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PDT Vacinação Conceitos - A vacina é o recurso pelo qual pode se desenvolver artificialmente a imunidade ativa - Antígeno = porção ou produto de um agente biológico capaz de estimular a formação de anticorpos - Anticorpo = proteínas especiais do organismo que protegem contra vírus e bactéria - Toxoide = toxina bacteriana que se tornou atóxica e reteve a capacidade de estimular a formação de antitoxina no organismo - Imunoglobulina = solução que contém anticorpos derivados do plasma - Antitoxina = derivada de anticorpos do soro de seres humanos ou de animais após estimulação com antígenos específicos Sistema imune - O sistema imune atua de 2 maneiras: Resposta imune natural/inata/inespecífica . Reage rapidamente (de minutos a horas) aos agentes infecciosos, como por exemplo a fagocitose e outros mecanismos que já estão presentes no organismo antes da infecção . Envolve fagocitose, mediadores químicos, vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar Resposta imune adquirida/adaptativa/específica . Desenvolve mais lentamente (ao longo de dias ou semanas) uma resposta imune específica, como por exemplo a produção de anticorpos específicos . Corresponde á proteção do organismo contra cada agente infeccioso ou antígeno . Inicia-se quando os agentes infecciosos são reconhecidos nos órgãos linfoides pelos linfócitos T (iniciam a produção de células de memória) e B (iniciam a produção de anticorpos específicos contra o antígeno) . Tem especificidade para antígenos e apresenta memória imunológica Imunização - É o processo que confere proteção (imunidade) ao organismo através de anticorpos de ação específica contra os agentes infecciosos causadores de doenças - Pode ser de 3 tipos: Imunidade passiva . É de curta duração . É uma proteção temporária que acontece por meio da administração de anticorpos pré- formados, conferindo proteção imediata porém transitória . Pode ser natural (obtida por transferência de IGG e IGA da mãe para o filho através da placenta e amamentação respectivamente) ou artificial (obtida pela administração de soros com anticorpos homólogos ou heterólogos) PDT Imunidade ativa . É duradoura . É a administração de qualquer vacina ou toxoide (toxina inativa) para prevenção de doenças . Pode ser natural (obtida através de infecção ou doença) ou artificial (obtida pela inoculação de vacinas) Imunidade de rebanho/de grupo . É uma forma de proteção indireta contra doenças infecciosas que ocorre quando uma determinada porcentagem da população torna- se imune a uma infecção . É um efeito obtido quando algumas pessoas são indiretamente protegidas pela vacinação de outras, o que acaba beneficiando a saúde de toda a comunidade . É o mesmo que “proteção de grupo” ou “proteção de rebanho” . O indivíduo vacinado não transmitirá a doença para outros que não estão imunizados por razões como: são muito novos para tomar alguma vacina; têm algum problema que impede a vacinação; foram vacinados antes porém não produziram níveis ideais de anticorpos e não ficaram devidamente imunizados . A proporção de uma população que precisa ser vacinada para que seja mantida a imunidade de rebanho varia conforme a doença (ex: para sarampo é de 95%, para a poliomielite é de 80%) Bases imunológicas para as vacinações - A introdução de um antígeno no organismo desencadeia uma resposta imunitária que pode ser de ordem humoral, celular ou ambas: Resposta imune celular (primária) 1- Ocorre quando se vacina pela 1ª vez (o organismo é levado a produzir anticorpos e deflagrar respostas imunes celulares mediadas por linfócitos T) 2- O sistema imune entra em contato com o antígeno, detecta-o como não próprio ao organismo e o apresenta aos fagócitos ou células dendríticas 3- Essas células secretam citocinas que estimulam a produção e maturação de linfócitos T auxiliares e a comunicação entre linfócitos por meio de interleucinas (a partir do contato inicial do antígeno com as células apresentadoras os linfócitos T aparecem no prazo de 24h-2 semanas -> período de latência) 4- Essa cadeia de ativação resulta na diferenciação de linfócitos B em plasmócitos e na produção de anticorpos específicos contra o antígeno (anticorpos da classe IGM, primeira imunoglobulina produzida diante de uma infecção) Resposta imune humoral (secundária) 1- Quando os mecanismos da resposta inespecífica (primária) não são suficientes para deter a infecção, a resposta específica (secundária) será desencadeada 2- Como dito anteriormente, os linfócitos B que entraram em contato com o antígeno se diferenciarão em células de memória (plasmócitos) e serão responsáveis pela maior rapidez e intensidade da resposta quando um PDT novo contato ocorrer com o mesmo antígeno (essa resposta é mais rápida, uma vez que não há período indutivo, pois na resposta primária já ocorreu a estimulação dos linfócitos B de memória) 3- Ou seja, num segundo contato com o antígeno haverá um rápido surgimento de anticorpos específicos da classe IGG, sem existir período de latência (24h-2 semanas) Vacinas - características - São recursos indispensáveis para a saúde pública - Permitem a prevenção, o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis, assim como a redução da morbimortalidade por certos agravos - Sua utilização é bastante custo-efetiva - Para garantir eficácia e segurança, as atividades de imunização devem ser cercadas de cuidados, adotando-se procedimentos adequados antes, durante e após a administração dos imunobiológicos Agentes imunizantes Natureza . A vacina pode conter 1 agente imunizante (vacina monovalente) ou mais de 1 agente imunizante (vacina combinada) em diversas formas biológicas (bactérias vivas atenuadas, vírus vivo atenuado, bactérias mortas, vírus inativados, componentes purificado e/ou modificados dos agentes causadores das doenças) Adjuvantes . Aumentam a resposta imune de vacinas que contêm microorganismos inativados ou seus componentes (ex: a vacina triplice bacteriana possui toxóide tetânico e diftérico) . Não são utilizados em vacinas que contêm microorganismos vivos . Os adjuvantes mais utilizados são os sais de alumínios (hidróxido de alumínio, fosfato de alumínio, sulfato potássico de alumínio) . Podem causar eventos adversos locais (ex: dor, eritema, calor) Outros . Composição . Líquido de Suspensão . Conservantes e Antibióticos . Estabilizantes . Origem dos Produtos . Controle de Qualidade . Conservação Tipos de vacinas A) Virais De vírus vivos atenuados . Produzem a resposta imunológica mais semelhante aquela conferida pela infecção natural . É mais eficaz (promovem multiplicação do micro-organismo no individuo vacinado) . Pode gerar efeitos adversos após a vacinação . Exemplos: VOP (contra poliomielite oral tipo Sabin), rubéola, sarampo, caxumba, varicela, febre amarela, rotavírus, SCR, tetraviral De vírus morto/inativado . Exemplos: VIP (contra poliomielite tipo Salk), contra pertussis, influenza vírus e hepatite A PDT B) Bacterianas De bactéria viva atenuada . É mais eficaz (promovem multiplicação do micro-organismo no individuo vacinado) . Exemplos: BCG De bactéria morta . Provocam o surgimento de anticorpos com provável atividade de opsonização . Exemplos: coqueluche e cólera De toxinas naturais inativadas (anatoxinas) . São vacinas exclusivas contra exotoxinas . Exemplos: difteria e tétano Polissacarídeas . Agem na cápsula envolvente do agente infeccioso . Exemplos: meningococo A + C, pneumococo 23, haemophilus influenzae tipo B, febre tifoide C) Conjugadas . São vacinas semissintéticas constituídas por polissacarídeos da cápsula envolvente do agente infeccioso + uma proteína transportadora/carreadora (formando um complexo indutor de resposta imune T- dependente) . É uma vacina inativada (micro-organismo morto) . Exemplos: meningocócica C, meningocócica ACWY, Hib, Pneumococo infantil (10V e 13V)D) Combinadas . Contém antígenos de mais de um agente infeccioso . Contém no mesmo frasco várias vacinas diferentes . Exemplos: pentavalente (hepatite B, hemophilos B, difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral Considerações . Todas as vacinas que não usam micro- organismos vivos atenuados apresentam menor poder imunogênico, pois não produzem multiplicação do agente no organismo. Portanto, na maioria das vezes necessitam de mais de 1 dose para produzir níveis de anticorpos protetores (principalmente quando administradas no período neonatal) . Vacinas