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7 Farmacologia do Sistema Cardiovascular

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Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
Farmacologia 
Farmacologia do Sistema Cardiovascular 
• Hipertensão: 
 
Elevação persistente da pressão arterial (PA), ou 
seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 
mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 
90 mmHg, medida com a técnica correta, em 
pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausên-
cia de medicação anti-hipertensiva. 
 
É aconselhável, quando possível, a validação de 
tais medidas por meio de avaliação da PA fora 
do consultório por meio da Monitorização Am-
bulatorial da Pressão Arterial (MAPA), da Monito-
rização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) 
ou da Automedida da Pressão Arterial (AMPA)". 
 
• Fatores de Risco: 
o Etilismo 
o Genética 
o Idade 
o Sexo 
o Etnia 
o Ingestão de Na+ e K+ 
o Sedentarismo 
o Sobrepeso/obesidade 
o Fatores socioeconômicos 
o Outros Fatores: 
❖ Medicamentos: inibidores da 
MAO, simpatomiméticos, AINEs, 
AIEs, descongestionantes nasais, 
ADT, hormônios tireoidianos, anti-
concepcionais orais. 
❖ Drogas ilícitas: cocaína, cannabis 
sativa, anfetaminas, MDMA. 
❖ Apnéia do sono; Estresse; Taba-
gismo 
 
Fisiovascular: 
• Controle rápido: barorreceptores 
• Controle lento: SRAA (renina) 
 
Diminuição da pressão arterial → Barroceptores 
aórticos/ corotídeos → Controle cardiovascular 
→ SNA simpático. 
Ações do Sistema Renina-Angiotensina-Aldoste-
rona: 
 
 
 
Quando ocorre diminuição do fluxo renal, isso 
também estimula as células a produzirem angio-
tensina. 
 
A angiotensina age no receptor AT1 → eleva a 
pressão arterial. Quando ela age no AT2 → pro-
move vasodilatação. 
 
Tratamento não medicamentoso: 
 
• Redução do peso corporal. 
• Redução da ingesta de sal/sódio. 
• Aumento da ingesta de potássio. 
• Redução do consumo de bebidas 
alcoólicas. 
• Exercício físico regular. 
• Abandono do tabagismo. 
• Controle das dislipidemias e do dia-
betes mellitus. 
• Medidas antiestresse. 
• Evitar drogas que aumentam a PA 
 
Farmacoterapia da HAS: 
 
• Objetivos: 
o Reduzir a PA 
o Reduzir morbidade e mortalidade as-
sociadas à HAS 
o Evitar complicações cardiovascula-
res 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
• Características dos Fármacos: 
o Eficaz por via oral de preferência em 
dose única 
o Bem tolerado com poucos efeitos cola-
terais 
o Poder ser usado em associação 
o Não usar manipulados pela falta de 
controle de farmacocinética 
 
➔ Utilizar no mínimo 4 semanas antes de modifi-
car (salvo exceções) 
➔ Orientar sobre importância do uso contínuo e 
dos efeitos adversos 
➔ Orientar sobre necessidade de ajuste de 
dose, de troca ou associação 
 
O que determina a primeira escolha são os efei-
tos colaterais e as condições prévias. 
 
 
Não deve-se combinar IECA com o BRA → au-
menta o risco de hipotensão e de hipocalemia. 
Espironolactona → antagonista de aldosterona 
 
A - Fármacos que bloqueiam o Sistema Renina-
Angiotensina: Inibidores da ECA (IECA): An-
tagonistas/bloqueadores AT1 (BRA); Inibidor 
da renina; 
B - Atuam do sistema nervoso simpático → B-blo-
queadores: a1-bloqueadores; agonistas a2 
(ação central) 
C - Bloqueadores de canais para Ca? 
D - Diuréticos 
 
 
Fármacos bloqueadores do SRA: 
 
1. Inibidores da ECA (IECA): 
 
captopril, enalapril, lisinopril, benazepril, ramipril, 
fosinopril, cilazapril, perindopril, imidapril, moexi-
pril, quinapril 
 
Causa tosse visto que ocorre um acúmulo de 
bradicinina que deveria ter sido metabolizado 
pela ECA. 
 
• Ações: 
 
• Vasodilatação indireta, vasos de resis-
tência e Capacitância → diminuição da 
carga cardíaca 
• Aumenta eficácia dos diuréticos → dimi-
nuição do volume e do débito cardíaco 
• Aumenta o potássio plasmático (hiper-
calemia) 
• Menor hipertrofia e hiperplasia miocár-
dica 
 
• Usos: 
 
• Anti-hipertensivo jovens/ meia-idade 
• Após IAM (reduz pós-carga e hipertrofia 
ventricular) 
• Na insuficiência cardíaca: diminui o tra-
balho cardíaco (reduz morbidade e 
mortalidade) 
• Reduz o risco de AVE 
• Reduz a progressão da nefropatia dia-
bética 
• Reduz a progressão da doença renal 
crônica: 
o Redução dos efeitos constritores da 
Angio II na arteríola eferente = reduz 
pressão hidrostática (PH) intraglome-
rular = reduz proteinúria, esclerose 
glomerular e crescimento celular 
 
 
 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
 
Efeitos Adversos: 
 
• Tosse seca (5-30%): acúmulo de bradici-
nina 
• (edema e broncoespasmo); 
• Eritema: vasodilatação 
• Alterações no paladar (disgeusia); 
• Hipotensão (primeiras doses) 
• Hipercalemia (excesso de potássio) 
• Edema angioneurótico: nariz, garganta, 
boca, glote, laringe, lábios, língua - raro 
• Neutropenia, glicosúria, hepatotoxici-
dade (raros) 
 
Contra-indicações: 
 
• Gravidez (2o - 3o trimestres: efeitos no 
feto como hipotensão, insuficiência re-
nal e malformações- Risco D) 
• AINEs: interfere na ação do fármaco 
• Não associar com diuréticos poupado-
res de potássio ou BRA - risco de hiper-
calemia 
• Estenose crítica da artéria renal (IECA di-
minui pressão de perfusão) 
 
2. Antagonistas dos receptores AT1 de angio-
tensina II (BRA): 
 
• ECA não seria a única enzima capaz de 
formar ANGIO II. Portanto, o bloqueio de 
receptor AT1 é uma vantagem dos 
BRAs. 
• BRAs permitem ativação de receptor 
AT2 
 
losartana, candesartana, valsartana, irbesartana, 
olmesartana, telmisartana , eprosartana 
 
Ações: bloqueio do receptor AT1 de angioten-
sina II 
• vasodilatação: diminui a contração do 
m. liso vascular 
• diminui a liberação de vasopressina e di-
minui a sede 
• diminui a liberação de aldosterona: re-
duz volume 
• diminuição da liberação de catecolami-
nas e seus efeitos 
• menor hipertrofia e hiperplasia miocár-
dica 
• Usos: 
 
