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Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviço de Saúde

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Indaial – 2021
Resíduos em 
seRviço de saúde
Prof.ª Lucile Cecília Peruzzo
1a Edição
Plano de 
GeRenciamento de
Elaboração:
Prof.ª Lucile Cecília Peruzzo
Copyright © UNIASSELVI 2021
 Revisão, Diagramação e Produção: 
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
P471p
 Peruzzo, Lucile Cecília
 
 Plano de gerenciamento de resíduos em serviço de saúde. / 
Lucile Cecília Peruzzo – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
 
 237 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-472-2
 ISBN Digital 978-65-5663-473-9
 
 1. Lixo hospitalar. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da 
Vinci.
 CDD 610
As atividades de saúde são um meio de proteger a saúde, curar pacientes e salvar 
vidas. No entanto, essas atividades geram resíduos, 20 por cento dos quais acarretam 
riscos de infecção, trauma ou de exposição a produtos químicos ou radiação. Embora os 
riscos associados aos resíduos de serviços de saúde perigosos e as formas e meios de 
gerenciar esses resíduos sejam relativamente bem conhecidos e descritos em manuais 
e outras literaturas, os métodos de tratamento e eliminação requerem consideráveis 
recursos técnicos e financeiros e uma estrutura legal, que muitas vezes não está 
disponível. A má gestão de resíduos pode colocar em risco a equipe de atendimento, 
funcionários que lidam com resíduos de serviços de saúde, pacientes e suas famílias e 
a população vizinha. Além disso, o tratamento ou descarte inadequado desses resíduos 
pode levar à contaminação ou poluição ambiental.
Em contextos desfavoráveis, os riscos associados a perigos do lixo hospitalar po-
dem ser reduzidos significativamente por meio de medidas simples e apropriadas. Este livro 
didático tem como objetivo apresentar de uma forma prática e pragmática o gerenciamento 
de resíduos sólidos de serviços de saúde. Este livro didático está dividido em 3 unidades. 
Na Unidade 1, são apresentadas as várias categorias de resíduos sólidos, sua 
classificação, a taxa de geração e a composição dos resíduos sólidos. A maior parte do texto, 
no entanto, é dedicada aos elementos funcionais dos programas de gerenciamento de 
resíduos sólidos, particularmente ao armazenamento, coleta e descarte de resíduos sólidos. 
As diversas tecnologias para disposição final de resíduos sólidos são também discutidas. 
Na unidade 2, abordamos os resíduos de serviços de saúde (RSS) que 
correspondem a cerca de 1 a 2% do total dos RSU (Resíduos Sólidos Urbanos); 
porém, apesar desse pequeno percentual de geração, os RSS são considerados um 
desafio para os gestores, uma vez que necessitam de um gerenciamento adequado 
devido à possibilidade de contaminação ambiental por agentes biológicos, químicos e 
radioativos e aos riscos que representam à saúde pública. Na Unidade 2, são definidos e 
classificados os resíduos de serviços de saúde – RSS. Há uma premissa separada com 
relação as técnicas mais simples e menos onerosas que podem ser empregadas para o 
gerenciamento seguro de resíduos sólidos de saúde. 
Na Unidade 3, tratamos de algumas estratégias para minimizar a geração 
de resíduos de serviços de saúde. Serão apresentadas várias medidas que podem 
ser instituídas para alcançar a minimização de resíduos, incluindo: redução na fonte, 
reutilização e reciclagem. Também apresentamos, nesta unidade, um exemplo prático 
de um plano de gerenciamento de resíduos perigosos de um laboratório.
Desejo uma ótima leitura a todos!
Um abraço 
Prof.ª Dra. Lucile Cecília Peruzzo 
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL ................................................. 1
TÓPICO 1 - GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL .............................4
3 RESÍDUOS SÓLIDOS ..........................................................................................................8
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................... 9
3.1.1 Quanto a origem ........................................................................................................................... 9
3.1.2 Quanto a composição química .............................................................................................. 11
3.1.3 Quanto aos riscos de contaminação..................................................................................... 11
3.2 CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – RSU ........................................... 14
3.2.1 Peso específico ou Densidade Aparante (ρ) .......................................................................20
3.3 GERAÇÃO PER CAPITA .....................................................................................................................22
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 23
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 24
TÓPICO 2 - GESTÃO E GERENCIAMENTO INTEGRADO 
DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS .................................................................................... 29
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 29
2 GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................ 30
3 GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................ 31
3.1 REDUÇÃO NA FONTE ..........................................................................................................................33
3.2 RECICLAGEM E COMPOSTAGEM ...................................................................................................33
3.3 COMBUSTÃO (RESÍDUOS EM ENERGIA) .......................................................................................36
3.4 ATERROS SANITÁRIOS .....................................................................................................................36
3.5 EXEMPLO DE IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA 
PARA RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................................................38
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 44
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 46
TÓPICO 3 - GUIA PARA IMPLANTAÇÃO DE PLANO 
DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS .................................................................................. 51
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 51
2 ASPECTOS LEGAIS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: A POLÍTICA 
NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) ...................................................................... 52
2.1 ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS ...............................................................................................55
2.2 NORMAS GERAIS ...............................................................................................................................58
3 IMPLANTAÇÃO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS – PASSO A PASSO .............59
3.1 PLANEJAMENTO ..................................................................................................................................61
3.1.1 Identifique ....................................................................................................................................61
3.1.2 Caracterização e quantificação .............................................................................................61
3.1.3 Requerimentos legais ou outros ...........................................................................................63
3.1.4 Definição de metas e objetivos .............................................................................................63
3.2 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO ....................................................................................................64
3.2.1 Estrutura e responsabilidade .................................................................................................64
3.2.2 Treinamento, consciência e competência .........................................................................64
3.2.3 Manuseio e acondicionamento .............................................................................................64
3.2.4 Pré-tratamento .........................................................................................................................65
3.2.5 Destinação final .......................................................................................................................66
3.2.6 Documentação do PGR ..........................................................................................................66
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 68
RESUMO DO TÓPICO 3 ......................................................................................................... 71
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................72
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................75
UNIDADE 2 — RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) ............................................... 83
TÓPICO 1 — DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS 
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) ...................................................................... 85
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 85
2 DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DA SAÚDE .................................................... 86
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RSS ................................................................................................................87
3 GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE RSS ................................................96
3.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DOS RSS .....................................................................100
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 101
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................102
TÓPICO 2 - RISCOS ASSOCIADOS AOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ..................105
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................105
2 TIPOS DE RISCOS ASSOCIADOS AOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) .............106
2.1 PESSOAS EM RISCO.......................................................................................................................... 107
2.2 RISCO ASSOCIADOS AOS RESÍDUOS INFECCIOSOS E PERFUROCORTANTES ................. 107
2.3 RISCOS ASSOCIADOS AOS RESÍDUOS QUÍMICOS-FARMACÊUTICOS .................................108
2.4 RISCOS ASSOCIADOS AOS RESÍDUOS RADIOATIVOS ............................................................109
2.5 RISCOS ASSOCIADOS AOS PROCESSOS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE ...............110
2.6 RISCOS ASSOCIADOS AOS RESÍDUOS GENOTÓXICOS .............................................................111
2.7 RISCOS OCUPACIONAIS E DE SAÚDE PÚBLICA .........................................................................112
3 ORIENTAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) .................................. 113
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 114
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 116
TÓPICO 3 - GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ........................ 121
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 121
2 O QUE É O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS? ...............................................................122
2.1. OS PRINCIPAISAPARATOS LEGAIS E AS NORMAS TÉCNICAS RELACIONADOS AO TEMA ........... 122
2.2 IMPORTÂNCIA DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ........ 123
2.3 RESPONSABILIDADE QUANTO À GERAÇÃO E AO MANEJO DOS RSS? ............................. 124
2.3.1 Determinação de responsabilidades .................................................................................. 124
2.4 ETAPAS DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO 
 DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DA SAÚDE (RSS) ......................................................................... 125
2.4.1 Avaliação da geração de resíduos de serviços de SAÚDE – RSS ............................... 126
2.4.2 Caracterização como ferramenta para o diagnóstico dos RSS ..................................128
2.5. DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE GESTÃO 
 DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ..................................................................................130
2.5.1 Detalhes a incluir no plano de gestão de resíduos .........................................................130
2.6 PROCEDIMENTOS E PRÁTICAS ..................................................................................................... 132
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................133
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 137
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................139
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................143
UNIDADE 3 — GESTÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE .......... 151
TÓPICO 1 — MINIMIZAÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE SAÚDE ........153
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................153
2 MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ...............................................154
2.1 PRINCÍPIOS DE MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS ............................................................................. 157
 2.1.1 Redução na fonte ..................................................................................................................... 157
2.1.2 Reutilizar .................................................................................................................................... 157
2.1.3 Reciclagem ............................................................................................................................... 159
2.2 IMPLEMENTANDO ESTRATÉGIAS DE MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS ..................................... 159
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 161
