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V A N E S S A L U D W I G F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 PA maior/igual 130/80mmHg Incorporação do monitoramento da PA ambulatorial (MAPA – monitorização ambulatorial de PA) e à domicílio (hipertensão do jaleco branco). Screnning anual para pacientes acima de 40 anos Ênfase na terapia não medicamentosa (mudança no estilo de vida—alimentação—redução do sal, consumo de álcool, dieta balanceada, redução de peso e o tabagismo—, atividade física). Ênfase na técnica adequada da aferição de pressão. Início precoce do tratamento farmacológico de pacientes com hipertensão arterial no estágio 1 (>130/80) no grupo de alto risco: diabetes, doença renal crônica, risco de doença cardiovascu- lar aterosclerótica em 10 anos > que 10% (escore de risco de Framingham). Tratamento farmacológico imediato em pacientes com hipertensão arterial estágio 2 com ên- fase na terapia combinada (2 drogas). Ex. losartana + clortalidona. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 ESCORE DE FRAMINGHAM -> avalia o risco cardiovascular • IDADE • PRESSÃO ARTERIAL • LDL—HDL (COLESTEROL) • DIABETES • TABAGISMO (SIM/NÃO) HIPERTENSÃO PRIMÁRIA Etiologia desconhecida, tendo como fatores principais: -> ingestão excessiva de sal, obesidade, estresse ou uso de bebidas alcoólicas. -> herança genética HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA Associada a outras doenças: Renais: Glomerulonefrites, insuficiência renal Endócrinas: Doença de Cushing, acromegalia Vasculares: coarctação da aorta, estenose da artéria renal Medicamentos: anticoncepcionais e corticoides Toxemia gravídica (pré-eclâmpsia) Apneia obstrutiva do sono Indícios: Tríade: palpitação, sudorese e cefaleia Sopros abdominais. Aumento da creatinina Hipocalemia / Proteinúria ou Hematúria F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 CLASSE DIURÉTICOS TIPOS/ INDICAÇÃO TIAZÍDICOS: mais usados, em baixas doses. Indicados a hipertensão leve. Age no túbulo distal Ex: hidroclorotiazida, clortalidona e indapamida) DIURÉTICOS DE ALÇA: hipertensão 2° - insuficiência renal com taxa de filtração glo- merular abaixo de 30ml/min e na insuficiência cardíaca. Age no ramo ascendente espesso da alça de Henle. Gera muita diurese Ex: furosemida, bumetanida DIURÉTICOS POUPADORES DE K+: associados aos tiazídicos e ‘’de alça’’ para au- mentarem sua ação natriuética e previnem hipotassemia. Age nos túbulos coletores corticais Ex: espironolactona e amilorida MECANISMO DE AÇÃO Aumento da excreção renal de sódio e água, com diminuição do volume extracelu- lar. Após 4-6 semanas o volume circulante se regulariza e reduz a resistência vascular periférica (sódio aumenta a rigidez vascular e reatividade neural) Reduzem a pressão em 10-15mmHg FUNÇÃO Buscam aumentar o volume urinário, a fim de estimular a excreção dos íons (Na, K, Cl, HCO) e de H20. EFEITOS ADVERSOS Hipocalemia, depleção de magnésio, hiperglicemia e hiperuricemia. Tiazídicos: disfunção erétil, intolerância a glicose. Diminui Potássio, sódio e magné- sio. Diuréticos de alça: Alcalose metabólica Espironolactona: hipercalemia e ginecomastia, atrofia testicular, alterações mens- truais. TIAZÍDICOS DE ALÇA POUPADORES DE POTÁSSIO F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 1.Com a queda da pressão, os rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea. 2. A renina se divide em angiotensinogênio e a angiotensina I. 3. A angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, é dividida em partes pela enzima de conversão da angiotensina (ECA). Uma parte é a angiotensina II, um hormônio que é mui- to ativo. 4. A angiotensina II faz com que as paredes musculares das pequenas artérias (arteríolas) se contraiam, aumentando a pressão arterial. Também provoca a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais e da vasopressina (hormônio antidiurético) pela hipófise. 5. A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal). A aldosterona tam- bém faz com que os rins excretem potássio. O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, o volume de sangue e a pressão arterial. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 NUNCA COMBINAR AS DUAS CLASSES, POIS OS EFEITOS ADVERSOS SERÃO DUPLICADOS. - toxicidade - CLASSE INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA (IECA) TIPOS/ INDICAÇÃO ‘’PRIL’’ Enzima conversora: peptidilpeptidase -> hidroliza AGT I em AGT II e inativa a bradi- cinina (vasodilatador -> libera óxido nítrico e prostaciclina) Usada como monoterapia em HAS, HAS + acometimento cardíaco (insuficiência cardíaca ou iam) MECANISMO DE AÇÃO Captopril e Enalapril: inibe ECA, inibe a conversão de ANG I em AGT II -> levando uma diminuição na formação de AGT II (eleva a PA) e um menor degradação de bradicinina (vasodilatador e aumenta a excreção de sódio-natridiurese-) . FUNÇÃO Reduzem PA através da redução da resistência vascular periférica. Eliminação através dos rins EFEITOS ADVERSOS Hipotensão, tosse seca—por aumento da bradicinina—, injúria renal aguda, rash cutâneo, edema angioneurótico, alteração do paladar, neutropenia, hepatotoxici- dade, hiperpotassemia e impotência sexual. Interação com AINE CLASSE BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DE ANGIOTENSINA (BRA) TIPOS/ INDICAÇÃO ‘’SARTANA’ Benéficos em pacientes com IRC e ICC. Usar em pacientes com efeitos adversos ao usar IECA (tosse—bradicinina). MECANISMO DE AÇÃO Losartana e valsartana -> bloqueia o receptor AT1, impedindo que a AGT II propa- gue seus efeitos hipertensivos. Não tem efeitos sobre a bradicinina FUNÇÃO Reduzem PA através da redução da resistência vascular periférica. Eliminação através dos rins EFEITOS ADVERSOS Hipercalemia, contraindicado na gravidez e tosse incomum. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 CLASSE VASODILATADORES TIPOS/ INDICAÇÃO DIRETOS: Hidralazina, Minoxidil (RELAXAM A PAREDE DO VASO) -> utilizadas com associação a diuréticos ou beta-bloqueadores. BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO: verapamil, diltiazem (INIBEM A ENTRA- DA DE CÁLCIO, CAUSANDO A DILATAÇÃO) MECANISMO DE AÇÃO HIDRALAZINA: indicada na gravidez como urgência hipertensiva. Vasodilata arté- rias e arteríolas. MINOXIDIL: relaxamento da musculatura lisa arteriolar. Indicado na hipertensão grave—refratária—. FUNÇÃO DIRETOS: relaxamento muscular -> vasodilatação e redução da resistência vascu- lar periférica. EFEITOS ADVERSOS DIRETOS: promovem retenção hídrica e taquicardia (necessita ser associada a ou- tros fármacos) . Hipertricose, inchaço, cefaleia, náuseas.. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 CLASSE BLOQUEADORES DO CANAL DE CÁLCIO TIPOS/ INDICAÇÃO Nifedipino e di-hidropiridinas (anlodipino) Verapamil -> reduz FC e débito cardíaco MECANISMO DE AÇÃO Inibe a entrada de cálcio -> produzindo a vasodilatação. Reduz a excitabilidade do coração e a frequência -> promovendo relaxamento da musculatura arterial e a redução da resistência vascular periférica. FUNÇÃO Efeito anti-anginoso e antiarrítimico. EFEITOS ADVERSOS Quando não usar: em bradicardia e insuficiência cardíaca. Porquediminui ainda mais a estabilidade do musculo. Não usar também na gravidez e icc. Bradicardia, bloqueio atrioventricular, tontura, náusea, rubor, constipação e EDEMA PERIFÉRICO CLASSE SIMPATOLÍTICOS TIPOS/ INDICAÇÃO AGENTES DE AÇÃO CENTRAL: reduzem a descarga dos centros vasomotores no tronco encefálico através da estimulação dos receptores alfa-adrenérgicos. Metildopa (gravidez), clonidina, guanabenzo e guanfacina. MECANISMO DE AÇÃO Inibem a ação do SNA (simpático) no nível central -> provocando a diminuição do RVP, do DC e dos níveis de renina. Clonidina: agonista do receptor inibitório alfa adrenérgico FUNÇÃO Reduzem a PA ao modificar a função simpática. Podem produzir efeitos compen- satórios através da retenção de sódio e expansão volêmica. Devem ser usados com diuréticos EFEITOS ADVERSOS Retenção de sódio e edema Metildopa: sedação, diminuição da concentração, pesadelos, vertigens, aumento da prolactina, hepatite, febre. Clonidina: sedação, xerostomia (boca seca), crise hipertensiva se for suspenso abrup- tamente. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 CLASSE BETA-BLOQUEADORES TIPOS/ INDICAÇÃO Hipertensão relacionada à liberação excessiva de catecolaminas; pacientes com do- ença coronariana; CONTRA-indicação: asma, icc grave, crianças, diabetes, dislipidemias.. MECANISMO DE AÇÃO BETA 1 : Efeito cronotrópico negativo: diminui a frequencia cardíaca. Efeito ionotro- pico negativo: diminui a contratividade negativa e gera uma bradicardia. BETA 2: aumento da resistência vascular periférica(RVP) a curto prazo e depois esta- biliza, com o uso crônico isso tende a voltar ao normal e não ocorre o evento adver- so. Alfa 1: diminui a resistência vascular periférica FUNÇÃO (não seletivo): PROPANOLOL: reduz a PA em decorrência da redução do débito car- díaco. Inibe a produção da renina mediada pelo beta-1. (seletivo) METOPROLOL E ATENOLOL: cardiosseletivos (receptor beta-1). Vantagens em pacientes hipertensos e diabéticos, asmáticos e doentes vasculares. Usual em pacientes que já sofreram IAM e tem insuficiência cardíaca (não seletivo) mediado pelo alfa bloqueador (CARVERDIOL E LABETALOL) Carverdilol: hipertensos com icc Labetalol: crises hipertensivas em forma de EV (endovenoso) (seletivo) mediado pelo óxido nítrico (NEBIVOLOL): Vasodilatador pelo óxido. EFEITOS ADVERSOS Broncoespasmo, bradicardia, disfunção sexual, distúrbios do sono (insônia e pesa- delos). *INTERRUPÇÃO BRUSCA gera abstinência* nervosismo, taquicardia Propanolol: reação anafiláticas e hiperpotassemia. Beta-2: hiperglicemia, broncoespasmo, vasocontrição periférica REVISÃO 1. Drogas usadas de primeira linha na HAS estágio 1 (monoterapia) e 2 (terapia combinada): Diuréticos tiazídicos: hicroclortiazida, clortalidona e indapamida – maior potência, duração de ação, eficácia em estudos clínicos. (mais recomendados) Inibidores da enzima conversora: captopril, enalapril, lisinopril Bloqueadores dos receptores da angiotensina 2: losartana, valsartana, candesartana Bloqueadores dos canais de cálcio: nifedipina, amlodipina, verapamil, diltiazem 3. Beta-bloqueadores não são drogas de primeira escolha pois foram inferiores na prevenção de AVC em pacientes hipertensos. 