com vírus inativados e atenuados não precisam de intervalo entre as doses (podem ser administradas com qualquer intervalo entre as doses) . Vacinas sarampo/caxumba/rubéola, varicela e febre amarela (vacinas com vírus vivo atenuado) necessitam de intervalo de 4 PDT semanas entre as doses para não prejudicar a eficácia da imunização da segunda dose . Vacinas poliomielite 1/3 e rotavírus (vacinas com vírus vivo atenuado) necessitam de intervalo de 2 semanas entre as doses para não prejudicar a eficácia da imunização da segunda dose . Vacinas poliomielite 1/3 e demais vacinas atenuadas não necessitam de intervalos entre as doses Contraindicações verdadeiras Reação de hipersensibilidade imediata . Ocorrência de anafilaxia/angioedema, urticária, choque, broncoespasmo ou edema de glote imediatamente após a aplicação de 1 dose da vacina Gravidez . Risco de infecção fetal com vacinas de vírus ou bactéria viva atenuada Imunossupressão . Em caso de imunossupressão por doenças congênitas ou adquiridas (ex: portadores de neoplasias malignas, transplantados de medula ou outros orgãos, infectados pelos HIV) é contraindicada a vacinação com vacinas de vírus/bactérias vivas atenuadas . Em caso de uso de corticoides por um tempo maior que 14 dias e dose maior/igual a 2mg/dl de prednisona para crianças com peso acima de 10kg ou dose maior/igual a 20mg/dl para adultos, recomenda-se aguardar 1 mês após o término da corticoterapia para vacinação com vacinas de vírus/bactérias vivas atenuadas (tratamentos inferiores a duas semanas, em dias alternados ou em doses baixas, não há contraindicação) . Também é contraindicada a vacinação com vacinas de vírus/bactérias vivas atenuadas para pacientes com outras tarapêuticas imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia) História de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos . Histórico de reações alérgicas á um constituinte da vacina como por exemplo, proteínas do ovo, gelatina ou antibióticos * Vacinas contra influenza e febre amarela são produzidas em cultura do ovo embrionado * Vacinas contra sarampo e caxumba não contém proteínas do ovo Falsas contraindicações . Doenças infecciosas ou alérgicas do trato respiratório superior (tosse e/ou coriza) . Diarreia Leve ou moderada . Doenças da pele (lesões impetiginosas esparsas, escabiose) . Desnutrição PDT . Uso de antimicrobianos . Tratamento com corticoesteroides de curta duração, doses baixas ou moderadas, tratamento prolongado em dias alternados com corticosteroides de ação curta . Prematuridade ou baixo peso ao nascimento (as vacinas devem ser administradas na idade cronológica da criança, exceto para os prematuros com peso menor que 2kg, para a vacinação de BCG) . Doenças neurológicas estáveis (ex: convulsão controlada) ou pregressa com sequela presente . Doenças leves com febre baixa do trato respiratório/digestório Situações de adiamento Recomenda-se adiar a dose da vacina quando: . Durante a evolução de doenças agudas febris graves (para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis efeitos adversos das vacinas) . Até três meses após o tratamento com imunossupressores ou com corticosteroides em dose alta (possível inadequação da resposta) . Duas semanas antes ou até três meses após o uso de imunoglobulina ou sangue e derivados (possibilidade de neutralização do vírus vacinal) Eventos adversos pós vacinação (EAPV) - São quaisquer ocorrências clínicas indesejáveis em indivíduo que tenha recebido algum imunobiológico - EAPV temporalmente associado ao uso de uma vacina nem sempre tem relação causal com a vacina administrada - Podem ser relacionados à composição da vacina, aos indivíduos vacinados, à técnica usada em sua administração ou a coincidências com outros agravos - Podem ser locais ou sistêmicos - Se classificam de acordo com sua intensidade em: leves, moderados ou graves EAPV grave - Segundo o manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós- vacinação os EAPV grave são: . Necessidade de hospitalização por pelo menos 24 horas . Incapacidade significativa ou persistente (sequela) . Anomalia congênita . Ameaça à vida (necessidade de intervenção imediata para evitar o óbito) ou óbito PDT Vacinas - tipos BCG - Protege