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................162
TÓPICO 2 - SEGREGAÇÃO, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE 
DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ..........................................................................165
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................165
2 PRINCÍPIOS GERAIS .......................................................................................................166
3 SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO ........................................................................ 167
3.1 RECIPIENTES DE RESÍDUOS, CÓDIGOS DE CORES E RÓTULOS ............................................167
3.2 ACONDICIONAMENTO ...................................................................................................................... 170
3.2.1 Para os resíduos do grupo A .................................................................................................. 171
3.2.2 Para os resíduos do grupo B ................................................................................................ 171
3.2.3 Para os resíduos do grupo C ............................................................................................... 173
3.2.4 Para os resíduos do grupo d não recicláveis ................................................................... 174
3.2.5 Para os resíduos do grupo E ................................................................................................ 174
3.2.6 Para os resíduos do grupo d recicláveis ........................................................................... 174
3.3 DEFINIR E MANTER PADRÕES DE SEGREGAÇÃO .................................................................... 175
4 COLETA E TRANSPORTE INTERNO DOS RSS ................................................................ 176
4.1 TRANSPORTE INTERNO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) ...........................177
4.1.1 Armazenamento central dentro de instalações de saúde ............................................. 178
4.1.2 Layout das áreas de armazenamento de resíduos ........................................................180
5 COLETA E TRANSPORTE EXTERNO DE RESÍDUOS .......................................................182
5.1 EQUIPE DE LOGÍSTICA......................................................................................................................182
5.2 REQUISITOS DO VEÍCULO ...............................................................................................................183
5.3 ROTULAGEM DO VEÍCULO DE TRANSPORTE ............................................................................183
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................186
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................187
TÓPICO 3 - TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL 
DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................................................ 191
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 191
2 SELEÇÃO DO MÉTODO DE TRATAMENTO ......................................................................192
2.1 CARACTERÍSTICA DOS RESÍDUOS ................................................................................................ 193
2.2 VISÃO GERAL DAS TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS ................................... 194
2.2.1 Processos térmicos................................................................................................................. 195
2.2.2 Processos químicos ............................................................................................................... 197
2.2.3 Tecnologias de irradiação .....................................................................................................198
2.2.4 Processos biológicos .............................................................................................................198
2.2.5 Encapsulamento .....................................................................................................................198
2.2.6 Inertização ................................................................................................................................198
2.2.7 Processos mecânicos ............................................................................................................ 199
3 DISPOSIÇÃO FINAL ........................................................................................................199
3.1 SISTEMAS DE ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS ................................................................................200
3.1.1 Aterro sanitário ..........................................................................................................................201
3.1.2 Enterro seguro nas instalações do hospital .................................................................... 202
3.1.3 Valassépticas/concreto ....................................................................................................... 203
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................... 207
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 209
TÓPICO 4 - EXEMPLO DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 
PERIGOS DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES QUÍMICAS – PASSO A PASSO .............. 211
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 211
2 IDENTIFICAÇÃO ..............................................................................................................212
2.1 DADOS DA CONTRATADA ................................................................................................................ 212
2.2 DADOS DO TÉCNICO RESPONSÁVEL LEGAL PELA PGRSS .................................................... 213
2.3 DA ÁREA DE APLICAÇÃO DO PGRS ............................................................................................. 213
2.4 OBJETIVOS DO PGRSS ...................................................................................................................214
2.4.1 Objetivo geral ............................................................................................................................214
2.4.2 Objetivos específicos ............................................................................................................214
3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES .......................................................................................215
4 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ..................................................................................215
4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS .............................................................................. 215
4.2 SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO....................................................................................... 216
4.3 TRANSPORTE INTERNO ..................................................................................................................218
4.4 TRATAMENTO NO LABORATÓRIO..................................................................................................218
5 ARMAZENAMENTO EXTERNO E INTERNO.....................................................................218
5.1 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS ............................................................................................ 219
6 TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL ............................................................................ 220
7 CAPACITAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ............................................................................ 220
8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) 
E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCS) .....................................................221
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................. 223
RESUMO DO TÓPICO 4 ...................................................................................................... 227
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 228
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................231
1
UNIDADE 1 - 
GESTÃO DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS NO BRASIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
•	 apresentar	a	definição	e	a	classificação	dos	resíduos	de	serviços	da	saúde	(RSS);
•	 caracterizar	os	principais	tipos	de	perigos	associados	aos	resíduos	de	saúde	e	seus	
efeitos	na	saúde;
•	 orientar	a	importância	do	gerenciamento	dos	resíduos	de	serviços	da	saúde	para	a	
proteção	do	meio	ambiente	e	dos	profissionais	envolvidos	no	manuseio	e	utilização	
destes	resíduos;
•	 disponibilizar,	de	maneira	sistemática	e	em	linguagem	simples,	orientações	técnicas	
básicas	para	o	gerenciamento	dos	resíduos	gerados	em	estabelecimentos	prestadores	
de	serviços	de	saúde	e	similares;
•	 quantificar	e	classificar,	segundo	a	RDC	ANVISA	n°	222/2018	os	Resíduos	de	Serviços	
da	Saúde	(RSS).
Esta	unidade	está	dividida	em	três	tópicos.	No	decorrer	dela,	você	encontrará	
autoatividades	com	o	objetivo	de	reforçar	o	conteúdo	apresentado.
TÓPICO	1	–	GESTÃO	DE	RESÍDUOS	SÓLIDOS	
TÓPICO	2	–	GESTÃO	E	GERENCIAMENTO	INTEGRADO	DE	RESÍDUOS	SÓLIDOS	
TÓPICO	3	–	IMPLEMENTAÇÃO	DE	UM	PLANO	DE	GERENCIAMENTO	DE	RESÍDUOS	SÓLIDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Neste	tópico,	estudaremos	a	Gestão	de	Resíduos	Sólidos.	Como	sabemos,	não	
existe	uma	única	alternativa	de	disposição	final	de	 resíduos,	como	o	aterro	sanitário,	
por	 exemplo,	 já	 que	 os	 resíduos	 sólidos	 urbanos	 variam	muito	 na	 sua	 composição,	
obrigando	 aos	 gestores	 encontrar	 soluções	 específicas	 para	 cada	 situação.	 Neste	
tópico,	 abordaremos	o	diagnóstico	dos	 resíduos	sólidos	no	Brasil,	 a	classificação	e	a	
composição	dos	resíduos	para,	baseado	na	sua	composição	e	classificação,	escolher	a	
melhor	forma	de	tratamento	e	disposição	final	destes	resíduos.
1 INTRODUÇÃO
A	gestão	de	resíduos	sólidos	é	um	dos	maiores	desafios	enfrentados	pelos	países	
em	desenvolvimento.	Isso	se	deve	principalmente	à	crescente	geração	de	tais	resíduos	
e	aos	custos	relacionados	ao	tratamento	e	disposição	final.	Além	dos	custos	elevados,	
a	 gestão	 de	 resíduos	 sólidos	 está	 associada	 à	 falta	 de	 compreensão	 dos	 diferentes	
fatores	que	afetam	todo	o	sistema	de	gestão	destes	resíduos	(HUSSEIN,	MONA,	2018).
De	 acordo	 com	 Lopes	 (2007),	 além	 das	 decisões	 políticas,	 elaboração	 de	
legislações	e	estratégias,	aspectos	técnicos	e	econômicos	relacionados	à	gestão	dos	
resíduos	sólidos,	existem	aspectos	operacionais	relacionados	ao	gerenciamento	destes.	
A	geração,	 o	 armazenamento,	 a	 coleta,	 o	 transbordo,	 o	 transporte,	 o	 tratamento	e	 a	
disposição	final	devem	ser	analisados,	bem	como	os	aspectos	sociais	envolvidos.	
A	gestão	de	 resíduos	sólidos	compreende	atividades	 referentes	à	tomada	de	
decisões	estratégicas	e	à	organização	do	setor	para	este	fim,	envolvendo	instituições,	
políticas,	 instrumentos	 e	 meios.	 O	 modelo	 de	 gestão	 de	 resíduos	 sólidos	 deve	 ser	
entendido	como	um	conjunto	de	referências	político-estratégicas,	institucionais,	legais	
e	financeiras	capaz	de	orientar	a	organização	do	setor.	
Fatores	relacionados	ao	aumento	da	população,	rápida	urbanização,	economia	
em	expansão	e	o	aumento	do	padrão	de	vida	nos	países	em	desenvolvimento	acelerou	
muito	a	taxa,	a	quantidade	e	a	qualidade	da	geração	de	resíduos	sólidos.
Os	Resíduos	Sólidos	Urbanos	(RSU)	são	um	dos	desafios	mais	importantes	para	
o	ambiente.	A	composição	dos	RSU	varia	significativamente	de	um	município	para	outro	
e	de	país	para	país.	Tal	variação	depende,	principalmente,	do	estilo	de	vida,	da	situação	
econômica,	da	legislação	referente	à	gestão	de	resíduos	e	a	estrutura	industrial.	
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
4
A	 quantidade	 e	 a	 composição	 dos	 resíduos	 sólidos	 urbanos	 são	 fatores	
determinantes	 para	 a	 gestão	 e	 o	 gerenciamento	 adequado	 desses	 resíduos.	 Essas	
informações	são	essenciais	e	úteis	para,	por	exemplo,	utilizar	os	resíduos	sólidos	como	
fonte	de	energia.	Com	base	no	valor	do	poder	calorífico	e	na	composição	elementar	
do	RSU,	pode-se	decidir	sobre	a	utilidade	deste	como	combustível.	Além	disso,	essas	
informações	ajudarão	a	prever	a	composição	das	emissões	gasosas.
 
O	conhecimento	da	composição	dos	resíduos	fornece	informações	importantes	
sobre	 a	 utilidade	 do	material	 para	 compostagem	ou	 para	 produção	 de	 biogás	 comocombustível	via	conversão	biológica.
Geralmente,	 os	 resíduos	 sólidos	 urbanos	 são	 altamente	 heterogêneos	 por	
natureza.	 A	 heterogeneidade	 destes	 resíduos	 é	 o	 principal	 obstáculo	 na	 triagem	 e	
na	 utilização	 desses	 resíduos.	 Portanto,	 há	 uma	 necessidade	 de	 fracionamento	 e	
classificação	desses	resíduos	antes	de	qualquer	processo	de	tratamento	final.	A	triagem	
e	a	separação	de	tais	resíduos	é	uma	das	etapas	mais	importantes	na	gestão	de	resíduos	
sólidos,	 pois	 fornece	 dados	 sobre	 a	 qualidade	 das	 frações	 separadas	 para	 qualquer	
utilização	potencial.
Para	 aumentar	 a	 efetividade	 dos	 sistemas	 de	 gestão	 de	 RSU,	 é	 necessário	
conscientização	pública	e	participação	ativa	dos	geradores	de	resíduos,	na	triagem	e	
segregação	adequada	desses	resíduos.	
Por	 isso,	 é	 fundamental	 a	 conscientização	 pública	 ao	 adquirir	 produtos	 que	
sejam	considerados	 “ecologicamente	corretos”,	 produtos	que,	 além	de	apresentarem	
boa	qualidade,	assumem	e	respeitam	o	compromisso	com	o	meio	ambiente	em	seus	
processos	 de	 produção.	 Esses	 aspectos	vêm	 incentivando,	 a	 cada	 dia,	 a	 indústria	 a	
procurar	 sistemas	 eficazes	 que	provoquem	a	 redução	de	 seus	 impactos	 ambientais,	
com	custo	de	mercado	compatível.
Um	 sistema	 eficaz	 de	 gestão	 de	 resíduos	 sólidos	 garante	 uma	 melhor	
qualidade	de	vida	à	população.	O	sistema	precisa	ser	seguro	para	os	trabalhadores	e	
salvaguardar	a	saúde	pública,	evitando	a	propagação	de	doenças.	Além	desses	pré-
requisitos,	uma	gestão	eficaz	de	resíduos	sólidos	deve	ser	ambientalmente	sustentável	
e	economicamente	viável.	
2 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
NO BRASIL 
A	presença	de	resíduos	acompanha	o	homem	desde	o	início	da	sua	existência.	