4. Indicação de 2 drogas no mesmo comprimido: melhora a aderência ao tratamento. Ex: losartana + hidroclortiazida (* Aradois-h) 5. Diuréticos em primeira linha (estudo ALLHAT): redução de morte cardiovascular, infarto do mio- cárdio não fatal, insuficiência cardíaca, AVC. Baixo custo. Estudo contraindicou o uso de alfa- bloqueadores (doxazocina, prazosin), mas comprovou também eficácia de inibidores da enzina con- versora, bloqueadores de receptores da angiotensina 2 e bloqueadores dos canais de cálcio. 6. Pacientes muito idosos com HAS devem ser tratados (estudo HYVET): pacientes acima de 80 anos com pressão sistólica de 160 a 199 mmHG, tratados com diurético (1,5mg de indapamida) com adição de inibidor de enzima conversora se necessário. Houve 30% de redução de AVC fatal e não fatal, e 21% de redução da mortalidade por todas as causas. 8. Tratamento da HAS com comorbidades: Diabetes melitus: todas as 4 classes são recomendadas Insuficiência renal crônica estágio 3 ou mais (proteinúria): inibidor de enzima conversora ou blo- queador de receptores da angiotensina 2 (evitar combinação de ambos – excesso de efeitos cola- terais). Afro-americanos: hipertensão sensível à sal – indicação de diuréticos e inibidores de canais de cálcio. Pacientes jovens: respondem bem à supressão do eixo renina-angiotensina – inibidores da enzi- ma conversora e bloqueadores dos receptores de angiotensina 2. Insuficiência cardíaca: diuréticos, inibidores de enzima conversora, beta-bloqueadores como car- vedilol e metoprolol, antagonistas dos receptores de mineralocorticoides como espironolactona ( que bloqueia a aldosterona). Infarto do miocárdio: inibidores da enzima conversora, beta-bloqueadores. Fatores de risco de doença cardiovascular (3 ou mais): bloqueador de canal de cálcio (amlodipna) + inibidor de enzima conversora (estudo ASCOT). 9. Hipertensão resistente PA acima da meta terapêutica (13/8) com 3 ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, na dose máxima tolerada. 30-50% dos casos: hipertensão do jaleco branco ou má aderência ao tratamento. Considerar hipertensão secundária: hiperaldosteronismo (causa mais comum -20%), doença renal crônica. Potássio baixo e avaliação de creatinina. Tem 50% maior risco de eventos cardiovasculares. Considerar adição de espironolactona (quarta droga) que é o aumento de potássio – controle rigoroso de efeito colateral de hipercalemia. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 doença progressiva com redução gradual do desempenho cardíaco. Estado fisiopatológico em que o coração é incapaz de bombear sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos metabolizadores. É a incapacidade de encher (diástole) ou esvaziar (sístole) o coração de maneira adequada. Insuficiência sistólica: redução da contratilidade e da fração de ejeção(percentual de sangue que é ejetado na hora). Doença: isquemia Insuficiência diastólica: perda de relaxamento (enrijecimento) ventricular com redução da ca- pacidade de enchimento do ventrículo e consequente redução do débito cardíaco. Fração de ejeção pode estar preservada. Doença: insuficiência cardíaca Causa mais comum: doença arterial coronariana. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA SINTOMAS: Dispneia, Ortopnéia, DPN—edema pulmonar e fadiga SINTOMAS: Edema de membros, empachamento, descon- forto em HC direito, ascite, efusão pleural. SINAIS: Crépitos pulmonares, B3, B2P hiperfonética e taquicardia SINAIS: Edema, estase de jugulares e hepatomegalia F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 ESTÁGIOS CLASSES FUNCIONAIS INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA Curto espaço de tempo, de modo súbito e dra- mático -> Dobutamina (agonista beta-1 seletivo) - dimi- nui a pressão de enchimento ventricular -> au- mentando o débito cardíaco. Efeito adverso: ta- quicardia, aumenta consumo de O2 pelo miocár- dio e taquifilaxia. -> Bipiridinas (uso endovenoso) aumenta a con- tratibilidade cardíaca, aumentando o influxo de cálcio -> efeito vasodilatador -> IAM, Miocardite aguda INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Pequeno espaço, de modo lento e gradual -> miocardiopatia, hipertensão, valvopatias, aim ESTÁGIO DESCRIÇÃO CLASSE DESCRIÇÃO A Assintomático. Alto risco para IC. - - B Assintomático em repouso. Sintomas diante de grandes esforços. Cardiopatia estru-tural I Atividade física limitada: subir es- cadas, carregar compras, andar rápido C Sintomas em atividades habi- tuais. II Atividades física limitada: causam dispneia, cansaço ou palpitações. Cardiopatia estrutural + fadi- ga, dispneia III Acentuada limitação de atividade: tomar banho, se vestir e higiene pessoal. D Sintomas exuberantes, mes- mo em repouso. IC refratária IV Limitação para qualquer atividade física. Hospitalização frequente; suporte mecânico ventilatório, aguardando transplante. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 OBJETIVO: Diminuir o estresse sobre a pa- rede ventricular, o remodela- mente cardíaco, a progressão da doença e consequentemente a morbimortalidade. Controlar a retenção hídrica. AGENTES INOTRÓPICOS: Tem por finalidade aumentar a contratilidade miocárdica que se encon- tra deprimida nos casos de IC do tipo sistólico, possibilitando uma maior eficácia cardíaca Digitálicos Fonte: dedaleira púrpura / Protótipo: digoxina Sítio de ação: bomba Na/K (bomba de sódio) Mecanismo de ação: inibe a bomba de sódio, aumento da concentração de sódio dentro da célula muscular cardíaca -> causa uma diminuição da expulsão de cálcio da célula pelo transportador de sódio-cálcio. Com o acúmulo de cálcio há um aumento da contratilidade cardíaca *actina e miosina* Ex: digoxina, digotoxina, lanatosídio C Intoxicação: delírio, fadiga, confusão mental, visão turva ou amarelada. Anorexia, náuseas e vômi- tos. Taquicardia, bradicardia, bloqueio AV. Efeitos adversos: hipocalemia, hipercalcemia, hipomagnesemia à intoxicação digitálica Não-digitálicos Ex: agonistas beta-adrenérgicos e inibidores da fosfodiesterase VASODILATADORES: Nesitirida: reduz o tônus venoso e arteriolar e induz a diurese. Efeito adverso: dano renal Sacubitril: medicamento dual (valsartana) -> inibe a enzima neprisilina. Nitroglicerina e nitroprussiato: redução de pré-carga (venodilatação) Isossorbida: venodilatação (redução da pré-carga) e dilatação arterial coronariana. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 SEM EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO USADOS NA ICC -> PRIMEIRA LINHA DE TERAPIA PARA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA Bases do tratamento -> TRATAMENTO NÃO-MEDICAMENTOSO 1. REMOÇÃO DO SÓDIO (restrição de sal na dieta) (terapia com diurético: principalmente quando há edema—pode ser um tiazídico = furosemida —. Espironolactona: pacientes com icc moderada a grave. 2. INIBIDORES DA ECA E BLOQUEADORES DE RECEPTOR DE ANGIOTENSINA (IECA E BRA) IECA: primeiro medicamento em casos de disfunção ventricular (diminuição da fração de ejeção no ecocardiograma). Em pacientes sem edema. Pacientes com edema: IECA + diuréticos Reduzem pré e pós carga; lentificam o processo de dilatação ventricular. BRA: usar em caso de intolerância aos inibidores de ECA. 3. VASODILATADORES Não seletivos, seletivos ou venosos: depende dos parâmetros hemodinâmicos do paciente. Sintomas de congestão pulmonar (dispneia): reduz a pressão do enchimento com vasodilatadores venosos (reduz a pré-carga): isossorbida Sintomas de fadiga devido ao baixo débito aumento do débito cardíaco com um vasodilatador ar- teriolar com a hidralazina. Pacientes graves: problemas tanto na pressão de enchimento ventricular como no débito cardía- co (vasodilatador arteriolar e venoso) DIURÉTICOS Aumenta a excreção renal de sal e água reduzin- do a pressão venosa e pré-carga ventricular. -> furosemida -> espironolactona: inibe os receptores da aldosterona DROGAS DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA Reduzem a resistência periférica e pós-carga e diminuem a secreção de aldosterona. Reduz o modelamento cardíaco VASODILATADORES Usados na IC aguda. Agem na redução da pré-carga (venodilatação), pós-carga (dilatação arteriolar). BETA-BLOQUEADORES Usados na IC crônica. Carvedilol, metoprolol, nebivolol, bisoprolol. Atenua os efeitos das catecolaminas, reduz a FC e diminui o modelamento cardíaco. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 4. BETA BLOQUEADORES E BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO Benéfica quando inciada com cautela e em doses baixas. Pode causar taquicardia excessiva. -> a melhora pode aparecer após vários meses de terapia. Reduzem a mortalidade: carvedilol, bisoprolol, metoprolol, nebivolol. Canais de cálcio: sem função no tratamento da icc, são apenas depressores da função miocárdica. Ivabradina: bloqueador seletivo dos canais, reduzindo a FC por inibirem o canal de sódio ativado pela hiperpolarização no nó sinusal. Não causa vasodilatação. 5. DIGITÁLICOS Indicadas nos pacientes com IC e fibrilação arterial. Pode ser combinada com diuréticos, beta blo- queadores e IECA. Mais usada: Digoxina. Efeito ionotrópico positivo, moderado e persistente. Efeitos adversos: arritmia, hiperpotassemia grave. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 dor torácica causada por acúmulo de metabólitos durante a isquemia do miocárdio Base da terapia para alívio da dor: NITRATOS Causa mais comum da angina: obstrução ateromatosa dos vasos coronarianos. FISIOPATOLOGIA Fluxo sanguíneo: relação direta com a pressão diastólica na aorta e duração da diástole + resistência vascular co- ronariana. ANGINA DE PRINZMETAL (angina variante) ANGINA DE ESFORÇO Dor precordial devido ao vasoespasmo transitó- rio de porções localizadas dos vasos coronaria- nos. Dor precordial quando a demanda miocárdica de oxigênio aumenta, em especial durante o exercício e o fluxo sanguíneo coronariano não aumenta proporcionalmente. ANGINA ESTAVEL ANGINA INSTÁVEL Dor precordial devido uma isquemia transitória, a qual surgiu de um esforço ou algum estresse emocional; havendo diminuição parcial e mo- mentânea do fluxo sanguíneo. Dor precordial que ocorre no repouso devido a formação de trombos lábeis parcialmente oclusivos no sítio de uma placa ateromatosa fissurada. Alto risco de infarto e é uma emergência médica. SINTOMAS: dor em queimação, induzida por esforço ou estresse emocional; de duração infe- rior a 20minutos. Dor que sessa com o uso de nitrato ou com o repouso. Cansaço, dispneia. SINTOMAS: dor que não desaparece com o uso de nitratos; dor com surgimento recente e du- ração superior a 20 minutos. Dor com padrão crescente. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 TIPO NITRATO MECANISMO DE AÇÃO Sofrem ação enzimática da glutationa S-transferase para liberar óxido nítri- co -> aumenta GMPc responsável pela vasodilatação -> Relaxa os músculos; reduz a demanda miocárdica, aumenta a capacitação venosa, reduz a pré carg. CARACTERÍSTICAS Protótipos: nitroglicerina, isossorbida. Metabolizados pelo fígado. Preferência: sublingual—ação curta (15-30min) Excreção por via renal. USO CLÍNICO Nitratos de ação curta: nitroglicerina, propatilnitrato, dinitrato de isossorbi- da sublingual. * usados no tratamento imediato da angina com inicio de ação em 1-3min e duração até 30min. Nitratos de ação longa: Nitroglicerina transdérmica (TD), dinitrato e mono- nitrato de isossorbida oral, tetranitrato de pentaeritrol. Duração de ação: 6- 10 horas. EFEITOS COLATERAIS Cefaleia, rubor, hipotensão, taquicardia e taquifilaxia. Contra indicado se aumento da pressão intracraniana. Nitroglicerina TD: retirar antes de desfibrilação (queimadura da pele) TIPO BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO MECANISMO DE AÇÃO Bloqueio dos canais de cálcio tipo L, limitados pela voltagem na subunidade alfa-1. Ocorrediminuição acentuada na corrente de cálcio transmembrana resultando no relaxamento do músculo cardíaco. CARACTERÍSTICAS Redução da contratilidade cardíaca, da frequência do marca passo do nodo sinusal e da velocidade de condução do nodo atrioventricular. USO CLÍNICO Di-hidropiridinas (amlodipina, nifedipina) : musculatura Diltiazem e verapamil : contratilidade e condução EFEITOS COLATERAIS Agravamento da ICC F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 BETA– BLOQUEADORES -> aumentam a oferta de o2: AUMENTAM O TEMPO DE DIÁSTOLE *melhora a perfusão cutânea -> diminuem o consumo de o2: REDUZEM A FC, A CONTRATILIDADE, A PA E A FC NO EXERCÍCIO. * mais eficazes que os antagonistas dos canais de cálcio * OUTROS FÁRMACOS ANTI-AGINOSOS Ranolazina: reduz a concentração do cálcio na célula por inibição do permutador sódio-cálcio Trimetazina e alopurinol: inibição parcial da via de oxidação de ácidos graxos no miocárdio, di- minuindo a demanda do oxigênio por unidade de ATP produzida. Ivabradina: reduz a FC ao inibirem o canal de sódio ativado por hiperpolarização no nodo sino- atrial. Reduz as crises anginosas com eficácia. REVISÃO DO TRATAMENTO: Em casos de angina refratária ao medicamentos e síndrome coronariana aguda (angina instá- vel/IAM) –> instalação de stent percutâneo ou revascularização (Bypass em artéria coronária) e terapia anti-plaquetária agressiva com AAS, clopidogrel e heparina. Modificação de fatores de risco: tabagismo, HAS, dislipidemia, obesidade. Associação de me- dicamentos anti-plaquetários. Terapia antianginosa farmacológica: nitratos, beta-bloqueadores, antagonistas dos canais de cálcio. Escolha do fármaco depende da resposta individual do paciente. Pacientes com angina e HAS: beta-bloqueadores ou antagonistas dos canais de cálcio. Normotensos: nitratos de ação longa. Podem ser usadas associações em casos refratários. Angina de Prinzmetal (variante, vasoespástica): nitratos ou antagonistas de cálcio. Não há indicação de angioplastia nem revascularização. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 HEMOSTASIA: Visa manter sangue em seu estado fluido e livre de coágulos, garantindo a perfusão de diferentes tecidos, interrompendo a perda de sangue por um vaso lesado formando um coágulo de forma rápida e localizada, evitando que isso aconteça de forma desregulada levando a eventos tromboembólicos. Fluxo da hemostasia quando há um momento de perda de sangue: Vasoconstrição —> Hemostasia Primária —> Hemostasia Secundária —> Regulação da Hemostasia Vasoconstrição: ato reflexo e inicial. Com a lesão vascular, a camada subendotelial fica exposta e libera endotelina (potente vasoconstri- tor), há também exposição e liberação de outros fatores como colágeno, fator de von Willebrand (FVW) e fator tecidual. Hemostasia Primária: envolve a participação de plaquetas. As plaquetas passam a se aderir à região em que há falha no revestimento endotelial. A adesão inici- al é fraca e simples, mas as plaquetas se ativam e passam por alterações em seu formato, adquirindo pseudópodes e começam a liberar grânulos (ADP, tromboxano), que promovem a agregação de mais plaquetas que amplificam essa reação. A ligação entre as plaquetas e entre a plaqueta e o colá- geno exposto é mediado por receptores glicoproteicos (GP). ÁCIDO ARAQUIDÔNICO EXERCE UM EFEITO PLAQUETÁRIO POR QUE IMPEDE A FORMAÇÃO DE COX1 Receptor GP IIb/IIa: ligação de uma pla- queta a outra com a ajuda do fibrinogê- nio. Receptor GP Ib: ligação do colágeno com a plaqueta, com a ajuda do fator de Von Willebrand (FVW). F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 Hemostasia Secundária: forma um tampão mais firme e estável, com a presença de fibrina. O fator tecidual liberado trabalha na região fosfolipídica das membranas das plaquetas agrega- das, e inicia o processo de ativação dos fatores de coagulação (proenzimas inativas sintetizadas no fígado e ativadas por proteólise). Os fatores de coagulação passam normalmente pela corrente sanguínea, até encontrarem os fatores teciduais e serem ativados na superfície da plaqueta, e desencadearem a cascata de coa- gulação e formação de fibrina. Há formação da fibrina por duas vias, a depender do fator estimulante (podem ocorrer simultanea- mente): via Extrínseca e via Intrínseca. Via Extrínseca: nessa via, quem começa a primeira ativação é o fator tecidual, por conta da lesão endotelial. FATOR ENDOTELIAL Via Intrínseca: ativada em contato por exposição do colágeno ou endotoxinas. Tanto por via Extrínseca, quanto por via Intrínseca, a via comum é a ativação do fator X (produzido pelo fígado), o qual atua na protrombina (fator II), formando trombina. A trombina, por sua vez, atua no fibrinôgenio, formando fibrina e a estabiliza pela atuação no fator XIII que leva a polimerização. FATOR XII F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 Regulação da Hemostasia: dissolução do coágulo. Após a lesão vascular, cinco mecanismos distintos limitam a iniciação e a propagação do processo hemostático: A trombina, além de seu papel na cascata de coagulação, atua também liberando fatores de crescimento que ajudam a reparar o endotélio lesado. A trombina ativa o endotélio, o qual, após ser reparado, libera óxido nítrico (vasodilatador), prostaciclina PGI2 (vasodilatador) e t-PA (fator ativador do plasminogênio). TPA atua no plasminogênio, formando plasmina, que degrada fibri- na, enfraquecendo o coágulo. Quando o endotélio é reparado, há liberação de fatores fibrinolíticos que contribuem para a dis- solução do coágulo. Antes que a trombina favoreça a dissolução do coágulo, ela produz IAP (Inibidor do Ativador de Plasminogênio), que inibe o t-PA. OBS: trombose é a formação patológica de um tampão dentro da vasculatura na ausência de san- gramento. TROMBOSE -> extensão patológica da hemostasia. -> aumento descontrolado do coágulo—causa a oclusão da luz no vaso sanguíneo (trombo) Prostaciclina (PGI2) Atua no receptor acoplado a proteína G na superfície das plaquetas acopladas a proteína PGI2 -> Causa a inibição da agrega- ção plaquetária -> possui efeito vasodilatador (relaxa o músculo liso) => antagônico ao Txa2. Antitrombina III