• ICC:2a escolha visto que os IECAS têm 
maior efetividade em diminuir mortali-
dade 
• Anti-hipertensivo - jovens/ meia idade 
(renina mais alta) 
• Após IAM: reduz a pós-caga e hipertro-
fia ventricular 
• Reduz a progressão da IR 
• Reduz progressão da nefropatia diabé-
tica 
 
• Efeitos Adversos: 
 
• Cefaléia, tontura 
• Artralgia ou mialgia 
• Fadiga 
• Hipercalemia (excesso de potássio) 
• Incidência de tosse ou angioedema é 
muito menor 
• Teratogênico 
• Anafilaxia, hepatite, neutropenia, leuco-
penia, prurido,urticária, hiponatremia e 
alopecia - raros 
 
• Contraindicações: 
 
• Gravidez (2o - 3o trimestres: efeitos no 
feto como 
• hipotensão, insuficiência renal e malfor-
mações - Risco D) 
• AINEs 
• Não associar com diuréticos poupado-
res de potássio ou IECA - risco de hiper-
calemia 
• Estenose crítica da artéria renal (IECA di-
minui pressão de perfusão) 
 
3. Inibidor de renina: 
 
Alisquireno: 
 
• Único da classe atualmente disponível 
para uso clínico. Dose única diária 
• nibição direta da ação da renina com 
consequente diminuição da formação 
de angiotensina II. 
• Boa tolerabilidade 
• Capacidade, em monoterapia, de re-
dução da PA: semelhante aos demais 
anti-hipertensivos. 
• Associação tolerável com IECAs ou BRAs 
ou hidroclorotiazida (exceto em diabéti-
cos ou renais) 
• Não existem, contudo, evidências de 
seus benefícios sobre a morbimortali-
dade. 
 
Bloqueadores do SNA Simpático: 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
 
Antagonistas dos Receptores alfa-1: terminam 
em OSINA 
Antagonistas dos Receptores Beta: terminam 
em LOL 
• Propranolol, atenolol, metoprolol, carve-
dilol (age em beta e alfa 1), nebivolol 
(aumenta a síntese de NO. 
 
 
1. Antagonistas dos receptores beta-1 = beta 
bloqueadores (BB): 
 
Usos: 
• hipertensão 
• após IAM reduz a demanda de oxigênio 
e aumenta a oferta 
• ICC 
• angina 
• emergências hipertensivas 
• arritmias 
• enxaqueca, ansiedade, glaucoma 
 
Labetalol usado nagravidez. 
Apenas Carvedilol, metoprolol, bisoprolol na hi-
pertensão e ICC 
 
Propranolol, Sotalol - não seletivos (β1 e β2) 
 
Efeitos adversos: 
• Broncoconstrição 
• Bradicardia 
• Hipoglicemia 
• Fadiga 
• Alterações no SNC confusão, pesadelo 
e letargias 
• Outros usos: tremor essencial, sintomas 
agudos do pânico, enxaqueca, hiper-
tensão portal 
 
 
 
Beta-bloqueadores não seletivos na hiperten-
são portal: 
 
Aumento da pressão portal - sangue se acumula 
em leitos vasculares criando um sistema colate-
ral (varizes esofágicas) que pode se romper pela 
dilatação. Os β-betabloqueadores, principal-
mente o propranolol e o sotalol, ao bloquearem 
β2 geram vasoconstrição desses leitos e o blo-
queio em β1 diminui o DC e o fluxo portal, redu-
zindo as incidências de hemorragias 
 
Interrupção Abrupta dos Beta-Bloqueadores: 
 
● Efeito rebote que pode causar: 
➔ Arritmias cardíacas 
➔ Agravar a Insuficiência Coronariana 
➔ Infarto do Miocárdio (ocasional-
mente) 
➔ Morte súbita (ocasionalmente) 
● Possíveis causas: 
➔ Cessação dos efeitos protetores dos 
β-bloqueadores 
➔ Aumento da sensibilidade dos recep-
tores β-adrenérgicos 
➔ Aumento do número de receptores β-
adrenérgicos (up-regulation) 
➔ Aumento das catecolaminas circu-
lantes 
 
Retirada dos β-bloqueadores deve ser gradual 
 
Efeitos Adversos: 
 
● Fadiga e fraqueza 
● Tonturas e hipotensão 
● Insônia (compostos lipossolúveis) 
● Bradicardia ou bloqueio AV 
● Broncoespasmo (não seletivos) 
● Mascarar efeitos da hipoglicemia 
● Elevação de triglicerídeos e redução de HDL 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
● Intolerância a glicose em fármacos sem ação 
vasodilatadora (reduz aporte de glicose no 
músculo esquelético 
● Disfunção sexual (reduzida com BB vasodilata-
dores) 
 
 
2. Antagonistas dos receptores alfa-1 = alfa blo-
queadores 
 
prazosina, doxazosina, terazosina, tansulosina 
 
Efeitos e Usos: 
• Inibe vasoconstrição em receptores alfa-
1 
• Dilatação arteriolar e venosa: diminui 
RVP 
• Hipertensão grave 
• Hiperplasia prostática benigna: compres-
são do ureter → dificuldade miccional → 
faz o relaxamento do ureter → facilita o 
fluxo urinário 
 
Efeitos Adversos: 
• Letargia, cefaléia e tontura 
• Hipotensão postural (início) 
• Taquicardia reflexa (início) 
• Incontinência urinária 
• Náusea e congestão nasal 
• Tolerância: tem que aumentar a dose 
 
 
3. Agonistas dos receptores alfa-2 = inibidores 
centrais 
 
Efeitos e Usos: 
• Diminui o tônus simpático nos centros de 
controle vascular 
• Diminui os efeitos da NE no débito e na 
resistência periférica vascular → diminui a 
PA 
• Clonidina: hipertensão grave 
• Metildopa: hipertensão em grávidas 
 
Efeitos Adversos: 
• Sonolência e sedação 
• Boca seca 
• Fadiga 
• Hipotensão postural 
• Disfunção erétil, distúrbio na ejaculação 
• Depressão 
 
Bloqueadores de Canais de Ca+ 
 
Atuam sobre os canais de cálcio tipo L, impe-
dindo sua abertura e a entrada de cálcio 
 
1. Músculo Liso vascular: vasodilatação ar-
teriolar 
2. Coração: reduz a FC 
Reduz a pressão arterial. 
 
3 classes: 
 
1. Diidropiripinas - atuam mais em músculo liso 
 
Nifedipino, anlodipino, nimodipino, felodipino, 
lacidipino, levanlodipino, lercanidipino, isradi-
pino 
 
 
2. Fenilalquilaminas - mais cardiosseletivos (anti-
arrítmico) 
Verapamil: age apenas no coração 
 
 
3. Benzotiazepinas - agem no coração e mús-
culo liso 
• Diltiazem: age no coração e m. liso 
 
2 e 3 são os não-diidropiridinas 
 
Como é feita a contração ao bloquear o canal 
de cálcio? 
 
