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IBRAM_Conservacao_Módulo 4

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CONSERVAÇÃO PREVENTIVA
PARA ACERVOS MUSEOLÓGICOS
Apresentação ..........................................................................................................3
Equipamentos de proteção individual.......................................................................3
Touca ..........................................................................................................................3
Óculos protetores ......................................................................................................4
Máscara .....................................................................................................................5
Luvas ..........................................................................................................................6
Calçados ....................................................................................................................7
Jalecos .......................................................................................................................8
Macacões de segurança ...........................................................................................8
Equipamentos para conservação .............................................................................9
Mobiliário ...................................................................................................................9
Suporte expositivo ...................................................................................................13
Equipamentos para o monitoramento ....................................................................16
Luxímetro .................................................................................................................16
Termohigrômetro e data logger ........................................................................18
Medidor de umidade em materiais .........................................................................18
Desumidificador.......................................................................................................19
Circulador de ar/aparelho de ar-condicionado ......................................................20
Materiais para acondicionamento e embalagem de bens musealizados .................21
Encerramento do Módulo 4 ....................................................................................24
Sumário
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
3
Apresentação
Olá! 
Iniciamos agora o Módulo 4. Estudaremos os equipamentos e os materiais de con-
servação.
Vamos lá?
As referências bibliográficas deste curso estão disponíveis na plataforma.
Equipamentos de proteção individual
De acordo com a Norma Regulamentadora 6 (NR6), equipamento de proteção indivi-
dual (EPI) é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo profissional, destinado 
à proteção de riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Cabe à 
instituição fornecer aos funcionários os EPIs adequados ao risco de cada atividade, 
bem como orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, higienização, con-
servação, a guarda correta, bem como exigir seu uso. 
Ao adquirir um EPI, é importante observar se ele possui aprovação de órgão nacional 
competente em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho e a indicação do Certificado 
de Aprovação (CA). 
A Occupational Safety and Health Administration (OSHA) classifica os EPIs segundo 
a parte do corpo a ser protegida: olhos, vias respiratórias, cabeça e membros (TOR-
REIRA, 1999). Na sequência, veremos alguns EPIs e suas funções. 
Touca
A touca é indicada para profissionais que trabalham com procedimentos que envol-
vam dispersão de aerossóis e projeção de particulados.
Deve ser preferencialmente descartável, cobrir todo o cabelo e as orelhas e ser trocada 
sempre que necessário ou a cada turno de trabalho.
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
4
Touca TNT branca
Óculos protetores
Protegem os olhos dos particulados, aerossóis e produtos químicos utilizados du-
rante os procedimentos de higienização, manipulação de produtos químicos e uso 
de equipamentos que provoquem desprendimentos de partículas. Os óculos devem 
possuir boa vedação lateral, transparência, permitir a lavagem com água e sabão, 
desinfecção, quando indicada, sendo guardados em local limpo, secos e embalados. 
Deve-se atentar para o tipo de óculos mais indicado a cada procedimento, pois os 
óculos utilizados na higienização de objetos não serão os mesmos a serem utiliza-
dos durante desinfestação ou manipulação de produtos químicos, que exigem maior 
proteção aos olhos. 
Óculos de proteção para uso em trabalhos com higienização de objetos
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
5
Máscara
Existem vários tipos de máscaras, e estas devem ser escolhidas de acordo com a 
atividade a ser realizada. É comum encontrarmos máscaras cirúrgicas descartáveis 
nas reservas técnicas dos museus; entretanto, elas não protegem contra a ação de 
particulados muito finos e contaminantes de origem biológica, uma vez que não pos-
suem um meio filtrante. 
Desta forma, sugere-se que as máscaras utilizadas para higienização devem ser do 
tipo autofiltrante PFF2, descartáveis, tamanho suficiente para cobrir completamente 
a boca e o nariz, permitindo a respiração normal do usuário e, quando possível, de 
filtro duplo. Devem ser descartadas após a realização da atividade ou quando ficarem 
umedecidas.
Deve ser mantida em local limpo, seco e ventilado, evitando a exposição à umidade e 
a contaminantes.
