papel do professor e da escola no resgate das brincadeiras
	Conforme Saraiva e Carvalho (2018) a escola precisa ser um ambiente onde os conteúdos são ministrados e compreendidos pelos alunos de maneira significativa, no sentido de construir um mecanismo que estimule seu processo de aprendizagem. Sendo assim, os autores destacam a necessidade de entender a importância desta para a formação do aluno, utilizando as práticas lúdicas como um recurso, uma linguagem de infância, com objetivos definidos no planejamento escolar. 
	Para que o processo de aprendizagem aconteça, é preciso a instituição escolar promover juntamente com o professor práticas e mediações que promova a apropriação de conhecimento, desenvolvimento das competências e habilidades. Nesse sentido, a partir de um material concreto proposto pelo educado, há possibilidades de despertar na criança o interesse na realização de atividades.
	Dentro deste universo magico, a ludicidade complementa o que há de mais belo dentro da educação, que é o encontro com a imaginação, criatividade e descoberta. Sendo assim, os profissionais de Educação Infantil devem trilhar um caminho que venha facilitar a aprendizagem elaborando atividades lúdicas que criem um ambiente agradável para favorecer o processo de aquisição de autonomia de aprendizagem.
	A introdução do lúdico na escola deve ter como proposta desenvolver uma alfabetização significativa, incorporando conhecimentos através das características do conhecimento de mundo, sem impor às crianças o conhecimento ou exigir-lhe a aprendizagem, pois assim ela assimilará o conhecimento de forma prazerosa, despertando a curiosidadee a vontade de aprender. 
	Para que isso aconteça de maneira efetiva é preciso que os profissionais da educação adquiram capacitações e competências em sua formação. A formação inicial já propõe uma aprendizagem efetiva, porém, é preciso que o educador busque novas habilidades e competências para atender a realidade e atualidade, de modo que gerencie com autonomia e promova o sucesso de aprendizagem dos alunos (PERES, 2020).
	A respeito do processo de alfabetização e letramento, o Referencial Nacional da Educação Infantil (RCNEI), pontua que o professor deve tomar cuidados no processo de construção de escrita do aluno:
[...] criar um ambiente letrado, em que a leitura e a escrita estejam presentes mesmo antes que a criança saiba ler e escrever convencionalmente; considerar o conhecimento prévio das crianças, pois, embora pequenas, elas levam para a escola o conhecimento que advém da vida; participar com as crianças de práticas de letramento, ou seja, ler e escrever com função social; utilizar textos significativos, pois é mais interessante interagir com a escrita que possui um sentido, constitui um desafio e dá prazer; utilizar textos reais, que circulam na sociedade, e utilizar a leitura e a escrita como forma de interação, por exemplo, para informar, convencer, solicitar ou emocionar (BRASIL, 1998, p. 38).
	Portanto, o lúdico pode ser utilizado como uma forma de ensino, fazendo parte da proposta pedagógica as brincadeiras e jogos, uma vez que podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para a ampliação do conhecimento e seus significados, garantindo a aprendizagem de forma prazerosa.
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
4.1 Caracterização do estudo
Pesquisa será de cunho bibliográfico, em que permite que o pesquisador busque respostas para o seu problema a partir de temas que em algum momento foram estudados por outros pesquisadores e, com isso, apresentam os resultados obtidos nessas pesquisas já realizadas. Traz, portanto, como fonte de busca, artigos científicos advindos de diferentes trabalhos acadêmicos, permitindo a compreensão de teorias que foram desenvolvidas anteriormente sobre determinados assuntos (FARIA, 2020, p.4).
A respeito da pesquisa bibliográfica, entende-se por meio de Severino (2013, p.106)
[...] aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos.