No	 início,	 o	 resíduo	 não	 era	 exatamente	 um	 problema.	 Os	 hábitos	 do	 homem	 eram	
mais	simples	e	naturais.	O	desenvolvimento	econômico,	o	crescimento	populacional,	
a	 urbanização	 e	 a	 revolução	 tecnológica	modificaram	 o	 estilo	 de	vida,	 os	modos	 de	
5
produção	e	o	consumo	da	população.	Como	decorrência	direta	desses	processos,	vem	
ocorrendo	um	aumento	na	produção	de	resíduos	sólidos,	tanto	em	quantidade	como	
em	diversidade,	principalmente	nos	grandes	centros	urbanos	(GOUVEIA,	2012).	
Os	resíduos	sólidos	urbanos	constituem	uma	preocupação	ambiental.	
Os	problemas	relacionados	aos	resíduos	sólidos,	na	atualidade,	estão	
ligados	ao	aumento	na	geração,	à	variedade	de	materiais	descartados,	
e	 a	 dificuldade	 em	encontrar	 áreas	 para	 seu	 depósito,	visto	 que	 a	
geração	e	a	deposição	são	atividades	diárias	da	população	 (LEME,	
2006	apud	QUERINO;	PEREIRA,	2016,	p.	405).
De	acordo	com	Neto	(2019),	o	Brasil	está	entre	as	dez	nações	que	mais	geram	
RSU	no	mundo.	Entre	2017	e	2018,	a	geração	de	RSU	no	Brasil	aumentou	quase	1%	e	
chegou	a	 216.629	 toneladas	diárias.	Como	a	população	 também	cresceu	no	período	
(0,40%),	a	geração	per	capita	teve	elevação	um	pouco	menor	(0,39%).	Isso	significa	que,	
em	média,	cada	brasileiro	gerou	pouco	mais	de	1	quilo	de	resíduo	por	dia	 (ABRELPE,	
2019).	O	Gráfico	1	apresenta	a	geração	de	resíduos	sólidos	no	Brasil	em	toneladas/dia	e	
em	kg/habitante/dia.
O	 volume	 de	 resíduos	 sólidos	 coletados	 no	 Brasil	 em	 2018	 foi	 de	 199.311	
toneladas	por	dia.	A	quantidade	de	RSU	coletada	em	2018	cresceu	em	todas	as	regiões	
em	comparação	com	2017,	e	manteve	uma	cobertura	um	pouco	acima	de	90%.	A	região	
Sudeste	 continua	 respondendo	 por	 cerca	 de	 53%	 do	 total	 de	 resíduos	 coletados,	 e	
apresenta	o	maior	percentual	de	cobertura	dos	serviços	de	coleta	do	país	em	torno	de	
98%	(ABRELPE,	2019).	
Segundo	Monteiro	 et al.	 (2001),	 a	 coleta	 do	 lixo	 é	 o	 segmento	 que	mais	 se	
desenvolveu	dentro	do	sistema	de	limpeza	urbana	e	o	que	apresenta	maior	abrangência	
de	atendimento	junto	à	população.	Esse	fato	deve-se	à	pressão	exercida	pela	população	
e	pelo	comércio	para	que	se	execute	a	coleta	com	regularidade.	Contudo,	essa	pressão	
tem,	geralmente,	um	efeito	seletivo,	ou	seja,	a	administração	municipal,	quando	não	
tem	meios	de	oferecer	o	serviço	a	toda	a	população,	prioriza	os	setores	comerciais,	as	
unidades	de	saúde	e	o	atendimento	à	população	de	renda	mais	alta.	
GRÁFICO 1 – GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
FONTE: ABRELPE (2019, p. 12)
6
A	expansão	da	cobertura	dos	serviços	raramente	alcança	as	áreas	realmente	
carentes,	 até	porque	a	ausência	de	 infraestrutura	viária	exige	a	adoção	de	sistemas	
alternativos,	que	apresentam	baixa	eficiência	e,	portanto,	custo	mais	elevado.	A	Tabela	
1	apresenta	a	quantidade	de	resíduos	sólidos	urbanos	coletados	por	região	e	no	Brasil.
Regiões População 2018
2018
RSU Total
(toneladas/dia)
Norte 18.182.253 13.069
Nordeste 56.760.780 43.763
Centro-Oeste 16.085.885 14.941
Sudeste 87.711.946 105.977
Sul 29.754.036 21.561
Brasil 208.494.900 199.311
TABELA 1 – QUANTIDADE DE RSU COLETADA NAS REGIÕES E NO BRASIL.
FONTE: Adaptado de ABRELPE (2019)
Você Sabia? 
• No MUNDO: a média mundial de geração de lixo por habitante é de 1 kg 
por dia. Quanto mais rico é o país, mais lixo é gerado. 
• No BRASIL: a geração de resíduos sólidos domiciliares é de cerca de 0,6 kg/
hab.dia e mais 0,3 kg/hab.dia de resíduos de varrição, limpeza de logradouros 
e entulhos.
• SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E CURITIBA: a média de geração de lixo por 
habitante é de 1,3 kg/hab.dia, considerando todos os resíduos manipulados 
pelos serviços de limpeza urbana (domiciliares, comerciais, de limpeza de 
logradouros, de serviços de saúde e entulhos).
NOTA
A	 composição	 física	 média	 dos	 resíduos	 sólidos	 urbanos	 no	 Brasil	 é	 muito	
variável.	Como	já	foi	exposto,	é	influenciada	por	vários	fatores,	como	desenvolvimento	
econômico,	padrões	culturais,	localização	geográfica,	fontes	de	energia	e	clima.
Segundo	Menezes	(2014)	os	resíduos	produzidos	pela	população	brasileira	muito	
se	assemelham,	em	quantidade	e	proporção,	aos	de	outros	países	em	desenvolvimento.	
A	 composição	 dos	 resíduos	 produzidos	 pelos	 brasileiros	 é	 de	 51,4%	 de	 materiais	
orgânicos,	31,9%	de	 recicláveis	e	 16,7%	de	outros	materiais.	Desses,	apenas	58%	são	
dispostos	de	maneira	adequada.	O	Gráfico	2	apresenta	o	perfil	de	geração	de	resíduos	
urbanos	no	Brasil	(%).
7
GRÁFICO 2 – PERFIL DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS URBANOS NO BRASIL
FONTE: IPEA (2012 apud GRISA; CAPANEMA, 2018, p. 420)
Em	 2018,	 a	 destinação	 adequada	 em	 aterros	 sanitários	 recebeu	 59,5%	 dos	
resíduos	sólidos	urbanos	coletados,	o	equivalente	a	43,3	milhões	de	toneladas.	O	restante	
(40,5%)	 foi	despejado	em	 locais	 inadequados.	Ou	seja,	 29,5	milhões	de	toneladas	de	
RSU	foram	para	 lixões	ou	aterros	controlados,	que	não	contam	com	um	conjunto	de	
sistemas	e	medidas	necessárias	para	proteger	a	saúde	das	pessoas	e	o	meio	ambiente	
contra	danos	e	degradações	(ABRELPE,	2019).	O	Gráfico	3	apresenta	a	disposição	final	
de	RSU	por	tipo	de	destinação	(toneladas/dia).	
GRÁFICO 3 – DISPOSIÇÃO FINAL DE RSU, POR TIPO DE DESTINAÇÃO
FONTE: ABRELPE (2019, p. 16)
Com	relação	ao	tratamento	do	lixo,	tem-se	instaladas	no	Brasil	algumas	unidades	
de	 compostagem/reciclagem.	 Essas	 unidades	 utilizam	 tecnologia	 simplificada,	 com	
segregação	manual	 de	 recicláveis	 em	 correias	 transportadoras	 e	 compostagem	 em	
leiras	a	céu	aberto,	com	posterior	peneiramento.	Muitas	unidades	que	foram	instaladas	
estão,	hoje,	paralisadas	e	sucateadas,	por	dificuldade	dos	municípios	em	operá-las	e	
mantê-las	convenientemente.	
8
As	 poucas	 usinas	 de	 incineração	 existentes,	 utilizadas	 exclusivamente	 para	
incineração	de	resíduos	de	serviços	de	saúde	e	de	aeroportos,	em	geral	não	atendem	aos	
requisitos	mínimos	ambientais	da	legislação	brasileira.	Outras	unidades	de	tratamento	
térmico	desses	resíduos,	tais	como	autoclavagem,	micro-ondas	e	outros,	vêm	sendo	
instaladas	mais	 frequentemente	 em	 algumas	 cidades	 brasileiras,	 mas	 os	 custos	 de	
investimento	e	operacionais	ainda	são	muito	altos	(ZANTA;	FERREIRA,	2003).
Acadêmico,	apresentamos,	aqui,um	pouco	do	panorama	dos	resíduos	sólidos	
no	 Brasil.	 O	 objetivo	 é	 conscientizar	 da	 importância	 de	 uma	 adequada	 gestão	 de	
resíduos	de	modo	a	minimizar	impactos	negativos,	e	tendo	como	meta	de	longo	prazo	
que	todo	resíduo	gerado	seja	tratado	ou	disposto	corretamente,	de	forma	a	não	agredir	
o	meio	ambiente.
3 RESÍDUOS SÓLIDOS 
Segundo	 a	 NBR	 10004:1987,	 da	 Associação	 Brasileira	 de	 Normas	 Técnicas	
(ABNT),	os	resíduos	sólidos	são	definidos	como:	
aqueles	 resíduos	 nos	 estados	 sólido	 e	 semissólido,	 que	 resultam	
de	 atividades	 da	 comunidade	 de	 origem	 industrial,	 doméstica,	
hospitalar,	 comercial,	 agrícola,	 de	 serviços	 e	 de	 varrição.	 Ficam	
incluídos	 nesta	 definição	 os	 lodos	 provenientes	 de	 sistemas	 de	
tratamento	de	água,	aqueles	gerados	em	equipamentos	e	instalações	
de	 controle	 de	 poluição,	 bem	 como	 determinados	 líquidos	 cujas	
particularidades	tornem	 inviável	o	seu	 lançamento	na	 rede	pública	
de	esgotos	ou	corpos	de	água,	ou	exijam	para	isso	soluções	técnicas	
e	economicamente	inviáveis	em	face	a	melhor	tecnologia	disponível	
(ABNT,	2004a,	p.	1).	
De	acordo	com	a	NBR	10004,	fica	evidente	a	diversidade	e	complexidade	dos	
resíduos	sólidos.	Os	Resíduos	Sólidos	Urbanos	(RSU)	compreendem	aqueles	produzidos	
pelas	 inúmeras	 atividades	 desenvolvidas	 em	 áreas	 com	 aglomerações	 humanas	 do	
Um dos grandes desafios do país é agregar valor ao lixo, tornando-o 
economicamente viável. Para isso, um conjunto de práticas não excludentes 
pode ser utilizado, como: tratamento dos orgânicos, reciclagem, produção 
de biogás ou de Combustível Derivado do Resíduo (CDR) e produção de 
energia elétrica. 
