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Insulina e Tratamento do Diabetes

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insulina
- DM1: tratamento imediatamente com insulina // DM2: tratamento inicialmente com antidiabéticos – eventualmente vai parar de responder ao tratamento e terá que ser insulinizado // DM gestacional: tratamento exclusivo com insulina – mesmo se a gestante anteriormente tiver diabetes e tratar com antidiabéticos é necessário realizar a troca para insulinoterapia 
*Em todos os tipos de DM e estágios de tratamento a MEV os acompanha
- Complicações agudas do DM:
· Cetoacidose diabética
· Coma hiperglicêmico – tratado com insulina na emergência
*Pacientes em tratamento com insulina podem ter coma hipoglicêmico
- Complicações crônicas do DM:
· Retinopatia diabética
· Nefropatia diabética
· Neuropatia diabética
· Aterosclerose
· Pé diabético
- Tríade clássica do DM: poliúria – polifagia – polidipsia paciente produz muita urina pois a hiperglicemia sanguínea está em concentrações mais altas que os rins desse paciente consegue reabsorver de glicose, e, esse soluto no filtrado “puxa” água consigo, produzindo maior débito urinário // paciente sente muita fome pois a glicose ingerida não está chegando ao interior das células alvo // paciente sente muita sede em decorrência a desidratação
- Euglicemia é mantida no organismo fisiológico belo balanço das ações antagônicas da insulina (captação de glicose plasmática para reserva – sinaliza para GLUT4 ser translocado para membrana) e do glucagon (aumenta glicemia plasmática pela quebra do glicogênio hepático)
*Resistência insulínica pode ser pré ou pós receptor, causando menos exposição do GLUT4
**Exercício físico diminui hiperglicemia e resistência insulínica pois a demanda maior de ATP faz com que as células musculares captem mais glicose
- Estímulos para secreção de insulina:
· Chegada de glicose nas células beta pancreáticas – a glicose é transportada até o pâncreas onde é direcionada para o interior das células beta, a partir disso a glicose é metabolizada pelas glicocinases, que metabolizam essa em ATP, fazendo com que os canais de potássio da membrana se fechem e a célula, cheia de carga positiva, despolariza, causando exocitose de insulina
· Aminoácidos
· Ácidos graxos de cadeia longa
· Incretinas – hormônios gastrointestinais: GLP1 (peptídeo semelhante ao glucagon 1) e GIP (peptídeo gastrointestinal inibitório/ peptídeo insulinotrópico dependente de glicose) – são hormônios que, quando liberados, aumentam secreção de insulina, diminuem secreção de glucagon e retardam o esvaziamento gástrico (portanto diminui a motilidade intestinal e causa sensação de saciedade)
· Inervação do sistema nervoso autônomo – o pâncreas recebe inervação simpática e parassimpática – os receptores adrenérgicos α-2 e β-2 são responsáveis pelo controle da liberação da insulina – sendo α-2 reduz liberação e β-2 aumenta
- Inibidores de secreção de insulina:
· Ativação de receptor α-2 adrenérgico no pâncreas – ex: condições de estresse, trauma, cirurgias
· Diuréticos – perda de Na+ e K+, provocando a inibição da liberação de insulina (depende de K+)
· Beta-Bloqueadores – bloqueiam receptor β-2 adrenérgico do pâncreas
- Ações da insulina: efeito anabólico: síntese – incorporação de glicose nos tecidos insulinodependentes; glinogênese; síntese de proteínas; incorporação de íons K+ e fosfato // anti-catabólico: restrição de quebras – inibição de: gliconeogênese, glicogenólise, proteólise, lipólise e cetogênese
· Metabolismo de carboidratos: fígado, músculos e tecido adiposo
· Metabolismo de proteínas: fígado e músculos
· Metabolismo de lipídios: fígado e tecido adiposo
*Cetoacidose diabética: ações catabólicas exacerbadas – quadro deve ser revertido com insulina
Insulinas Prandiais:
1. Insulina de ação ultra-rápida: efeito rápido com tempo de duração curto – usadas para tratamento de manutenção – adm feita 1-10 min antes de comer ou logo após
· Asparte
· Lispro
2. Insulina de ação rápida: usada em tratamento de emergência (EV – solução) ou manutenção (SC) – adm 30-45 min antes da refeição
· Regular
Insulinas Basais:
1. Insulina de ação intermediária: usada para tratamento de manutenção (SC) – deve ser aplicada 1 ou 2 vezes ao dia – mimetiza a liberação fisiológica de insulina 
· NPH
2. Insulina de ação longa: usada para tratamento de manutenção (SC) – deve ser aplicada 1 vez ao dia – mimetiza a liberação fisiológica de insulina – vantagem: não produz picos, portanto menos chance de levar a hipoglicemia – não pode ser misturada com outras insulinas (possui pH específico)
· Glargina
Pré-misturadas:
Uteis para pacientes que têm dificuldade de realizar preparação na seringa por conta própria
- Reações adversas da insulinoterapia:
· Hipoglicemia – pode levar a coma hipoglicêmico e óbito
· Taquicardia, náuseas, vômito e diarreia – em casos que o paciente pratica exercícios físicos não habituais
· Alergia/resistência insulínica – nesses casos é necessário trocar a preparação – pode ser usado anti-histamínico para reverter o quadro alérgico
· Lipo-hipertrofia/Lipodistrofia – nos casos dos pacientes que não realizam o rodízio dos locais de aplicação adequadamente – ocorre, pois, a insulina é responsável por promover reservas (forma-se nódulos de gordura)
- Indicações para o uso de insulinoterapia:
· Pacientes não responsivos aos antidiabéticos orais ou injetáveis 
· Grande perda de peso
· Descompensação cetótica e não cetótica – cetoacidose ou coma diabético
· Gestantes
· Pacientes em corticoterapia – corticoides prejudicam atingir as metas glicêmicas
· Glicemia jejum > 300 mg/dl

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