Máscara autofiltrante PFF2
Não deve ser utilizada por pessoas com barba, pois pode interferir no contato direto 
entre o rosto e a área de vedação do respirador.
Protege as vias respiratórias e reduz a exposição contra aerodispersoides em uma 
faixa de tamanho de partículas de 0,1 a 10 micras.
Não deve ser utilizada para proteção das vias respiratórias contra aerossóis oleosos, 
gases ou vapores orgânicos.
Na manipulação de produtos químicos, seja para higienização ou desinfestação, a 
máscara mais indicada é o respirador semifacial com dois filtros, que evita o risco de 
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
6
inalação acidental de substâncias, vapores orgânicos e gases pelas vias respirató-
rias. Esses respiradores são do tipo reutilizáveis, com cartuchos substituíveis.
Respirador semifacial com dois filtros.
Luvas
Devem ser de boa qualidade e usadas nos procedimentos de higienização, manipula-
ção e transporte de objetos. Constituem uma barreira física eficaz contra a contami-
nação do profissional, reduzindo os riscos de acidentes. Atuam na proteção das mãos 
contra: agentes abrasivos, agentes perfurocortantes e agentes biológicos e químicos. 
Utilizar luvas proporciona, da mesma forma, preservar bens culturais do contato de 
eventuais resíduos impregnados nas mãos.
Os principais tipos de luvas e suas indicações de uso são:
 § Luvas grossas de borracha e cano longo utilizadas no manuseio de produtos 
químicos; 
 § Luvas de látex são indicadas para a higienização e a manipulação de objetos; 
 § Luvas de algodão são utilizadas para manusear acervos compostos por objetos 
em papel, metálicos e de vidro;
 § Luvas de tecido revestidas em látex nitrílico antiderrapante na face palmar para 
manusear peças em madeira de grandes dimensões.
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
7
Luvas de algodão
Calçados
Deve-se usar calçados fechados, com solado antiderrapante, a fim de evitar quedas, 
proteger os pés contra impactos de quedas de objetos, agentes cortantes e escorian-
tes e respingos de produtos químicos.
Calçado com solado antiderrapante
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
8
Jalecos
Os jalecos devem ser, preferencialmente, de mangas longas, tecido claro e confortá-
vel, podendo ser de tecido ou descartável para os procedimentos de manuseio, trans-
porte e higienização, e devem ser usados fechados durante todos os procedimentos, 
evitando o contatodireto da pele com sujidades, produtos químicos e agentes bioló-
gicos.
Jaleco branco de manga longa
Macacões de segurança
Geralmente produzidos em Tyvek, os macacões têm como objetivo proteger por inteiro 
tronco, membros inferiores e superiores, sem a necessidade de uso de uma grande 
quantidade de EPIs. É indicado para ser usado durante a desinfestação de objetos.
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
9
Macacão em Tyvek
Equipamentos para conservação
Mobiliário
Tão importante quanto a gestão ambiental é a escolha adequada do mobiliário para 
acondicionamento, guarda e exposição dos objetos que compõem o acervo. Muitas 
são as opções de mobiliário para acondicionamento e cabe à equipe responsável pelo 
acervo avaliar e definir o mais adequado e que acondicione o acervo de forma segura. 
Neste tópico, veremos algumas possibilidades de mobiliários, observando as vanta-
gens e as desvantagens de cada um.
Estantes metálicas com pintura eletrostática
Muito utilizadas em museus, as estantes metálicas possuem a vantagem de apre-
sentar um custo menor e permitir a modulação dos espaços no que se refere à altura, 
para melhor acomodação dos objetos. Entretanto, o seu uso ocasiona desperdício de 
estrutura física, uma vez que demandam a ocupação de uma grande área dentro da 
reserva técnica. 
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
10
Mini porta-pallets
Para acondicionamento de objetos de grandes dimensões, recomenda-se o uso de 
mini porta-pallets. 
São estantes metálicas modulares produzidas em aço resistente, com reforço nas 
laterais e bandejas em aço, que suportam até 500 kg.