FONTE: <https://bit.ly/3lChkeD>. Acesso em: 31 maio 2021.
IMPORTANTE
9
Diferenciação entre os termos resíduos sólidos e lixo:
O Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda descreve que “lixo é tudo aquilo 
que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor”. Já o 
termo “resíduos sólidos” refere-se a componentes agregados que podem 
ser separados, reciclados ou reaproveitados, com um potencial econômico 
agregado respeitável (TAVARES, 2008, p. 6).
IMPORTANTE
município,	abrangendo	resíduos	de	origens	diversas,	como:	residencial,	comercial,	de	
estabelecimentos	 de	 saúde,	 industriais,	 da	 limpeza	 pública	 (varrição,	 capina,	 poda	 e	
outros),	da	construção	civil	e,	finalmente,	os	agrícolas.	Acadêmico,	agora	que	definimos	
resíduos	 sólidos,	 veremos	 como	 se	 classificam	 estes	 resíduos	 quanto	 a	 origem,	
composição	química	e	os	riscos	de	contaminação.
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
A	classificação	de	 resíduos	 envolve	 a	 identificação	do	processo	 ou	 atividade	
que	lhes	deu	origem	e	de	seus	constituintes	e	características	e	a	comparação	destes	
constituintes	com	listagens	de	resíduos	e	substâncias	cujo	impacto	à	saúde	e	ao	meio	
ambiente	é	conhecido	(ABNT,	2004a).	
De	acordo	com	a	NBR	10004,	a	segregação	dos	resíduos	na	fonte	geradora	e	a	
identificação	da	sua	origem	são	partes	integrantes	dos	laudos	de	classificação,	em	que	
a	descrição	de	matérias-primas,	de	insumos	e	do	processo	no	qual	o	resíduo	foi	gerado	
devem	ser	explicitados	(ABNT,	2004a).
3.1.1 Quanto a origem
Segundo	 Monteiro	 et al.	 (2001),	 a	 origem	 é	 o	 principal	 elemento	 para	 a	
caracterização	dos	resíduos	sólidos.	Segundo	este	critério,	os	diferentes	tipos	de	 lixo	
podem	ser	agrupados	em	cinco	classes,	a	saber:
•	 Lixo	doméstico	ou	residencial.	
•	 Lixo	comercial.
•	 Lixo	público.	
•	 Lixo	 domiciliar	 especial	 (exemplo:	 entulho	 de	 obras	 pilhas	 e	 baterias,	 lâmpadas	
fluorescentes,	pneus.	
•	 Lixo	de	fontes	especiais	 (lixo	 industrial,	 lixo	radioativo,	 lixo	de	portos,	aeroportos	e	
terminais	rodoferroviários,	lixo	agrícola	e	resíduos	de	serviços	de	saúde).	
O	Quadro	1	apresenta	exemplos	das	fontes	de	geração	de	resíduos	sólidos	urbanos.	
10
QUADRO 1 – FONTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS EM UMA COMUNIDADE.
Fonte
Instalações, atividades 
ou locais típicos onde os 
resíduos são gerados
Tipos de resíduos sólidos
Residencial
moradias	unifamiliares	
e	multifamiliares,	
apartamentos	de	baixa,	
média	e	alta	densidade	etc.
resíduos	de	alimentos,	papel	cartão,	plásticos,	
têxteis,	couro,	resíduos	de	jardim,	madeira,	
vidro,	latas,	alumínio,	outros	metais,	cinzas,	
folhas	de	rua,	resíduos	especiais	(incluindo	
itens	volumosos,	eletrônicos	de	consumo,	
produtos	da	linha	branca,	resíduos	de	jardim	
coletados	separadamente,	baterias,	óleo	e	
pneus)	e	resíduos	domésticos	perigosos
Comercial
Lojas,	restaurantes,	
mercados,	edifícios	de	
escritórios,	hotéis,	motéis,	
tipografias,	estações	de	
serviço,	oficinas	mecânicas	
etc.
Papel,	papelão,	plásticos,	madeira,	resíduos	
alimentares,	vidro,	resíduos	de	metal,	cinzas,	
resíduos	especiais	(ver	anterior),	resíduos	
perigosos	etc.
Institucional
Escolas,	hospitais,	prisões,	
centros	governamentais	etc.
Igual	ao	comercial
Industrial	
(resíduos	não	
processados)
Construção,	fabricação,	
manufatura	leve	e	pesada,	
refinarias,	usinas	químicas,	
usinas	de	energia,	demolição	
etc.
Papel,	papelão,	plásticos,	madeira,	resíduos	
alimentares,	vidro,	resíduos	de	metal,	cinzas,	
resíduos	especiais	(ver	anterior),	resíduos	
perigosos	etc.
Resíduos	
sólidos	
municipais*
Todos	os	anteriores Todos	os	anteriores
Construção	e	
demolição
Novos	locais	de	construção,	
reparo	de	estradas,	
demolição	de	edifícios,	
pavimentação	quebrada	etc.
Madeira,	aço,	concreto,	sujeira	etc.
Serviços	
municipais	
(excluindo	
instalações	de	
tratamento)
Limpeza	de	ruas,	paisagismo,	
parques	e	praias,	outras	
áreas	recreativas	etc.
Resíduos	especiais,	lixo,	varredura	de	ruas,	
paisagem	e	aparas	de	árvores,	resíduos	de	
entulhos;	Resíduos	gerais	de	parques,	praias	e	
áreas	de	lazer
Instalações	de	
tratamento
Água,	águas	residuais,	
processos	de	tratamento	
industrial	etc.
Resíduos	da	estação	de	tratamento,	
principalmente	compostos	por	lodos	residuais	
e	outros	materiais	residuais
Industrial
Construção,	fabricação,	
manufatura	leve	e	pesada,	
refinarias,	fábricas	de	
produtos	químicos,	usinas	de	
energia,	demolição	etc.
Resíduos	de	processos	industriais,	sucata	etc.;	
resíduos	não	industriais,	incluindo	resíduos	
alimentares,	lixo,	cinzas,	demolição	e	resíduos	
de	construção,	resíduos	especiais	e	resíduos	
perigosos
Agrícola
Culturas	de	campo,	pomares,	
vinícolas,	laticínios,	fazendas	
etc.
Resíduos	de	alimentos	estragados,	resíduos	
agrícolas,	lixo	e	resíduos	perigosos
*	O	termo	Resíduo	Sólido	Municipal	é	normalmente	considerado	como	incluindo	todos	os	
resíduos	gerados	em	uma	comunidade,	com	exceção	dos	resíduos	gerados	por	serviços	
municipais,	estações	de	tratamento	e	processos	industriais	e	agrícolas.
FONTE: Tchobanoglous e Kreith (2002, p. 21)
11
3.1.2 Quanto a composição química 
Quanto	a	composição	química,	podemos	diferenciar	os	resíduos	como	orgânicos	
e	inorgânicos.	O	Quadro	2	apresenta	a	classificação	dos	resíduos	sólidos	quanto	a	sua	
composição	química.	
QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO A COMPOSIÇÃO QUÍMICA.
Orgânicos:	composto	por	elementos	biodegradáveis	(que	podem	ser	atacados	por	
microrganismos	decompositores).	Ex.:	restos	de	comida,	sobras	de	madeira	etc.	Inclui	
também	o	papel,	que	é	fabricado	a	partir	de	fibra	vegetal,	mas,	na	maioria	das	vezes,	é	tratado	
separadamente	para	facilitar	o	processo	de	reciclagem.
Inorgânicos
Plástico Predominantemente	produzido	a	partir	do	petróleo.
Metal Produzido	a	partir	da	extração	de	minérios.
Vidro Produzido	a	partir	de	areia	e	sílica.
Borracha Produzida	a	partir	do	látex	vegetal	e	do	petróleo.
Outros
Incluem	resíduos	compostos	por	mais	de	um	tipo	de	material,	como	
embalagens	do	tipo	longa-vida,	compostas	de	papel,	metal	e	plástico;	
embalagens	laminadas	compostas	de	plástico	e	metal.
FONTE: Sistema FIRJAN (2006, p. 7)
3.1.3 Quanto aos riscos de contaminação
O	Quadro	3	apresenta	a	classificação	dos	resíduos	sólidos,	de	acordo	com	a	NBR	
10004,	quanto	aos	potenciais	riscosde	contaminação	do	meio	ambiente.	
QUADRO 3 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO AO RISCO DE CONTAMINAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO	DOS	
RESÍDUOS
CLASSE I CLASSE	II
PERIGOSOS
NÃO	PERIGOSOS,	subdivididos	em:
A – Não Inertes 
B – Inertes 
FONTE: Menezes (2014, p. 15)
As	 propriedades	 e	 exemplos	 relativos	 à	 classe	 de	 resíduos	 perigosos	 e	 não	
perigosos	são	apresentadas	no	Quadro	4	e	no	Quadro	5,	respectivamente.	
12
FONTE: Sistema FIRJAN (2006, p. 7)
FONTE: Sistema FIRJAN (2006, p. 8)
QUADRO 4 – RESÍDUOS CLASSE I – PERIGOSOS
QUADRO 5 – RESÍDUOS CLASSE II – NÃO PERIGOSOS
RESÍDUOS CLASSE I - PERIGOSOS
Os	 resíduos	 classe	 I	 –	 Perigosos	 são	 aqueles	 cujas	 propriedades	 físicas,	 químicas	 ou	
infectocontagiosas	 podem	 acarretar	 riscos	 à	 saúde	 pública	 e/ou	 riscos	 ao	 meio	 ambiente,	
quando	 o	 resíduo	 for	 gerenciado	 de	 forma	 inadequada.	 Para	 que	 um	 resíduo	 seja	 apontado	
como	classe	 I,	 ele	deve	estar	 contido	nos	anexos	A	ou	B	da	NBR	 10004	ou	apresentar	uma	
ou	mais	das	seguintes	características:	inflamabilidade,	corrosividade,	reatividade,	toxicidade	e	
patogenicidade.	Os	métodos	de	avaliação	dos	resíduos,	quanto	às	características	anteriormente	
listadas,	estão	descritos	em	detalhes	na	NBR	10004	ou	em	normas	técnicas	complementares	e	
são	amplamente	aceitos	e	conhecidos	no	Brasil.
