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MÓDULO 13 HERMENÊUTICA-Interpretação dos textos bíblicos

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BÁSICO: MÓDULO 13-HERMENÊUTICA BÍBLICA 
Interpretação dos textos da Bíblia 
 
 INTRODUÇÃO: 
A Hermenêutica é a ciência e a arte, tanto bíblica quanto secular, que se ocupa dos 
métodos e técnicas da interpretação e da compreensão de textos. 
Ciência porque estabelece regras positivas e invariáveis. Arte porque as suas regras 
são práticas. 
[do grego hermenêuticos] -Ciência que tem por principal objetivo descobrir o verdadeiro 
significado de um texto. 
Quando empregada nas Sagradas Escrituras a sua missão passa a ser interpretar o 
que realmente Deus quer revelar através da Bíblia. 
Alguns crentes passam a impressão de que ler, entender e explicar a Bíblia é tarefa 
muito difícil, isso pode ser resultado de sua própria experiência. Explicações tipo: “de 
acordo com o meu entendimento” ou “o Espírito Santo me dá esse entendimento” ora, 
nenhum cristão em sã consciência duvidará do entendimento, do Espírito Santo mas 
deve também entender que somos pecadores e como tal, falamos do nosso 
“entendimento” da cosmovisão (visão de mundo) e é ai que a coisa complica. 
O problema principal de muitos, é que quando começam a ler a Bíblia, é não entender 
que, as regras que valem para leitura de outros textos, não se aplicará a ela. É obvio 
que não podemos ler a Bíblia como um livro comum, já que é a inspiração de Deus 
mas, os textos, foram escritos há mais de dois mil anos atrás e por várias culturas, 
então a hermenêutica sendo aplicada, proverá o crente da verdadeira mensagem do 
texto que está sendo lido. 
 
xemplo de cosmovisão: O filme “O Código da Vinci”, 
“A Bíblia é um produto do homem. Não de Deus. A Bíblia não 
caiu das nuvens. O homem a criou como relato histórico de uma época e 
nada mais. A história jamais teve uma versão definitiva do livro” (Brown, 
2004-pp 219-220). 
 
Há uma certa razão nesse dialogo porém, trata-se de uma meia-verdade, 
sendo educado, para não dizer: uma mentira. 
Claro que a Bíblia não chegou por e-mail ou whatsApp. A Bíblia se encontra sim, em 
sua versão definitiva, no original, porém para chegar até nossa cultura, nossa língua, foi 
necessário que estudiosos a traduzissem, mas sem “mexer” na mensagem, ou seja, no 
que Deus quer nos dizer pelos textos e é aí que entra a hermenêutica. 
 
 PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA 
Mesmo a Bíblia sendo a sua própria interprete, em questão de religião, fé e doutrina, 
não podemos esquecer que foi escrita há pelo menos dois mil anos atrás e em vários 
idiomas (aramaico, hebraico, grego, etc.). 
Ela é a sua interprete no que concerne à parte espiritual, porém como livro ela carece 
de uma cosmovisão no mundo secular. É claro que não se contaminando com palavras 
que o mundo acha serem certos, mas contextualizando a mensagem com a cultura 
atual de cada país ou comunidade de fé. Essa autoridade tem a ver com a vontade, 
com a obediência. 
E 
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 A Bíblia Hebraica e o texto do Antigo Testamento 
 
No Novo Testamento temos uma variedade de material, o que não se aplica no Antigo 
Testamento, vejamos: 
 
As diferenças entre TM (Texto Massorético)1 e a LXX (a Septuaginta-ou versão dos 
Setenta): As descobertas dos pergaminhos do Mar Morto, alterou o “cadeado” que 
aquela comunidade colocava nos textos já escritos. Um exemplo é: Isaías 53:11, onde a 
LXX e 1QIs2 trazem a palavra “luz” que não consta no TM. 
1=Os termos “massorético” e “massoreta” vêm de “massora”, que significa “tradição”. 
2=O pergaminho. 
 
 As edições modernas da Bíblia Hebraica 
As primeiras edições impressas da Biblia Hebraica, são do século XVI e a edição 
impressa da Bíblica Rabínica mais conhecida talvez seja a de 1524 ou 1525, publicada 
em Veneza. 
Também a Bíblia Hebraica Stuttgartensia, edição de 1967 e 1977, altera a necessidade 
do uso do códice de Leningrado B19ª (L) como base da Bíblia Hebraica 
 
 Tipos de variantes textuais: 
1. Confusão entre sons ou letras: Gn10:4 e 1Cr1:7-Rodanin em lugar de Dodanim-
(ARC). Algumas traduções preferem Rodanim, por entenderem que se trata de 
uma alusão a Rodes. 
Outro exemplo: Am9:12 e At15:17 conforme LXX, que difere de TM “para que 
possuam” na ARC, e na LXX “para que busquem”. O verbo é “buscar” ao invés de 
“possuir”. Isto pode ser resultado da confusão entre duas letras (yod e dalet que 
são parecidos ou dois sons). 
2. Divisão mal feitas entre as palavras: Nos textos antigos, não haviam divisões 
entre as palavras e na hora de fazer essa divisão, houve problemas. 
Exemplo: Em Amós 6:12 que leva os exegetas e tradutores a “emendar” (ARC) o 
texto, vejamos a pergunta original: “Poderão correr cavalos na rocha? Poderão 
lavrá-la com bois?” que, pelo contexto requer uma resposta negativa, pode ser 
“será que alguém pode lavrar a “rocha” com bois?” 
 