contra: formas graves de tuberculose (meníngea e miliar) - Composição: bacilos vivos atenuados com glutamato de sódio - Vacinação: 1ª dose ao nascer (preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento) e última dose aos 15 anos - Via: intradérmica (por isso peso mínimo de 2 kg) - Local: inserção inferior do deltóide (lado direito) - Peso mínimo: 2 kg - Idade máxima: 15 anos - Evolução normal da vacina BCG: nódulo (entre 3-4 semanas) -> pústula e úlcera (entre 4-5 semanas) -> crosta (entre 6-12 semanas) -> pequena cicatriz - Contraindicação: crianças de qualquer idade infectadas pelo HIV Hepatite B - Composição: partículas de HBsAG purificadas, inativadas (antígeno recombinante) - Vacinação: menores de 1 ano (uma dose da vacina monovalente ao nascer e três doses da vacina pentavalente em maiores de 1 ano) ou maiores de 1 ano nunca vacinados devem tomar apenas 3 doses (1 na primeira visita, outra 2 meses após a primeira e a terceira dose 4-6 meses após a segunda) - Idade mínima: ao nascer - Idade máxima: não há - Prevenção da transmissão vertical: em recém nascidos de mão AgHBs+ deve-se administrar a vacina hepatite B e a imunoglobulina específica preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento em sítios musculares distintos (a vacina deve ser utilizada mesmo que a imunoglobulina não esteja disponível) - Doses de reforço: atualmente não é recomendada para indivíduos imunocompetentes - Avaliação sorológica: é recomendado fazer um teste sorológico quantitativo 1-2 meses após a última dose da vacina nas seguintes situações (RN de mães AgHBs+, profissionais de saúde em risco de acidente com material biológico, pacientes submetidos à hemodiálise, pessoas infectadas pelo HIV e outros imunocomprometidos, parceiros Sexuais e aqueles que compartilham agulhas com pessoas AgHBs+) Pentavalente (DPT + HIB + hepatite B) - Protege contra: Difteria, Tétano, Pertussis (coqueluche), Hemófilos influenza b e Hepatite B - Composição: associação de toxóides (diftérico e tetânico), Bordetella Pertussis inativada, Hib (polissacáride conjugado) e Hepatite B recombinante - Vacinação: 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses e 3ª dose aos 6 meses - Via: intramuscular - Local: vasto lateral da coxa em < 2 anos e deltóide em > 2 ano (lado esquerdo) - Idade mínima: 6 semanas - Idade máxima: 6 anos, 11 meses e 29 dias - Doses de reforço: . Para os componentes difteria, tétano e pertussis a vacina a ser utilizada será a DTP, a qual pode ser utilizada até 6 anos, 11 meses e 29 dias PDT Poliomielite (VIP e VOPb) Vacina inativada poliomielite (VIP) - Protege contra: poliomielite causada pelos vírus tipo I, II e III - Composição: vírus inativados trivalente - Vacinação: 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses e 3ª dose aos 6 meses - Via: intramuscular - Local: vasto lateral da coxa em < 2 anos e deltóide/glúteo em > 2 anos (lado direito) - Idade mínima: 6 semanas - Idade máxima: 19 anos Vacina oral poliomielite (VOPb) - Protege contra: poliomielite causada pelos vírus tipo I eIII - Composição: vírus vivos atenuados I e III - Início da vacinação: 1ª dose aos 15 meses, 2ª dose aos 4 anos e 3ª dose aos 6 anos - Via: oral (2 gotas) - Local: boca - Idade mínima: 15 meses (em campanhas de vacinas, em maiores de 12 meses) - Idade máxima: 6 anos Considerações importantes * BEBES menores de 1 anos recebem a VIP não a VOP * Crianças alimentadas, mesmo que com leite materno, podem ser vacinadas normalmente com VOPb, não havendo necessidade de intervalo entre a aplicação da vacina e as mamadas ou refeições * Deve-se aplicar nova dose de VOPb se houver vômito imediato após a administração da vacina Rotavírus - Protege contra: gastroenterites por rotavírus - Composição: vírus vivo atenuado Cepa G1P [8] (monovalente) - Vacinação: 1ª dose aos 2 meses e 2ª dose aos 4 meses - Via: oral (1,5 mL) - Local: boca - Idade mínima: para 1ª dose 1 mês e 15 dias; para 2ª dose 3 meses e 15 dias - Idade máxima: para 1ª dose 3 meses e 15 dias; para 2ª dose 7 meses e 29 dias - Contraindicações: doença crônica gastrintestinal, malformação do trato digestivo e história prévia de intussuscepção Considerações importantes * Filhos de mães infectadas pelo