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Página 1 de 9 MODULO 1-INTRODUÇÃO À TEOLOGIA-(Para que serve a Teologia?) Nossa aula não é de doutrina mas explicativa a respeito dos conhecimentos que a Teologia nos traz para tentar responder perguntas como: 1. O que é Teologia? 2. Para quê estudar Teologia? 3. Nos dias de hoje, existe a possibilidade da Teologia? 4. A Teologia tem autoridade? Em que a Teologia fundamenta a sua autoridade? e 5. Como se faz Teologia? As respostas são: 1. O que é Teologia? O discurso concernente (relativo) a Deus>A ciência do sobrenatural>O estudo sobre Deus. Teologia não é simplesmente repetir doutrinas tradicionais, mas uma busca incansável e persistente da verdade que as Escrituras “fala” conosco. São textos fragmentados por inúmeras traduções (aramaico1>hebraico>grego>inglês e finalmente português) que porventura podem conter erros gramaticais, erros esses que o Teólogo vai consertar (com o auxílio generoso, claro, do Espírito Santo). 1) O livro de Isaias: Os Manuscritos, cujo nome decorre de terem sido encontrados em onze cavernas às margens do Mar Morto no período de 1947 a 1956, reúnem 950 pergaminhos e papiros, escritos em hebraico, aramaico e grego entre o século III a.C. e a década de 60 do primeiro século. 2. Para quê estudar Teologia? Leiamos: Judas 1:4 Podemos observar nesse contexto que o autor identifica indivíduos maus que negam a graça para fazer seus desejos carnais. Se lá estivesse um Teólogo, com certeza faria uma crítica severa. Oseias 4:6-Calvino fala da ociosidade que o povo tinha e estava sendo destruído por sacerdotes que se corromperam. Nos dias de hoje temos visto “sacerdotes” que pregam novas ideias sobre a palavra e como separar o alimento certo? Estudando as Escrituras com respeito e temor. Para a SÉRIE CULTURA BÍBLICA1-a crítica está restringida ao sumo sacerdote que regulamente o culto com suas próprias regras e interpretação da Lei em benefício próprio. Seus crimes(alguns): 1)Deficiência no ensino da Lei; 2)uso da adoração Página 2 de 9 pública para saciar seus próprios apetites 3) Prática de formas de adivinhação entre outros. Nos dias de hoje, esses “sacerdotes” estão á solta então, caberá a cada crente se interessar pelo aprofundamento na leitura das Escrituras para assim, saber separar o “joio do trigo. 1)Oseias-David Allan Hubbar-Presidente Seminário Teológico Fuller- Pasadena-California-EUA-1989. 3. Nos dias de hoje, existe a possibilidade da Teologia? Aqui fazemos outra pergunta: Pode-se elaborar um discurso sobre Deus? Em primeiro lugar, Deus existe tem atuado e tem falado Ninguém pode falar sobre Deus, somente Ele pode falar DELE. (Hb 11:6) Quem se aproxima de Deus deve crer que ELE existe; (Hb 1:1-2) ...nestes últimos dias Deus nos falou por meio do Filho. São as Escrituras que contém o registro desse falar de Deus. O ser humano foi criado à imagem de Deus. É exatamente essa semelhança que permitirá ao homem, escutar Deus e lhe responder com fé, trata-se de uma fé que é uma atitude de respeito e obediência a Deus e, sendo assim, a Teologia será possível dentro desses parâmetros. O requisito para todo conhecimento teológico autêntico é a disposição para realizar a vontade de Deus. A teologia é possível pela ação iluminadora e didática do Espírito Santo. Não há teologia se o Espírito Santo estiver ausente. 4.A Teologia tem autoridade? Em que a Teologia fundamenta a sua autoridade? Se o texto fundamental da Teologia é a Bíblia, esta é a autoridade suprema dela; Tudo o que chega até nós vem de Bíblia’s “mediada” por afirmações doutrinárias, credos, declarações de fé (denominações) e assim com “entendimentos”; É aqui que entra a Teologia, com exegese(exegese é o estudo da interpretação gramatical e sistemática das Escrituras Sagradas) e hermenêutica(Hermenêutica na Bíblia é a arte que estuda as escrituras, o que cada palavra, frase e capítulos significam) para “mostrar” o que um texto quer realmente “falar ao crente” sendo mais claro: A Bíblia é a autoridade suprema em matéria de fé e doutrina, ou seja de Teologia. O trabalho teológico é essencialmente comunitário e não de “especialistas” o que deve ser função de todos os crentes. Textos: 2Tm 3:16-17/Jo 10:35/Mt 5:17-18 e 4:7-10. Há certa autoridade – em segundo plano – nos credos e declaração de fé mas, nunca sendo sequer igualado a autoridade de Bíblia. Página 3 de 9 5.Como se faz Teologia? Adoração e oração estão situadas no âmbito do encontro com o Senhor. Somente depois é possível fazer Teologia. A Teologia