 A crítica textual e as edições do Novo Testamento grego 
A falta dos autógrafos originais e por haver uma infinidade de cópias que não 
concordam entre si, (NVI, NTLH, ARC, ARA, JERUSALÉM, ETC), há a necessidade de 
se fazer uma crítica textual*. 
*= Reconstituição de um texto a partir do registro de variantes. 
 
 O surgimento das variantes 
A transmissão dos textos do Novo Testamento foi feita durante mais de 14 séculos, e 
neles ocorreram omissões, acréscimos e alterações seu texto, todos concernentes às 
cópias manuscritas. 
As variantes involuntárias são: 
1. Erro de observação>igualdade de escrita, tanto em hebraico como no grego. 
2. Dilografia ou haplografia*Quando há duplicação de uma letra ou silaba e/ou 
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omissão de uma letra ou silaba repetida 
*=Ditografia>Erro de copista que repete letra, sílaba ou palavra que devia 
escrever só uma vez-Haplografia>Erro de copista, que escrevia apenas uma vez o 
que devia ser repetido. 
As variantes intencionais são: 
1. Harmonização de passagens paralelas>Especialmente nos Evangelhos Sinóticos. 
Exemplo: o texto do Pai-Nosso de Lucas 11 é mais breve que o de Mateus 6: 
Faltam pedidos “faça-se a sua vontade” e “mas livra-nos do mal”. 
2. Alterações por razões doutrinárias ou excesso de piedade>Em Mt24:36, alguns 
manuscritos omitem a expressão “nem o Filho”, provavelmente para respeitar a 
onisciência do Filho de Deus. Em Lc2:33, copistas substituíram “o pai Dele” por 
José, para enfatizar a doutrina do nascimento de uma virgem. 
3. Alterações por influência da liturgia ou do culto da igreja>O escriba era tentado a 
complementar o texto bíblico com o que era usado no culto. Assim, quando amém 
aparece isolado em alguns manuscritos, como é o caso de Mt28:20, vem a 
desconfiança de uma intromissão por razões litúrgicas ou excesso de piedade. 
 
O resultado 
Não existe dois manuscritos gregos totalmente iguais, mesmo uns próximos dos outros. 
 
 As fontes para reconstruir o texto 
São três as fontes que os editores do texto original do Novo Testamento podem 
recorrer: 1) manuscritos gregos; 2) traduções antigas; e 3) citações patrísticas. 
 
Algumas conclusões 
1. O Novo Testamento em grego contém variantes, o que significa que elas são 
inevitáveis e deve interessar especialmente a quem deseja levar a sério e quiser 
se aprofundar na inspiração e autoridade da Bíblia. 
2. Nenhuma doutrina cristã tem por base ou fica dependendo de determinada 
variante ou da adoção de um determinado tipo de texto majoritário. 
3. Nenhum manuscrito ou tipo de texto pode ser considerado herético. Nos dias 
atuais a igreja decidiu que qualquer texto grego é canônico e que os demais não 
são certos nem verdadeiros ou reais; hipotéticos. 
 
Edições em português 
Está sendo preparado na Sociedade Bíblica do Brasil, uma edição portuguesa do Novo 
Testamento interlinear grego-português que além da tradução da introdução, dos títulos, 
trará com apêndice, um pequeno léxico* grego-português. O autor do livro em tese, 
provavelmente não levou em conta a data da sua publicação portanto, essa “nova” 
edição já não é mais novidade. 
*Reunião de todas as palavras que existem numa língua. 
 
O processo de tradução 
Esse processo é a rigor, passar um texto de uma língua para outradiferente porém, no caso dos 
textos bíblicos, se torna “mais” diferente, já que a língua desconhecida da nossa, traz vocábulos que 
talvez, nossos lábios não consiga pronunciar veja a palavra espirito em hebraico é “Ruchacha” que em 
português a pronuncia seria Ruxaxa já que o c antes do h falamos como X porém, em hebraico o “ch” 
(ch É R raspando a garganta) Rurrarra-Espírito. 
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O Shalom por exemplo: Em português, a tendência é trocar S por X e fala-se Xalom, mas em Hebraico 
a letra m vai sendo ditada e diminuindo como em Salhommm (gutural) 
 
 Traduções da Bíblia em perspectiva histórica 
A tradução da Bíblia Septuaginta (versão dos Setenta), foi a primeira tradução literária da Bíblia nos 
três últimos séculos, antes de Cristo que foi feita pelos gregos. 
Outras traduções foram surgindo a medida que a fé cristã foi aumentando assim, traduções latinas 
começaram a surgir em 200 d.C. Então em 1804, iniciado pelo movimento das Sociedades Bíblicas 
Britânica e Estrangeira, já haviam 68 traduções para outras línguas. 
 