Entrada de Ca2+ através dos canais tipo L regu-
lados por voltagem - ativa a calmodulina (CaM). 
O complexo Ca2+-CaM ativa a quinase da ca-
deia leve de miosina - fosforila a cadeia leve de 
miosina - interage com a actina - pontes cruza-
das de actina/miosina - contração da célula 
muscular lisa vascular. 
 
• Diidropiridinas: 
 
o Dilatam as artérias coronárias, aumen-
tando o suprimento de O2 do miocárdio 
 
o Dilatam as arteríolas periféricas, dimi-
nuem pós-carga, reduzem a demanda 
de O2 do miocárdio 
 
• Não-diidropiridinas 
 
o Diminuem a contratilidade cardíaca, a 
automaticidade no nó SA, reduzem de-
manda de O2 do miocárdio 
o Diminuem a condução no nó AV - antiar-
rítmico 
 
Usos: 
1. Diidropiridinas: HAS, doença arterial coro-
nariana, angina 
2. Não-diidropiridinas: arritmias, angina, ta-
quicardia supraventricular paroxística, fi-
brilação atrial. 
 
Efeitos Adversos: 
 
Anlodipino, nifedipino e outros 
 
• Hipotensão 
• Rubor facial: vasodilatação 
• Edema periférico (tornozelo) 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
• Tontura, vertigem 
• Cefaleia 
• Taquicardia reflexa 
 
Verapamil e diltiazem 
 
• Depressão miocárdica 
• Bloqueio atrio-ventricular (agravar IC) 
• Hipotensão 
• Bradicardia sinusal 
• Constipação intestinal (verapamil) 
 
Diuréticos 
Diuréticos → diminuem volume e faz vasodilata-
ção: 
• de alça: furosemida (não é usado para 
HAS) 
• tiazídicos: hidroclorotiazida (maior meia-
vida) 
• poupadores/ antagonistas de potássio 
 
Inibem os transportadores renais de íons, e dimi-
nuem a reabsorção de Na+ em diferentes par-
tes do néfron. → Acarreta: aumento na natriu-
rese e diurese 
 
 
A. Diuréticos de Alça: 
 
furosemida, bumetanida, torsemida, piretanida 
 
Na membrana apical, ocorre a inibição do co-
transportador Na/K/Cl → impede a reabsorção 
desses sais e aumentam a excreção de Na+, Cl- 
e K+, Ca 2+ e Mg2+ → Aumenta o volume uriná-
rio e reduz o débito cardíaco. 
 
→ Usos: 
• Edema (ICC, hepatopatias - ascite, do-
ença renal 
• Edema pulmonar e cerebral 
• Hipercalcemia 
 
AINES reduzem sua eficácia 
 
→ Efeitos Colaterais: 
• A furosemida promove uma perda 
grande de íons → hiponatremia, hipoca-
lemia, hipocalcemia e hipomagnesemia. 
• Depleção de volume 
• Alcalose metabólica (perda de H+) 
• Arritmia cardiaca (diminuição de K+, 
Ca2+ e Mg2+) 
• Hiperuricemia 
• Ototoxicidade: redução da endolinfa 
 
 
 
B. Diuréticos Tiazídicos e Tiazídicos Like: 
 
hidroclorotiazida, clortalidona, indapamida 
 
Na membrana apical, atuam na inibição do 
co-transportador Na+/ Cl- (NCC): 
 
• Aumentam a excreção de Na+, Cl- e 
K+ → Aumentam o volume urinário e di-
minui o débito cardíaco. Na urina, é eli-
minado mais sódio e cloreto. 
• Reduzem a excreção de Ca2+ → Au-
menta a calcemia e a densidade óssea 
 
→ Usos: 
 
• Hipertensão 
• Edema (ICC), hepatopatias, doença re-
nal, uso de clicocorticoides 
• Reduzir a perda de Ca2+ na osteopo-
rose 
• Reduzir o risco de nefrolitíase 
• Hipocalcemia 
 
→ Efeitos Colaterais: 
 
• Hiponatremia, hipocalemia 
• Hipercalcemia 
• Hiperuricemia 
• Fadiga, cansaço 
• Hipotensão 
• Intolerância à glicose - hiperglicemia 
• Aumenta LDL, colesterol, triglicérides 
• Disfunção sexual (mais significativa que 
outros) 
 
Maior potência diurética da clortalidona com 
relação à hidroclorotiazida, quando compara-
das dose a dose, e sua meia vida é mais 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
prolongada - indicada como DIU preferencial 
em pacientes com HA resistente ou refratária 
 
 
 
Aumento da glicemia: 
 
• Possível redução da secreção de insu-
lina e alteração no metabolismo de gli-
cose; 
• Hiperglicemia é reduzida quando se ad-
ministra potássio 
 
C. Diuréticos Poupadores de K+: 
 
1. Amilorida, triantereno: 
 
• Agem no bloqueio do canal de Na+, 
aumentando sua excreção e dimi-
nuindo sua reabsorção 
• Poupam potássio porque ao reduzir a [ ] 
de Na na célula, ocorre a diminuição 
da perda de potássio para manter o po-
tencial positivo 
• Possui afinidade pelo receptor de testos-
terona → bloqueia ação da testoste-
rona 
 
→ Usos: 
 
• Hipertensão associado a outros diuréti-
cos 
• Diminuiedema e ascite na ICC 
 
→ Efeitos Colaterais: 
 
• Hipercalemia 
• Tontura, fadiga, cefaleia 
• Distúrbios gástricos - diarreia, náusea 
 
2. Espironolactona, eplerenona: antagonista de 
receptor de aldosterona 
 
• Bloqueiam o receptor de potássio → diminui 
a síntese de novos canais de Na+ e bombas 
Na/K+ ATPase → Aumenta a excreção de 
Na+ e diminui a excreção de K+ → Au-
mento do débito urinário e diminuição do 
débito cardíaco. 
 
→ Usos: 
 
• Hipertensão associado a outros diuréti-
cos 
• Hipertensos obesos 
• Aumenta a sobrevida no ICC (retarda 
remodelamento cardíaco) 
• Hiperaldosteronismo 
• Efeitos antiandrogênicos: tratar hirsu-
tismo, SOP e acne 
 
→ Efeitos Colaterais: 
 
• Hipercalemia 
• Distúrbios gástricos 
• Azotemia (diminui uréia, creatinina e 
ácido úrico) 
• Diminuição da libido (efeitos antiandro-
gênicos) 
• Ginecomastia em homem e irregularida-
des menstruais em mulheres 
• Letargia e confusão mental 
 
 
o Deve-se dar preferência aos DIU tiazídicos 
(clortalidona, hidroclorotiazida e indapa-
mida) em doses baixas, pois são mais suaves 
e com maior tempo de ação 
 
o Reservar os DIU de alça (furosemida e bume-
tanida) aos casos de insuficiência renal e si-
tuações de edema. 
 
o Os poupadores de potássio (espironolac-
tona e amilorida) são habitualmente utiliza-
dos em associação com os tiazídicos ou DIU 
de alça. 
 
o O volume circulante praticamente se norma-
liza após quatro a seis semanas de uso do fár-
maco. 
 
o A administração intravenosa de furosemida 
a pacientes com edema pulmonar causado 
por ICC aguda provoca um efeito vasodila-
tador (reduz RVP) terapeuticamente útil an-
tes do início do efeito diurético. 
 