é o segundo momento; o primeiro é a vida cristã, ou seja, a adoração e a oração6 “A teologia é simplesmente a Igreja levando muito a sério o problema da sua própria existência e averiguando detalhadamente em que pontos está deixando de ser a Igreja de Deus” James Smart. Nunca negar os dons e ministério dos doutores (cf. Ef 4:11-12). Contudo todo mestre e todo àquele que ensina a Palavra devem agir em função da comunidade de fé, servindo-a com humildade e inseridos plenamente em sua vida e missão. Duas perspectivas: A arquibancada e o caminho. Os da arquibancada são àqueles que encaram a vida como meros expectadores de uma partida de futebol, criticando os que jogam mas sem nunca animar-se a entrar em campo e jogar pessoalmente. Os do caminho, encaram a vida com paixão, participando, lançando-se em cada ação. Os produtos: Teologia Sistemática, Teologia Bíblica e Teologia Histórica Teologia Sistemática: A palavra “sistemática” se refere a algo que colocamos em um sistema. Teologia sistemática é, então, a divisão da Teologia em sistemas que explicam suas várias áreas. Por exemplo, muitos livros da Bíblia dão informações sobre os anjos. Nenhum livro sozinho dá todas as informações sobre os anjos. A Teologia Sistemática coleta todas as informações sobre os anjos de todos os livros da Bíblia e as organiza em um sistema: Angelologia. Isto é a Teologia Sistemática: a organização de ensinamentos da Bíblia em sistemas de categorias. Teologia a Doutrina de Deus, o Pai>Cristologia é o estudo de Deus o Filho, o Senhor Jesus Cristo>Pneumatologia é o estudo de Deus o Espírito Santo>Bibliologia é o estudo da Bíblia>Soteriologia é o estudo da salvação>Eclesiologia é o estudo da igreja>Escatologia é o estudo do fim dos tempos>Angelologia é o estudo dos anjos> Demonologia Cristã é o estudo dos demônios sob uma perspectiva cristã>Antropologia Cristã é o estudo da humanidade>Hamartiologia é o estudo do pecado. Teologia Bíblica: Teologia Bíblica é estudar um certo livro (ou livros) da Bíblia e enfatizar os diferentes aspectos da Teologia que ele focaliza. Por exemplo, o Evangelho de João é muito Cristológico, pois focaliza muito na divindade de Cristo (João 1:1,14; 8:58; 10:30; 20:28). Teologia Histórica: é o estudo das doutrinas e como elas se desenvolveram através dos séculos da igreja cristã. Página 4 de 9 Sua metodologia é indutiva, já que começando com os particulares, chega-se ao enunciado geral. A Teologia Bíblica privilegia as formas de pensamentos cosmovisão dos autores bíblicos (todos hebreus, à exceção de Lucas). O ponto de partida de Teologia Tradicionalmente tem sido dito que o ponto de partida da teologia é a Bíblia e assim continua vigente. Como evangélicos claro que afirmamos que a autoridade final em questões de fé e doutrina é a Sagrada Escritura (Bíblia). Contudo, há certos problemas que temos de destacar. Primeiramente não apelamos à Bíblia simples e diretamente, porém nos remetemos a ela e a uma determinada interpretação da mesma. Isto significa que não é suficiente dizer: A Bíblia disse”, mas temos de indicar onde ela o disse e como o disse. Além disso, todos estamos inseridos em uma determinada comunidade (denominação) de fé que também nos fornece determinada interpretação. Como bem assinala José Míguez Bonino: “Toda interpretação de textos,que nos é apresentada (seja como exegese, seja como interpretação ética ou sistemática) deve ser examinada quanto à práxis (prática) da qual se origina” Em segundo lugar, o teólogo está inserido em determinado momento histórico e em uma situação a partir da qual faz sua reflexão. É por isso que, podemos dizer que, ao estudarmos teologia, partimos de uma situação determinada e não de um vazio existencial. A pergunta de onde parte a Teologia? Responderemos assim: Na questão da autoridade, partimos indiscutivelmente de uma palavra de Deus (Sagrada Escritura); porém, em termos de um fato histórico concreto, partimos de uma situação determinada. Podemos ilustrar assim essa situação: um pastor deve responder às iniquidades de seu rebanho quanto ao tema da obra do Espírito Santo; para isso recorrerá a passagem bíblica que fazem referência à obra do Espirito Santo e procurará relacionar (atualizar) esses dados com o que sucede em sua comunidade de fé. Outro pastor precisa elaborar uma resposta ao questionamento se a Bíblia é dualista (contraditória) em seu enfoque antropológico, por isso vai consultar a Bíblia para articular sua resposta, devendo também “desmistificar” e questionar a ideia tão