 Filologia 
1. Estudo rigoroso dos documentos escritos antigos e de sua transmissão, para 
estabelecer, interpretar e editar esses textos. 
2.estudo científico do desenvolvimento de uma língua ou de famílias de línguas, baseado 
em documentos escritos nessas línguas. 
Hebraico> É a língua em que Deus falou cuja maioria dos textos do Antigo Testamento foram escritos. 
O adjetivo “hebraico” deve-se ao patriarca Heber (Ébher ou Ibhr), um que veio após Nóe e filho de 
Sem. (Gn10:24-25). Foi dele que Abraão tomou o nome de onde provém: semítico. 
O alfabeto hebraico é composto por 22 letras ou consoantes e não possui vogais, não há letras 
maiúsculas. 
 
Aramaico> Derivada dos descendentes de Arão ou Aram que deu nome e nação 
araméia(no hebraico) ou Síria (no grego), era uma língua com alguma semelhança ao 
hebraico. 
Quando em Babilônia os hebreus foram influenciados pelo aramaico. Esdras foi escrito 
em aramaico e hebraico, dai a necessidade de interpretação. 
O hebraico e o aramaico pertencem ao mesmo grupo de línguas semíticas. 
 
Grego> O Grego é a terceira língua que compõe as Escrituras Sagradas que também 
escreveu todo o Novo Testamento, exceto o Evangelho de Mateus, escrito em 
aramaico, que foi traduzido para o grego coiné (koiné), que era a língua comum entre o 
povo menos abastados da Grécia, portanto sendo chamado de grego popular por ser 
falado pelo povo simples. 
 
 Trabalhando com texto 
Isagoge Bíblica> O vocábulo ISAGOGE ou INTRODUÇÃO designa os estudos que 
auxiliam o mais correto conhecimento da Bíblia, objetiva ajudar o estudante da Bíblia a 
familiarizar-se com os textos ou fraseologia bíblica e as expressões peculiares. 
 
 Inspiração e Revelação 
O verbo Gâlãh é usado para revelação que quer dizer: “despir”, “descobrir” dele deriva o 
substantivo feminino grego apokálypsis...revelação. Desvendar ou tirar o véu. 
 
 Tipos de Revelação 
Revelação Ativa e Revelação Passiva> Ativa é uma Revelação imediata sem usar seres 
humanos ou, seja Deus revelando-se diretamente ao ser humano, como aconteceu com 
Moisés no Monte Sinai e a Passiva não é igual ao que aconteceu no Monte Sinai com 
Moisés mas Deus comunicando aos homens, ou mesmo através da Revelação Geral. 
Revelação Geral> É uma expressão teológica para explicar uma forma de teologia 
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natural como em (Sl8:19) que acontece de dois modos distintos: 
a) Uma Revelação externa da criação—a qual proclama o poder, a sabedoria e a 
bondade de Deus, e; 
b) Revelação interna da razão e da consciência em cada indivíduo 
(Rm12:16/Jo19). 
 
Todo o Novo Testamento 
Em todo o Novo Testamento os apóstolos estavam conscientes de que seus textos não 
eram meras especulações do ser humano mas que vinham diretamente do Espírito 
Santo: “...não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras 
ensinadas pelo Espírito Santo” [didaktois peneumatos] (1Co2:13, 14:34) 
Tanto o Antigo quando o Novo Testamento, foram inspirados por Deus. Deve-se porém, 
evitar a visão mundana de cada enunciado bíblico que são afirmações divinas. 
 
 
 Trabalhando com texto 
Sem erros e que nunca falha, ambas palavras que devemos atribuir às Escrituras 
Sagradas. Devido a esses motivos é que devemos ser prudentes vigilantes quanto à 
formação dogmática com respeito a essas características da Bíblia. 
O “sem erros” significa “inerrância”, neologismo teológico que indica a ausência de erros 
nos livros da Bíblia. 
 
 Os conceitos que explicam a Hermenêutica Bíblica: 
1. Objetiva: que está fundamentada em fatos reais e concretos, isto é, na verdade 
bíblica; 
2. Racional: Já que é portadora de conceitos, juízos e raciocínio, e nunca devido 
a sensações e imagens; 
3. Analítica: Já que aborda fatos, processo ou situações de interpretações que 
decompõe o todo em partes que são relacionadas entre si, que diz que a 
Hermenêutica, quando analisa um texto, decompõe em varias partes com a 
finalidade de mostrar o entendimento de todo o texto; 
4. Explicativa: Funciona como explicador dos fatos em termos de leis e seus 
princípios. Como descritiva explica o que e o texto (seu significado), enquanto 
prescritiva, determina qual deve ser o nosso comportamento diante da 
interpretação fornecida, o que deve ser feito. 
 