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
11
Estantes deslizantes 
São estantes modulares que permitem maior aproveitamento do espaço útil em re-
lação ao uso de estantes fixas, uma vez que são montadas sobre trilhos, permitindo 
que elas se movimentem, sendo necessário apenas um corredor. Além disso, esse 
tipo de estante possui diversos tamanhos, permitindo inclusive, que seja feita sob 
medida e de acordo com as condições e especificações adequadas ao material a ser 
acondicionado.
Mapotecas
Indicadas para acondicionar acervo em suporte de papel de médio a grande formatos, 
objetos têxteis, arte plumária ou outros tipos de objetos que, devido à fragilidade do 
suporte, precisem ser guardados sobre estruturas planas.
Como esse tipo de mobiliário cria um microclima, é necessário que haja maior con-
trole das condições ambientais e observação constante dos objetos, a fim de evitar a 
ocorrência e proliferação de micro-organismos.
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
12
Trainéis
Trainéis podem ser projetados especificamente para o acervo de telas a ser acondi-
cionado, podem ser fixos ou compactados por equipamentos deslizantes, dependen-
do do espaço que a reserva técnica possui e o volume do acervo.
Sistemas de compactação de acervo são, na maioria dos casos, mais recomendáveis, 
uma vez que são mais seguros, além de oferecer maior proteção contra poeira e luz. 
Entretanto, estes exigem maior observação e controle do estado de conservação dos 
objetos, a fim de identificar a ocorrência de pragas ou degradações. 
As prateleiras das estantes, os mini porta-pallets, as estantes deslizantes 
e as gavetas da mapoteca deverão ser forrados com Ethafoam de 0,5 cm, 
a fim de fazer uma interface, impedindo que o objeto fique em contato 
direto com o metal.
Importante
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
13
Suporte expositivo
A definição dos suportes expositivos deve levar em consideração o tipo de acervo a 
ser exposto, a segurança, a fragilidade do material, a importância do objeto, a con-
servação, além do público visitante. Esses são os principais fatores que deverão ser 
observados pela equipe responsável pelo planejamento e montagem do espaço ex-
positivo, e essas informações deverão estar definidas de forma clara e objetiva no 
projeto museográfico. 
Dentre os diversos tipos de suporte expositivos, abordaremos os quatro mais utiliza-
dos pelas instituições museológicas: 
Painéis
Os painéis são utilizados para a fixação de objetos bidimensionais, como fotogra-
fias, pinturas, gravuras, entre outros, e a disposição destes objetos no espaço expo-
sitivo deverá manter uma padronização no que diz respeito à altura e ao tamanho, 
proporcionando equilíbrio visual. Os painéis podem ser fixos ou removíveis. Os fixos 
integram a arquitetura da edificação, sendo encontrados geralmente em edificações 
construídas especificamente para abrigar museu e destinados à exposição perma-
nente. Os painéis removíveis podem ter sua posição e distribuição alteradas sem 
interferir no aspecto físico da sala expositiva. São utilizados em exposições de curta, 
média e longa durações e itinerantes, sendo mais comum o uso destes em edifica-
ções que tiveram seu uso alterado para abrigar instituições museológicas.
Painel, Museu do Açude/Ibram
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
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Vitrines
As vitrines são suportes desenvolvidos para expor, em sua maioria, objetos tridimen-
sionais ou bidimensionais que necessitam de mais atenção quanto à sua segurança, 
seja por seu valor cultural, seja por seu tamanho físico, seu estado de conservação 
etc.
Esse tipo de suporte deverá apresentar uma estrutura simplificada, para não interferir 
na leitura/fruição do bem exposto e para facilitar a higienização deste bem e do pró-
prio suporte. Assim como os painéis, as vitrines podem ser fixas ou removíveis.
Módulos
Os módulos são estruturas móveis, geralmente confeccionados em madeira, com di-
mensões variáveis para abrigar de forma segura o objeto a ser exposto. São destina-
dos à exposição de bens que apresentam uma maior dimensão física e bom estado 
de conservação, já que ficarão mais próximos do contato com os públicos. Assim, é 
preciso avaliar os riscos de quebras e furto, roubo ou vandalismo ao escolher o bem 
que será exposto nesse tipo de suporte.