arraigada entre os cristãos de que a alma é mais importante que o corpo. A Hermenêutica (Interpretação ou compreensão do texto, dos sentidos e/ou da significação das palavras que o compõem.) Toda leitura de um texto bíblico exige sua interpretação, não solucionaremos as questões inerentes a esse texto simplesmente citando ele, dai vem a pergunta: O que quer dizer este texto.? Portanto, obriga-se uma hermenêutica que, em um sentido geral e amplo, é a ciência e a arte de interpretar. Após uma aproximação hermenêutica, devemos aplicar os passos de uma exegese (tarefa concreta de interpretação). Vejamos o esquema: Página 5 de 9 Contexto bíblico Contexto atual Teologia como resposta O contexto atual interroga o crente, que responde a partir dos dados bíblicos, mas em diálogo com sua cultura e também com as ciências humanas, como linguística, sociologia, psicologia, etc. Que serviço nos presta a Teologia? A teologia serve a missão: Nas últimas décadas tem-se falado e escrito muito sobre a missão da igreja. Colocar o tema da missão da igreja implica referir-se a um amplo corpo teológico. Significa abordar não só a eclesiologia, mas também o modo como entendemos Deus e seu propósito para o mundo. A teologia está nessa missão como ajudador para dirimir dúvidas dos crentes de acordo com seus estudos aprofundados das Sagradas Escrituras. Alguns tentam contrapor evangelização e teologia, dizendo que para evangelizar não é preciso estudar teologia, isso é um absurdo, explica-se assim: Quando se trata de evangelizar, surgem inevitavelmente perguntas como: O que significa “evangelho”? Qual é o caráter do Deus do evangelho? O que é “salvação” O que entender por “pecado”? então as respostas a essas indagações serão dadas com o estudo aprofundado da Palavra, que é caracterizada como estudo teológico. A teologia serve a Apologética: (Defesa insistente e argumentativa de uma religião, doutrina, pensamento). A tarefa dos primeiros cristãos consistiu em “apresentar defesa” (em grego apologia) da fé e da razão da esperança (1Pe3:15). Os cristãos tiverem que apresentar sua defesa contra o gnosticismo, as religiões de mistério e o paganismo. As primeiras teologias eram subapostólica foram precisamente apologias. A função apologética da teologia cristã não tem sido reconhecida com unanimidade pelos teólogos contemporâneos. A entrada do século XXI, o mundo continua nos interrogando. Proliferam as heresias mais estrambólicas e as ideologias que exigem respostas amplas e correntes. Nesse sentido, a teologia vem em auxílio do cristão em sua tarefa de enfrentar um panorama difícil de solucionar. Como podemos dar resposta da razão da nossa fé se não a conhecemos completamente e se não somos capazes de elaborar uma resposta apropriada? Serão suficientes as histórias e experiências—por mais válidas ou importantes eu tenham sido—na hora de responder aos que criticam a fé cristã? Seremos capazes de elaborar uma teologia apologética que leve a serio o mundo da cultura na qual estamos inseridos? A Teologia serve à Ética Os problemas de moral têm piorado muito nas últimas décadas. A teologia prática, derivada dos estudos da Bíblia da teologia sistemática, dá ao cristão uma bagagem de Página 6 de 9 conhecimentos que lhe permitem assumir determinada posição relação a problemas como aborto, a eutanásia e o controle da natalidade. A ética é um terreno onde não há respostas fáceis. No entanto, a teologia é a única ferramenta que pode nos fornecer respostas, ainda que provisórias. Como se desenvolveu a autoridade da teologia? O propósito deste trabalho é traçar as linhas históricas mais relevantes da doutrina da autoridade e observar que mudanças foram sendo produzidas em sua formulação. As etapas a serem observadas são: a era apostólica, a era sub-apostólica, a Idade Média, a Reforma, o liberalismo, o fundamentalismo, a neo-ortodoxia e o neo- evangelicalismo. A era apostólica sua fonte de autoridade indiscutível era o Antigo Testamento. A era sub-apostólica: Com o desaparecimento físico dos apóstolos, a igreja entra em uma nova etapa de sua história. Os pais apostólicos consideravam o Antigo Testamento “a autoridade absoluta e a norma da verdade básica” e introduziram citações do Antigo Testamento com as fórmulas tradicionais já empregadas pelos apóstolos , tais como “está escrito”, “a Escritura diz”. A Idade Média: Nos séculos IV e V, Agostinho de Hipona domina a cena teológica. O notável pensador revela seu grande apreço pelas Escrituras Sagradas e reconhece sua autoridade