Propósito da Hermenêutica 
Auxiliar o obreiro e a qualquer estudante da Bíblia, a interpreta-la usando métodos 
confiáveis, estabelecendo os fundamentos da exegese bíblica, baseado no estudo do 
texto na sua diversidade linguística, cultural e histórica. 
 
 Semelhança entre Hermenêutica, Exegese e Eisegese 
A Hermenêutica é usada antes da Exegese, que por sua vez usa os princípios, regras e 
métodos hermenêuticos nas suas conclusões e investigações já que o sentido literal do 
texto se confunde com o vocabulário hermenêutico que as vezes usam dois termos 
simultaneamente. 
Enquanto a hermenêutica é a teoria da interpretação, a exegese é a pratica, já a 
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Eisegese manipula o texto para dizer o que ele não diz. 
 Definição Etimológica de Exegese 
A palavra exegese, do grego eksegesis (explicar, interpretar, contar, descrever, relatar), 
é a ciência da interpretação. 
Em Jo1:18-exegese é traduzido por “revelou”. Na Vulgata ipse enarravit, “aquele que 
expõe o pormenor. 
 
 Exegese e Eisegese 
Enquanto a Exegese trabalha extraindo o significado de um texto qualquer, com 
legítimos métodos de interpretação; a Eisegese injeta em um texto alguma coisa que o 
interprete quer que esteja ali, mas na verdade não faz parte do mesmo, então quem usa 
a Eisegese, manipula o texto fazendo com que uma passagem diga o que na verdade 
não se acha lá. 
 
 Função da Hermenêutica e da Exegese Bíblica 
• Traduzir o texto original fazendo com que o compreendamos na própria língua, 
sem contaminar o sentido primário; 
• Entender o que o texto diz dentro do seu ambiente histórico-cultural e léxico-
sintático; 
• Explicitar o real sentido do texto, com todas as dimensões possíveis (autor, 
audiência, condições sociais, religiosas, etc) 
• Fazer com que a mensagem das Escrituras seja compreendida pelo homem 
moderno; 
• Conduzir-nos a Cristo. 
 
Formas pelas quais o Intérprete Pratica a Eisegese 
1. Quando obriga o texto falar o que ele não diz: 
O interprete sabe que a interpretação feita por ele não está coerente com o texto 
ou então não sabe o objetivo do autor ou propósito da obra. 
Outra situação é o individualismo que torna bêbado alguns na leitura da Bíblia, 
que busca o que o texto diz para ele agora e não o significado do contexto 
daquele texto, à época em que foi escrito; 
2. Quando ignora o contexto, sob pretexto ideologicos: Ignorar o texto é rejeitar 
deliberadamente o processo histórico no qual o texto foi produzido. Uma 
interpretação que ignora e não leva em conta o contexto não pode ser admitido 
nesse Exegese confiável. 
3. Quando o ignora a mensagem e o propósito principal do livro: 
Um livro pode ser entendido mais facilmente quando procura saber o propósitodo 
autor e qual a mensagem que ele procura apresentar aos leitores 
contemporâneos ou não. 
 
 Atitude defensiva 
É provável que o comportamento defensivo do interprete com relação as suas 
ideologias, seja responsável por praticar a Eisegese. Com suas doutrinas usa o Livro 
Sagrado para afirmar seus dogmas, sem ao menos confronta-los com a Palavra de 
Deus. A interpretação histórica e contextual para ele não tem suficiente entendimento, 
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por isso tornar espiritual o texto. 
 Preconceito 
Há muitos conceitos, costumes, interpretações e ensinos que procedem mais do 
preconceito, ignorância, e atitudes pré-concebidas do intérprete do que de uma 
Exegese bíblica. 
 
 Preferência ao Método Alegórico 
A maioria dos intérpretes usam o método alegórico, desprezando assim, o significado 
comum e ordinário das palavras e tentam mistificar ou simbolizar cada uma delas 
ignorando assim, a intenção do autor, colocando todo e qualquer tipo de fantasias e 
extravagância no texto. 
Àqueles que usam o método alegórico simplesmente rejeitam a hermenêutica como 
validador de interpretação de textos para assim, colocar sua imaginação folclórica como 
verdade. 
 
 Bloqueios à Interpretação das Escrituras 
Diversos são os bloqueios de quem usa a Hermenêutica e a Exegese para interpretar 
as Escrituras. Quando o interprete começa o trabalho de “traduzir” um texto bíblico, com 
certeza encontrará uma língua e cultura diferente da sua, a para piorar, muitas foram as 
cópias feitas a mão originais elegem como autênticas, mesmo não concordando com 
outros manuscritos mais atuais ou mais antigo que este. 
 
 Bloqueios internos 
As Escrituras foram escritas para uma realidade e cultura distantes, há mais de três 
milênios. Todos os fatos e mensagens nas Sagradas Escrituras refletem uma história e 
uma cultura que os hagiógrafos vivenciavam. 
Os povos vizinhos, à época dos autógrafos, aprendiam rapidamente o teor das 
Escrituras pois viviam na mesma cultura ou perto dela, do que os intérpretes que estão 
afastados por milênios. 
 