Painel, Museu do Açude/Ibram
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
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Acervo em módulos, Museu Casa da Princesa/Ibram
Suportes digitais
Os suportes digitais são constituídos por equipamentos eletrônicos, como tablets, 
computadores, óculos de realidade virtual etc., que podem ser usados para expor os 
bens que apresentam fragilidade (estado ruim de conservação) ou por questões de 
segurança. 
Esse tipo de suporte evita que esses bens fiquem expostos a uma série de riscos, mas 
não impede sua disponibilização aos públicos.
Os suportes expositivos deverão ser pensados, projetados e definidos especificamente 
para o objeto que será exposto, levando em consideração o material constituinte para 
que o material utilizado no suporte seja compatível, evitando, desta forma, ocasionar 
ou acelerar degradações no objeto. 
Painel, Museu do Açude/
Ibram
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
16
No caso das vitrines, é importante a presença de orifícios para facilitar a troca do ar ou 
algum equipamento que faça a ventilação no interior das vitrines, evitando a forma-
ção de microclima. Também deve-se levar em consideração a utilização de materiais 
estáveis que não liberem gases, ácidos orgânicos ou outras substâncias prejudiciais 
ao objeto exposto.
A iluminação deverá ser realizada de forma indireta, e o tipo de lâmpada utilizada 
deverá ser, definido a partir de estudos de iluminância, com o objetivo de assegurar a 
conservação dos objetos e a boa visibilidade aos visitantes. 
Os suportes devem ser estáveis, a fim de amenizar os efeitos de possível queda du-
rante a limpeza e as visitações. As formas e as dimensões deverão ser definidas com 
base na praticidade e na facilidade de manipulação do objeto.
A disposição dos suportes nos espaços expositivos deverá ser realizada de acordo 
com um planejamento feito por uma equipe multidisciplinar, no qual serão observa-
dos o espaço físico, as condições ambientais, as condições de segurança e as nor-
mas expositivaspara assegurar ao acervo exposto e ao visitante condições ideais de 
segurança.
Equipamentos para o monitoramento
Como já vimos no Módulo 2, a conservação dos acervos musealizados depende não 
só do controle dos fatores intrínsecos, mas, principalmente, dos fatores extrínsecos 
e ambientais. 
Desta forma, faz-se necessário que espaços expositivos e de guarda apresentem 
condições adequadas de temperatura, umidade, iluminação, controle de poluentes, 
controle e monitoramento de pragas.
Neste tópico, veremos alguns procedimentos e equipamentos utilizados na conser-
vação preventiva e essenciais para a preservação de acervos. 
Luxímetro
A iluminância é definida como a quantidade de luz refletida em certa direção e dis-
tância em um ambiente. A unidade de medida da iluminância é expressa em lux e 
corresponde a um lúmen para cada metro quadrado. 
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
17
A Norma nº 5.413, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), define os 
níveis de iluminância em espaços internos, inclusive para museus, em que o nível 
sugerido é de 100 lux. Entretanto, é importante manter os padrões de iluminação 
definidos no projeto museológico para reserva técnica e áreas expositivas. Deve-se 
levar em consideração os padrões máximos adequados aos materiais, como máximo 
de 50 lux para objetos sensíveis (exemplo: papéis, tecidos, fibras naturais e couro 
tingido); máximo de 150 lux para pinturas a óleo e têmpera, couro natural, marfim e 
madeira; máximo de 300 lux para metais, vidro, cerâmica e pedras.
O controle da quantidade de lux que incide em um ambiente é feito pelo luxímetro. Este 
é um equipamento formado por um miniamperímetro ligado a uma célula fotoelétrica. 
Quando a luz incide sobre esta, é formada uma corrente carregando positivamente o 
semicondutor da célula, enquanto a parte metálica do sensor fica carregada negati-
vamente, gerando uma diferença de corrente. Esta diferença é lida pelo equipamento 
e convertida para o valor equivalente em lux.