Inativa trombina e fatores de coagulação Funcionam como heparina Proteínas C e S; Trombina ativa a proteína C Complexo trombina + trombomo- dulina cliva proteína C em proteí- na C ativa. Inativam fatores de coagulação Va e Villa. Inibidor da Via do fato tecidual Limita a ação do fator tecidual não permitindo a formação do complexo FT: vila que leva ativação dos fatores IX e X. Ativador plasminogênio do tipo tecidual (t-PA) Plasmina exerce efeito anticoagulante através da clivagem da fibrina. Controlada pelo inibidor do ativador do plasminogênio (PAI); F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 Trombo arterial: relacionado à agregação plaquetária. Pode levar a isquemia, geralmente com relação a aterosclerose. Trombo venoso: formado basicamente por fibrina. Relacionado a defeitos de válvulas, prejudi- cando a circulação. Êmbolo: trombo que saiu de seu local de origem e obstrui um vaso distante. Lesão endotelial: predispõe o fluxo sanguíneo anormal e hipercoagulabilidade Fluxo sanguíneo anormal: pode causar lesão endotelial quanto hipercoagulabilidade CAUSAS DA HIPERCOAGULABILIDADE: F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 FÁRMACOS: AGENTES ANTIPLAQUETÁRIOS Inibem a função plaquetária INIBIDORESDA CICLOOXIGENASE • Aspirina (AAS) inibi a síntese de prosta- glandina, inibindo assim a liberação das plaquetas; • Ligação irreversível a COX1; • Agente antiplaquetário para evi- tar trombose arterial; • Tomado em baixas doses e em inter- valos infrequentes; • Inibidor do Txa2 INIBIDORES DA VIA DO RECEPTOR ADP • Ticlopidina e Clopidogrel; • Inibem de forma irreversível a via de ativação das plaquetas que de- pende de ADP; • Causam modificação covalente e inativação do receptor P2Y(ADP) das plasquetas; INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE (IF) • O aumento cAMP determina uma diminuição da agregação plaquetá- ria; • Os IF diminuem a agregabilidade das plaquetas ao inibir a degrada- ção do cAMP; • Dipiridamol tem efeito antiplaque- tário fraco, sendo associado com varfarina ou aspirina; • Também possui ação vasodilatado- ra; ANTAGONISTAS DA GPIIB-IIIA • Impedem a ligação do fibrinogênio, atu- ando como inibidores poderosos da agregação plaquetária; • Eptifibatide se liga com alta afinidade ao GPIIb-IIIa; • Abciximab é um anticorpo monoclonal mu- rino-humano quimérico; Se liga de forma irreversível ao GPIIb-IIIa; • Tirofiban é um antagonista reversível; • Principal efeito adverso: sangramento F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 ANTICOAGULANTES PARENTAIS Via parenteral: que não passa pelo sistema digestório Heparina: Mecanismo de ação é dependente do inibidor da protease plasmática a Antitrombina III, tornando o sitio de ação mais reativo; potencializa o efeito da antitrombina Heparina não fracionada é mais potente mas de mesma eficácia. Heparina tem efeito mais rápido em uma emergência, depois de estabilizada a situação do paci- ente utiliza-se a não fracionada. USO CLÍNICO -> Tratamento incial de trombose venosa e em- bolia pulmonar -> Angina instável ou IAM -> cirurgias que requerem revascularização cardi- opulmonar; -> utiliza-se heparina em pacientes com coagula- ção intravascular disseminada e trombose veno- sa profunda CARACTERÍSTICAS GERAIS -> Não é absorvida pelo trato gastro intestinal -> administradas pela via parenteral -> não atravessa a placenta -> não está associada a malformação congênita -> suspende- 24 horas antes do parto TOXICIDADE E EVENTOS ADVERSOS: -> sangramento e trombocitopenia. F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 ANTICOAGULANTES ORAIS VARFINA Mecanismo de ação Antagonista a vitamina K, a i ni- be, impedindo a conversão da forma Vit K reduzida. Características farmacológicas; -> complementar a heparina -> ação: após 3/4 t meia vida. Ligação a proteína plasmática albumina Proibida para gestantes Alimentos reduzem a taxa de absorção Uso clínico: Impede a progressão TVP aguda ou embolia pulmonar após o uso de heparina Previne tromboembolismo em pacientes cirúrgicos. - uso oral Dose adulto: 2-5mg por dia (2 a 4 dias) Uso clínico: Impede a progressão TVP aguda ou embolia pulmonar após o uso de heparina Previne tromboembolismo em pacientes cirúrgicos. - uso oral Dose adulto: 2-5mg por dia (2 a 4 dias) Toxicidade e efeitos adversos -> sangramento Teratogenicidade Risco de aborto Extremidades com coloração azulada reversível e dolorosa: elevação das pernas Recomenda-se o uso de heparina Caso de doença hemorrágica fatal em uma criação de gado Causa: ingestão de trevo de erva doce—Dicumarol Dicumarol: afeta as reações de- pendentes da vit K. Vit K: sintetiza os fatores ed coa- gulação (II,VII, IC e X e as proteí- nas C e S) F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 Pâncreas: Células endócrinas do pâncreas são responsáveis por secretar hormônios; Ilhotas de Langerhans possui quatro tipos distintos de células: Células beta: produção insulina e amilina; Células alfa: secreção do glucagon; Células D: secreção de somatostatina; Células PP: secreção e produção de polipeptídeo pancreático; Liberação de insulina: células beta reconhecem o GLUT 2 -> difusão facilitada / efeito incretina Aminoácidos, ácidos graxos , corpos cetônicos , incretinas, agonistas β-2 adrenérgicos e estimula- ção do nervo vago promovem a secreção de insulina. O aumento do pool de ácidos graxos livres circulantes pode modular a atividade de enzimas e de proteínas que participam na exocitose da in- sulina. A insulina parece exercer feedback positivo na sua secreção, pela interação com seu recep- tor e m células B pancreáticas. Insulina: Principal hormônio HIPOGLICEMIANTE controlador do metabolismo secundário; Efeito agudo é reduzir os níveis de glicose no sangue (glicemia); A redução ou ausência da secreção de insulina; e Resistência a insulina; Diabetes Mellitus: alterações crônicas. Pró-insulina: insulina e peptídeo C (marcador da dosagem de insulina) F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 CLASSIFICAÇÃO F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO INSULINOTERAPIA Tratamento de primeira escolha para DM1; Tratamento DM2 – não responsivos aos hipoglicemi- antes orais; Corrigir: Troca de agulha/ variar local de aplicação Ganho de peso Atrofia de gordura subcutânea (lipoatrofia) Lipo-hipertrofia (caroço onde paciente injeta insulina) FATORES QUE AFETAM A ABSORAÇÃO DA INSULINA: Local da injeção Fluxo sanguíneo subcutâneo (compressas, massa- gens, exercícios aumentam a taxa de absorção) Tabagismo Volume, concentração e a profundidade HIPOGLICEMIANTES ORAIS BIGUANIDAS: NÃO INIDICADA PARA DM1, pois não secreta insulina Reduzem a produção hepática de glicose; Aumenta a captação de glicose no músculo esquelético; Fármaco representante: Metformina. Indicado tratamento da DM2; Não estimula o apetite; Não causa hipoglicemia; Tempo meia vida curto: 3 h; Efeitos duram por até 24 h; Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, icterícia, reações de hipersensibilidade; Outras indicações: ovário policístico, esteatose hepática não alcoólica; puberdade precoce F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 Aumenta atividade da proteinacinase dependente de AMP (AMPK) Oxidação dos ácidos graxos; captação glicose; metabolismo oxidativo; reduz a gliconeogênese e lipogênese; aumento da sensibilidade a insulina; SULFONILUREIAS: Estimulam a liberação de insulina através da sua ligação a um sítio específico no complexo do canal KATP da célula beta, inibindo sua atividade. Fármacos representantes: glibenclamida; glipizida e a glimepirida. Indicado tratamento da DM2; Sofre interferência de alimentos (reduz a absorção); Tempo meia vida curto: 3 - 5 horas; Efeitos duram por até 24 h; Podem causar hipoglicemia; Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, icterícia, reações de hipersensibilidade; TIAZOLIDINADIONAS (GLITAZONAS): Aumentam a sensibilidade a insulina no múscula e fígado; Reduzem a produção hepática de glicose; Ligantes do receptor Y- ativado por proliferação peroxissomal (PPAR-y) PPAR-y – regulam genes relacionados ao metabolismo glicose e lipídeos Aumenta a captação de glicose no músculo esquelético; Fármaco representante: Rosiglitazona; pioglitazona. Indicado tratamento da DM2; Pico plasmático em 2h; Tempo meia vida curto: 7 h; Efeitos duram por até 24 h; Hepatotóxico: acompanhamento; Efeitos colaterais: ganho de peso; retenção hídrica; risco de fraturas (uso crônico); náuseas, vô- mitos, icterícia, reações de hipersensibilidade; Contraindicado para gestantes; lactantes; cardiopatas; INIBIDORES DA ALFA-GLICOSIDASE (ACARBOSE): Retarda a absorção de carboidratos; Indicadotratamento da DM2 com descontrole na dieta; Efeitos colaterais: flatulência; fezes amolecidas ou diarreia; dor abdomi- nal; FÁRMACOS MIMETIZAM AS INCRETINAS (METABOLIZAM GLICOSE): Representante: exenatida; liraglutina; Agonistas dos receptores GLP-1; Ativação da via AMPc-PKA, causa aumento da biossíntese e exocitose da insulina Não absorvida no intestino = administração SC Pode causar hipoglicemia; Uso Indicado tratamento da DM2 associado a metformina; F A R M A C O L O G I A M É D I C A I I P R 1 GLIPTINAS: Inibidor da enzima dipeptidil-peptidase 4 (DPP-4) Aumento dos níveis de GLP-1 (glucagon-like peptide-1) Apresentam efeitos cardioprotetores Representantes: sitagliptina; vildagliptina; Potencializam as incretinas endógenas; Não ganho nem perda de peso; Indicado tratamento da DM2 com