 Bloqueios Linguísticos 
As Bíblias que lemos não foram escritas em seu original, na nossa língua já que, tanto 
as línguas: hebraica e a grega são diferentes da nossa. 
Quando os hagiógrafos se comunicavam, o faziam por palavras faladas e escritas 
então, para dar entendimento nesse dialogo, tinham que coordenar suas falas e escritas 
de acordo com a gramática original. 
 
 Bloqueios Textuais 
Os críticos textuais travavam verdadeiras batalhas para interpretarem as diferentes 
cópias e versões que lhes apresentavam e nenhum dos autógrafos originais chegou até 
nós, os que temos, são manuscritos. 
Mesmo com todo o cuidado e respeito pelos textos que os escribas tinham, os textos 
sofreram algumas alterações com as repetições repetidas, que não invalidaram o 
conteúdo ou a mensagem. 
Vejamos um exemplo de Mateus 6:13> onde aparece a expressão entre colchetes. 
1. ARA> “[pois teu é o reino, o poder e a gloria para sempre. Amem]”; 
2. ARC> os colchetes não aparecem; e 
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3. NVI> no rodapé afirma que “alguns manuscritos antigos omitem os versículos9:20; 
outros manuscritos apresentam finais diferentes do Evangelho de Marcos”. 
 
Estes e muitos outros que são diferenciados com colchetes não aparecem no texto 
hebraico e grego, porém foram aceitos pelos tradutores para dar sentido ao texto. 
Vejamos o do livro de Jonas 1:17, é “dâg-gadhol” enfaticamente “peixe-enorme”. Para o 
tradutor esse “peixe grande ou enorme” poderia ser visto normalmente como uma 
baleia. 
Vejamos as duas traduções 
ARC> “...pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre “da baleia...” 
ARA> “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no “ventre do grande 
peixe...” 
O termo grego “ágape”, na ARC é traduzido como “caridade” mas na ARA esse termo é 
traduzido como “amor”, mais um exemplo de como a crítica textual ajuda os interpretes 
a ultrapassar os abismos comuns aos crentes. Tanto as Bíblias, protestantes ou não 
usam os manuscritos mais antigos e mais corretos. 
O exegeta que sabe serem os textos diferenciados a cada edição bíblica, deve na 
medida do possível ter várias edições para comparar, eis algumas delas: 
1. Imprensa Bíblica Brasileira>Versão revisada da Tradução João Ferreira Almeida 
em consonância com os melhores Textos em Hebraico e Greco; 
2. Edições Paulinas e Edições Loyola>A Bíblia TEB (Tradução Ecumênica da Bíblia), 
com o Antigo e o Novo Testamento traduzidos dos textos originais hebraico e 
grego e introduções, notas essenciais e glossários nova edição revista e corrigida; 
3. Sociedade Bíblica do Brasil> João Ferreira Almeida com referências e algumas 
variantes-Edição Revista e Corrigida Edição 1995; 
 
Bloqueios Externos 
O “deus deste século está cegando o entendimento dos incrédulos para que não lhe 
resplandeça a luz do Evangelho (2Co4:4), está é a mensagem que o Senhor nos manda 
para que não aceitemos essa atividade maligna que está evitando o crescimento do 
Evangelho no mundo e na mente daqueles que não são cristãos, enviando seus 
ministros diabólicos para perverter a sã doutrina (2Tm4:1) distorcendo as mensagens 
que Cristo nos deixou. 
 
 A Depravação Mental a que os Homens Ficaram Sujeitos após a Queda. 
Quando da queda do homem (Adão), não foi perdida a faculdade intelectual, mas o 
pecado a denegriu, sujou, conspurcou e esse mesmo pecado fizeram com que o 
homem passasse a ter uma mente depravada em relação a Deus, a moral e a si 
mesmo. 
Essa corrupção de suas mentes. não permite que tenham a capacidade, por mais que 
estude, de enxergar 
 
 Atitudes e Qualidades do Intérprete Maturidade Espiritual 
 
No mundo secular ouvimos assim: Para um bom entendedor, meia palavra basta. Não 
vamos aplicar essa falácia às Escrituras Sagradas, pois ela além de ser espiritual é a 
Palavra de Deus e temos que ter temor (máximo respeito) e tremor quanto à 
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“entendimentos individuais”. 
O homem espiritual é àquele que, procura sempre discernir e compreender as verdades 
espirituais. Em Hebreus 5:12-14; c.f 1Co3:1-3, o escritor enfatiza que o homem 
espiritual é “adulto, o qual tem, pela prática, a faculdade exercitada para discernir tanto 
o bem como o mal” assim sendo, o homem “menino” não tem a maturidade do homem 
espiritual, pois o cristão, que lê a Palavra (Bíblia) constantemente, se “alimenta” dela 
com alimento sólido, para compreender “as coisas do Espírito de Deus” (1Co2:14) 
 
 Comunhão com o Espírito Santo 
O estudo da Hermenêutica bíblica se faz necessário para que o homem natural, tenha 
conhecimento de filologia (estudo das línguas, idiomas), extraindo os significados mais 
corretos, das passagens bíblicas, porém, entende-las é reservado para os que tem a 
mente de Cristo. 
O estudante da Palavra deve sempre orar para ser guiado e “cheio” com o Espírito 
Santo para que abra seu entendimento no que a Hermenêutica Bíblica vai lhe 
apresentar. Deixar de lado ou até mesmo esquecer “seus entendimentos” para dar lugar 
à hermenêutica que é a ciência que o Espírito Santo lhe entregará. 
 