	A pesquisa é um estudo qualitativo, onde busca responder as questões, se preocupa com as ciências sociais, e busca descrever uma realidade que não pode ser quantificada. Trabalha com universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitude, o que corresponde a um espaço profundo de relações, nos processos e fenômenos (MINAYO, 2021) 
	Para selecionar os trabalhos serão utilizados o banco de dados de trabalhos científicos Google Acadêmico, onde proporcionou um amplo acesso de trabalhos, pesquisas, investigações que contribuam com tema correspondente. Assim, utilizará os descritores: “ludicidade”; “importância das brincadeiras”; “ludicidade na educação infantil”; “ludicidade nos Anos Inicias”, entre outras combinações. O foco será em trabalhos recentes publicados no período de 2010 a 2022. Além disso, contará também com as contribuições de Vygotsky e Piaget, pois, suas teorias são essenciais para compreender o desenvolvimento da criança e também como propor as brincadeiras lúdicas que atendam sua necessidade. 
4.2 Universo da pesquisa
 
Trabalhos publicados que contribuem para a compreensão da importância das brincadeiras no espaço escolar, que atendam crianças da Educação Infantil e nos Anos Iniciais. Os materiais em foco são de Saraiva e Carvalho (2018), Cavalcanti e Sales (2020), Frota (2021), Trevezani et al. (2021), entre outros. Conta também com as obras de Tizuco Morchida Kishimoto, Vygotsky e Piaget. Os documentos norteadores da Educação tais como RCNEI e BNCC. 
4.3 Instrumento de coleta de dados
Quadro 1- Instrumento de coleta de dados
	Instrumento de coleta de dados
	Universo pesquisado
	Finalidade do Instrumento
	
Documentos 
	Artigos, teses, trabalho de conclusão de curso que abordam sobre a importância da brincadeira na infância e sua inserção no ambiente escolar. Saraiva e Carvalho (2018), Cavalcanti e Sales (2020), Frota (2021), Trevezani et al. (2021), entre outros. Conta também com as obras de Tizuco Morchida Kishimoto, Vygotsky e Piaget. Os documentos norteadores da Educação tais como RCNEI e BNCC. 
	Com o uso desses materiais contribuir para a reflexão e a concepção da importância da brincadeira na Educação Infantil e nos Anos Iniciais, bem como o papel da escola e dos professores que atuam nesse contexto. 
Fonte: CAVALCANTI e MOREIRA (2008)
5 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. R. O relacionamento Interpessoal na Coordenação Pedagógica.In: Almeida L. Placco, (org). O coordenador pedagógico e o espaço da mudança. São Paulo: Ed. Loyola, 1990.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília DF: MEC, 2018. Disponível em: basenacionalcomum.mec.gov.br/. acesso em 03 de abr. 2022
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC, SEF, vol 1, 2001.
CAVALCANTE, J. D. A.; SALES, A. B. Jogos e brincadeiras tradicionais e populares na visão das crianças de pontal do Araguaia – MT. Revista Panorâmica - Edição Especial 2020.p.208-217
CINTRA, R.C.G.G; PROENÇA, M. A. M.; JESUINO, M. S. A historidade do lúdico na abordagem histórico-cultural de Vygotsky. Rascunhos Culturais, v. 1, n. 2, p.225, 2010.
KISHIMOTO, T. M. Brinquedo e Brincadeira – usos e significações dentro de contextos culturais. In: SANTOS. Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 7ª Edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
KISHIMOTO, T. M. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo. Ed. Pioneira, 2003.
DAGUANO, L. Q.; FANTACINI, R.A.F. O lúdico no universo autista. Linguagem Acadêmica, Batatais, v. 1, n. 2, p. 109-122, jul./dez. 2011. Disponível em: file:///D:/Usu%C3%A1rio/Downloads/Artigo%20Pesquizado.pdf. Acesso em: 29.03.2022
FARIA, F. Trabalho de Conclusão de Curso 1 (TCC1) - Unidade 4 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2020.
FERREIRA, M. I. C.V.; MUNIZ, S. de. S. A ludicidade como estratégia de apoio
na aprendizagem dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental. Revista
Humanidades e Inovação v.7, n.8-2020.
FROTA, J. de A. Concepções de ludicidade na educação infantil enunciados em
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