EXEMPLOS DE RESÍDUOS CLASSE I – PERIGOSOS
ÓLEO	LUBRIFICANTE	USADO	OU	CONTAMINADO;
ÓLEO	DE	CORTE	E	USINAGEM	USADO;
EQUIPAMENTOS	DESCARTADOS	CONTAMINADOS	COM	ÓLEO;
LODOS	DE	GALVANOPLASTIA;
LODOS	GERADOS	NO	TRATAMENTO	DE	EFLUENTES	LÍQUIDOS	DE	PINTURA	INDUSTRIAL;
EFLUENTES	 LÍQUIDOS	 OU	 RESÍDUOS	 ORIGINADOS	 DO	 PROCESSO	 DE	 PRESERVAÇÃO	 DA	
MADEIRA;
ACUMULADORES	ELÉTRICOS	A	BASE	DE	CHUMBO	(BATERIAS);
LÂMPADA	COM	VAPOR	DE	MERCÚRIO	APÓS	O	USO	(FLUORESCENTES).
RESÍDUOS CLASSE II - NÃO PERIGOSOS
De	acordo	com	a	NBR	10004,	os	resíduos	classe	II	–	Não	perigosos	dividem-se	em:	Resíduos	
Classe	II	-	A	Não	inertes;	e	resíduos	classe	II	B	-	Inertes.	Os	resíduos	classe	II	A	–	Não	inertes	
podem	apresentar	propriedades	como	biodegradabilidade,	combustibilidade	ou	solubilidade	em	
água.	
Os	Resíduos	Classe	 II	 -	B	 Inertes	 são,	 segundo	 as	NBRs	 10006	e	 10007,	 quaisquer	 resíduos	
que,	quando	amostrados	de	uma	forma	representativa,	e	submetidos	a	um	contato	dinâmico	
e	estático	com	água	destilada	ou	desionizada,	à	temperatura	ambiente,	não	tiverem	nenhum	
de	seus	constituintes	solubilizados	a	concentrações	superiores	aos	padrões	de	potabilidade	de	
água,	excetuando-se	aspecto,	cor,	turbidez,	dureza	e	sabor,	conforme	anexo	G,	da	NBR	10004.
 
EXEMPLOS DE RESÍDUOS CLASSE II A – 
NÃO INERTES
EXEMPLOS DE RESÍDUOS CLASSE II B – 
INERTES
O LIXO COMUM GERADO EM QUALQUER 
UNIDADE INDUSTRIAL (PROVENIENTE DE 
RESTAURANTES, ESCRITÓRIOS, BANHEIROS 
ETC.) É NORMALMENTE CLASSIFICADO COMO 
CLASSE II A – NÃO INERTE.
PARA DETERMINAR COM PRECISÃO O 
ENQUADRAMENTO NESTA CATEGORIA, 
O RESÍDUO NÃO DEVE CONSTAR NOS 
ANEXOS DA NBR 10004, NÃO PODE ESTAR 
CONTAMINADO COM NENHUMA SUBSTÂNCIA 
DOS ANEXOS C, D OU E DA NORMA E SER 
TESTADO DE ACORDO COM TODOS OS 
MÉTODOS ANALÍTICOS INDICADOS.
13
Para ver os anexos C, D e E da NBR 10004, referente à classificação dos 
resíduos sólidos, acesse: https://bit.ly/3MLHveR.
IMPORTANTE
A	 Figura	 1	 apresenta	 um	 fluxograma	 orientativo	 para	 a	 caracterização	 e	 a	
classificação	de	resíduos,	segundo	a	NBR	10004	(ABNT,	2004a).	
FIGURA 1 – CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS.
FONTE: ABNT (2004a, p. 6)
Resíduo
Não
Não
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
O	resíduo	tem	origem	
conhecida?
Consta	nos	anexos	
A	ou	B?
Resíduo	perigoso	
classe	I
Resíduo	inerte	
classe	II	B
Resíduo	não-inerte	
classe	II	B
Resíduo	não	perigoso	
classe	II
Tem	características	de:
inflamabilidade,
corrosividade,
reatividade,
toxicidade	ou
patogenicidade?
Possui	constituintes	
que	são	solubilizados	
em	concentrações	
superiores	ao	anexo	G?
14
De	acordo	com	o	fluxograma	da	Figura	 1,	 para	 se	 realizar	 a	 caracterização	e	
a	 classificação	 do	 resíduo,	 é	 necessário,	 primeiro,	 identificar	 o	 processo	 gerador	 do	
resíduo.	Em	seguida,	deve-se	realizar	a	verificação	das	características	de	inflamabilidade,	
corrosividade,	reatividade,	toxicidade	ou	patogenicidade	do	resíduo.
Caso	 o	 resíduo	 seja	 enquadrado	 desfavoravelmente	 em	 um	 dos	 cinco	
requisitos	anteriormente	citados	(inflamabilidade,	corrosividade,	reatividade,	toxicidade	
e	patogenicidade),	ele	será	classificado	como	Classe	I	-	Perigoso.	Caso	nenhuma	das	
condições	desfavoráveis	citadas	se	verifique,	deve-se	realizar	o	ensaio	de	solubilização	
do	 resíduo,	 de	 acordo	 com	 a	 NBR	 10006:	 2004	 (ABNT,	 2004b).	 Caso	 o	 resíduo	 não	
possua	 nenhum	 constituinte	 solubilizado	 em	 concentrações	 superiores	 aos	 padrões	
de	 potabilidade	 da	 água,	 conforme	 o	 Anexo	 G	 da	 NBR	 10004,	 (2004a),	 o	 resíduo	
será	 classificado	 como	Classe	 II	 B	 -	 Inerte.	 Os	 resíduos	 que	 não	 se	 enquadram	nas	
classificações	Classe	 I	 e	Classe	 II	B	da	NBR	 10004	 (ABNT,	2004a),	 são	considerados	
Classe	II	A	-	Não-Inertes,	os	quais	podem	ter	características	como	biodegradabilidade,	
combustibilidade	ou	solubilidade	em	água	(KAMINSKI,	2007).	
3.2 CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 
– RSU
Para	 identificar	 as	 características	 exatas	 dos	 resíduos	 sólidos,	 é	 necessário	
analisá-los	 de	 acordo	 com	 parâmetros	 físicos,	 químicos	 e	 biológicos.	 Essas	
características	podem	variar	conforme	os	aspectos	sociais,	econômicos,	geográficos	e	
climáticos	ou	seja,	os	mesmos	fatores	que	também	diferenciam	as	comunidades	entre	
si	(MONTEIRO	et al.,	2001).	A	seguir,	serão	apresentadas	as	características	biológicas,	
químicas	e	físicas	dos	resíduos	sólidos	urbanos.	
• Características biológicas dos RSU
De	acordo	com	Melo	 (2015)	as	espécies	microbiológicas	presentes	na	massa	
residual	determinam	as	características	biológicas	presente	nos	resíduos.	A	degradação	
microbiológica	 da	 matéria	 orgânica	 se	 dá	 em	 ambiente	 de	 aerobiose	 (presença	 de	
oxigênio)	 e	 em	 anaerobiose	 (ausência	 de	 oxigênio)	 existindo	 ainda	microorganismos	
que	 se	 adaptam	 a	 condição	 intermediária.	 “Os	 grupos	 de	 bactérias	 presentes	 na	
Quando um resíduo tem origem desconhecida, ou seja, quando se tem 
pouca informação das atividades que lhe deram origem, o trabalho para 
classificá-lo é muito mais complexo. A experiência e o bom senso do técnico 
são fundamentais, pois é a partir deste conhecimento que serão definidas 
quais características e substâncias devem ser pesquisadas (KAMINSKI, 2007).
IMPORTANTE
15
decomposição	 anaeróbia	 da	 matéria	 orgânica	 são	 as	 bactérias	 fermentativas,	
acetogênicas	produtoras	de	H2,	acetogênicas	consumidoras	de	H2	e	as	metanogênicas”	
(SILVA,	A.,	2013,	p.	26).
Segundo	 Zanta	 e	 Ferreira	 (2003),	 além	 desses	 microrganismos,	 os	 resíduos	
sólidos	contaminados	com	dejetos	humanos	e	de	animais	domésticos;	os	resíduos	de	
serviços	de	saúde;	e	os	lodos	de	estação	de	tratamento	de	esgoto	podem	ser	fontes	de	
microrganismos	patogênicos.	No	entanto,	ainda	são	escassos	os	estudos	que	avaliam	a	
ocorrência	desses	microrganismos.
• Características químicas dos RSU
O	conhecimento	das	características	químicas	dos	RSU	possibilita	a	seleção	de	
processos	de	 tratamento	e	 técnicas	de	disposição	final.	Algumas	das	características	
básicas	de	interesse	são:	poder	calorífico,	pH,	composição	química	(nitrogênio,	fósforo,	
potássio,	enxofre	e	carbono)	e	relação	teor	de	carbono/nitrogênio,	sólidos	totais	fixos,	
sólidos	voláteis	e	teor	de	umidade	(ZANTA;	FERREIRA,	2003).	
O	poder	calorífico	indica	a	capacidade	de	um	material	desprender	determinada	
quantidade	de	calor	quando	submetido	à	combustão.	Para	os	RSU,	esse	poder	calorífico	
médio	situa	na	faixa	de	5.000	kcal/kg.	O	Potencial	Hidrogeniônico	(pH),	um	parâmetro	
que	 indica	 o	 teor	 de	 acidez	 ou	 alcalinidade	 dos	 resíduos	 para	 os	 RSU,	 geralmente,	
encontra-se	na	faixa	de	5	a	7.	A	composição	química	consistena	determinação	dos	
teores	de	cinzas,	matéria	orgânica,	carbono,	nitrogênio,	potássio,	cálcio,	fósforo,	resíduo	
mineral	 total,	 resíduo	 mineral	 solúvel	 e	 gorduras.	 Já	 a	 relação	 Carbono/Nitrogênio	
(C:N)	 indica	 o	 grau	 de	 decomposição	 da	matéria	 orgânica	 do	 lixo	 nos	 processos	 de	
tratamento/disposição	final.	 Em	geral,	 essa	 relação	encontra-se	na	ordem	de	35/1	a	
20/1	(MELO,	2015).	
• Caraterísticas físicas 
As	 características	 físicas	 são	 fundamentais	 para	 a	 gestão	 dos	
resíduos	sólidos,	 sendo	desde	o	dimensionamento	de	unidades	de	
tratamento,	 utilização	 da	 melhor	 tecnologia	 de	 tratamento	 até	 a	
configuração	 e	 operação	 dos	 locais	 de	 disposição	 final	 (BARROS,	
2012).	Conforme	a	NBR	10.004	da	ABNT,	os	resíduos	sólidos	podem	
ser	 classificados	 seguindo	 suas	 características.	 Dentre	 os	 mais	
importantes	 incluem	geração	per	capita,	 composição	gravimétrica,	
peso	específico	aparente,	 teor	de	umidade,	 capacidade	de	campo,	
granulometria,	temperatura	e	compressibilidade	(MELO,	2015,	p.	12).