 
 
 
 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
Vasodilatadores Diretos 
 
A. Nitrovasodilatadores: 
 
Regulação endotelial do relaxamento do mús-
culo liso vascular mediado por óxido nítrico. 
 
Acetilcolina ou bradicinina - 2o mensageiros - 
entrada direta do Ca2+ no citosol - ativa o com-
plexo Ca2++ calmodulina - estimula a óxido ní-
trico sintase endotelial (eNOS) - formação de NO 
 
NO difunde-se para células musculares lisas vas-
culares - ativa a guanilil ciclase e a abertura de 
canais de K+ = relaxamento 
 
 
 
a. Nitratos Orgânicos (ambulatorial): São reduzi-
dos e liberam NO 
 
Propatilnitrato, Nitroglicerina, mononitrato de 
isossorbida, dinitrato de isossorbida 
 
Fazem dilatação (mais venosa do que arteriolar) 
→ vasodilatação → aumento da oferta de O2 e 
diminuição da demanda 
 
→ Usos: 
 
• Angina (prevenção e tratamento): oferta 
de O2 diminuida (fluxo coronariano redu-
zido → FC alta) e demanda aumentada 
• Tratamento: 
o Bloqueadores de canais de cál-
cio 
o Betabloqueadores 
o Nitratos Orgânicos 
o Abridores de canais de K+ (nico-
randilo) 
 
 
• IC aguda e crônica 
• IAM “O uso de nitratos na fase aguda do 
IAM está indicado para controle da dor 
anginosa persistente, e/ou hipertensão 
arterial sistêmica e/ou insuficiência cardí-
aca” 
o Tratamento do IAM: mnemonica MO-
NABCH 
▪ Morfina 
▪ O2 
▪ Nitrato 
▪ AAS 
▪ Beta-bloqueadores 
▪ Clopidogrel 
• Crise hipertensiva 
 
→ Efeitos Colaterais: 
• Hipotensão postural 
• Cefaléia 
• Taquicardia reflexa 
• Rubor facial 
• Tolerância a uso prolongado 
 
Não associar com inibidores de PDE5 → Silena-
fila, tadalafila, vardenafila. 
 
 
b. Doadores de NO (uso hospitalar): Liberam es-
pontaneamente NO. 
 
Nitroprussiato/ Nitroprusseto de sódio 
 
Doa NO → Vasodilatação venosa e arterial → 
Reduz a pré e pós carga 
 
→ Usos: 
• Hospitalar em emergências 
• Hipertensivas 
• Angina 
• ICC grave 
 
 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
→ Efeitos Colaterais: 
• Hipotensão 
• Taquicardia reflexa 
• Rash cutâneo 
• Tontura e cefaléia 
• Intoxicações com tiocianato - uso pro-
longado ou em insuficiência renal/hepá-
tica (náusea, arritmias, desorientação, 
convulsões, morte) 
• Metemoglobinemia 
 
C) Ativam canais de K+ 
 
Minoxidil, nicorandilo 
 
Permite que o potássio saia da célula → Hiperpo-
larização → Inibe a ação do canal cálcio de-
pendente → Vasodilatação arteriolar e arterial 
 
→ Usos: 
 
• Nicorandilo - angina 
• Minoxidil e diazóxido - hipertensão grave 
refratária; 
• Minoxidil - para crescimento de pêlos e 
cabelo 
 
→ Efeitos Colaterais: 
 
• Cefaleia 
• Edema (associar com diuréticos) 
• Taquicardia reflexa (associar com beta-
bloqueadores) 
• Hirsutismo, hipertricose 
 
D) Hidralazina: 
 
Mecanismo desconhecido: inibição do IP3 → 
reduz a saída de cálcio → vasodilatação arteri-
olar e arterial 
 
→ Usos: 
• Hipertensão grave 
• Crise hipertensiva 
• ICC com dinitrato isossorbida 
• Hipertensão em grávida - curto prazo 
 
→ Efeitos colaterais: 
• Hipotensão 
• Taquicardia reflexa 
• Cefaléia 
• Reação Lupus-like 
 
Tratamento do ICC: 
 
→ Objetivo: reduzir edema; reduzir trabalho car-
díaco; causar vasodilatação para reduzir pré e 
pós carga 
 
Diminuição do débito cardíaco → diminuição 
da perfusão tecidual → SRAA: 
• aumenta a resistência vascular perifé-
rica e aumenta a pré-carga 
• aumenta a aldosterona → aumenta o 
volume (edema) → aumenta a pré-
carga 
 
 
 
 
 
Cardiotônicos - Digoxina 
 
Digoxina - glicosídeos cardíacos (VO e IV) 
 
• Derivada das folhas da dedaleira (Digita-
lis sp), é o glicosídeo cardíaco de uso clí-
nico mais disseminado 
• Efeito inotrópico positivo = ↑ DC 
• Efeito cronotrópico negativo = (+vago) 
↓demanda de O2 
• Efeito dromotrópico negativo = ↓ veloci-
dade do nó AV 
 
→ Quando será usado? 
 
• ICC com fração de ejeção reduzida sin-
tomática = ajuda o enchimento ventricu-
lar, fortalece o coração e ajuda na inibi-
ção da fibrilação atrial. 
• Embora não melhore a sobrevida, dimi-
nui os sintomas, melhora o estado funcio-
nal e reduz a frequência de hospitaliza-
ção 
 
→ Efeitos humorais: Aumenta o tônus vagal, di-
minui a NE plasmática/ diminui a atividade sim-
pática → Normaliza barorreceptores 
 
 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
→ Efeitos colaterais: 
 
• Gastrintestinais: anorexia, diarreia, vômi-
tos, náuseas, dor 
• Cardíacos: arritmias ectópicas, distúrbios 
de condução, bradicardia sinusal, pro-
longamento da condução ou bloqueio 
AV 
• Psiquiátricos: delírio, fadiga, confusão, 
sonhos anormais 
• Visuais: visão turva, amarelada (xantop-
sia), halos 
• Respiratórios: aumento da ventilação à 
hipóxia 
 
Risco de intoxicação → pequena janela terapêutica 
 
→ Intoxicação Digitálica: 
 
• Manifestações cardíacas: 
o Taquicardias supraventriculares 
paroxísticas e não paroxísticas 
o Bradicardia com bloqueio atrio-
ventricular 
o Bloqueio sinoatrial 
o Taquicardia e fibrilação ventricu-
lares 
o Extra-sístoles 
• TGI: náusea, vômitos, diarreia. 
• SNC: cefaleia, astenia muscular, nevral-
gias (simulando nevralgia do trigêmio), 
• desorientação, confusão mental e até 
mesmo delírios e alucinações 
• Visuais: alteração nas percepções de 
cores (visão amarela), visão dupla, visão 
branca (presença de halos brancos em 
objetos escuros e os objetos em geral 
são vistos como congelados) 
 
