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Ultrassonografia O principio básico da ultrassonografia aplicada como meio de diagnóstico baseia-se na interação do som (ultrassom) com os tecidos. · Som precisa de um meio para se propagar; · Baseia-se na reflexão do som (ecos); · Fonte produtora vibrante; · Mecanismo de captação; · Processamento das informações; Impedância acústica Impedância acústica (Z) está relacionada a dificuldade ou resistência do meio à condução sonora. · Cada órgão possui sua (Z), sendo possível a caracterização e diferenciação dos tecidos; Interação com os tecidos À medida que as ondas sonoras percorrem os tecidos elas sofrem atenuação. · Atenuação – é a redução da amplitude do feixe sonoro em função da distância; Causas de atenuação · Absorção – vira calor; · Reflexão – formação da imagem; · Espelhamento – pequenas reflexões em diversas direções; · Refração – alteração da direção do feixe; Transdutores Cristais piezoelétricos · Produz ondas; · Capta ondas; Frequências · 2 – 20 MHz; · Quanto MAIOR a frequência, MENOR é a penetração e MELHOR será a resolução; · Frequências maiores – avaliação mais superficial (animais pequenos, cervical, articular...); · Frequências menores – avaliação mais profunda (animais maiores, órgãos profundos); Setoriais · Cristal único que vibra sobre o mesmo eixo (ecocardiografia); Lineares · Vários cristais dispostos de forma linear (estruturas superficiais – freq. maior); Convexo · Vários cristais dispostos de forma convexa (estruturas profundas – freq. menor); Terminologia Ecogenicidade Ecotextura · Característica de cada órgão; · Homogênea; · Grosseira (infiltrado neoplásico?); · Heterogênea (neoplasia?); Artefatos de técnica Imagem adicional, ausente ou distorcida. · Interpretação errônea; · Informação adicional; Reverberação É a reprodução de falsos ecos, na qual o sinal de ultrassom se reflete repetidamente entre interfaces altamente reflexivas, porém nem sempre próximas ao transdutor · Cauda de cometa; · É produzida por várias reflexões; · Causas mais comuns – ar, osso e metais; Imagem em espelho Processo onde aparecem duas imagens de um mesmo órgão. Quando o som encontra a superfície côncava totalmente reflexiva, o som bate e sofre um desvio. Sombreamento de bordo Ondas sonoras sofrem um desvio de direção (refração) ao encontrar tangencialmente uma superfície curva. · Rins, VB, bexiga; Reforço acústico posterior Estruturas que não atenuam o feixe sonoro, permitem que os tecidos abaixo deles sejam submetidos a um feixe de maior amplitude, produzindo ecos mais intensos (mais brilhantes), embora o tecido não tenha realmente maior densidade. Sombra acústica Estruturas que atenuam o feixe sonoro, além de provocarem intensa reflexão, fazem com que nenhum eco seja produzido abaixo delas. · Osso, cálcio; O Exame Informações obtidas ao exame · Topografia; · Dimensões; · Forma; · Contornos; · Vascularização; · Ecogenicidade; · Ecotextura; · Arquitetura interna; · Conteúdo; · Peristaltismo; · Espessura e regularidade de parede; Vantagens · Não invasivo; · Não ionizante; · Baixo custo; · Rápido; · Indolor (não necessita de sedação); · Exame em tempo real (vitalidade fetal e movimentos peristálticos); · Diagnóstico precoce de gestação; · Permite visibilizar estruturas radioluscentes (urólitos de urato e cistina) e órgãos como o pâncreas, adrenais, ovários e globo ocular, não visibilizados ao exame radiográfico; · Permite guiar agulhas em biópsias aspirativas; ATENÇÃO! A melhor chuteira não te faz o melhor jogador Limitações · Operador dependente; · Qualidade do equipamento; · Animais obesos; · Repleção vesical inadequada; · TGI com grande quantidade de gás / alimento / fezes; · Nem sempre permite diagnóstico definitivo; · Achados normais não excluem doença; Realização do exame · Protocolo de exame; · Cortes longitudinais e transversais; · Orientação da imagem; · Registro das imagens, identificação do paciente; · Laudo; Cavidade Abdominal · Exame fácil de ser executado; · Interpretação → qualidade técnica e grande conhecimento; · Abdômen → USG; · Radiologia importante complemento; Situações favoráveis · Avaliação panorâmica da cavidade abdominal; · Imagens evidenciadas pela presença de gases; Situações desfavoráveis · Animais caquéticos; · Predomínio de líquidos em lúmen intestinal; · Presença de líquido livre em cavidade; Doenças gástricas · Corpos estranhos; · Torção / dilatação gástrica; · Neoplasias; Aspectos radiográficos Dilatação gástrica · Dilatação anormal por ingesta; · Fluído ou gás; Torção gástrica · Distensão do estômago por ar ou líquido com alteração na topografia do piloro e reg. fúndica; · Linha de compartimentalização; · Esplenomegalia → congestão (torção concomitante); Intestino delgado Alterações radiográficas · Alterações de topografia ou distribuição; · Dilatação luminal (diâmetro não uniforme); Neoplasias – USG · Espessamento de parede; · Perda da estratificação de camadas; Afecções do Intestino Grosso · Retenção fecal (fecaloma); · Megacólon; · Corpos estranhos; Sistema Urinário Urografia excretora Rins, ureteres e bexiga. Preparo · Jejum alimentar de 24h e hídrico de 12h; · Antifiséticos, enema (12h antes); · Exame simples (LL e VD); · Aplicação IV de meio de contraste à base de compostos iodados; · Radiografias sequenciais; Afecções renais Cálculo renal (e ureteral) · Variam em tamanho, número, radiopacidade e localização; · Uni ou bilateral; Radiopacos · Estrutiva - fosfato, cálcio, oxalato e magnésio = exame simples; Radiotransparentes · Cistina e urato; · US e/ou urografia excretora (falha de preenchimento); Cistos Renais · Congênitos ou adquiridos; · Único ou múltiplo; · Uni ou bilateral; · Falência renal progressiva; · Persa (hereditário) – PKD; Exame simples · NDN → alteração tamanho e forma; Exame contrastado (UE) · Falha de preenchimento na cortical (nefrograma); · Pelve (compressão / tamanho e forma); USG!! Ureteres Conectam a pelve renal até a bexiga. Exame simples · Não são visibilizados; Ultrassom · Não são visibilizados; Urografia excretora · Lineares, delgados, peristaltismo; Ureter ectópico · Congênito (hereditário); · Cães (fêmeas); · Incontinência urinária; · Uni ou bilateral (bexiga pequena / ausência de micção); Exame simples · NDN; Urografia excretora · Alteração da topografia da inserção do ureter; · Vagina, uretra, colo da bexiga, corpo ou corno uterino; · Projeções oblíquas; USG · NDN (sem dilatação ureteral); Uretrocistografia retrógrada · Composto iodado através da uretra → bexiga; · Diluição 1:1; · Exame simples prévio; · Introdução do início da sonda com contraste (sem ar); · Sob pressão (refluxo/momento disparo); ATENÇÃO! Não inserir a sonda até o final, apenas começo, pois quer acompanhar o caminho inteiro Cistite Inflamação da bexiga · Comum em cães e gatos (disúria, hematúria, ↑ frequência); · Espessamento da parede (generalizado ou localizado → polo cranial); · Irregularidade de mucosa (localizado → neo?); USG · Parede espessa e irregular; Neoplasias · Hematúria!; · Fêmeas idosas; · Carcinoma de célula transicional (cistocentese); Exame contrastado – uretrocistografia · Espessamento de parede (local); · Irregularidade da mucosa; · Falhas de preenchimento; US · Formação pedunculada, irregular, vascularizada; Rupturas · Trauma; · Cateterização; Exame simples · Ausência de imagem da bexiga; · Homogeneidade da cavidade abdominal (LL); Exame contrastado · Extravasamento do meio de contraste; USG · Líquido libre abdominal; RX Simples / RX Contrastado / USG · Saber qual exame solicitar; · Limitações de cada exame – RX (LL), USG (gás); · Maioria das vezes eles se complementam; · Rx simples + Rx contrastado + USG + ex. laboratoriais; Sistema Reprodutor Masculino Próstata Aspectos radiográficos · Silhueta prostática – radiopacidade água; · Porção caudal do abdômen (bexiga, reto); · Lateral X Ventrodorsal; · Dimensões P.A (+/- 4,0 cm); · Paciente orquiectomizado; Testículos US · Tópico / ectópico (inguinal, cr/lat bx e cdrim); · Dimensões; · Contornos; · Ecogenicidade; · Ecotextura; · Linha mediastinal; Sistema Reprodutor Feminino ÚTERO (aumento do tamanho) US · Útero com conteúdo anecogênico intraluminal (Pio / hemo/ mucometra); · Espessamento de parede (hiperplasia endometrial); · Piometra de coto uterino; · Gestação (bpm, órgãos fetais, idade gestacional, contagem) – 20 dias; Gestação – RX Calcificação fetal 40/45 dias · Viabilidade espermática canina = 7 dias → idade gestacional?; · Bom método para contagem fetal – n° crânios/ colunas vertebrais, canal pélvico; · Radiação ionizante → benefícios superam os riscos (confirmação, n° de fetos, investigar outros problemas clínicos); Gestação – US · Diagnóstico precoce – 20 dias; · Viabilidade fetal (bpm); · Órgãos fetais – 1° coração, último alças intestinais com movimentos peristálticos vigorosos; · Contagem fetal – cuidado!; Distocia / Morte e retenção fetal · Distocia – qualquer problema (materno ou fetal) que dificulte ou impeça o parto; · Morte fetal é uma complicação da distocia; · Fatores maternos – inércia uterina, torção uterina, formação pélvica/ vaginal, estreitamento do canal pélvico; · Fatores fetais – feto grande, má apresentação, anomalia fetal; Morte fetal · Morte recente → NDN ao exame radiográfico; · USG → viabilidade (bpm – dobro da mãe ↑ 200bpm, bpm ↓ 160 não reativo – sofrimento fetal): · Maceração fetal – morte fetal com desorganização/ desarranjo da estrutura fetal; · Feto enfisematoso – morte fetal com contaminação do feto e útero (produção de gás); · Feto mumificado – morte fetal sem processo infecioso (reabsorção dos tecidos moles, forma encurvada e pequena, aumento da radiopacidade, distribuição normal dos ossos);
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