• Teor de umidade 
O	teor	de	umidade	é	um	parâmetro	que	 representa	a	variação	do	percentual	
de	 líquido	 dos	 RSU,	 que	 pode	 ser	 expresso	 com	 uma	 relação	 de	 volume	 (unidade	
volumétrica)	ou	de	massa	(unidade	gravimétrica)	(MOTTA,	2011).	
16
Segundo	 Firmo	 (2013	 apud	 MELO,	 2015)	 esse	 parâmetro	 é	 fundamental	 na	
avaliação	 dos	 resíduos,	 pois	 influencia	 diretamente	 nas	 propriedades	 mecânicas,	
químicas	e	na	velocidade	de	degradação	dos	resíduos.	
O	teor	de	umidade	também	varia	de	acordo	com	a	composição	gravimétrica,	
a	 profundidade	 onde	 está	 disposto,	 pluviometria	 e	 condições	 de	 drenagem	 interna	
e	superficial	do	maciço.	O	teor	de	umidade	 inicial	é	altamente	variável	e	pode	mudar	
dependendo	do	clima	e	das	condições	de	armazenamento.	Embora	possa	variar	entre	
15	a	40%,	o	teor	de	umidade	inicial	dos	RSU	é	normalmente	cerca	de	20	%	(ECK,	2000).	
O	teor	de	umidade	é	obtido	através	da	diferença	de	pesagem	da	amostra	do	
resíduo	intacto	e	da	mesma	amostra	desidratada	numa	mufla	a	105 °C.	O	teor	de	umidade	
pode	ser	calculado,	de	acordo	com	Russo	(2003),	através	da	Equação	(1):	
𝐻 = 𝑊−𝑑
𝑊
× 100 Equação (1)
𝐸𝑚 𝑞𝑢𝑒:
H = Teor de umidade em %
W = Peso da amostra intacta em gramas g
d = peso da amostra após desidratação a 105℃, g
Na	Tabela	2,	são	apresentados	os	valores	do	peso	específico	e	o	teor	de	umidade	
de	diversos	constituintes	dos	 resíduos	 sólidos	domésticos,	 urbanos,	 da	 indústria,	 do	
comércio	e	da	agricultura.
TABELA 2 – PESO ESPECÍFICO E TEOR DE UMIDADE DE 
DIVERSOS CONSTITUINTES DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Tipo de resíduo
Peso específico (kg/m3)
Conteúdo em umidade (% 
do peso)
Intervalo Valor típico Intervalo Valor típico
Residencial s/compactação
Restos	de	comida 130	-	480 290 50	-	80 70
Papel 42-130 89 4-10 6
Plásticos 42-130 65 1-4 2
Têxteis 42-100 65 6-15 10
Borracha 100-200 130 1	-	4 2
Couro 100-261 160 8-12 10
Resíduos	de	jardins 59	-	225 100 30	-	80 60
Madeira 130	-	285 237 15	-	40 20
Vidro 159	-	480 146 1	-	4 2
Latas 50	-	159 89 2	-	4 3
Alumínio 65	-	240 160 2-4 2
Outros	metais 130	-	751 320 2-4 3
Lixos,	cinzas	etc. 320	-	1000 480 6-12 8
Cinzas 650	-	831 744 6-12 6
17
RSU:
No	caminhão	compactado 178	-	451 297 15-40 20
Em	Aterro	Sanitário:
Compactação	normal 362	-	498 451 15-40 25
Bem	compactado 590	-	742 599 15-40 25
Comerciais
Restos	de	comidas	úmido 475	-	949 540 50-80 70
• Compressividade 
A	compressividade	é	a	 redução	do	volume	do	 resíduo	quando	compactado.	
É	 fundamental	 a	 realização	 desse	 processo	 no	 aterro,	 pois	 prolonga	 a	 vida	 útil	 da	
área	de	destinação	final.	Quando	submetido	a	uma	pressão	de	4	kg/cm²,	o	volume	
do	lixo	pode	ser	reduzido	de	um	terço	(1/3)	a	um	quarto	(1/4)	do	seu	volume	original	
(HABITZREUTER,	2008).
• Temperatura 
A	temperatura	dentro	de	uma	massa	de	resíduos	é	de	fundamental	importância,	
principalmente	no	que	se	refere	à	atividade	microbiana.	Trata-se	do	parâmetro	físico	que	
indica	o	balanço	de	energia	térmica	na	massa	de	lixo	e,	em	geral,	menores	temperaturas	
significam	menor	atividade	microbiológica	e	menores	taxas	de	conversão	do	material	
orgânico	presente	nos	RSU	através	da	ação	bioquímica	de	microrganismos.	
A	temperatura	é	de	grande	importância	para	promover	a	degradação	biológica,	
já	que	afeta	tanto	o	crescimento	de	bactérias,	como	altera	a	velocidade	das	reações	
químicas.	Essas	variações	de	temperatura	determinam	os	tipos	de	micro-organismos	
existentes	e	o	nível	de	produção	de	gás	(SILVA,	A.,	2013).	
• Composição Gravimétrica 
Segundo	 Motta	 (2011),	 a	 composição	 gravimétrica	 dos	 RSU	 consiste	 na	
caracterização	da	 disposição	 percentual	 em	peso	dos	 seus	 principais	 componentes,	
tais	como	matéria	orgânica,	papel,	papelão,	plásticos,	metais,	vidros,	entre	outros.	
A	composição	gravimétrica	traduz	o	porcentual	de	cada	componente	em	relação	
ao	peso	total	da	amostra	de	lixo	analisada,	definindo,	portanto,	a	composição	do	lixo.
A	 composição	 gravimétrica	 de	 um	 aterro	 de	 Resíduos	 Sólidos	 (RS)	 é	 uma	
informação	 básica	 para	 o	 monitoramento	 e	 avaliação	 de	 projetos	 ambientais.	 A	
obtenção	dessa	informação	é	dificultada	pela	 inexistência	de	procedimentos	padrões	
de	 amostragem,	 pela	 heterogeneidade	 dos	 RSU	 e	 pela	 forma	 de	 disposição	 desses	
resíduos	ou	tipo	de	aterro,	entre	outros	fatores	(MATTEI;	ESCOSTEGUY,	2007).	
FONTE: Russo (2003, p. 46)
18
De	acordo	com	Silveira	(2004,	p.	15):	
A	 caracterização	 da	 massa	 de	 lixo	 é	 feita	 por	 meio	 de	 processo	
de	amostragem	para	seleção	e	mensuração	dos	componentes	da	
massa,	determinando	a	relação	entre	o	peso	de	cada	componente	
presente	 na	 amostra	 e	 o	 peso	 da	 massa	 considerada.	 Neste	
processo,	as	amostras	devem	ser	representativas	para	que,	durante	
a	análise,	apresentem	as	mesmas	características	e	propriedades	da	
sua	massa	total.	
A	composição	gravimétrica	ou	composição	física	dos	resíduos	pode	ser	obtida	
por	meio	da	triagem,	separando-se	os	materiais	nas	classes	indicadas	no	Quadro	6.
QUADRO 6 – PLANILHA PARA A DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DO LIXO MUNICIPAL
Componente Peso (Kg) Porcentagem (%)
Borracha
Couro
Madeira
Matéria	orgânica
Metais	ferrosos
Metais	não-ferrosos
Papel
Papelão
Plástico	duro
Plástico	filme
Trapos
Vidro
Outros	materiais
FONTE: Adaptado de Silveira (2004)
Após	a	separação,	pesa-se	cada	classe	obtida	e	calcula-se	as	porcentagens	
individuais.	Por	exemplo,	conforme	a	Equação	2:	
𝑃𝑎𝑝𝑒𝑙 % = 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙 (𝐾𝑔)
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 (𝐾𝑔)
𝑋100 Equação (2)
A	título	de	ilustração,	O	Gráfico	4	apresenta	um	panorama	geral	da	composição	
gravimétrica	 dos	 resíduos	 sólidos	 no	 Brasil	 e	 no	 mundo.	 Com	 base	 na	 composição	
gravimétrica,	 determina-se	 o	 teor	 de	 matéria	 orgânica,	 parâmetro	 importante	 para	
projetos	de	drenagem	de	gases	e	percolados		(HABITZREUTER,	2008).
19
TABELA 3 – COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RSU NO BRASIL
GRÁFICO 4 – COMPOSIÇÃO PERCENTUAL MÉDIA DO RESÍDUO DOMICILIAR DE ALGUNS PAÍSES
FONTE: Habitzreuter (2008, p. 19)
FONTE: Adaptado de ABRELPE (2019)
Para	Alcântara	(2007),	o	conhecimento	da	composição	dos	RSU	permite	uma	
avaliação	preliminar	 da	 sua	degradabilidade,	 do	poder	 de	 contaminação	 ambiental	 e	
das	possibilidades	de	reutilização,	reciclagem	e	valorização	energética	e	orgânica	dos	
resíduos	 sólidos	 urbanos.	 Sendo,	 portanto,	 de	 grande	 importância	 na	 definição	 das	
tecnologias	mais	adequadas	ao	tratamento	e	disposição	final	dos	resíduos.	
A	Tabela	3	apresenta	a	composição	gravimétrica	dos	RSU	no	Brasil	de	acordo	
com	o	tipo	de	material,	o	percentual	de	participação	de	cada	material	e	a	quantidade	de	
RSU	gerada	em	toneladas	por	ano.	
Material Participação (%) Quantidade (t/ano)
Metais	 2,9 1.610.499
Papel,	papelão,	embalagens	
cartonadas	
13,1 7.275.012
Plásticos	 13,5 7.497.149
Vidro	 2,4 1.332.82
Matéria	orgânica	 51,4 28.544.702Rejeitos	 16,7 9.274.251
TOTAL	 100 55.534.440
Analisando	a	Tabela	3,	é	possível	perceber	que	no	Brasil	predomina	o	teor	de	
matéria	orgânica	normalmente	acima	de	50%.	O	alto	percentual	de	matéria	orgânica	é	
típico	de	países	menos	desenvolvidos	devido,	principalmente,	à	falta	de	preparo	prévio	
da	maioria	das	frutas	e	vegetais	que	vem	com	talos	e	folhas.	