 Oração 
Antes da leitura da Bíblia se faz necessário orar com reverência e temor pois, estará 
adentro no poder das passagens ali contidas. Pode-se imitar a súplica do salmista: 
“Abre meus olhos para que veja as maravilhas de tua lei” (Sl119:18-NVI). 
O crente não pode “queimar’ a sua própria consciência com os vícios do mundo secular 
e assim negligenciar a leitura da Bíblia. 
 
 É Inimigo da Ociosidade Bíblica 
Em Hebreus 5:11 e 6:12-Os cristãos que não leem Bíblia são chamados de “tardios em 
ouvir” e “indolentes” sendo direto “preguiçosos” e por serem assim, não permitiam que 
recebessem instruções espirituais poderosas, pois nunca se preocuparam com o estudo 
sério da Palavra de Deus. 
“Vós tornastes esfomeados de leite e não de alimento sólido (5:12). O mais importante é 
que os cristãos não são preguiçosos para trabalho secular, mas quanto a leitura da 
Palavra, alguns se tornaram. 
 
 Mente Sã e EquilibradaO Hermeneuta deve corrigir um provável raciocínio defeituoso e o excesso de 
imaginação, que é suja e as vezes tem ideias escandalosas. 
 
 Chaves e concordâncias Bíblicas 
Concordância Bíblica significam cópias em ordem alfabética de termos bíblicos ou de 
conceitos (matérias) que levam às passagens Bíblicas até onde aconteceu o respectivo 
termo ou conceito. 
É concordância porque as passagens bíblicas igualmente indicam o mesmo 
pensamento ou mensagem que o texto quer enviar ou que seja entendido. 
 
 Objetivos das Concordâncias Bíblicas 
Os principais objetivos das Concordâncias Bíblicas são: 
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a) Localizar passagens, pesquisando palavras iguais ou com o mesmo teor; 
b) Auxiliar o leitor da Bíblia no estudo de assuntos ou tópicos bíblicos. Exemplo: 
Salvação e Salvador; 
 
Tipos de Concordâncias Bíblicas 
Dois são os tipos de concordâncias: 
1. As verbais>relacionadas à palavras (verbum), conhecidas como Chaves 
Bíblicas, que na maioria das Bíblias são encontradas no final ou no rodapé; 
2. Concordâncias reais> Ideias ou lista de ideias e assuntos que nos levam aos 
textos bíblicos. 
 
Dicionários e Enciclopédias 
Dicionários ou enciclopédias são diferentes no modo de se apresentar, vejamos: Os 
dicionários bíblicos não se apresentam com concordância ao reproduzir o texto, 
oferecendo cada assunto com ampla exposição, já as enciclopédias não apresentam o 
significado dos termos, mas informa todos os ramos do conhecimento bíblico e 
teológico. 
 
 Diferença entre Tradução e Transliteração 
Tradução>Do latim “traductione” é transpor uma composição literária (textos) de uma 
língua para outra, que podem ser: Tradução Literal Modificada>Tradução 
Idiomática>Tradução Dinâmica. 
Transliteração>Do latim “trans+littera” é a ação de reduzir um sistema de escrita a 
outro, letra por letra. Palavras como “batizar” e “anjo” foram transliterados do grego para 
o português. 
 
 Revisão ou Versão Revista 
Do latim revisione, significa ver de novo com novo exame do texto para assim, corrigir 
erros ou colocar emendas substituindo algo naquele nele, para então terminar com uma 
“versão” que já foi aceita sendo lida novamente e atualizada. 
 
 Recensões 
Latim recensione que significa comparar os textos anteriores com os manuscritos, é 
nela que são comparados entre si os diversos manuscritos, códice, versões e citações, 
juntando-os em concordância com as coincidências e igualdade de grupos ou famílias. 
 
 Paráfrase 
Do grego, paráfrases>trata-se de uma tradução que procura expressar a ideia ou 
mensagem do texto e não as palavras, significa uma tradução literal do texto, que pode 
causar um problema no qual as vezes o tradutor inclui explicações desnecessárias ou 
informações que não estão visível no texto original. 
 
 Edição 
Latim editione>Visa publicar o texto que pode ser: 
Edição Atualizada>Edição Anotada>Edição Critica>Edição Abreviada>Edição 
Bibliófilo>Edição Fac-Similar>Edição Corrente>Edição de Luxo>Edição Comemorativa 
e>Edição de Afinidade. 
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 Sinopse 
Relato breve ou resumo de uma teoria, de um manual, de um livro escolar, de um 
compêndio, de uma doutrina: sinopse de um compêndio gramatical(www.dicio.com.br). 
 
