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Guilherme Okoti de Melo Imunização na Pediatria Imunidade natural ▪ Passiva: anticorpos maternos (IgG) via transferência transplacentária ➢ As imunoglobulinas presentes na circulação ao nascimento são, essencialmente, de origem materna. via leite materno ▪ Ativa: demanda tempo (semanas) para indução da resposta imune via infecção Imunidade artificial ▪ Passiva: confere proteção imediata, porém transitória Administração de anticorpos via imunoglobulina humana. ▪ Ativa: demanda tempo (semanas) para indução da resposta imune Administração de antígenos via vacina – exposição controlada. ➢ Sistema imune do indivíduo produz proteção em geral de forma permanente – memória imunológica, responsável pela proteção após uma reexposição. ▪ Humoral: produção de anticorpos por linfócitos B ▪ Celular: proliferação de linfócitos T efetores Tipos de Vacina Vacinas vivas atenuadas ➢ Modificação de vírus ou bactéria selvagem em laboratório, reduzindo a capacidade patológica. ➢ Resposta imune similar à da infecção natural – mimetização. Imune. humoral: anticorpos IgM e IgG Imune. celular: linfócitos T Vantagem: ✓ Imunidade duradoura. Limitações: Comentado [GOdM1]: Suspeita de infecção? IgG+: proveniente da mãe ou produzido pelo paciente IgM+: produzido pelo paciente Comentado [GOdM2]: ... fatores que podem interferir na resposta imunológica da vacinação: x presença de anticorpos maternos: embora a imunidade celular do RN esteja perfeitamente apta para responder à vacinação, algumas vacinas sofrem inibição pelas Igs de origem materna quando administradas precocemente - a idade ótima para introduzir uma nova vacina leva em conta o desaparecimento desses anticorpos. x natureza e doses do antígeno aplicado: deve ser fortemente antigênica e pouco reatogênica, podendo variar conforme a idade. x modo de administração da vacina x utilização de coadjuvante imunoestimulante: permite a redução do nº de doses e a obtenção de títulos mais elevados de anticorpos. x estado nutricional: a desnutrição energético-proteica determina alterações morfológicas no sistema imunitário; a imunização deve ser priorizada. Comentado [GOdM3]: Nas crianças cujas mães entraram em contato com esses patógenos, por vacina ou naturalmente, o poder antigênico desse tipo de vacina pode ser inativado pelas elevadas concentrações de anticorpos (IgG) recebidos pela via transplacentária e, por essa razão, sua eficácia pode ser comprometida quando a vacina é aplicada durante os seis primeiros meses de vida, p. exs. poliomielite oral (Sabin), rubéola, sarampo, caxumba, varicela e febre amarela. Guilherme Okoti de Melo Não podem ser utilizadas por imunodeficientes, temporários ou definitivos. Instabilidade térmica. No geral, vacinas de vírus vivos atenuados, que não forem administradas na mesma visita, devem obedecer a um intervalo de 30 dias entre a sua aplicação. Vacinas inativadas ➢ Podem ser bacterianas ou virais, inativadas em laboratório: microrganismos inteiros ou fracionados. Imune. humoral: anticorpo IgM, predominante Vantagens: ✓ Estabilidade térmica. ✓ Nenhum risco de infecção, porém menos efetivas que as vacinas vivas atenuadas. Limitações: Baixa e curta imunogenicidade – necessário múltiplas doses para imunizar completamente. ➢ Geralmente são conjugadas a uma proteína transportadora. Induz resposta imune T dependente, mais eficaz e duradoura – aumenta a imunogenicidade. Vacinas combinadas ➢ Imunização simultânea com sorotipos de um mesmo patógeno ou com diferentes patógenos. Imuniza várias doenças ou múltiplas cepas. Comentado [GOdM4]: Polio injetável (SALK) Difteria, Tétano e Coqueluche: antes dos 7 Difteria adulta (dT) Difteria infantil (DT) DTP acelular: tem menos reação Guilherme Okoti de Melo Vacinas recombinadas Vacinas de DNA e RNA Recomendações Gerais Realizar triagem adequada. Histórico de alergias Histórico de doenças anteriores, p. ex. em HIV/AIDS, há benefício com várias vacinas Medicações em uso Indivíduo imunossuprimido na mesma moradia Avaliar o calendário vacinal do paciente rotineiramente, com base no PNI. Obedecer os intervalos recomendados no calendário oficial. Avaliar restrições dos tipo de vacina. Notificar os eventos adversos pós-vacinais. ➢ Vacinas não são 100% seguras e eficazes Reações alérgicas mediadas por IgE, 4h após a aplicação – relacionadas a qualquer constituinte da vacina. Reações não mediadas por IgE, leves e autolimitadas Suspeitar se dor, calor, edema e eritema locais. Não contraindica outras doses. Contraindicações Gerais ... para qualquer vacina Comentado [GOdM5]: → Não causam doença - vírus geneticamente modificados. o Hepatite B o HPV Comentado [GOdM6]: → Codificam uma proteína (antígeno) dentro do hospedeiro com informação genética do patógeno. Guilherme Okoti de Melo Reação de hipersensibilidade imediata a componente da vacina ou dose anterior, p. exs. anafilaxia ou angioedema, urticária, choque, broncoespasmo ou edema de glote. Encefalopatia verdadeira e encefalites sem causa identificável, nos primeiros sete dias após a aplicação da DPT e DTPa, com o componente pertussis. ... situações especiais ... para vacinas de bactérias atenuadas ou vírus vivos atenuados Se uso prévio de imunoglobulina: aguardar de 3 a 5 meses, a depender dos imunobiológicos. Se uso prévio de sangue e hemoderivados: aguardar de 5 a 11 meses, a depender dos produtos. Se uso de corticoide em dose imunossupressora (≥ 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente para crianças; ≥ 20 mg/dia para adultos) em período maior que 14 dias: aguardar 90 dias após o término da corticoterapia. Imunodeprimidos Gravidez Falsas Contraindicações Prematuridade ou baixo peso ao nascer Exceção: BCG somente em RN termo >2 kg Doenças aguda benigna com febre baixa, p. ex. resfriado Convalescença de doenças agudas Desnutrição Reação local em dose anterior de uma vacina Diagnósticos clínicos prévios de doença prevenida pela vacina Doença neurológica estável ou pregressa com sequela presente Exceção: pertussis Comentado [GOdM7]: ... quanto à alergia ao ovo: x vacina tríplice viral → pode ser administrada x vacina contra influenza → pode ser administrada, sob supervisão médica x vacina da febre amarela → não deve ser administrada Comentado [GOdM8]: O uso simultâneo de múltiplas doses injetáveis em RNs pré- termos pode associar se à apneia; deve-se dar preferência à administração de menor número de injeções em cada imunização. → Qualquer dose não administrada na idade recomendada deve ser aplicada na visita subsequente. Guilherme Okoti de Melo Alergias Histórico de alergia não especificada, pessoal ou familiar Histórico familiar de evento adverso à vacinação Histórico familiar de convulsão ou morte súbita Uso de antibiótico profilático ou terapêutico e antiviral Uso de corticoesteroides inalatórios ou tópicos Tratamento com corticoesteroides inferiores a duas semanas, em dias alternados ou em doses não imunossupressoras Profilaxia pós-exposição e na reexposição com a vacina da raiva Internação hospitalar Exceção: VOP Mulheres no período de amamentação Exceção: febre amarela nos primeiros 6 meses de amamentação
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