 
B. Dobutamina: 
 
• Agonista β1 
• Efeitos + inotrópico que cronotrópico = 
↑contratilidade, DC e volume sistólico 
 
→ Usos Clínicos: 
• ICC aguda ou agudizada 
 
→ Efeitos Colaterais: 
• Taquiarritmias, hipertensão, angina, dis-
pneia 
 
Tratamento dos Distúrbios da Hemostasia 
 
Dano endotelial → exposição do colágeno → 
Ativação da cascata de coagulação, agrega-
ção plaquetária e liberação de fatores vaso-
constritores 
• Grânulos que induzem a agregação pla-
quetária: Tromboxano, ADP → São alvos 
farmacológicos. 
• Agregação plaquetária promove a for-
mação de um tampão hemostático es-
tável 
• Fator tecidual: dá início à cascata de co-
agulação→ Ativa a trombina e a fibrina 
→ Deixa o tampão mais estável 
 
Fármacos usados para tratar 
distúrbios da hemostasia: 
 
1. Antiagregantes plaquetários (age na 
plaqueta) - AAS, clopidogrel, ticagrelor. 
2. Anticoagulantes (age na cascata) - var-
farina, heparina, rivaroxabana, dabiga-
trana. 
3. Trombolíticos - Estreptoquinase, alte-
plase, tenecteplase. 
 
Antiagregantes Plaquetários 
 
1. Inibidores da COX: AAS 
 
→ Usos Clínicos: AAS 
• Tromboprofilaxia (50-300 mg) 
• AVC trombótico em evolução 
• IAM: “No Brasil, recomenda-se o uso de 
200 mg de AAS - reduz risco de morte em 
23% (quando utilizado isolado) e em 42% 
(quando associado ao fibrinolítico)”. 
 
→ Contraindicações: 
• Hipersensibilidade 
• Crianças com viroses (Síndrome de Reye) 
• Distúrbios hemorrágicos 
 
→ Efeitos adversos: 
• Sangramento do TGI 
• IRA 
• trombocitopenia 
• hepatite 
• angioedema 
• asma 
• Síndrome de Reye 
• zumbido 
• exantema. 
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2. Inibidores do ADP: 
 
Clopidogrel, prasugrel, ticagrelor 
 
Clopidogrel e prasugrel são inibidores irreversí-
veis do receptor P2Y12 de ADP. 
• O ticagrelor é reversível 
 
→ Clopidogrel - pró-fármaco; início de ação 
lento (± 5 dias para efeito total) 
 
• T½ → 7 h 
• variabilidade interindividual no grau de 
inibição plaquetária 
 
→ Prasugrel - pró-fármaco; início de ação 15 
min; tempo de meia vida 8 dias; > inibição pla-
quetária 
 
→ Ticagrelor - ativo; início de ação 30 min, 
tempo de meia vida: 8 h. 
 
• Ticlopidina foi a 1a a ser introduzida, po-
rém causa neutropenia e trombocitope-
nia 
 
3. Inibidores da Gp IIb/ IIIa: abciximabe: tirofi-
ban, eptifibatide 
 
Clopidogrel (SUS), prasugrel, ticagrelor 
 
→ Usos Clínicos: 
 
• Prevenção secundária de eventos ate-
roscleróticos em IAM 
 
• Acidente vascular encefálico ou do-
ença vascular periférica recente 
 
• Prevenção da trombose do stent (asso-
ciado a AAS) 
 
→ Contraindicações: 
 
• Distúrbio hemorrágico ativo. 
 
→ Efeitos adversos: 
 
• Infecção do trato respiratório superior, 
dor no peito, cefaleia, artralgia, diarreia, 
rash cutâneo, depressão e outros. Me-
nos efeitos colaterais e mielotoxicidade 
que a ticlopidina 
 
Pacientes usando clopidogrel após IAM, a tera-
pia concomitante com inibidores da bomba de 
prótons, está associada com redução dos efei-
tos antiagregantes do clopidogrel e aumento do 
risco de reinfarto. 
 
O omeprazol é um inibidor enzimatico, e o clopi-
dogrel é um pró-farmaco → Não será ativado. 
Anticoagulantes: 
 
→ Usos clínicos: 
 
A heparina (geralmente baixo peso molecular) 
é usada no atendimento imediato (injetável). 
Para tratamento prolongado usa-se varfarina 
ou inibidores direto da trombina ou do Xa (via 
oral) 
 
→ Utilizado em: 
 
• Prevenção de trombose venosa pro-
funda 
• Extensão de trombose venosa profunda 
estabelecida 
• Embolia pulmonar 
• Trombose e embolização em pacientes 
com fibrilação atrial 
• Trombose em próteses valvares 
• Coagulação em circulação extracorpó-
rea (p. ex., durante hemodiálise) 
• Progressão do dano do miocárdio em 
pacientes com angina instável e durante 
o tratamento do infarto do miocárdio 
com elevação de ST. 
 
 
1. Antagonista vit K - varfarina: 
 
A vitamina K é um co-fator para ativar as enzi-
mas que promovem a sequência da cascata 
de coagulação 
 
A vitamina K (alemão Koagulation) é um cofa-
tor lipossolúvel necessário para a produção he-
pática normal de 4 fatores de coagulação = II, 
VII, IX e X. 
 
É um antagonista da vit K (inibe as enzimas re-
dutases) = prejuízo na produção dos fatores II, 
VII, IX e X. 
 
• Metabolização hepática (CYP2C9); 
• Efeito máximo entre 24-48 h 
• T1/2 40 h; 
• ± 99% ligada às proteínas plasmáticas; 
• Excreção renal 
 
→ Usos Clínicos: 
• Trombose venosa 
• Profilaxia e tratamento da embolia pul-
monar 
• Embolia sistêmica pós-infarto ou associ-
ada à fibrilação atrial. 
 
→ Efeitos adversos: 
• Hemorragia, Síndrome da embolização 
de colesterol, necrose de pele e outros 
tecidos, 
• Reação de hipersensibilidade, Alopécia, 
Hepatite, Dor abdominal, 
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→ Contraindicações: 
 
• Hemorragias 
 
• Gravidez – teratogênico 
 
• Tendência hemorrágica ou discrasias 
sanguíneas 
 
• Aneurismas 
 
• Pericardite, endocardite 
 
• Cirurgia ocular, cerebral ou espinal re-
cente 
 
• Hipertensão grave não controlada 
 
• Eclampsia, pré-eclâmpsia 
 
• Anestesia por bloqueio regional ou lom-
bar. 
 
