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Resumo aula 4 e 5

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Ultrassonografia
O principio básico da ultrassonografia aplicada como meio de diagnóstico baseia-se na interação do som (ultrassom) com os tecidos.
· Som precisa de um meio para se propagar;
· Baseia-se na reflexão do som (ecos);
· Fonte produtora vibrante;
· Mecanismo de captação;
· Processamento das informações;
Impedância acústica
Impedância acústica (Z) está relacionada a dificuldade ou resistência do meio à condução sonora.
· Cada órgão possui sua (Z), sendo possível a caracterização e diferenciação dos tecidos;
Interação com os tecidos
À medida que as ondas sonoras percorrem os tecidos elas sofrem atenuação.
· Atenuação – é a redução da amplitude do feixe sonoro em função da distância;
Causas de atenuação
· Absorção – vira calor;
· Reflexão – formação da imagem;
· Espelhamento – pequenas reflexões em diversas direções;
· Refração – alteração da direção do feixe;
Transdutores	
Cristais piezoelétricos
· Produz ondas;
· Capta ondas;
Frequências
· 2 – 20 MHz;
· Quanto MAIOR a frequência, MENOR é a penetração e MELHOR será a resolução;
· Frequências maiores – avaliação mais superficial (animais pequenos, cervical, articular...);
· Frequências menores – avaliação mais profunda (animais maiores, órgãos profundos);
Setoriais
· Cristal único que vibra sobre o mesmo eixo (ecocardiografia);
Lineares
· Vários cristais dispostos de forma linear (estruturas superficiais – freq. maior);
Convexo
· Vários cristais dispostos de forma convexa (estruturas profundas – freq. menor);
Terminologia
Ecogenicidade
Ecotextura
· Característica de cada órgão;
· Homogênea;
· Grosseira (infiltrado neoplásico?);
· Heterogênea (neoplasia?);
 
Artefatos de técnica
Imagem adicional, ausente ou distorcida.
· Interpretação errônea;
· Informação adicional;
Reverberação
É a reprodução de falsos ecos, na qual o sinal de ultrassom se reflete repetidamente entre interfaces altamente reflexivas, porém nem sempre próximas ao transdutor
· Cauda de cometa;
· É produzida por várias reflexões;
· Causas mais comuns – ar, osso e metais;
 
Imagem em espelho
Processo onde aparecem duas imagens de um mesmo órgão. Quando o som encontra a superfície côncava totalmente reflexiva, o som bate e sofre um desvio.
Sombreamento de bordo
Ondas sonoras sofrem um desvio de direção (refração) ao encontrar tangencialmente uma superfície curva.
· Rins, VB, bexiga;
 
Reforço acústico posterior
Estruturas que não atenuam o feixe sonoro, permitem que os tecidos abaixo deles sejam submetidos a um feixe de maior amplitude, produzindo ecos mais intensos (mais brilhantes), embora o tecido não tenha realmente maior densidade.
 
Sombra acústica
Estruturas que atenuam o feixe sonoro, além de provocarem intensa reflexão, fazem com que nenhum eco seja produzido abaixo delas.
· Osso, cálcio;
 
O Exame
Informações obtidas ao exame
· Topografia;
· Dimensões;
· Forma;
· Contornos;
· Vascularização;
· Ecogenicidade;
· Ecotextura;
· Arquitetura interna;
· Conteúdo;
· Peristaltismo;
· Espessura e regularidade de parede;
Vantagens
· Não invasivo;
· Não ionizante;
· Baixo custo;
· Rápido;
· Indolor (não necessita de sedação);
· Exame em tempo real (vitalidade fetal e movimentos peristálticos);
· Diagnóstico precoce de gestação;
· Permite visibilizar estruturas radioluscentes (urólitos de urato e cistina) e órgãos como o pâncreas, adrenais, ovários e globo ocular, não visibilizados ao exame radiográfico;
· Permite guiar agulhas em biópsias aspirativas;
ATENÇÃO! A melhor chuteira não te faz o melhor jogador
Limitações
· Operador dependente;
· Qualidade do equipamento;
· Animais obesos;
· Repleção vesical inadequada;
· TGI com grande quantidade de gás / alimento / fezes;
· Nem sempre permite diagnóstico definitivo;
· Achados normais não excluem doença;
Realização do exame
· Protocolo de exame;
· Cortes longitudinais e transversais;
· Orientação da imagem;
· Registro das imagens, identificação do paciente;
· Laudo;
Cavidade Abdominal 
· Exame fácil de ser executado;
· Interpretação → qualidade técnica e grande conhecimento;
· Abdômen → USG;
· Radiologia importante complemento;
Situações favoráveis
· Avaliação panorâmica da cavidade abdominal;
· Imagens evidenciadas pela presença de gases;
Situações desfavoráveis
· Animais caquéticos;
· Predomínio de líquidos em lúmen intestinal;
· Presença de líquido livre em cavidade;
Doenças gástricas
· Corpos estranhos;
· Torção / dilatação gástrica;
· Neoplasias;
Aspectos radiográficos
Dilatação gástrica
· Dilatação anormal por ingesta;
· Fluído ou gás;
Torção gástrica
· Distensão do estômago por ar ou líquido com alteração na topografia do piloro e reg. fúndica;
· Linha de compartimentalização;
· Esplenomegalia → congestão (torção concomitante);
Intestino delgado
Alterações radiográficas
· Alterações de topografia ou distribuição;
· Dilatação luminal (diâmetro não uniforme);
Neoplasias – USG
· Espessamento de parede;
· Perda da estratificação de camadas;
Afecções do Intestino Grosso
· Retenção fecal (fecaloma);
· Megacólon;
· Corpos estranhos;
Sistema Urinário
Urografia excretora
Rins, ureteres e bexiga.
Preparo
· Jejum alimentar de 24h e hídrico de 12h;
· Antifiséticos, enema (12h antes);
· Exame simples (LL e VD);
· Aplicação IV de meio de contraste à base de compostos iodados;
· Radiografias sequenciais;
 