Luxímetro
Ao usar o luxímetro, deverão ser observadas as seguintes condições:
 § O sensor deverá estar paralelo à superfície a ser analisada;
 § Evite fazer sombras sobre o sensor durante a medição; 
 § A medição deverá ser realizada em vários pontos do ambiente, a fim de verifi-
car se a densidade de luz está uniforme ou se há variações. É importante ma-
pear os pontos analisados para que as medições sejam realizadas sempre nos 
mesmos locais; 
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
18
 § Caso a medição seja realizada com o aparelho apoiado nas mãos, observe se 
ele está apoiado horizontalmente, evitando angulações, pois elas podem inter-
ferir e alterar o resultado da leitura pelo fato de o sensor não capturar a lumi-
nosidade de forma correta, uma vez que a luminosidade deverá ser capturada 
pelo sensor de frente.
Termohigrômetro e data logger
Para a medição e o controle das condições de temperatura e umidade nos ambientes 
expositivos e de guarda, utilizamos termohigrômetro e data logger.
O termohigrômetro é um equipamento de dupla função que tem a capacidade de me-
dir a temperatura, tanto em grau Celsius quanto em grau Fahrenheit, dependendo do 
modelo e da umidade presente na atmosfera.
O data logger é outro tipo de equipamento também utilizado para aferir a temperatura 
e a umidade dos ambientes. 
Já existem modelos tanto de termohigrômetro quanto de data logger que armazenam 
os dados aferidos e que podem ser descarregados em computadores, tablets ou ser 
feito o envio direto de informações, por meio de softwares, wireless etc.
Termohigrômetro
Medidor de umidade em materiais
Em casos específicos de bens em suporte orgânico, como papel, tecido e madeira, que 
apresentam índices de umidade elevados, ou que estejam passando por tratamento 
para reduzir os níveis de umidade, faz-se necessário realizar controle constante.
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
19
Para tal, o mais indicado é o medidor de umidade, que consiste em um equipamento 
portátil que realiza uma leitura rápida, permitindo que, em apenas alguns segundos, 
seja possível ter de forma confiável os níveis de umidade presente no objeto.
Além disso, o equipamento é de fácil utilização, não exigindo investimentos na 
capacitação de funcionários para realizar as coletas de dados.
Medidor de umidade
Desumidificador
O controle da umidade do ar é feito por meio dos processos de umidificação ou desu-
midificação, de acordo com o objetivo desejado.
O desumidificador é um equipamento portátil que retira a umidade do ar por meio de 
choque térmico. Funciona com um compressor associado a um condensador, que 
refrigera uma serpentina a uma temperatura de aproximadamente 6 graus. Um venti-
lador força a passagem do ar por esta serpentina. A água contida no ar, na forma de 
vapor, sofre um choque térmico e se condensa, caindo em gotas no reservatório.
Destinado a eliminar, de modo seguro e eficiente, a umidade contida no ar, deve ser 
usado quando a umidade do ambiente for superior aos níveis estabelecidos, evitando a 
proliferação de micro-organismos no ambiente e nos objetos que compõem o acervo. 
É importante lembrar que, nas estações climáticas com baixa umidade, o desumidifi-
cador deverá ser desligado.
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
20
Desumidificador
Circulador de ar/aparelho de ar-condicionado
Em determinas edificações, é possível fazer uso da ventilação natural não só nos es-
paços expositivos como também na reserva técnica.
Quando não é possível, sugere-se a utilização de aparelhos ventiladores ou de ar-
-condicionado, com temperatura controlada e dentro dos padrões estabelecidos pelo 
Plano de Conservação do acervo da instituição.
É importante que o fluxo de ar não seja direcionado para o acervo. Caso a tempera-
tura e a umidade nesses espaços estejam abaixo ou acima dos níveis estabelecidos, 
verifique no relatório os registros feitos pelo data logger para identificar os possíveis 
fatores responsáveis pela alteração e busque formas de mitigar o problema.
Circulador de ar
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
21
Materiais para acondicionamento e embalagem de bens 
musealizados
Existe uma grande variedade de materiais utilizados para a confecção de embalagens 
e acondicionamento dos objetos que constituem os acervos museológicos. A esco-
lha do material mais adequado está diretamente relacionada ao material constituinte 
de cada objeto, evitando, dessa forma, que o uso de material inadequado possa de-
sencadear ou acelerar degradações. Veremos, a seguir, alguns dos materiais mais 
utilizados em museus para o acondicionamento e a guarda do acervo. 