 Contexto Histórico 
São muito úteis para a interpretação de qualquer texto bíblico, mas não devem ser 
ignorados as passagens dos textos histórico-culturais e literários que adornam e 
enriquecem a mensagem de determinados versículos, levando-se em conta que o 
hagiógrafo não é uma tabula rasa, ou seja, não tem suas convicções e entendimentos 
prévios. 
 
 Contexto Literário 
A literatura poética e filosófica da época absorvia os pensamentos e comportamentos 
dos escritores e assim não devemos ignorar esses fatores ao interpretar um texto 
daqueles dias. 
 
 Sinopse do que já lemos 
A ligação de vários elementos em uma oração, próximos um do outro ou mesmo 
distantes é extremamente importante porque as palavras, as locuções e as frases 
podem assumir sentimentos múltiplos, os pensamentos normalmente são expressos por 
sequência de palavras ou de frases, e desconsiderar o contexto causara interpretações 
falsas. 
 
 Hebraísmo 
A variabilidade da língua hebraica é um dos obstáculos que a Hermenêutica Bíblica tem 
confrontado. Sua formação, composição gramatical e histórico cultural passam por 
períodos descomunais que, não raras vezes, só conseguimos interpretar através do 
estudo sincrônico* da linguagem. *Que se passa ao mesmo tempo que outra coisa; 
simultâneo. 
Exemplo: Na cultura ocidental, chamar alguém de jumento ou gazela é ofensa, na 
cultura hebreia daqueles tempos, não era a mesma coisa> Issacar foi chamado de 
jumento de fortes ossos>Naftali de uma gazela solta. 
 
 Hebraísmo de Posse e Poder 
“Sobre Edom lançarei a minha sandália, sobre a terra dos filisteus cantarei o meu 
triunfo” (Sl108:9;60:8)>Neste texto “lançar a sandália” significa tomar posse de alguma 
coisa ou dominar sobre algo. 
 
 Símbolos e Tipos 
Os dois fazem parte do mesmo contexto dos hebraísmos. O símbolo é uma figura, 
objeto, número ou emblema, cuja imagem representa, de modo sensível, uma verdade 
moral, ou religiosa. Com o símbolo há uma certa coisa, objeto ou verdade substituída 
por um sinal. 
 
 Alguns tipos de símbolos 
Espinhos e Abrolhos>Más influências (Mt13:22/Hb6:7,8); 
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http://www.dicio.com.br/
Frutos>Manifestações das atividades do homem (Mt7:16; 
Ferro>Severidade, força, resistência (Dt4:20/Jo40:18) 
Prata>Resgate, redenção (Ex26:21) 
Cabras>Os maus (Mt25:32-33) 
Cão>Impureza, apostasia, falsos mestres e ministros infiéis (Pv26:11/Fp3:3/Ap22:15) 
 
 Antropomorfismo 
Junção dos vocábulos gregos, anthropos (homem)+morphé (forma), literalmente é a 
forma de homem ou forma humana. 
Os israelitas estavam mais interessados em descrever as características de Deus 
através longas descrições do que usar a síntese e então não concebiam Deus como um 
homem ou um ser mortal. Estavam certos de que Deus não era homem 
(Nm23:19/Os11:7). ELE é incorpóreo, mas pessoal. Um espírito não possui carne e 
osso (Lc24:39/Nm23:19). 
 
 O Significado de Alguns Antropomorfismos 
Algumas explicações sobre alguns antropomorfismos segundo o escritor Estevão 
Bettencourt (foi um dos mais destacados teólogos brasileiros do século XX. Foi também 
monge da Ordem de São Bento do Mosteiro de São Bento, na cidade do Rio de Janeiro, 
Brasil): 
O Senhor Tem Nariz e Narinas>Êxodo 15:8 ARA Com o resfolgar (aspirar e respirar ou 
voltar a respirar normalmente) das tuas narinas, amontoaram-se as águas, as correntes 
pararam em montão; os vagalhões coalharam-se no coração do mar. ARA: Almeida 
Revista e Atualizada; 
 
O Senhor Tem Braços e Mãos>Êxodo 15:6 ARA-A tua destra, ó SENHOR, é gloriosa 
em poder; a tua destra, ó SENHOR, despedaça o inimigo. 
ARA: Almeida Revista e Atualizada 
 
O Senhor Tem Face ou Rosto>Êxodo 33:11 ARA-Falava o SENHOR a Moisés face a 
face, como qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o 
moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda. 
ARA: Almeida Revista e Atualizada. 
 
 Principais Sentimentos Atribuídos a Deus 
O Desgosto (Lv20:23)>Aversão (Sl106:39-40)>Zelo (Ex20:5/34:14)>Vingança(Ex32:34). 
Cólera (Ex15:7/Is9:19)>Complacência> (Jr9:23>Alegria (Dt28:63/Sl104:31)> 
Arrependimento (Gn6:6/1Sm15:35/Jr26:13). 
 