HIV, desde que assintomáticos e sem sinais de imunossupressão, poderão receber a vacina * Comunicantes de pacientes portadores de imunodeficiência também poderão receber a vacina * A vacina deve ser adiada nas crianças com vômitos intensos e/ou diarreia grave, observando-se cuidadosamente a idade máxima para administração das doses (não administrar nova dose se houver regurgitação ou vômito após a administração da vacina) * Crianças alimentadas, mesmo que com leite materno, podem ser vacinadas normalmente com vacina rotavírus, não havendo necessidade de intervalo entre a aplicação da vacina e as mamadas ou refeições Pneumococo 10 valente - Protege contra: doenças invasivas causadas pelos 10 sorotipos de pneumococo contidos na vacina - Composição: Streptococcus pneumoniae conjugados com a proteína D do H. influenza não tipável (8 sorotipos), com o toxoide diftérico (1 sorotipo) e com o toxoide tetânico (1 sorotipo) PDT - Vacinação: 1ª dose aos 2 meses, 2ª dose aos 4 meses e reforço aos 12 meses - Via: intramuscular (0,5 mL) - Local: Vasto lateral da coxa em < 2 anos (lado direito) - Idade mínima: 6 semanas - Idade máxima: 5 anos incompletos (no PNI) Considerações importantes * Alguns grupos de pacientes (ex: infectados pelo HIV, com asplenia, cardiopatias crônicas, pneumopatias crônicas e dentre outras patologias) têm recomendação de esquema diferenciados, deve-se consultar manual do CRIE * Caso o lactente tenha recebido 3 doses da vacina antes de completar 1 ano de idade mantém-se a indicação da dose de reforço * Crianças que iniciaram esquema após 12 meses de idade não há necessidade de reforço Meningococo C - Protege contra: doença meningocócica sorogrupo C - Composição: Oligossacarídeo conjugado com proteína CRM 197 do C. diphteriae - Vacinação: 1ª dose aos 3 meses, 2ª dose aos 5 meses e reforço aos 12 meses - Via: intramuscular (0,5 mL) - Local: vasto lateral da coxa em < 2 anos (lado direito) - Idade mínima: 6 semanas - Idade máxima: 5 anos incompletos (no PNI) Considerações importantes * Crianças que iniciam o esquema com idade acima de 12 meses deverão receber dose única * Crianças entre 11-12 anos deverão receber dose única ou reforço com vacina meningococo ACWY Tríplice viral (SCR) - Protege contra: sarampo, caxumba e rubéola - Composição: vírus vivo atenuado - Vacinação: 1ª dose aos 12 meses e reforço com 15 meses (SCR + Varicela ou Tetraviral) - Via: subcutânea (0,5 mL) - Local: região do deltóide (face externa da parte superior do braço) no lado esquerdo - Idade mínima: 6 meses - Idade máxima: nascidos a partir de 1960 (vacinação de rotina) Considerações importantes * Em situações de bloqueio da disseminação do sarampo, de acordo com norma específica, a vacina poderá ser aplicada a partir de 6 meses de idade * Em casos de história de uma ou mais das seguintes manifestações anafiláticas (urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, hipotensão ou choque) ocorrendo nas primeiras 2 horas após a ingestão de ovo não é contraindica a vacina, mas é recomendável que a mesma seja administrada em ambiente hospitalar * Na primovacinação de crianças menores de 2 anos de idade a vacina não deve ser aplicada simultâneamente com a vacina febre amarela pela possibilidade de interferência na resposta imunológica a estes agentes (nestas situações deve-se respeitar o intervalo de 4 semanas entre as doses) * As mulheres vacinadas deverão evitar a gravidez por pelo menos 4 semanas após a aplicação (não há registro de caso de Síndrome da Rubéola Congênita decorrente de vacinação inadvertida de gestante) * A vacina não deve ser aplicada quando houver uso de imunoglobulinas ou de sangue e derivados previamente à vacinação ou nas 2 semanas posteriores a ela (é recomendado PDT re-vacinar se houver aplicação nessas condições) * Antes da utilização da vacina em crianças que apresentam ou apresentaram trombocitopenia, deve-se avaliar a relação risco-beneficio cuidadosamente Tetraviral - Protege contra: sarampo, caxumba, rubéola e varicela - Composição: vírus vivo atenuado - Vacinação: 1ª dose aos 15 meses (é necessário ter uma dose de vacina SCR aplicada 30 dias antes) e reforço com vacina varicela aos 4 anos - Via: subcutânea (0,5 mL) - Local: região do deltóide (face externa da parte superior do braço) no lado esquerdo - Idade mínima: 13 meses - Idade máxima: vacina varicela 6 anos, 11 meses e 29 dias (no PNI) Considerações importantes * Caso a criança ainda não tenha recebido a Vacina Tríplice Viral, esta deverá ser administrada previamente * Deve-se administrar a vacina tetraviral com intervalo mínimo de 4 semanas após a tríplice viral * Em caso de história de uma ou mais das seguintes manifestações anafiláticas (urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, hipotensão, choque) ocorrendo nas primeiras 2 horas após ingestão de ovo não é contraindica a vacina, mas é recomendável que a mesma seja administrada em ambiente hospitalar * Na primovacinação de crianças menores de 2 anos de idade a vacina não deve ser aplicada simultaneamente com a vacina febre amarela pela possibilidade de interferência na resposta imunológica a estes agentes (nestas situações deve-se respeitar o intervalo de 4 semanas entre as doses) * A vacina não deve ser utilizada quando houver uso de imunoglobulinas ou de sangue e derivados previamente à vacinação ou nas 2 semanas posteriores a ela (é recomendado re-vacinar se houver aplicação nessas condições) * Antes da utilização da vacina em crianças que apresentam ou apresentaram Trombocitopenia deve-se avaliar a relação risco-beneficio cuidadosamente * Não utilizar medicamentos contendo ácido acetilsalicílico nas 6 semanas após a aplicação da vacina Hepatite A - Composição: vírus inteiro inativado - Via: intramuscular - Local: em crianças menores de 2 anos no músculo vasto lateral da coxa e nos maiores de 2 anos no deltoide - Vacinação: dose única aos 15 meses de idade (indicado reforço em determinadas condições) - Idade mínima: 15 meses - Idade máxima: 5 anos incompletos - O reforço é indicado nas seguintes condições: hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite C (VHC), portadores crônicos do VHB, coagulopatias, pacientes com HIV/aids, imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora, doenças de depósito, fibrose cística (mucoviscidose), trissomias, candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes, transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea), doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea), cadastrados em programas de PDT transplantes e portadoresde hemoglobinopatias Febre amarela - Composição: vírus vivo atenuado - Via: subcutânea - Vacinação: dose única a partir de 9 meses (indicado reforço se a vacina for administrada antes de 5 anos) Considerações importantes * Viajantes que vão para áreas endêmicas devem tomar a vacina com antecedência mínima de 10 dias da data da viagem Influenza - Protege contra: vírus influenza e as complicações da doença, principalmente as pneumonias - Composição: diferentes cepas do vírus Myxovirus influenzae inativados, fragmentados e purificados, cultivados em ovos embrionados de galinha. A composição e a concentração de antígenos de hemaglutinina (HA) são definidas a cada ano em função dos dados epidemiológicos, que apontam o tipo e a cepa do vírus influenza que está circulando de forma predominante nos hemisférios Norte e Sul - Via: intramuscular - Vacinação: deve ser aplicada anualmente a partir de 6 meses de idade Considerações importantes * Crianças ≤ 8 anos, na primovacinação, devem receber duas doses da vacina, com intervalo de 1 mês HPV - Protege contra: prevenção de câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal, lesões pré- cancerosas ou displásicas, verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano - Composição: vírus inativado (vacina quadrivalente recombinante é inativada, constituída por proteínas L1 do HPV tipos 6, 11, 16 e 18) - Via: intramuscular - Local: preferencialmente na região deltoide, na parte superior do braço, ou na região anterolateral superior da coxa - Vacinação: duas doses com intervalo de 6 meses (em meninas entre 9-14 anos) (em meninos entre 11-14 anos) Calendário de vacinação Para crianças até seis anos PDT Para crianças maiores de sete anos e adolescentes Para adultos entre 20-59 anos Para adultos com 60 anos ou mais Para gestantes e puérperas
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