20
3.2.1 Peso específico ou Densidade Aparante (ρ)
Peso	específico	aparente	é	o	peso	do	lixo	solto	em	função	do	volume	ocupado	
livremente,	 sem	 qualquer	 compactação,	 expresso	 em	 kg/m3.	 Sua	 determinação	 é	
fundamental	 para	 o	 dimensionamento	 de	 equipamentos	 e	 instalações	 (MONTEIRO,	
2001).	 O	 peso	 específico	 ou	 a	 densidade	 aparente	 (ρ)	 dos	 resíduos	 será	 obtida	 pela	
análise	da	amostra,	ainda	não	submetida	à	secagem.	Para	determinar	o	peso	específico,	
é	necessário	encher	um	recipiente	de	volume	conhecido	com	a	amostra	anteriormente	
preparada	e	pesar	o	material.	A	densidade	aparente	pode	então	ser	calculada	através	
da	Equação	3:	
ρ
kg
m3 = 
peso da amostra kg
volume do recipiente m3 Equação 3
Para	 Tabalipa	 e	 Fiori	 (2005)	 das	 características	 encontradas	 nos	
resíduos	sólidos,	a	mais	 importante	é	a	física,	uma	vez	que	sem	o	
seu	 conhecimento	 é	 praticamente	 impossível	 efetuar-se	 a	 gestão	
adequada	 dos	 serviços	 de	 limpeza	 urbana.	 A	 determinação	 da	
composição	física	serve	para	mostrar,	entre	outras,	as	potencialidades	
econômicas	 dos	 resíduos	 sólidos	 urbanos	 e	 avaliar	 todos	 os	 tipos	
de	material	reciclável,	obtendo,	dessa	forma,	um	perfil	dos	resíduos	
(MARTINS,	2009,	p.	39).	
“Na ausência de dados mais precisos, podem-se utilizar os valores de 230 
kg/m3 para o peso específico do lixo domiciliar, de 280 kg/m3 para o peso 
específico dos resíduos de serviços de saúde e de 1.300 kg/m3 para o peso 
específico de entulho de obras” (MONTEIRO, 2001, p. 35)
IMPORTANTE
A	seguir,	será	apresentado	um	exemplo	de	como	se	calcular	o	peso	específico.
Exemplo 1: 
Foi	realizada	uma	amostragem	dos	resíduos	que	seriam	dispostos	no	aterro	sanitário	do	
município	XX.	Para	isso,	foram	utilizados	os	resíduos	coletados	pelos	doze	caminhões	
responsáveis	pela	coleta	em	todos	os	bairros,	nos	períodos	diurno	e	noturno.	
Após	o	processo	de	quarteamento,	cerca	de	1	m3	de	resíduos	foram	separados	para	a	
caracterização	física,	dispostos	em	cinco	latões	de	200	litros	cada,	conforme	a	Tabela	
4.	Determine	a	densidade	aparente	dos	resíduos.	
21
2°	PASSO:	calcular	a	densidade	aparente	através	da	Equação	3.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Latão (nº) Tara (kg) Volume (m3) Latão + lixo (kg)
1 9,4 0,2 56,78
2 9,6 0,2 56,86
3 10 0,2 57,67
4 9,2 0,2 56,22
5 9,8 0,2 58,12
Densidade aparente 
kg
m3 = 
peso da amostra (kg)
volume do recipiente (m3)
1°	 PASSO:	 subtrairemos	 o	 valor	 da	 tara	 no	 peso	 somado	 do	 latão	 +	 lixo	 e,	 assim,	
obteremos	o	peso	da	amostra	(kg).
Latão (nº) Tara (kg) Latão + lixo (kg) Massa final
1 9,4 56,78 47,38
2 9,6 56,86 47,26
3 10 57,67 47,67
4 9,2 56,22 47,02
5 9,8 58,12 48,32
Latão 1: 𝜌 = 47,38 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,9 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 2: 𝜌 = 47,26 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,3 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 3: 𝜌= 47,67 𝑘𝑔
0, 2 𝑚3
= 238,35 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 4: 𝜌 = 47,02 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 235 ,1 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 5: 𝜌 = 48,32 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 241 ,6 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 1: 𝜌 = 47,38 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,9 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 2: 𝜌 = 47,26 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,3 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 3: 𝜌= 47,67 𝑘𝑔
0, 2 𝑚3
= 238,35 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 4: 𝜌 = 47,02 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 235 ,1 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 5: 𝜌 = 48,32 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 241 ,6 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 1: 𝜌 = 47,38 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,9 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 2: 𝜌 = 47,26 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,3 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 3: 𝜌= 47,67 𝑘𝑔
0, 2 𝑚3
= 238,35 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 4: 𝜌 = 47,02 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 235 ,1 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 5: 𝜌 = 48,32 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 241 ,6 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 1: 𝜌 = 47,38 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,9 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 2: 𝜌 = 47,26 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,3 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 3: 𝜌= 47,67 𝑘𝑔
0, 2 𝑚3
= 238,35 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 4: 𝜌 = 47,02 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 235 ,1 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 5: 𝜌 = 48,32 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 241 ,6 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 1: 𝜌 = 47,38 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,9 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 2: 𝜌 = 47,26 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 236 ,3 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 3: 𝜌= 47,67 𝑘𝑔
0, 2 𝑚3
= 238,35 𝑘𝑔/𝑚3
 
Latão 4: 𝜌 = 47,02 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 235 ,1 𝑘𝑔/𝑚3
Latão 5: 𝜌 = 48,32 𝑘𝑔
0 ,2 𝑚3
= 241 ,6 𝑘𝑔/𝑚3
FONTE: O autor
Latão (nº) Massa final (kg) 
1 47,38 236,9
2 47,26 236,3
3 47,67 238,35
4 47,02 235,1
5 48,32 241,6
𝝆 𝒌𝒈/𝒎𝟑
22
FONTE: Monteiro et al. (2001, p. 34)
3.3 GERAÇÃO PER CAPITA 
De	acordo	com	Monteiro	et	al.	 (2001,	p.	33):	 “a	 ‘geração	per	capita’	 relaciona	
a	quantidade	de	 resíduos	urbanos	gerada	diariamente	e	o	número	de	habitantes	de	
determinada	região.	Muitos	técnicos	consideram	de	0,5	a	0,8	kg/hab.dia	como	a	faixa	de	
variação	média	para	o	Brasil”.	Na	ausência	de	dados	mais	precisos,	a	geração	per	capita	
pode	ser	estimada	através	da	Tabela	7.
TABELA 7 – FAIXAS MAIS UTILIZADAS DA GERAÇÃO PER CAPITA
Faixas mais utilizadas da geração per capita
Tamanho da cidade População urbana (habitantes)
Geração per capita
(kg/hab/dia)
Pequena Até	30	mil 0,50
Média De	30	mil	a	500	mil De	0,5	a	0,8
Grande De	500	mil	a	5	milhões De	0,80	a	1
Megalópole Acima	de	5	milhões Acima	de	1
“Um erro muito comum cometido por alguns técnicos é correlacionar a geração 
per capita somente ao lixo domiciliar (doméstico + comercial), ao invés de 
correlacioná-la aos resíduos urbanos (domiciliar + público + entulho), podendo 
até incluir os resíduos de serviços de saúde” (MONTEIRO et al., 2001, p. 34).
IMPORTANTE
A	seguir,	 apresentaremos	um	exemplo	de	geração	per	capita	para	que	você,	
acadêmico,	 possa	 entender	 como	 é	 determinada	 a	 quantidade	 de	 resíduos	 urbanos	
gerada	diariamente	de	acordo	com	o	número	de	habitantes.	
Exemplo 2: 
A	população	de	uma	cidade	é	de	20.000	habitantes.	Nela,	a	geração	per	capita	de	
lixo	obtida	por	um	processo	de	amostragem	é	de	0,76	kg/hab.dia.	O	aterro	da	cidade	
recebe	todo	o	lixo	coletado,	e	o	nível	de	atendimento	atual	dos	serviços	de	coleta	de	
lixo	é	de	85%,	com	a	compressividade	de	¼.	Com	base	nesses	dados,	a	quantidade	
de	lixo	que	atualmente	vai	para	o	aterro	da	cidade,	em	kg/dia,	é	
a)	(			)	 1.520.	
b)	(			)	 1.558.	
c)	(			)	 15.200.	
d)	(			)	 12.920.	
e)	(			)	 3.230.
Alternativa correta: letra “c”.
76
𝑘𝑔
ℎ𝑎𝑏.𝑑𝑖𝑎 × 20.000ℎ𝑎𝑏 = 15.200
𝑘𝑔
𝑑𝑖𝑎
23
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 A	 presença	 de	 resíduos	 acompanha	 o	 homem	 desde	 o	 início	 da	 sua	 existência.	
Com	o	desenvolvimento	 econômico,	 o	 crescimento	populacional,	 a	 urbanização	 e	
a	revolução	tecnológica,	houve	um	aumento	na	produção	de	resíduos	sólidos,	tanto	
em	quantidade	quanto	em	diversidade.	
•	 Os	 resíduos	 sólidos	 urbanos	 constituem	 uma	 preocupação	 ambiental	 ligada	 ao	
aumento	 na	 geração,	 à	 variedade	 de	 materiais	 descartados,	 e	 a	 dificuldade	 em	
encontrar	áreas	para	seu	depósito,	visto	que	a	geração	e	a	deposição	são	atividades	
diárias	da	população.
•	 A	composição	física	média	dos	resíduos	sólidos	urbanos	no	Brasil	é	muito	variável	e	é	
influenciada	por	vários	fatores,	como	desenvolvimento	econômico,	padrões	culturais,	
localização	geográfica,	fontes	de	energia	e	clima.
•	 Um	dos	grandes	desafios	do	país	é	agregar	valor	ao	lixo.	Para	isto,	um	conjunto	de	
práticas	não	excludentes	pode	ser	utilizado:	tratamento	dos	orgânicos,	reciclagem,	
produção	de	biogás	ou	de	CDR	e	produção	de	energia	elétrica.
•	 Resíduos	 sólidos	 são	 definidos	 como	 aqueles	 resíduos	 nos	 estados	 sólido	 e	
semissólido,	 que	 resultam	 de	 atividades	 da	 comunidade	 de	 origem	 industrial,	
doméstica,	hospitalar,	comercial,	agrícola,	de	serviços	e	de	varrição.	
•	 Quanto	à	composição	química,	podemos	diferenciar	os	resíduos	como	orgânicos	e	
inorgânicos.	
•	 A	 NBR	 10004	 classifica	 os	 resíduos	 sólidosquanto	 aos	 potenciais	 riscos	 de	
contaminação	do	meio	ambiente	em:	Classe	I	 (perigosos),	Classe	II	 (não	perigosos,	
subdivididos	em	A:	não	inertes	e	B:	inertes).	
•	 Para	identificar	as	características	exatas	dos	resíduos	sólidos,	é	necessário	analisá-
los	de	acordo	com	parâmetros	físicos,	químicos	e	biológicos.
•	 O	conhecimento	das	características	químicas	dos	resíduos	sólidos	urbanos	possibilita	
a	seleção	de	processos	de	tratamento	e	técnicas	de	disposição	final.