→ Considerações: 
 
• Necessário monitorar tempo de protrom-
bina (INR); 
 
• Várias interações medicamentosas (liga-
ção com albumina e ação CYPs) 
 
• Efeito anticoagulante pode ser reduzido 
por ganho de peso, diarreia, vômito, 
idade < que 40 anos e consumo exces-
sivo de vitamina K na dieta alimentar 
 
• A dose da varfarina a ser utilizada é influ-
enciada por fatores 
 
Reverter varfarina: vitamina K + complexo pro-
trombina ou plasma fresco congelado 
 
→ Principais fontes de vit K: 
 
• Vegetais e óleos 
• Alimentos folhosos verde escuros 
• Preparados à base de óleo, oleaginosas 
e frutas como o kiwi, abacate, uva, 
ameixa contêm teores significantes de vi-
tamina K, enquanto os cereais, grãos, 
pães e laticínios possuem teores discre-
tos. 
 
2. Inibidores do fator Xa Rivaroxabana, apixa-
bana: 
• inibem apenas o fator Xa 
 
NOACS: 
• Non-vitamin K antagonista 
• Oral 
• Anti Coagulants 
 
 
→ Contraindicações: 
 
• Hipersensibilidade à substância ativa ou 
excipientes. 
• Hemorragia ativa ou risco de hemorra-
gia 
• O tratamento concomitante com quais-
quer outros anticoagulantes, 
• Doença hepática associada a coagulo-
patia e risco de hemorragia clinica-
mente relevante, 
• Gravidez e amamentação. 
 
→ Efeitos colaterais: 
 
• Hematológicos e do sistema linfático 
(anemia, trombocitopenia); 
• Imunológicos (reação alérgica, derma-
tite alérgica) 
• SNC - tonturas, cefaleias, síncope. He-
morragia cerebral e intracraniana 
• Afecções oculares 
• Cardiopatias, taquicardia, vasculopa-
tias, hipotensão, hematoma 
• Doenças respiratórias, torácicas e do 
mediastino 
• Hemorragia do trato gastrointestinal 
• Afecções hepatobiliares 
 
 
 
 
 
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→ Antídotos: 
• Varfarina: dar vitamina K e trombina 
• Rivaroxabana: Andexanet 
o Rivaroxabana, apixabana e edoxa-
bana inibem fator Xa- Andexanet se-
questra estes NOACs, que deixam 
de inibir Xa 
• Dabigatrana: 
o O idarucizumab é um fragmento de 
anticorpo monoclonal desenvolvido 
para reverter a ação da dabiga-
trana 
 
 
3. Inibidores da trombina - dabigatrana: inibe a 
trombina e impede a produção de fibrina 
 
 
4. Heparinas - fracionada e não fracionada: 
• Heparina é um mucopolissacarídeo en-
contrado em mastócitos, basófilos e en-
dotélio vascular. 
• É considerada o ácido orgânico mais 
forte do organismo: 
o Heparina não fracionada (HNF) 
o Heparina de baixo peso molecular 
(HBPM ou LMW): Enoxaparina, dalte-
parina 
o Fondaparinux: heparina mais avan-
çada, com T½ mais longa, pouco 
usada na clínica. 
 
• Heparina - ativa antitrombina III → pro-
tease plasmática responsável por inati-
var a trombina e outros fatores como 
IXa, Xa, XIa e XIIa (acelerando em até 
1000x ação inibitória da antitrombina III) 
 
• HBPM ativa antitrombina III de uma ma-
neira diferente - inibindo mais seletiva-
mente o fator Xa 
 
→ Usos Clínicos: 
 
• Profilaxia e tratamento das tromboembolias: 
o TVP 
o Embolia pulmonar 
 
• Síndromes coronarianas agudas 
 
→ Contra-indicações: 
 
• Sangramentos ativos 
• Trombocitopenia induzida por heparina 
• Tendências hemorrágicas 
• Hipersensibilidades, hipertensão grave 
 
Diferentemente dos anticoagulantes orais, a he-
parina,as HBPM e o fondaparinux não atraves-
sam a placenta e não foram associados a mal-
formações fetais = escolha para anticoagula-
ção durante a gravidez. 
 
→ Efeitos colaterais: 
• Hemorragia 
• Trombocitopenia (> com não fracio-
nada) 
• Reações anafilactoides e de hipersensi-
bilidade 
 
Não Fracionadas: prolongamento de tempo de 
coagulação, ulceração de mucosa e hema-
toma 
 
Fracionadas: edema, diarreia, náusea, hema-
toma, anemia hipocrômica normocítica, confu-
são, dor dispneia, febre, irritação local 
 
Trombolíticos (Fibrinolíticos) 
 
Estreptoquinase, Alteplase, tenecteplase, Rete-
plase 
 
DIssolve a malha de fibrina em um trombo já for-
mado por fibrinólise → Ativação do plasminogê-
nio - gera plasmina - divide o fibrinogênio e a fi-
brina em produtos de degradação 
 
Fibrinolíticos: ativam plasminogênio - gera plas-
mina - quebra da fibrina. 
 
→ Estreptoquinase: 
 
• Mecanismo de ação: Forma complexo 
com plasminogênio endógeno - 
quando ativado induz a formação de 
plasminas. 
 
• Usos clínicos: 
o IAM com elevação ST (o quanto an-
tes melhor). 
o Trombose arterial e venosa 
o Embolia pulmonar 
o Oclusão de cateter 
 
Extraída de culturas de Estreptococos ꞵ-hemolí-
ticos → Pode desencadear resposta antigênica 
após doses repetidas; risco de anafilaxia. 
 
 
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• Contraindicações: 
o Hipertensão grave não-controlada 
o Sangramentos internos ativos 
o Cirurgias, traumatismos ou AVC há 
menos de 2 meses. 
• Efeitos Colaterais: 
o Arritmias 
o Sangramentos 
o Hipotensão 
o Febre 
o Calafrios 
o Síndrome de embolia por colesterol 
(muito raro) 
o Reações anafilactoides 
 
Como as ações trombolíticas são 
inespecíficas, pode haver fibrinólise sistêmica 
 
→ Alteplase: 
 
• Mecanismo de ação: 
 
o Ativador direto do plasminogênio te-
cidual 
o Mais ativo sobre o plasminogênio li-
gado à fibrina do que sobre o plas-
mático, é considerado “seletivo 
para o coágulo”. 
 