indiscutível. A Reforma: Os pré-reformadores se esforçam para observar em “defender o valor da Bíblia como autoridade final”, mas será a Reforma que marcará o retorno à autoridade única das Escrituras. O Liberalismo: O liberalismo teológico, influenciado pelo romantismo, concentrou seus pensamentos no “sentimento de dependência total”. Trata-se de uma teologia do sentimento. No que se refere a Bíblia, conferiu-lhe pouca importância, já que negou o caráter normativo do Antigo Testamento para a igreja. A neo-ortodoxia: Ou teologia da crise, compõe uma etapa decisiva no desenvolvimento histórico da doutrina da autoridade. Fundamentalismo e neo-evanlicalismo: O Fundamentalismo nasceu no principio do século XX como uma reação forte ao liberalismo, afirmando de forma firme que a Bíblia tem autoridade e é inerrante. Que caminhos a teologia tem percorrido na América Latina? Deixando o plano linguístico de lado, existem duas Américas: a rica e pobre, em forma de poder. Uma é a América próspera, fruto do trabalho e espírito de empreendimento. A outra é a atrasada, a dos povos subdesenvolvidos ou “em vias de desenvolvimento”. Aquela que é composta por povos prósperos e trabalhadores. A outra por gente preguiçosa, carente de iniciativa. Página 7 de 9 Passando agora ao âmbito teológico, por muitos anos tem-se falado em “teologia europeia”, “teologia alemã” “teologia norte-americana” como expressões de escolas teológicas diversas cujos discursos respondiam a interesses e situações particulares. “Uma igreja sem teologia”: Tanto na vertente católica como na protestante, a partir da década de 1960 vem-se insistindo em que a igreja do nosso continente não tem teologia. Também é interessante observar o dado que a história da patrística nos fornece quanto à relação da teologia com a prática pastoral. Agostinho de Hipona criou uma teologia que hoje não entraria na categoria dos “teólogos”, pois ele trabalhou com a Bíblia da versão latina. Do e no Fundamentalismo: A corrente fundamentalista derivou para uma identificação com o dispensacionalismo, e continua assimnas esferas eclesiásticas de algumas denominações. A corrente fundamentalista contribui para o campo da missão, da evangelização e da formação de igrejas. Como a pós-modernidade desafia a teologia? Cada nova etapa na história do mundo confronta a igreja de Jesus Cristo com novos desafios, o que inclui seu discurso sobre Deus, isto é, sua teologia. Paralelo aos eventos causadores desse confronto, gerou-se também no campo da cultura o que se tem chamado de “pós-modernidade”. Não é fácil formular uma definição desse fenômeno cultural. Existe certo consenso entre os estudiosos do tema, no sentido de que o termo “pós-modernidade” e uma espécie de “conceito negativo”, um termo que “tem sido usado em demasia, de modo a causar mais perturbações do que vale a pena...” Faz-se necessário entender, a pós-modernidade como um fenômeno cultural que acontece a nível mundial, de modo especial no Ocidente, e que questiona a racionalidade da modernidade. A igreja nesse processo de mudança Toda educação teológica que não leva em conta a igreja real está condenada ao fracasso e à esterilidade. Com isso queremos dizer que, de modo inescapável, devemos inserir-nos na vida da igreja concreta, e não fazer grandes teorizações só que fora do campo de jogo. O desafio como oportunidade Somos desafiados a educar teologicamente em um mundo de pluralismo teológico. Mesmo na América Latina terminaram as hegemonias religiosas que estiveram—por séculos—nas mãos da igreja Católica. A presença e o avanço do protestantismo rompem de algum modo essa hegemonia. Há, contudo, também uma religiosidade pós-moderna. A falácia de teologia ecumênica e de alcance universal é referir-se a um dilema que tenta nos levar a uma junção de denominações em prol de uma única religião. Essa tentação era própria dos conquistadores, que impuseram sua força e Página 8 de 9 seu pensamento aos demais sem respeitar nem as cosmovisões nem as culturas conquistadas. Isso é querer relativizar tudo, negando todo “mínimo denominador comum” na teologia cristã. Miguez Bonino(Foi integrante Comissão de Fé e Constituição e do Comitê Central do Conselho Mundial das Igrejas) critica o fenômeno ao descrevê-lo da seguinte maneira: “Que cada povo, cada momento, cada gênero, cada “temperamento” crie sua própria teologia, sua própria imagem de Cristo—Uma é tão boa como a outra!” Diversas Reações Existem muitas formas de reagir diante do desafio que a pós-modernidade faz à teologia