Acetato de poliéster 
Considerado um material inerte, o acetato de poliéster 
é impermeável e indicado para o acondicionamento de 
acervo documental e fotográfico, podendo ser usado na 
confecção de envelopes e jaquetas de poliéster. Evita, 
dessa forma, a eliminação de emulsão fotográfica em 
razão do excesso de umidade e o branqueamento da 
emulsão devido à contaminação do ar.
Espuma de polietileno expandido (Ethafoam®)
Encontrado em diversas gramaturas, apresenta pro-
priedades ideais para a confecção de bases e caixas de 
acondicionamento para objetos diversos. É um material 
inerte, ou seja, não irá reagir com o material constituinte 
do objeto acondicionado, podendo ser colocado direta-
mente na embalagem, sem a necessidade de interface. 
É impermeável a grande parte de produtos químicos, 
apresenta resistência à água e às variações de temperatura e umidade.
Placas de polipropileno corrugado
Também conhecido como Polionda®, as placas são 
indicadas para a confecção de caixas de acondiciona-
mento. Entretanto, devido à fragilidade do material, re-
comenda-se que esse tipo de embalagem seja utilizado 
para acondicionar apenas objetos leves, como têxteis e papéis. Existem, no merca-
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
22
do, caixas de polipropileno reforçadas quesão indicadas para acondicionamento de 
acervos documentais e que podem também servir à guarda de outros tipos de objeto, 
porém, faz-se necessário todo cuidado durante o manuseio desta embalagem.
TNT (“tecido não tecido”)
Não possui encolagem, podendo ser utilizado como 
interface para acondicionamento dos objetos, bem como, 
em alguns casos, para cobertura, evitando a incidência 
de luz e a deposição de particulados e sujidades. 
Perlon
Também é uma espécie de “tecido não tecido” sem en-
colagem, porém é utilizado para fazer interface entre 
objetos com suporte em papel ou tecido, bem como na 
confecção de embalagens para objetos têxteis.
Malha tubular cirúrgica 
É confeccionada em tecido de algodão, podendo ser uti-
lizada na construção de suportes ou para revestir ca-
bides para acondicionamento de determinados tipos de 
peças têxteis. 
Flutuadores em espuma de polietileno
São excelentes suportes para acondicionamento de ob-
jetos têxteis de grandes dimensões, porém é necessário 
que o flutuador seja revestido com perlon antes de en-
rolar o objeto, evitando, dessa forma, que ele fique em 
contato direto com o flutuador. 
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
23
Papel com pH neutro 
Com colagem interna realizada em meio neutro, é usado 
na confecção de pastas para acondicionamento de 
acervo em papel (documentos e fotos) e na confecção 
de pequenas embalagens para objetos diversos. 
Papel cristal ou glassine
Translúcido e resistente, esse papel proporciona um 
melhor acondicionamento de materiais higroscópicos, 
podendo ser usado na confecção de envelopes ou em 
embalagem provisória para o transporte de objetos.
Foam board 
Placa de espuma de poliestireno com revestimento de 
papel de um ou dos dois lados, apresenta alta rigidez, 
leveza e facilidade de corte. Normalmente é utilizado 
para acondicionar obras sobre papel.
Módulo 4 – Equipamentos e materiais de conservação
24
Encerramento do Módulo 4
Encerramos o Módulo 4.
No próximo módulo, estudaremos higienização.
Até lá!
	Apresentação
	Equipamentos de proteção individual
	Touca
	Óculos protetores
	Máscara
	Luvas
	Calçados
	Jalecos
	Macacões de segurança
	Equipamentos para conservação
	Mobiliário
	Suporte expositivo
	Equipamentos para o monitoramento
	Luxímetro
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	Medidor de umidade em materiais
	Desumidificador
	Circulador de ar/aparelho de ar-condicionado
	Materiais para acondicionamento e embalagem de bens musealizados
	Encerramento do Módulo 4

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