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Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume Fisiopatologia Doenças Neoplásicas do Estomago Na região do antro e da curvatura menor são os locais de maior ocorrência de câncer → são os locais de mais lesões Corpo e fundo → Mucosa oxíntica (glândulas fúndicas) Região cárdica e pilórica → Mucosa que pro- duz mais muco Pólipos Gástricos São projeções para a Luz dentro de um tecido com mucosa. Podem ser de diversos tipos e os mais frequentes são os de intestino. Identificados em até 5% das endoscopias. Podem se desenvolver como resultado de hiper- plasia de células epiteliais e estromais, inflama- ção, ectopia ou neoplasia Tipos mais comuns: • Pólipos hiperplásicos → células com ca- racterísticas de produção de muco na região antral e mais associado à gastrite crônica • Pólipos de glândulas fúndicas (associado a uso de Inibidores de Bomba Prótons) • Adenoma (neoplasia benigna) → Epitélio colunar de tipo intestinal • Outros: pólipos hamartomatosos (rele- vantes no intestino e no SNC), inflamató- rios Obs: Adenomas podem virar adenocarcinomas Adenoma Gástrico É uma neoplasia benigna (5% a 10% de lesões polipoides que se apresenta morfologicamente como um pólipo. Associados a síndromes gené- ticas e a gastrite crônica atrófica. São lesões pré- cancerosas. A lesão é constituída por glândulas revestidas por epitélio colunar alto, pseudoestratificado, do tipo intestinal metaplásico muitas vezes com dis- plasia de baixo ou alto grau. Adenomas podem evoluir para adenocarcinoma; o risco relaciona- se sobretudo com o tamanho da lesão (> 2 cm). Focos de adenocarcinoma são vistos em até 30% dos adenomas gástricos. Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume Classificação de acordo com a arquitetura: • tubular • viloso • tubulo-viloso • epitélio displásico Adenocarcinoma Gástrico • Neoplasia maligna de células epiteliais → 90- 95% das neoplasias malignas do estômago. • Mais comum em homens • 8% têm componente familial • Doença multifatorial que resulta da intera- ção de fatores ambientais (etilismo, taba- gismo e substâncias tóxicas de origem ali- mentar) e do indivíduo (gastrite crônica, úl- cera péptica gástrica, gastrectomia parcial, adenomas gástricos). Aspectos Gerais (Vias de Carcinogênese) Esporádico (mutação somática): aquela que acontece nas nossas células após a exposição ambiental. Corresponde a 90% das neoplasias. Ex: infecção crônica pelo Helicobacter pylori. Maior chance de ocorrer precocemente, e o di- agnóstico precoce favorece a sobrevida. Familiar (mutação hereditária): a mutação é herdada. Normalmente envolve o gene CDH1 mutado, que é um gene supressor de tumor (fa- vorece neoplasias) e codifica uma proteína cha- mada E-caderina → proteína que contribui para aderência intercelular → perda da coesão celu- lar → favorece metástase e infiltração → Esse pa- drão é chamado de difuso. A maioria envolve a região do antro e a pe- quena curvatura. Etiopatogenia Mucosa gástrica normal → Agente (Ex: Helico- bacter pylori, outros fatores ambientais) → Gas- trite Crônica → Gastrite Crônica Atrófica → Me- taplasia Intestinal → Carcinoma Gástrico. Manifestações Clínicas: • Perda de peso e apetite • Fadiga • Sensação de estômago cheio (plenitude gástrica), vômitos, náuseas e descon- forto abdominal • Dor no momento em que o estômago é palpado • Hematêmese em cerca de 10% - 15 dos casos → Sangue nas fezes também pode ocorrer • Massa palpável na parte superior do ab- dômen • Hepatomegalia, linfadenomegalia na área inferior esquerda do pescoço e nó- dulos ao redor do umbigo → indica está- gio avançado da doença Classificações: 1. Classificação baseada na Morfologia e Molecular: No Brasil → Classificação da OMS ou de Lauren. A classificação molecular ainda não é obrigató- ria. • Padrões Morfológicos Macroscópicos Adenocarcinoma tipo difuso: padrão infiltrativo em todo o estômago - aspecto cantil → já cresce invadindo Adenocarcinoma tipo intestinal: tumores volu- mosos, ulceradas, cresce para a luz e invadindo Tipo difuso Tipo intestinal (infiltrativo) (volumoso) Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume 2. Classificação baseada no tipo histológico de Lauren: Relaciona-se com a classificação morfológica a) Tipo histológico de Lauren • Difuso: padrão infiltrativo (gástrico) → mutação no CDH1 (importante mutação germinativa e associação com o CA de mama). Degeneração mucoide (boli- nhas brancas na imagem) OMS - Carcinoma de células pouco coesas • Intestinal: células glandulares de padrão intestinal, tumores volumosos → mais co- mum várias alterações geneéticas (APC, instabilidade dos microssatélites) OMS - Adenocarcinoma tubular 3. Classificação Baseada na Profundidade de in- vasão: a) Precoce: limitado à mucosa e submucosa b) Avançado: além da submucosa (camada muscular) 4. Classificação dos Adenocarcinomas Gástri- cos Avançados: Padrão macroscópico de Borrmann • Tipo I: vegetante • Tipo II: úlcero-vegetante • Tipo III: úlcero-infiltrativo • Tipo IV: infiltrativo difuso Disseminação e Evolução: Evolução: prognóstico ruim por ser lesão fre- quentemente disseminada ao diagnóstico (está- dio alto) Disseminação: a) Contiguidade: fígado, pâncreas e peritô- nio Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume Metástases: a) Linfonodo sentinela supraclavicular (Nó- dulo de Virchow) b) Pulmão, fígado e ovário (tumor de Jrukenberg c) Região periumbilical (metasubcutanea) → Sinal da “irmã Mary Joseph” Outras Neoplasias a) Tumor Estromal Gastrointestinal • GIST: a mutação no CD117 (c-Kit) → bom prognóstico • Massa mesenquimal, com diferenciação fusocelular ou epitelioide b) Linfoma MALT: • Frequentemente são derivados de te- cido linfoide associado a mucosa • Linfoma composto por Linfócitos B (CD20+) • Desenvolvimento induzido por gastrite crônica (HP) c) Tumores Neuroendócrinos (Carcinoides) • Surgem a partir de componentes endó- crinos gástricos • • Marcadores: cromogranina e sinaptofi- sina
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