cristã. Entre as primeiras, encontramos a de nos sentirmos ameaçados por essa moda cultural e essa forma de ver o mundo de hoje. A história da igreja tem sido testemunha de como, muitas vezes, diante de novas correntes de pensamentos os crentes se tenham sentido ameaçados. Outra forma de reação estéril, muito relacionada com a anterior, é a que chama de “entrincheiramento”. No âmbito do protestantismo, o entrincheiramento tem sido tipificado pelo fundamentalismo apelando para os “fundamentos da fé” que sentia estarem sendo ameaçados pelo liberalismo e o modernismo teológico. Depois refugiou-se na “sã doutrina”, procurando manter incólume o que considerava como alicerce do evangelho, mas não conseguiu elaborar uma alternativa perante os desafios que a cultura da modernidade lhe falava. Precisamos de uma pedra de toque (Material lítico usado para avaliar a pureza de metais preciosos), um critério que nos permita não nos distrairmos na busca de uma teologia que responda a essa situação pós-moderna, que não pode ser a negociação à força pois essa atitude seria sumamente arriscada e temerária. Teologias pós-modernas? A reflexão sobre a pós-modenidade na vida da igreja de hoje conduz-nos ao intento de detectar formas concretas dessa presença nas comunidades cristãs. O fenômeno da globalização cultural a qual assistimos reflete-se também nas superposições que acontecem entre os diversos modelos que, por outro lado, podem ser encontrados em diversas denominações cristãs. O modelo “Teologia da prosperidade” Nos últimos anos surgiu no campo religioso o que se optou chamar de “evangelho da prosperidade” ou “teologia da prosperidade”. Entendendo que esse conceito representa um novo paradigma ou modelo teológico, torna-se oportuno fazer aqui uma referência ao mesmo, e isso por duas razões fundamentais: primeiramente porque ela é uma expressão genuína da pós-modernidade e, em segundo lugar, esse tipo de teologia tem-se instalado de tal modo no corpo eclesial de diferentes denominações, que sua presença não pode nem deve passar inadvertida, dada a incidência que esse Página 9 de 9 modelo implica para o presente e o futuro da missão do povo de Deus na América Latina. Neopentecostalismo e pós-modernidade O neopentecostalismo de agora, não é igual ao neopentecostalismo clássico advindo do século XX. Um estudioso do tema (Antonio Gouvêa Mendonça), relaciona os traços principais que distinguem o neopentecostalismo: características empresariais de prestação de serviços ou de oferta de bens religiosos mediante recompensa pecunária, com modernos sistemas de marketing; distanciamento da Bíblia, que é usada de forma esporádica e sem nenhum rigor hermenêutico ou exegético; a inexistência de comunidade, já que a relação é mais entre “empresa” e “cliente”; culto fortemente caracterizado pelo anseio de obter favores que “o sagrado” oferece. O modelo “simplista” Outro modelo de teologia pós-moderna é o que podemos chamar de “simplista” ou “facilista”. O fenômeno está longe de ser totalmente novo, já que, na história da igreja, sempre tem havido tendências desse tipo—especialmente no século XX, em contextos fundamentalistas. Devemos admitir o bem que essas correntes cristãs têm trazido em termos de revitalização da igreja, recuperando alguns aspectos importantes no que se refere à vigência dos carismas do Espírito para a missão da igreja nesses tempos. Por uma teologia humana A teologia deve assumir um papel quase desconhecido nos círculos eclesiais: sua autocritica e a vulnerabilidade do discurso. Isso é o que muitos pensam mas, devemos questionar esse discurso já que toda homilia ou pregação é um discurso teológico. O mero fato de que falar de Deus, é, em si mesmo teologia. O evangelismo, como já foi falado aqui, é também um discurso teológico pois havendo perguntas sobre Deus e suas atuações no mundo, para que haja uma resposta correta, plausível e inteligível, será necessário que quem recebe a pergunta tenha conhecimento das Escrituras e das ações do Senhor e, isso é teologia. Até mesmo o não cristão, estando em uma roda de amigos ou em um bar bebendo, se for perguntado algo sobre Deus, o assunto terá uma base teológica. Para concluir fica o incentivo: Todo crente que preza e tem temor (Sentimento de respeito profundo ou de reverência por: temor a Deus) a Deus, deve estudar teologia se quiser realmente ser defender a Palavra conforme diz: 2Tm3:16-17-Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.
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