descontrole na dieta; Efeitos colaterais: hipoglicemia; Risco de toxicidade cutânea e renal (análise na FDA); RESUMO: PR2 Vanessa Ludwig -> Transtornos de humor Hipomania Transtorno caracterizado pela presença de uma elevação ligeira mas persistente do humor, da energia e da atividade, associada em geral a um sentimento intenso de bem-estar e de eficácia física e psíquica. Existe freqüentemente um aumento da sociabilidade, do desejo de falar, da familiaridade e da energia se- xual, e uma redução da necessidade de sono; Irritabilidade, atitude pretensiosa ou comportamento gros- seiro. Mania sem sintomas psicóticos Presença de uma elevação do humor fora de proporção com a situação do sujeito, podendo variar de uma jovialidade descuidada a uma agitação praticamente incontrolável. Esta elação se acompanha de um au- mento da energia, levando à hiperatividade, um desejo de falar e uma redução da necessidade de sono. A atenção não pode ser mantida, e existe frequentemente uma grande distração. Mania com sintomas psicóticos Presença, além do quadro clínico de ideias delirantes, alucinações ou de agitação, de atividade motora excessiva e de fuga de ideias de uma gravidade tal que o sujeito se torna incompreensível ou inacessível a toda comunicação normal. Mistura de sentimentos de mania e depressão (Bipolar) Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade (depressão). Depressão Transtorno afetivo ou transtorno de humor caracterizado por tristeza profunda, perda de interesse, au- sência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixo autoestima, além de distúrbios do sono e do apetite. DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE CEREBRAL PR2 Vanessa Ludwig TEORIA DAS MONOAMINAS HIPÓTESE DOS RECEPTORES MONOAMINÉRGICOS Propõe que existe um mecanismo compensatório do organismo frente à diminuição dos neurotransmisso- res, tal fenômeno é responsável pelo aumento do número de receptores, o que foi chamado de mecanis- mo Up Regulation. A diminuição do número de neurotransmissores e o aumento da sensibilidade dos receptores geram o quadro de depressão. Desse modo, a resposta terapêutica surge quando há Down Regulation, ou seja, quando há redução no número de receptores somada ao aumento dos neurotransmissores, já iniciado logo após a administração do fármaco. TEORIA NEUROTRÓFICA • Participa dos processos da regulação da plasticidade neuronal, resiliência e neurogênese; • Hipocampo é a principal estrutura envolvida na atividade do Fator Neurotrófico derivado do Cérebro (BDNF); • Hipocampo tem função na memória contextual e na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal (HHSR); • Liberação aumentada de Cortisol reduz BDNF, pela ativação de receptores de glicocorticoides no hipo- campo; • Uso de antidepressivos causam aumento de monoaminas que regulam o HHSR; • O Aumento de BDNF, pode levar 2 a 4 semanas; PR2 Vanessa Ludwig INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE (IMAO) ANTIDEPRESSIVOS IRREVERSÍVEIS ÑÃO SELETIVOS REVERSÍVEL SELETIVO Ligam-se à MAO de modo irreversível blo- queando a ação desta enzima, e a atividade enzimática só é resta- belecida após a síntese de novas moléculas. MAO A: Não há risco de crises hipertensivas associada a dieta. Efi- cazes no tratamento de Depressão MAO B: Prevenção dos processos neurodege- nerativos; Eficazes no tratamento do Mal de Parkinson. FENELZINA TRANILCIPROMINA ISOCARBOXAZIDA IPRONIAZIDA MAO A MOCLOBEMIDA MAO B SELEGILINA Inativação da Enzima Interações medicamentosas: Efeitos Adversos: HIPERTENSÃO GANHO DE PESO— AUMENTO DO APETITE ESTIMULAÇÃO CENTRAL EXCESSIVA: INSONIA, TREMORES, EXCITAÇÃO E ATÉ CONVULSÕES EFEITOS SEMELHANTES AO DA ATROPINA Atuam bloqueando a ação da enzima monoamina oxidase. Não são drogas de primei- ra escolha, sendo aconselhável seu uso em última instância -> efeitos tóxicos e ad- versos bastante eminentes. É sugestivo uma dieta alimentar, pelo fato do acúmulo de substratos de MAO, sobretudo a serotonina, sendo esta, especifica para reduzir o consumos de substrato da enzima. Para evitar a reação: ‘’REAÇÃO DO QUEIJO’’, a qual causa sinais e sintomas simpáticos (HAS) pós ingestão de derivados de tirosina. (tiramina) PR2 Vanessa Ludwig INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE MONOAMINAS—(TRICÍCILOS) ANTIDEPRESSIVOS IMIPRAMINA: EFEITO SEDATIVO MODERADO, SÍNDROME DO PANICO/TRANSTORNO OBSES- SIVO-COMPULSIVO (TOC), HIPERATIVIDADE. DESMIPRAMINA CLOMIPRAMINA: EFEITO SEROTONINÉRGICO— ÓTIMO PARA TOC AMITRIPTILINA: EFEITO ANTICOLINÉRGICO, EN- XAQUECA, DEPRESSSÃO, DOR CRÔNICA NORTRIPTILINA: DIMINUI EFEITOS COLATERAIS E EFITO SEDATIVO SUAVE, MENOR AÇÃO COLI- NÉRGICA—ÓTIMO PARA IDOSOS DOXEPINA MAPROTILINA EFEITOS ADVERSOS: RECEPTOR H1: Ganho de peso e sonolência RECEPTOR M: Boca seca e sonolência RECEPTOR ALFA1: Tontura, sonolência e redução da P.A -> DISFUNÇÃO SEXUAL, SEDAÇÃO, MANIA, DE- PENDÊNCIA E SÍNDROME DA PRIVAÇÃO Bloqueio de Transporte (Bomba de recaptação) Características: Absorção rápida por via oral Excreção: urina (80%) e fezes (20%) Administração noturna - efeitos sedativos Interações medicamentosas: Álcool: potencializa efeito depressor IMAO: episódios hipertensivos Antimuscarínicos e anti-histamínicos IRSN: Venlafaxina/duoloxetina ISRS: fluoxetine Contra indicação: Problemas cardíacos Glaucoma ou pressão ocular alta Constipação intestinal Retenção urinária Bloqueiam os transportadores membranares dos neurônios pré-sinápticos que reco- lhem monoaminas neurotransmissoras do exterior e maximizam a duração de sua ação no local. A maioria, bloqueia os transportadores de noradrenalina, dopamina e serotonina. São usados no tratamento da depressão crônica ou profunda e das fases depressivas na doença bipolar. Usado também no tratamento da dor neuropática, quando não correspondida por opioides. PR2 Vanessa Ludwig INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA—(ISRS) ANTIDEPRESSIVOS FLUOXETINA: 3° geração, 5HT, útil no trata- mento de depressão + distúrbios compulsi- vos, hiperfagia e bulimia, (PROZAC) PAROXETINA: Efeitos anticolinérgicos—vida média longa. Útil na depressão, TOC, fobias e no transtorno do pânico. Pode ser usada com alprazolam— ideias suicidas –. SERTRALINA: + seguro: em idosos, gestan- tes e lactantes, pacientes cardiopatas. 5HT. Usada na depressão, TOC e pânico. CITALOPRAM: Seletivo para serotonina ESCITALOPRAM: Seletivo para serotonina (LEXAPRO) FLUVOXAMINA Causa infra regulação/dessensibilização dos receptores pós-sináptico se o aparecimento dos efeitos farmacológicos. Bloqueio de Transporte (Bomba de recaptação) Interações medicamentosas: IMAO: risco de síndrome serotoninérgica ADT: aumentos dos efeitos—interações enzimáticaB-bloqueador (propranolol): letargia e bradicardia Omeprazol, cimetidina, cetoconazol, itraconazol: aumento da concentração de antidepressivo pela inibição enzimática Drogas que induzem ou inibem as enzimas CYP450 Efeitos adversos: Gastrointestinais: constipação, diarreia, náuseas, vômitos e dor abdominal. Reações dermatológicas: urticárias, febre, artralgia Psiquiátricos: agitação, insônia, ansiedade e nervosismo Alterações de peso: perda de peso (sertralina e fluoxetina) e ganho de peso (paroxetina) Disfunção sexual: retardo ejaculatório e inibição ou retardo do orgasmo feminino. Síndrome serotoninérgica: alterações cognitivas e compor- tamentais (confusão, hipomania, agitação) alterações de sono, irritabilidade. Atuam bloqueando a proteína receptadora de serotonina (5-HT). Snedo mais seguros e menos eficazes no caso de depressão profunda. Vanessa Ludwig PR2 CLASSES VARIADAS ANTIDEPRESSIVOS Antidepressivos Atípicos VENLAFAXINA, DULOXETINA: Inibidores da recaotação de 5HT (dor neuropática) MIRTAZAPINA: Antagonista de receptores alfa-2-adrenérgicos BUPROPIONA: Inibidor da recaptação de DA e NA TRAZODONA, NEFAZODONA: Antagonis- ta/Inibidor da recaptação de 5HT TIANEPINA: Estimulantes da recaptação de 5HT. REBOXETINA: Inibidor seletivo da recapta- ção de NA Grupo misto de fármacos com ação em vá- rios locais diferentes. Menos efeitos colate- rais. Toxicidade aguda menor. VENLAFAXINA, DESVENLAFAXINA: -> Absorve rapidamente -> Absorção: 92% via oral Tempo de meia vida: 3 a 5hs Excreção renal: 87% Contraindicação: Uso de IMAO Álcool Gravidez/Lactação Crianças Efeitos adversos: Cefaleia, boca seca. Visão turva, sudorese; Diminuição do libido, disfunção erétil, ejaculação precoce; HAS, ta- quicardia, palpitação, confusão mental, agitação, instabi- lidade emocional, ansiedade, irritabilidade, disfunção uri- nária, elevação do colesterol, TGC, LDL, insuficiência hepática Grupo misto de fármacos com ação em vários locais dife- rentes. Menos efeitos colaterais. Toxicidade aguda me- nor. ANTAGONISTA DE RECEPTOR ALFA-2 ADRENÉRGICO (MIRTAZAPINA) -> Reduz ou impede o aparecimento de ansieda- de, acatisia, disfunção sexual, náuseas, vômitos, diarréia e insônia. -> Melhora a insônia noturna, causa sonolência diurna, ganho de peso. -> Absorve rapidamente Tempo de meia vida: 20-40hs. Excreção pela urina e fezes Interações Medicamentosas: IMAO, ISRS, ÁLCOOL Efeitos adversos: Aumento do apetite e do peso, sonolência e seda- ção, sonhos anormais, confusão e ansiedade, pe- sadelos, manias, agitação e alucinação. INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE DA (RADAFAXINA) -> Pico plasmático: 3hrs Eliminação: 87% urina e 10% fezes Interações medicamentosas: Isoenzima CYP2D6, Álcool, Sistemas transdérmicos