• Vantagens: 
o Pouco antigênico; 
o Produz fibrinólise local (liga-se a trom-
bos recém-formados) 
 
• Usos Clínicos: 
o Após IAM com elevação ST: diminui 
taxa de mortalidade 
o Embolia pulmonar potencialmente 
fatal 
o AVC isquêmico agudo 
o Recanalização de artéria coronárias 
ocluídas; 
 
• Contraindicações: 
o AVC hemorrágico recente 
o Hipertensão grave não-controlada 
o Sangramentos internos ativos 
o Cirurgias, traumatismos há menos de 
2 meses 
 
• Efeitos Colaterais: 
o Hemorragias 
o Sepse 
o Arritmias 
o Síndrome de embolia por colesterol 
 
Tratamento farmacológico do IAM: 
 
• Tratamento imediato: oxigênio, aspirina. 
• Laboratoriais: 
o Mioglobina - baixa especificidade, mas 
pode descartar IAM. 
o CK total - baixa especificidade para 
m. cardíaco 
o CK-MB (músculo cardíaco) - predo-
mina no m. cardíaco, ↑ 4-6 h, pico 
18h, normal 48h 
o Troponina - ↑ 4-6 h após lesão e po-
dem permanecer elevadas por 10 
dias. Medir na suspeita de IAM na ad-
missão e 3 h depois 
 
• Morfina: deve ser dada apenas se o pa-
ciente possuir dor após a adm de nitrato 
ou se o beta-bloq ou o nitrato sejam con-
traindicados 
• Oxigênio: em pacientes com risco inter-
mediário e alto, com SaO2 <90%. Pode 
causar vasoconstrição 
• Nitrato: alívio da angina. Não se usa in-
farto se for de ventrículo direito -> pode 
provocar choque cardiogênico pois 
ocorre redução de pré carga. 
• ASS: inibidor P2Y12. Doses elevadas po-
dem inibir ambas as COXs 
• Betabloqueadores: nas primeiras 24h em 
pacientes sem contraindicações (bradi-
cardia) 
• Clopidogrel (dose de ataque): em paci-
entes com alto risco para sangramento 
ou necessidade de anticoagulação oral 
a longo prazo. 
• Heparina: anticoagulação (preferência 
para de baixo peso para pacientes com 
clearance bom) 
 
Na alta hospitalar: 
• Aspirina 
• Betabloq 
• Clopidogrel, ticagrelor ou prasugrel 
• Dinitrato ou mononitrato de isossorbida 
• Estatina → diminui remodelamento cardí-
aco 
• IECA → reduz risco vascular e remodela-
mento = aumenta a sobrevida 
 
Tratamento farmacológico das dislipidemias 
 
Associação direta entre [ ] plasmática de lipí-
dios e risco de doença cardiovascular 
 
• Classificação genotípica - monogênicas ou 
poligênicas (multifatorial) 
 
• Classificação fenotípica ou bioquímica: 
 
1. Hipercolesterolemia isolada: elevação iso-
lada do LDL-c (≥ 160 mg/dl) 
 
2. Hipertrigliceridemia isolada: elevação iso-
lada dos TGs (≥ 150 mg/dl) que reflete o au-
mento do número e/ou do volume de partí-
culas ricas em TG, como VLDL, IDL (interme-
diary density lipoprotein) e quilomícrons. 
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3. Hiperlipidemia mista: valores aumenta-
dos de LDL-c (≥ 160 mg/dl) e TG (≥ 150 
mg/dl). 
4. Distúrbio do metabolismo de HDL-c: redu-
ção do HDL-c (homens < 40 mg/ dl e mu-
lheres < 50 mg/dl) isolada ou em associa-
ção a aumento de LDL ou de TG. 
 
Colesterol alto: estatina + ezetimiba 
TAG alto: fibrato 
 
→ Formação e metabolismo das lipoproteínas: 
 
(1) colesterol (C) e ácidos graxos livres (AGL) da 
dieta são emulsificados no intestino pelos ácidos 
biliares e transportados aos enterócitos pelo 
NPC1L1. 
 
(2) C e TG são incorporados aos quilomícrons 
(QUI) - sistema linfático - circulação - fígado. 
 
(3) no capilar ativa lipase lipoproteica (LPL)- hi-
drolisa AGL - usados pelos músculos e tecido adi-
poso 
 
(4) Remoção dos TGs dos QUI - HDL - transporte 
reverso do colesterol para fígado 
 
(5) C e TG excedentes transportados como VLDL 
para os tecidos - LPL - libera os AG - gera LDL 
 
(6) LDL retorna aos hepatócitos via receptores ou 
é capturada por receptores extra-hepáticos, 
onde são oxidadas e contribuem para a atero-
gênese. 
 
• Estatinas: diminuem a síntese do coleste-
rol endógeno 
• Fibratos: estimulam a lipase → captura 
de ácidos graxos e redução dele livre cir-
culante, 
 
Aterosclerose: As placas ateromatosas são le-
sões elevadas compostas por um centro lipídico 
grumoso (formado principalmente por ésteres 
de colesterol e colesterol, com debris celulares) 
e recobertas por uma capa fibrosa. À medida 
que aumentam, as placas ateroscleróticas po-
dem obstruir mecanicamente o lúmen vascular, 
levando à estenose. 
 
Tratamento farmacológico das Dislipidemias: 
 
→ Hipercolesterolemia 
• Estatinas (inibidores da HMG-CoA redu-
tase) 
• Ezetimiba (inibe a NPC1L1 - ↓ absorção 
do colesterol) 
• Inibidores da PCSK9 
• Resinas de ligação de ácidos biliares 
→ Hipertrigliceridemia 
• Fibratos (ativam PPAR-α - estimula lipase 
nos músculos) 
• Niacina (ácido nicotínico) 
• Ácidos graxos ômega-3 
 
1. Estatinas: 
 
sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, lovas-
tatina, pravastatina, fluvastatina 
 
Inibem a enzima HMG- CoA redutase: Diminui-
ção no conteúdo intracelular de colesterol = au-
mento do número de receptores de LDL nos he-
patócitos, que passam a remover com maior in-
tensidade o VLDL, IDL e LDL da circulação para 
repor o colesterol intracelular. 
 
O que diferencia entre as estatinas é a 
 potência e a eficácia 
 
Efeitos: 
 
• Considerada terapia mais validada por 
estudos clínicos para reduzir a incidência 
de eventos cardiovasculares; 
• Promove redução significativa nos níveis 
circulantes de LDL-C e TG, além de ele-
vação no HDL-C, sendo útil particular-
mente nos casos onde houver hiperco-
lesterolemia 
• Melhora da função endotelial - ↑ NO, 
VEGF ↓ endotelina 
• Redução da inflamação vascular - ↓ in-
filtrado celular, moléculas de adesão e 
citocinas 
• Redução da agregação plaquetária, fi-
brinólise e redução de fibrinogênio 
• Aumento da neovascularização do te-
cido isquêmico 
 
Usos Clínicos: 
• Prevenção secundária de IM e AVE em 
pacientes com doença aterosclerótica 
sintomática 
• Concentrações séricas elevadas de co-
lesterol 
• Atorvastatina,sinvastatina: indicadas 
para crianças > 11 anos 
• Pravastatina aprovada para crianças > 8 
anos 
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As estatinas reduzem os TGs também mediante 
o aumento da expressão de LDL-R e, conse-
quentemente, pela remoção de lipoproteínas ri-
cas em triglicerídeos do plasma (ex: VLDL, LDL 
IDL). 
 
Com relação ao HDL-C, as estatinas elevam os 
níveis plasmáticos por um conjunto de efeitos 
que inclui estímulo à síntese de apo AI, ABCA1 
 
→ Contra-indicações: 
 
• Hepatopatia grave 
• Gravidez 
 
→ Efeitos adversos: 
 
• Miopatia (a mais comum): de mialgia, 
com ou sem elevação da creatinoqui-
nase (CK) até a rabdomiólise 
 
• Hepatotoxicidade: a dosagem de tran-
saminases só é aconselhada de 6 a 12 se-
manas após introdução ou aumento de 
dose das estatinas. Caso haja alterações 
significativas superiores a três vezes o va-
lor de referência, a suspensão temporá-
ria das estatinas é aconselhada. A sus-
pensão definitiva é recomendada ape-
nas em casos com infecção hepática 
ativa ou disfunção hepática grave. 
 