RESUMO DO TÓPICO 1
24
1	 Um	tecnólogo	em	gestão	ambiental	 é	 contratado	por	uma	pequena	 indústria	que	
gera,	 em	 seu	 processo	 produtivo,	 alguns	 tipos	 de	 resíduos	 sólidos.	Ao	 elaborar	 o	
plano	de	gerenciamento	de	resíduos	sólidos,	ele	recorre	à	NBR	10004:2004.	Analise	
as	afirmativas	a	seguir,	considerando	o	estabelecido	na	NBR	10004:2004.
I-	 Os	resíduos	sólidos	são	classificados	em	inertes	e	não	inertes,	sendo	que	os	inertes	
podem	ser	perigosos	e	não	perigosos.	
II-	 A	 classificação	 de	 um	 resíduo	 é	 realizada	 com	 base	 na	 identificação	 dos	 seus	
constituintes	e	no	processo	que	o	originou.	
III-	 A	segregação	dos	resíduos	na	fonte	geradora	e	a	identificação	da	sua	origem	são	
partes	 integrantes	dos	 laudos	de	classificação,	em	que	a	descrição	de	matérias-
primas,	de	insumos	e	do	processo	no	qual	o	resíduo	foi	gerado	devem	ser	explicitados.
IV-	Para	 que	 um	 resíduo	 seja	 como	 perigoso,	 ele	 deve	 estar	 contido	 nos	 anexos	 A	
ou	 B	 da	 NBR	 10004,	 ou	 apresentar	 uma	 ou	mais	 das	 seguintes	 características:	
inflamabilidade,	corrosividade,	reatividade,	toxicidade	e	patogenicidade.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:	
a)		(			)	 Somente	as	afirmativas	I,	II	e	III	estão	corretas.
b)	(			)	 Somente	as	afirmativas	II,	III	e	IV	estão	corretas.
c)		(			)	 Somente	as	afirmativas	II	e	IV	estão	corretas.
d)	(			)	 Somente	as	afirmativas	I	e	II	estão	corretas.	
2	 Resíduos	 sólidos	 são	 os	 resíduos	 nos	 estados	 sólido	 e	 semissólido,	 que	 resultam	
de	 atividades	 de	 origem	 industrial,	 doméstica,	 hospitalar,	 comercial,	 agrícola,	 de	
serviços	e	de	varrição.	A	classificação	de	resíduos	sólidos	envolve	a	identificação	do	
processo	ou	atividade	que	lhes	deu	origem,	de	seus	constituintes	e	características,	
e	a	comparação	destes	constituintes	com	listagens	de	resíduos	e	substâncias	cujo	
impacto	à	saúde	e	ao	meio	ambiente	é	conhecido.	Uma	das	classificações	dos	resíduos	
é	quanto	à	periculosidade	na	qual	está	baseada	em	função	de	suas	propriedades	
físicas,	químicas	ou	infectocontagiosas.	Diante	desse	contexto,	assinale	a	alternativa	
CORRETA	que	apresenta	a	classificação	dos	resíduos	sólidos	quanto	à	periculosidade,	
de	acordo	com	a	ABNT	NBR	10.004:
FONTE: <https://bit.ly/3MMrtBB>. Acesso em: 31 mar. 2020.
a)	 (			)	Perigosos,	não	perigosos,	não	inertes	e	inertes.
b)	(			)	Muito	perigosos,	perigosos	e	não	perigosos.
c)		(			)	Muito	perigosos,	perigosos,	neutros	e	não	perigosos.	
d)	(			)	Extremamente	perigosos,	muito	perigosos,	perigosos	e	não	perigosos.
AUTOATIVIDADE
25
3	 (IFRS,	2013)	Para	efeitos	da	norma	NBR	10004:2004,	da	ABNT,	os	resíduos	sólidos	são	
classificados	em:	Resíduos	classe	I	–	Perigosos;	Resíduos	classe	II	–	Não	perigosos,	
sendo	Resíduos	classe	II	A	–	Não	inertes	e	Resíduos	classe	II	B	–	Inertes.	Qual	das	
afirmações	a	seguir	NÃO	está	correta?	
FONTE: <https://bit.ly/3Nxfgke>. Acesso em: 27 maio 2021.
a)	(			)	 Para	 um	 resíduo	 ser	 classificado	 como	 classe	 I	 -	 Perigoso	 deverá	 apresentar	
todas	as	seguintes	características,	quais	sejam:	 inflamabilidade,	corrosividade,	
reatividade,	toxicidade	e	patogenicidade.	
b)	(			)	 Para	um	resíduo	ser	classificado	como	classe	II	B	-	Inerte	quando	submetido	a	
contato	com	água	à	temperatura	ambiente,	não	tiver	nenhum	de	seus	constituintes	
solubilizados	a	concentrações	superiores	aos	padrões	de	potabilidade	de	água,	
excetuando-se	aspecto,	cor,	turbidez,	dureza	e	sabor.	
c)	(			)	 Os	resíduos	classe	II	A	-	Não	inertes	podem	apresentar	propriedades,	tais	como:	
biodegradabilidade,	combustibilidade	ou	solubilidade	em	água.	
d)	(			)	 Com	base	nas	definições	propostas	na	NBR	10004:2004,	da	ABNT,	os	resíduos	
como	 retalhos	e	aparas	de	couro	com	cromo,	 lâmpadas	fluorescentes,	 pilhas,	
restos	 de	 tintas	 e	 cartuchos	 de	 impressora	 são	 classificados	 como	 resíduos	
classe	I.
4	 (CESGRANRIO,	2011)	A	população	de	uma	cidade	é	de	10.000	habitantes.	Nela,	a	
geração	per	capita	de	lixo	obtida	por	um	processo	de	amostragem	é	de	0,76	kg/hab.
dia.	O	único	aterro	da	cidade	recebe	todo	o	lixo	coletado,	e	o	nível	de	atendimento	
atual	dos	serviços	de	coleta	de	lixo	é	de	82%,	com	a	compressividade	de	¼.	Com	
base	nesses	dados,	a	quantidade	de	lixo	que	atualmente	vai	para	o	aterro	da	cidade,	
em	kg/dia,	é:	
FONTE: <https://bit.ly/3GgXxuT> Acesso em: 27 maio 2021. 
a)	 (			)	1.368.	
b)	(			)	1.558.	
c)	 (			)	6.232.	
d)	(			)	7.600.	
e)	 (			)	24.928.
5	 Os	 resíduos	 sólidos,	 quando	 não	 recebem	 disposição	 e	 tratamento	 adequados,	
podem	poluir	o	solo	e	as	águas	superficiais	e	subterrâneas.	Sobre	o	diagnóstico	dos	
resíduos	sólidos	no	Brasil,	considere	as	seguintes	afirmativas:
I-	 O	Brasil	está	entre	as	10	nações	que	menos	geram	resíduos	sólidos	urbanos	(RSU)	
no	mundo.	
II-	 A	média	mundial	de	geração	de	lixo	por	habitante	é	de	1	kg	por	dia.	Quanto	mais	rico	
é	o	país,	mais	lixo	é	gerado.	
26
III-	 Com	 o	 desenvolvimento	 econômico,	 o	 crescimento	 populacional,	 a	 urbanização	
e	a	 revolução	tecnológica,	vem	ocorrendo	um	aumento	na	produção	de	 resíduos	
sólidos,	 tanto	 em	quantidade	 como	 em	diversidade,	 principalmente	 nos	 grandes	
centros	urbanos.
IV-	No	Brasil,	a	geração	de	resíduos	sólidos	domiciliares	é	de	cerca	de	0,6	kg/hab.dia	e	
mais	0,3	kg/hab.dia	de	resíduos	de	varrição,	limpeza	de	logradouros	e	entulhos.	
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	 (			)	Somente	as	afirmativas	I,	II	e	III	são	verdadeiras.
b)	(			)	Somente	as	afirmativas	I,	III	e	IV	são	verdadeiras.
c)	 (			)	Somente	as	afirmativas	I	e	IV	são	verdadeiras.
d)	(			)	Somente	a	afirmativa	II,	III	e	IV	são	verdadeiras.
e)		(			)	Somente	as	afirmativas	I	e	III	são	verdadeiras.
6		A	NBR	 10004	é	 responsável	 pela	 classificação	dos	 resíduos	 sólidos.	A	qual	 classe	
pertencem	 os	 resíduos	 considerados	 perigosos,	 ou	 seja,	 aqueles	 que	 podem	
apresentar	riscos	à	saúde	pública	e/ou	ao	meio	ambiente?
a)	 (			)	Classe	I.
b)	(			)	Classe	II.
c)	 (			)	Classe	III.
d)	(			)	Classe	IV.
7		 (Adaptada	de	ENADE,	2016)	Observe	a	charge	a	seguir:
FONTE: <https://bit.ly/3adPTFv> Acesso em: 27 maio 2021.
A	 partir	 das	 ideias	 sugeridas	 pela	 charge,	 avalie	 as	 asserções	 a	 seguir	 e	 a	 relação	
proposta	entre	elas.	
I-		A	adoção	de	posturas	de	consumo	sustentável,	com	descarte	correto	dos	resíduos	
gerados,	favorece	a	preservação	da	diversidade	biológica.	
PORQUE
II-	Refletir	sobre	os	problemas	socioambientais	resulta	em	melhoria	da	qualidade	de	vida.	
27
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	 (			)	As	asserções	I	e	II	são	proposições	verdadeiras,	e	a	II	é	uma	justificativa	correta	da	I.	
b)	 (			)	As	asserções	I	e	II	são	proposições	verdadeiras,	mas	a	II	não	é	uma	justificativa	
correta	da	I.	
c)	 (			)	A	asserção	I	é	uma	proposição	verdadeira,	e	a	II	é	uma	proposição	falsa.	
d)	(			)	A	asserção	I	é	uma	proposição	falsa,	e	a	II	é	uma	proposição	verdadeira.	
e)	 (			)	As	asserções	I	e	II	são	proposições	falsas.
8		O	gráfico	a	seguir	representa	o	perfil	de	geração	de	resíduos	sólidos	no	Brasil.
FONTE: IPEA (2012 apud GRISA; CAPANEMA, 2018, p. 420
Quais	características	da	geração	de	resíduos	sólidos	podem	ser	evidenciadas	no	gráfico	
apresentado?
I-	 A	 composição	dos	 resíduos	produzidos	pelos	 brasileiros	 é	 de	 51,4%	de	materiais	
orgânicos	o	que	evidencia	que	o	Brasil	polui	menos	os	recursos	naturais	pois,	todo	
material	orgânico	é	utilizado	como	adubo	e/ou	energia.	
II-	 A	composição	física	média	dos	resíduos	sólidos	urbanos	no	Brasil	é	muito	variável.
III-	 No	Brasil,	ainda	se	enterram,	queimam	ou	lançam

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