 Nome 
No entendimento dos semitas, o nome é a essência e o destino do portador, não era 
apenas uma identificação da pessoa e sim a natureza e a sua personalidade. Exemplo: 
Abigail: “Não se importe o meu Senhor com este homem de Belial, a saber com Nabal; 
porque o que significa o seu nome ele é. Nabal; é o seu nome, e a loucura está com ele; 
eu, porém, tua serva, não vi os moços de meu senhor, que enviastes (1Sm25:25-ARA). 
 
 
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O Nome é a Própria Pessoa 
O nome é identificado com a própria pessoa e existência do portador, como lemos: 
Êxodo 32:32: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, 
que tens escrito” ou outra passagem,”Os meus inimigos falam mal de mim, dizendo: 
quando morrerá ele e perecerá o seu nome” (Sl41:5). 
 
 O Nome Equivale à Propriedade 
Ao pronunciar o nome de uma pessoa sobre coisa, objeto ou cidade, eles se tornam 
intimamente ligado à pessoa citada. No texto de 2Samuel 12:28, se Joabe pronunciasse 
sobre a cidade de Rabá essa lhe pertenceria. 
Isaias 4:1 sete mulheres pedem que o nome de um homem seja proclamado sobre elas, 
e assim elas pertencerão àquele homem. 
 
 O Nome Garante Proteção 
Ao pronunciar o nome de um rei ou soberano sobre outrem terá proteção dele, assim 
que se compreende a benção sacerdotal de Números 6:27 “Assim, porão o meu nome 
sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”. Ter o nome do Senhor sobre si, é obter a 
segurança do próprio Deus: “...o nome do Deus de Jacó te proteja (Sl20:1) 
 
 O Nome da Divindade 
Os semitas afirmavam que conhecer o nome de uma divindade, dava ao adorador certa 
autoridade para esse deus fazer a vontade do adorador. Assim diz 2Reis18:26-28, os 
adoradores de Baal evocam o seu nome a fim de que esta divindade canaanita se 
obrigue a realizar o desejo do adorador. 
 
 Números 
Os números como características semíticas estão contidos no processo de 
desenvolvimento e transmissão do texto sagrado, constituindo-se como forma 
idiomática e simbólica de transmitir por extenso e não na sua forma numeral. 
 
 Os usos dos Números 
No Antigo Testamento os números foram usados como expressão de diversos 
conceitos relacionados com quantidade, igual ao uso em outros livros. Exemplos: 
“medida”(Sl39:4)>”soma”, “total” (Nm1:49)> “em números pequenos” (Dt 26:5)> 
“incontáveis” (Gn41:49/Is2:7)> “ser muitíssimo numerosos” (Sl40:5). Como vemos não 
aparecem como numeral, mas anunciando qualidade. 
 
 Números da Perfeição e da Divindade, Integridade, Intensidade 
Alguns textos onde podemos ler como os números são apresentados nas Escrituras: 
1. Sete maldições contra quem matar Caim (Gn4:15); 
2. A Palavra do Senhor é depurada sete vezes (Sl12:6); 
3. Sete vezes ao dia, o salmista louvará ao Senhor (Sl119:164); 
4. Sete estrelas, sete igrejas, sete anjos (Ap1:10/12:20/2:1); 
5. Catorze (Êx12:6/Nm29:13,15), chama a atenção especialmente para a divisão das 
gerações de Abraão até Cristo em três grupos de catorze cada um (Mt1:17). 
 
 
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O número doze—12 
É a base para a história do povo de Deus em sua totalidade, unidade, grandeza e glória 
a qual foram destinados. Alguns textos contendo o número doze: 
a. Os doze filhos de Jacó—as doze tribos de Israel; 
b. Os doze Apóstolos (Mt10:12/1Co15:5); 
c. Os doze mil selados de cada tribo de Israel (Ap7:4-8); 
d. As doze estrelas sobre a cabeça da mulher vestida de sol (Ap12:1) 
 
O número quarenta—40 
Algumas passagens contendo o número quarenta (40): 
a. Quarenta anos os judeus comeram o maná no deserto (Êx16:35); 
b. Quarenta dias, Moisés esteve orando, jejuando e falando com Deus (Êx24:18); 
c. Quarenta dias, Elias viajou alimentado pela comida que o anjo trouxe (1Rs19:8); 
d. Quarenta dias, Jesus ficou no deserto jejuando e orando (Mt4:2). 
 
Assim encerramos nossa aula básica sobre Hermenêutica 
esperando, sinceramente que o Espírito Santo, que habita 
em nossos corações tenha “enchido” cada um que abraçou 
esta ciência e que lhe sirva como edificação para sua vida 
espiritual. 
Em tudo daremos graças! 
 
 
 
P.S.: Para quem quiser se aprofundar, 
eis o livro do qual foram estudados e 
compilados estes estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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