• Outros: constipação, dor abdominal, dor 
de cabeça. 
 
Inibidores das enzimas CYP3A4 e CYP2C9 Macro-
lídeos, ciclosporina, cetoconazol, alguns inibido-
res da protease do HIV, fibratos - AUMENTAM os 
níveis plasmáticos das estatinas. 
 
Indutores das enzimas CYP3A4 e CYP2C9 Barbi-
túricos, rifampicina, glitazonas DIMINUEM os ní-
veis plasmáticos das estatinas. 
 
Horário para tomar Estatinas: 
 
• Sinvastatina: deve ser tomada a noite 
quando há uma maior produção de co-
lesterol. 
• Atorvastatina, Rosuvastatina: qualquer 
horário porque o T ½ é grande. 
 
 
2. Ezetimiba: 
 
Normalmente é associado a estatina. Atua na 
inibição da absorção intestinal de colesterol. 
 
• ↓ do colesterol hepático estímulo à sín-
tese de LDL-R = redução do nível plasmá-
tico de LDL-C de 10% a 25%. 
 
→ Usos Clínicos: 
• Associado com as estatinas no controle 
de quadros hipercolesterolêmicos. 
• Hoje a ezetimiba tem papel complemen-
tar, apenas para redução do LDL 
quando a dose máxima tolerada de es-
tatina já foi alcançada. 
 
→ Efeitos adversos (raros): 
• Diarreia 
• Tosse, sinusite 
• Dor nas extremidades, artralgia, fadiga. 
• Pode haver reações alérgicas (raras). 
• Ainda não foi estabelecida segurança 
quanto ao seu uso na gravidez. 
 
3. Inibidores da PCSK9 
 
A PCSK9 é uma protease expressa predominan-
temente pelo fígado, intestino e rins, capaz de 
inibir a reciclagem do LDLR de volta à superfície 
celular, resultando em menor número de recep-
tores e aumento dos níveis plasmáticos de LDL 
. 
A inibição da PCSK9 bloqueia a degradação do 
LDLR, com maior capacidade de clearance da 
LDL circulante. 
 
→ Usos Clínicos: 
 
Diretrizes de 2017 - utilização somente em paci-
entes com risco cardiovascular elevado, em 
tratamento otimizado com estatinas na maior 
dose tolerada, associado ou não à ezetimiba, e 
que não tenham alcançado as metas de LDL-c 
ou não HDL-c recomendadas. 
 
→ Efeitos adversos: 
 
• Nasofaringite 
• Náuseas, fadiga 
• Reações no local da injeção 
• (vermelhidão, prurido, edema ou sensibi-
lidade/dor). 
 
ALTO CUSTO !!! 
 
 
4. Resinas de Ligação de Ácidos Biliares 
Colestiramina: 
 
• Se ligam aos ácidos biliares no intestino 
delgado, reduzindo a absorção intestinal 
de colesterol - aumentam a captação 
de LDL pelos receptores hepáticos 
 
→ Usos Clínicos: 
 
• Podem ser usadas em associação às es-
tatinas quando a meta de LDL-C não ti-
ver sido atingida, apesar do uso de esta-
tinas potentes em doses efetivas. 
Ana Fernanda Leal - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
 
Efeitos adversos: 
• Constipação (até 25% dos indivíduos tra-
tados) 
• Pode haver aumento compensatório de 
colesterol endógeno e de triglicérides 
plasmáticos, principalmente em indiví-
duos com hipertrigliceridemia acentu-
ada (> 400 mg/dl). 
• Diminui a absorção de vitaminas liposso-
lúveis (A, D, K e E), de ácido fólico e de 
alguns fármacos – hidroclorotiazida, di-
goxina, ezetimiba, varfarina - adm 1 h 
antes ou 4 h após resinas. 
 
Tratamento da Hipertrigliceridemia: 
 
 
1. Fibratos: 
 
Fenofibrato, genfibrozila, 
ciprofibrato, bezafibrato 
 
Ativam o receptor PPAR-α que se localiza princi-
palmente no fígado e tecido adiposo marrom: 
• Diminuição na síntese de triglicerídeos 
nos hepatócitos com redução nos níveis 
plasmáticos 
• Aumento da oxidação e captação e de 
ácidos graxos pelas células musculares; 
• Aumento nos níveis circulantes de HDL 
• Redução de LDL-c 
 
Fármacos de primeira escolha no tratamento 
da hipertrigliceridemia isolada. 
 
→ Efeitos adversos: 
 
• Distúrbio TGI 
• Mialgias 
• Litíase biliar 
• Diminuição de libido 
• Erupção cutânea, prurido 
• Cefaleia 
• Perturbação do sono. 
• Miosite grave (“rabdomiólise”) mais co-
mum com genfibrozila + estatinas = evi-
tar 
 
→ Contraindicações: 
• Pacientes com doenças renais 
• Alcoolismo - rabdomiólise 
• Crianças e gestantes 
 
2. Niacina (vit B3 ou ácido nicotínico): 
 
→ Usos Clínicos: 
 
]Estudos demonstram associação entre o uso de 
niacina e redução de eventoscoronários e mor-
talidade total. 
Mais recentemente, foi demonstrado que nia-
cina combinada com outros fármacos hipolipe-
miantes pode atenuar a progressão da ateros-
clerose coronária. 
 
Precaução com pacientes em uso de anticoa-
gulantes ou estatinas ou se sintomas de miopa-
tia acontecerem (monitorar CPK). 
 
→ Efeitos adversos: 
 
• Menor tolerabilidade com a forma de li-
beração imediata (rubor e prurido; náu-
sea, dispepsia, dor abdominal e diarreia. 
Também pode haver hiperglicemia 
• Hepatotoxicidade (liberação lenta) 
• Preferir uso na forma de liberação inter-
mediária, com melhor perfil de tolerabili-
dade. 
 
3. Ácidos Graxos - Omega-3 
 
• Ácidos graxos poli-insaturados derivados 
do óleo de peixes e de certas plantas e 
nozes. 
• Possuem ação anti-inflamatória, além 
de capacidade de remodelar a estru-
tura de lipoproteínas e alterar metabo-
lismo lipídico. 
• Em altas doses (4 a 10 g/dia) reduz os 
TGs e o VLDL, aumenta discretamente o 
HDL-C, podendo, entretanto, aumentar 
o LDL-C. 
 
→ Usos Clínicos: 
 
• Ômega 3 em altas doses (4 a 10 g ao 
dia) associados a outros hipolipemiantes 
em portadores de hipertrigliceridemia 
grave que não atingiram níveis desejá-
veis com o tratamento

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