nicotina. Efeitos adversos: insônia, agitação, ansiedade, dor de cabeça, tremor, vertigens, taquicardia, hiperten- são, boca seca, transtornos gastrointestinais, febre, dor no peito, fadiga. ANTAGONISTA/INIBIDOR DA RECAPTAÇÃO 5-HT (TRAZODONA) Pico plasmático: 2 a 3hrs. Baixa dose: hipnótico/ Alta dose: antidepressivo. Efeitos adversos: hepatite medicamentosa, altera- ções na condução cardíaca, priapismo—ereção pro- longada. Vanessa Ludwig PR2 TIPOS: TRANSTORNOS DA ANSIEDADE GENERALIZADA: A pessoa sente preocupação excessiva com diversas situações do cotidiano e os problemas decorrentes delas só acumulam. A ansiedade generalizada é incapacitante e atrapalha o indivíduo nas tarefas do dia a dia. TRANSTORNOS DO PÂNICO: É a ocorrência do medo incontrolável e, às vezes, de forma repetida. Geralmente, a pessoa fica ainda com mais medo de futuros ataques e adota mudanças comportamentais para evitar novas situações parecidas. TRANSTORNOS DA ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL): Conversar com estranhos ou até mesmo estar em um ambiente com várias pessoas pode ser muito incômodo para quem sofre dessa condição. AGORAFOBIA: Medo de lugares e situações que possam causar pânico, impotência ou constrangimento. TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC): Caracterizado por pensamentos indesejados e recorrentes (obsessões) e/ou comportamentos repetitivos (compulsões) FOBIAS: Seja o medo de aranha ou até de altura, a ansiedade toma conta do ser que não consegue reagir diante da fobia. Trata-se de um medo excessivo e que extrapola o que seria considerado comum. Ansiedade normal -> Comportamento adaptativo Transtorno de ansiedade -> Prejuízo do bem-estar e rendimento de atividades SINTOMAS PSÍQUICOS Preocupação Nervosismo Inquietação Irritabilidade Insônia Dificuldade de concentração SINTOMAS SOMÁTICOS Taquicardia Sensação de falta de ar Pupilas dilatadas Tremores Sudorese Náuseas ou vômitos Mal-estar abdominal Vertigem Dificuldade para relaxar Dores diversas Vanessa Ludwig PR2 Etiologia: Predisposição genética Experiências vivenciadas ao longo da vida Fatores ambientais: acidentes, assaltos Fatores biológicos: neurotransmissores: TRATAMENTO: -> Terapia cognitivo-comportamental -> Exercício físico, yoga, atividade física, reeducação alimentar -> Terapia farmacológica: SEROTONINA Núcleo da rafe amigdala hipocampo (avaliação do perigo) -> Ansiedade gera o aumento de 5HT na amígdala. NORADRENALINA Sistema de alarme— Hiperexcitação/ Hiperatividade Sinais: Ansiedade/Pânico Tremor Sudorese Taquicardia Hiperativação Pesadelos ÁCIDO GAMA AMINOBUTÍRICO (GABA) Principal neurotransmissor inibitó- rio do SNC Papel regulador importante na redução da atividade de numero- sos neurônios. Ação ansiolítica: amigdala e hipo- campo. GABA-A: neurotransmissão inibi- tória, alvo dos BZD, barbitúricos e álcool GABA-B: dor, memória e humor. GABA-C: papel fisiológico não esclarecido. Vanessa Ludwig PR2 MECANISMO DE AÇÃO: Se ligam a um ponto no receptor GABAa, aumentando o efeito inibitório do GABA. AÇÕES FARMACOLÓGICAS SEMELHANTES, DIFEREM NA POTÊNCIA, INICIO E DURAÇÃO DO EFEITO ADMINISTRAÇÃO: VIA ORAL : Pico de concentração (30min a 2h) VIA INTRAMUSCULAR: Absorção irregular e lenta VIA INTRAVENOSA: Anestesia e estados epiléticos CONTRA-INDICAÇÃO: Gravidez, alcoolistas crônicos, apneia do sono, deficiência de memória INTOXICAÇÃO POR BZD: lavagem gástrica, descontaminação com carvão ativado—retardar a absorção gástrica, cuidados de hipotensão, hidratação e suporte respiratório Efeitos adversos: Superdosagem: interação com outros depresso- res. Efeitos colaterais: Sonolência, confusão mental, amnésia, com- prometimento da coordenação motora. Síndrome da abstinência: ansieda- de, tremor, intolerância, câimbras, náuseas, sudorese, hiperreflexia e convulsões. NORDIAZEPAM, apresentam tempo de meia-vida de 60hrs, contribuindo para maior duração da ação, po- dendo causar efeitos acumulativos e residuais (sonolência excessiva). BZD com meia vida longa: menor grau de dependência e menos sintomas na retirada. Vanessa Ludwig PR2 BUSPIRONA Classe: Agonista parcial de 5-HT1A Mecanismo de ação: interagindo com os receptores présinápticos somatodendríticos diminuindo a frequên- cia de excitação dos neurônios serotoninérgicos pré-sinápticos; e/ou atuando como agonista parcial nos receptores póssinápticos, competindo com a serotonina por esses receptores, consequentemente, dimi- nuindo a ação da buspirona Meia vida: 38 horas Latência: 2 a 3 semanas Efeitos Adversos: Tonturas, cefaleia, inquietação e náuseas Vantagens: Não potencializa efeito de depressores do SNC, ausência de dependência e sintomas de absti- nência de uso prolongado. Poucos efeitos adversos Eficaz no tratamento de ansiedade generalizada ANTAGONISTAS BETA-ADRENÉRGICOS Propanolol -> Bloqueio das respostassimpáticas periféricas -> BLOQUEIO DOS RECEPTORES BETA PÓS SINÁPTI- COS DIMINUEM A ANSIEDADE. (a hiperatividade dos neurônios NA causa excesso de NA nos recepto- res pós sinápticos, o que ocasiona o aumento da ansiedade) -> Indicado quando os sintomas físicos são incômodos: sudorese, tremor, taquicardia. Efeitos: Diminui tremores, diminui a taquicardia, diminui a sudorese e as pupilas contraem. O U T R O S F A R M A C O S Vanessa Ludwig PR2 • DIFICULDADE DE ADORMECER, DESPERTARES DURANTE A NOITE OU PESADELOS RELACIONA- DOS COM EVENTOS ESTRESSANTES. • OCORRE UMA REDUÇÃO DE HORAS DE SONO JUNTAMENTE COM SINTOMAS DE ANSIEDADE, IRRITAÇÃO E IMPACIÊNCIA. CAUSAS + COMUNS: Excesso de álcool, mal uso de fármacos. CLASSIFICAÇÃO: MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS: Reduzir a ingestão de cafeína e álcool, praticar exercícios físicos e possuir horários reguladores de sono e vigília. -> Hipnótico ideal: manter a estrutura do sono normal. MEDIDAS FARMACOLÓGICAS: BENZODIAZEPÍNICO HIPNÓTICO-SEDATIVO Baseada na duração e no tipo da insônia. Acompanhamento do paciente é indispensável para mo- nitorar reações adversas e minimizar o risco de depen- dência MECANISMO DE AÇÃO: Se ligam a um ponto no receptor GABAa, aumentando o efeito inibitório do GABA. BZD com T meia-vida: Rápido inicio de efeito, produz um sono sustentado duran- te a noite e não provoca sonolência resi- dual Efeitos adversos: sensação de estar dopa- do, desenvolve tolerância, síndrome da abstinência -> Insônia de Rebote TRIAZOLAM -> Ação rápida e tempo de meia- vida curta. Uso: paciente com dificuldade de conciliar o sono FLUMAZEPAM -> Ação rápida e tempo de meia vida prolongado Uso: paciente com dificuldade de conciliar o so- no e permanecer dormindo TEMAZEPAM -> Ação retarda- da e tempo de meia-vida inter- mediária Uso: paciente portador de insô- nia no meio da noite. Vanessa Ludwig PR2 NOVOS AGONISTAS DOS RECEPTORES DE BZD -> Hipnósticos não-bzd de curta duração -> Modernos: tratamento de 1° escolha Classe: Imidazopiridina Efeito: induzem o sono e mantêm por um certo tempo. -> Zopiclona -> Zaleplon (Ação rápida e duração curta—meia vida 1h) -> Zolpidem (Ação curta—meia vida 1,5 a 3h) Efeitos indesejáveis: Tonturas, sonolência, cefaleia e agitação Vantagens: Início de ação rápida e curta duração, não causa tolerância ou dependência, não prejudicam a capacidade psicomotora na manhã seguinte ao uso, não apresenta efeitos ‘’ressaca’’ Vanessa Ludwig PR2 É uma síndrome composta por uma mistura de sintomas. Pode estar associada a diferentes transtornos psiquiátricos (alucinações e delírios). Estes, comprometem a capacidade mental, as respostas afetivas e a capacidade de o indivíduo reconhecer a realidade, se comunicar e se relacionar com as outras pessoas. Esquizofrenia Doença psicótica mais comum; Sintomas negativos identificados apenas pela observação: -> Redução da fala, aparência descuidada, contato visual limitado. Sintomas negativos identificados por perguntas: -> Redução da capacidade de resposta emocional, redução do interesse, redução do interesse social. Vanessa Ludwig PR2 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO—ANTIPSICÓTICOS Capacidade de abolir a psicose e aliviar a desorganização do processo mental nos pacientes esquizofrêni- cos. Mecanismo de ação: Antagonistas dos RD2 Via Dopaminérgica Mesolímbica (Sintomas positivos) Clorpromazina (Amplictil®) Haloperidol (Haldol®) Flufenazina (Flufenan®) Flupentixol (Fluanxol®) Sulpirida (Equilid®) Pimozida (Orap®) Tioridazina (Melleril®) Desafios do Tratamento: Redução dos sintomas positivos Bloqueio dos mecanismos de recompensa; Agravar sintomas negativos; Efeitos Extrapiramidais Elevação da Prolactina Farmacocinética Altamente Lipofílicos Absorção rápida mas incompleta Alto metabolismo de primeira passagem (Fígado) Alta ligação a proteínas plasmáticas Uso Oral ou intra-musculares Tempo ½ médio 24h • Baixa disponibilidade • Clorpromazina 30-40% • Haloperidol 65% Excreção urinária EFEITOS ADVERSOS Vanessa Ludwig PR2 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO—ANTIPSICÓTICOS Capacidade de abolir a psicose e aliviar a desorganização do processo mental nos pacientes esquizofrêni- cos. Vanessa Ludwig PR2 ANTI BI ÓTI CO GENTAMI CI NA CEFALEXI NA PI PERACI LI NA + TAZOBACTAM VANCOMI CI NA ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Ação bactericida; Bacilos gram-negativos aeróbios, como Serratia sp; É ativa contra Staphylococcus aureus I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Septicemias, infecções do trato urinário, respiratórias, abdominais, oculares, articulares e endocardites. -> Contra bacilos e cocos gram-negativos aeróbios. Ex:Klebsiella,Enterobacter.. -> Contra bactérias gram-positivas, entre elas:Staphylococcus aureus,S. epidermidis... MECANI SMO DE AÇÃO: Ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese protéica ou produzindo proteínas defeituosas. CLASSE PERTENCENTE: Aminoglicosídeo EFEI TOS ADVERSOS: Nefrotoxicidade, ototoxicidade, teratogenicidade ? maior penetração placentária; piora crise miastênica CLASSE PERTENCENTE: Cefalosporinas de primeira geração MECANI SMO DE AÇÃO: interferência com a síntese do peptidioglicano, após a ligação às proteínas ligadoras dos antibióticos b- lactâmicos, levando à quebra da parede celular bacteriana. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Gram+ (Strepto. Incl. Pneumococos; Staphylo.) Gram- ( E.coli, Klebsiella, Proteus). Anaeróbios: só atua sobre os de cavidade oral. Não atua sobre Enterococos, Pseudomonas e Haemophilus. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Sinusites bacterianas e infecções do trato respiratório; Otite média; Infecções da pele e tecidos moles; Infecções do trato geniturinário; Infecções dentárias. EFEI TOS ADVERSOS: Distúrbios gastrointestinais; agranulocitose e trombocitopenia; pode provocar reações de hipersensibilidade caracterizada geralmente por erupções cutâneas, urticária, prurido e artralgias. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções graves por bactérias sensíveis gram-negativas como sepse, pneumonias, pielonefrite, infecções de pele, ossos, articulações e infecções ginecológicas ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Gram-negativas: Escherichia coli, Klebsiella spp., Gram-positivas: estreptococos e enterococos Anaeróbicas: Bacteroides spp.. EFEI TOS ADVERSOS: Náuseas, Vômitos, diarréia, hipertensão, insônia, cefaléia, agitação, febre, tonturas, vertigens, prurido, broncoespasmo. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções hospitalares por germes gram-positivos, colite pseudomembranosa não-responsiva a metronidazol e endocardite bacteriana em pacientes alérgicos à penicilina. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Cocos gram-positivos (Streptococcus sp, Staphylococcus sp e Enterococcus sp. Boa atividade contra Clostridium difficile. Ativa contra Chriseobacterium meningosepticum e Rhodococcus sp. EFEI TOS ADVERSOS: Ototoxicidade, hipersensibilidade, síndrome do homem vermelho, espasmos e dores cervicais; tromboflebites, neutropenia reversível, eosinofilia, nefrotoxicidade e náuseas. MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Alterações nas PBPs-alvo resultando em redução da afinidade ao antibiótico, destruição do antibiótico pelas ß-lactamases, baixos níveis intracelulares devido à redução da captação ou efluxo ativo dos antibióticos. MECANI SMO DE AÇÃO: Inibe a formação do septo e síntese da parede celular MECANI SMO DE AÇÃO: Inibição de síntese protéica, interferindo na formação das pontes entre as cadeias de peptidoglicana. MECANI SMO DE RESI STÊNCI A:- Staphylococus spp -Espessamento da parede celular bacteriana (resistência intermediária) - Aquisição do gen vanA de um Enterococo resistente à vancomicina (totalmente resistente) MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Alteração dos sítios de ligação no ribossomo; alteração na permeabilidade; modificação enzimática da droga. MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Produção de beta-lactamases, Incapacidade de a droga atingir o seu local de ação; Alteração nas proteínas de ligação às penicilinas (menor afinidade). CLASSE PERTENCENTE: Penicilina CLASSE PERTENCENTE: Glicopeptídeos Vanessa Ludwig ANTI BI ÓTI CO CI PROFLOXACI NO SULFAMETOXOZOL + TRI METOPr i ma do x i c i c l i na CEFTRI AXONA ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Gram-positivos: Enterococcus faecalis, Staphylococcus spp, Streptococcus pneumoniae. Gram-negativos: Burkholderia cepacia, Klebsiella pneumoniae, Providencia spp. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções do trato urinário; prostatite bacteriana crônica; osteomielite crônica, e infecções de pele; diarréias bacterianas; febre tifóide; otite externa. É eficaz na erradicação do meningococo da orofaringe. MECANI SMO DE AÇÃO: Inibição da topoisomerase bacteriana do tipo II (DNA girase) e topoisomerase IV, necessárias para a replicação, transcrição, reparo e recombinação do DNA bacteriano c l asse per t encent e: Quinolona EFEI TOS ADVERSOS: Dispepsia, náuseas, vômitos, elevação das transaminases, dor abdominal, e diarreia. Pode ocorrer neurotoxicidade, com alterações do estado mental e alucinações, especialmente em idosos e pacientes usando doses máximas. CLASSE PERTENCENTE: Sulfonamidas MECANI SMO DE AÇÃO: Inibição da síntese do folato (essencial na síntese de purinas pirimidinas - percursoras do DNA e RNA). Na ausência do falto, as células não crescem e nem se dividem. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Cocos: Branhamella catarrhalis Gram-negativos: Haemophilus influenzae, E. coli, Citrobacter freundi, Citrobacter spp., Klebsiella spp Pseudomonas Outros: Brucella, Listeria monocytogenes, Parcialmente sensíveis: Staphylococcus spp. Streptococcus pneumoniae. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções respiratórias, , gastrointestinais e urinárias, sinusite, otite média, prostatite, orquite e epididimite. EFEI TOS ADVERSOS: Anemia, alterações de coagulação, granulocitopenia, agranulocitose, púrpura, dermatite esfoliativa; a síndrome de Stevens-Johnson. Náuseas e vômitos são freqüentes. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções causadas por clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e actinomicose. Usual no tratamento de infecções causadas por Mycoplasma pneumoniae e em pacientes com traqueobronquites e sinusites. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Ativa contra uma ampla variedade de bactérias Gram-positivas, Gram-negativas, clamídias, micoplasmas e alguns protozoários EFEI TOS ADVERSOS: Urticárias, exantemas, edema periorbitário e reações anafiláticas; podem causar alterações dentárias em crianças. Além de náuseas, vômitos e diarréia; cefaléia, incapacidade de concentração. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Pneumonia, infecções urinárias, meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas, bacteremias, gonorréia e sífilis. Usada preferencialmente em infecções hospitalares e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Ativo contra grande parte dos cocos gram-positivos; boa atividade contra gram-negativos. EFEI TOS ADVERSOS: Hipersensibilidade, Tromboflebites, teste de Coombs positivo, raramente hemólise, granulocitopenia e trombocitopenia. Diarréia, necrose tubular aguda e nefrite intersticial MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Diminuição da acumulação da droga no interior da célula. Podendo ser cromossômica ou mediada por plasmídeos ou transposons. MECANI SMO DE AÇÃO: As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de gasto de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a ligação do RNA transportador, impedindo a síntese protéica. MECANI SMO DE AÇÃO: age por inibição da síntese da parede celular bacteriana MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: mutações do alvo antibiótico como as proteínas de ligação à penicilina (PBPs) ou inativação da droga por betalactamases MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Staphylococcus aureus (resistente à meticilina) e Stenotrophomonas maltophilia. MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Pode ocorrer por mutação, levando à produção aumentada de ácido para-aminobenzóico ou à síntese de diidropteróico sintetase que apresentam pouca afinidade pelo antimicrobiano. CLASSE PERTENCENTE: Tetraciclina CLASSE PERTENCENTE: Cefalosporinas de terceira geração Vanessa Ludwig ANTI BI ÓTI CO METRONI DAZOL CLI NDAMI CI NA MEROPENEM AMOXI CI LI NA ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Ativo contra a maioria dos anaeróbios; também contra Entamoeba hystolitica, Giardia lamblia, Trichomonas vaginalis, Helicobacter pylori e Gardnerella vaginalis. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções por germes anaeróbios. Apresenta também atividade contra Entamoeba hytolitica, Giardia lamblia, Trichomonas vaginalis, Helicobacter pylori e Gardnerella vaginallis MECANI SMO DE AÇÃO: Atua na redução dos grupos nitro na bactéria, formando metabólitos tóxicos que rompem o DNA bacteriano c l asse per t encent e: Nitroimidazólicos EFEI TOS ADVERSOS: Diarreia, dor epigástrica, náuseas, neutropenia reversível, gosto metálico na boca, urina de coloração escura, urticária, exantema, queimação uretral e vaginal, ginecomastia e, raramente neuropatia periférica, colite pseudomembranosa, pancreatite, convulsões, encefalopatia, disfunção cerebelar e ataxia. CLASSE PERTENCENTE: Lincosaminas MECANI SMO DE AÇÃO: Inibem a síntese protéica nos ribossomos, ligando-se a subunidade 50S, sendo, portanto, bacteriostáticas. Desta forma alteram a superfície bacteriana, facilitando a opsonização, fagocitose e destruição intracelular dos microrganismos. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Cocos Aeróbicos Gram-positivos; Bacilos Anaeróbicos: Gram-negativos e Gram-positivos não formadores de esporo; Cocos Anaeróbicos e Microaerófilos Gram-positivo. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções intra-abdominais, pélvicas e pulmonares; Infecções odontogênicas, sinusites, otite crônica, osteomielites e infecções de pele por estreptococos ou estafilococos. EFEI TOS ADVERSOS: Anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, gosto metálico, aumento das enzimas hepáticas, discrasias sanguíneas, bloqueio neuromuscular, exantema cutâneo, febre e eritema multiforme exsudativo. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções nosocomiais por microorganismos multirresistentes. Iinfecções polimicrobianas e intraabdominais e de partes moles, osteomielites e infecções complicadas do trato urinário. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Ativo contra gram-positivos; gram-negativos; e anaeróbias. EFEI TOS ADVERSOS: Trombocitemia; Cefaleia; Náusea; Diarreia; Aumento das enzimas hepáticas; Exantema; Prurido; Inflamação e dor no local da aplicação. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Rinossinusite, otite média aguda, infecção urinária, infecções respiratórias, faringite bacteriana e febre tifóide. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Gram-positivos > Aeróbios: Enterococus faecalis, Streptococcus pneumoniae. Gram-negativos > Aeróbios: Escherichia coli. EFEI TOS ADVERSOS: Em geral, é bem tolerada. Náuseas, vômitos, diarréia, prurido e irritação gastrointestinal pode ocorrer. MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Redução da permeabilidade transmembrana (diminuição das porinas), bombas de efluxo e betalactamases. MECANI SMO DE AÇÃO: Exerce sua ação bactericida através da interferênciacom a síntese da parede celular bacteriana MECANI SMO DE AÇÃO: Tem rápida ação bactericida, interferindo na parede celular das bactérias MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Alterações nas PBPs-alvo resultando em redução da afinidade ao antibiótico, destruição do antibiótico pelas ß-lactamases, baixos níveis intracelulares devido à redução da captação ou efluxo ativo dos antibióticos MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Comprometimento da capacidade de remover oxigênio do meio; inativação enzimática do meio; diminuição da atividade do complexo piruvato ferredoxina-oxirredutase, com menor ativação da droga MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Alterações no sítio receptor do ribossoma, conferem resistência ao grupo. Outra forma de resistência é por mudanças mediadas por plamídeos, no RNA 23S da subunidade 50S do ribossoma. CLASSE PERTENCENTE: Carbapenêmicos CLASSE PERTENCENTE: Penicilina Vanessa Ludwig ANTI BI ÓTI CO AZI TROMI CI NA POLI MI XI NA LI NEZOLI DA ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Bactérias aeróbias gram-positivas; gram-negativas; anaeróbias; atípicas. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções nas vias aéreas, tecidos moles e pele. Ex: sinusite aguda. Uretrites e cervicites, febre tifóide, coqueluche, shigelose. Pode ser usado na gestação MECANI SMO DE AÇÃO: Ação bactericida ou bacteriostática; atuam inibindo a síntese de proteínas nas bactérias c l asse per t encent e: Macrolídeo EFEI TOS ADVERSOS: Náuseas, diarréia, dor abdominal, cefaleia e tontura. Perda auditiva em altas doses da medicação. CLASSE PERTENCENTE: Polimixina MECANI SMO DE AÇÃO: Ação antimicrobiana bactericida atua primariamente nas membranas externa e citoplasmática. ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Possui ação bactericida contra quase todos os bacilos Gram negativos, com exceção de Proteus spp. As polimixinas aumentam a permeabilidade de membrana da célula bacteriana. I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções graves por bactérias resistentes - Pseudomonas aeruginosa - Também usada, por via inalatória, - fibrose cística colonizados por Pseudomonas aeruginosa EFEI TOS ADVERSOS: Neurotóxica e nefrotóxica; sonolência; ataxia; febre; tonturas; erupções cutâneas; hipocalemia; hiponatremia; hipopotassemia I NDI CAÇÕES CLÍ NI CAS: Infecções por cocos gram-positivos, especialmente em casos de resistência aos tratamentos convencionais ESPECTRO DE AÇÃO ANTI MI CROBI ANA: Microrganismos Gram-positivos aeróbios: Enterococcus sp.; Staphylococcus sp.; Streptococcus sp.;Streptococci do grupo C; Streptococci do grupo G; Micro rganismos Gram-positivos anaeróbios: Clostridium perfringens; Peptostreptococcus sp EFEI TOS ADVERSOS: Cefaleia, diarreia, náuseas, vômitos, sabor metálico, testes de função hepática anormais e candidíase vaginal; anemia, urticária, sudorese, exantema, dor abdominal. MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Emergência de resistência, embora rara, foi documentada, sendo atribuída ao mecanismo de mutação no gene 23SrRNA, talvez devido à pressão seletiva MECANI SMO DE AÇÃO: Exerce sua atividade por inibição da síntese protéica, porém, em etapa distinta daquela inibida por outros antimicrobianos. Dessa maneira, não ocorre resistência cruzada com macrolídeos, estreptograminas ou mesmo aminoglicosídeos. MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: Ligação à subunidade 50S dos ribossomos, inibindo a síntese proteica MECANI SMO DE RESI STÊNCI A: A resistência natural de bactérias gram-positivas está relacionada à incapacidade da droga de penetrar na parede celular. Entre os gram-negativos a resistência pode ocorrer por mecanismo semelhante, ou por diminuição na ligação à membrana celular. CLASSE PERTENCENTE: Oxazolidinona Vanessa Ludwig PR2 Vanessa Ludwig As infecções por fungo são denominadas micoses e podem ser divididas em infecções superficiais e in- fecções sistêmicas . Os antifúngicos, em maioria, produzem efeitos tóxicos. Nossas células, dificultam a obtenção de alvos, o que limita o número de drogas antifúngicas. Os IODETOS foram os primeiros utilizados, especialmente no tratamento de ESPOROTRICOSE -> sendo uma alternativa eficaz e de baixo custo. Aumento das micoses: avanço nos tratamentos oncológicos, transplante de órgãos e medula ossea., epi- demia do HIV, uso crescente de antibioticoterapia de amplo espectro, Anfotericina B: único medicamento eficaz durante muitos anos. (bastante tóxico) Evolução: fármacos azóis pouco tóxicos (VO e EV) e equinocandinas (EV),,, INFECÇÕES SISTÊMICAS/profunda: INFECÇÕES SUPERFICIAIS: afetam tecidos e órgãos internos ou acomete todo o organismo do hospedeiro afetam a pele, unha, couro cabeludo e as mucosas) (fungos dimórficos) -> Criptococose (meningite) -> Aspergilose (pulmonar) -> Blastomicose (pulmonar) -> Histoplasmose (pulmão, TGI, osso) -> Coccidiomicose (pulmão) -> Mucormicose (rinocerebral) -> Esporotricose disseminada (lesões cutâneas) Classificadas em: DERMATOMICOSES: (infecções de pele, dos cabelos e das unhas causa- das por dermatófitos) -> Tinea capitis (couro-cabeludo) -> Tinea pedia (pé) -> Tinea corporis (corpo) -> Tinea cruris (virilha) -> Tinia unguium (unha) CANDIDÍASE: (microorganismo leveduriforme) Infecta: Boca (afta), Pele, Vagina, Candidiase muco- cutânea PR2 Vanessa Ludwig ANFOTERICINA B NISTADINA MECANISMO DE AÇÃO: liga-se ao ergoterol da membrana celular do fungo formando poros e alteran- do sua permeabilidade (extravasamento de íons e macromoléculas com morte celular). Uso clínicos: 1. Candidíase 2. Criptococose 3. Histoplasmose 4. Blastomicose 5. Aspergilose 6. Mucormicose 7. Cocidiodomicose Antifúngico de maior espectro de ação e infusão EV lenta Usado em infecções fúngicas graves, como tratamento de indução. EFEITOS ADVERSOS: -> Hepatotoxicidade, nefrotoxici- dade -> Mielotoxicidade (anemia e plaquetopenia) -> Cardiotoxicidade -> Febre, náuseas, vômitos, ce- faléia, calafrios (relacionadas a infusão) -> Flebite no sítio de infusão -> Convulsões e arritmia— quando administrada rapida- mente MECANISMO DE AÇÃO: liga-se ao ergoterol da membrana celular do fungo formando poros e alte- rando sua permeabilidade (extravasamento de íons e macromoléculas com morte celular). Uso tópico: Candidiase de pele e mucosa (boca e TGI) -> intertrigo: irritação e a ruptura da pele (maceração) em áreas onde duas su- perfícies da pele ficam em atrito. PR2 Vanessa Ludwig Mecanismo de ação: redução da síntese do ergosterol por meio da inibição das enzimas do citocromo P450 fúngicas (menor seletividade pelas enzimas humanas). Espectro de ação amplo: candidíase, criptococose, blastomicose, Histoplasmose, dermatófitos (tíneas). Itraconazol e voriconazol— aspergilose. ITRACONAZOL: Usado VO e EV. Penetra mal no LCR. Preferido na Histoplasmose, esporitricose, blastomicose, dermatofitose, onicomicose. FLUCONAZOL: Boa penetração no LCR, alta dis- ponibilidade oral, pouca interação medicamentosa, usado VO e EV. Uso preferencial no tratamento da meningite criptocócica, candidíase mucocutanea. Sem atividade na aspergilose. VORICONAZOL: uso VO e EV, boa disponibilidade, grande interação medicamentosa. Provoca turva- ção visual. Droga preferencial na aspergilose. POSACONAZOL: o mais recente, usado VO, gran- de espectro. Usado na candidíase e aspergilose. Único ativo na mucormicose. Efeitos adversos: Desconforto GI, alterações de TGO/TGP, interações medicamentosas (citocromo P450) CETOCONAZOL: uso sistêmico restrito devi- do a efeitos colaterais; uso tópico MICONAZOL CLOTIMAZOL PR2 Vanessa Ludwig Mecanismo de ação: Inibe a síntese da parede celular Indicação: -> Infecção sistêmicas disseminadas por cândida -> Profilaxia de infecção por cândida em paciente transplantado de medula
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