Afecções renais
Cálculo renal (e ureteral)
· Variam em tamanho, número, radiopacidade e localização;
· Uni ou bilateral;
Radiopacos
· Estrutiva - fosfato, cálcio, oxalato e magnésio = exame simples;
Radiotransparentes
· Cistina e urato;
· US e/ou urografia excretora (falha de preenchimento);
Cistos Renais
· Congênitos ou adquiridos;
· Único ou múltiplo;
· Uni ou bilateral;
· Falência renal progressiva;
· Persa (hereditário) – PKD;
Exame simples
· NDN → alteração tamanho e forma;
Exame contrastado (UE)
· Falha de preenchimento na cortical (nefrograma);
· Pelve (compressão / tamanho e forma);
USG!!
Ureteres
Conectam a pelve renal até a bexiga.
Exame simples
· Não são visibilizados;
Ultrassom 
· Não são visibilizados;
Urografia excretora
· Lineares, delgados, peristaltismo;
Ureter ectópico
· Congênito (hereditário);
· Cães (fêmeas);
· Incontinência urinária;
· Uni ou bilateral (bexiga pequena / ausência de micção);
Exame simples
· NDN;
Urografia excretora
· Alteração da topografia da inserção do ureter;
· Vagina, uretra, colo da bexiga, corpo ou corno uterino;
· Projeções oblíquas;
USG
· NDN (sem dilatação ureteral);
Uretrocistografia retrógrada
· Composto iodado através da uretra → bexiga;
· Diluição 1:1;
· Exame simples prévio;
· Introdução do início da sonda com contraste (sem ar);
· Sob pressão (refluxo/momento disparo);
ATENÇÃO! Não inserir a sonda até o final, apenas começo, pois quer acompanhar o caminho inteiro
Cistite
Inflamação da bexiga
· Comum em cães e gatos (disúria, hematúria, ↑ frequência);
· Espessamento da parede (generalizado ou localizado → polo cranial);
· Irregularidade de mucosa (localizado → neo?);
USG
· Parede espessa e irregular;
Neoplasias
· Hematúria!;
· Fêmeas idosas;
· Carcinoma de célula transicional (cistocentese);
Exame contrastado – uretrocistografia
· Espessamento de parede (local);
· Irregularidade da mucosa;
· Falhas de preenchimento;
US
· Formação pedunculada, irregular, vascularizada;
Rupturas
· Trauma;
· Cateterização;
Exame simples
· Ausência de imagem da bexiga;
· Homogeneidade da cavidade abdominal (LL);
Exame contrastado
· Extravasamento do meio de contraste;
USG
· Líquido libre abdominal;
RX Simples / RX Contrastado / USG
· Saber qual exame solicitar;
· Limitações de cada exame – RX (LL), USG (gás);
· Maioria das vezes eles se complementam;
· Rx simples + Rx contrastado + USG + ex. laboratoriais;
Sistema Reprodutor Masculino
Próstata
Aspectos radiográficos
· Silhueta prostática – radiopacidade água;
· Porção caudal do abdômen (bexiga, reto);
· Lateral X Ventrodorsal;
· Dimensões P.A (+/- 4,0 cm);
· Paciente orquiectomizado;
Testículos
US
· Tópico / ectópico (inguinal, cr/lat bx e cdrim);
· Dimensões;
· Contornos;
· Ecogenicidade;
· Ecotextura;
· Linha mediastinal;
Sistema Reprodutor Feminino
ÚTERO
(aumento do tamanho)
US
· Útero com conteúdo anecogênico intraluminal (Pio / hemo/ mucometra);
· Espessamento de parede (hiperplasia endometrial);
· Piometra de coto uterino;
· Gestação (bpm, órgãos fetais, idade gestacional, contagem) – 20 dias;
Gestação – RX
Calcificação fetal 40/45 dias
· Viabilidade espermática canina = 7 dias → idade gestacional?;
· Bom método para contagem fetal – n° crânios/ colunas vertebrais, canal pélvico;
· Radiação ionizante → benefícios superam os riscos (confirmação, n° de fetos, investigar outros problemas clínicos);
Gestação – US
· Diagnóstico precoce – 20 dias;
· Viabilidade fetal (bpm);
· Órgãos fetais – 1° coração, último alças intestinais com movimentos peristálticos vigorosos;
· Contagem fetal – cuidado!;
Distocia / Morte e retenção fetal
· Distocia – qualquer problema (materno ou fetal) que dificulte ou impeça o parto;
· Morte fetal é uma complicação da distocia;
· Fatores maternos – inércia uterina, torção uterina, formação pélvica/ vaginal, estreitamento do canal pélvico;
· Fatores fetais – feto grande, má apresentação, anomalia fetal;
Morte fetal
· Morte recente → NDN ao exame radiográfico;
· USG → viabilidade (bpm – dobro da mãe ↑ 200bpm, bpm ↓ 160 não reativo – sofrimento fetal):
· Maceração fetal – morte fetal com desorganização/ desarranjo da estrutura fetal;
· Feto enfisematoso – morte fetal com contaminação do feto e útero (produção de gás);
· Feto mumificado – morte fetal sem processo infecioso (reabsorção dos tecidos moles, forma encurvada e pequena, aumento da radiopacidade, distribuição normal dos ossos);

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